fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

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Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes Marcelo Lopes Névoa Universidade Federal do Mato Grosso Faculdade de Agronomia, Med. Veterinária e Zootecnia Departamento de Zootecnia e Extensão Rural

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Page 1: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Fisiologia da digestão

comparada em não ruminantes

Marcelo Lopes Névoa

Universidade Federal do Mato Grosso

Faculdade de Agronomia, Med. Veterinária e Zootecnia Departamento de Zootecnia e Extensão Rural

Page 2: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O Trato digestivo dos animais (domésticos e silvestres) aparentemente são iguais.

Quais os órgãos que fazem parte????

- Língua - Gl. Salivares - Esôfago - Estômago - Intestino – Delgado = duodeno, jejuno, íleo - Grosso = ceco, cólon, reto - Fígado - Pâncreas

Page 3: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Funções

• TGI e glândulas associadas

- DIGESTÃO

- ABSORÇÃO

- EXCREÇÃO

Page 4: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O que é digestão?

É o conjunto de reações químicas por meio das substancias complexas em que macro moleculares são transformadas em outras mais simples.

Page 5: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Digestão química

BOCA Suco digestivo: Saliva Enzima digestiva: Amilase salivar

ESTÔMAGO Suco digestivo: Suco gástrico Enzimas digestivas: Proteases Lipases

INTESTINO DELGADO Sucos digestivos: Suco pancreático Suco intestinal (entérico) Enzimas digestivas: Amilase pancreática, Maltase, Proteases, Peptidase e Lipases

Page 6: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Fatores responsáveis pelo funcionamento normal do TGI:

• Fatores mecânicos: apreensão, mastigação, deglutição, motilidade gástrica e intestinal e defecação;

• Fatores secretórios: atividade das glândulas digestivas;

Page 7: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Fatores responsáveis pelo funcionamento normal do TGI:

• Fatores químicos: atividade de enzimas, ácidos e substâncias tamponantes;

• Fatores microbiológicos: processos fermentativos;

• Fatores hormonais: hormônios produzidos nas diversas seções do TGI;

Page 8: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

1- A Boca

O que tem nela ????

Page 9: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Particularidades

- Dentes (sim ou não)

- Gl. Salivares (sim ou não)

- Língua

Page 10: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

1.1- A Apreensão

- Depende do animal Aves Equinos Suinos Bovinos Ovinos/Caprinos Peixes Rã Coelhos

Lábios x Dentes x Língua

Page 11: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

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Page 13: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 14: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

DEGLUTIÇÃO

• fase voluntária

• fase faríngea

• fase esofagiana

reflexas e dependentes de estimulação de receptores

sem saliva não há deglutição

Page 15: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Controle da Digestão

Os processos mecânico são controlados pelo Sistema nervoso.

Os processos químicos dependem de

estímulos do sistema neuro-hormonal.

Page 16: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Digestão na Boca

1) Dentes: - Digestão Mecânica - mastigação essencial para digestão; - Função: triturar alimentos; Dentes: pré-molares, molares, caninos, incisivos;

Page 17: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Digestão na Boca

Obs: as aves não possuem dentes. A trituração de seus alimentos é feita por um órgão chamado de moela, que tem a função de um estômago mecânico.

2) Língua: Função de deglutição (engolir o alimento). Promove a sensação dos sabores, em função da presença das papilas gustativas.

Page 18: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Digestão Química

• Enzimas da saliva

– Ptialina (amilase salivar)

– Maltase – Catalase

• pH: entre 6,4 e 7,5 • Ptialina: catalisa a

hidrólise de polissacarídeos – Amido – Glicogênio – Derivados

Page 19: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

- Água: umidifica o alimento;

_ Lisozima - exerce importante ação bactericida e cicatrizante.

-Muco: (glicoproteína) - torna o alimento deslizável, ajudando no

peristaltismo;

-Enzima ptialina ou amilase salivar - age sobre os carboidratos de reserva

(amido e glicogênio) , fazendo a primeira quebra, e transformando-os em

maltose (dissacarídeo) e dextrina (oligossacarídeo);

-Ions: Entre os ânions, particularmente, o bicarbonato, que exercem um efeito

tamponante eficaz, frente aos ácidos e às bases, o que permite a constância

do pH salivar em torno de 6,9.

Obs: As enzimas digestivas são todas hidrolíticas, ou seja, realizam a reação na presença de água.

Composição da Saliva:

Page 20: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

GLÂNDULAS

• Salivar - parótidas, submaxilares e sublinguais;

• Gástricas - células superficiais e mucosa

• - Células parietais (secretam HCL) ;

• - Células principais (secretam pepsinogênio);

• - Células enterocromafínicas (secretam gastrina)

Page 21: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

3) Glândulas salivares: - Glândulas exócrinas que têm função de produzir a saliva, que atua na digestão química dos alimentos ingeridos; - 3 tipos de glândulas: submaxilar, submandibular (ou sublingual ) e parótida;

OBS: Nos EQUINOS não há Glândula salivar sublingual ...

Page 22: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Três pares de glândulas salivares:

-Parótidas Serosa -Submaxilares Serosa e mucosa (mista) -Sublinguales Mucosa

– Células mucosas – mucina – proteção e lubrificação

– Células serosas – eletrólitos e proteínas

• α-amilase salivar

• [HCO3-] , [K+], [Na+] e [Cl-]

Page 23: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 24: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 25: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Volume de saliva em 24 horas:

homem 1 a 2 litros

ovelha 1 a 4 litros

bovinos 90 a 190 litros

cavalo 38 litros

Page 26: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

-Umidecer alimento (água) - Formar liga (mucina) - Enzimática (alfa Amilase) - Tampão (eletrólitos) - Higiene Oral (lisozima) - Resfriamento evaporativo de algumas espécies animais. - Controle de secreção - manutenção do volume do fluído ruminal (ruminantes)

Funções - Resumo

Page 27: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

A boca

Page 28: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

MASTIGAÇÃO

• Ato voluntário e reflexo

• Homogeneização

• Lubrificação

• Trituração

Page 29: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

MASTIGAÇÃO

• Ato voluntário e reflexo

• Homogeinização / lubrificação

• Lubrificação

• Trituração

• Animais carnívoros: movimento vertical

herbívoros: movimento horizontal

Page 30: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

DEGLUTIÇÃO

• fase voluntária

• fase faríngea

• fase esofagiana

reflexas e dependentes de estimulação de receptores

Page 31: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Fase da deglutição

Voluntária Língua contra o palato duro

Page 32: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Fase da deglutição

Reflexa

Pálato mole atinge faringe

Glote fecha laringe

Músculos faringeanos empurram

Page 33: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Pálato mole

Epiglote

Page 34: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Pálato mole

Epiglote

Page 35: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O esôfago

Page 36: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

União esofágica

Page 37: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

Page 38: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

cárdia

Page 39: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

cárdia

fundo

Page 40: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

cárdia

fundo

corpo

Page 41: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

cárdia

fundo

corpo

antro

Page 42: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

cárdia

fundo

corpo

antro piloro

Page 43: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

Page 44: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

Page 45: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

Page 46: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

O estômago

Page 47: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Glândulas Intestinais

• -‘glândulas’ intestinal ou Criptas de Lieberkühn: síntese de células da mucosa por mitose;

• - glândula de Goblet - secreção de muco;

• - glândulas duodenais ou de Brunner - secretam muco e fluído (ricos em eletrólitos).

Page 48: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Pâncreas • Possui função endócrina e exócrina

• Endócrina - a função endócrina do pâncreas (ilhotas de Langerhans), possuem três tipos de células:

• A - produzem glucagon (hipoglicemia);

• B - produzem insulina (níveis elevados de glicose sanguínea)

• C - produzem somatostatina, controle da relação insulina/glucagon.

Page 49: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Pâncreas

• Exócrina - o pâncreas secreta dois tipos de suco pancreático:

• - Primeiro suco: é alcalino, rico em íons;

• - Segundo suco: rico em enzimas proteolíticas, lipolíticas e amilolíticas

Page 50: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

SUCO PANCREÁTICO: Composição e Função

• O suco pancreático é um líquido transparente, incolor que consiste principalmente em água, alguns sais, bicarbonato de sódio, e várias enzimas.

• O bicarbonato de sódio é tamponante do QUIMO acido, inibe a ação da pepsina estomacal ( pH), e cria o pH adequado para as enzimas digestivas do intestino delgado.

Page 51: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

• O quimo chega no intestino chega com um pH ácido e isso estimula a produção do hormônio secretina

- Ele vai estimular o pâncreas à produzir uma substância rica em íons bicarbonatos, enzimas e precursores enzimáticos (amilases, tripsinogênio, quimiotripsinogênio, procarboxipeptidases, Lipase, Água e tampão HCO3

- ), chamado SUCO PANCREATICO.

• Além disso, o pâncreas secreta enzimas para ocorrer a digestão, sendo no caso de carboidratos, a mais importante é a amilase pancreática, colaborando com o trabalho iniciado pela amilase salivar, ambas, ἀ-amilases.

Digestão

Page 52: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

SUCO PANCREÁTICO: Composição e Função

BICARBONATO – Função tamponante / alcalinizante Enzimas incluem: Amilase pancreática. Tripsina. Quimotripsina. Carboxipeptidase. Elastase. Lipase pancreática.

Enzimas digestivas de Acidos Nucleicos: Ribonuclease. Desoxirribonuclease.

proteases

lipases

carbohidrases

Nucleases

prova

Page 53: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Suco Pancreático • Secretado pelo pâncreas • pH entre 7,8 e 8,2 (alto teor de bicarbonato) • SECRETINA (hormônio da

mucosa ID) • Enzimas

– Tripsina – Quimiotripsina – Amilase pancreática – Lipase pancreática – Ribonuclease – Desoxirribonuclease

células acinares secretam enzimas digestivas

Células dos dutos secretar uma solução aquosa com NaHCO3

Duodeno

porção endócrina do pâncreas

(Ilhotas de Langerhans)

sangue

hormônios insulina e glucagon

Ducto biliar do fígado

prova

Page 54: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Tripsina

• Sintetizada como tripsinogênio (precursor

inativo)

• Ativação pela enteroquinase (produzida pelo

intestino delgado)

• Também ocorre autocatálise

• Atua sobre proteínas, produzindo peptídeos

Page 55: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Quimiotripsina

• Produzida na forma de quimiotripsinogênio

(precursor inativo)

• Ativação pela tripsina

• Age sobre proteínas, produzindo peptídeos

Page 56: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Outras Enzimas Pancreáticas

• Amilase pancreática: hidrolisa polissacarídeos

em dissacarídeos

• Lipase pancreática: hidrolisa gorduras neutras

em ácidos graxos e glicerol

• Nucleases: hidrolisam os ácidos nucleicos em

nucleotídeos

Page 57: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Controle da Secreção Pancreática

• Controle nervoso

– Impulsos parassimpáticos pelo nervo vago, do estômago até o pâncreas

– Estímulos: visão, cheiro, gosto do alimento, chegada do bolo alimentar ao estômago

• Controle hormonal

– Duodeno produz o hormônio secretina

– Estímulo: chegada do quimo ao duodeno

Page 58: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

regulação da secreção pancreática

fase intestinal (super-importante)

secreção fase estímulo

bolo alimentar no duodeno > CCK

rica em enzimas

grande volume

rica em HCO3 -

vagal pequeno volume

rica em enzimas cefálica

(pouco importante)

gástrica (média importância)

contrações antrais

gastrina

volume médio

rica em enzimas

ácido no duodeno > secretina

Page 59: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 60: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

• - Ativadas inicialmente, pela ENTEROQUINASE (tripsinogênio tripsina). A TRIPSINA ativa todas as outras pró-enzimas.

Page 61: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

A bílis não possui enzimas mas é fundamental na divisão

das gorduras em partículas de pequenas dimensões.

Ajuda a neutralizar a acidez do quimo o que permite a

actuação das enzimas.

Fígado / Bile / emulsão das gorduras

gordura

água

bílis

gotículas

de gordura

Page 62: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Funções do Fígado

• Metabolismo de Carboidratos

• Metabolismo de Lipidios

• Metabolismo de Proteínas

• Processamento de Drogas e Hormonios

Page 63: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Funções do Fígado

• Excreção da bilirrubina.

• Síntese de sais biliares.

• Armazenamento (equino não tem vesicula).

• Fagocitose.

• Ativação da vitamina D.

Page 64: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Bile

• Produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar

• Não apresenta enzimas digestivas (ação digestiva mecânica)

• Sais biliares (glicolato e taurocolato de sódio) – Emulsionam as gorduras – Solubilizam os produtos finais da digestão lipídica

• Colecistoquinona: hormônio que estimula a liberação da bile – Produção: mucosa duodenal – Estímulo: presença de gorduras no duodeno

Page 65: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Bile

• A bílis ou bile produzida pelo fígado que se armazena na vesícula biliar.

• Atua na digestão de gorduras (emulsiona as gorduras) e na absorção de substâncias nutritivas da dieta ao passarem pelo intestino.

• Coloração geralmente é amarela = bilirubina, apresentando uma tonalidade esverdeada (biliverdina).

• Secretina = produção de bile

• Colecistoquinina = liberação da bile

Page 66: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

FIGADO

• Fígado: secreção de bile, composta por ácidos e sais biliares, fosfolipídios, colesterol

• Intestino Delgado: é o maior sítio de digestão e absorção de nutrientes

• Dividido em três segmentos:

• - Duodeno

• - jejuno

• - íleo

Page 67: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Intestino Delgado

Jejuno-ileo

Page 68: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

INTESTINO DELGADO

• O duodeno: maior digestão de carboidratos, proteínas e lipídios, ocorre ainda, alta taxa de absorção de nutrientes

• No jejuno - elevada taxa de absorção de nutrientes, bem como de água.

• No íleo - ocorre uma baixa digestão e continuação da absorção (sais Biliares).

Page 69: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Anatomia do Tubo Gastrintestinal

Page 70: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

suíno

Page 71: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

suíno

Ceco e colon saculados

Page 72: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

suíno

Ceco e colon saculados

Estômago – 29,2%

ID - 33,5%

Ceco - 5,6%

Colon - 31,7%

Page 73: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

equino

Page 74: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

equino

Ceco e colon saculados

Page 75: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

equino

Ceco e colon saculados

Estômago – 8,5%

ID - 30,2%

Ceco - 15,9%

Colon - 45,4%

Page 76: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

coelho

Page 77: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

coelho

Ceco e colon saculados

Cecotrofos

“Estase gástrica”

Page 78: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

cão

Ceco reduzido

Ceco e colon não saculados

Page 79: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

cão

Estômago – 62,3%

ID - 23,3%

Ceco - 1,3%

Colon - 13,1%

Ceco reduzido

Ceco e colon não saculados

Page 80: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Formulação de rações para suínos

cão

gato

Page 81: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

- Produção de saliva (neuronal) - Alimento na boca, o sistema nervoso (nervo vago), inicia a liberação de suco gástrico.

- Alimento no estômago, este começa a secretar GASTRINA (1), produção do suco gástrico.

PROCESSO DIGESTIVO

Page 82: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

- Quilo no duodeno, secreção de SECRETINA (2), (suco pancreático rico bicarbonato).

- Também produz COLECISTOCININA (3), (gorduras), secreção do suco pancreático e contração da vesícula biliar (4),

- Quimo rico em gordura, o duodeno secreta ENTEROGASTRONA (5), que inibe os movimentos do estômago, a produção de gastrina e suco gástrico.

Page 83: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 84: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

DUODENO

• Inicio a secreção dos hormônios local: • * Secretina • - estimula a secreção de água e eletrólitos pelo

pâncreas (1ª. secreção); • - inibe a secreção do HCL; • - estimula a secreção de pepsinogênio • * Colecistoquinina: produzido pela mucosa

duodenal, principalmente, pela presença de ácidos graxos e os aminoácidos (metionina, valina e fenilalanina)

Page 85: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

DUODENO

• * Polipeptídeo inibidor gástrico - inibe a secreção gástrica ácida, a secreção da pepsina, estimula a liberação da insulina e a secreção intestinal.

• * Polipeptídio intestinal vasoativo - isolado da mucosa do ID

• * Enteroglucagon - com efetividade para reduzir a glicose sanguínea

Page 86: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

INTESTINO GROSSO

• Última seção do TGI, com funções de recebimento dos resíduos remanescentes da digesta do intestino delgado (bolo fecal).

• Composto por: cólon, ceco e reto

Page 87: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

FISIOLOGIA COMPARADA

Page 88: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

FISIOLOGIA COMPARADA

• 1- Tipos de Animais Quanto ao Aparelho Digestivo

• a) monogástricos com ceco simples: homem, suínos, aves e cão, etc;

• b) monogástricos de ceco funcional: cavalo e coelho;

• c) poligástricos: bovinos, ovinos, caprinos, etc.

Page 89: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

FISIOLOGIA COMPARADA

a) Monogástricos com ceco simples:

• Suínos: - pequena capacidade de armazenamento;

• - pequena capacidade de síntese de nutrientes;

• - reduzida capacidade de digerir fibra - intestino grosso pequeno

• - focinho desenvolvido

Page 90: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

FISIOLOGIA COMPARADA

• Aves: - ausência de dentes

• - presença de bico córneo

• - dilatação no esôfago: papo

• - função gástrica em dois locais: proventrículo e moela

• - duplo ceco

Page 91: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

FISIOLOGIA COMPARADA

• b) Monogástricos de ceco funcional:

• Equídeos : estômago relativamente pequeno, deve-se ter cuidado com alimentação

• - grande número de bactérias

• - grande capacidade de desdobrar fibras

• - síntese de nutrientes

• - ausência de vesícula biliar

• - dificuldade de regurgitação

Page 92: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 93: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 94: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 95: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 96: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 97: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Fffffffffffffffffffffffffffffffffffffff F F f

Page 98: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Composição do bolo alimentar na entrada do antro duodenal

• Carboidratos de cadeia longa parcialmente digeridos

• Dissacarideos intactos

• Proteínas parcialmente digeridas (oligopeptídeos)

• Lipídeos intactos

Page 99: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Suco Entérico

• Secretado pelo epitélio glandular do intestino delgado

• pH entre 6,5 e 7,5 • Muco: proteção do epitélio

intestinal • Enzimas

– Enteroquinase – Erepsina – Lipase – Amilase – Maltase – Lactase – Sucrase

Page 100: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Regulação da Secreção Entérica

• Estímulos locais

– Distensão do intestino

– Estímulos táteis e irritantes

• Influxos parassimpáticos

• Secretina

Page 101: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Intestino delgado / digestão Quimo

Bílis (ação química)

Suco pancreático (ação química)

Suco intestinal (ação química)

+

Movimentos peristálticos

(acção mecânica)

Quilo

Page 102: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Absorção dos Nutrientes

• Ocorre principalmente no intestino delgado

– Microvilosidades

• Estômago e intestino grosso

– Absorção de água

– Absorção de vitaminas e sais minerais

• “Flora” intestinal

– Produção de vitaminas (K, B12, tiamina, riboflavina) e vários gases

Page 103: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 104: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Intestino delgado/ final digestão

No final da digestão, no intestino

delgado pode encontrar-se:

• Um conjunto de nutrientes muito

simples, como a água, íons,

minerais, glicose, ácidos gordos,

aminoácidos e vitaminas.

• Grandes moléculas não digeridas

como a celulose.

Page 105: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Intestino Delgado

Page 106: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Aminoácidos

Monossacarídeos

(glicose)

sais minerais

Vitaminas

alguma água

Ácidos gordos e glicerol

Vitaminas lipossoluveis

Os produtos resultantes da digestão passam através de vilosidades

para o sangue ou para a linfa.

Intestino delgado / absorção intestinal

Page 107: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Intestino Grosso

Page 108: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Intestino grosso / absorção

As substâncias não

digeridas passam para

o intestino grosso

misturadas com água.

Ocorre a absorção de

minerais e de grande

quantidade de água

Page 109: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

No Intestino Grosso…

Movimentos peristálticos são

efetuados pelo intestino grosso

até à expulsão das fezes.

Os nutrientes passam, em grande parte, para o sistema circulatório, sendo posteriormente utilizados pelas células. Os restantes materiais passam para o intestino grosso, onde vão formar as fezes.

Os alimentos não digeridos, os nutrientes não absorvidos, o muco e as células mortas, constituem as fezes, expulsas pelo ânus.

Page 110: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Intestino grosso / papel das fibras

Page 111: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

As fibras essencialmente constituídas por celulose, ajudam a reter a água, o que torna as fezes mais volumosas, macias e fáceis de expelir, ficando, por isso, a parede do intestino sujeita durante menos tempo ao contacto com substâncias tóxicas dos resíduos dos alimentos. Tal facto reduz o risco de cancro no intestino e de outras doenças, como apendicite, hemorróidas, etc

Page 112: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Alimentos que protegem a parede

intestinal da ação de bactérias

Alimentos que alteram microbiota intestinal

Alimentos como vegetais, frutas e legumes protegem a parede intestinal da ação de bactérias nocivas e toxinas

Alimentos com alto teor de colesterol, ricos em gorduras

saturadas, provocam um desequilíbrio na flora intestinal, causando a chamada disbiose

Page 113: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 114: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 115: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 116: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes
Page 117: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

Suco entérico

- Gl. Intestinais = Gl. Lieberkuhn - Gl. Duodenais = Gl. Brunner

- pH 6,7 a 9,3

- Bicarbonato de sódio tampão

- Mucina emulsificação das gorduras

- Enteroquinase liberação das enz. e conversão do tripsinogênio, quimiotripsinogênio e procarboxipeptidases do pâncreas

- Maltase maltose em glicose

Page 118: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

ENZIMAS SUCO ENTÉRICO

- Sacarase sacarose em glicose e frutose

- Alfa dextrinase alfa dextrina em glicose

- Aminopeptidases peptídeos em aa e peptídeos de cadeia menor

- Dipeptidases dipeptídeos em aa

- Lactase lactose em glicose e galactose

- Desoxiribonucleases Ac. Desoxiribonucleicos em ?

Page 119: Fisiologia da digestão comparada em não ruminantes

- Enterogastrona Mucosa Intestino delgado

Estimulada por: gordura e açúcar

Ação: inibe motilidade e secreção gástrica

- Enterocrinina Mucosa Intestino delgado

Estimulada por: quimo

Ação: aumenta volume e concentração do suco entérico

- Viliquinina Mucosa Intestino delgado

Estimulada por: HCl

Ação: estimula movimentos das vilosidades entestinais

Hormônios outros

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PECULIARIDADES comparadas

• Lactentes: Alta atividade da enzima lactase

• Aves: não conseguem digerir alimentos que contenha muita lactose

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Particularidades

EQUÍDEOS:

• Digestão microbiana no intestino grosso

• Saliva só com função de umidecimento do alimento

• Cada 10 kg de MS são secretados 50 litros de saliva

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• Estômago pequeno

• Não possui vesícula biliar

• Bolo alimentar fica cerca de 24 horas no ceco e cólon onde ocorre fermentação da fibra com produção de AGV que são absorvidos pela mucosa intestinal.

• O principal sítios de fermentação seria o cólon. • Na falta da fibra na dieta ocorre uma alteração do

trânsito intestinal, com permanência excessiva da digesta no cólon e ceco. Isto acarretaria uma grande produção de gases e formação de aminas tóxicas, levando a cólicas

Particularidades

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Coelhos:

• Um coelho adulto alimenta-se cerca de 25 vezes ao dia.

Particularidades

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Coelhos:

• O estômago dos coelhos possui uma túnica muscular pouco desenvolvida, pouco contrátil, sendo que seu estômago normalmente não encontra-se vazios.

Particularidades

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• O intestino grosso tem um importante papel na digestão do coelho, devido à fermentação cecal, excreção seletiva da fibra e a reingestão do conteúdo cecal (cecotrofia)

• A ingestão destes cecotrofos permitem que os coelhos aproveitam melhor a fibra dietética, além da incorporação da proteína bacteriana. Os cecotrofos são tomados diretamente do ânus e deglutidos íntegros, sem ocorrência de mastigação

Particularidades

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Absorção de Água - Quase 99% da água e dos íons ingerido e secreções gastrintestinais. - Absorção por difusão - Duodeno pouca absorção, em geral existe acréscimo de água no quimo. - Intestino delgado grande absorção de água - Atividade de absorção Jejuno > íleo - Intestino grosso

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Absorção de íons Sódio Transporte ativo Ao longo de todo o intestino; A velocidade efetiva de absorção é mais alta no jejuno (Glicose, Galactose). Ferro Limitada forma sais insolúveis com certos ânions A Vitamina C promove a absorção do Ferro forma um complexo solúvel previne a formação de complexos insolúveis; Reduz Fe+++ a Fe++ menor tendência a formar complexos insolúveis

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Absorção das Vitaminas Lipossolúveis A, D, E, K absorvidas junto com as micelas mistas formadas pelos ácidos biliares e pelos produtos de digestão lipídica. Nas células epiteliais as vitaminas lipossolúveis penetram os quilomícrons e deixam o intestino na linfa.

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Absorção de Vitaminas Hidrossolúveis B1 (Tiamina), B2 (Riboflavina), B6 (Piridoxina), B12, C (Ácido Ascórbico), Niacina (Ácido Nicotínico), Ácido Pantotênico (B5) e Ácido Fólico (Ácido Pteroilglutâmico). Co-transporte dependente de Na+ no intestino delgado ou por difusão facilitado. Exceção vitamina B12 (Cobalamina) que depende do fator intrínseco.

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Absorção da Vitamina B12

No estômago (pH baixo) se torna livre e é fixada as proteínas R, presentes na saliva e no suco gástrico. O Fator intrínseco possui menos afinidade que as proteínas R; Intestino proteases pancreáticas dissolvem a ligação com a proteína R vitamina B12 se liga com o fator intrínseco sendo este complexo (B12-FI) absorvido no íleo (Transporte ativo).

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ABSORÇÃO DE ELETRÓLITOS

Íons carregados negativamente como de bicarbonato,

e outros como, cloreto (Cl-) , iodeto, nitrato podem

seguir passivamente, até mesmo o Sódio (Na+)

ou também ser transportado ativamente,

Íons carregados positivamente como de potássio (K+),

ferro (Fe+), magnésio, e fosfato são

absorvidos através de transporte ativo,

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Cálcio Absorção ativa em todos os segmentos no intestino, de acordo com as necessidades de cálcio do organismo. Absorção de Cálcio estimulada pela Vitamina D essencial para a obtenção de níveis normais de absorção de Cálcio pelo intestino. PTH estimula a absorção de Cálcio promove a ativação da Vitamina D pelo rim aumenta o nível de calbindina (proteína fixadora de cálcio - CaBP) e de IMCal - Proteína fixadora de cálcio da membrana intestinal

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Obrigado

Até o próximo encontro...

Marcelo Lopes Névoa

Médico Veterinário - UFV

Mestre em Ciência Animal – UFMT

[email protected]

FISIOLOGIA DA DIGESTÃO COMPARADA