filosofia

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Olivia: Baruch Spinoza ou Espinosa, (1632-1677) nasceu em Amsterdã, Holanda. Spinoza era de uma família tradicional judia, de origem portuguesa. Sua família emigrou porque os judeus estavam sendo perseguidos. Seu pai era um comerciante bem sucedido e abastado. Aprendeu a Bíblia Sagrada e o Talmund (livro sagrado dos judeus). Algumas obras suas foram incluídas no Index de livros proibidos. Foi preso sob acusação religiosa e morreu na prisão, aos quarenta e quatro anos. Corpo e Alma nanda: Em sua tese Spinoza apresenta o corpo de forma bem diferente de como o viam até então; ele afirma que não há diferença de natureza entre o corpo e a alma e sim, que esses dois corpos constituem juntos um único ser. Com essa afirmação ele vai contra todo um pensamento antigo que valorizava essa dualidade, onde normalmente era presente a intenção de desvalorização do corpo e o enobrecimento da alma. Como exemplo pode citar Descartes, que dizia: "O que é ação para alma, tem que ser padecimento para o corpo". Para Spinoza se o corpo sofre, a alma é miserável, também sofre. Bruna: Em um primeiro momento, quando Spinoza fala sobre paralelismo psicofísico ele quer valorizar o corpo dizendo que não existe alma sem corpo. Mas ele também diz num segundo momento que não existe corpo sem alma; ou seja, para ele a alma é o espírito do corpo. Assim sendo, o que for ação para um determinado corpo é igualmente ação ou paixão para o espírito daquele corpo. Com isso ele consegue dar fim à dualidade. Iasmin: Já sabemos então que para Spinoza corpo e alma é a mesma coisa, juntos formam um único ser com a mesma natureza. A partir daí ele conclui que o espírito nada mais é que a ideia do corpo. Para ele, ideia é um modo do pensamento, e todo corpo é representado por uma ideia, que é também um modo da expressão. E, como expressão do pensamento, todas as ideias são maneiras de pensar, ou seja, modo do pensamento. Ele cria assim a noção de corpo-ideia como sendo tudo que existe, porque na sua visão tudo que imaginamos, sonhamos, pensamos, sentimos, são ideias (modo do pensamento), e tudo que percebemos como estando fora de nós, tem uma extensão que é corpo (modo da extensão). Spinoza diz também que o pensamento e a extensão nada mais são que atributos da natureza, que para ele significa Deus. Resumindo isso, Spinoza vê o homem como sendo modos de dois atributos de Deus: modo do pensamento e da extensão. Assim, para ele nós estamos em Deus e Deus é espírito, que para ele nada mais é que a expressão da matéria, que é o que ele chama de ideia. Thamires: Outras teorias: Deus: Spinoza não acreditava na divindade de Cristo, mas o colocava como o primeiro entre os homens. Religião: Critica os dogmas rígidos e rituais sem sentido, nem poder, bem como o luxo e a ostentação da Igreja.

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Olivia: Baruch Spinozaou Espinosa, (1632-1677) nasceu em Amsterd, Holanda. Spinoza era de uma famlia tradicional judia, de origem portuguesa. Sua famlia emigrou porque os judeus estavam sendo perseguidos. Seu pai era um comerciante bem sucedido e abastado. Aprendeu a Bblia Sagrada e o Talmund (livro sagrado dos judeus). Algumas obras suas foram includas no Index de livros proibidos. Foi preso sob acusao religiosa e morreu na priso, aos quarenta e quatro anos.

Corpo e Alma nanda: Em sua tese Spinoza apresenta o corpo de forma bem diferente de como o viam at ento; ele afirma que no h diferena de natureza entre o corpo e a alma e sim, que esses dois corpos constituem juntos um nico ser. Com essa afirmao ele vai contra todo um pensamento antigo que valorizava essa dualidade, onde normalmente era presente a inteno de desvalorizao do corpo e o enobrecimento da alma. Como exemplo pode citar Descartes, que dizia: "O que ao para alma, tem que ser padecimento para o corpo". Para Spinoza se o corpo sofre, a alma miservel, tambm sofre. Bruna: Em um primeiro momento, quando Spinoza fala sobre paralelismo psicofsico ele quer valorizar o corpo dizendo que no existe alma sem corpo. Mas ele tambm diz num segundo momento que no existe corpo sem alma; ou seja, para ele a alma o esprito do corpo. Assim sendo, o que for ao para um determinado corpo igualmente ao ou paixo para o esprito daquele corpo. Com isso ele consegue dar fim dualidade. Iasmin: J sabemos ento que para Spinoza corpo e alma a mesma coisa, juntos formam um nico ser com a mesma natureza. A partir da ele conclui que o esprito nada mais que a ideia do corpo. Para ele, ideia um modo do pensamento, e todo corpo representado por uma ideia, que tambm um modo da expresso. E, como expresso do pensamento, todas as ideias so maneiras de pensar, ou seja, modo do pensamento. Ele cria assim a noo de corpo-ideia como sendo tudo que existe, porque na sua viso tudo que imaginamos, sonhamos, pensamos, sentimos, so ideias (modo do pensamento), e tudo que percebemos como estando fora de ns, tem uma extenso que corpo (modo da extenso). Spinoza diz tambm que o pensamento e a extenso nada mais so que atributos da natureza, que para ele significa Deus. Resumindo isso, Spinoza v o homem como sendo modos de dois atributos de Deus: modo do pensamento e da extenso. Assim, para ele ns estamos em Deus e Deus esprito, que para ele nada mais que a expresso da matria, que o que ele chama de ideia.

Thamires: Outras teorias: Deus: Spinoza no acreditava na divindade de Cristo, mas o colocava como o primeiro entre os homens.

Religio: Critica os dogmas rgidos e rituais sem sentido, nem poder, bem como o luxo e a ostentao da Igreja.

O Conhecimento: Para Spinoza no existe conhecimento errado ou correto, somente o mais adequado, so trs: o imaginativo, irracional e o intuitivo.

As Paixes: Spinoza no considera os amores, as loucuras, como fraquezas e sim como expresses naturais da natureza.

Consideraes gerais sobre Spinoza: perceptvel o quanto as vises de Spinoza eram revolucionrias para sua poca. Mente e corpo so uma s e a mesma coisa: a mesma substncia que se mostra ora como mental, ora como material. Elas interagem e se comunicam diretamente, porque uma manifestao da outra. A filosofia de Spinoza pode ser definida como um monismo irrestrito, o corpo spinozistas anticristo: no h nenhum dualismo no pensamento de Spinoza, nenhuma alma imaterial, eterna, amvel.