3ª aula - pré-socráticos

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Pré-socráticos filósofos da natureza (naturalistas). Investigação cosmológicas (racionais)Investigavam a natureza e os processos

naturaisperceberam o dinamismo das mudanças que

ocorrem na physis - realidade primeira, originária e fundamental (natureza).

procuravam uma substância básica, um princípio primordial (arché) causa de todas as transformações da natureza.

Encontraram respostas diversas.

Não queriam recorrer ao mito.

Os primeiros a dar um passo na forma científica de pensar.

Escola JônicaTales Anaximandro Anaxímenes Heráclito de Éfeso

Tales de Mileto Tales de Mileto 624-546 a.C.

Considerado o primeiro de todos os filósofos. Nasceu em Mileto, atual país da Turquia e possui origens familiares na Fenícia.

Foi fundador da escola Jônica. Afirmou que a água era origem de toda a existência, embora outros filósofos e discípulos seus não concordassem, como Anaximandro e Anaxímenes

Somente a água permanece basicamente a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados.

Teve o grande mérito de antecipar algumas teorias evolucionistas, quando afirmou que o mundo poderia ter surgido da água, e que dessa substância, teria havido evolução.

O filósofo também estudou astronomia e em suas observações sobre o sol e a lua, previu um eclipse solar no ano de 585 a.C, o que foi comprovado pelos astrônomos.

É atribuída a Tales de Mileto as descobertas da igualdade dos ângulos da base do triângulo isósceles e a demonstração do teorema, no qual, se dois triângulos tem dois ângulos e um lado respectivamente iguais, então são iguais.

Tales de Mileto foi considerado o precursor do pensamento filosófico por que pensou a matéria de maneira diferente de como era pensada antes, com inferências divinas e invocações a deuses superiores. Ele acreditava que a coisa material sofria transformações ao longo do tempo.

Com isso, o filósofo inaugurou o método de observação e especulação diferente das explicações teológicas e religiosas para todas as coisas, em vigor na época. Aristóteles o considerava como o primeiro filósofo.

Anaximandro Anaximandro (610-547 a.C.)

• Introduziu o conceito de arché para designar o primum, a realidade primeira e última das coisas.

• A arché para ele é algo que transcende os limites do observável.

• Denominou-o apeíron, termo grego que significa “indeterminado”, “o infinito

• O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários.

Anaxímenes Anaxímenes (588-524 a.C)

• Admitia que a origem é indeterminada, mas não acreditava em seu caráter oculto.

• Tentou uma possível conciliação entre as concepções de Tales e as de Anaximandro.

• concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas.

O aro ar é a própria vida, a força vital, a

divindade que “anima” o mundo, aquilo que dá testemunho à respiração.

HERÁCLITO HERÁCLITO – 535-475 a.C.

• Concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente transformação.

• A vida era impulsionada pela luta das forças contrárias.

• É pela luta dessas forças que o mundo se modifica e evolui.

O universo muda e se transforma infinitamente a cada instante. Um dinamismo eterno o anima. A substância única do cosmo é um poder espontâneo de mudança e se manifesta pelo movimento. Tudo é movimento: "panta rei", isto é, "tudo flui", nada permanece o mesmo. As coisas estão numa incessante mobilidade.

A verdade se encontra no devir, não no ser: "Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio." A unidade da variedade infinita dos fenômenos é feita pela "tensão aposta dos contrários". "Tudo se faz por contraste", declarou.

Luta dos contrários

Escola itálicaPitágorasFilolau Arquitas.

Pitágoras de Samos - (570-490 a.C.)

Fundador de poderosa sociedade de caráter religioso e filosófico - Sociedade pitagórica

As contribuições da escola pitagórica são encontradas matemática, música e astronomia.

Nasceu na Ilha de Samos , porém passou a maior parte de sua vida em Crotona, Itália.

TEORIA: Deixou duas doutrinas célebres: a divindade do número e a crença na metempsicose (migração das almas de corpo em corpo). 

PITÁGORAS – 570-490 a.C.

NÚMEROS: acreditava que os números tinham uma função fundamental na criação e surgimento de tudo; os números constituem a essência de todas as coisas. São o princípio de tudo: o número é a verdade eterna. O número perfeito é o 10 (triângulo místico).

METEMPSICOSE: Após a morte, a alma retorna em outro corpo, onde encontra um destino em conformidade com suas virtudes e vícios anteriores.

PITÁGORAS

FilolauDiscípulo de Pitágoras,

segue a doutrina pitagórica.

Arquitas de TarentoRepresentante da escola

pitagórica de grande destaque

Um dos responsáveis por mudanças fundamentais na matemática do quinto século antes de Cristo.

Escola EleataParmênidesZenão.

Para ele, é a mudança e o movimento que são ilusões. O devir não passa de uma aparência. São nossos sentidos que nos levam a crer no fluxo incessante dos fenômenos. O que é real é o Ser únicoSer único, imóvel, imutável, eterno e oculto sob o véu das aparências múltiplas.

PARMÊNIDES – 515-445 a.C.

"O Ser é, o não-ser não é", significa: o ser eterno, substância permanente das coisas, por conseguinte, imutável e imóvel, é o único que existe. O "não-ser" é a mudança, pois mudar é justamente não mais ser aquilo que era e tornar-se aquilo que não é ainda.

ZenãoZenãoO que se move sempre está no

mesmo agoraTenta demonstrar que a própria

noção de movimento era inviável e contraditória

Paradoxo de Zenão, que se refere à corrida de Aquiles com uma tartaruga

Aquiles e a tartaruga• Zenão sabia que Aquiles

pode alcançar a tartaruga.

• ele pretendia demonstrar as conseqüências paradoxais de encarar o tempo e o espaço como constituídos por uma sucessão infinita de pontos e instantes individuais consecutivos

Isso demonstram as dificuldades por que passou o pensamento racional para compreender conceitos como :

movimento, espaço, tempo e infinito

Escola pluralistaEmpédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e

terra.Anaxágoras de ClazómenaLeucipo de Abdera Demócrito de Abdera

Empédoclis de Agrigento

Arché: água, fogo, ar e terra.

Elementos são movidos e misturados de diferentes maneiras em função de dois princípios universais opostos

Amor (philia, em grego) – responsável pela força de atração e união e pelo movimento de crescente harmonização das coisas;

Ódio (neikos, em grego) – responsável pela força de repulsão e desagregação e pelo movimento de decadência, dissolução e separação das coisas.

Aceitava de Parmênides a racionalidade que afirma a existência e permanência do ser

procurava encontrar uma maneira de tornar racional os dados captados por nossos sentidos.

Anaxágoras de Clazómena

• Propôs, um princípio que atendesse tanto às exigências teóricas do "ser" imutável, quanto à contestação da existência das múltiplas manifestações da realidade.

• Faz da multiplicidade o principal objeto do seu pensamento, manifestando-se acerca da natureza do múltiplo.

Arché: nousArché: nous

• Nous: a força motriz que formou o mundo a partir do caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.

é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais,

age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as e constituindo o mundo sensível

• Homeomerias: sementes que dão origem a realidade na pluralidade de manifestações

Leucipo de AbderaLeucipo de AbderaPrimeiro professor

da escola atomista.

Não se tem muito informação sobre ele.

DEMÓCRITO – 460-371a.C.DEMÓCRITO – 460-371a.C.

Responsável pelo desenvolvimento do atomismo

Todas as coisas que formam a realidade são constituídas por partículas invisíveis e indivisíveis

É considerado o primeiro pensador materialista.

a) As qualidades sensíveis (sabor, odor, quente, frio, cor etc.) são aparências;

b) Esses corpúsculos, que são os átomos, não possuem nenhuma qualidade sensível, pois só têm propriedades geométricas (grandeza e forma);

c) O movimento é função da existência do vazio.

Seu atomismo se resume em dizer que:

Para ele, o átomo seria o equivalente ao conceito de ser em Parmênides.

Tudo tem uma causa. E os átomos são a causa última do mundo.

Ele prega uma espécie de relativismo ou de subjetivismo. De sua obra, ficou apenas uma frase: "O homem é a medida de todas as coisas, do ser daquilo que é, do não-ser daquilo que não é".

PROTÁGORAS – 490-420 a.C.PROTÁGORAS – 490-420 a.C.

Todo conhecimento depende do indivíduo que conhece: o vento só é frio para mim e no momento em que sinto frio; as qualidades do mundo variam com os indivíduos e no mesmo indivíduo; o aspecto do mundo não é sempre o mesmo; não há verdade nem erro; valem apenas as representações que são proveitosas e salutares. Temos aí uma espécie de "pragmatismo" humanista.