financiamento da saÚde conferência estadual de saúde – pr dezembro 2009 financiamento da saÚde...
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FINANCIAMENTO DA SAÚDEFINANCIAMENTO DA SAÚDEConferência Estadual de Saúde – PRConferência Estadual de Saúde – PR
Dezembro 2009Dezembro 2009
Silvio Fernandes
Desafios conjunturais e estruturais da Reforma Sanitária
1
Passar de um financiamento público de
3,5% do PIB (e 46% do Gasto Nacional em Saúde
como gasto público)
Para financiamento público de 6 a 7% do PIB (e 70% do Gasto Nacional em Saúde como gasto público)
Silvio Fernandes
Desafios conjunturais e estruturais da Reforma Sanitária - continuação
2Passar de uma política de formação e educação dos
profissionais de saúde orientada pelo mercado e pelos interesses do setor
privado
Para uma política de formação e educação dos
profissionais de saúde orientada pelas
necessidades da população e interesse do sistema
público
Silvio Fernandes
Desafios conjunturais e estruturais da Reforma Sanitária - continuação
3Passar de um modelo de
gestão e regulação públicas burocratizado e ineficiente,
submetido a interesses corporativos e de
prestadores de serviço
Para um modelo de gestão e regulação públicas moderno e
eficiente, que premie a produtividade com qualidade,
ordene a incorporação de tecnologia, favoreça uma boa
governança regional, etc.
Silvio Fernandes
Sumário:
(1) Antecedentes e cenários (fonte: texto de Gilson Carvalho)(2) Gasto nacional em saúde(3) Comparação com outros países(4)Financiamento do SUS no PR
Silvio Fernandes
FINANCIAMENTO DO SUSFINANCIAMENTO DO SUS
1. Antecedentes e cenários
• Constituição de 1988: Financiamento do SUS é
responsabilidade das três esferas de governo
• Em 1989 a União deve alocar 30% do OSS e a partir de
1989 a LDO define o montante
• De 1990 a 1993 a LDO estabelece também os 30% do OSS
mas a União não cumpre (na média aloca 20%)
• Em maio de 1993 ministro da Previdência (Antonio Brito)
deixa de repassar recursos do INAMPS para o Ministério da
Saúde
Ato 1: o início da CRISE
Silvio Fernandes
• 1993: EJ e WP propõe a PEC 169: União 30% OSS e
Estados e Municípios no mínimo 10% de suas receitas fiscais
• PEC 169 fica engavetada por 7 anos
• Em 2000 Serra (Ministro da Saúde) articula (com FHC e
Malan) o desengavetamento da PEC 169, a transforma em
EC 29 não aumentando nada para a União e aumentando em
20% o mínimo para estados (de 10 para 12%) e 50% para
municípios (de 10 para 15%)
Ato 2: da PEC 169 à EC 29
Silvio Fernandes
1. Antecedentes e cenários - continuação
• Em 2003 Roberto Gouveia (PLP 01-2003) propõe para a
União 10% da receita corrente bruta e definição do que são
ações e serviços de saúde
• Em 2007 Tião Viana (PLS 121) propõe no Senado escalonar
percentual da União em quatro anos (8,5%. 9%, 9,5% e 10%)
• Na Câmara substitutivo a este projeto propõe retorno ao
cálculo do gasto do ano anterior mais variação nominal do PIB
e criação da CSS (Contribuição Social para a Saúde) com
alíquota de 0,1%
• Estabelece-se um embate político, ainda sem definição
Ato 3: a novela da regulamentação da EC 29
Silvio Fernandes
1. Antecedentes e cenários - continuação
• Cenário 1: aprovação do projeto original do Senado e
criação da CSS: aumento de R$ 25,3 bi
• Cenário 2: aprovação do projeto original do Senado sem
CSS: aumento de R$ 15,3 bi
• Cenário 3: Aprovação da CSS sem vinculação à receita
(descontando perdas da DRU e Fundeb - Fundo para
educação básica): aumento de R$ 4 bi
• Cenário 4: Não aprovação da CSS, descontando perdas
decorrentes do Fundeb: perda de R$ 6 bi
Silvio Fernandes
FINANCIAMENTO FEDERAL
1. Antecedentes e cenários - continuação
pú
blico
sp
rivado
s
federal
estadual
municipal
+
Silvio Fernandes
2. Gasto nacional em saúde
Planos e seguros privados
Desembolso direto (incluindo
medicamentos)
(47%)
(53%)
2. Gasto nacional em saúde - continuação
PÚBLICO FEDERAL 44,3 ESTADUAL 24,3 MUNICIPAL 25,8 TOTAL PÚBLICO 94,4 PRIVADO PLANOS E SEGUROS 49,9 DESEMBOLSO DIRETO 21,1 MEDICAMENTOS 27,4 TOTAL PRIVADO 98,4 PÚBLICO/PRIVADO TOTAL GERAL 192,8
Gastos em Saúde no Brasil – 2007 (em R$ bi)
Fonte: Siops/MS e SPO, ANS, IBGE, POF, e Gilson Carvalho
ESTIMATIVA GASTO PÚBLICOSAÚDE BRASIL – 2008 - PC
ESFERA GOVERNO
R$ BI R$ P/HAB
US$PPP
(1,46)FEDERAL 47% (1,7% PIB) 48,7 257 176ESTADUAL 26% (0,93% PIB) 26,8 141 97MUNICIPAL 27% (0,96% PIB) 27,8 147 101TOTAL PÚBLICO 100%
103,3 545 374FONTE: MS-SPO – MS-SIOPS – ANS – IBGE-POF – ESTUDOS GC – PIB PPP=BANCO MUNDIAL
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
ESTIMATIVA GASTO SAÚDE BRASIL – 2008 –R$BIPÚBLICO 48 %3,6 % do PIB
FEDERAL 47% (1,7% PIB) 48,7
ESTADUAL 26% (0,93% PIB) 26,8
MUNICIPAL 27% (0,96% PIB) 27,8
TOTAL PÚBLICO 100% 103,3PRIVADO 52 %(TEM $ PÚBLICO DE RENÚNCIA FISCAL)3,9% DO PIB
PLANOS SEGUROS 51% 56,9
DESEMBOLSO DIRETO 21% 24,1
MEDICAMENTOS 28% 31,4
TOTAL PRIVADO 100% 112,4PÚBLICO-PRIVADO7,5% DO PIB
TOTAL BRASIL 215,7
FONTE: MS-SPO – MS-SIOPS – ANS – IBGE-POF – ESTUDOS GCESTIMADA RENÚNCIA FISCAL R$8,7 BI (PF-PJ-MED-FILANTRÓ.)
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
RENÚNCIA FISCAL DA UNIÃONA SAÚDE -2008
BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO2008*R$ BI
IRPF - DESPESAS MÉDICAS 2,6IRPJ - ASSISTÊNCIA A EMPREGADOS: MÉDICA,ODONTO, FARMACÊUTICA 2,1ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS - ASSISTÊNCIA SOCIAL 1,8INDÚSTRIA FARMACÊUTICA (MEDICAMENTOS) 2,2TOTAL BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO P/SAÚDE 8,7
FONTE: 2007 – MF ; 2008 – ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
• A VIRADA PÚBLICO-PRIVADO: • PRIVADO = R$ 107,7 bi (49%)• PÚBLICO = R$ 112,0 bi (51%)• TOTAL = R$219,7bi (100%)
• PC PÚBLICO (112 BI/189 MI): R$591• PC PRIVADO (PLAN/SEG.) (55,8 BI/40,9 MI): R$1.365
• SOMADOS PÚBLICOS E TODOS OS PRIVADOS • (219 BI/189 MI) = R$1159 PC
• R$1159,00 = US$ 794 (INTERNACIONAL – PPP)• R$591 PÚBLICO = US$ 405
• R$1365 PRIVADO = US$ 935
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
Fonte: paper de André Medici, janeiro 2009
• Os mais pobres proporcionalmente gastam mais em saúde que os mais ricos (10% mais pobres quase 7% de sua renda e os 10% mais ricos 3%)
• O gasto dos mais pobres se concentram em medicamentos (mais de 80% do total de gastos dos 10% mais pobres)
• O gasto dos mais ricos com medicamentos foi de cerca de 40% e a maior parte foi com pagamento de plano de saúde e dentista
Fonte: paper de André Medici, janeiro 2009
Despesas com saúde financiadas com recursos próprios, de 2000 a 2006
Fonte: 2000 a 2005: IBGE; 2006: Banco Central do Brasil; 2007 a 2009: relatório de atualização das estimativas da receita para o Ploa 2009 (p.25).
Ano Federal Estadual Municipal Total
R$ (bi) % PIB R$ (bi) % PIB R$ (bi) % PIB R$ (bi) % PIB
2000 20,4 1,73 6,3 0,54 7,4 0,62 34,0 2,89
2001 22,5 1,73 8,3 0,64 9,3 0,71 40,0 3,07
2002 24,7 1,67 10,3 0,70 12,0 0,81 47,0 3,18
2003 27,2 1.60 12,2 0,72 13,6 0,85 53,0 3,12
2004 32,7 1,68 16,7 0,86 16,6 0,94 66,0 3,4
2005 36,5 1,73 19,3 0,90 20,3 0,94 76,7 3,57
2006 40,8 1,72 22,4 0,95 23,7 1,0 86,8 3,66
2007 44,3 1,73 25,9 1,01 27,4 1,07 97,6 3,81
2. Gasto nacional em saúde - continuação
19
UF PC-97 PC-08 >%
PC/ANOBR 134 185 38 EM REAISNO 80 169 111 1997 (CORRIGIDO IGPM A
12/2008) E DE 2008RO 100 175 75AC 63 204 224 CRESC.% 97-08 AM 69 168 145 UF PC-97 PC-08 >%RR 83 193 133 SE 154 184 19PA 80 154 92 MG 154 179 16AP 57 187 227 ES 100 175 75TO 94 214 127 RJ 146 174 19NE 112 187 68 SP 160 191 19
MA 114 184 61 SUL 152 197 30PI 126 206 64 PR 160 193 21CE 123 186 51 SC 132 203 54RN 123 199 62 RS 154 197 28PB 117 204 74 CO 123 176 43PE 132 183 39 MS 137 211 54AL 106 187 77 MT 123 189 54SE 97 205 111 GO 114 170 49BA 89 177 100 DF 129 145 13
Financiamento público (três esferas de governo) – Fonte Gilson Carvalho
3. Comparação com outros países
Gasto per Capita em Saúde Posição do Brasil no Ranking de 163 Países
62 6265
7981 81
85
91 91
86
79
62
95
90
85
80
75
70
65
60
19951996 1997199819992000 2001200220032004 20052006
ANO
PO
SIÇ
ÃO
NO
RA
NK
ING
Gasto do Poder Público em Saúde(US$ per capita) - 2006/OMS
381348
322 307290
269 262 251 249219 217 215 210 207 204
200220240260280300320340360380400
3. Comparação com outros países - continuação
4. Financiamento do SUS no PR
Ano Federal Estadual Municipal Total
2000 97 11 46 155
2001 103 19 57 180
2002 113 36 71 220
2003 119 43 85 246
2004 130 64 97 290
2005 141 76 11 331
2006 154 101 125 380
% 2000/2006 59% 818% 172% 145%
Despesas com ações e serviços públicos de saúde no Paraná, federal, estadual e municipal, de 2000 a 2006 (valores per capita em R$ correntes)
Fonte: Ministério da Saúde; Siops; Fundo Nacional de Saúde.
4. Financiamento do SUS no PR - continuação
0
20
40
60
80
100
120
140
160
PR SC RS
2000 2006
Despesas em saúde com recursos federais em 2000 e 2006, em per capita em R$ correntes, nos três estados do Sul
Fonte: Ministério da Saúde; Siops; Fundo Nacional de Saúde.
0
20
40
60
80
100
120
PR SC RS
2000 2006
Despesas em saúde com recursos estaduais em 2000 e 2006, em per capita em R$ correntes, nos três estados do Sul
Fonte: Ministério da Saúde; Siops; Fundo Nacional de Saúde.
4. Financiamento do SUS no PR - continuação
0
20
40
60
80
100
120
140
PR SC RS
2000 2006
Despesas em saúde com recursos municipais em 2000 e 2006, em per capita em R$ correntes, nos três estados do Sul
Fonte: Ministério da Saúde; Siops; Fundo Nacional de Saúde.
4. Financiamento do SUS no PR - continuação
DESPESAS COM AÇÕES E DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDESERVIÇOS DE SAÚDE
RECEITA VINCULÁVELRECEITA VINCULÁVEL
% DOS GASTOS EM % DOS GASTOS EM SAÚDESAÚDE
PARA ESTADOS:ICMS (75%); IPVA (50%);
Imposto doação e causa mortisReceita divida ativa impostos
Fundo participação dos Estados (21,5% IR e IPI)
10% IPI100% IR sobre rendimentos pagos
pelo Estado
PARA MUNICÍPIOS:IPTU; ISSQN;
Imp Transm Imóveis intervivos (ITBI)Receita dívida ativa impostos
Fundo participação Municípios (22,5% IR e IPI)
100% IR sobre rend pagos pelo Município50% do Imp Territ Rural
25% ICMS; 50% IPVA; 25% IPI/exportação
Receita vinculável:
Cálculo – EC 29
Situação dos Estados em relação ao cumprimento da EC 29, 2000
Fonte : SIOPSSCTIEMS
abaixo de 7,0 %
entre 7,01 % e 12 %
acima de 12 %
Segundo a Resolução CNS 322
Silvio Fernandes da Silva
Situação dos Estados em relação ao cumprimento da EC 29, 2001
Fonte : SIOPSSCTIEMS
abaixo de 8,0 %
entre 8,01 % e 12 %
acima de 12 %
Segundo a Resolução CNS 322
Silvio Fernandes da Silva
Situação dos Estados em relação ao cumprimento da EC 29, 2002
Fonte : SIOPSSCTIEMS
abaixo de 9,0 %
entre 9,01 % e 12 %
acima de 12 %
Segundo a Resolução CNS 322
Silvio Fernandes da Silva
Situação dos Estados em relação ao cumprimento da EC 29, 2003
Fonte : SIOPSSCTIEMS
Segundo a Resolução CNS 322
Silvio Fernandes da Silva
Estado do PR: aplicado e devido de acordo com a EC 29
4. Financiamento do SUS no PR - continuação
PARANÁ- MUNICÍPIOS - % GASTO PRÓPRIO SAÚDE - 2000-2008ANO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
% SAÚDE – R.PRÓPRIOS 16,48 18,41 18,27 18,5 18,78 17,8 18,3 18,75 17,8MUNICÍPIOS
INFORMANTES 396 399 397 398 398 398 398 396 392APLICOU % EC-29 363 214 294 358 344 382 395 396 388
NÃO PLICOU % EC-29 33 185 103 40 54 16 3 0 4
MUNICÍPIOS S/DADOS 3 0 2 1 1 1 1 3 7
MUNICÍPIOS BRASIL 399 399 399 399 399 399 399 399 399
FONTE SIOPS - DECLARADO PELOS MUNICÍPIOS SEM CRÍTICA - ESTUDOS GC
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
MUNICÍPIOS DO PARANÁ – gastos com recursos próprios
• PT – 204/2007 REGULAMENTAÇÃO DOS BLOCOS
• § 2º Os recursos referentes aos blocos da Atenção Básica, Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar, Vigilância em Saúde e de Gestão do SUS, devem ser utilizados considerando que fica vedada a utilização desse para pagamento de:
• I - servidores inativos;• II - servidores ativos, exceto aqueles contratados exclusivamente
para desempenhar funções relacionadas aos serviços relativos ao respectivo bloco, previstos no Plano de Saúde;
• III - gratificação de função de cargos comissionados, exceto aqueles diretamente ligados às funções relacionadas aos serviços relativos ao respectivo bloco, previstos no Plano de Saúde;
• IV - pagamento de assessorias/consultorias prestadas por servidores públicos pertencentes ao quadro do próprio município ou do estado; e
• V - obras de construções novas, exceto as que se referem a reformas e adequações de imóveis já existentes, utilizados para a realização de ações e/ou serviços de saúde.
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
Balanço do Estado do Paraná - 2008
Balanço do Estado do Paraná - 2008
Balanço do Estado do Paraná - 2008
Balanço do Estado do Paraná - 2008
Balanço do Estado do Paraná - 2008
Balanço do Estado do Paraná - 2008
Balanço do Estado do Paraná - 2008
PARANÁ E GASTO COM SAÚDE - 2007MODELOS DE
INFORMESR$bi TOTAL DA ARRECADAÇÃO
R$ bi GASTO COM SAÚDE
% DE GASTO COM SAÚDE
DECLARADO FAZENDA- RREO 8,694 1,062 12,22%
DECLARADO SAÚDE SIOPS 10,246 0,944 9,22%ANALISADO PELO MS-SIOPS 10,246 1,006 9,81%
FONTE: SIOPS
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
4. Financiamento do SUS no PR
Quanto gastar?
Os estados no mínimo 12% e municípios no mínimo 15% da
Receita própria
Como gastar?
CRESCIMENTO NOMINAL DOS RECURSOS FEDERAIS POR GRANDES BLOCOS - 2001-2009 (R$BI)
ITENS 2001 2009 PLUS %
AMB-HOSP 10,898 23,063 112%ATENÇÃO BÁSICA 1,790 3,400 90%MED.EXCEPCIONAIS 0,450 2,320 416%TOTAL 13,138 28,783 119%FONTE: ORÇAMENTOS MSOBS: CORREÇÃO NO PERÍODO 2001/2009 IGPM=111%;INPC=79%; POUPANÇA=95%; SELIC=246%
Fonte: Gilson Carvalho - 2009
Obrigado!