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romantismo e a filosofia

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Page 1: Filosofia
Page 2: Filosofia

O Romantismo é um movimento literário e artístico

surgido na Europa no inicio do século XIX, introduzido em

Portugal por Almeida Garrett. É caracterizado

fundamentalmente pela sua clara oposição ao

neoclassicismo e ao arcadismo: a evocação de cenários

melancólicos e ambientes exóticos, com o culto da

fantasia e do mistério; a evocação de temas medievais, em

contraposição ao classicismo grego; a exaltação do

individualismo (do "eu" como medida do Universo), da

expressão e emoção subjetivas, e o amor pela paisagem; e

o aparecimento de um profundo misticismo e

expressividade.

Busto de Almeida Garret

Page 3: Filosofia

Filosoficamente, os primeiros fundamentos

teóricos do Romantismo foram desempenhados na

Alemanha, graças aos filósofos do idealismo clássico

(também chamado romantismo filosófico):

Fichte, Schelling e Hegel, que conceberam uma

profunda crítica em relação ao espírito racionalista do

século anterior. A crítica idealista do iluminismo

projetou para o futuro o desejo de perfeição e

harmonia que até então se orientava para os

cânones(lista de escritos ou livros considerados pelas

religiões cristãs como tendo evidências de Inspiração

Divina), resgatando o valor do sentimento como força

espiritual.

Hegel

Fichte

Page 4: Filosofia

Alguns filósofos da história dizem que o Romantismo pode ser

considerado como expressão de uma constante histórica. Ele, o

Romantismo, tem estado presente em várias épocas e constitui uma das

dimensões da alma fáustica e dionisíaca em oposição à alma apolínea.

Assim, na cultura grega predominaria a componente clássica; na

germânica, a romântica — embora em algumas ocasiões as duas

concepções cheguem a fundir-se.

Page 5: Filosofia

Sabendo que o homem não é movido somente pela razão e que este possui

sentimentos e paixões que também o move, é necessário, portanto, verificar qual

a importância do romantismo para a filosofia.

“A importância da fantasia e do imaginário no ser humano é inimaginável;

dado que as vias de entrada e saída do sistema neocerebral, que colocam o

organismo em conexão com o mundo exterior, representam apenas 2% do

conjunto, enquanto 98% se referem ao funcionamento interno, constitui-se um

mundo psíquico relativamente independente, em que fermentam

necessidades, sonhos desejos, idéias, imagens, fantasias e este mundo infiltra-se

em nossa visão ou no mundo exterior”.

Page 6: Filosofia

No campo da filosofia o maior filosofo desta época foi Friedrichi

Wilhelm Schelling (viveu de 1775 a 1854). Ele tentou acabar com a

divisão entre espírito e matéria. Shelling dizia que a natureza

inteira, tanto a alma humana quanto a realidade física, era expressão

de um único Deus ou do "espírito do mundo".

→ A idéia deste filósofo, portanto, é que: “o

espírito do mundo deve ser procurado tanto na

natureza quanto dentro de cada um”. Podemos

então concluir que o espírito do mundo está tanto

na natureza quanto na consciência do homem e

estas seriam expressão única. Para Schelling, o Eu,

como princípio da filosofia é o incondicionado do

saber humano.

Schelling

Page 7: Filosofia

Já para outros filósofos do Romantismo, ele é caracterizado como o

movimento que, pelo culto da paixão, esvaziou de significado a dura luta

racionalista pela objetividade da razão. Giambattista Vico (filósofo italiano) atacou

amargamente Descartes, o seu racionalismo e o seu método dedutivo; Vico

aprecia a importância do irracional na vida e enfatiza o papel da fé e da obediência

religiosas, por oposição à reflexão filosófica, como o ingrediente essencial da vida

social. Outro filósofo, Schopenhauer, conhecido, sobretudo, pelo seu pessimismo e

pelo estilo sombrio, é apresentado como o verdadeiro filósofo romântico; tem a

idéia de que a vida é essencialmente sofrimento, causado pelo desejo, pelo que a

anulação do sofrimento é possível "eliminando todo o desejo". O otimismo de

Hegel e o pessimismo de Schopenhauer são pontos de vista extremos, que

manifestam, cada um, apenas um aspecto da realidade.

Page 8: Filosofia

Ao negar a distinção de sujeito e objeto, ao identificar a

realidade como um todo vivo que inclui Deus, o Universo e o

Homem, o Romantismo nega que a natureza humana seja a de um

animal racional, composto de corpo animal e alma racional. Para o

Romantismo, o homem é apenas o “sentimento” interior,

entendido como uma força vital, princípio divino imanente e

aprisionado num corpo animal e numa alma racional. Toda a

redenção do Homem consistiria na tomada de consciência desta

unidade única de Deus, do Mundo e do Eu. Redimir-se seria

conhecer este princípio divino interior imanente que se expressa

por meio do sentimento.

Page 9: Filosofia

É o sentimento que é o próprio homem, o sentimento é a alma. O

sentimento envolve tanto a dúvida quanto a certeza; o sentimento não procura

palavras, ele não precisa delas, ele acha sua satisfação em si mesmo, e o homem

que atingiu isto, disto volta para até uma forma qualquer de fé, porque a fé e o

sentimento são uma só”.

Schleiermacher acaba por afirmar a especificidade do sentimento religioso

como a intuição do infinito no finito. “Somente a religião é capaz, assim, de

libertar o homem de sua limitação e de lhe conferir a universalidade, a infinitude;

ela ultrapassa, portanto, a filosofia confinada no fenomenismo da ciência e no

formalismo da moral. Se o idealismo é filosoficamente o ponto de vista do

sujeito, a religião, no sentido em que Schleiermacher a entende, é um esforço para

ultrapassar o ponto de vista do sujeito, sem, todavia, sair do sujeito, para elevar o

sujeito à altura do Absoluto”.

Page 10: Filosofia

“Nietzsche será um dos mantenedores do sentido romântico da vida. Dilthey

entreteve relações com Husserl, cuja tentativa ele considerava com simpatia;

Heidegger interessou-se pela obra de Dilthey. O movimento fenomenológico, em

sua abordagem da consciência, fora de todo idealismo redutor, põe em ação certos

pressupostos da inteligibilidade romântica. O pensador que desenvolve uma

filosofia da vida conforme a inspiração de Schelling, de Frédéric Schlegel e de

Dilthey, mesmo guardando uma inteira independência de espírito, é Max

Scheler, ao mesmo tempo Naturphilosophie e Kulturphilosophie; seu espaço

mental abarca a ordem biológica e a ordem sociológica, e seu pensamento se

preocupa em constituir uma ordem de valores a partir de uma análise existencial

da realidade humana"

No final do século XIX, a Gnose do Romantismo foi perpetuada através do

pensamento de Bergson, Nietzsche, Blondel, e, mais tarde, continuado por

Husserl, Max Scheller e Karol Wojtyla, já repleto de pensamento romântico pela

leitura, estudo e interpretação teatral dos autores românticos poloneses.

Page 11: Filosofia

Não nos resta dúvida que na filosofia deve-se

concordar que a racionalidade necessita “reconhecer a

parte do afeto, de amor e de arrependimento"s. A

verdadeira racionalidade conhece os limites da lógica.

“A idéia principal, portanto, é que os filósofos não

devem cair no verdadeiro racionalismo: que ignora os

seres, a subjetividade, a afetividade e a vida”. Isso não

quer dizer ser irracional.

Page 12: Filosofia

• http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cadernos&subsecao=religiao&artigo=romantismo_modernismo&lang=bra

• http://www.webartigos.com/articles/4674/1/O-Romantismo-Transormacoes-Na-Filosofia-Moderna/pagina1.html

• http://www.dialogocomosfilosofos.com.br/category/shopenhauer

• http://www.infopedia.pt/$giambattista-vico