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DIRUR FINDES Vitória, 27 de julho de 2010 Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais

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FINDES Vitória, 27 de julho de 2010

Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais

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Necessidades habitacionais

Plano Nacional de Habitação - PlanHab

Programas em andamento

Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

Inovações no marco legal da habitação

Política nacional de habitação

Capacidades institucionais para tratar da habitação

O IPEA e os estudos habitacionais

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•  Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: acompanhamento do Objetivo 7 (sustentabilidade ambiental)

•  Análise de programas habitacionais do PPA (anual) •  Análise da consolidação local do SNHIS •  Caracterização e tipologia de assentamentos precários -

Proredes/Anipes: Instituto Jones dos Santos Neves (RMGV) + 6 instituições estaduais e municipais

•  Formulação de metodologia de avaliação do PAC urbanização de favelas (com a CAIXA)

O IPEA e os estudos habitacionais: em andamento

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Necessidades habitacionais

Déficit habitacional

Inadequação habitacional

Assentamentos precários

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Estimativas FJP 2007.

Déficit na região Sudeste é 37,2% do total, mas participação do ES é relativamente pequena (4,3% do SE)

Localização eminentemente na área urbana

Concentração do déficit na faixa até três salários mínimos: 89,4% (Brasil), 86,7% (Sudeste) e 89,9% (ES)

Déficit habitacional - estimativas

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13,9% habitação precária (domicílios rústicos e improvisados); mas compõem 46,6% do déficit rural

35% coabitação familiar (sem intenção de constituir novo domicílio); em outras regiões, é o fator que mais contribui para o déficit

46,7% ônus excessivo com aluguel (famílias urbanas, com renda familiar de até três salários mínimos, que despendem mais de 30% de sua renda com aluguel)

4,4% adensamento excessivo (domicílios alugados com número médio de moradores superior a três por dormitório)

Déficit habitacional – componentes no ES

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Carência de infraestrutura é a principal responsável: no Brasil, quase 10,5 milhões de domicílios, em 2007, não dispunham de um ou mais dos serviços básicos – iluminação elétrica, abastecimento de água com canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica, e coleta de lixo.

“é o fator mais preocupante em todas as regiões, incluindo as metropolitanas.” (FJP, 2009)

No ES, atinge 13,5% dos domicílios urbanos, em tendência de queda; no SE como um todo, 8,8% dos domicílios urbanos.

A falta de serviço adequado de esgotamento sanitário é destaque, seja no Brasil, no Sudeste ou no Espírito Santo.

Inadequação habitacional

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Inadequação habitacional

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No ES, chama a atenção o alto déficit habitacional dentro de aglomerados subnormais. Mas a participação do ES é pequena: 2,2% dos domicílios em aglomerados subnormais no SE. Os domicílios em aglomerados subnormais são 2,9% dos 891.909 domicílios particulares permanentes urbanos do ES.

Assentamentos precários

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Assentamentos precários

Estudo CEM/CEBRAP (2007) mostra que a precariedade é maior: estimativas de 3,3% de domicílios em assentamentos precários em Cariacica, 3,48% em Guarapari, 5,39% em Serra e 3,47 em Vila Velha (dados do Censo 2000).

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Capacidades institucionais para tratar da habitação

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Capacidades institucionais para tratar da habitação

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Capacidades institucionais para tratar da habitação

Existência de um plano habitacional local voltado para a redução do déficit: no Brasil, 81,2% dos municípios não tem Plano Municipal de Habitação, mas 30,4% declaram estar com o plano em elaboração no Sudeste é um pouco pior: 84,7% não têm plano e só 26,8% o estão elaborando melhor no ES: 70,5% não têm plano e 30,8% estão elaborando; e 21,8% dos municípios receberam recursos do MCidades para elaboração de planos habitacionais (2007-2009)

Existência de legislação e plano e/ou programa direcionado para regularização fundiária: só 10,4% dos municípios do Brasil 10,3% no Sudeste no ES, dos 78 municípios, 29 têm legislação e 17 têm plano e/ou programa.

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Política nacional de habitação

Organização institucional da política de desenvolvimento urbano (a partir de 2003): Ministério das Cidades (Secretaria Nacional de Habitação) Conselho das Cidades (Câmara técnica de habitação) Conferências das Cidades (4 conferências, municipais, estaduais e nacionais)

- 4ª Conferência (junho de 2010): representações: Poder Público, Movimentos Populares, Trabalhadores (sindicatos), Empresários, Entidades Profissionais, Acadêmicas e de Pesquisa, Organizações Não Governamentais.

- 1.689 delegados eleitos nas conferências estaduais (ES: 46 delegados) - 250 delegados indicados pelo Governo Federal e Congresso Nacional - 561 delegados indicados pelas entidades membro do Conselho das Cidades - 181 conselheiros do Conselho das Cidades de âmbito nacional, como delegados natos

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Política nacional de habitação

Horizonte temporal: 2023, com revisão a cada PPA Tipologia de municípios e formas de atendimento diferenciadas (ex: terra + mat. const. + assist. técn.; imóvel pronto; reabilitação; etc.) Demandas por grupos de atendimento (SNH, 2009)

Plano Nacional de Habitação - PlanHab

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Plano Nacional de Habitação - PlanHab

Cenários

OGU: manutenção dos patamares de investimentos efetivamente realizados em 2008-2011 (2,63% da receita líquida corrente), crescimento estimado do PIB 4% a.a., manutenção da carga tributária

Estados e municípios: 1% das receitas (arrecadação de impostos, deduzidas, no caso dos estados, as parcelas transferidas aos municípios.

FGTS: descontos/subsídios correspondentes à aplicação de 80% da receita financeira líquida apurada no exercício anterior (atendimento de todo o G2 e de uma parte do G3).

SBPE: papel complementar, devendo atingir progressivamente famílias de menor renda e imóveis de menor valor.

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Plano Nacional de Habitação - PlanHab

Projeção de recursos disponíveis totais (2008-2023):

Não-onerosos: R$ 327, 4 bilhões

Onerosos: R$ 766,82 bilhões

Metas de atendimento:

G1: 50% (todo o déficit até 2020)

G2, G3, G4: 100%

“déficit qualitativo” em assentamentos precários (G1): 100%

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Política nacional de habitação

Lei 11.124/2005: SNHIS/FNHIS: tratamento federativo da habitação de interesse social (atribuições e instrumentos)

Lei 11.481/2007: adequação da legislação patrimonial da União ao Estatuto da Cidade e à concessão de uso especial para fins de moradia (CUEM)

Lei 11.977/2009: Programa Minha Casa Minha Vida (subvenções da União ao FAR, FDS e BNDES, fundo garantidor, etc.), marco da regularização fundiária de assentamentos urbanos (demarcação urbanística e legitimação da posse), redução de custas e emolumentos (RI)

Inovações no marco legal da habitação

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Política nacional de habitação

Programas em andamento

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Programas em andamento

Programa Minha Casa Minha Vida (a partir de 2009) Investimentos de até R$ 34 bilhões, para ampla faixa de renda

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

Taxas decenais de crescimento da população da Grande Vitória 1950 -1991 - %

Fonte: ABE,1999, apud IJSN, 2010.

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

•  Transformações decorrentes, sobretudo, da substituição do tradicional padrão agro-exportador, vinculado principalmente à produção cafeeira, pelo modelo industrial-exportador implementado no Estado do Espírito Santo a partir dos anos 70.

•  De meados dos anos 60 até a década de 80, a configuração espacial da Grande Vitória modificou-se a tal ponto que sua malha urbana foi quase inteiramente redesenhada. Destacam-se a instalação da Companhia Vale do Rio Doce – CVRD – e do porto de Tubarão em 1966; da Companhia Siderúrgica de Tubarão - CST e do porto de Praia Mole em 1983.

•  A área ocupada pela CST e CVRD correspondia a cerca de 1/3 da mancha urbana total do município de Vitória na década de 1970.

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

Ocupações avançando sobre o mangue (Flexal, Cariacica)

Fonte: Google Earth, apud IJSN, 2010

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

Ocupação em fundo de vale (Nova Carapina I, Serra)

Fonte: PMS/PDPM, 2007, apud IJSN, 2010

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

Vias sem pavimentação e autoconstrução (Fazenda Cascata, Serra)

Fonte: PMS/PDPM, 2007, apud IJSN, 2010

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

•  anos 20: início da ocupação nas partes baixas (mangues), avançando aos poucos em direção às encostas dos Morros Grande e da Gurigica, de forma densa e desordenada.

•  décadas de 30 e 40: ocupação da parte alta (maciço rochoso e plano) através de invasões e loteamentos.

•  final dos anos 40: ocupações nos bairros Bonfim e Consolação. O primeiro teve inicio nas partes baixas expandindo-se para a parte alta do morro. O bairro de Consolação, inicialmente conhecido como Gurigica, teve início em uma área de mangue (“Baixada da Égua”). Nesta fase inicial, percebe-se que as famílias, além de demarcarem os “lotes” para seu estabelecimento, delimitavam outras áreas para vender a novos ocupantes.

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

•  início dos anos 50: invasões em áreas alagadas, aterradas posteriormente por iniciativa do setor público e dos próprios moradores que deram origem ao bairro Itararé. O Bairro da Penha surgiu também nesse período, com um processo de invasão na parte baixa, que avançou nas encostas do morro a partir da demarcação de lotes, por pessoas provenientes de outros bairros de Vitória, ou de municípios próximos...

•  início dos anos 60: ocupação no bairro São Benedito, na parte alta do morro, também fruto de invasões e por loteamentos.

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Estudo de caso: Vitória e a RMGV (colaboração IJSN)

Situação fundiária de Vitória em 1994

•  Percentual de loteamentos ilegais, segundo o IJSN, corresponde a 49,42% em relação à área urbana do Município de Vitória

Desenvolvimento de uma política municipal de habitação

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Plano Diretor, 1994 •  Zonas de

Intervenção Prioritária (ZIP): áreas de Interesse Social onde serão desenvolvidos prioritariamente programas de Regularização Fundiária e de Urbanização Específica

Desenvolvimento de uma política municipal de habitação

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Projeto Terra, 1998 (Terra Mais Igual, a partir de 2005)

•  áreas mapeadas e delimitadas com base em critérios sócio-econômicos, ambientais e urbanísticos

•  15 poligonais, aproximadamente 86.000 habitantes e 24.500 domicílios;

•  Diagnóstico Integrado, Plano de Intervenção, Projetos Executivos e Projeto Social.

Desenvolvimento de uma política municipal de habitação

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•  2002: Secretaria de Habitação, Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social (CMHIS) e Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS)

•  2005: Programa Habitar Vitória - Rumo à Moradia Digna, com projetos: –  Moradia –  Morar no Centro –  Morar sem Risco –  Terreno Legal –  Vitória de Todas as Cores

Desenvolvimento de uma política municipal de habitação

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ZEIS, 2006 •  diferentes

graus de precariedade e, portanto, de intervenção do poder público

Desenvolvimento de uma política municipal de habitação

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Obrigado!

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