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OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER

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Karl Marx

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  • OS CLSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBEROS CLSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER

  • No sculo XIX, trs pensadores desenvolveram teorias buscando explicar a sociedade capitalista: Karl Marx , Emile Durkheim que continuou o positivismo de Augusto Comte e Max Weber . Estes trs pensadores so denominados os clssicos da Sociologia.Os Clssicos da Sociologia1818-18831858-19171864-1920

  • Os Clssicos da SociologiaEmile Durkheim (1857 1917)Max Weber (1864 1920)Karl Marx (1818 1883)Objeto da SociologiaMtodoClasses SociaisFato SocialAo SocialDialticaExplicaoCompreenso Social

    [email protected]

    OS CLSSICOS DA SOCIOLOGIAKARL MARX

  • Marxismo1. KARL MARX (1818-1883) VIDA E OBRAS2. FONTES DO MARXISMODIALTICASOCIALISMOECONOMIA POLTICA

    3. CONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADE4. ANLISE DA MERCADORIA5. CONCLUSO

  • BIBLIOGRAFIA BASICA1. Cabrera, J.R. O pensamento sociolgico de Karl Marx. In Lemos Filho, Arnaldo e outros.Sociologia Geral e do Direito. Campinas, Ed. Alnea, 3 edio, 20082. Costa, Cristina, Sociologia, uma introduo Sociedade 3edio. So Paulo, Ed.Atica, 20053.Quintanero, Tania. Um toque de clssicos. 3edio. Belo Horizonte, UFMG, 29944. Lemos, Arnaldo. Slides. FTP

  • BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARSader, Emir. A Explorao. In Sader Emir(org). Sete Pecados do Capital. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2000Huberman, Leo. A Histria da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara, 2001, cap.18Aron,Raymond. Karl Marx.In As etapas do pensamento sociolgico.Braslia,UNB,1987Gertz, Ren(org). Max Weber & Karl Marx. So Paulo, Ed. Hucitec,1994Castro, Ana Maria-Dias, Edmundo.Introduo ao pensamento sociolgico. Rio de Janeiro, Ed. Eldorado,1987, 9edio.

  • CONCEITOS BSICOSSocialismoComunismoDialticaForas de ProduoRelaes de ProduoInfra-estruturaSuper-estruturaEstadoClasses sociaisIdeologiaAlienaoMercadoriaFetichismo da MercadoriaFora de TrabalhoValor de UsoValor de trocaMai-valia

  • Nasceu na cidade de Treves , na Alemanha.Doutorou-se em Filosofia.Foi redator de um jornal liberal em Colnia.Em 1842 foi obrigado a sair da Alemanha, foi para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idias e publicaes.Expulso da Frana em 1845, foi para Bruxelas onde participou da recm fundada Liga dos Comunistas.Foi expulso da Blgica.Engels (1820-1895)KARL MARX (1818-1883 )VIDA E OBRAS

  • KARL MARX (1818-1883 )VIDA E OBRAS Em 1848, escreveu, com Engels, "O Manifesto Comunista", obra fundadora do "marxismo", enquanto movimento poltico e social a favor do proletariado.Com o malogro das revolues de 1848, Marx mudou-se para Londres onde se dedicou a um grandioso estudo crtico da economia poltica.Marx foi um dos fundadores da Associao Internacional dos Operrios ou Primeira Internacional.Morreu em 1883, aps intensa vida poltica e intelectual.Obras principais : A Ideologia Alem, A Misria da Filosofia, Contribuio Crtica da Economia Poltica, A Luta de Classes na Frana, O Capital.

  • SOCIALISMOECONOMIA POLTICADIALTICA2. FONTES DO MARXISMO

  • 2.1 FONTES DO MARXISMO SOCIALISMOMovimento Operrio FrancsDevido as conseqncias sociais da Revoluo, alguns pensadores propem uma nova maneira de conceber a sociedade e reivindicam a igualdade entre todos, no s do ponto de vista poltico, mas tambm quanto s condies sociais de vida

  • depende do convencimento da burguesia na distribuio de seus bens. no supe um instrumento de poder para atingir seu objetivoSOCIALISMOPR-MARXISTAutpicoapoltico2.1. FONTES DO MARXISMO

  • conhecimento das leis que regem o mecanismo do sistema capitalista supe um instrumento de poder, a organizao da classe operriaSOCIALISMOMARXISTAcientficopoltico2.1. FONTES DO MARXISMO

  • ECONOMIA POLTICAEconomia Poltica Inglesa -Para Marx, a riqueza no resultado do trabalho de homens isolados (Individualismo) que buscam interesses particulares, mas sim do trabalho coletivo (coletivismo)Segundo Adam Smith a riqueza de uma nao o resultado de homens que buscam seus interesses: cada indivduo busca apenas o seu prprio ganho... Perseguindo os seus interesses promove os interesses da prpria sociedade2.2. FONTES DO MARXISMO Adam Smith1723-1790

  • 2.3. FONTES DO MARXISMO DIALTICAFilosofia Clssica alem: HegelDIA + LEGEIN : pensar o contrarioMtodo de apreenso da realidadeIdealismoO real contraditrio,mutvel, em movimentoTese, anttese, sntese todo real racional todo racional realHEGEL

  • 2.3. FONTES DO MARXISMO DIALTICAMARX: Rompimento com o IdealismoA dialtica hegeliana, idealista, corrigida e aplicada ao materialismo existente que era essencialmente mecanicista.As leis da dialtica so as leis do mundo material. A realidade social vista atravs de suas contradies.MATERIALISMO HISTRICO E DIALTICO

  • CONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADE Textos Bsicos:184818591863O Manifesto ComunistaO CapitalPrefcio Contribuio Crtica da Economia Poltica

  • PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO DA SOCIEDADEConceito de HomemConceito de HistriaConceito de Trabalho

  • CONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADEHOMEMser de necessidadessatisfao das necessidadesproduo de bens materiaisproduo de bens materiaisTRABALHO

  • CONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADERelaesA ) com a NaturezaForas de Produo(instrumentos de produo)B ) dos Homens entre siRelaes de Produo(diviso do trabalho)modo de produo+HistriaCapitalistaAntigoFeudal

  • A histria humana a histria das relaes dos homens com a natureza e dos homens entre si.Nesses dois tipos de relao aparece como intermedirio um elemento essencial:O TRABALHO HUMANOAssim como Darwin havia descoberto a lei da evoluo das espcies, Marx descobriu as leis da HISTRIA

  • CONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADESUPER ESTRUTURAIDEOLGICAPOLTICAESTADOJURDICADIREITOFORAS DE PRODUO + RELAES DE PRODUO(MODO DE PRODUO)INFRA ESTRUTURA ECONMICAIDEOLGICA

  • Foras de Produo(materiais)O trabalho do homem, o trabalho do animal a servio do homem, a natureza, os instrumentos de produo. Toda capacidade humana de produzir.Relaes de Produo(sociais)So os modos especficos de organizao do trabalho e da propriedade, devido a diviso do trabalho.Modo de ProduoCada poca histrica possui um conjunto de foras produtivas a que correspondem determinadas relaes de produo.

  • CONSCINCIAEXISTNCIACONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADESUPER ESTRUTURAIDEOLGICAPOLTICAESTADOJURDICADIREITOFORA DE PRODUO + RELAES DE PRODUO(MODO DE PRODUO)INFRA ESTRUTURA ECONMICAIDEOLGICA

  • O modo de produo da vida material CONDICIONA o processo da vida social, poltica e espiritual em geralNo a conscincia do homem que DETERMINA a sua existncia, mas ao contrrio, a sua existncia que determina a sua conscinciaAo mudar a base econmica revoluciona-se, mais ou menos, toda a imensa superestrutura erigida sobre elaPrefcio Contribuio Crtica da Economia PolticaA explicao das formas jurdicas, polticas, espirituais e de conscincia, encontra-se na base econmica e material da sociedade, no modo como os homens esto organizados no processo produtivo

  • CONCEPO DE SOCIEDADE DETERMINISMO OUCONDICIONAMENTO ?Determinismo: (relao de causalidade) : relao mecanicista e no dialtica Condicionamento : uma varivel. corre o risco de ser flexvel demais

  • CONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADERELAES DE PROPRIEDADEPROPRIETRIOSCLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTEPROLETARIADOBURGUESIANO PROPRIETRIOSRELAES DE DOMINAOMPC

  • CONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADERELAES DE PROPRIEDADEPROPRIETRIOSCLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTEPROLETARIADOBURGUESIANO PROPRIETRIOSRELAES DE DOMINAOMPC

  • CONSCINCIAEXISTNCIACONCEPO MARXISTA DE SOCIEDADESUPER ESTRUTURAIDEOLGICAPOLTICAESTADOJURDICADIREITOFORA DE PRODUO + RELAES DE PRODUO(MODO DE PRODUO)INFRA ESTRUTURA ECONMICAIDEOLGICA

  • MODO DE PRODUOPrefacio Contribuio Crtica da Economia PolticaA determinadas foras de produo correspondem determinadas relaes de produo que se expressam em relaes jurdicas e que constituem um modo de produoAs foras de produo so dinmicas porque so dialticas e as relaes de produo no acompanham o ritmo de seu desenvolvimentoAs foras de produo se chocam com as relaes de produo existentes, ou o que no seno sua expresso jurdica, com as relaes de propriedade dentro das quais se desenvolveram at ali. De formas de desenvolvimento das foras produtivas, estas relaes se convertem em obstculos a elas. E se abrem assim na poca de revoluo social.

  • ANLISE DA MERCADORIA O duplo valor dos bens materiaisA determinao do valor de trocaOs processos histricos de trocaA fora de trabalho como mercadoriaO processo da mais valiaO fetichismo da mercadoriaValor de usoValor de troca

  • O duplo valor dos bens materiaisValor de usoValor de trocahomemnecessidadessatisfaoproduo de bens materiaisvalor dos bensUtilidade do bem material para o seu produtor Quando o bem produzido no tem valor de uso para o seu produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIAToda mercadoria essencialmente valor de troca, mas tem embutido nela um valor de uso

  • 2. A determinao do valor de trocaO que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ?QUANTIDADE ?NECESSIDADE ?FINALIDADE ?EQUIVALNCIA (valores iguais)

  • 2. A determinao do valor de trocatrabalhotempo de trabalho necessrio para a sua produo

  • 2. A determinao do valor de trocaSocialmente Tempo mdio Tempo social Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessrio para a sua produoTrabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias, h uma comparao de trabalho humano. Logo toda mercadoria expressa relaes sociaisExemplo : compra no supermercadoPacote de arroz = 10 reaisO preo o que aparece. O que significa?

  • Ao equiparar os seus diversos produtos na troca como valores, os homens equiparam os seus diversos trabalhos como trabalho humano. No se do conta, mas fazem-no.O que comum a todas as mercadorias no trabalho concreto de um ramo de produo determinado,no o trabalho de um gnero particular, mas o trabalho humano abstrato, o trabalho humano geral.

  • 3. Os processos histricos de trocaI) Processo Pr-Capitalistaa) Processo de circulao simples (troca direta)b) Processo de circulao complexa (troca indireta)A troca direta no dinamiza a trocaH necessidade de um equivalente geral O processo Pr-Capitalista no tem como objetivo o LUCRO

  • II) Processo CapitalistaQual a vantagem ?Dinheiro tem valor de uso ?3. Os processos histricos de troca

  • O processo pr-capitalista comea com Ma mercadoria produto do trabalhoO processo capitalista comea com Do dinheiro necessariamente produto do trabalho ?3. Os processos histricos de troca

  • Se o dinheiro .... vem ao mundo com uma mancha congnita de sangue numa das faces, o capital vem pingando da cabea aos ps, de todos os poros, sangue e lama (Marx, O Capital, vol 1)Comrcio = troca de mercadoria, conquista, pirataria, saque, explorao, suborno, fraude ...De onde veio o dinheiro para o incio do capitalismo?Questo Bsica

  • Dmquinamatria primafora de trabalho(Capital constante)(Capital varivel)MD ++capitalismo

  • Camponeses = expulsos do campoArtesos = destitudos de suas ferramentasNo capitalismo a fora de trabalho tornou-se uma mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua fora de trabalho: camponeses e artesoscapitalismo

  • 4. A fora de trabalho como mercadoriaQual o valor desta mercadoria ?a) o valor de uma mercadoria determinado pelo tempo de trabalho necessrio para que ela existab) ora, a fora de trabalho uma mercadoriac) logo, o valor da fora de trabalho determinado pelos meios necessrios para que ela existad) ora, a fora de trabalho no existe desvinculada de seu dono, o trabalhadorf) ora, um dia o trabalhador vai morrerg) logo o valor da fora de trabalho determinado pelos meios necessrios subsistncia do trabalhador e sua reproduoe) Logo, o valor da fora de trabalho determinado pelos meios necessrios para que o trabalhador exista

  • Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de trabalho.MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE, O VALOR DA FORA DE TRABALHOPORTANTO, O VALOR DA FORA DE TRABALHO IGUAL AO VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTNCIA, PRINCIPALMENTE GNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSVEIS REPRODUO DA CLASSE OPERRIAEsse valor pago no salrio, que deve dar apenas para o estritamente necessrio ao futuro trabalhador.capitalismo

  • esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o assalariado vende a sua fora de trabalho para sobreviver e o capitalista lhe compra a fora de trabalho para enriquecer.A razo do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIAcapitalismo

  • Primeiro ModoHiptese: 08 horas5. O processo da mais valiaTempo Necessrio:o tempo de trabalho necessrio para produzir mercadorias cujo valor igual ao valor da fora de trabalhoTempo Excedente:o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a fora de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graaMais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estar aumentando a mais valia:Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuir o tempo necessrio estar aumentando a mais valia

  • Segundo Modo5. ExemploProduo de um par de sapatos100 unid de moedaMatria Prima=Desgaste InstrumentosSalrio DirioComo o capitalista obtm o lucro?5. O processo da mais valia20 unid de moeda30 unid de moedaO valor de um par de sapatos a soma de todos os valores representados pelas diversas mercadorias que entraram na produoNo no mbito da compra e venda no mbito da produo==

  • Nessas 03h o trabalhador cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salrioNas outras 06h produz mais mercadorias que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salrio5. O processo da mais valia

  • +salrioMeios de Produo12030150+=+salrioMeios de Produo12030390+=x0303130=5. O processo da mais valia

  • MAIS VALIAAo final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao capitalista: 20 unidades de moeda em cada um dos pares de sapato. Este valor a mais no retorna ao operrio: incorpora-se ao produto e apropriado pelo capitalistaAssim como um boi produz mais do que consome e enriquece o seu dono, a classe trabalhadora produz mais valia do que consome e enriquece os proprietrios dos meios de produo. Os trabalhadores so os bois do sistema capitalista

  • O FETICHISMO DA MERCADORIA FETICHISMOFETICHEFREUDAdorao ou culto de fetichesObjeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual o homem da o carter de sagrado e presta cultoA aplicao do processo de fetichismo ao comportamento individual: fetiches sexuaisMARXA aplicao do processo do fetichismo ao comportamento social: a mercadoria e o dinheiro so fetiches (1856 1939)(1818 1883)

  • O que MERCADORIA ?Trabalho humano concentrado e no pago. Ao trocar mercadorias, o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois, relaes sociaisAparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de valor de troca (preo)Exemplo de relaes:a mercadoria 3,00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy,a mercadoria 200,00 se relaciona com a mercadoria menino-que-faz-pacotesAs coisas-mercadorias comeam a se relacionar umas com as outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida prpria:01 apartamento estilo mediterrneo = um modo de viver01 cigarro marca X = um estilo de vida01 cala jeans griffe X = um vida jovem

  • As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida prpria e os homens-mercadorias aparecem como coisasA mercadoria um fetiche no sentido religioso da palavra: uma coisa que existe por si e em siA mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentesO FETICHISMO DA MERCADORIA As relaes sociais de trabalho aparecem como relaes materiais entre as pessoas e como relaes sociais entre coisasCOMO ENTO APARECEM AS RELAES SOCIAIS DE TRABALHO ?Os homens so transformados em coisas e as coisas so transformadas em gente

  • O FETICHISMO DA MERCADORIA trabalhadortrabalhoproprietrioOs homens so transformados em coisas:uma coisa chamada mercadoria que possui outracoisa chamada preouma coisa chamada capital que possui outracoisa chamada capacidade de ter lucros.Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir, poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si mesmas, independente dos homens que as realizamDesaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem sob a forma de coisas: reificao (Lucaks)Uma coisa chamada fora de trabalhoE a coisas so transformadas em gente:

  • Questes FinaisPor que os homens conservam essa realidade ?Como se explica que no percebam a reificao ?Como entender que o trabalhador no se revolte contra uma situao na qual no s lhe foi roubada a condio humana, mas ainda explorado naquilo que faz ?Como explicar que essa realidade nos aparea como natural, normal, racional, aceitvel ?De onde vem o obscurecimento da existncia das contradies e dos antagonismos sociais ?De onde vem a no percepo da existncia das contradies e dos antagonismos sociais ?A resposta a essas questes nos conduz diretamente ao fenmeno da ALIENAO e da IDEOLOGIA

  • ALIENAOalienum = alheio - outroAlienar um imvelALIENAO ECONMICAOs trabalhadores so expropriados dos seus meios de produo da vida material e do saber do qual dependia a fabricao de um produto e a prpria posio social do artesoVender = separar o proprietrio da propriedadeCAPITALISMOO capitalismo reduziu o trabalhador execuo de tarefas simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produo da fbricaO trabalhador s aprende que deve trabalhar para receber o salrio e viver, pois esta a percepo que tem da realidade na vida cotidianaO trabalho percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. Da adquire uma conscincia falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA

  • IDEOLOGIA aquele sistema ordenado de idias e concepes, de normas e de regras (com base no qual as leis jurdicas so feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do sistema, como se estivessem se comportando segundo sua prpria vontadeA ideologia dominante numa dada poca histrica a ideologia da classe dominante nessa poca.Ao contrrio de outras pocas histricas (escravido e servido), no capitalismo o trabalhador acha que justo que ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o pagamento de seu salrio.Para Marx, o salrio no remunera todo o trabalho, pois uma parte apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro.O trabalhador no percebe isso por causa da ideologia que uma concepo de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua.

  • CONCLUSO A HISTORICIDADE E A TOTALIDADEA AMPLITUDE DA CONTRIBUIO DE MARXA SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

  • A HISTORICIDADE E A TOTALIDADEA teoria marxista repercutiu de maneira decisiva no s na Europa como tambm nas colnias europias e em movimentos de independncia. Organizou partidos polticos, sindicatos, levou intelectuais crtica da realidade e influenciou as atividades cientficas, de um modo geral, e as cincias humanas em particular.Marx conseguiu, como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relaes profundas entre a realidade, a filosofia e a cincia.Por sua formao filosfica, concebia a realidade social como uma concretude histrica, isto , como um conjunto de relaes de produo que caracteriza cada sociedade num tempo espaos determinados.Por outro lado, cada sociedade representava para ele uma totalidade, isto , um conjunto nico e integrado de diversas formas de organizao humana, nas suas mais diversas instncias: famlia, poder, religio, etc., de tal maneira que suas anlises, apesar de histricas, trazem concluses de carter geral e aplicveis a formaes histricas diferentes.

  • A AMPLITUDE DA CONTRIBUIO DE MARXO sucesso e a penetrao do materialismo histrico, quer no campo da cincia, quer no campo da organizao poltica, se deve ao universalismo de seus princpios e ao carter totalizador que imprimiu s suas idiasAlem desse universalismo da teoria marxista, outras questes adquiriram no marxismo novas dimenses. Uma delas foi a questo da objetividade cientfica, to perseguida pelas cincias humanas. Para Marx, a questo da objetividade s se coloca enquanto conscincia crtica. A cincia, assim como a ao poltica, s pode ser verdadeira e no ideolgica se refletir uma situao de classe e, conseqentemente, uma viso crtica da realidade. Assim a objetividade no uma questo de mtodo, mas de como o pensamento se insere no contexto das relaes de produo e na histria.

  • A AMPLITUDE DA CONTRIBUIO DE MARX3. A idia de uma sociedade doente ou normal, preocupao dos cientistas sociais positivistas, desaparece em Marx. Para ele, a sociedade constituda de relaes de conflito e de sua dinmica que surge a mudana social. Fenmenos como luta, conflito, revoluo e explorao so constituintes dos diversos momentos histricos e no disfunes sociais.4. Suas idias marcaram de maneira definitiva o pensamento cientfico e a ao poltica de sua poca bem das posteriores, formando duas maneiras de atuao sob a bandeira do marxismo:1. Abraar o ideal comunista e lutar por uma sociedade onde estejam abolidas as classes sociais e a propriedade privada dos meios de produo.2. Exercer a crtica da realidade social, procurando suas contradies, desvendando as relaes de explorao e expropriao do homem pelo homem, de modo a entender o papel dessas relaes no processo histrico.

  • A AMPLITUDE DA CONTRIBUIO DE MARX5. Contribuies da teoria marxista para o desenvolvimento das cincias sociais A abordagem do conflito, da dinmica histrica, da relao entre conscincia e realidade e da correta insero do homem e de sua prxis no contexto social. A habilidade com que o mtodo marxista possibilita o constante deslocamento do geral para o particular, das leis macrosociais para suas manifestaes histricas, do movimento estrutural da sociedade para a ao humana individual e coletiva.

  • A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO A teoria marxista teve ampla aceitao terica e metodolgica, assim como poltica e revolucionria. J em 1864, junto com Engels, Marx estruturou a Primeira Associao Internacional de Operrios, ou Primeira Internacional. Extinguida em 1873, a difuso das idias marxistas ficou por conta dos sindicatos e nos partidos, especialmente, os social-democratas.2. A Segunda Internacional surgiu na poca do centenrio da Revoluo Francesa (1889). A Primeira Guerra Mundial ps fim Segunda Internacional em 1014.

  • 3. Em 1917, uma revoluo inspirada nas idias marxistas, a Revoluo Bolchevique, na Rssia, criava o primeiro Estado operrio.A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 4. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Cominten que procurou difundir as idias marxistas e organizar os partidos e a luta dos operrios pela tomada do poder. Continua atuante at hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da Unio Sovitica e pela expanso mundial do neoliberalismo.

  • A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO formao do operariado no mundo se deu com a organizao de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais marxistas se adequaram luta pela independncia que surgia nas colnias europias da frica e da sia, aps as Guerras Mundiais, assim como luta pela soberania e autonomia existente nos pases latino-americanos.6. Em 1919, surgiram partidos comunistas na Amrica do Norte, na China e no Mxico. Em 1020, no Uruguai, em 1022, no Brasil e no Chile, em 1925, em Cuba.

  • 7. O movimento revolucionrio se tornou mais forte medida que os Estados Unidos e a URSS emergiram como potncias mundiais e passaram a disputar a sua influncia no mundo. Vrias revolues, como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a coreana organizaram sistemas polticos com algumas caractersticas comuns : forte centralizao, economia planejada, coletivizao dos meios de produo, fiscalismo, uso intenso de propaganda ideolgica e de culto ao dirigente.A polarizao poltica e ideolgica foi transferida para o conjunto do mtodo e da teoria marxista. O marxismo deixou de ser um mtodo de anlise da realidade social para transformar-se em ideologia, perdendo assim parte de sua capacidade de elucidar os homens em relao ao seu momento histrico e mobiliz-los para uma tomada de conscincia de posio.A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

  • A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO Entre 1989 e 1991, desfazia-se o bloco sovitico aps uma crise interna e externa: dificuldade em conciliar as diferenas regionais e tnicas 2. falta de recursos para manter um estado de permanente beligerncia 3. atraso tecnolgico 4. excesso de burocracia 5. baixa produtividade 6. escassez de produtos 7. inflao e corrupoO fim da URSS provocou um abalo nos partidos de esquerda do mundo todo o redimensionamento das foras internacionais

  • A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 10. Toda essa explicao a respeito do marxismo se faz necessria por diversas razes : A sociologia se confundiu com o socialismo em muitos pases, em especial nos pases subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Nesses pases, intelectuais e lderes polticos associaram de maneira categrica o desenvolvimento da sociologia ao desenvolvimento da luta poltica e dos partidos marxistas. A derrocada do imprio sovitico foi sentida como uma condenao quase como a inviolabilidade da prpria cincia.

  • 2. A teoria marxista transcende o momento histrico no qual foi concebida e tem uma validade que extrapola toda iniciativa concreta. preciso lembrar que a ausncia da propriedade privada dos meios de produo condio necessria mas no suficiente da sociedade comunista teorizada por Mar 3. Tambm improcedente confundir a cincia com o iderio poltico de qualquer partido. Pode haver integrao entre um e outro mas nunca identidade.

    A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

  • A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO preciso entender que a histria no termina em qualquer de suas manifestaes particulares, quer na vitria comunista, quer na capitalista. Assim em termos cientficos e marxistas, preciso voltar o olhar para a compreenso da emergncia de novas foras sociais e novas contradies.5. Hoje se vive nas cincias um momento de particular cautela. Aps dois ou trs sculos de crena absoluta na capacidade redentora da cincia, em sua capacidade de explicar a realidade, j no se acredita na infalibilidade dos modelos. No poderia ser diferente com as cincias sociais que, do contrario,adquiriram um estatuto de religio e de f, uma vez que se apoiariam em verdades eternas e imutveis.

  • A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO O fim da Unio Sovitica no significou o fim da historia ou da sociologia, nem o esgotamento do marxismo como postura terica. Nem terminou, com a derrubada do Muro de Berlim, o iderio de uma sociedade justa e igualitria. O que preciso fazer rever essa sociedade cujas relaes de produo se organizam sob novos princpios : enfraquecimento dos Estados nacionais, mundializao do capitalismo, formao de blocos econmicos, organizao poltica de minorias tnicas, religiosas e at sexuais, entendendo que as contradies no desapareceram mas se expressam em novas instncias

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