revista vitória

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Ano VII Nº 9 Outubro de 2012 Revista da aRquidiocese de vitóRia - es ISSN 2176401 Edição Mensal 9 772176 401035 6 0 7 0 0 ATUALIDADE CREIO REPORTAGEM ENTREVISTA Ano da Fé: por que e o que fazer no Ano da Fé Pais, psicóloga e padres falam sobre educar para a vida Missionários: experiências e pontos de vista

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A Revista Vitória é uma revista oficial, da Igreja Católica, com periodicidade mensal. Fundada em fevereiro de 2006, tem como objetivo trazer informações de interesse religioso, social, político, econômico, etc, e, divulgar opiniões sobre temas diversos que explicitem o pensamento da fé e da doutrina da Igreja.

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Page 1: Revista Vitória

Ano VII • Nº 9 • Outubro de 2012

Revista da aRquidiocese de vitóRia - es

ISSN 2176401 Edição Mensal

9 772176 401035 60700

AtuAlidAde

creio

reportAgem entrevistAAno da Fé: por que e o que fazer no Ano da Fé

Pais, psicóloga e padres falam sobre educar para a vida

Missionários: experiências e pontos de vista

creio

Page 2: Revista Vitória

Arcebispo MetropolitanoDom Luiz Mancilha Vilela

Bispos AuxiliaresDom Rubens Sevilha

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias

Ano VII – Edição 9 – Outubro/2012Essa é uma publicação da Arquidiocese de Vitória

EditoraMaria da Luz Fernandes / 0003098-ES

Repórter Lisandra Melo / 0003041-ES

ColaboradoresThales Delaia

Alessandro GomesDauri Batisti

Pe. Arthur F. Juliatti dos SantosPe. Ivo Ferreira de Amorim

Revisão de textoYolanda Therezinha Bruzamolin

Publicidade e [email protected]

Telefone: (27) 3198-0850

Fale com a revista vitória:[email protected]

Projeto Gráfico e EditoraçãoComunicação Impressa

(27) 3319-9062

Ilustrador¶ Kiko, · Arquivo

DesignersRicardo Coufler

Jane Gorza

ImpressãoGráfica 4 irmãos(27) 3326-1555

ww

w.a

ves.o

rg.b

rentrevistA 12A missão a partir de diversas visões

pAróquiAs 14Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Cobilândia, Vila Velha

sugestões 22O prazer de ler

BíBliA e liturgiA 23A revelação de Deus para a fé e a liturgia como evento de fé

Acontece 24Informações de eventos importantes e comemorações

Page 3: Revista Vitória

proJetos 20Tudo sobre a Jornada Mundial da Juventude em Vitória

Iniciar com fé

Apartir do mês de outubro o conteúdo da Revista Vitó-ria é de responsabilidade

do Departamento de Marketing e Comunicação da Mitra Arqui-diocesana. A primeira preocupação da nova equipe é de construir conte-údos de interesse de maneira leve e agradável. Para isso constituiu-se uma equipe de pauta e estamos for-mando uma equipe de colaborado-res que possam contribuir com seus diversos saberes e especialidades. Por enquanto, agradecemos aos que nos atenderam e já deixam sua marca nesta edição. Que Deus os recompense! Outubro é mês de comemora-ções: eleições, crianças, professor, Nossa Senhora Aparecida e Ano da Fé. O Papa Bento XVI pede aos fies um gesto simples e profundo fun-damentado na carta aos Romanos 10, 10: “Acreditar com o coração e, professar a fé com a boca”. Este é o espírito que nos ani-ma. Crer e anunciar. Perceber e di-vulgar. Sentir e comunicar. A nova edição da Revista Vitória, nasce neste contexto. Acreditamos que ela pode desempenhar seu papel de ser um dos instrumentos de co-municação desta Igreja Particular apresentando suas conquistas, seus testemunhos e exemplos, seus de-sânimos e seus esforços ao serviço das pessoas e da vida.

Maria da Luz FernandesAssessora de Imprensa

editoriAl

sumário

pAlAvrA do Bispo 4

cidAdAniA 10Acessibilidade, inclusão e voluntariado

O papel dos católicos no exercício de funções políticas

AtuAlidAde 6Convocação do Papa Bento XVI para o Ano da Fé e programação

reportAgem 17Educar para transformar

Page 4: Revista Vitória

Dom Luiz Mancilha Vilela, ss.cc.

Arcebispo Metropolitano de Vitória

pAlAvrA do Bispo

DeMocrAciA eM Ação: onteM, hoje e AMAnhã!

N os últimos quatro anos tenho acompanhado os políticos ca-tólicos militantes dos vários

partidos presentes na Grande Vitória. Tem sido um esforço de, institucional-mente, manifestar o apoio da Igreja Católica aos irmãos e irmãs com voca-ção ao exercício da política partidária, colocando-se ou propondo-se para o exercício do serviço do Bem Comum, seja no poder legislativo seja no poder executivo ou judiciário, diante do Mu-nicípio, diante do Estado ou da Nação, sempre a partir da escolha nas urnas. Estes encontros, até o presente momento, considero proveitosos do ponto de vista de maior proximidade entre nós, de aprofundamento de temas importantes para o serviço do Bem Comum, e fortalecimento da fé. Para o

aprofundamento dos temas, pessoas e professores altamente especializados, fizeram-se presentes para ajudar os políticos interessados, que já ocupam cargos públicos, a aprofundarem seus conhecimentos e, consequentemente, avaliarem a situação pessoal de co-nhecimento e de compromisso cristão como católicos que são, num meio plural onde exige-se deles testemunho de vida e competência no serviço que prestam à Sociedade ou pretendam prestar. Durante o período de Campanha Eleitoral recebi, na residência epis-copal, vários candidatos ao cargo de prefeito dos Municípios da Grande Vitória. Todos tiveram a oportunidade de expor seus objetivos a respeito do município que desejam servir, falar

das propostas e sonhos em relação ao futuro do município que, se eleitos, passarão a servir ou renovarão por mais quatro anos o serviço que têm prestado. Recebi, democraticamente e com grande interesse, políticos católicos e não católicos para um café da manhã. Graças a Deus pudemos dialogar, de-bater sobre questões e serviços neces-sários para os municípios. Esta abertura de espírito e gran-deza de ideais me alegram porque estamos cansados de “pequenos” políticos, presos a preconceitos reli-giosos e ideológicos que acontecem aqui e acolá, quando funcionários são demitidos por causa da religião diferente do prefeito, ou empresas que demitem pessoas competentes

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Page 5: Revista Vitória

por questões religiosas e ideológi-cas. A Política deve ser sempre em termos e atitudes maiores. Políticos mesquinhos e “poderosos” não en-grandecem os munícipes, ao contrário, apequenam a Política que é, em si, muito nobre. Espero, agora, que os candidatos eleitos neste mês de outubro, ten-do sido escolhidos pelo povo, não decepcionem e não traiam os seus eleitores. Em se tratando de políti-cos católicos eu, com autoridade da qual fui investido para servir os meus irmãos de fé, sendo arcebispo deles, recomendo-lhes que procurem ser coerentes com a fé que proclamam neste meio plural para o qual estão missionados em nome do Evange-lho de Jesus Cristo. A Boa Notícia que temos para comunicar a todas as nações, é missão do cristão, anunciá--la em todos os meios da sociedade, especialmente nos meios de decisão política, onde se fazem as leis que norteiam a vida de nosso povo ou onde decidem os interesses do Bem Comum. A Palavra de Deus é Luz de nosso caminho. A gestão política não pode ser feita às cegas, mas sob esta Luz, apresentada pelas convicções e testemunho de vida daquele que se diz político cristão católico. Não traiam o Evangelho! Trair o Evangelho é trair a Jesus Cristo! Quando faço esta afirmação eu estou dizendo que as leis e todas as decisões de governo devem estar a serviço da vida, da pessoa humana, centro de toda vida política. Nestes últimos anos tivemos oportunidade de expor-lhes exem-plos de santos políticos e cientistas do

direito que edificaram a sociedade de seu tempo. Cito como exemplo Tomás Morus, o corajoso político inglês que não traiu a sua fé, foi canonizado em 1935 e, declarado Patrono dos Esta-distas e Políticos pelo Papa João Paulo II em 2.000. Cito também Contardo Ferrini, declarado Bem aventurado por sua Santidade o Papa Pio XII em 1947. Professor de Direito, escritor, católico convicto, que edificou as Sociedades da Alemanha e da Itália num ambiente agnóstico, ambiente que precisava de alguém como ele, com coragem de um cristão católico e fervoroso. Os políticos católicos estejam certos de que o testemunho corajoso, sem qualquer acento de fanatismo,

será sempre admirado no mundo dos agnósticos, pois estes vivem com mui-tas perguntas existenciais e ainda sem respostas. Políticos de qualidade de São Tomás Morus ou do Bem Aven-turado Contardo Ferrini estarão em evidência e serão admirados e é destes que precisamos atualmente não só no Brasil como também e em outros países e lugares. Parabéns aos eleitos e aos que ainda não conseguiram ser aprovados pelo povo. Ganhou o Município com este belo exemplo de democracia. Continuaremos refletindo com os se-nhores sobre temas da Política do Bem Comum à luz da nossa fé na Palavra de Deus. Democracia em ação, ontem, hoje e amanhã!

·

Page 6: Revista Vitória

Para entender a proclamação do Ano da Fé é neces-sário entender como surgiu o ano jubilar, ano santo e ano temático.

O ano jubilar, com raízes bíblicas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, era comemorado com o intuito de estabelecer a igualdade e a liberdade entre as classes sociais. É possível compreender esta relação pela leitura do Livro do Levítico, capítulo 25, o Livro de Isaías no capítulo 61 e Evangelho narrado por São Lucas no capítulo 4 a partir do versículo 16. A carta apostólica Tertio Milenium Advenium n.14, explica o ano da graça ou ano jubilar “é o ano da remissão dos pecados e das penas pelos pecados, ano de reconcilia-ção entre os desavindos, ano de múltiplas conversões e de penitência sacramental e extra-sacramental”. Coincidindo com as celebrações jubilares ou durante suas preparações, fossem elas comemoradas aos 7, 25 ou 50 anos, havia sempre uma preocupação com os desafios históricos da-quele momento e, em alguns casos, esses mesmos desafios

AtuAlidAde

Ano DA Fé

24 DE NOVEMBRO DE 201311 DE OUTUBRO DE 2012 A

Estabelecido pelo Papa Bonifá-cio VIII em 1300, através da Bula Anti-quorum Fide Relatio o jubileu cristão deveria ser realizado a cada 100 anos. Porém, em 1343, fundamentando-se num costume hebraico, o Papa Cle-mente VI aprovou a realização dos jubileus a cada 50 anos.

Por razões de ordem político-social e ainda por razões internas na própria Igreja, as comemorações não acon-teceram nas datas previstas e, a partir de 1475, o jubileu cristão começou a ser celebrado a cada 25 anos, passando a chamar-se de Ano Santo, pois durante as celebrações era enfatizada e intensi-

ficada a possibilidade da remissão dos pecados, da reconciliação e da pen-itência. No séc. XIX nas décadas de 20 a 75, embora permanecendo a regra de celebrar o jubileu a cada 25 anos, os acontecimentos políticos, entre eles a Revolução Francesa e o afastamento do Papa de Roma, impediram algu-

inviabilizaram as comemorações. Jubileus, Concílios, En-cíclicas, Sínodos e, mais recentemente, anos temáticos têm sido as formas encontradas pelos Sumos Pontífices para convocar a Igreja, em todo o mundo, a retornar para Deus em meio aos desafios de cada época. Para cada ocasião uma inspiração e um jeito de celebrar, mas em comum sempre uma percepção da realidade e certeza da necessidade de retornar às origens, isto é, voltar para Deus. Entre os anos temáticos pode-se citar o ano do Rosário (2002-2003), da Eucaristia (2004-2005), o ano Paulino (2008-2009), ano sacerdotal (2009-2010) e agora o Ano da fé proclamado pelo Papa Bento XVI a acontecer de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Para este ano, além da agenda mundial e do apelo do Sumo Pontífice às Igrejas Locais para que se empenhem em promover iniciativas que proporcionem aos fiéis a possibilidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado, há algo que chama a atenção; é que em 1967, o então Papa Paulo VI, também proclamou um ano de fé.

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Anos DA Fé

24 DE NOVEMBRO DE 2013 ...“Queremos, além disso, pedir uma coisa pequena e importante; quermos pedir a todos e a cada um de vós, filhos(as) que se lembrem dos santos apóstolos Pedro e Paulo, que testemun-haram sua fé em Cristo com palavras e com o próprio sangue, a fim de procla-mar com verdade e sinceridade a mesma fé guardada ciosa e devotamente pela Igreja. Além disso, essa profissão de fé, que oferecemos a Deus, tendo como teste-munhas os bem-aventurados apóstolos, convém que seja individual e pública, livre e consciente, interior e exterior, humilde e sincera. Gostaríamos, além disso, que tal profissão de fé, brotasse do íntimo do coração de cada homem e ressoasse, autêntica e amorosa, em toda a Igreja. Com efeito, qual a melhor homenagem e honra podemos oferecer a Pedro e Paulo, senão a declaração daquela fé que deles recebemos quase como herança”. Exort. Ap. Petrum et Paulum, 1967.

mas comemorações e foi no início do Sec. XX, após a publicação da Encíclica Rerum Novarum, que o Papa Leão XIII retomou a celebração do jubileu, dando-lhe no ano 1900 um caráter profundo de reconciliação, solenidade e festa. Pio XI, em 1925 imprimiu ao ano jubilar o caráter missionário. Em

1950 num contexto Europeu de divisão, Pio XII fez do ano jubilar um ano de perdão. Já em 1975, no embalo do Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI percebeu na celebração do ano jubilar a possibilidade de propor a ‘renovação do homem interior’, a alegria e a rec-onciliação. Mais recente temos ainda

viva a lembrança do jubileu do ano 2.000, preparado pelo Papa João Paulo II de forma intensa, como a grande comemoração dos dois mil anos do cristianismo, sendo a preparação para este jubileu apresentada em projetos anuais: O ano de Jesus Cristo, o ano do Espírito Santo e o ano de Deus Pai.

Paulo VI, 1967

Bento XVI, 2012 “Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, so-bretudo num momento de pro-funda mudança como este que a humanidade está a viver. Ter-emos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas, como as comunidades paroquiais e to-das as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo. Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para

não esquecerem o compromisso assumido com o Batismo. Re-corda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a en-trega do Credo): “O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferi-stes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós o recebe-stes e o proferistes, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, dev-eis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquec-er durante as re-feições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele”.

(Porta Fidei, 2011)

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Outubro de 201211 (Quinta) Celebração de abertura com

os Padres Sinodais, os Presi-dentes das Conferências Epis-copais e Padres Conciliares

21 (Domingo) Canonização dos Mártires e Confessores da Fé

Março de 201324 (Domingo) Jornada dos Jovens em prepa-

ração para a Jornada Mundial da Juventude

Abril de 201328 (Domingo) Jornada dos Crismados

Maio de 20135 (Domingo) Jornada das Confrarias e da

Piedade Popular18 (Sábado) Vigília de Pentecostes com os

Movimentos

Junho de 201316 (Domingo) Jornada do Evangelium Vitae22 (Sábado) Concerto na Praça São Pedro

Julho de 20137 (Domingo) Jornada vocacional (seminar-

istas, noviços e noviças)

Setembro de 201329 (Domingo) Jornada dos Catequistas

Outubro de 201313 (Domingo) Jornada Mariana

Novembro de 201324 (Domingo) Celebração conclusiva do Ano

da Fé

w Abertura oficial do Ano da Fé na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, dia 12 de outubro, às 10h.

w A publicação da carta apostólica Porta Fidei, do Papa Bento XVI.

w A impressão de um cartão com o Credo Niceno--Constatinopolitano e a imagem oficial do Ano da Fé, para facilitar a recitação cotidiana do Credo.

w Publicação dos Documentos do Concílio Vati-cano II, do Catecismo da Igreja Católica e do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, em edição mais econômica.

w Publicação de uma coletânea de textos de Bento XVI sobre a fé.

w Congresso Teológico sobre os 20 anos do Cate-cismo da Igreja Católica e o Ano da Fé, de 07 a 09 de setembro de 2013, na PUCPR. Posteriormente as conferências apresentadas serão publicadas.

w Subsídio Doutrinal intitulado: As razões da fé na ação evangelizadora.

Atividades para o Ano da Fé na Arquidiocese de Vitóriaw Celebração Eucarística na catedral de Vitória,

no dia 11 de outubro às 19h

w Paineis de incentivos a professar a fé.

Iniciativas promovidas pela CNBB

EVENTOS PRESIDIDOS PELO SANTO PADRE

celebrAções Do Ano DA Fé

AtuAlidAde

Site sobre o Ano da Fé www.annusfidei.va

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Page 9: Revista Vitória

NeNém meNsageNsMensagens para todas as

ocasiões, ao vivo ou por telefone.

Os

prod

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PANTONE I SOLID COATED - 201C

Num campo quadrado com borda, en-contra-se simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre águas sutilmente esboçadas na gráfica, cujo mastro principal é uma cruz que iça as velas que, com sinais dinâmicos, realizam o trigrama de Cristo; além disso, no fundo das velas, o sol que associado ao trigrama, remete à eucaristia.

Logotipo: conceito e aplicação

A nauA Igreja

O mastro principalA Cruz

O TriagramaIHS

O SolA eucaristia

Fonte: Century GothicCorpo: MédioAltura: 130% - Largura: 100%

A

BFonte: Century GothicCorpo: MédioAltura: 100% - Largura: 100%

Proporção dimensão caráter: A/B = 5/4

Cestas de café da manhã e flores.

3343-3451.”

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Page 10: Revista Vitória

cidAdAniA

Apesar de ser uma das líderes no ranking de acessibi-lidade urbana, a cidade de Vitória tem muito a evoluir para se tor-nar, realmente, acessível. Embora possua cerca de 19,9% de rampas para cadeirantes no entorno das residências, de acordo com da-dos do IBGE, a capital capixaba ainda não oferece aos turistas e cidadãos com deficiência acesso

Cerca de 40% de todo o lixo produzido no Brasil é descartado de forma inadequada. Lixões a céu aberto são os principais destinos de toneladas e toneladas de resíduos. Em um cenário como este, torna-se ainda mais importante iniciativas como a da Associação Beneficente de Catadores de Materiais Recicla-

Situado na Universidade Federal do Espírito Santo, o NEVI - Núcleo de Estudos de Violência e Segurança Pública promove, desde 2000, diversas atividades de pesquisa, extensão e especialização na área de estudos sobre a violência e segurança pública, tendo sempre como “carro-chefe” os direitos humanos. Em 2008, após firmar parceria com a Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, os dados recolhidos pelo Núcleo acerca dos homicídios ocorridos no Espírito Santo foram de fundamental importância para traçar o perfil do jovem, vítima de violência no Estado: negro, entre 15 e 29 anos, e morador de periferia.

Acesso ao Patrimônio Histórico

Conscientização

Nevi

total ao seu Patrimônio Histórico. O cenário, porém, parece estar mudando, após o Convento do Carmo, Igreja do Rosário e Cat-edral Metropolitana, chegou a vez do Convento de São Francisco de Assis, sede da Cúria, ser contem-plado com a melhoria na rampa de acesso ao Frontispício com instalação de piso antiderrapante e corrimão.

dos de Nova Rosa da Penha II (Aca-marp), em Cariacica. Composta por 18 famílias, a Associação trabalha no recolhimento e na reciclagem de resíduos secos. Além disso, a Acamarp realiza campanhas de conscientização em escolas da rede pública, sobre o correto descarte do lixo.

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Com o objetivo de ajudar na construção de uma educação inclusiva, o Ministério da Educa-ção iniciou, em 1999, um projeto inovador; o CAP – Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às pessoas com Deficiência Visual. Já na primeira etapa de implantação, o Espírito Santo foi um, dos oito estados contemplados, e ganhou uma unidade na cidade de Vitória. Hoje, 13 anos após o início do pro-

Jovens , em situação de risco pessoal e social, encon-tram desde 1985, um espaço de apoio socioeducativo, no bairro Campo Grande, em Ca-riacica. O REAME, Centro Edu-cacional Comunitário, ligado à Paróquia Bom Pastor e à Cári-tas Arquidiocesana de Vitória, atende 100 crianças e adoles-centes em diversas oficinas, dentre elas; a capoeira, a qual tem rendido muito mais que transformação social. Tales Lima, 14, e participante do projeto trouxe uma medalha dourada do V Encontro Inter-nacional e Jogos abertos da A.C.A.P.O.E.I.R.A., evento real-izado neste ano, em Itaúnas, Conceição da Barra.

O trabalho voluntário é considerado pelos jovens do Brasil uma atividade gratificante.Estima-se que 10% deles envolvem-se em projetos sociais, grande parte, tendo como motivação a construção de uma socie-dade melhor. Prova disso são os mais de 50.000 jovens que se inscreveram para a Jornada Mundial da Juventude, que entre os selecionados, conta com 42 jovens da Arquidiocese de Vitória. Eles irão integrar em julho de 2013 a Comissão Nacional de voluntariado da JMJ, e ajudar na realização do maior evento da juventude católica do mundo.

jeto, o Centro, localizado em Bento Ferreira, é referência na produção de material didático e na assistência a alunos da rede pública com defi-ciência visual. Por meio de cursos como alfabetização no Sistema Braille, informática e ensino do mé-todo Soroban, além da capacitação de professores, o CAP presta um importante serviço à sociedade, e trabalha em prol da igualdade.

Inclusão

Prêmio para o REAME

Voluntariado

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entrevistA

Ser missionária é natureza da Igreja relembrou o Documento de Aparecida, transformando a

expressão discípulos e missionários, quase um refrão que se repete em todas as instâncias e documentos da Igreja. Porém, o entendimento sobre o que é missão e, consequentemente, o que é ser missionário tem dimensões diversas. Para alguns a missão é ir para outro país, para outros apenas anunciar Jesus a quem está perto. Para uns ir para regiões muito pobres e até miseráveis, para outros falar de Deus àqueles que possuem bens materiais, mas não encontram sentido para a vida. Para muitos falar de Deus, para outros transformar a realidade social. O fato é que, independente da missão, ela é a experiência de fé em ação. A Arquidiocese de Vitória abarca em sua história diversas manifesta-ções que enriquecem a sua história. A prelazia de Lábrea é um exemplo disso. Ela foi adotada como Igreja--Irmã. Lá está padre Eder Carvalho, filho de Guarapari, formado no Se-minário Nossa Senhora da Penha e que escolheu Lábrea como lugar para

ser MissionÁrio

“A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio.”

exercer sua missão sacerdotal. É para lá que todos os anos a Arquidiocese de Vitória faz uma coleta específica que ajuda a desenvolver projetos de evangelização naquela região. Algumas de nossas paróquias são conduzidas por padres brasileiros e es-trangeiros de Congregações Religiosas que aqui vivem a dimensão missioná-ria dos carismas de suas famílias na fé. Religiosas, leigos e leigas consagrados e consagradas, dedicam parte de suas vidas a cuidar de pessoas carentes em nome do sentido missionário. Danielle Machado, uma jovem daqui, está em Colônia, na Alemanha. Lá ela faz intercâmbio missionário, experiência que jovens da Alemanha realizaram e realizam nesta Arquidio-cese. Já Pe Hugo Scheer, que veio para o Brasil como missionário da Congre-gação Verbo Divino (Verbitas), hoje desenvolve sua missão sendo Diretor do IFTAV, Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória. Alguns missionários e missioná-rias de nossa Arquidiocese falaram um pouco sobre suas experiências a partir de duas perguntas:

(João 20:21)

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Padre Luciano Silveira Ivo, C. Ss.R

1 Quando me encontro com o povo da periferia e do sertão mais abando-nado, uma vez que foi para esta gente que Afonso nos reuniu em Congregação.

2 Missão é tarefa básica nascida de nosso Batismo, sem a qual o cristão não honra sua vocação. Seguir o jeito de Jesus ao ser en-viado pelo Pai.

Danielle Machado

1 Quando eu decidi, en-fim, aceitar o convite da coordenação alemã de in-tercâmbio da Arquidioce-se de Paderborn para ser missionária na Alemanha por um ano. A princípio eu senti medo de aceitar essa possibilidade. Medo da cultura, do idioma, de não conseguir me comunicar e, dessa forma, não conseguir desenvolver as atividades nos projetos sociais. Medo de ir para longe das pes-soas que eu amo (minha família e amigos). Porém, após refletir muito durante

1 Em qual momento da vida se sentiu “mais missionário(a)?

2Comodefinemissãohojeapartirdesuaexperiência?

“O encontro

com o povo na

periferia

Missão é estar aberto ao outro, numa

atitude de desprendimento, humildade,

solidariedade, ternura, amor, sabendo

que com isso ambos crescerão juntos.”

Padre Luciano Silveira Ivo, C. Ss.R

Danielle Machado

(continua)

minhas orações, senti que deveria aceitar o convite. Algo me impulsionou e me encorajou. Algo em mim dizia: “não tenha medo”. O mesmo Jesus que estava ali, estaria comigo fosse onde fosse. Senti que essa experiência missionária se-ria algo importante para o meu desenvolvimento espi-ritual. Um desprendimento material e amadurecimento afetivo. Senti que essa tro-ca de experiências seriam importantes para as pessoas com e para quem trabalho no Brasil (pastorais sociais e seus atendidos, e os dife-rentes grupos de jovens ale-mães que acompanho todos os anos na Arquidiocese de Vitória), e seriam tam-bém importantes para as pessoas com quem eu iria ter contato na Alemanha (crianças com deficiência, adolescentes, jovens, adul-tos e idosos).

2 Missão é estar aberto ao outro, numa atitude de desprendimento, humil-dade, solidariedade, ter-nura, amor, sabendo que com isso ambos crescerão juntos. Com isso o missio-nário cresce muito espiri-tualmente.

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Page 14: Revista Vitória

PAróquiA nossA senhorA APAreciDA, cobilânDiA

pAróquiAs

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Page 15: Revista Vitória

NOVeNA De 03 A 11 De OutubrO 19h30 – na igreja matrizFestA DIA 12 De OutubrO9h – missa das crianças12h – missa da comunidade matriz16h – missa paroquial

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Page 16: Revista Vitória

Padre Éder Carvalho1 Desde a catequese rece-bi o espírito missionário ao rezar para uma tal de “Dna. Lábrea”, que a princípio pensava ser uma pessoa, onde fazíamos campanha de oração e medicamentos, até que cresci mais um pou-co e descobri que a Dna. Lábrea era uma Prelazia do

Padre Hugo Sheer

1 A minha vocação missio-nária nasceu cedo. Quando vim da Alemanha em 1975, nos primeiros anos, traba-lhei no Vale do Jequitinho-nha, no nordeste de Minas Gerais, numa das regiões mais pobres do Brasil, como pároco e já depois de dois anos como coordenador de Pastoral na diocese, junta-mente com dois colegas. Faltava tudo, desde as ne-cessidades básicas; havia seca, inundação, fome e violência. Pastoralmente, trabalhávamos na criação das Comunidades Eclesiais, na formação dos leigos, na

Sul do Amazonas que ha-via se tornado Igreja-Irmã da Arquidiocese de Vitória pelo trabalho das missioná-rias Agostinianas Recoletas. Na adolescência, o desejo de ser padre, sentido desde a infância foi crescendo, po-rém, sufocado por um anseio profissional de me tornar biólogo e trabalhar com

1 Em qual momento da vida se sentiu “mais missionário(a)?

2Comodefinemissãohojeapartirdesuaexperiência?

aquilo que mais me simpa-tizava, a natureza, com os inúmeros seres vivos. Po-rém, aos dezessete anos, não deu mais para voltar atrás, e descobri a beleza de assumir a vocação. Sonhava o sonho de Deus para mim, ser mis-sionário nos lugares em que mais precisassem, pensei na África e em Lábrea.

Com a pastoral da criança converti em mim mesmo a imagem de mis-sionário que tinha para imagem do missionário não mais para o povo e sim como povo, totalmen-te inculturado, entendendo a evangelização não como ações esporádicas e sim como vivência prática. Na Amazônia aprendi a ser mis-sionário, que ser consolação é ser presença nas pequenas coisas do dia a dia.

2 Missão é muito mais que estruturas pastorais é a capacidade de tornar-se povo de Deus, caminheiro consolado e consolador, sem preconceito, vivendo “gente simples, fazendo coisas sim-ples, em lugares não muito importantes realizam trans-formações extraordinária” (provérbio africano).

defesa e na promoção dos direitos humanos. Também, devo confessar as minhas dificuldades iniciais em aceitar o convite para tra-balhar na formação, princi-palmente, dos futuros sacer-dotes do Espírito Santo em 1986. Aos poucos, porém, fui compreendendo que a formação de um clero nativo e autóctone, era um trabalho eminentemente missionário.

Naquela época, a maioria do Clero capixaba era es-trangeira e de Congregações religiosas.

2 A Encarnação dialogante do Filho de Deus nos chama a um diálogo permanente-mente entre Igrejas, reli-giões, com os não crentes e o mundo, mas, sobretudo a um testemunho atraente e a uma vida contrastante. Queira Deus que os cristãos descubram que são discí-pulos-missionários até os confins da terra e até o fim do mundo.

Alessandro GomesMaria da Luz Fernandes

Na Amazônia aprendi

a ser missionário, que ser consolação

é ser presença nas pequenas

coisas do dia a dia.”

“...fui compreendendo que a formação

de um clero nativo e autotóctone, eram

um trabalho eminentemente missionário.

Padre Éder Carvalho

Padre Hugo Sheer

(continuação)

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bons exeMPlos eDucAM

Kelly Vasconcelos de Moraes e Gabriela

A maternidade e a paternidade são dons implantados por Deus

no coração humano. “Crescei e multiplicai-vos”, uma ordem que não se reduz à procriação

dos filhos, mas se transforma na missão de educá-los na fé e

nos valores humanos.

Quem tem filho sabe que é uma das experiências mais gratificantes e emocionantes na vida de uma pessoa. É a descoberta do amor incondicional. No

entanto, a decisão de ter um filho envolve muito mais do que apenas escolher o momento certo para isso. É preciso ter preparo para cumprir com proeza a maior tarefa do homem e da mulher enquanto casal: ser pai e mãe. Mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde, os filhos irão trilhar o seu próprio futuro, o caminho de sucesso dependerá da boa educação que tiveram. Por isso, gerar e criar um filho implica em uma série de responsabilidades. É normal que os pais fiquem inseguros para fazer a escolha certa. Para Kelly Vasconcelos de Moraes, mãe

reportAgem

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de Gabriela, dois anos e sete meses, e frequentadora do Santuário de Vila Velha, o mais complicado é saber educar com limites. “Por ser mãe de primeira viajem fico insegura. Saber quando devo dizer o não ou o sim é uma tarefa difícil. Se eu digo muito sim, posso correr o risco de tornar a minha filha uma criança mimada. Se é muito não, fica a dúvida se estou sendo muito severa. Acredito que o equilíbrio entre o não e o sim é fundamental para que nossos filhos não cresçam com rebeldia”, conta.

Desafios

É consenso entre os educadores que criar um filho é uma das tarefas mais

desafiantes na vida de uma pessoa. É uma situação que além da respon-sabilidade, envolve compromisso, projeções, medos e expectativas. Segundo a psicóloga Bárbara Subtil, o diálogo entre o marido e a mulher é essencial para estimular o desenvolvimento físico e psicológico dos filhos em cada fase da vida. “O relacionamento dos pais, interfere di-retamente na formação da personalida-de e no comportamento das crianças. Muitas atitudes que os filhos acabam tendo são por se espelharem no com-portamento dos seus genitores”. A psicóloga explica que a boa estrutura familiar é fundamental neste processo de desenvolvimento e apren-dizagem. “Numa casa onde prevalece

“Coisas simples, como rezar

em família, fazer as refeições

juntos ou até mesmo vermos

filmes é fundamental para

estreitar a relação familiar.

A criança cria vínculo com

aquele que é presente.

Ana Clara, Rosemery Mônico, Márcio Geraldo e Pedro Ivo

reportAgem

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o afeto, a sinceridade e o respeito, constrói-se um lar harmonioso. É no ambiente familiar que a criança apren-de as primeiras regras de convivência. A família é o seu primeiro contato com o mundo”, aponta Bárbara. Para o casal Márcio Geraldo e Rosemery Mônico, coordenadores da Pastoral Familiar da Paróquia Nossa Senhora Perpétuo Socorro, na Praia da Costa, e pais de Pedro Ivo, 15 e Ana Clara, 12, um dos grandes desafios nos dias de hoje é saber lidar com a falta de tempo, de carinho e de respeito dentro do ambiente familiar. “Por estarmos em intensa ativi-dade, muitas vezes não desfrutamos da convivência com nossos filhos. Coisas simples, como rezar em fa-mília, fazer as refeições juntos ou até mesmo vermos filmes é fundamental para estreitar a relação familiar. A criança cria vínculo com aquele que é presente”, disse Rosemery. Já Márcio acredita que a falta de respeito é um dos grandes problemas que as famílias enfrentam hoje. “Esta-mos vivendo um tempo diferente do nosso. Nossos filhos são mais esper-tos e conquistam sua independência muito cedo. É por isso, que as regras devem ficar claras dentro de casa. Quem manda são os pais e não os filhos. Este é um dos grandes segredos da educação de uma criança, mostrar a elas a autoridade dos seus pais e a obrigação de respeita-los”, salienta.

Além do amor

Educar é uma tarefa árdua e exige não só o amor, mas dedicação e acima de tudo disciplina. Uma das maiores preocupações dos pais é, sem dúvida, saber qual a melhor forma de ensinar. Para o padre Jocemar Zagotto,

Vigário Episcopal para a Catequese na Arquidiocese de Vitória, a boa educação é aquela que envolve a formação humana, a espiritual e a sociocultural. “Os pais têm o dever de transmitir valores éticos e morais, como a honestidade e a caridade aos seus filhos. É preciso saber ensinar para o bem. Formando bons seres humanos, teremos bons cristãos no mundo”. Ele argumenta que os pais devem ficar atentos para não permitirem que as crianças se tornem pessoas egoístas. “Acredito que as relações do mundo moderno estão frágeis e frias por conta do individualismo das pessoas que se fecham no seu egoísmo. O saber par-tilha, começa dentro de casa”, analisa. O assessor da Comissão Epis-copal para Vida e Família da CNBB, padre Wladimir Porreca, afirma que os pais são convidados a educar seus filhos com confiança e coragem evan-gélicas, permeados por valores huma-nos e cristãos, começando pelo mais radical de todos os valores, a verdade. “A verdade é Jesus Cristo, Ele é o nosso modelo, nossa orientação, nosso início e fim. Na perspectiva de Jesus Cristo, como método na educação diante da ditadura do individualismo, do relativismo, um fator de extrema necessidade é a presença dos pais na vida dos seus filhos”. Segundo o sacerdote o maior presente, a maior herança, a maior ri-queza que os pais podem dar para seus filhos são eles mesmos, doando além do amor, o seu tempo e sua atenção. O padre acrescenta que iniciar a prole na vida religiosa não é uma tarefa da Igreja, mas o processo começa dentro de casa, desde criança, sendo os pais os primeiros catequistas. “É na família que se educa para

“O relacionamento dos pais,

interfere diretamente na

formação da personalidade e no

comportamento das crianças.

Muitas atitudes que os filhos

acabam tendo são por se

espelharem no comportamento

dos seus genitores.

a vida, para a fé, para a esperança e para a caridade. Desde pequenos, os filhos, como batizados, têm o direito de crescerem na prática da fé e da re-ligião, principalmente, na participação da Santa Missa e numa preparação catequética, de preferência dada pe-los pais, assistidos pela Comunidade Paroquial onde participam”, afirma. Não existe uma regra para ser um bom pai ou uma boa mãe. Não existe uma fórmula da boa educação. Errar às vezes faz parte. Mas o importante é saber educar para o bem. A me-lhor maneira de presentear um filho é favorecer o relacionamento familiar com ensinamentos que fortaleçam os laços afetivos e estimulem o respeito, a lealdade e o amor ao próximo.

Lissandra Melo

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proJeto

Pré-jornADA DA jMj nA ArquiDiocese De VitóriAA Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo será uma das Arquidioceses do Brasil a receber delegações de jovens dispostos a fazer experiência de missão como preparação à Jornada Mundial da Juventude que acontece no Rio de Janeiro em julho de 2013.

Os jovens que escolherem a Arquidiocese

de Vitória como local para a experiência de missão serão acolhidos nas paróquias e lá nas comunidades passarão a Semana Missionária de 18 a 21 de julho de 2013. O projeto com as propostas a serem realizadas foi enviado aos párocos no mês de julho. Agora cada pa-róquia deve organizar--se para preparar esse momento a partir das sugestões e ‘fazendo valer’ toda a criativi-dade.

Semana Missionária

EstãoprevistasquatrodimensõesparaessacaminhadaEspiritualCelebrações Eucarísticas, Leitura Orante, Devoções Populares, Celebração da Palavra e Ofício Divino.

PastoralEncontros com a Juventude lo-cal, Visitas a Projetos Sociais e Missões Populares.

Cultural Bandas Paroquiais, Teatro, Dan-ça e Cultura Regional.

TurismoDestaque para o Convento da Penha, Passos de Anchieta e outras rotas interessantes

Os detalhes estão no projeto.

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No dia 13 de março de 2013 a Cruz peregrina e o ícone de Maria, símbolos da JMJ estarão na Arquidiocese de Vitória. Caravanas rece-berão os símbolos em Fundão às 6h e durante o percurso até à Catedral, a Cruz e o Ícone, serão acolhidos por jovens das paróquias das Áreas Pastorais de Serra, Vitória e Villa Velha. Durante todo o dia acon-tecerão momentos de oração individual e em grupo e à noite haverá vigília, até à saída dos símbolos da JMJ para o Sul do Estado, que deverá acontecer por volta das 4h.

Bote Fé

Hotsite

1. As inscrições para participar da Jornada são feitas pelo site www.rio2013.com

2. As paróquias e grupos de jovens devem mobilizar os peregrinos e procurar a Jéssika no Departamento de Pastoral, pelo telefone 3025-6292 para contatar a empresa responsável pelo transporte.

A partir do modelo proposto pela Organização da JMJ no Rio de Janeiro, está em construção o hotsite da Arquidiocese com informações específicas sobre a Semana Missionária. Este instru-mento de divulgação terá versão em Português, Inglês, Espanhol e Alemão e, será lançado no dia 11 de outubro às 15h na Casa de Maria no Centro de Vitória.

Ê

Organização de caravanas para a JMJ no Rio de Janeiro

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sugestões De

Ao iniciar este pequeno texto em que levantarei umas sugestões de leitura lembro o que diz um pensador francês, Michel de Certeau, “sempre é bom recor-

dar que não se devem tomar os outros por idiotas”. Então, o que fazemos aqui são sugestões de leituras, ou seja, o que propomos é o que se diz para iniciar uma conversa, e iniciar uma conversa sabendo que o outro também tem suas ideias, opiniões, gostos e avaliações.

Para início desta conversa três observações: Primeiro, nada substitui a própria busca, a ida à livraria ou à biblioteca para fazer, com prazer, aquele passeio entre autores e histórias, até que uma escolha se dê. Segundo, sugerimos leituras sem uma determinada finalidade. Ou seja, não é por ser uma pessoa de fé que vou ler somente livros devocionais, espirituais, de conteúdos religiosos. Não é por ter tal profissão que vou ler livros apenas das áreas afins. A literatura pode nos ajudar a abrir os olhos para outros e novos horizontes. Já dizia Calvino, escritor italiano, “no universo infinito da literatura sempre se abrem outros caminhos a explorar, novíssimos ou bem antigos, estilos e formas que podem mudar nossa imagem do mundo”. Terceiro, parece-me importante dar-se a outros encon-tros, com os mais variados temas e realidades humanas, e permitir-se o cultivo de sensibilidades e mais saúde pela diversificação dos estímulos que oferecemos à nossa mente e ao nosso coração.

dauri Batisti

essapalavra.blogspot.com

Lá do Oriente, da Coréia do sul, o livro de nome sim-ples, “Por favor, cuide da mamãe”, de Kyung Sook Shin, da editora Intrínseca, pode ser uma boa leitura. O texto é simples e a construção do romance não é pobre. Um casal viaja a Seul para visitar seus filhos, seguram-se pelas mãos, mas na estação entre o trem e o metrô as mãos se desvinculam e a mãe se perde. A história se desen-volve a partir das memórias dos membros da família que em busca da mãe perdida – e que sofria de Alzheimer – vão nos apresentando aquela mulher. O livro parece querer despertar-nos, na sociedade contemporânea, desse es-tado em que somos muito centrados em nós mesmos, em nossas atividades, em nossos horários, em nossos problemas e nos perdemos de nós mesmos quando de-ixamos de olhar com atenção carinhosa aqueles que nos são próximos.

Dos que escrevem na nossa língua mãe aponto um livro do português António Lobo Antunes, autor que ten-ho apreciado muito, “Sôbolos rios que vão”, da Editora Al-faguara. Aqui a leitura é um pouco mais exigente, pois o autor rompe com tradicio-nais modos de se contar uma história. Na verdade quem procura uma historinha bem montada, em Lobo Antunes não encontrará. Neste “Sôbo-los rios que vão” um homem em estado grave, no hospi-tal, faz sua mente misturar a mais imediata realidade, a dos médicos, enfermeiros, remédios, com as recorda-ções e pessoas, e cenários os mais variados. As nuances e complexidades da alma da personagem ficam evidentes também na forma do texto que constrói o romance. Ao final, se não desistir, o leitor parece compreender mais, enternecido, que é a vida que é uma complexa e maravil-hosa experiência.

Para os que gostam de histórias que envolvem mistério e tramas policiais temos “O instinto de morte” da Editora Paralela. O escritor americano, Jed Rubenfeld, tem se mostrado bem competente não apenas na criação dessas histórias que nos seguram até a última página, como também tem sido reconhecido como um bom escritor, e, aqui nos apresenta, de modo bem preciso e com aquele clima “noir” a cidade de Nova York de 1920. A trama se desenvolve a partir de Wall Street, do atentado real que ali se deu, uma explosão causadora de muitas mortes, considerado o primeiro ataque terrorista aos EUA. O autor, portanto, mistura ficção e realidade e traz ao leitor o avassalador jogo de interesses e poder que sempre está colocado, e que também nos dias de hoje dá o rumo de muitos fatos e acontecimentos.

culturA

leituraSôbolos rios que vão

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nA bÍbliA As rAÍZes De nossA Fé

A liturgiA coMo eVento De Fé

Prof. Dr. Pe. Arthur Francisco Juliatti dos santosCoordenador do Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória

Prof. Ms. Mons. Ivo Ferreirade AmorimProfessor do Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocesede Vitória

Na Bíblia temos a revelação de Deus para a fé e a missão da Igreja. No dia 11 de outubro a Igreja inicia o Ano da Fé, cujas raízes encontram-se na Sagrada Escritura. Nela encontramos também o sentido da nossa existência e, sobretudo, o amor de Deus. Santo Agostinho dizia que se destruís-sem todas as Bíblias do mundo e restasse somente uma cópia, e desta cópia fosse legível apenas uma página, e desta página somente uma linha; se esta linha fosse aquela da primeira carta de São João 4,16,

A Carta Apostólica Porta Fidei, do Papa Bento XVI convoca o Ano da Fé. A abertura,11de ou-tubro de 2012, recorda 50 anos da abertura do Con-cílio Vaticano II; sua con-clusão, 24 de novembro de 2013, será na Solenidade de Cristo Rei do Universo. O Papa convida a aprofundar o Catecismo da Igreja, onde a liturgia aparece como acontecimen-to privilegiado de fé. Isto nos ajudará a compreender melhor a natureza ou essên-cia da liturgia e seu papel na caminhada eclesial: a partir de sinais sensíveis e eficazes e santificar o povo, num encontro amoroso e

BíBliA e liturgiA

onde está escrito: Deus é amor, toda a Bíblia estaria salva, porque toda a Bíblia se resume nisto: amor de Deus por nós. Nela temos luz e encorajamento para nossas vidas. Que a Palavra de Deus ilumine nosso caminho na celebração deste ano dando--nos a certeza daquilo que não vemos (cf. Hb 11,1) e levando-nos a acreditar na força da caridade. A certeza de que Deus é amor nos leve ao compromisso com uma verdadeira transformação em nossa socie-dade para que todos tenham vida e vida em abundância (Jo 10,10).

pleno entre o humano e o divino. Na fé eucarística proclamamos o “grande mistério” (Ef 5,32), me-morial instituído por Cristo (1Cor 11,26), “esperança da glória” (Cl 1,27). Somos convidados a fazer o que Jesus fez (Jo 13,15) e a ser sinais e instrumentos de fé. A Constituição Sacro-sanctum Concilium sobre a sagrada liturgia, relaciona fé e liturgia, onde celebra-mos o Mistério Pascal de Cristo, Sumo Sacerdote (Hb 3,1), centro da Histó-ria da Salvação e conteúdo principal da liturgia. Entender a liturgia como acontecimento de fé

significa acolher a dinâ-mica interna da celebração onde temos um “movimen-to ascendente e descenden-te”, como experimentamos na Eucaristia. A pessoa que crê é conduzida a uma vida na esperança, na caridade e na fidelidade. Daí decorre que a ação litúrgica visa a oração, ao encontro com Deus que fala e espera que sejamos capazes de ouvi-lo com fé e na fé. Vivamos o ano da fé, celebrando e vivendo bem o Mistério Pascal do Senhor; confrontando e repensando as práticas litúrgicas coti-dianas em nossas Comuni-dades como ações de fé.

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No dia 4 de outubro, às 9h, no Convento São Francisco de Assis, em Vitória, acontece a tradicional Bênção dos Animais. Os fiéis que possuem animais de estimação podem levá-los e acompanhar a benção no pátio do Convento, que fica situado na Rua Soldado Abílio dos Santos, na Ci-dade Alta. A Bênção dos Animais é realizada pela Cúria Arquidiocesana de Vitória em homenagem a São Francisco de Assis, conhecido como o protetor dos animais e padroeiro da ecologia.

No dia 20 de outubro de 2013 os coordenadores e animadores de Cír-culos Bíblicos realizam uma grande assembleia de 8h30 às 17h no Centro de Treinamento Dom João Batista em Ponta Formosa. A assembleia tem como objetivo recuperar a organização e estrutura dos Círculos Bíblicos e motivar a criação de novos grupos nas paróquias e comunidades.

Abertas as inscrições para par-ticipões artísticas durante A Jornada Mundial da Juventude 2013. Os grupos devem se inscrever para o Festival, que acontece de 22 a 28 de julho de 2013. As inscrições vão até o dia 15 de dezembro 2012. São três as categorias do Festival da Juventude: Música, Artes Cênicas e Exposição. Para ser selecionado, o grupo deve atender, como crité-rios principais, a coerência com o Magistério da Igreja e ter qualidade técnica. Para apresentações musicais, somente serão aceitas as católicas, atendendo ao requisito de coerência com o Magistério da Igreja, em qual-quer ritmo. O resultado dos selecio-nados será divulgado em março de 2013. Confira no site: www.rio2013.com/pt/festival-da-juventude

Presidida pelo Arcebispo Metropolitano, dom Luiz Mancilha Vilela, a Missa de abertura do “Ano da Fé” na Arquidiocese de Vitória será na Catedral Metropolitana, no dia 11 de outubro às 19h. Acesse o site da Arquidiocese de Vitória (www.aves.org.br) e escute a Rádio América AM e FM e a Rádio FM Líder e fique por dentro das notícias da Igreja no Estado e no mundo.

O eleitor capixaba vai poder acompanhar as apurações dos vo-tos pelas Rádios da Arquidiocese de Vitória. A Rádio FM Líder 91,1 estará desde às 8h, acompanhando o voto do capixaba nos principais colégios

A Arquidiocese de Vitória comemora 30 anos do Encontro de Casais com Cristo - ECC. Para festejar a data, acontece no dia 21 de outubro, às 18h, na Cat-edral Metropolitana de Vitória, uma Missa em Ação de Graças, presidida pelo Arcebispo Metro-politano, dom Luiz Mancilha Vilela. O primeiro ECC da Arquidi-ocese foi implantado em 1982, na Paróquia São Pedro Pescador, na Praia do Suá e, aos poucos, foi inserido em diversas paróquias e comunidades da Grande Vitória. Ao longo desses 30 anos de caminhada na Arquidiocese, o evento já acolheu mais de 25 mil casais capixabas. Você que já participou do ECC, venha rezar com sua família.

30 anos de encontro com Cristo

Cobertura das eleições

Abertura do Ano da Fé Artistasjápodemse inscrever para participar do evento

Bênção dos animais

Círculos Bíblicos

Acontece

eleitorais do Estado. Com o fim da votação, às 17h, dá-se início a “Apu-ração Líder”. À medida que os pri-meiros números da apuração forem divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral - TRE, a emissora vai trans-mitir os resultados em tempo real.

Também a Rádio América 690 AM e 101,5 FM preparam uma pro-gramação especial. Durante todo o dia 7 de outubro, a Rede América transmite ao vivo as principais notí-cias e os resultados das eleições 2012 no Espírito Santo.

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O Arcebispo Metropolitano de Vitória, dom Luiz Mancilha Vilela, junto com o Conselho Presbiteral da Arquidiocese realizou nas últimas semanas, o remanejamento de diversos padres.

Confira as mudanças:w Pe. Júlio César Coelho e Pe. Renato Criste Covre

foram para Roma, na Itália, estudar. w Pe. Lindomar Gonçalves deixou a Paróquia Bom

Pastor, Campo Grande, em Cariacica, e tomou posse como Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Cobilândia, Vila Velha.

w Pe. Werbson Beltrame Pereira tomou posse como Administrador Paroquial, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Cobilândia, em Vila Velha.

w Pe. Alexandre de Souza deixou a Paróquia Bem Aventurado José de Anchieta, na Serra, e assumiu a Paróquia Santa Rita de Cássia, em Vila Velha.

w A Congregação do Instituto Verbo Encarnado abriu uma comunidade na Arquidiocese de Vitória. A Congregação assumiu a Paróquia Bem Aventurado José de Anchieta, na Serra, tendo como pároco Pe. Fabio de Souza Ro-drigues e Vigário Paroquial , Pe. Rodrigo Ale-jandro Ignácio.

w Pe. Roberto Natal saiu da Paróquia São Fran-cisco de Assis, em Porto Santana, e assumiu a Paróquia Virgem Maria, em Itacibá, no mu-nicípio de Cariacica.

w Pe. José Morais deixou a Paróquia Virgem Maria, e tomou posse como Vigário Paroquial na Paróquia Sagrada Família,Jardim Camburi, em Vitória.

w Pe. Carlos Magno do Nascimento assumiu até dezembro, a função de Administrador Paroquial, na Paróquia Nossa Senhora doww Pérpetuo Socorro, na Praia da Costa.

w Pe. Roberto Moreira de Sousa Neto assume no dia 03 de outubro, a função de Administrador Paroquial, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Brejetuba.

PadresxParóquias

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informe puBlicitário

Em nossa clínica atendemos um desses casos desde julho de 2011, trata-se de uma mulher de 62 anos que ao iniciar o tratamento apresentava fraqueza e rigidez muscular, pouca percepção sobre todo o corpo. Com grande dificuldade nos movimentos, relatava sentir muito peso nas pernas e ao caminhar não ultrapassava um pé a frente do outro, precisando de um andador para se locomover. No decorrer do tratamento, foi melhorando de vários sintomas que eu e os demais pacientes da clíni-ca pudemos observar, dentre eles a maior facilidade para caminhar e para

esclerose MÚltiPlA

Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavel-mente autoimune. Por motivos

genéticos ou ambientais, o sistema imunológico começa a agredir a bai-nha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neu-rônios e isso compromete a função do sistema nervoso e provoca dificulda-des motoras e sensitivas. Não se conhecem ainda as causas da doença. Sabe-se, porém, que é mais comum nas mulheres. Hoje é considerada uma doença incurável, com poucas possibilidades de recuperação.

realizar os exercícios na terapia em grupo feita no tatame, além da grande melhora no seu estado emocional e do seu humor. Nas mudanças cita-das pela paciente estão a melhora da sensibilidade, o controle da bexiga e a diminuição de 6 para 2 vezes em suas idas ao banheiro durante a noite, a diminuição do ronco e estar com 9 kg a menos em seu peso, sentindo-se mais relaxada. E para minha grande satisfação, essa semana conseguiu levantar so-zinha do chão apenas apoiando no andador, após a terapia.

Dr. Audinei Carlos das Neves

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Nossa Senhora AparecidaPadroeira do Brasil