filósofos pré socráticos

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Prof. Ju Corvino

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A filosofia pré socrática, também conhecida como período cosmológico, diz respeito ao primeiro período da filosofia grega, quando o homem "rompe" com o saber mitológico e passa a buscar um saber racional. Os principais filósofos pré socráticos foram Tales de Mileto, Pitágoras, Anaximandro, Heráclito e Parmênides.

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Page 1: Filósofos Pré socráticos

Prof. Ju Corvino

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Podemos dizer que a filosofia surge quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações racionais que validasse ou invalidasse as crenças cotidianas.

A primeira atitude filosófica é negativa, isto é, dizer não aos preconceitos. A segunda é positiva, ou seja, é uma interrogação sobre o porquê das coisas.

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Atribui-se ao filósofo Pitágoras a invenção da palavra filosofia.

Philo dizer “aquele que tem sentimento amigável”. Sophia quer dizer “sabedoria”.

Nasceu na Grécia, no fim do séc. VII a. C.

Cosmologia: a filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo.

O Mito e a filosofia.

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RUPTURA

Para Friedrich Hegel (1770-1831) há uma diferença entre filosofia e mitologia:

Na filosofia oriental, dizia-se que a verdade é um absoluto indeterminável. -> A verdade não pode ser conhecida.

A filosofia ocidental, que nasce na Grécia, diz que não há uma coisa indefinida, todas as coisas são reais.

Assim, para Hegel é impossível dissociar a filosofia de fatos históricos, como a criação da democracia.

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John Brunet (1863-1928) dizia que a filosofia tinha sua fundamentação na lógica e na razão. Para ele, a mitologia não fazia questão de esconder suas contradições desprovidas de lógica.

Se utilizava de fatos passados para explicar o presente.

A atitude da filosofia não se assemelha com a da mitologia: ela busca o conhecimento independentemente do tempo e espera encontrar respostas por causas e não por crenças.

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CONTINUIDADE

Para Werner Jaeger (1888-1961), a filosofia nasce do mito. Diz que os textos afirmavam que os deuses tinham forma humana e que este era o primeiro sinal de que o grego quer transformar o divino em algo familiar.

No mesmo rumo, Conford (1874-1943) dizia que a filosofia somente tirou o fantástico da mitologia, colocando frases e pensamentos mais racionais e menos metafóricos.

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Corrente que diz que a filosofia toma emprestado alguns temas da mitologia para transformá-lo em algo novo.

Então, o que é mitologia? É uma história, que por meio de alegorias, metáforas, tenta compreender o universo.

Para fazer sentido, é necessário que se aceite o mito, que acredite nele como algo certo. É uma doutrina.

Por outro lado... A linguagem filosófica tenta adquirir um conhecimento de caráter mais lógico.

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Logos: pensamento, inteligência, razão, faculdade de raciocinar, princípio, motivo... A filosofia antiga(grega) buscava encontrar o logos do universo, a causa racional de tudo.

Physis: quer dizer natureza. Responsável pelo nascimento e morte de todos os seres.

Arkhé: aquilo que está à frente; o princípio de todas as coisas.

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Caráter Crítico: diferente do senso comum.

Racionalidade: busca comprovar empiricamente.

Conclusão: a razão nunca deve ser imposta, mas explicada.

Respeito: respeitar a opinião alheia mesmo que não concorde.

Sem preconceitos: nada pode ser colocado como verdade antes que se faça uma investigação racional.

Generalização: busca por uma verdade geral, que sirva para o todo.

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Viagens marítimas

Invenção do calendário

Invenção da moeda

Invenção da escrita

Invenção da política

Surgimento das Pólis

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São quatro: 1) Período Pré Socrático ou Cosmológico

2) Período Socrático ou Antropológico

3) Período Sistemático 4) Período Helenístico

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Principais filósofos: Tales de Mileto e Pitágoras.

Principais ideias: busca explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza;

Não admite a criação a partir do nada: acredita na transformação. “Nada se cria, tudo se transforma”;.

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A Physis (natureza) não pode ser conhecida pelo sensorial, mas sim pelo pensamento;

A physis é imortal, mas os seres são mortais

A physis está em constante kinésis, que acontece de forma regrada, concreta.

Page 17: Filósofos Pré socráticos

Tales de Mileto “Tudo é água”

Foi o primeiro a querer tentar entender o Universo e seus

fenômenos.

ÁGUA = UNIVERSO

Apesar de mudar de aparência, permanece a mesma em sua essência.

A água é associada também à vida: um cadáver é seco.

Permite o processo de mudança de todas as coisas -> DEVIR.

A multiplicidade do universo tem uma causa comum.

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Criou um dos primeiros mapa mundi que temos conhecimento, dizendo que a Terra não era sustentada por nada.

Para este autor é impossível determinar o princípio gerador da physis, pois acredita ser a união de todos os elementos.

A essência da physis é indeterminada (ápeiron). Portanto, o princípio, a realidade, só pode ser infinita (eterna).

Judaísmo, Cristianismo, Islamismo.

Page 19: Filósofos Pré socráticos

Pitágoras acreditava que a tudo na physis estava relacionado com os números.

Portanto, as fenômenos naturais poderiam ser

traduzidos por equações matemáticas.

Não consideram os números como coisas abstratas.

Atomistas Já os atomistas diziam que não havia um

elemento único formador do universo, mas que este era composto pela ligação de vários átomos.

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O universo está em constante mudança, e tudo se transforma em seu contrário.

“Nos mesmos rios entramos e não entramos. Somos e não somos.”

Os nossos sentidos nos enganam porque enxergamos as coisas imóveis.

O mundo faz sentido em seus pares contrários, e é nessa multiplicidade que temos a formação da unidade que permite o conhecimento.

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A guerra entre os opostos gera harmonia, fazendo com que todas as coisas entrem em ordem.

Os contrários geram uma unidade fundamental para o bem estar da sociedade, ou seja, a concepção de doença é que torna importante a noção de saúde.

Os opostos não vivem uns sem os outros. TUDO É UM.

Necessidade do logos para compreender essa guerra entre os opostos.

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Filósofo do Ser e do Não Ser.

Considerava que as transformações do universo não revelavam a verdade.

O que é verdadeiro nunca muda.

ONTOLOGIA

“Estudo do ser”. A palavra é formada através dos termos gregos “ontos” (ser) e “logos” (estudo, discurso).

Parte da filosofia que estuda a natureza do ser, a existência e a realidade, procurando determinar as categorias fundamentais e as relações do “ser enquanto ser”.

Page 23: Filósofos Pré socráticos

Conta sua visão de mundo através de um poema filosófico de nome “Sobre a natureza”.

Personagem: Deusa -> é ela que revela a verdade.

Partes: Via da Verdade; Via da opinião ou Via do Erro.

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Com os nossos sentidos, podemos viver no mundo das coisas, do cotidiano, onde todas as coisas nascem, crescem e morrem.

Por meio dos nossos sentidos podemos perceber que nada permanece igual, isto é, tudo muda.

A esse universo que muda o tempo todo ele deu o nome de não-ser, isto é, uma ilusão.

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Além dos sentidos há o intelecto ( o logos).

Por meio do pensamento podemos enxergar outro mundo, e conhecemos um ser perfeito, que nunca muda por já estar completo.

Pra ele o universo não nasce, pois sempre existiu! O universo só tem presente porque passado e futuro são impossíveis.

A esse universo pleno ele deu o nome de Ser.

Discordava das ideias de Heráclito. Nós não devemos confiar em nossos sentidos, mas devemos usar a razão para compreender o mundo de verdade.

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“ O Ser é e não pode não ser; o Não Ser

não é e não pode ser de modo algum.”

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O que se vê no mundo é uma sucessão de acontecimentos que não devem ser confundidos com o verdadeiro Ser.

1) O ser é todo inteiro - se o ser tivesse partes, algo nele seria separado, não fazendo parte do ser, mas isso seria não-ser. Consequentemente, o ser, sendo uno e indivisível, não pode ter partes.

2) O ser é imutável - o ser não pode ter surgido do não-ser ou tornar-se não-ser, já que o ser só pode ser idêntico a si mesmo - e não pode ser e não-ser ao mesmo tempo. Acreditar que o ser foi gerado significa dizer que houve um tempo em que o ser era não-ser, o que é contraditório. Logo, o ser é eterno, sem começo nem fim.