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Revisão - Simão REVISÃO BRASIL COLÔNIA PRF. SIMÃO 1. (Udesc 2016) Analise as proposições sobre as populações indígenas na História do Brasil. I. A escravidão indígena não vigorou porque as populações indígenas não possuíam vocação para a agricultura de grande escala, tal como a implementada pela metrópole portuguesa. II. A contribuição indígena foi marcante em elementos do folclore, da culinária e da língua, e também no que diz respeito à organização social e econômica do Brasil. III. Em Santa Catarina, a concentração de populações indígenas foi maior no litoral, em especial com a população Guarani, Xokleng e Kaingang. No interior do Estado houve um grande vazio populacional, o que motivou as políticas de incentivo à imigração europeia na região. IV. O assassinato de lideranças indígenas, na contemporaneidade, possui vínculos com as lutas pela demarcação de terras indígenas. V. No período da chegada dos europeus, no Brasil, as populações indígenas organizaram diversas expedições de luta e de resistência à invasão europeia, chegando a organizar uma grande confederação de povos indígenas do litoral do Rio de Janeiro e do Vale do Paraíba para expulsar os portugueses. Essa revolta ficou conhecida como Confederação dos Tamoios e contou com a aliança de lideranças indígenas com invasores franceses estabelecidos no Rio de Janeiro. Assinale as alternativa corretas. a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 2. (Enem 2015) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida. GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado). A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras. b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização. c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena. Página 1 de 72

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Revisão - Simão

REVISÃO BRASIL COLÔNIAPRF. SIMÃO 1. (Udesc 2016) Analise as proposições sobre as populações indígenas na História do Brasil.

I. A escravidão indígena não vigorou porque as populações indígenas não possuíam vocação para a agricultura de grande escala, tal como a implementada pela metrópole portuguesa.

II. A contribuição indígena foi marcante em elementos do folclore, da culinária e da língua, e também no que diz respeito à organização social e econômica do Brasil.

III. Em Santa Catarina, a concentração de populações indígenas foi maior no litoral, em especial com a população Guarani, Xokleng e Kaingang. No interior do Estado houve um grande vazio populacional, o que motivou as políticas de incentivo à imigração europeia na região.

IV. O assassinato de lideranças indígenas, na contemporaneidade, possui vínculos com as lutas pela demarcação de terras indígenas.

V. No período da chegada dos europeus, no Brasil, as populações indígenas organizaram diversas expedições de luta e de resistência à invasão europeia, chegando a organizar uma grande confederação de povos indígenas do litoral do Rio de Janeiro e do Vale do Paraíba para expulsar os portugueses. Essa revolta ficou conhecida como Confederação dos Tamoios e contou com a aliança de lideranças indígenas com invasores franceses estabelecidos no Rio de Janeiro.

Assinale as alternativa corretas. a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 2. (Enem 2015) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.

GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).

A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras. b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização. c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena. d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses. e) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa. 3. (Udesc 2015) Analise o texto abaixo:

Las tres caravelas

(...)

Um navegante atrevidoSaiu de Palos um diaVinha com três caravelasA Pinta, a Nina e a Santa Maria

Em terras americanasSaltou feliz certo diaVinha com três caravelasA Pinta, a Nina e a Santa Maria

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Muita coisa sucedeuDaquele tempo pra cáO Brasil aconteceuÉ o maior, que é que há?(...)

Viva Cristóvão ColomboQue para nossa alegriaVeio com três caravelasA Pinta, a Nina e a Santa Maria

(Algueró Jr. Moreau. Tradução: João de Barro)

Analise as proposições sobre essa canção popular, gravada por Caetano Veloso e Gilberto Gil no disco Tropicália ou Panis et Circensis (1968).

I. A letra faz referência a episódios históricos conhecidos como o “descobrimento da América” pelos europeus, por meio da viagem empreendida pelo almirante Cristóvão Colombo, partindo da costa da Espanha pelo Oceano Atlântico, e atingindo as ilhas do Caribe, no dia 12 de outubro de 1492.

II. Os cantores da Tropicália utilizam a canção com ironia em relação ao discurso ufanista dos militares brasileiros durante a ditadura. Para eles, o Brasil estava submisso aos interesses econômicos dos Estados Unidos, como havia sido em relação às monarquias ibéricas no período colonial.

III. O autor da letra, ao afirmar que o navegador “saltou feliz certo dia” nas terras americanas, identifica-se com os nativos, que consideram esse episódio o início de uma era de paz e prosperidade, pois Colombo veio “para nossa alegria”.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. d) Somente a afirmativa I é verdadeira. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 4. (Uece 2015) A compreensão cristã do encontro dos portugueses com os primeiros habitantes da América teve forte conotação maniqueísta: de um lado estava o bem, simbolizado pelos europeus na sua suposta busca pelo paraíso; de outro, o mal, representado pelos indígenas e suas práticas diabólicas.

Analise as afirmações abaixo acerca dessa compreensão.

I. Tal compreensão foi alimentada por considerações imprecisas de alguns viajantes que classificavam de “demoníacas” certas práticas culturais dos povos americanos.

II. A leitura das práticas dos povos americanos pelos europeus aliou a ideia da conquista de novas terras com o desejo de levar a palavra de Deus àquelas criaturas “demonizadas”.

III. O pensamento cristão português dissociava-se das ideias e políticas expansionistas; desse modo, a propagação da fé era desvinculada da empresa marítima.

É correto o que se afirma em a) I, II e III. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I e II apenas. 5. (Pucrs 2014) Analise as afirmativas sobre o Descobrimento do Brasil, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

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( ) Pode ser enquadrado no processo de expansão comercial europeia do início da Era Moderna, que objetivava a descoberta de novas fontes de metais preciosos e de mercadorias atrativas para o mercado consumidor europeu.

( ) Foi fundamental na construção do império ultramarino português, na medida em que as riquezas logo encontradas na nova terra levaram a coroa lusitana a promover a imediata colonização do atual território brasileiro.

( Atendeu aos interesses estratégicos da coroa portuguesa, pois a rota descoberta por Vasco da Gama para o comércio com as Índias, em 1498, necessitava de portos no Atlântico Sul onde fosse possível reparar e reabastecer os navios.

( ) É considerado um momento trágico para as populações originais do atual território brasileiro, porque a exploração do pau-brasil, primeira riqueza encontrada no novo território, levou à escravização do indígena.

O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – V – F – F b) V – F – V – F c) V – F – F – V d) F – F – V – V e) F – F – V – F 6. (Uepb 2014) Considerando a realidade da América Portuguesa nas três primeiras décadas do século XVI, é correto afirmar: a) A expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias

Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana de açúcar. b) A Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada

por franceses e ingleses. c) As expedições de Cristovão Jackes, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem

combateram estrangeiros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar as feitorias.

d) A atividade desenvolvida com autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento.

e) A mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante valorizada pelos portugueses, que presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado europeu.

7. (Udesc 2014) Analise as proposições referentes ao estado de Santa Catarina, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.

( ) Os principais grupos indígenas que habitavam a região do atual estado de Santa Catarina eram os Carijós, os Kaingáng e os Xokleng. Estes grupos estavam distribuídos em diferentes áreas do estado e tiveram contato com os europeus em distintos períodos históricos.

( ) A passagem da Monarquia para a República ocorrida no final do século XIX, no Brasil, não acarretou maiores conflitos no estado, uma vez que os grupos políticos que detinham o poder, no estado, não foram destituídos de seus cargos.

( ) A segunda metade do século XIX, no Brasil, é marcada pelo grande contingente de pessoas que imigraram para o país, sendo que estas eram de origem europeia e foram responsáveis pela fundação de cidades como Joinville e Blumenau.

( ) Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial ocorreram muitos problemas no país, como a desconfiança e a prisão de pessoas que viviam em Santa Catarina, principalmente aqueles que eram imigrantes e descendentes de imigrantes de origem portuguesa e espanhola, também identificados como “5ª coluna”.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo. a) F – F – V – V b) V – V – F – F c) F – V – F – V d) V – F – F – V e) V – F – V – F

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8. (Uepb 2014) A riqueza cultural do povo brasileiro advém da pluralidade de etnias que nos formaram, produzindo um patrimônio cultural diversificado. Assinale a alternativa correta: a) Os grupos indígenas encontrados no litoral pelo português eram principalmente tribos de

tronco tupi que, havendo se instalado uns séculos antes, ainda estavam desalojando antigos ocupantes oriundos de outras matrizes culturais.

b) Na época da chegada da esquadra cabralina, as tribos do tronco tupi eram as únicas que tinham uma organização social de classes, e a presença do Estado já era uma realidade.

c) A instituição social que dificultou a formação do povo brasileiro foi o cunhadismo, velho uso indígena que proibia a incorporação de estrangeiros à sua comunidade.

d) O surgimento de uma etnia brasileira não anulou as identificações étnicas dos índios e africanos consolidando a democracia racial que vivemos na contemporaneidade.

e) Desde os primeiros dias da colonização, o projeto jesuítico se configurou como única alternativa de garantia das culturas indígena e africana, respeitando suas crenças e representações.

9. (Enem 2013) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.

Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.

A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo: a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa. c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente. d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia. e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho. 10. (Pucrj 2012) “Eu, El-Rei, faço saber aos que este meu regimento virem, que sendo informado das muitas desordens que há no sertão do pau-brasil, e na conservação dele, de que se tem seguido haver hoje muita falta, cada vez será o dano maior se não se atalhar e der nisso a ordem conveniente (...): mando que nenhuma pessoa possa cortar, nem mandar cortar o dito pau-brasil, por si ou seus escravos, sem expressa licença do provedor-mor da minha Fazenda (...); e quem o contrário fizer incorrerá em pena de morte e confiscação de toda a sua fazenda.”

Felipe III, Regimento do pau-brasil, 1605.

No contexto da colonização das terras do Brasil, o regimento do rei Felipe III apresenta medidas associadas: a) à afirmação do poder da Coroa espanhola, em detrimento dos comerciantes e colonos

portugueses. b) ao caráter monopolista da extração do pau-brasil, pois era necessária autorização expressa

da Coroa para atividade extrativista. c) às preocupações da Coroa na preservação da Mata Atlântica, que estava sendo devastada

pelos colonos. d) à importância do pau-brasil no comércio colonial como principal produto de exportação da

América Portuguesa, em inícios do século XVII. e) à afirmação da política absolutista dos reinos europeus cerceadora de todas as iniciativas

dos colonos nas Américas. 11. (Ufsm 2001)

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A charge

I. ilustra a maneira formal dos navegantes portugueses frente à ingenuidade dos índios.II. refere-se a uma passividade dos índios diante dos navegantes portugueses.III. assinala, de maneira cômica, o encontro de duas civilizações que resultaria em etnocídio.IV. anuncia a disposição bélica do expansionismo português e a resistência indígena.

Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I e III. d) apenas II e IV. e) apenas III e IV. 12. (Ufsm 2000) "Esta terra, Senhor, é muito chã e muito formosa. Nela não podemos saber se haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal; porém, a terra em si é de muitos bons ares (...) querendo aproveitar dar-se-á nela tudo (...)". Esse trecho é parte da carta que Pero Vaz de Caminha escreveu, em 1500, ao rei de Portugal, com informações sobre o Brasil. Com base no texto, é correto afirmar: a) Havia a intenção de colonizar imediatamente a terra, retirando os bens exportáveis para

atender o mercado internacional. b) Iniciava-se o processo de ocupação da terra, circunscrito aos limites do mercantilismo

industrial e colonial. c) Desde o princípio, os portugueses procuraram escravizar os povos indígenas a fim de

encontrarem os metais preciosos. d) Estava evidente o interesse em explorar a terra nos moldes do mercantilismo. e) Era preponderante a intenção de estabelecer a agricultura com o trabalho livre e familiar no

Brasil. 13. (Pucrs 2016) Sobre o período pré-colonial na História do Brasil, é correto afirmar que a) foi estabelecida a escravidão indígena como forma de exploração do trabalho, devido à

ausência de uma atividade econômica que financiasse o tráfico de escravos africanos para o Brasil.

b) a economia baseou-se na exploração de produtos naturais da terra, que não exigiam o estabelecimento da agricultura para serem extraídos, como o pau-brasil, o cacau e o látex.

c) promoveu-se a doação de porções da terra recém-descoberta para a aristocracia portuguesa, cujos membros ocupavam os principais cargos na administração pública reinol.

d) havia desinteresse na colonização imediata do território, tendo em vista que os principais recursos humanos e materiais portugueses estavam voltados para a exploração do rendoso comércio com as Índias.

e) foram enviadas ao litoral brasileiro as chamadas “expedições guarda-costas”, que visavam vigiar a nova descoberta portuguesa diante da possível invasão holandesa na região.

14. (Udesc 2015) Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha.

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“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os índios] se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então tornaram-se a assentar como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como nós estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.”

Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23.

Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se dizer que é: a) Uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma visão de mundo cristão, como

se o Brasil fosse uma espécie de paraíso edênico. b) Um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o autor narra exatamente o que

viu e viveu no Brasil. c) Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das populações indígenas

brasileiras que já conheciam o cristianismo, e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos ensinamentos pregados por Cristo a seus discípulos.

d) Um relato que expressa total ignorância e despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e estratégico das populações indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos viajantes europeus para obter lucros e fazer alianças políticas para derrotar seus inimigos.

e) Um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre os habitantes nativos do Brasil.

15. (Espcex (Aman) 2015) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.

Berutti, 2004.

Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a) a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em

decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.

b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.

c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.

d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa.

e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.

16. (Pucsp 2014) "Descoberto o Novo Mundo e instaurado o processo de colonização, começou a se desenrolar o embate entre o Bem e o Mal."

Laura de Mello e Souza. Inferno Atlântico. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 22-23.

Na percepção de muitos colonizadores portugueses do Brasil, uma das armas mais importantes utilizadas nesse “embate entre o Bem e o Mal” era a a) retomada de padrões religiosos da Antiguidade. b) defesa do princípio do livre arbítrio. c) aceitação da diversidade de crenças.

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d) busca da racionalidade e do espírito científico. e) catequização das populações nativas. 17. (Uern 2013) Acerca dos povos “pré-colombianos” e dos habitantes do Brasil anteriores à colonização, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Todos, sem exceção, já haviam estabelecido uma organização política e social extremamente estratificada, estamental e hierarquizada, baseada nos laços de parentesco.

( ) Haviam sociedades agrícolas, sedentarizadas e algumas nômades, que não dominavam a domesticação de animais, o cultivo sistemático e viviam, portanto, da caça e da coleta.

( ) Em algumas regiões específicas, a agricultura se desenvolveu mais intensamente e o acúmulo de experiências culturais resultou numa maior condição de desenvolvimento entre essas populações.

( ) No Brasil, o período inicial do processo de colonização coincide, historicamente, com o período de sedentarização dos nativos e sua introdução ao mundo da agricultura e da pecuária, anteriormente inexistentes.

A sequência está correta em a) V – F – V – F b) V – F – F – V c) V – F – V – V d) F – V – V – F TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Leia o texto para responder à questão.

[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].

(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)

18. (Unesp 2013) Os comentários de Gabriel Soares de Souza expõem a) a dificuldade dos colonizadores de reconhecer as peculiaridades das sociedades nativas. b) o desejo que os nativos sentiam de receber orientações políticas e religiosas dos

colonizadores. c) a inferioridade da cultura e dos valores dos portugueses em relação aos dos tupinambás. d) a ausência de grupos sedentários nas Américas e a missão civilizadora dos portugueses. e) o interesse e a disposição dos europeus de aceitar as características culturais dos

tupinambás. 19. (Unesp 2013) O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três elementos podem ser associados, respectivamente, a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares. b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política. c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes. d) à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar. e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos estrangeiros.

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20. (Uepa 2012) Os povos tupi correspondiam no século XV a um enorme conjunto populacional étnico-linguístico que se espalhava por quase toda a costa atlântica sul do continente americano, desde o atual Ceará, até a Lagoa dos Patos, situada nos dias de hoje no Rio Grande do Sul. De acordo com registros de missionários jesuítas e de exploradores portugueses dos primeiros anos da colonização portuguesa, os povos tupi se disseminaram pelo que é hoje a costa brasileira, numa dinâmica combinada de crescimento populacional e fragmentação sociopolítica. Ao mesmo tempo, uma utopia ancestral cultivada pelos diversos grupos tupi da busca de uma “terra sem males”, teria contribuição para sua expansão territorial. Os tupi chegaram no início do século XVI à Amazônia, ocupando a Ilha Tupinambarana como ponto final de sua peregrinação. No caminho percorrido, os povos tupi viviam numa atmosfera de guerra constante entre si e com outros povos não-tupi. Guerras, captura e canibalização dos inimigos alimentavam a fragmentação, a dispersão territorial e o revanchismo.Em termos simbólicos, o sentido da antropofagia, resultante do enfrentamento entre indígenas pouco antes do início da colonização portuguesa, tem relação com: a) a necessidade de exterminar os inimigos na totalidade, inclusive pela ingestão física, de

modo a interditar-lhes qualquer forma de sobrevivência ou resquício material. b) o interesse em assimilar as potencialidades guerreiras e a bravura dos inimigos, bem como

incorporar seu universo social e cosmológico adicionado ao grupo do vencedor. c) a profunda diferença sociocultural entre os povos tupi, que ao longo da expansão tendiam a

considerar-se como estrangeiros, habitando regiões contíguas. d) a interferência de navegadores europeus que alimentavam as dissensões entre os povos

indígenas como meio de conquistá-los posteriormente. e) a disputa territorial com os povos não-tupi, que foram praticamente expulsos da costa e

obrigados a adentrar o interior do continente. 21. (Unimontes 2012) O período compreendido entre 1500 e 1530 é denominado, pela historiografia tradicional, de “período pré-colonial”. Entre as características dessa época, é INCORRETO elencar a) a fundação de feitorias e a exploração do pau-brasil. b) o envio de expedições “guarda-costas” para a defesa do litoral. c) a presença de franceses “contrabandeando” pau-brasil. d) a fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão. 22. (Pucsp 2012) Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam por mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, bolos, mel, figos-passa. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provaram alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca, não gostaram dele nada, nem quiseram mais.

“A carta de Pero Vaz Caminha”, maio de 1500. Extraído de Dea Ribeiro Fenelon. 50 textos de história do Brasil. São Paulo: Hucitec, 1986, p. 23.

O documento mostra um dos primeiros contatos entre portugueses e nativos do atual Brasil. Podemos dizer, entre outras coisas, que a carta, na sua íntegra, demonstra a a) superioridade técnica dos europeus em relação aos indígenas e os motivos de a conquista

portuguesa não ter enfrentado resistência. b) necessidade de reeducar os hábitos dos indígenas, cuja alimentação cotidiana era muito

menos diversificada que a dos conquistadores. c) importância da chegada dos portugueses ao continente americano, pois eles trouxeram

melhores alimentos e melhores hábitos de vestimenta. d) variedade de hábitos culturais de europeus e indígenas, ao expor diferenças nas

vestimentas, nos utensílios e na alimentação. e) harmonia plena com que se deram as relações entre conquistadores e conquistados, que se

identificaram facilmente. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto a seguir.

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Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...], apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania do rei de Portugal no litoral americano do Atlântico Sul.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.)

23. (Unesp 2012) No processo de ocupação portuguesa do atual território do Brasil, as primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral podem ser caracterizadas como um período em que a) Portugal não se dedicou regularmente à sua colonização, pois estava voltado

prioritariamente para a busca de riquezas no Oriente. b) prevaleceram as atividades extrativistas, que tinham por principal foco a busca e a

exploração de ouro nas regiões centrais da colônia. c) Portugal estabeleceu rotas regulares de comunicação, interessado na imediata exploração

agrícola das férteis terras que a colônia oferecia. d) prevaleceram as disputas pela colônia com outros países europeus e sucessivos episódios

de invasão holandesa e francesa no litoral brasileiro. e) Portugal implantou fortificações ao longo do litoral e empenhou-se em estender seus

domínios em direção ao sul, chegando até a região do Prata. 24. (Pucsp 2011) “O Brasil é uma criação recente. Antes da chegada dos europeus (...) essas terras imensas que formam nosso país tiveram sua própria história, construída ao longo de muitos séculos, de muitos milhares de anos. Uma história que a Arqueologia começou a desvendar apenas nos últimos anos.”

Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil. A arqueologia pré-histórica no Brasil. São Paulo: Atual, 2009 (15ª edição), p. 6

O texto acima afirma que a) o Brasil existe há milênios, embora só tenham surgido civilizações evoluídas em seu

território após a chegada dos europeus. b) a história do que hoje chamamos Brasil começou muito antes da chegada dos europeus e

conta com a contribuição de muitos povos que aqui viveram. c) as terras que pertencem atualmente ao Brasil são excessivamente grandes, o que torna

impossível estudar sua história ao longo dos tempos. d) a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a pesquisar o passado colonial brasileiro e seu

vínculo com a Europa. e) os povos indígenas que ocupavam o Brasil antes da chegada dos europeus, foram

dizimados pelos conquistadores portugueses. 25. (Unicamp 2011) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!”

(Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.)

Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações

comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores.

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b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população.

c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura.

d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas.

26. (Enem 2011) Em geral, os nossos tupinambás ficaram admirados ao ver os franceses e os outros dos países longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e pêros (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?”

LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.

O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais. b) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais. c) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil. d) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas. e) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno. 27. (Enem 2ª aplicação 2010) Chegança

Sou Pataxó,Sou Xavante e Carriri,Ianomâmi, sou TupiGuarani, sou Carajá.Sou Pancaruru,Carijó, Tupinajé,Sou Potiguar, sou Caeté,Ful-ni-ô, Tupinambá

Eu atraquei num porto muito seguro,Céu azul, paz e ar puro...Botei as pernas pro ar.Logo sonhei que estava no paraíso,Onde nem era preciso dormir para sonhar.

Mas de repente me acordei com a surpresa:Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.Da grande-nauUm branco de barba escura,Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.E assustado dei um pulo da rede,Pressenti a fome, a sede,Eu pensei: “vão me acabar”.Levantei-me de Borduna já na mão.Aí, senti no coração,O Brasil vai começar.

NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.

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A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização brasileira, as relações de poder entre portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia presente no chamado mito a) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses e

nativos no período anterior ao início da colonização brasileira. b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram

economicamente aos portugueses, participando dos negócios coloniais açucareiros. c) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as

regras impostas pelo colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização. d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre

colonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento da colônia. e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações

de troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos. 28. (Ufg 2013) Leia o texto a seguir.

A base da culinária tradicional goiana ocorreu em meados do século XVIII, com a fusão dos hábitos alimentares dos índios nativos que aqui viviam aos hábitos advindos de outras culturas, destacando-se a dos bandeirantes mineiros, paulistas e portugueses com a introdução de carnes salgadas.

SANTIAGO, Raquel de A. C. et al. Alimentação saudável na culinária regional. Goiânia: Índice Editora, 2012. p. 17. (Adaptado).

Nesse período, as consequências do movimento dos bandeirantes, para a dinâmica política regional e para os hábitos alimentares na dieta da população local, foram, respectivamente: a) surgimento das oligarquias locais; incorporação de alimentos energéticos. b) nomeação de administradores locais; incorporação de alimentos plásticos. c) fortalecimento do movimento separatista do norte de Goiás; incorporação de alimentos

energéticos. d) criação da capitania de Goiás; incorporação de alimentos plásticos. e) nomeação de administradores locais; incorporação de alimentos reguladores. 29. (Fuvest 2013) Observe o mapa abaixo.

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Com base no mapa e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. a) O rio São Francisco foi caminho natural para a expansão da cana-de-açúcar e do algodão da

Zona da Mata, na Bahia, até a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. b) A ocupação territorial de parte significativa dessa região foi marcada por duas características

geomorfológicas: a serra do Espinhaço e o vale do rio São Francisco. c) Essa região caracterizava-se, nesse período, por paisagens onde predominavam as minas e

os currais, mas no século XIX a mineração sobrepujou as outras atividades econômicas dessas capitanias.

d) O caminho pelo rio São Francisco foi estabelecido pelas bandeiras paulistas para penetração na região aurífera da Chapada dos Parecis e posterior pagamento do “quinto” na sede da capitania, em Salvador.

e) As bandeiras que partiam da Capitania da Bahia de Todos os Santos para a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro propiciaram o surgimento de localidades com economia baseada na agricultura monocultora de exportação.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

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30. (Pucsp 2012) Esse mapa foi executado por Giacomo Gastaldi, em 1556 e editado na República de Veneza no ano de 1565. Considerando seu conhecimento sobre o território brasileiro e o que está representado no mapa, é correto afirmar que a) havia um bom conhecimento da fauna e da flora brasileiras, o que pode ser observado nas

figuras desenhadas e na localização e distribuição dos animais e das formações vegetais. b) não era certo representar indígenas e brancos em interação, trocando bens florestais na

zona litorânea, pois esse tipo de relação ocorreu no interior, onde se situavam as florestas. c) a representação correta do relevo e da hidrografia nas terras interiores revelava as ações de

exploração do terreno, que estava preparando a ocupação das terras pelo colonizador. d) os detalhes do litoral revelam um maior conhecimento dessa parte do território, enquanto o

interior representado era mais fruto de imaginação do que de conhecimento. e) o mapa representa, no limite do trecho conhecido (no poente), um vulcão em atividade,

atualmente inativo. 31. (Imed 2016) No Período Colonial, ocorreram várias revoltas da população brasileira contra o domínio dos portugueses. NÃO corresponde a uma rebelião colonial a: a) Guerra dos Mascates. b) Revolução Praieira. c) Guerra dos Emboabas. d) Conjuração Baiana. e) Revolução Pernambucana. 32. (Ucs 2016) Considere as seguintes afirmativas sobre o Período Colonial brasileiro.

I. Os núcleos de povoamento, depois transformados em cidades, desde a expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531, tornaram-se valiosos instrumentos do sistema administrativo brasileiro.

II. Três características básicas se complementaram na exploração colonial do Brasil: economia

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voltada para o mercado externo, latifúndio e escravidão.III. A exploração econômica preferida pelos portugueses no Brasil foi a produção manufatureira,

em função da abundância de matéria-prima.

Das proposições acima, a) apenas I está correta. b) apenas II está correta. c) apenas I e II estão corretas. d) apenas II e III estão corretas. e) I, II e III estão corretas. 33. (Faculdade Albert Einstein 2016) “Para se tirar este óleo das árvores lhes dão um talho com um machado acima do pé, até que lhe chegam à veia, e como lhe chegam corre este óleo em fio, e lança tanta quantidade cada árvore que há algumas que dão duas botijas cheias, que tem cada uma quatro camadas. Este óleo [de copaíba] tem muito bom cheiro, e é excelente para curar feridas frescas, e as que levam pontos da primeira curam, soldam se as queimam com ele, e as estocadas ou feridas que não levam ponto se curam com ele, sem outras mezinhas; com o qual se cria a carne até encourar, e não deixa criar nenhuma corrupção nem matéria. Para frialdades, dores de barriga e pontadas de frio é este óleo santíssimo, e é tão sutil que se vai de todas as vasilhas, se não são vidradas; e algumas pessoas querem afirmar que até no vidro míngua; e quem se untar com este óleo há de se guardar do ar, porque é prejudicial.”

Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Edusp, 1987, p. 202-203.

O texto, escrito por um viajante português ao Brasil em 1587, indica a percepção de características dos nativos, como a) o conhecimento de árvores e de ervas e o desenvolvimento de práticas medicinais e da

cerâmica. b) a submissão aos conhecimentos científicos dos portugueses e a capacidade de observação

da natureza. c) os cuidados com a diversidade da flora e da fauna e a limitação dos recursos hídricos

disponíveis. d) o caráter religioso das práticas médicas e a dificuldade de reconhecer o avanço das

doenças. 34. (Fuvest 2016) Examine o gráfico.

O gráfico fornece elementos para afirmar:

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a) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca expansão no país.

b) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.

c) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse escravista.

d) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.

e) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as imposições favoráveis ao trabalho livre.

35. (Ufrgs 2016) Assinale a alternativa correta sobre a história do Império colonial português na América, durante o século XVIII. a) A decadência do comércio de açúcar das Antilhas, desde o século XVII, possibilitou o

crescimento extraordinário da produção canavieira no Brasil. b) A Carreira da Índia foi uma rota comercial que permitiu o fluxo de produtos, como tabaco,

aguardente, tecidos e especiarias, entre o Oriente e a América. c) A descoberta do ouro na América portuguesa ocorreu somente no século XVIII, na capitania

de São Vicente. d) A Conjuração Mineira foi o último episódio de sedição ocorrido no Brasil, no século XVIII. e) As medidas tomadas pela administração portuguesa, durante o Reformismo Pombalino,

promoveram ideais iluministas, com o incentivo à educação jesuítica na formação da elite colonial.

36. (Acafe 2016) A União Ibérica (1580-1640) caracterizou-se quando Filipe II invadiu Portugal com suas tropas e assumiu a coroa portuguesa, unindo Portugal e Espanha.

No contexto da União Ibérica, todas as alternativas estão corretas, exceto a: a) Em 1640 terminou o domínio espanhol, através do movimento liderado pelo Duque de

Bragança. O duque foi coroado monarca de Portugal, dando início à dinastia de Bragança. b) Neste período, o Tratado de Tordesilhas não teve nenhum efeito entre os limites territoriais

portugueses e espanhóis na América. Isto favoreceu o avanço português para o interior da colônia.

c) O principal motivo da União Ibérica foi a tentativa da França de anexar a Espanha ao seu território. A União do exército espanhol com o exército português conseguiu afastar esta ameaça.

d) Os holandeses invadiram o nordeste neste período e dominaram Pernambuco, pois os espanhóis não estavam permitindo o contato comercial dos batavos com os produtores de açúcar.

37. (Upf 2016) “O quadro da vida colonial, tanto quanto dele conhecemos através do depoimento dos cronistas e da exposição dos historiadores, apresenta-se à superfície, estável e tranquilo. Não é preciso penetrá-lo a fundo, entretanto, para verificar que se trata de estabilidade e de tranquilidade aparentes. Desde os primeiros tempos, na realidade, há grandes choques de interesses, contrastes de orientação, contradições de toda a ordem.”

(SODRÉ, Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o Brasil. 1976, p. 130)

No texto acima, o autor refere-se aos movimentos conspiratórios que ocorreram na colônia brasileira contra a metrópole portuguesa.Considerando essa conjuntura, associe os eventos da coluna 1 com a descrição equivalente na coluna 2.

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1. Conjuração dos Alfaiates ( ) Confronto entre os donos de engenho, de Olinda, e os comerciantes, em sua maioria portugueses, do Recife.

2. Inconfidência Mineira ( ) Movimento organizado por mulatos e negros, livres ou libertos, ocorrido na Bahia,no contexto da escassez de gêneros alimentícios e carestia.

3. Guerra dos Mascates ( ) Conhecida também como Revolução dos Padres,foi o único movimento que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu o processo de tomada do poder em Pernambuco.

4. Revolução Pernambucana ( ) Revolta de caráter emancipatório que teve como principal motivo o estabelecimento da derrama em Minas Gerais.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 1 – 3 – 4 – 2. b) 2 – 1 – 3 – 4. c) 3 – 4 – 1 – 2. d) 3 – 1 – 4 – 2. e) 4 – 2 – 3 – 1. 38. (Uece 2016) Atente ao que se diz a respeito dos dois partidos políticos denominados Partido Português e Partido Brasileiro, considerando os acontecimentos que culminaram com o processo de emancipação política brasileira de 1822.

I. O Partido Português, composto em sua maioria por comerciantes portugueses, gostaria de ver mantidos os privilégios a eles proporcionados pela estrutura colonial e desejava o retorno de Dom Pedro a Portugal para que as medidas recolonizadoras fossem aplicadas.

II. O Partido Brasileiro reunia burocratas, grandes proprietários de terras, advogados e investidores urbanos nascidos no Brasil. Esse grupo foi privilegiado pela abertura dos portos de 1808 e gostaria que fosse mantida a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.

Acerca das duas proposições acima, é correto afirmar que a) ambas são verdadeiras. b) I é falsa e II é verdadeira. c) ambas são falsas. d) I é verdadeira e II é falsa. 39. (Fmp 2016) Ao longo do período colonial da História do Brasil, o Império Português foi vítima de assédio e de tentativas de invasão de seus territórios ultramarinos por parte de diversas potências rivais. Alguns exemplos de invasões estrangeiras na América Portuguesa estão listados a seguir:

1612 - Estabelecimento da França Equinocial1624 - Tentativa derrotada da invasão holandesa a Salvador1630 - Tomada de Recife e Olinda por invasores holandeses

A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa direta de todas essas invasões estrangeiras foi a a) fuga da Corte portuguesa para a América b) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos c) conclusão da Reconquista da Península Ibérica d) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha e) criação da União das Coroas Ibéricas 40. (Ufjf-pism 1 2016) Desde o descobrimento, a América Portuguesa recebeu inúmeros grupos sociais que ocuparam seu espaço acompanhando o lento processo de colonização. Do contato entre os grupos surgiu uma sociedade muito diferenciada, composta por diversos segmentos. A partir de listas de população elaboradas em 1831 para diversos municípios mineiros, apresentamos um quadro que representa uma amostra da população do sudeste

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brasileiro. Observe-o:

Composição geral da População

População branca População escrava População de cor livre (liberto/pardos/índios)

Baseando-se nos dados acima, marque a afirmativa que está CORRETA acerca do processo de colonização do Brasil no século XVIII: a) A maioria da população possuía origens europeias, sobretudo devido à grande presença de

colonos europeus. b) A presença escrava na colonização do Brasil foi reduzida, uma vez que a presença indígena

era superior. Os índios, durante todo o período colonial, compunham a larga base da sociedade colonial.

c) O processo de alforria de escravos ocorrido durante todo o período transformou a composição da população, que passou a ter a maioria livre.

d) Se somarmos o percentual de escravos com os de cor livres podemos concluir que a sociedade colonial possuía de população originária da escravidão.

e) A sociedade colonial baseava-se no regime de castas, não havendo possibilidade de miscigenação entre seus diferentes grupos.

41. (Fuvest 2016) Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir.

Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.

O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra a) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando

colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias. b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França

e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América. c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no

Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas. d) o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, visava à

dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América. e) a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em

torno do combate à pirataria francesa. 42. (Ufrgs 2016) Leia o segmento abaixo.

Nossa história colonial não se confunde com a continuidade do nosso território colonial.ALENCASTRO, L.F. O trato dos viventes; formação do Brasil no Atlântico sul. São Paulo:

Companhia das Letras, 2000. p. 9.

Considerando a história brasileira, assinale a alternativa correta. a) A realidade territorial do Brasil foi definida exclusivamente em tratados diplomáticos,

estabelecidos durante os conflitos entre Portugal e Espanha. b) A compreensão da história brasileira exige o entendimento das relações sociais e

econômicas, mantidas pelos colonos com a África e com a Europa. c) A história da formação do Brasil é independente da relação comercial entre as diversas

regiões do território brasileiro. d) A ocupação da zona litorânea e a do interior do Brasil foram simultâneas. e) O território do Brasil colonial é desimportante para o estudo da história brasileira.

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43. (Ufrgs 2016) Considerando a história das relações entre sociedade e religião no Brasil, é correto afirmar que a) a Contra Reforma católica atuou na colônia a partir de visitas inquisitoriais que visavam

moralizar os colonos e coibir os chamados crimes de fé. b) a presença da religião islâmica no Brasil é bastante recente, iniciada a partir da Primeira

República, com a vinda de famílias árabes. c) as práticas religiosas afro-brasileiras não se manifestaram no país, ao longo do período

imperial, em razão de proibições legais e da perseguição policial. d) o surgimento das vertentes evangélicas ocorreu a partir da chamada onda neopentecostal

que se manifestou no Brasil, na década de 1950. e) as relações entre Estado e Igreja no Brasil contemporâneo foram sempre marcadas pela

indistinção das esferas política e religiosa, motivada pelo reconhecimento constitucional do Catolicismo como religião oficial do Estado.

44. (Espm 2016) Quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente ardentes, o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite, trabalhando vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo sem momento de tréguas, nem de descanso; quem vir enfim toda a máquina e aparato confuso e estrondoso daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma semelhança de inferno.

(Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e Heloisa Starling in Brasil uma Biografia)

A leitura do trecho deve ser relacionada com: a) o trabalho indígena na extração do pau-brasil; b) o trabalho indígena na lavoura da cana-de-açúcar; c) o trabalho de escravos negros africanos no engenho de cana-de-açúcar; d) o trabalho de escravos negros africanos no garimpo, na mineração; e) o trabalho de imigrantes italianos na lavoura cafeeira. 45. (Fgv 2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.

João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estadodo Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.

O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para

impedir a sua liberação. b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da

Companhia de Comércio do Maranhão. c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a

sua guarda. d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e

holandeses na região. e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os

interesses dos colonos maranhenses.

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46. (Pucrj 2016) A respeito da ocupação holandesa dos territórios portugueses na América e na África, na primeira metade do século XVII, assinale a alternativa INCORRETA. a) A ocupação holandesa está relacionada à conjuntura política da união das coroas de

Espanha e Portugal (União Ibérica) e ao processo de independência dos Países Baixos. b) Nesta mesma época, os holandeses também invadiram e ocuparam territórios portugueses

na África (Angola), com o objetivo de controlar o fluxo de escravos negros para os engenhos de açúcar da América portuguesa.

c) O período de administração de Maurício de Nassau foi marcado pela reorganização urbanística do Recife, com a pavimentação de ruas e a construção de novas pontes.

d) A administração de Nassau no Nordeste da América portuguesa ficou caracterizada pela perseguição aos católicos e judeus, uma vez que os holandeses professavam a religião protestante (calvinistas).

e) Até a União Ibérica, os comerciantes holandeses eram os principais distribuidores do açúcar português na Europa.

47. (Unicamp 2016) Os estudos históricos por muito tempo explicaram as relações entre Portugal e Brasil por meio da noção de pacto colonial ou exclusivo comercial. Sobre esse conceito, é correto afirmar que: a) Trata-se de uma característica central do sistema colonial moderno e um elemento

constitutivo das práticas mercantilistas do Antigo Regime, que considera fundamental a dinâmica interna da economia colonial.

b) Definia-se por um sistema baseado em dois polos: um centro de decisão, a metrópole, e outro subordinado, a colônia. Esta submetia-se à primeira através de uma série de mecanismos político-institucionais.

c) Em mais de uma ocasião, os colonos reclamaram e foram insubordinados diante do pacto colonial, ao exigirem sua presença e atuação nas Cortes dos reis ou ao pedirem a presença do Marquês de Pombal na colônia.

d) A noção de pacto colonial é um projeto embrionário de Estado que acomodava as tensões surgidas entre os interesses metropolitanos e coloniais, ao privilegiar as experiências do “viver em colônia”.

48. (Uema 2016)

Estimativa do número de africanosdesembarcados em cada região

(em milhares de indivíduos)Período Brasil América Britânica e Estados Unidos

1501-1550 –– ––1551-1600 ––1601-1650 ––1651-1700 ––1701-17401741-18001801-18301831-18501851-1870Total Geral

ALENCASTRO, Luís Felipe de. O tráfico dos viventes. Formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Cia das Letras, 2000.

Adaptado.

O número de africanos desembarcados no Brasil devido ao tráfico negreiro, conforme tabela, foi o maior, ao se compararem os dados da América Britânica e os Estados Unidos. Uma das explicações para essa diferença é que

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a) no Brasil, o tráfico negreiro foi facilitado pela proximidade com o litoral africano; nos Estados Unidos, a distância em relação à costa africana encareceu a mercadoria escrava.

b) nos Estados Unidos, o tráfico sempre foi ilegal, dificultando, assim, o comércio transatlântico de escravos; no Brasil, o tráfico estendeu-se legalmente até às vésperas da abolição da escravidão.

c) no Brasil, prevaleceu o projeto de abastecimento da mão de obra escrava por meio do tráfico negreiro; nos Estados Unidos, predominaram as fazendas onde ocorria a reprodução escrava.

d) nos Estados Unidos, predominou o trabalho livre, realizado em pequenas propriedades, sendo a mão de obra escrava utilizada somente nas lavouras de algodão da região norte; no Brasil, a mão de obra escrava foi predominante nas mais diversas regiões.

e) no Brasil, o elevado crescimento da economia agroexportadora possibilitou capital disponível para a compra de escravos; nos Estados Unidos, as constantes crises da lavoura algodoeira inviabilizavam a compra em larga escala da mão de obra escrava.

49. (Ufpr 2016) Na América portuguesa, as irmandades eram espaços de: a) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de

solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de devoção aos seus santos padroeiros.

b) congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus membros das visitações da Inquisição.

c) resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de membros brancos e indígenas.

d) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata.

e) sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que gerou o primeiro ideário abolicionista.

50. (Ufrgs 2016) Considere as seguintes afirmações sobre a história indígena no Brasil.

I. O letramento de índios guaranis, nas reduções jesuíticas do sul do Brasil, foi fundamental na defesa dos interesses territoriais indígenas, por ocasião das disputas entre as monarquias ibéricas, durante o século XVIII.

II. A Bula do Papa Paulo III, de 1537, ao reconhecer a possibilidade de conversão dos índios americanos à fé católica e ao interditar sua escravização, colocou fim à exploração da mão de obra indígena na América.

III. A independência do Brasil acarretou discussões a respeito da política indigenista, o que consolidou medidas legislativas que reconheciam o direito dos índios à terra, presente na Constituição de 1824.

Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto para responder às questões abaixo

Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização

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de suas práticas serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para o uso de sua força de trabalho nas plantations da América.

(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)

51. (Unesp 2016) As “plantations da América”, citadas no texto, correspondem a a) um esforço de coordenação da colonização ao redor do Atlântico, com a aplicação de

modelos econômicos idênticos nas colônias ibéricas da América e da costa africana. b) uma estratégia de valorização, na colonização da América e na África, das atividades

agrícolas baseadas em mão de obra escrava, com a consequente eliminação de toda forma de artesanato e de comércio local.

c) um modelo de organização da produção agrícola caracterizado pelo predomínio de grandes propriedades monocultoras, que utilizavam trabalho escravo e destinavam a maior parte de sua produção ao mercado externo.

d) uma forma de organização da produção agrícola, implantada nas colônias africanas a partir do sucesso da experiência de povoamento das colônias inglesas na América do Norte.

e) uma política de utilização sistemática de mão de obra de origem africana na pecuária, substituindo o trabalho dos indígenas, que não se adaptavam ao sedentarismo e à escravidão.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo.

Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.

(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio.São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37)

52. (Puccamp 2016) No sistema colonial português, o trabalho compulsório indígena a) foi empregado em pequena escala nas missões e em regiões onde não se dispunha de outra

mão de obra, até a expulsão da Companhia de Jesus, no século XVII, momento em que a Coroa Portuguesa regulamentou essa forma de exploração.

b) mostrou-se menos vantajoso aos proprietários de terras, nas grandes lavouras, considerando, entre outros fatores, as rebeliões e fugas frequentes, favorecida pelo conhecimento da região e a eficácia do tráfico negreiro no abastecimento de mão de obra.

c) assumiu formas distintas ao longo do processo de colonização, sendo empregado sistematicamente nas Entradas e Bandeiras mediante acordos entre brancos e indígenas, os quais previam a divisão das riquezas eventualmente encontradas.

d) causou grande polêmica ao longo do período colonial principalmente quando se tratava de escravidão, prática combatida por jesuítas como José de Anchieta e André João Antonil, que defendiam que sequer os negros deveriam ser escravizados.

e) existiu na forma de trabalho semi-servil, com o consentimento da Igreja, quando se entendia que os indígenas da região não poderiam ser “pacificados” ou catequizados sem uso da força, ou seja, quando se praticava a chamada Guerra Santa.

53. (Puccamp 2016) Por muito tempo vigorou, nos livros didáticos, uma simplificação dos conceitos colonização de exploração e colonização de povoamento. Tal simplificação se baseava na hipótese de que a) o primeiro conceito denunciava a exploração da mão de obra nativa e escrava em larga

escala nas zonas agrícolas em todo o continente, enquanto o segundo enaltecia a fundação

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de núcleos urbanos, como aqueles surgidos nas zonas de mineração, considerados espaços mais democráticos e suscetíveis à mobilidade social.

b) na América Portuguesa teria predominado a exploração predatória e a devastação ambiental, sem qualquer preocupação com a ocupação do território, enquanto, na América Espanhola, o povoamento planejado teria sido o foco central da empresa colonizadora.

c) o modelo de exploração era atribuído à colonização ibérica, e o modelo de povoamento à colonização inglesa, buscando diagnosticar os contrastes entre atraso e desenvolvimento e minimizando alguns elementos complicadores como o fato de que nas colônias britânicas também existiu a plantation e intensa exploração.

d) essa diferenciação havia sido instituída no discurso oficial das próprias metrópoles e amplamente ratificada pelos missionários religiosos que atuaram nas Américas, a fim de reforçar a ideia de que a catequização fazia parte de um processo de povoamento com resultados civilizatórios, diferente da ação dos primeiros aventureiros.

e) o primeiro conceito remetia ao período compreendido entre os séculos XV e XVIII, quando teria predominado a extração de matérias primas e metais preciosos no continente, enquanto o segundo valorizava a ampla imigração europeia dos séculos XIX e XX, considerada altamente benéfica para o desenvolvimento das ex-colônias.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo- se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil.Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138)

54. (Puccamp 2016)

O conhecimento histórico permite afirmar que a construção do convento, retratado na foto, coincidiu com um período de prosperidade em Portugal, proporcionado principalmente

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a) pelo maior desenvolvimento da América portuguesa: a exploração do ouro em Minas Gerais dinamizou as atividades econômicas na colônia.

b) pela pesada carga tributária imposta sobre a população portuguesa e pela riqueza acumulada pelo Estado com o tráfico de escravos africanos.

c) pela transferência da Corte portuguesa para o Brasil, que contribuiu para que o comércio externo da colônia fosse feito sem intermediação inglesa.

d) pelo desenvolvimento da nova agroindústria de exportação na colônia portuguesa na América: cultura cafeeira no Vale do rio Paraíba.

e) pela participação da Igreja católica no processo de colonização, que favoreceu a exploração econômica da colônia pelo Estado metropolitano.

55. (Puccamp 2016) É correto afirmar que, no século a que o texto de Afrânio Coutinho se refere, a mineração, ao atuar como polo de atração econômica, a) foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade de produtos sofisticados que

incentivou a criação de uma estrutura para o desenvolvimento da indústria nacional. b) reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial ao garantir aos

comerciantes portugueses o comércio de importação e exportação e impedir a concorrência nacional.

c) promoveu a descentralização administrativa colonial para facilitar o controle da produção pela metrópole e fez surgir o movimento de interiorização conhecido como bandeirismo de contrato.

d) iniciou o processo de integração das várias regiões até então dispersas e desarticuladas e fez surgir um fenômeno antes desconhecido na colônia: a formação de um mercado interno.

e) alterou qualitativamente o sistema social pois, ao estimular a entrada de imigrantes, promoveu a transformação dos antigos senhores de terras e minas em capitães de indústria brasileira.

56. (Puccamp 2016) Considere o manifesto abaixo.

Manifesto dos Baianos, agosto de 1798

(...) considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por ordem da Rainha de Lisboa (...) e no que respeita à inutilidade da escravidão do mesmo Povo tão sagrado e digno de ser livre, com respeito à liberdade e qualidade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo da Europa.

(In: KOSHIBA, Luiz e PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil, no contexto da história ocidental. São Paulo: Atual, 2003, p.157)

Com base no manifesto pode-se afirmar que, para os conjurados baianos, a) os movimentos de rebeldia favoreciam a divulgação das ideias liberais europeias e

denunciavam a exploração metropolitana das riquezas da colônia. b) o rompimento com a metrópole não significava apenas a autonomia política, mas também a

manutenção da estrutura econômica tradicional no país. c) a independência não era apenas a ruptura dos laços coloniais, mas também a alteração da

ordem social, a começar pela abolição da escravatura. d) a rebelião não era apenas uma manifestação contra a metrópole, mas também uma forma

de demonstrar o amadurecimento da consciência colonial. e) autonomia política era a melhor maneira de eliminar as desigualdades sociais e construir

uma nação baseada nos princípios do socialismo utópico. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: “Entre todos os moradores e povoadores uns fazem engenhos de açúcar porque são poderosos para isso, outros canaviais, outros algodoais, outros mantimentos, que é a principal e mais necessária cousa para a terra, outros usam de pescar, que também é muito necessário para a terra, outros usam de navios que andam buscando mantimentos e tratando pela terra conforme ao regimento que tenho posto, outros são mestres de engenhos, outros mestres de açúcares, carpinteiros, ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos para os açúcares e outros

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oficiais que ando trabalhando e gastando o meu por adquirir para a terra, e os mando buscar em Portugal, na Galiza e nas Canárias às minhas custas, além de alguns que os que vêm fazer os engenhos trazem, e aqui moram e povoam, uns solteiros e outros casados, e outros que cada dia caso e trabalho por casar na terra.”

Gonsalves de Mello e Albuquerque. Cartas de Duarte Coelho a El Rei. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1997, p. 114.

57. (Pucsp 2016) As observações do donatário de Pernambuco sobre suas atividades à frente da Capitania expõem a a) exclusividade da produção açucareira e a inexistência de outras atividades produtivas no

Brasil colonial. b) destinação externa de toda a produção agrícola da colônia e a necessidade de importação

de alimentos para abastecer a população que vivia na colônia. c) centralidade da produção açucareira e o esforço de obtenção de mão de obra qualificada e

de articulação da empresa agrícola com outros setores da economia. d) carência de mercado interno para os produtos agrícolas e a necessidade de rigoroso

controle sobre os escravos. 58. (Pucrs 2016) Considere o texto e as afirmativas que seguem.

Depois de três séculos de exploração de uma das mais ricas áreas coloniais americanas, Portugal chega ao final do século XVIII como uma das metrópoles mais atrasadas da Europa. A propósito disso, o historiador Fernando Novais afirma: “o fato de a metrópole não se desenvolver paralelamente (à colônia) é que criou condições para os transladamentos dos tesouros. Em outras palavras: os estímulos da exploração colonial portuguesa iam sendo acumulados por outras potências”.

Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial,Fernando Novais. 1986, p. 236.

I. A incapacidade de Portugal de aproveitar as riquezas que retirava do Brasil para o seu próprio desenvolvimento deveu-se ao fato de a Coroa Lusitana nunca ter conseguido constituir um estado forte e centralizado na Metrópole.

II. Dentre os motivos que explicam essa situação, está a formação socioeconômica portuguesa, que privilegiava as atividades tradicionais voltadas ao cultivo da terra e à produção de vinho em detrimento do investimento em manufaturas.

III. Um dos fatores que contribuiu para que Portugal continuasse um país eminentemente agrícola, não desenvolvendo um setor de manufaturas, foi o Tratado de Methuen, assinado com a Inglaterra, em 1703.

IV. Dentre os problemas enfrentados pela Coroa Portuguesa estava a sua incapacidade de controlar tanto o contrabando de bens manufaturados para a sua colônia americana, quanto a fabricação desses bens no Brasil, cuja produção foi liberada pelo Marquês de Pombal quando Primeiro Ministro do rei D. José I.

Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 59. (Fgv 2016) “Caso tomemos o exemplo do Rio de Janeiro (...), iremos perceber de imediato que se trata de uma região caracterizada por forte concentração de riqueza em poucas mãos. Os círculos dos mais ricos – das pessoas – chegaram a ter três quartos da riqueza inventariada. (...) Entre fins do século XVIII e a primeira metade do século XIX, eles chegaram a dominar dos valores transacionados nos empréstimos (...). Era dentro dessa elite que se situava o pequeno grupo formado pelos negociantes de grande envergadura, cujas fortunas

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foram constituídas por meio do comércio transoceânico e no comércio colonial de longa distância. (...) Uma vez acumuladas tais fortunas, verifica-se que parte desses homens de negócios (ou seus filhos) abandonava o comércio, convertendo-se em rentistas (pessoas que vivem de rendas, como, por exemplo, do aluguel de imóveis urbanos) ou em grandes senhores de terras e de escravos. Curiosamente, ao fazerem isso, estavam perdendo dinheiro, já que os

ganhos do tráfico atlântico de escravos por viagem) eram superiores aos lucros da

plantation (de ao ano).O que havia por trás de um movimento de reconversão em si mesmo inusitado?”

(João Fragoso et al., A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). 1998)

Esse “movimento de reconversão” pode ser explicado a) pelos extorsivos impostos cobrados aos traficantes de escravos e aos comerciantes em

geral e pelas restrições de oferta de títulos de nobreza para os homens que não tivessem grandes propriedades fundiárias.

b) pela radical transformação da economia colonial desde meados do século XVIII, que permitiu uma acumulação de capital maior na atividade manufatureira, e pela decadência da produção aurífera, em Minas Gerais e em Goiás.

c) por um considerável ideal aristocratizante de uma parcela da elite colonial brasileira, que almejava um afastamento relativo do mundo do trabalho, e pela busca de maiores garantias para o patrimônio constituído por meio do comércio.

d) pela legislação presente nas Ordenações Filipinas, que estabelecia uma hierarquia social a partir da origem principal da riqueza e pelas restrições ao tráfico de escravos, instituídas a partir de 1810.

e) pela proibição dos comerciantes em participar das Câmaras Municipais, como eleitores e como elegíveis, e pela condenação feita pela Igreja Católica contra os ganhos obtidos por meio de lucros gananciosos e de juros altos.

60. (Pucsp 2016) “Em 1822, a América espanhola, de independência conquistada em oposição a uma metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos, ofereceria um modelo para a independência do Brasil.”

João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência hispano-americana (1808-1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448.

O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por exemplo, na a) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma única

e poderosa nação. b) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que

rapidamente se impuseram sobre toda a América. c) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e politicamente as

forças da metrópole. d) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as antigas colônias

portuguesas do litoral africano. 61. (Espcex (Aman) 2016) No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789). Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz.Em agosto de 1798, alguns conspiradores afixaram em muros e postes da cidade manifestos exortando a população à revolução. Os panfletos pregavam a proclamação da República, a abolição da escravidão, melhores soldos para os militares, promoção de oficiais, liberdade de comércio, etc.

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Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns participantes foram presos, outros fugiram e quatro foram condenados à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos.

(adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351)

O texto acima descreve, em parte, a a) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia. b) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais. c) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão. d) Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco. e) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará. 62. (Puccamp 2016) República ou monarquia? Esse dilema esteve presente em todo o processo de Independência do Brasil. Mas a monarquia acabou sendo o sistema adotado em terras brasileiras, ao contrário do que ocorreu em outras nações americanas, pois, para essas novas nações surgidas na América espanhola, a república a) promovia uma relativa descentralização do poder, uma vez que o regente deveria ser eleito

pelo povo. b) significava um rompimento maior com a metrópole e a fragmentação do antigo império

colonial. c) facilitava a manutenção de um vasto território nas mãos dos chefes de Estado e dos

proprietários rurais. d) garantia a implantação do princípio da soberania popular e da igualdade de direitos na

América. e) atendia o desejo de políticos liberais e conservadores de libertar as províncias do poder

metropolitano. 63. (Uece 2015) Pouco antes da independência, o Brasil possuía em torno de 1.887.900 habitantes livres e 1.930.000 escravos negros. Os escravos concentravam-se principalmente em a) Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. b) Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. c) Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Paraíba. d) Maranhão, Paraíba, Bahia e Minas Gerais. 64. (Enem PPL 2015) É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o o extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.

Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização. Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua particularidade decorreu da a) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens,

independentemente de cor, sexo ou religião. b) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de

hierarquização social. c) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários ao

projeto luso-brasileiro. d) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos dos

grandes proprietários. e) Afirmação de um regime constitucional monárquico que garantiu a ordem associada à

permanência da escravidão.

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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: Leia o trecho abaixo. Ele servirá de base para resolução da(s) questão(ões).

O termo independência adquiriu ressonância no vocabulário político especialmente a partir da deflagração da Revolução de 1820, na cidade do Porto. Foi bastante utilizado em manifestos revolucionários para sublinhar a possibilidade de a “nação portuguesa” e os “portugueses de ambos os mundos” regenerarem os tradicionais princípios monárquicos do reino, estabelecidos no século XVII com a ascensão de D. João IV de Bragança. A proposta fundamental era a de construir a “independência nacional”, articulando a monarquia a uma Constituição que estabelecesse limites ao poder real e garantisse direitos e liberdades civis, e políticas aos cidadãos do império. Pretendia-se por essa via, entre outras exigências, contestar o absolutismo representado por D. João VI e o “despotismo” exercido por ministros, por conselheiros e pela corte radicada no Rio de Janeiro desde 1808.

(OLIVEIRA, Cecília H.S. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In.: GRINBERG, Keila, SALLES, Ricardo (orgs.). O Brasil Imperial. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2009. p.p. 18-19)

65. (Pucmg 2015) O trecho destaca o combate ao absolutismo. Em relação ao absolutismo no contexto histórico de 1820, é CORRETO afirmar: a) O continente europeu em geral já havia vivenciado suas revoluções burguesas, que

derrubaram o absolutismo quando Portugal, tardiamente, derruba sua monarquia com a Revolução do Porto em 1820.

b) O movimento de contestação ao absolutismo tem relação com os ideais iluministas europeus, que influenciaram o estado português a adotar um dispositivo constitucional limitando o poder monárquico.

c) O absolutismo centraliza todas as instâncias de poder nas mãos do rei, correspondendo a um retrocesso em relação ao período anterior, em que a Lei existia para garantir as liberdades civis e políticas.

d) O fim do absolutismo é um acontecimento de ordem política, que troca o poder absoluto do rei por outro regime, entretanto, a ordem social e a economia são mantidas como estruturas duradouras.

66. (Pucmg 2015) Responda a esta questão assinalando a afirmativa CORRETA. Enquanto o processo de independência da América portuguesa uniu as diferentes facções oligárquicas estabelecendo um sistema unitário sob regime monárquico, na América espanhola havia diferentes frações de uma mesma oligarquia. Esse fato: a) evoluiu, justamente por não haver um poder forte, numa forma de Estado Nacional moderno,

independente do capital internacional. b) levou a uma participação maior das camadas sociais mais baixas num movimento que ficou

conhecido como caudilhismo. c) consolidou, logo após a emancipação, um poder político ainda mais centralizado e autoritário

com uma forma de ditadura militarista. d) gerou um instável e difícil período com o progressivo uso das forças para conter as massas

a serviço dos interesses das elites. 67. (Pucmg 2015) O trecho indica a utilização do termo independência como uma mobilização que contestava o absolutismo de D. João VI, garantisse direitos e liberdades civis, e políticas aos cidadãos. Considerando-se o contexto histórico, é CORRETO afirmar: a) A independência era elaborada como uma conquista de uma autonomia que se concretizaria

legalmente por meio de uma constituição não implicando, como requisito, o rompimento dos vínculos com Portugal.

b) Os movimentos brasileiros pela independência se caracterizaram pela revolução, já que exigiram luta política e militar na consolidação de uma abolição da monarquia e sua substituição pela república.

c) O termo independência faz uma associação com liberdade e, como tal, é genuinamente brasileiro, não mantendo vínculo ou recebendo nenhuma influência dos conceitos ou movimentos europeus.

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d) Como princípio, independência significa emancipação, ou seja, caminhar com as próprias pernas inaugurando um modelo novo de gestão da nação brasileira, alterando inclusive a sede do governo.

68. (Enem 2014) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.

NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem a) incentivado o clamor popular por liberdade. b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana. c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial. d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português. e) provocado os movimentos separatistas das províncias. 69. (Pucrs 2014) Considere as afirmações abaixo sobre a crise do Antigo Sistema Colonial e a Independência do Brasil (1822).

I. O movimento intelectual chamado de Iluminismo teve grande influência na crise do Antigo Sistema Colonial, pois, além de criticar as bases do Antigo Regime, como o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza, condenava também o sistema colonial e o monopólio comercial.

II. Os conflitos na Europa decorrentes da expansão do império napoleônico estiveram na base desse processo, na medida em que Napoleão, tentando bloquear o acesso da Inglaterra ao mercado colonial ibérico, invadiu Espanha e Portugal, precipitando, assim, o processo de independência da América.

III. A vinda da corte portuguesa para o Brasil é considerada como um fator que retardou o processo de independência brasileiro, pois a presença do monarca lusitano na América estreitou ainda mais os laços entre Brasil e Portugal, tornando o primeiro ainda mais dependente do segundo.

IV. A Independência do Brasil foi marcada por um forte conflito entre o novo país e a sua antiga metrópole europeia, devido à rejeição das elites político-econômicas da antiga colônia portuguesa ao modelo agroexportador implantado pela coroa lusitana, baseado na grande propriedade da terra e na mão de obra escrava.

Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 70. (Upf 2013) O processo de independência do Brasil teve raízes na chegada da Corte Portuguesa ao país, em 1808. A partir daí, a quebra do pacto colonial resultou em significativas transformações econômicas que foram exigindo, também, um novo estatuto político. Esse processo de mudanças culminou com a separação política, quando em 1822 o príncipe regente D. Pedro proclamou a Independência do Brasil em relação a Portugal. Sobre o contexto imediatamente após o 7 de setembro de 1822, assinale a alternativa correta. a) O modelo político implantado e que era desejado pelas classes conservadoras foi a

monarquia absolutista, com todos os poderes concentrados nas mãos de D. Pedro I. b) O governo implantado e conduzido por D. Pedro I atendia unicamente os interesses dos

latifundiários, por isso os comerciantes portugueses que estavam no Brasil se organizaram numa oposição ferrenha, que resultou na abdicação do Imperador em 1831.

c) A forma de governo desejável, segundo os conservadores, era a monarquia constitucional, com representação limitada, como garantia da ordem e da estabilidade social.

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d) Este contexto foi conduzido pela aristocracia industrial, não havendo a participação popular, nem nas chamadas guerras de independência, na Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Cisplatina.

e) Implantou-se um modelo econômico autônomo, que embora estivesse baseado na escravidão, voltou-se para atender as demandas do mercado interno.

71. (Ufsj 2013) Ente os processos históricos a seguir, aqueles que ofereceram referências políticas para os movimentos de independência das colônias americanas da Espanha e de Portugal e influenciaram a organização das novas nações no século XIX foram a) a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos da América. b) a Independência dos Estados Unidos da América e as Revoluções europeias de 1848. c) a Revolução Francesa e o processo de unificação da Alemanha. d) o processo de unificação da Alemanha e as Revoluções europeias de 1848. 72. (Uern 2013) ... é comumente, datado a partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. A verdade dessa proposição reside, em especial, na montagem pelo Príncipe, e depois Rei, João VI, de um aparelho governativo no Brasil. Tal criação dá-se, por um lado, através da transferência de órgãos portugueses e, de outro, com o surgimento, no Rio de Janeiro, de estruturas típicas de uma capital, com bibliotecas, um jornal, instituições de fomento. Ao mesmo tempo, são substituídos os institutos de caráter colonial, como os monopólios e as restrições industriais e comerciais. Por fim, todo o processo é coroado pela assinatura de dois tratados com a Inglaterra, um de Aliança e Amizade e outro de Comércio e Navegação, em 1810.

(Monteiro, Hamilton de Mattos. In: Linhares, Maria Yedda. História Geral do Brasil. 14ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 129.)

O trecho anterior se refere ao processo de a) abolição da escravidão. b) independência do Brasil. c) descolonização da região Sul do país. d) desenvolvimento industrial no Brasil. 73. (Ufsm 2013) No texto “O Império enfermo”, Cláudio Bertolli Filho afirma:

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive na área de saúde. Como sede provisória do império lusitano e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro das ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou oferecer uma imagem nova de uma região que os europeus definiam como território da barbárie e da escravidão.

Fonte: BERTOLLI FILHO, Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 8.

As ocorrências mencionadas estão inseridas numa sucessão em que podem ser destacados, seja como antecedentes, seja como consequentes, os seguintes processos:

I. a Primeira Revolução Industrial e a busca da Inglaterra pela hegemonia comercial na Europa e no mundo.

II. a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos revolucionários burgueses para a Europa.

III. as disputas entre a Inglaterra e a França, o decreto do Bloqueio Continental com as repercussões para a Espanha e Portugal e seus domínios ultramarinos.

IV. a crise do sistema colonial, os processos de independência nas Américas e a implantação de Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra, França, Espanha e Portugal.

Estão corretas a) apenas I e II. b) apenas I e IV. c) apenas II e III.

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d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. 74. (Ufsj 2013) Leia o texto a seguir.

“[...] Todas as pessoas de qualquer qualidade e condição, que sejam, que fizerem armar e preparar Navios para o Resgate e Compra de Escravos em qualquer dos portos da Costa d'África situados ao Norte do Equador, incorrerão na pena de perdimento dos Escravos, os quais imediatamente ficarão libertos, para terem o destino abaixo declarado: E lhe serão confiscados os Navios empregados nesse tráfico com todos os seus aparelhos e pertences, e justamente a Carga, qualquer seja, que a seu bordo estiver por conta dos donos e fretadores dos mesmos Navios, ou dos carregadores de Escravos. E os oficiais dos Navios (...) e sobre a Carga, serão degradados por cinco anos para Moçambique, e cada um pagará uma multa [...]”.

Alvará Régio. “Rio de Janeiro, 26 de Janeiro de 1818”. SCHWARCZ, Lilia Moritz, GARCIA, Lúcia. Registros escravos: repertório das fontes oitocentistas pertencentes ao acervo da

Biblioteca Nacional. Biblioteca Nacional: Rio de Janeiro, 2006, p. 31.

Analise as afirmativas sobre o texto.

I. Faz referência à proibição do comércio de escravos da Costa da África ao Norte do Equador, estabelecendo as respectivas penas para quem descumprisse a legislação.

II. Não faz referência à proibição do comércio de escravos, mas à abolição da escravatura no Brasil e no Equador implicando em pagamento de multas e degradação.

III. O texto faz referências ao processo de industrialização que substituiu a mão de obra escrava, agora liberta pelo fim da escravidão, pela mão de obra assalariada a partir do século XIX.

IV. Faz referências ao incentivo do tráfico negreiro e à implementação de instrumentos legais do comércio como o pagamento dos devidos impostos e multas.

Com base nessa análise, está(ão) CORRETAS apenas a(s) afirmativa(s) a) IV b) I c) I e II d) III e IV TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.

(Maria Odila Leite da Silva Dias.A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

75. (Unesp 2013) A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo, a) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais

portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil. b) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a

expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia. c) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América

Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil. d) pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com

a política da Inglaterra. e) pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a

mesma administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.

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76. (Unesp 2013) A alteração na relação entre o governo português e o Brasil, mencionada no texto, pode ser notada, por exemplo, a) na redução dos impostos sobre a exportação do açúcar e do algodão, no reforço do sistema

colonial e na maior integração do território brasileiro. b) no estreitamento dos vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, na instalação de um

modelo federalista e na modernização dos portos. c) na ampliação do comércio com as colônias espanholas do Rio da Prata, na reurbanização do

Rio de Janeiro e na redução do contingente do funcionalismo público. d) na abertura de estradas, na melhoria das comunicações entre as capitanias e no maior

aparelhamento militar e policial. e) no restabelecimento de laços comerciais com França e Inglaterra, na fundação de casas

bancárias e no aprimoramento da navegação de cabotagem. 77. (Fgv 2012) Leia a entrevista.

FOLHA – Estamos vivendo um momento de novas interpretações em relação ao período imperial? MAXWELL – (...) o movimento de independência da década de 1820 não aconteceu no Brasil, mas em Portugal. Foram os portugueses que não quiseram ser dominados por uma monarquia baseada na América.Com a rejeição da dominação brasileira, eles atraíram muitos dos problemas de fragmentação, guerras civis e descontinuidade que são parecidos com aqueles que estavam acontecendo na América espanhola.É sempre importante, ao pensar a história do Brasil, considerar que ela não se encaixa em interpretações convencionais. É sempre necessário pensar um pouco de forma contrafactual, porque a história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberal estava lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade estava lá. Acho que isto explica muito das coisas que aconteceram depois no Brasil, no século 19.

Marcos Strecker, Para Maxwell, país não permite leituras convencionais. Folha de S.Paulo, 25-11-2007.

“A história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas”, pois a) em 1824 foi promulgada a primeira constituição do Brasil, caracterizada pela divisão e

autonomia dos três poderes e por uma legislação social avançada para os padrões da época, pois garantia o direito de voto a todos os brasileiros.

b) com a grave crise estrutural que atingiu as atividades produtivas da Europa no início do século XIX, restou ao Brasil um papel relevante no processo de recuperação das bases econômicas industriais, com o fornecimento de algodão, tabaco e açúcar.

c) os princípios e as práticas liberais do príncipe-regente Dom Pedro se chocavam com o conservadorismo das elites coloniais do centro-sul, defensoras de restrições mercantilistas com o intuito de conter a ganância britânica pela riqueza brasileira.

d) com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre a metrópole espanhola e seus espaços coloniais na América, situação diversa da verificada em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.

e) a elite colonial nordestina – voltada para o mercado interno, defensora do centralismo político-administrativo e da abolição da escravatura – apostava na liderança e na continuidade no Brasil de Dom João VI para a efetivação desse projeto histórico.

78. (Fgv 2012) Leia o fragmento.

Na segunda metade do século XVIII, a preocupação com o “bem governar” era um imperativo tanto para a manutenção do monarca, de modo a que não se fortalecessem outras pretensões de legitimidade, quanto para a conservação do próprio regime, da monarquia absolutista, pois tratava-se de evitar que certas ideias correntes, como governos elegíveis e parlamentos poderosos, tomassem corpo. (...)(...) o despotismo esclarecido varia de país para país, dependendo de cada processo histórico e de sua abertura ao movimento de ideias da ilustração (...)

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Antonio Mendes Junior et al. Brasil História: texto e consulta, volume 1, Colônia.

Sobre o fenômeno histórico em referência, no caso de Portugal, é correto considerar que a) o atraso econômico português gerava dependência política e militar, colocando em perigo

inclusive o império colonial português, e nesse processo ocorreram as reformas pombalinas, que representaram um maior controle português sobre o Brasil.

b) as autoridades monárquicas portuguesas se anteciparam às ondas revolucionárias do mundo atlântico e criaram metas de aumento da participação das diversas classes sociais nas instâncias de poder, o que gerou o primeiro parlamento na Europa moderna.

c) coube ao Marquês de Pombal o apontamento de um acordo estratégico com a Inglaterra, concretizado com o Tratado de Methuen, que permitiu a independência econômica de Portugal e regalias para a mais importante colônia lusa, o Brasil.

d) as ideias iluministas foram abominadas pelas autoridades portuguesas, assim como pelas elites coloniais e metropolitanas, pois representavam um forte retrocesso nas concepções de liberdade de mercado, defendidas pelo mercantilismo.

e) o contundente crescimento da economia de Angola, por causa do tráfico de escravos e da produção de manufaturados, e da economia açucareira no Brasil, foram decisivos para a opção portuguesa em transferir a sede da Coroa portuguesa para a América.

79. (Espm 2012) Em 1720, a Coroa portuguesa decidiu proibir definitivamente a circulação de ouro em pó, instalando a Casa de Fundição em Vila Rica, onde todo o metal extraído das minas deveria ser transformado em barras para depois ser transportado ao litoral.

A medida pretendia acabar com o contrabando e incrementar a arrecadação de impostos, prejudicando os interesses dos proprietários de lavras auríferas, comerciantes e profissionais liberais que recebiam ouro em pó pelos seus serviços, além dos tropeiros que escoavam a produção.

As novas diretrizes foram intensamente discutidas nos bares, nas tavernas, e críticas ferozes eram lançadas, nas rodas de conversa, contra a administração local. Uma revolta se levantaria contra as medidas de controle da Coroa.

(Fábio Pestana Ramos e Marcus Vinicius de Morais. Eles formaram o Brasil)

A revolta ocorrida contra as medidas de controle da Coroa portuguesa foi: a) a Guerra dos Emboabas; b) a Revolta de Felipe dos Santos; c) a Inconfidência Mineira; d) a Guerra dos Mascates; e) a Revolta de Beckman. 80. (Fuvest 2012) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.

Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado.

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos

mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul. b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses

por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias. c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a

chegada da família real portuguesa à América.

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d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.

e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.

81. (Uftm 2012) Era óbvia a sedução que o enforcamento do alferes representava para o governo português: pouca gente levaria a sério um movimento chefiado por um simples Tiradentes (e as autoridades lusas, depois de 1790, invariavelmente se referiam ao alferes por seu apelido de Tiradentes). Um julgamento-exibição, seguido pela execução pública de Silva Xavier, proporcionaria o impacto máximo, como advertência, ao mesmo tempo em que minimizaria e ridicularizaria os objetivos do movimento: Tiradentes seria um perfeito exemplo para outros colonos descontentes e tentados a pedir demais antes do tempo.

(Kenneth Maxwell. A devassa da devassa, 1978.)

O texto permite afirmar que a) o fato de o movimento ser chefiado por um simples Tiradentes foi a razão do seu fracasso. b) o governo tentou diminuir a relevância da revolta e aplicou punição exemplar em Tiradentes. c) o alferes foi enforcado por sua capacidade de liderar e seduzir os setores mais pobres do

povo. d) o despreparo de Tiradentes acabou por frustrar os planos de revolta contra os portugueses. e) o movimento chefiado por Tiradentes não chegou a preocupar as autoridades portuguesas. 82. (Pucrs 2012) No século XVIII, ocorrem restrições e proibições, por parte da Coroa Portuguesa, às atividades econômicas no Brasil colonial. Essas restrições e proibições referem-se a) ao Alvará de 1785, de D. Maria I, que proibia a instalação de manufaturas no Brasil. b) à produção de aguardente e tabaco na Colônia, dirigida pelos senhores de escravos e

clérigos. c) à vinda de agricultores estrangeiros para a Colônia, notadamente espanhóis e holandeses. d) à abertura dos portos às Nações Amigas, com a proibição da introdução de tarifas

aduaneiras sobre os vinhos brasileiros. e) ao Ato de Revogação da Navegação e Comércio entre os leais vassalos da Coroa

Portuguesa. 83. (Ufsm 2012) Analise o texto e a imagem:

Seus objetivos foram mais abrangentes, não se limitando apenas aos ideais de liberdade e independência. O levante do final do século XVIII propunha mudanças verdadeiramente revolucionárias na estrutura da colônia. Pregava a igualdade de raça e de cor, o fim da escravidão, a abolição de todos os privilégios, podendo ser considerada a primeira tentativa de revolução social brasileira.

Fonte: COSTA & MELO. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1999. p. 118.

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Assinale a alternativa que contém o nome desse movimento e indica a fonte de uma das principais influências externas por ele recebidas. a) Guerra dos Mascates – Revolução Inglesa b) Inconfidência Mineira – Independência dos Estados Unidos c) Conjuração Baiana – Revolução Francesa d) Confederação do Equador – Congresso de Viena e) Revolta dos Malês – Revolução Independentista do Haiti 84. (Uespi 2012) O historiador Oliveira Lima define D. João VI, como um grande estadista. Com relação às medidas adotadas por esse monarca, logo após sua chegada ao Brasil, em 1808, destaca-se: a) a transposição da estrutura administrativa portuguesa, como tribunais, ministérios e

cartórios, cujos cargos foram preenchidos apenas por brasileiros. b) o estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, simbolizado pela abertura dos

portos brasileiros ao comércio exterior. c) a assinatura do Tratado de Madri, com a Espanha, distendendo as fronteiras territoriais da

região sul do Brasil. d) a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no Rio de Janeiro, para

construção de uma nova identidade para a nação recém-fundada. e) a concessão do perdão para os participantes na Revolução Pernambucana, também

reconhecida como Revolução dos Padres. 85. (Ufrgs 2011) Observe no mapa abaixo a região platina

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Sobre as intervenções luso-brasileiras ocorridas na Banda Oriental durante o período joanino, são feitas as seguintes afirmações.

I. O vice-rei Francisco Elio, sitiado em Montevidéu pelas tropas artiguistas, declarou guerra à Corte portuguesa em 1811, provocando a invasão das forças militares lusitanas.

II. A intervenção em 1816 justificava-se pela necessidade de se defender o Rio Grande do Sul e de se reestabelecer a tranquilidade dos proprietários rurais, ameaçada pelas reformas sociais de Artigas.

III. Na primeira intervenção, as forças militares estacionaram em Maldonado; na segunda, alcançaram a capital oriental, recebendo apoio do Cabildo local.

Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: [C]

A afirmativa [I] está incorreta porque a não adaptação indígena ao trabalho na lavoura deveu-se a uma questão cultural e, para modificar esse padrão, os portugueses precisariam investir tempo e dinheiro, o que não era viável de se fazer em uma Colônia;

A afirmativa [III] está incorreta porque a população indígena Kaingang, a maior de Santa Catarina, ocupava toda a região interior do Estado.

Resposta da questão 2: [D]

Os portugueses enxergaram os indígenas de maneira etnocêntrica, medindo o povo indígena a partir dos seus próprios valores. Por isso, a crítica à falta de fé, lei e rei.

Resposta da questão 3: [C]

A questão remete ao “Descobrimento” através da música “As três caravelas” interpretada por Gilberto Gil e Caetano Veloso no contexto do movimento estético denominado “Tropicalismo”. A música faz referência a chegada de Colombo à América em 1492 partindo de Palos na Espanha. A canção foi utilizada como crítica aos militares que possuíam um discurso ufanista. Para os tropicalistas, o Brasil era submisso aos EUA assim como foi de Portugal no contexto da colonização.

Resposta da questão 4: [D]

Somente a proposição [D] está correta. A questão remete ao contato inicial entre brancos e índios nos primórdios da colonização portuguesa. A expansão marítima comercial foi um empreendimento que recebeu apoio de diversos segmentos sociais como a Igreja que desejava a expansão da fé cristã para outros territórios. Estes europeus chegavam à América com uma concepção cristã maniqueísta. Neste sentido, os nativos eram associados ao atraso, a inferioridade racial, a demonização. Daí, a necessidade da catequese e a conversão destes índios ao universo cristão.

Resposta da questão 5: [B]

A afirmativa [II] está incorreta porque Portugal demorou cerca de 30 anos para começar a colonizar o Brasil após a descoberta do território em 1500.A afirmativa [IV] está incorreta porque o trabalho indígena na extração do pau-brasil não foi escravo, mas sim consensual, através da prática do escambo.

Resposta da questão 6: [D]

O ciclo do pau-brasil, feito a partir do trabalho voluntário indígena, não gerou a formação de núcleos urbanos de povoamento, promovendo apenas a fundação de feitorias pelo litoral brasileiro.

Resposta da questão 7: [E]

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Afirmativa [I]: os principais grupos indígenas que habitaram o território do atual estado de Santa Catarina foram os Kaingáng (ocupando a faixa interior do estado), os Xokleng (ocupando a faixa central do estado) e os Carijós (ocupando a faixa litorânea do estado).

Afirmativa [III]: as cidades de Joinville e Blumenau foram, de fato, fundadas por colonos alemães, sendo, portanto, redutos de tradições europeias.

Resposta da questão 8: [A]

Quando da chegada dos portugueses, nossos indígenas eram, principalmente, dos ramos tupi e tapuia. Com os tupis (que os portugueses também chamavam de tupinambás) os europeus tiveram mais contato. Esse era o ramo que falava a língua conhecida como tupi-guarani. Com os tapuias, os europeus tiveram pouco contato inicial. Esse ramo falava diversas línguas.

Resposta da questão 9: [A]

Ao afirmar que "o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar essa gente", Caminha demonstra que o português buscaria, através da catequese, "civilizar" o indígena, considerado selvagem por não ter "fé, lei nem Rei".

Resposta da questão 10: [B]

[A] Incorreta. A União Ibérica não se constituiu em detrimento dos comerciantes e colonos portugueses, que continuaram com seus privilégios nas terras americanas.[C] Incorreta. Não havia preocupações ecológicas com a preservação da Mata Atlântica.[D] Incorreta. No início do século XVII, o principal produto de exportação da América Portuguesa era o açúcar.[E] Incorreta. O rei está reafirmando o monopólio real da exploração do pau-brasil. O controle dessa atividade deve se coadunar com a iniciativa dos colonos.

Resposta da questão 11: [C]

Resposta da questão 12: [D]

Resposta da questão 13: [D]

Somente a alternativa [D] está correta. A questão aponta para o período Pré-Colonial, 1500-1530. A viagem de Vasco da Gama nas Índias em 1498 deu um lucro exorbitante para a nação portuguesa. Assim, o rei de Portugal Dom Manuel “o Venturoso” criou uma expectativa muito grande em relação à viagem de Pedro Alvares Cabral ao Brasil. No entanto, os portugueses não encontraram riqueza fácil, tais como ouro, prata, especiarias, entre outras riquezas. Devido ao grande lucro do comércio das especiarias no Oriente, Portugal deixou o Brasil em segundo plano. Caracterizou este contexto o aproveitamento do pau-brasil através da exploração do trabalho indígena conhecido como escambo.

Resposta da questão 14: [A]

Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao importante documento histórico, a “Carta de Caminha”. Esta questão pode ser respondida a partir das alternativas incorretas. Pero Vaz de Caminha narrou o indígena dentro de sua concepção de mundo, a cultura cristã ocidental. Sua narrativa não identificou a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras. Não podemos concordar com a ideia de que os indígenas eram dissimulados e

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estratégicos e que possuíam interesses em obter lucros. O documento tem um grande valor histórico.

Resposta da questão 15: [E]

Somente a proposição [E] está correta. A questão remete ao período Pré-Colonial que ocorreu no Brasil entre 1500-1530. As Grandes Navegações que ocorreram ao longo do século XV foram importantes para angariar recursos para os Estados Modernos. Desta forma, já havia dentro destas navegações ideias mercantilistas, ou seja, buscar metais preciosos e especiarias para a Europa. A viagem de Vasco da Gama que chegou às Índias em 1498 foi coroada de êxito dando um lucro exorbitante para Portugal. Assim, foi criada a mesma expectativa quanto a viagem de Cabral ao Brasil em 1500. Conforme relata a Carta de Caminha não havia riqueza no Brasil, ou seja, metais preciosos e especiarias e que o melhor a fazer é a catequese dos índios. O sucesso da viagem de Vasco da Gama e o fracasso da viagem de Cabral explicam o relativo descaso de Portugal em relação ao Brasil priorizando, então, o comércio das especarias no oriente. Daí o período Pré-Colonial.

Resposta da questão 16: [E]

Gabarito Oficial: [D]Gabarito SuperPro®: [E]

Para as nações ibéricas, Portugal e Espanha, a Expansão Marítimo Comercial e o processo colonizador subsequente tiveram um viés econômico, dentro da perspectiva econômica mercantilista, mas embasada ideologicamente com um discurso religioso, de expandir a fé católica convertendo os pagãos. Neste sentido, a catequese, exerceu um papel de aculturação contribuindo para a dominação europeia. O Renascimento Cultural, séculos XIV, XV e XVI, foi caracterizado pela racionalidade e espírito científico, mas não foram estes os referenciais para a colonização da América. A alternativa [E] é a única correta.

Resposta da questão 17: [D]

A alternativa [D] está correta. A assertiva [I] está incorreta. Na América Pré-Colombiana, antes da chegada de Colombo, havia um mosaico de povos e culturas diferentes e em estágios de desenvolvimento diferente, basta observar civilizações agrárias avançadas como o Império Asteca no México, os Maias na Península de Yucatan e o Império Inca nos Andes, havia entre estes povos diversidade, pluralismo e dominação. Como escreveu um historiador “havia de curandeiro a engenheiro”. Desta forma as assertivas [II] e [III] estão corretas considerando que apontam exatamente para a diversidade econômica e cultural destes povos. O início da colonização do Brasil não coincide com o período de sedentarização dos nativos conforme afirma a última assertiva.

Resposta da questão 18: [A]

No texto, percebe-se a falta de compreensão quanto à pronúncia dos nativos e à falta de letras que, para os portugueses, eram essenciais e vista como um grande desvio.

Resposta da questão 19: [B]

Questão de interpretação de texto. Produzido no século XVI, ainda nos primórdios do processo de colonização, quando a ação dos jesuítas ainda estava em seu início, o autor desenvolve uma teoria para justificar não apenas a inferioridade indígena, mas a pouca importância que as autoridades devem dispensar a este povo.

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Resposta da questão 20: [B]

A antropofagia era um rito mágico/religioso, que se difere do canibalismo, cujo objetivo é simplesmente saciar a fome. No primeiro caso, os índios acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos que lhes eram próprios. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes.

Resposta da questão 21: [D]

A fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão só ocorreram após este período inicial, também chamado de período de reconhecimento. São Vicente, a primeira vila da colônia, foi fundada em 1532, e a escravidão foi implementada com a lavoura e a manufatura canavieira no decorrer do século XVI.

Resposta da questão 22: [D]

Somente a alternativa [D] está correta. A Carta de Caminha aponta uma série de elementos importantes que refletem este primeiro contato entre portugueses e nativos (embora haja controvérsias sobre quais os primeiros europeus a chegar ao Brasil). Diferenças culturais entre estes dois povos e culturas são gritantes, tais como, na questão de alimentação, vestimentas, hábitos, entre outros. A Carta de Caminha, na sua íntegra, retrata muito do contexto europeu como a questão política (o absolutismo), uma vez que a carta foi enviada ao rei de Portugal chamado Manoel, questão econômica ao mencionar que no Brasil não tem riqueza fácil como ouro, prata e especiarias, externa ideias do Renascimento Cultural como o naturalismo ao valorizar a flora e a fauna aqui encontrada, também apresenta ideias religiosas ao afirmar que no Brasil provavelmente a tarefa portuguesa será a catequese dos nativos. As demais alternativas estão incorretas. Ocorreu resistência dos nativos no processo de conquista. A alimentação dos nativos era rica e diversificada.

Resposta da questão 23: [A]

O período citado é normalmente tratado como “pré-colonial”, quando ainda não havia um sistema de ocupação efetiva da terra, mas já havia exploração, destacando-se o extrativismo do pau-brasil, a partir de um sistema de feitorias. Nesse período os portugueses se dedicavam prioritariamente ao comércio de especiarias do Oriente.

Resposta da questão 24: [B]

No final do século XV, antes da chegada do homem branco europeu ao continente americano, havia de cinco a seis milhões de índios no Brasil, com aproximadamente 1150 diferentes línguas e dialetos.

Resposta da questão 25: [B]

O próprio documento permite perceber que “o colonizador”, na fala de Pero Vaz de Caminha, pretendeu entender os nativos a partir de uma visão exterior, europeia, pois um dos grandes objetivos da expansão marítima era a obtenção de riquezas, sendo que predominava a cultura metalista. O contato entre as culturas indígena e europeia se deu, portanto, a partir de bases diferentes e contraditórias, sem a preocupação do colonizador compreender os povos nativos.

Resposta da questão 26: [A]

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No “sistema cultural” do indígena, a madeira tem uma finalidade bastante específica, ser queimada para aquecer as pessoas nos períodos de frio e, portanto, o índio ancião acredita que para os europeus ela deve ter a mesma serventia. No entanto, portugueses e franceses se utilizavam da madeira para a produção de tintura, que por sua vez era utilizada na manufatura de tecidos, em especial para tingir os tecidos.

Resposta da questão 27: [E]

Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas foram amistosos, principalmente porque não havia a intenção de conquistar e colonizar a terra. Nos primeiros anos de contato, tratados como período pré-colonial, os portugueses se interessaram pelo pau-brasil. No entanto, com o inicio da ocupação da terra, o conflito se caracterizou na medida em que os indígenas, apesar de não terem a noção de propriedade privada, sentiram suas terras e vida ameaçadas pelos portugueses.

Resposta da questão 28: [D]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Biologia]A introdução de alimentos de origem proteica como carne é um componente que entra no metabolismo de construção (plástico) do indivíduo.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]O movimento das bandeiras promoveu uma série de mudanças no Brasil Colonial. A partir do avanço para o interior, desrespeitando a linha de Tordesilhas, os bandeirantes fundaram vilas e vilarejos (que originaram novas Capitanias, como a de Goiás), descobriram o ouro e interagiram com os indígenas (promovendo, ao mesmo tempo, mudanças de hábitos para ambos os lados e uma dizimação em massa dos índios).

Resposta da questão 29: [B]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]Nos “caminhos de Minas Gerais à Bahia”, as unidades geomorfológicas (relevo) que mais se destacam são a Depressão Sertaneja e do São Francisco (incluindo o vale do rio São Francisco – MG/BA) e os Planaltos e Serras de Leste-Sudeste (incluindo a Serra do Espinhaço – MG). Na região planáltica do Espinhaço, localizam-se as cidades históricas mineiras que se originaram com o ciclo da mineração (ouro) no século XVIII.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]O Rio São Francisco está associado à expansão da pecuária, atividade considerada secundária e complementar. As atividades mais importantes do período colonial, como a cana de açúcar, algodão e cacau não dependeram do rio para transporte ou irrigação.

Resposta da questão 30: [D]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]O mapa é a representação de um território recém-descoberto pelos portugueses, cuja colonização se deu pelo litoral, a única porção do território descoberto efetivamente ocupada pelos colonizadores, como mencionado corretamente na alternativa [D]. Estão incorretas as alternativas: [A], porque o território não era conhecido pelos colonizadores; [B], porque a área ocupada nesse período era apenas o litoral; [C], porque não há correta representação do relevo e da hidrografia; [E], porque não existiam vulcões em atividade no território.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]A colonização da América portuguesa foi essencialmente litorânea, pois se baseou na produção canavieira e açucareira, com o intuito de abastecer os mercados europeus,

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garantindo lucros à metrópole. A cana-de-açúcar se adaptou melhor nas terras litorâneas, principalmente na região norte.

Resposta da questão 31: [B]

A Revolução Praieira ocorreu durante o Segundo Reinado brasileiro.

Resposta da questão 32: [C]

Somente a proposição [C] está correta. A assertiva [III] está incorreta. No período colonial, Portugal não priorizou a produção manufatureira, prevaleceu o “Plantation”, isto é, latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visava o mercado externo, modelo exógeno.

Resposta da questão 33: [A]

Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao conhecimento indígena sobre a natureza. O texto do viajante português, do final do século XVI, aponta para a forte relação entre os nativos e o meio ambiente que é seu habitat. Da floresta vinha todo alimento e matéria prima para a vida destes ameríndios, desde as ervas medicinais, a cerâmica, entre outras.

Resposta da questão 34: [C]

A despeito da pressão inglesa para que ocorresse o fim do tráfico negreiro para o Brasil, o mesmo manteve-se em alta entre 1810 e 1830, o que contribuiu para a formação escravista da nossa sociedade.

Resposta da questão 35: [B]

A Carreira da Índia foi a rota traçada entre Lisboa e Goa a partir das viagens de Vasco da Gama ao Oriente. Por ela, os portugueses praticavam o comércio das especiarias orientais. Como Portugal possuía uma Colônia na América, esse continente era utilizado como ponto de parada para a travessia da rota e como receptor dos produtos orientais trazidos pelos portugueses.

Resposta da questão 36: [C]

A questão remete a União Ibérica, 1580-1640, através da submissão da coroa portuguesa e suas colônias pela coroa espanhola que era governada por Filipe II da dinastia de Habsburgo. Em 1578 morreu Sebastião, rei de Portugal e o cardeal Henrique assumiu o trono. Após a morte do rei Henrique, a Espanha conseguiu realizar um velho sonho, unir as coroas ibéricas. Esta “união” gerou mudanças na Europa e no Brasil. O Tratado de Tordesilhas perdeu o sentido, a Holanda através da Companhia das Índias Ocidentais invadiu o Brasil em 1624 na Bahia (fracassou) e Pernambuco em 1630.

Resposta da questão 37: [D]

A questão aponta para a crise do sistema colonial e para as revoltas libertárias que visavam à independência do Brasil em relação a Portugal. A guerra dos Mascates aconteceu em Pernambuco, no início do século XVII, entre Olinda, que tinha poder político, mas estava em decadência, e Recife, que estava em ascensão e possuía poder econômico. A inconfidência Mineira, de 1789, foi o primeiro movimento libertário inspirado em ideias Iluministas e na independência dos EUA, e possuía um caráter elitista. A Revolta dos Alfaiates ou Conjuração

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Baiana, de 1798, foi inspirada na Revolução Francesa e possuía um viés mais popular. A Revolução Pernambucana, de 1817, foi a única que saiu do plano teórico e atingiu a tomada do poder em Pernambuco. Vale dizer que a Guerra dos Mascates está inserida nas chamadas revoltas coloniais nativistas, enquanto as demais revoltas compõem as revoltas coloniais libertárias ou emancipacionistas.

Resposta da questão 38: [A]

Ambas as descrições estão corretas.

Resposta da questão 39: [E]

Somente a proposição [E] está correta. A questão remete às invasões europeias no Brasil durante a União Ibérica, 1580-1640. O Brasil foi vítima de várias invasões de nações europeias ao longo do período colonial, sobretudo no contexto da União Ibérica. Devido ao boicote econômico realizado pela Espanha contra a Holanda, este país criou a Companhia das Índias Ocidentais visando invadir o Brasil. Em 1624 ocorreu a fracassada invasão holandesa na Bahia, em 1630 a mesma companhia invadiu Pernambuco montando um império holandês no Nordeste do Brasil. Em 1612 ocorreu a invasão de franceses no Maranhão denominada de França Equinocial. Esta expedição foi comandada por Daniel de La Toche, fundando o forte de São Luís, Jerônimo de Albuquerque liderou a expulsão dos franceses.

Resposta da questão 40: [D]

Os dados da tabela permitem concluir, sem sombra para dúvidas, que a população negra (escravizada ou já liberta) era maioria absoluta no Sudeste brasileiro.

Resposta da questão 41: [A]

Como o texto afirma no trecho “eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado”, as tentativas de invasão da França na América Portuguesa constituíam fator de preocupação para o governo português.

Resposta da questão 42: [B]

Além da questão territorial, para analisar a formação do Brasil enquanto nação, precisamos entender as práticas políticas, econômicas e sociais travadas pelas pessoas desde o período colonial.

Resposta da questão 43: [A]

A contrarreforma católica, que teve atuação central na Europa, esteve presente na América, trazida pelas Monarquias católicas que aqui promoveram colonizações, como foi o caso de Portugal. No Brasil Colonial, o movimento contrarreformista contou com Tribunais de Inquisição que buscavam coibir e punir os chamados crimes de fé.

Resposta da questão 44: [C]

A partir do autor do texto e de algumas informações nele contidas, podemos identificar que o trabalho citado é o do negro escravo nos engenhos de açúcar do Brasil.

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Resposta da questão 45: [B]

A questão remete à Revolta de Beckman que ocorreu no Maranhão no ano de 1684, liderada pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman. O Maranhão era uma região muito pobre tendo as “drogas do sertão” como o produto mais importante. Havia também a pequena lavoura com mão de obra indígena o que desagradava aos jesuítas. Os conflitos entre colonos e padres jesuítas eram constantes. Para resolver estes problemas, a coroa portuguesa criou, em 1682, a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão visando incentivar a colonização da região. A Companhia vendia seus produtos a preço mais elevados e oferecia muito pouco pelos produtos dos colonos como algodão, açúcar e madeira. Assim, os irmãos Beckman ocuparam a cidade de São Luís expulsando os representantes da Companhia e os padres jesuítas.

Resposta da questão 46: [D]

Uma das principais características da administração de Nassau no Nordeste brasileiro foi a concessão da liberdade religiosa entre a população.

Resposta da questão 47: [B]

O Pacto Colonial regia a relação entre Metrópole e Colônia, determinando que qualquer riqueza ou lucro encontrada ou existente na Colônia pertencia 100% à sua Metrópole.

Resposta da questão 48: [C]

Somente a alternativa [C] está correta. O gráfico mostra a quantidade de africanos deslocados para o Brasil e para a América Britânica e Estados Unidos no contexto da colonização da América e no século XIX. Primeiro aspecto a ser salientado é que a colonização portuguesa no Brasil começou antes do que a colonização inglesa nos EUA. Outro aspecto relevante foi a plantação de cana-de-açúcar no nordeste do Brasil que necessitava de muita mão de obra. O tráfico de africanos vendidos como escravos gerava muito lucro para os traficantes europeus. Nos Estados Unidos a reprodução escrava ocorria dentro das fazendas.

Resposta da questão 49: [D]

As irmandades coloniais eram espaços de auxílio mútuo entre seus membros, em casos de saúde, falecimento, assistencialismo e arrecadação monetária.

Resposta da questão 50: [A]

A afirmativa [II] está incorreta porque a escravidão indígena foi prática presente durante todo o processo de colonização da América Espanhola;

A afirmativa [III] está incorreta porque apenas a partir da Constituição de 1988 a questão dos direitos indígenas passou a receber atenção no Brasil.

Resposta da questão 51: [C]

A plantation nada mais era do que um modo de produção formado pelas seguintes características: latifúndio, monocultura, escravidão e venda para o mercado externo.

Resposta da questão 52:

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[B]

O trabalho indígena foi praticamente descartado pelos portugueses na lavoura de açúcar, basicamente, por dois motivos, a saber: (1) a herança cultural indígena de não exercício da agricultura e (2) as vantagens portuguesas no Tráfico Negreiro.

Resposta da questão 53: [C]

A simplificação presente na divisão colonização ibérica colonização inglesa encobria o fato de que a colonização inglesa na América do Norte foi, em parte, de exploração também, nas chamadas Colônias do Sul.

Resposta da questão 54: [A]

O ciclo do ouro no Brasil Colonial promoveu uma grande retirada de riquezas por parte de Portugal, o que dinamizou a economia portuguesa.

Resposta da questão 55: [D]

A mineração altera vários aspectos da vida colonial brasileira, a saber: a relação com a Metrópole, a economia, a sociedade e a cultura. Em termos econômicos, o início de um mercado interno, a integração entre as regiões e o surgimento do setor terciário podem ser destacados.

Resposta da questão 56: [C]

Dentre as reivindicações da Conjuração Baiana, além da ruptura do laço com Portugal, estavam a abolição da escravatura e a inclusão dos negros nos direitos civis.

Resposta da questão 57: [C]

A proposição [C] é a que melhor expressa o conteúdo da carta de Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco. A essência da colonização era a cana-de-açúcar, porém havia outras atividades importantes como o algodão e a produção de mantimentos que estavam conectados com a cultura canavieira. Outras funções eram desenvolvidas pelos trabalhadores como “mestres de engenhos, outros mestres de açúcares, carpinteiros, ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos para os açúcares e outros oficiais”.

Resposta da questão 58: [B]

Somente a proposição [B] está correta. O texto do historiador Fernando Novaes aponta para a Crise do sistema colonial no final do século XVIII. Portugal possuía boas condições históricas para se tornar uma grande potência. Foi o primeiro Estado Moderno a surgir, no século XII, ainda na Idade Média. Foi o pioneiro nas Grandes Navegações. Colonizou o Brasil por três séculos. O Brasil era uma colônia que tinha muitos recursos de grande relevância para Portugal. No entanto, inserido em uma forte tradição católica desprovida de um “espírito capitalista”, a nação portuguesa se aproximou da Inglaterra e tornou-se um país de uma economia mais agrícola e tradicional. Se o Brasil era colonizado por Portugal, na Europa a Inglaterra “colonizou” Portugal, basta observar o Tratado de Methuen de 1703 que gerava deficit para a economia lusitana. Assim, boa parte do ouro brasileiro chegava à Inglaterra.

Resposta da questão 59: [C]

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Somente a proposição [C] está de acordo com o texto. O excerto de João Fragoso faz referência a uma questão que ainda é muito forte no Brasil, a desigualdade social através de uma forte concentração de renda. Entre os homens ricos no final do século XVIII e início do século XIX estavam aqueles que fizeram fortuna no mundo do comércio como homens de negócios. Em seguida, estes “homens de negócios” foram migrando para rentistas ou grandes senhores de terras.

Resposta da questão 60: [C]

Somente a alternativa [C] está correta. O texto do pesquisador João Paulo Pimenta mostra a luta da América Espanhola para realizar sua emancipação política frente a uma coroa espanhola sempre gananciosa e disposta a manter seus privilégios. Salienta também o apoio dos Estados Unidos à independência das jovens nações latino-americanas. Certamente isso serviu como modelo e referência para a emancipação política do Brasil em 1822 diante da metrópole portuguesa.

Resposta da questão 61: [A]

A questão remete a Revolta dos Alfaiates, que ocorreu na Bahia em 1798. Este movimento possuía um caráter popular e defendeu a separação do Brasil em relação a Portugal e adotar uma República. Dela fizeram parte diversos segmentos sociais como padres, médicos, advogados, soldados, alfaiates, ex-escravos etc. teve uma influência das ideias iluministas, da Revolução Francesa, do processo de independência do Haiti e das lojas maçônicas.

Resposta da questão 62: [B]

Basicamente, o grande diferencial entre a Independência do Brasil e as Independências da América Espanhola foi a LIDERANÇA: no Brasil, um membro da Família Real portuguesa e na América Espanhola, a classe social criolla, excluída durante o período colonial. Daí os diferentes caminhos políticos seguidos após as independências.

Resposta da questão 63: [A]

Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao número de pessoas que morava no Brasil no contexto da independência do Brasil. Um pouco mais da metade da população era composta por escravos que estavam concentrados nas regiões de Pernambuco, Bahia (eixo econômico nos séculos XVI e XVII), Rio de Janeiro (capital do Brasil entre 1763-1960) e Minas Gerais (eixo econômico no século XVIII).

Resposta da questão 64: [E]

A manutenção da unidade político-territorial no pós-Independência foi garantida pelo fato de d. Pedro, então Príncipe Regente, ter comandado o processo independentista e ter adotado a monarquia como forma de governo, dando início ao Primeiro Reinado. Não só as ordens política e territorial foram mantidas. As ordens econômicas e sociais também permaneceram as mesmas.

Resposta da questão 65: [B]

O movimento Iluminista influenciou o surgimento de uma série de movimentos de contestação ao Absolutismo e ao Colonialismo. Em Portugal, esses movimentos geraram uma Revolução Constitucionalista que buscava limitar o poder real.

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Resposta da questão 66: [D]

O movimento de Independência da América Espanhola, ao contrário do movimento brasileiro, foi armado e violento, uma vez que a classe que liderava a tentativa de separação – criollos – opunha-se a classe aristocrática no poder – chapetones –, defendida pela Espanha.

Resposta da questão 67: [A]

No Brasil, o movimento independentista, apesar de contestar a submissão a Portugal, não significou um rompimento total com a Metrópole, uma vez que foi liderado por um membro da Família Real portuguesa, d. Pedro.

Resposta da questão 68: [B]

A vinda da Família Real para o Brasil foi o primeiro passo do processo de Independência da Colônia, uma vez que elevou o status do Brasil, invertendo a posição de Portugal e Brasil no pacto colonial, e deu aos colonos uma autonomia de ação inédita.

Resposta da questão 69: [A]

Somente a alternativa [A] está correta. A questão remete ao Sistema Colonial e ao Processo de independência do Brasil. As proposições [III] e [IV] estão incorretas. A vinda da corte portuguesa para o Brasil em 1808 favoreceu o processo de independência do Brasil e não retardou o processo. Em 1822 quando o ocorreu a independência do Brasil, a elite não rejeitou o modelo econômico agrário-exportador ancorado no latifúndio escravista. De fato as ideias iluministas influenciaram a crise do sistema colonial bem como o processo de independência. A expansão napoleônica contribuiu para o processo de independência da América Latina e as tropas francesas invadiram os países ibéricos.

Resposta da questão 70: [C]

Somente a alternativa [C] está correta. A vinda da corte portuguesa ao Brasil em 1808 foi um passo importante para o processo de independência do Brasil. Com a abertura dos Portos às Nações Amigas (Inglaterra), em 1808, acabou com o pacto colonial considerado a principal característica da colonização. Gradativamente o Brasil foi se aproximando do imperialismo inglês e se afastando do decadente país ibérico. Em 1822 foi proclamada a independência do Brasil através de um acordo entre D. Pedro I e a elite agrária brasileira. Assim, o Brasil adotou a monarquia constitucional visando manter a unidade territorial, manteve a estrutura colonial, ou seja, escravidão, latifúndio, monocultura visando o mercado externo (plantation). Inibiu a participação dos mais humildes considerando que a constituição de 1824 estabeleceu o voto censitário, isto é, somente os mais ricos são cidadãos. As demais alternativas estão incorretas. A elite brasileira não desejava uma monarquia absolutista e sim constitucional. A constituição de 1824, ao estabelecer o voto censitário, permitiu a participação não só da elite agrária, mas de portugueses com mais posses. Não existia na época uma aristocracia industrial. Não foi adotado no Brasil em 1822 um modelo autônomo visando o mercado externo.

Resposta da questão 71: [A]

Os movimentos emancipacionistas se desenvolveram no século XVIII, principalmente na segunda metade do século, influenciados pelas ideias iluministas que falavam em liberdade e direitos. Como exemplos práticos inspiradores, a Independência dos EUA, primeiras colônias a

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romperem com uma metrópole europeia e a Revolução Francesa, que incorporou setores populares aos movimentos políticos.

Resposta da questão 72: [B]

Somente a alternativa [B] tem conexão com o texto de Hamilton de Mattos Monteiro. Fugido de Napoleão, em 1808, a Corte Portuguesa chegou ao Brasil trazendo as estruturas do Estado Português. A corte abriu os portos para os ingleses acabando com o pacto colonial que era considerado o esteio da colonização. Assim, o Brasil caminha rumo à independência. D. João VI e Carlota Joaquina procuraram criar um ambiente cultural mais apropriado para a Corte. Assim, surgiu a Biblioteca do Rio de janeiro, a imprensa régia, faculdades de Direito e Medicina, o jardim botânico, a chegada da “Missão Francesa” ao Brasil em 1817, o Banco do Brasil, entre outros. Em 1810, foram elaborados os tratados de amizade, comércio e navegação privilegiando os ingleses com tarifas alfandegárias menores (15%). As demais alternativas estão incorretas. Ao entrar na órbita do imperialismo inglês, o Brasil reforçou sua vocação agrária exportadora retardando nossa industrialização.

Resposta da questão 73: [E]

A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil se insere na expansão do capitalismo, ditada pelos interesses ingleses de controlar mercados, garantindo para si o mercado brasileiro e das demais possessões portuguesas na África e Ásia. Ao mesmo tempo, a política francesa adotada por Napoleão Bonaparte, marcada pelo expansionismo militar, visava enfraquecer a Inglaterra e abrir espaços para a economia francesa. Foi nesse contexto que Napoleão decretou o Bloqueio Continental e posteriormente invadiu Portugal e Espanha, desestabilizando suas monarquias e, indiretamente, contribuindo com os movimentos de emancipação das colônias americanas.

Resposta da questão 74: [B]

Somente a alternativa [B] está correta. O texto remete ao início do século XIX, Alvará Régio de 1818, fazendo referência à proibição do comércio de escravos da Costa da África ao Norte do Equador, deixando bem claro as punições para quem descumprir a lei. “perdimento dos Escravos, os quais ficarão imediatamente libertos”. As demais alternativas estão incorretas. As assertivas [II], [III] e [IV] estão em desacordo com o Alvará Régio. Esta proibição do comércio de escravos aponta para a Revolução Industrial que começou no final do século XVIII. A Inglaterra, pioneira na Revolução Industrial, necessitava de mercado consumidor. Desta forma, era preciso acabar com o comércio de escravos e gradativamente enfraquecer e acabar com a escravidão. Vale lembrar que escravo não é remunerado logo não é consumidor.

Resposta da questão 75: [D]

A corte portuguesa se transferiu para o Brasil no contexto do Bloqueio Continental. Há que se considerar alguns fatores para essa mudança, como a invasão protagonizada por franceses, as pressões da Inglaterra sobre o governo lusitano e os interesses da Corte em preservar o controle sobre todos os seus territórios na América e África.

Resposta da questão 76: [D]

Apesar do aumento dos impostos, pode-se dizer que, principalmente com a “abertura dos portos”, o sistema colonial se afrouxou. A monarquia centralizada ampliou o número de funcionários públicos e da estrutura militar, aprofundou seus vínculos com a Inglaterra e rompeu relações política e comercial com a França e Espanha.

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Resposta da questão 77: [D]

A Vinda da Família Real em 1808, por causa das invasões napoleônicas, para o Brasil, seu principal espaço colonial, trouxe decorrências importantes para os destinos da América portuguesa e de Portugal. Isso porque o poder central português estava muito próximo da elite colonial brasileira – situação que não ocorreu com os outros espaços coloniais da América, especialmente os da América espanhola. A proximidade Coroa portuguesa com o Brasil permitiu um processo de ruptura colonial diferente do resto da América. No Brasil, por exemplo, a ordem monárquica foi mantida, além da manutenção da unidade territorial.

Resposta da questão 78: [A]

O fragmento faz referência ao despotismo esclarecido que, no caso de Portugal, se materializou durante o reinado de D. José I (1750-1777), e tendo como seu secretário de governo, o marquês de Pombal. Esse momento foi tão marcante que é comum denominá-lo de Era Pombalina. Para o citado governo português era necessário conter a dependência econômica frente aos britânicos, reforçar o poder do Estado e reorganizar as relações com o Brasil, a principal colônia lusa. Assim, entre outras medidas, houve um estreitamento nas relações coloniais entre Brasil e Portugal, o que gerou um maior controle da metrópole sobre a América portuguesa. Exemplos dessa nova relação são as Companhias de Comércio e a reorganização da política tributária da região das Minas Gerais.

Resposta da questão 79: [B]

O texto marca o início da atividade mineradora no Brasil. Nesse sentido, a existência da data “Em 1720” é um dado importante para o aluno perceber e relacionar o momento colocado pelo texto, bem como a citação da criação das Casas de Fundição, instrumento do controle português e das medidas relativas ao combate do contrabando, provocar a ira dos mineradores, levando à organização da Revolta de Felipe dos Santos em que o principal motivo gerador dessa revolta é a tentativa de abolir a criação deste instrumento de controle e exploração da metrópole portuguesa. O aluno poderia ser levado a marcar a alternativa [C], a Inconfidência Mineira, que é outra revolta do período da mineração no Brasil, até muito mais conhecida por parte dos alunos, mas o que faz a diferença para o acerto da questão é justamente a data explícita no texto, enquanto a Inconfidência Mineira é datada de 1789.

Resposta da questão 80: [C]

A grande presença de produtos ingleses no Brasil foi fruto da Abertura dos Portos às nações amigas de 1808 e dos Tratados de 1810. Primeiro cabe lembrar que já existiam produtos ingleses aqui, antes de 1808, porém em pequena quantidade, pois ainda havia na prática o pacto colonial. Segundo, os Tratados de 1810 favoreceram principalmente às importações para a Inglaterra e não estão relacionados aos produtos exportados, nem pelo Brasil, nem pelas colônias da Espanha.

Resposta da questão 81: [B]

A Inconfidência Mineira foi o principal movimento de contestação ao domínio português e à reação lusitana, a partir de uma grande devassa, determinou a prisão de diversos líderes e promoveu a execução de Tiradentes, com a ideia de “castigo exemplar”, ou seja, mais do que a execução de um indivíduo, a necessidade de incutir medo na população colonial.

Resposta da questão 82: [A]

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Somente a alternativa [A] está correta. A questão remete a política econômica portuguesa no final do século XVIII. Portugal estava em grave crise econômica e dependia muito da sua colônia, o Brasil. O país ibérico também estava atrelado aos interesses ingleses. Daí, dona Maria I, a louca, em 1785, aprovou o famoso Alvará proibindo a criação de manufaturas no Brasil. A colônia não deve concorrer com a metrópole e, ainda, deve seguir sua “vocação” agrária exportadora comprando manufaturados da Inglaterra. As demais alternativas estão incorretas.

Resposta da questão 83: [C]

A charge se utiliza da expressão “inconfidentes” e nesse sentido indica que as possibilidades são os movimentos mineiro e baiano, ambos considerados emancipacionistas, do final do século XVIII e inspirados em ideais iluministas de liberdade e direitos. No entanto, o caráter popular é atribuído ao movimento baiano – também conhecido como “Revolta dos Alfaiates”, que defendia a abolição da escravidão e a igualdade racial.

Resposta da questão 84: [B]

A “abertura dos Portos” é entendida como a principal realização de D. João no Brasil, em 1808. Se essa medida favoreceu à Inglaterra, ela também ampliou o comércio do Brasil com outras nações, como a Holanda e os Estados Unidos, além de países latinos. Esse fato fez com que a Inglaterra fizesse maior pressão e obtivesse maiores privilégios, que podem ser percebidos pelos tratados de 1810.

Resposta da questão 85: [D]

Sitiado pelas tropas de Artigas, o vice-rei do Prata obteve apoio do governo de D. João VI, regente português no Brasil. A situação retrata o processo de independência na região do prata e a futura anexação da Cisplatina pelo Brasil, como descrevem as afirmações I e II. De 1816 a 1828, a região (futuro Uruguaia) ficou sob domínio brasileiro.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 08/05/2016 às 16:57Nome do arquivo: REVISÃO COLÔNIA

Legenda:Q/Prova = número da questão na provaQ/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1.............151199.....Média.............História..........Udesc/2016..........................Múltipla escolha 2.............149317.....Baixa.............História..........Enem/2015...........................Múltipla escolha 3.............143895.....Média.............História..........Udesc/2015..........................Múltipla escolha 4.............136151.....Baixa.............História..........Uece/2015............................Múltipla escolha 5.............131343.....Baixa.............História..........Pucrs/2014...........................Múltipla escolha 6.............131901.....Baixa.............História..........Uepb/2014............................Múltipla escolha 7.............129660.....Elevada.........História..........Udesc/2014..........................Múltipla escolha 8.............131899.....Elevada.........História..........Uepb/2014............................Múltipla escolha 9.............127945.....Média.............História..........Enem/2013...........................Múltipla escolha 10...........117552.....Média.............História..........Pucrj/2012............................Múltipla escolha 11...........39303.......Não definida. .História..........Ufsm/2001............................Múltipla escolha 12...........34079.......Não definida. .História..........Ufsm/2000............................Múltipla escolha 13...........152155.....Média.............História..........Pucrs/2016...........................Múltipla escolha 14...........138496.....Média.............História..........Udesc/2015..........................Múltipla escolha 15...........134925.....Média.............História..........Espcex (Aman)/2015............Múltipla escolha 16...........130999.....Média.............História..........Pucsp/2014..........................Múltipla escolha 17...........129076.....Média.............História..........Uern/2013............................Múltipla escolha 18...........121778.....Baixa.............História..........Unesp/2013..........................Múltipla escolha 19...........121777.....Baixa.............História..........Unesp/2013..........................Múltipla escolha 20...........119433.....Baixa.............História..........Uepa/2012............................Múltipla escolha 21...........113935.....Baixa.............História..........Unimontes/2012...................Múltipla escolha 22...........116179.....Média.............História..........Pucsp/2012..........................Múltipla escolha

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23...........115093.....Baixa.............História..........Unesp/2012..........................Múltipla escolha 24...........105725.....Média.............História..........Pucsp/2011..........................Múltipla escolha 25...........100811.....Média.............História..........Unicamp/2011......................Múltipla escolha 26...........108564.....Média.............História..........Enem/2011...........................Múltipla escolha 27...........101637.....Média.............História..........Enem 2ª aplicação/2010......Múltipla escolha 28...........125338.....Média.............Biologia..........Ufg/2013...............................Múltipla escolha 29...........122111.....Elevada.........Geografia.......Fuvest/2013.........................Múltipla escolha 30...........112613.....Baixa.............Geografia.......Pucsp/2012..........................Múltipla escolha 31...........150890.....Baixa.............História..........Imed/2016............................Múltipla escolha 32...........151095.....Baixa.............História..........Ucs/2016..............................Múltipla escolha 33...........149547.....Baixa.............História..........Faculdade Albert Einstein/2016 Múltipla escolha 34...........151588.....Baixa.............História..........Fuvest/2016.........................Múltipla escolha 35...........156204.....Média.............História..........Ufrgs/2016............................Múltipla escolha 36...........150016.....Média.............História..........Acafe/2016...........................Múltipla escolha 37...........150794.....Média.............História..........Upf/2016...............................Múltipla escolha 38...........153887.....Baixa.............História..........Uece/2016............................Múltipla escolha 39...........148686.....Média.............História..........Fmp/2016.............................Múltipla escolha 40...........156033.....Baixa.............História..........Ufjf-pism 1/2016...................Múltipla escolha 41...........151587.....Média.............História..........Fuvest/2016.........................Múltipla escolha 42...........156203.....Média.............História..........Ufrgs/2016............................Múltipla escolha 43...........156215.....Média.............História..........Ufrgs/2016............................Múltipla escolha 44...........150154.....Baixa.............História..........Espm/2016...........................Múltipla escolha 45...........152553.....Média.............História..........Fgv/2016..............................Múltipla escolha 46...........150422.....Baixa.............História..........Pucrj/2016............................Múltipla escolha 47...........151007.....Baixa.............História..........Unicamp/2016......................Múltipla escolha 48...........155435.....Média.............História..........Uema/2016...........................Múltipla escolha 49...........149926.....Média.............História..........Ufpr/2016.............................Múltipla escolha 50...........156202.....Média.............História..........Ufrgs/2016............................Múltipla escolha

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51...........150524.....Baixa.............História..........Unesp/2016..........................Múltipla escolha 52...........150361.....Baixa.............História..........Puccamp/2016.....................Múltipla escolha 53...........150363.....Média.............História..........Puccamp/2016.....................Múltipla escolha 54...........150367.....Média.............História..........Puccamp/2016.....................Múltipla escolha 55...........150366.....Baixa.............História..........Puccamp/2016.....................Múltipla escolha 56...........150368.....Baixa.............História..........Puccamp/2016.....................Múltipla escolha 57...........152375.....Média.............História..........Pucsp/2016..........................Múltipla escolha 58...........152156.....Média.............História..........Pucrs/2016...........................Múltipla escolha 59...........151936.....Média.............História..........Fgv/2016..............................Múltipla escolha 60...........152376.....Média.............História..........Pucsp/2016..........................Múltipla escolha 61...........148651.....Média.............História..........Espcex (Aman)/2016............Múltipla escolha 62...........150324.....Média.............História..........Puccamp/2016.....................Múltipla escolha 63...........136152.....Baixa.............História..........Uece/2015............................Múltipla escolha 64...........154496.....Média.............História..........Enem PPL/2015...................Múltipla escolha 65...........140255.....Baixa.............História..........Pucmg/2015.........................Múltipla escolha 66...........140257.....Média.............História..........Pucmg/2015.........................Múltipla escolha 67...........140256.....Média.............História..........Pucmg/2015.........................Múltipla escolha 68...........135477.....Média.............História..........Enem/2014...........................Múltipla escolha 69...........134549.....Média.............História..........Pucrs/2014...........................Múltipla escolha 70...........133010.....Média.............História..........Upf/2013...............................Múltipla escolha 71...........124564.....Média.............História..........Ufsj/2013..............................Múltipla escolha 72...........129079.....Média.............História..........Uern/2013............................Múltipla escolha 73...........124445.....Elevada.........História..........Ufsm/2013............................Múltipla escolha 74...........124566.....Média.............História..........Ufsj/2013..............................Múltipla escolha 75...........125070.....Baixa.............História..........Unesp/2013..........................Múltipla escolha 76...........125071.....Elevada.........História..........Unesp/2013..........................Múltipla escolha 77...........115447.....Elevada.........História..........Fgv/2012..............................Múltipla escolha 78...........115446.....Elevada.........História..........Fgv/2012..............................Múltipla escolha

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Revisão - Simão

79...........114715.....Média.............História..........Espm/2012...........................Múltipla escolha 80...........109378.....Média.............História..........Fuvest/2012.........................Múltipla escolha 81...........113130.....Média.............História..........Uftm/2012.............................Múltipla escolha 82...........114954.....Média.............História..........Pucrs/2012...........................Múltipla escolha 83...........112989.....Média.............História..........Ufsm/2012............................Múltipla escolha 84...........115266.....Média.............História..........Uespi/2012...........................Múltipla escolha 85...........105453.....Elevada.........História..........Ufrgs/2011............................Múltipla escolha

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