fisiologia da dor
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RESUMO DA FISIOLOGIA DA DOR, PARA A MATERIA DE ELETROTERMOFOTERAPIATRANSCRIPT
Fisiologia da dor
INTRODUÇÃO
Em muitos casos há uma discripancia em comportamento doloroso, em um
grupo de indivíduos pedi para definir dor, há um conjunto invariável de palavras
para descreve-la o que é doloroso para um não sera para o outro. Com tudo
isso pode ser ultil considerar uma definição vaga a dor, como a sensação
sbjetivas que acompanham a ativação de nociceptoreres ( receptores da dor),
que sinalizam a localização e força de estímulos reais ou potencias que lesam
o tecido para chegar a uma definição aceitável da dor, a maioria das pessoas
concordaria que essa pode ter qualidade variável, indo de leve irritação
passando por período de queimação e sensação de pontatas de sensações
mais intensas lacinates e latejantes e finalmente até a dor mais agonizante
intratável que para algumas pessoas pode ser insuportável muitas delas
associadas com a ativação de nociceptores , mais a diferenças nas respostas
subjetivas refletem a força e a gravidade de ativação dos mesmo assim como
respostas psicológicas e emocionais individuais da pessoa a essa confirmação.
ASPECTOS PERIFÉRICOS
Os nociceptores são geralmente terminações nervosas livres embebidas nos
tecidos, com variações na densidade desses receptores em diferentes tecidos.
São simplesmente terminações nervosas sem qualquer estrutura acessória
associada, diferente do que se encontra nas outras terminações nervosas
sensitivas têm um limiar de ativação relativamente alto e são sensíveis a
estímulos que potencialmente lesam os tecidos, como estímulos mecânicos,
térmicos, elétricos e químicos. Dão origem a fibras nervosas aferentes de
pequeno diâmetro que conduzem potenciais de ação para a medula espinhal e
centros superiores no sistema nervoso central são classificadas como fibras
mielinizadas A§, com velocidades de condução entre 5 e 30 m/s, ou fibras C
não-mielinizadas, que conduzem potenciais de ação com velocidades entre 0,5
e 2 m/s. (As fibras Aô são também, algumas vezes, chamadas de fibras do
grupo III e as fibras C de fibras do grupo IV.) Esses dois tipos de fibras
aferentes são responsáveis pelo que se chama dor "rápida" e "lenta", Essas
duas modalidades de dor fornecem a base para os conceitos de sensação de
dor transitória e prolongada. A dor transitória é a primeira sensação a
acompanhar um estímulo nocivo e geralmente envolve apenas dano tissular
mínimo. É de curta duração e não tem conseqüências reais a longo prazo para
o indivíduo. A dor prolongada está associada com a ativação de fibras
nervosas aferentes do grupo C e geralmente acompanha um maior grau de
dano tissular. Esses mediadores químicos são também responsáveis pelo
início das respostas inflamatórias no tecido lesado. O envolvimento subjetivo
da dor transitória assim como da dor prolongada pode ser mais bem ilustrado
citando as sensações dolorosas que acompanham uma lesão tal como uma
"topada" do dedão. há uma dor aguda associada com o contato físico do dedo
com um objeto duro - a dor transitória - seguida por uma dor mais surda,
latejante, que dura por muito mais tempo. Essa é a dor prolongada causada
pelo curso de liberação, no dedo, dos mediadores químicos do tecido lesado. a
área lesada pode ficar muito mais sensível aos estímulos que eram
previamente inócuos e esses estímulos podem agora produzir sensações
dolorosas. sensibilização pode ocorrer nas próprias terminações nervosas
livres (sensibilização periférica; veja anteriormente) ou nos neurônios do corno
dorsal da medula espinhal.
ASPECTOS CENTRAIS
Os aferentes nociceptivos entram na medula espinhal através da raiz dorsal e
fazem conexões sinápticas com outros neurônios localizados no corno dorsal
da substância cinzenta da medula espinhal. Os principais reflexos que
envolvem os aferentes nociceptivos são o de retirada flexora e o extensor
cruzado. Os impulsos nociceptivos fazem conexões polissinápticas excitatórias
com os moto-neurônios que suprem os grupos musculares flexores e conexões
polissinápticas inibitórias com motoneurônios extensores ipsolateralmente
Quando essas vias são ativadas, produzem flexão no membro em que surgiu o
estímulo nocivo original e ao mesmo tempo interrompem a atividade nos
músculos extensores desse membro servem para afastar o membro do
estímulo inicial e, portanto, agem de forma protetora retirando a área do dano
potencial. Os aferentes nociceptivos que entram na substância cinzenta da
medula espinhal terminam no corno dorsal, onde fazem conexões sinápticas
com interneurônios que servem os reflexos descritos acima, ou com neurônios
de segunda ordem (chamados de células de transmissão, ou células T). Essas
cruzam a linha média da medula espinhal para transmitir informações para os
centros superiores através de vias espinotalâmicas laterais da medula espinhal,
contralateralmente Os axônios que percorrem essas vias são, portanto, sempre
neurônios de segunda ordem que têm seus corpos celulares na zona marginal
ou substância
gelatinosa (SG) da substância cinzenta espinhal. Quando esses neurônios
ascendentes alcançam o núcleo ventrobasal do tálamo, terminam em
neurônios de terceira ordem que então conduzem informações sobre os
estímulos nocivos para o córtex cerebral. Além disso, a informação é também
passada para centros superiores através do trato espinorreticular
multissináptico. Essa via manda projeções de várias terminações do tronco
cerebral através dos núcleos intralaminares do tálamo para áreas tais como o
hipotálamo, lobo frontal e sistema límbico do cérebro. Essas áreas coordenam
as respostas autonômicas, psicológicas e emocionais à dor.
MODULAÇÃO DA TRANSMISSÃO DA DOR
É na medula espinhal, portanto, que existe a possibilidade de modulação da
transmissão das informações nociceptivas para os centros superiores. A
excitabilidade dessa via pode ser alterada por outros interneurônios presentes
no corno dorsal. A inibição da transmissão de dor é conseguida alterando o
equilíbrio dos impulsos para as células de transmissão de modo a favorecer os
aferentes mecanos sensitivos de diâmetro largo ou provenientes de impulsos
descendentes. Quando isso acontece, a quantidade maior de impulsos
inibitórios
Em termos de produção de analgesia, é a meta do terapeuta assegurar que o
equilíbrio dos impulsos seja sempre a favor do fechamento da comporta. Como
as células SG recebem impulsos de aferentes mecanossensitivos de diâmetro
largo assim como impulsos descendentes, a ativação desses impulsos fornece
um mecanismo através do qual a transmissão da dor pode ser modulada. Sso
portanto tem implicações para o manejo da dor na fisioterapia. Qualquer
técnica que ative esses aferentes tem o potencial de modular a transmissão da
dor na medula espinhal. Técnicas como massagem, manipulação articular,
tração e compressão, estimulação térmica e eletroterapia têm a capacidade de
produzir impulsos sensoriais a partir de aferentes de baixo limiar que podem
por fim inibir a transmissão da dor na medula espinhal através do "fechamento
da comporta", ou seja, inibindo a atividade das células T através das células
SG. A estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS) pode ser usada para
estimular os aferentes de diâmetrolargo diretamente na pele e quando
administrados em uma área apropriada e com uma voltagem apropriada, pode
influenciai' a transmissão da dor nos segmentos espinhais correspondentes.
Desse modo, tanto o terapeuta como o paciente podem ter controle sobre a
modulação da dor e podem ajustar esses níveis em qualquer momento. Ambos
têm efeitos excitatórios sobre os interneurônios inibitórios da substância
gelatinosa no corno dorsal da medula espinhal e desse modo têm a habilidade
de reduzir a transmissão da dor no nível da medula espinhal. contudo, essas
vias ficam geralmente inativas devido a outras influências de interneurônios
inibitórios provenientes de outras áreas do cérebro. Esses impulsos portanto
desativam ou reduzem a atividade das células da SCPA ou núcleos da rafe.
Esses neurônios se originam no sistema límbico - um termo usado
coletivamente para descrever estruturas como hipotálamo, hipocampo e
amígdala - assim como de outras áreas da própria SCPA. As áreas límbicas
estão envolvidas na emoção e humor e podem ter influências de longo alcance
em outros aspectos do controle nervoso, incluindo o controle da dor. A
atividade nessas áreas estimula a produção de opióides (substâncias
semelhantes ao ópio) naturais do próprio organismo (endógenos). Existem três
famílias de opióides endógenos -as encefalinas, endoifinas e dinorfinas. Os
neurônios que contêm e utilizam esses opióides têm claramente distribuições
distintas no cérebro e medula espinhal e têm papéis diferentes a desempenhar
na modulação da transmissão da dor. A ação dos opióides endógenos sobre os
neurônios alvo são geralmente inibitórias. Portanto, esses opióides permitem a
excitação dos neurônios descendentes da SCPA impedindo a inibição de fundo
das células da SCPA, ao invés de fazer excitação direta (ou seja, esses
opióides desativam, ou bloqueiam, a inibição dos neurônios da SCPA). Quando
isso acontece, essas células ficam livres para exercer suas próprias influências
descendentes sobre as células SG do corno dorsal da substância cinzenta da
medula espinhal que, por sua vez, inibirão a transmissão das informações
nociceptivas através das células T Pensa-se que esses efeitos dos opióides
endógenos estão associados com a produção da analgesia relacionada apenas
com aspectos prolongados da dor, ao invés das respostas iniciais de dor mais
rápidas produzidas na hora Seja qual for o mecanismo de modulação
descendente da dor, está claro que os centros cognitivos superiores do cérebro
podem ter alguma influência nesses processos. Medo, estresse, ex-citação e
mesmo a própria dor podem reduzir, ou até abolir, as sensações de dor
associadas com lesão. Um exemplo bem conhecido é a chamada analgesia do
campo de batalha, na qual um soldado que sofreu uma lesão grave de uma
parte do corpo não percebe inicialmente a gravidade do ferimento até algum
tempo mais tarde, geralmente quando já está em segurança. Esses
mecanismos podem também ser importantes para as intervenções terapêuticas
no nível psicológico, mais do que no fisiológico. O fato de os pacientes
poderem simplesmente estar recebendo a atenção de um terapeuta,
independente das técnicas empregadas, pode ser suficiente para induzir uma
resposta emocional ou psicológica que pode modular a dor que estão
experimentando.
SENSIBILIZAÇÃO
Alterações nos segundo-mensageiros intracelulares nessas células. Isso leva a
alterações nos canais e receptores de membrana que, por sua vez, aumentam
a excitabilidade dos neurônios e sua sensibilidade aos transmissores
sinápticos. Isso é chamado de sensibilização central. A sensibilidade alterada
das células transmissoras implica que elas agora respondem de forma anormal
aos impulsos que chegam dos aferentes mecanossensitivos de diâmetro largo,
que podem então desencadear reflexos de retirada flexora assim como
sensações de dor. As conseqüências dessas respostas anormais das células
de transmissão aos impulsos aferentes inócuos são que um tratamento clínico
para redução de dor que vise prevenir ou reduzir os impulsos nociceptivos para
a medula espinhal não será suficiente para prevenir as sensações de dor no
indivíduo, já que essas podem agora ser desencadeadas pela simples
estimulação de aferentes mecanossensitivos de diâmetro largo. Podem durar
várias horas ou maise sses mecanismos ajudam a explicar o fenômeno de
hiperalgesia e alodinia. Em alguns casos podem produzir mudanças mais
duradouras nas conexões sinápticas dos neurônios no corno dorsal, resultando
em uma circuitaria neural reorganizada nas vias que fazem a mediação da
transmissão da dor. Nesses casos a reorganização pode ser tal que a
sensibilização das vias transmissoras de dor torna-se permanente e
irreversível, levando a respostas anormais persistentes após estímulos
periféricos que são subjetivamente interpretados como dor.
ESTADOS DOLOROSOS
O envio de informações nociceptiva aos centros superiores é altamente
dependente do estado das vias nervosas que servem os processos de
transmissão. De forma simples, essas vias podem estar no estado normal,
estado suprimido ou exacerbado, ou no estado sensibilizado. Esses três
estados portanto eqüivalem aos conceitos de normalgesia, hipoalgesia e
hiperalgesia podendo assim produzir diferentes sensações subjetivas de dor
dependendo de como a informação nociceptiva é enviada para o sistema
nervoso central e processada por ele. Por exemplo, uma intensidade particular
de estímulo pode produzir uma sensação dolorosa no estado normalgésico,
enquanto a mesma intensidade de estímulo pode não desencadear qualquer
dor subjetiva no estado suprimido, hipoalgésico. Do mesmo modo, um estímulo
inócuo pode não provocar dor no estado normalgésico ou hipoalgésico mas
produzirá dor subjetiva no estado hiperalgesico. As razões para isso estão
resumidas em forma de diagrama Por essas razões, é importante que os
terapeutas estejam cientes de que os estímulos aplicados a um paciente como
parte de um programa de tratamento terapêutico podem, de fato, não resultar
no alívio de dor desejado e podem até exacerbar uma condição dolorosa.
DOR REFERIDA
A dor que se origina das estruturas profundas do corpo - dor visceral – é
geralmente sentida pelo indivíduo em locais que estão distantes do local de
origem. Um exemplo é a dor associada com angina pectoris. Aqui, o órgão que
está afetado é o coração mas a dor é geralmente descrita como surgindo (ou
referida) no tórax superior, ombro e braço esquerdo. AA explicação para o
padrão de dor referida está no padrão de convergência das fibras nervosas
aferentes no corno dorsal da medula espinhal. essas células de transmissão
passam a informação nociceptiva para os centros superiores onde ela é
percebida e interpretadacomo sensação dolorosa. Contudo, os centros
superiores não podem distinguir a fonte da informação como sendo de origem
cutânea ou visceral, já que recebem impulsos apenas de células de
transmissão simples. Os impulsos nociceptivos periféricos provenientes de
receptores cutâneos ou de músculos esqueléticos normalmente predominam
nas circunstâncias normais, cotidianas (e não os impulsos nociceptivos
provenientes do coração) e desse modo os centros superiores atribuem de
formaincorreta a informação passada adiante pelas células de transmissão
como vindo de sua fonte usual da pele ou músculos, ao invés do órgão visceral
mais profundo, o coração. É importante para o terapeuta estar ciente dos
possíveis padrões de dor referida já que o paciente pode descrever a dor como
surgindo em uma estrutura que não apresente lesão, confundindo o terapeuta
quanto à fonte real de queixa.
DOR NO MEMBRO FANTASMA
A dor no membro fantasma é geralmente descrita como sensações de
queimação, choque ou de cãibra e podem persistir por muitos anos após a
perda do membro. Dessa dor no membro fantasma podem ser as extremidades
rompidas dos nervos periféricos que foram cortados durante a amputação ou
lesão. Isso pode estabelecer padrões anormais de disparo nas fibras dos
nervos periféricos, particularmente dos aferentes nociceptivos, que fazem
contato então com centros superiores e são percebidos como sensações de
dor surgindo nas áreas que esses nervos antigamente supriam.
Adicionalmente, pode haver alteração na atividade nos neurônios do corno
dorsal associada com a transmissão da dor (vide Sensibilização), pesquisas
recentes têm sugerido uma outra causa para a dor no membro fantasma,
Propõem que os membros fantasmas e as sensações associadas a eles seriam
consequência da atividade nas redes neurais nos centros superiores no
cérebro, formam a chamada neuromatriz, cuja estrutura e funcionamento
seriam geneticamente determinados e que é susceptível aos impulsos
provenientes das estruturas periféricas não é localizada, mas fica espalhada
pelo cérebro, podem manipular e modificar a atividade da neuromatriz. É
interessante notar que as pesquisas mais recentes têm proposto um método
novo de alívio da dor fantasma em alguns pacientes, envolve enganar o
sistema nervoso central do paciente permitindo que os pacientes "vejam" o
membro fantasma usando um reflexo de espelho de seu membro oposto intato.
Quando isso é feito, a manipulação ou movimento do membro intacto é visto no
espelho e transposto para o cérebro com respeito ao membro fantasma.