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Ano I . nº 4 . Julho de 2012 Os juros caíram, mas ser feliz é satisfazer o coração, não o desejo. MARCOS LIMA. PAG 11 Uma praça para todos Otto não para de crescer De manhã, ela é a praça Xavier de Brito, para os idosos, mas depois é a praça dos cavalinhos, para as crianças. PAG 13 O restaurante que era 1 agora é uma rede, apostando na Tijuca como lugar para se investir. PAG 16 Rio +20. O que ficará? Não compre animal. Tem um à sua você Associação de proteção a animais faz campanha para adoção de animais. O lema da campanha, apoiada pela atriz Lady Francisco, que adotou um urubu há 16 anos, é “Adote um bichinho e salve uma vida”. Veja onde adotar. PAG 6 Q uem se assenta na pra- ça Afonso Pena e vê os leões no meio não imagina a história de vida do seu escul- tor. Benevenuto Berna (1865- 1940), nome de rua bem perto dali, desembocando em fren- te ao Colégio Militar da São Francisco Xavier, foi aluno do grande Pedro Américo, entre outros. Quando jovem, que- ria ser militar, mas o arquite- to Bethencourt da Silva, que conhecia a sua vocação, não permitiu. A estátua de bron- ze com os dois leões, chama- da pelo autor de “Fidelidade”, foi inaugurada em 1957, ao tempo do prefeito Negrão de Lima. A escultura foi tombada em 1999. INÍCIO: AGOSTO DE 2012 (aulas à noite) Inscrição e informações: www.itacuruca.org.b r/escrita [email protected] (21) 3344-9706 Uma das frases marcantes da Conferência mundial sediada em nossa cidade foi dita por Marina Silva: “desenvolvimento sustentá- vel não é uma maneira de fazer as coisas, mas é uma maneira de ser”. PAG 8 FIDELIDADE

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Page 1: FIDELIDADE Q - itacuruca.org.br TIJUCA EM FOCO 4 INTERNET.pdf · para Andaraí, Alto da Boa Vista, Grajaú, Maracanã, Rio Comprido, Vila Isabel e adjacências Junho de 2012 ... convite

Ano I . nº 4 . Julho de 2012 Os juros caíram, mas serfeliz é satisfazer o coração,

não o desejo.MARCOS LIMA.

PAG 11

Uma praçapara todos

Otto não para de crescer

De manhã, ela é a praça Xavier de Brito, para os idosos, mas depois é a praça dos cavalinhos, para as crianças. PAG 13

O restaurante que era 1 agora é uma rede, apostando na Tijuca como lugar para se investir.PAG 16

Rio +20. O que ficará?

Não compre animal. Tem um à sua vocêAssociação de proteção a animais faz campanha para adoção de animais. O lema da campanha, apoiada pela atriz Lady Francisco, que adotou um urubu há 16 anos, é “Adote um bichinho e salve uma vida”. Veja onde adotar. PAG 6

Quem se assenta na pra-ça Afonso Pena e vê os

leões no meio não imagina a história de vida do seu escul-tor. Benevenuto Berna (1865-1940), nome de rua bem perto dali, desembocando em fren-te ao Colégio Militar da São Francisco Xavier, foi aluno do grande Pedro Américo, entre outros. Quando jovem, que-ria ser militar, mas o arquite-to Bethencourt da Silva, que conhecia a sua vocação, não permitiu. A estátua de bron-ze com os dois leões, chama-da pelo autor de “Fidelidade”, foi inaugurada em 1957, ao tempo do prefeito Negrão de Lima. A escultura foi tombada em 1999.

INÍCIO: AGOSTO DE 2012 (aulas à noite)Inscrição e informações: www.itacuruca.org.b r/escrita

[email protected] (21) 3344-9706

Uma das frases marcantes da Conferência mundial sediada em nossa cidade foi dita por Marina Silva: “desenvolvimento sustentá-vel não é uma maneira de fazer as coisas, mas é uma maneira de ser”. PAG 8

FIDELIDADE

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Uma publicação da Igreja Batista Itacuruçá para a Tijuca e também para Andaraí, Alto da Boa Vista, Grajaú, Maracanã, Rio Comprido, Vila Isabel e adjacências

Junho de 2012

Editor:Israel Belo de Azevedo (RP 4.493/MG)

Equipe:Bruna Aguiar, Bruno Entringer, Dalton Lopes (fotos), Davi Coelho, Elenice Magalhães, Fábio Aguiar Lisboa, Geraldo Machado (dia-gramação), Guilherme Cockrane, Maria Martha Rodrigues, Na-thalie Baloustier Braga, Paulo Campos e Ruth Amorim (revisão)

IGREJA BATISTA ITACURUÇÁRua José Higino, 416 Praça Barão de Corumbá, 49 – Tijuca20510-170 – Rio de Janeiro, [email protected] @jtijucaemfocoFacebook /tijucaemfoco(21) 3344-9700

Tiragem:13.000 exemplares (distribuição gratuita)

T E C N O L O G I A2

TIJUCA EM FOCO Por uma net seguraNão são segredos os casos de artistas famosos

que tiveram seus dados ou imagens usados de maneira desagradável e não autorizada. Nem

aqueles em que adolescentes e jovens são surpreen-didos por pessoas mal intencionadas em encontros marcados na internet.

Então, por que esse tipo de problema ainda acontece? Dá para evitar essa exposição, estar segu-ro e ainda ter perfis nas redes sociais?

Muitos são os sites com dicas de segurança e alertas sobre como navegar seguro. Veja dois de-les: www.safernet.org.br e www.segurancadigital.info. O último mantém uma revista completa sobre o tema.

Mas, como manter-se seguro, na hora de atua-lizar seu perfil naquele site preferido de relaciona-mento?

Mantenha o mínimo de informações em seu per-fil. Você distribui seu endereço, suas fotos e telefo-nes, ou mostraria seu diário para qualquer um, na praia, na praça, no ônibus ou no mural da escola? Pense muito bem antes de publicar algo na Internet. Não comente sobre

detalhes de horários e lugares onde estará. Man-de um torpedo ou mensagem direta apenas para quem você conhece pessoalmente.

Quando divulgar fotos, use aquelas que não fa-

cilitem o reconheci-mento do seu ende-reço, lugares que você frequenta muito ou o nome da escola. Cui-dado! As fotos podem ser modificadas e usa-das contra você.

Muita cautela tam-bém ao divulgar seus desejos, segredos e so-nhos. Sua intimidade é muito valiosa; cuide bem dela!

O que importa é a qualidade e não a quantidade de amigos. Cuidado com estranhos! Jamais aceite convite de encontro presencial com quem não co-nhece. Se for conhecer aquele gatinho, ou gatinha, leve uma amiga ou um amigo. Se perceber que algo deu errado, peça ajuda! E sempre avise seus pais aonde você vai. Não custa nada e pode valer a sua vida!

Caso seja incomodado por alguém, configure sua conta para bloquear os contatos indesejados. Lem-bre-se de trocar sua senha regularmente.

Se visualizar conteúdos suspeitos de serem ra-cistas ou com cenas de violência contra crianças, denuncie em www.denuncie.org.br.

Fábio CunhaAnalista de Tecnologia da Casa da Moeda do Brasil

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ENTREVISTA 3

WAlMIR VIEIRA Mestre em liderança e em Ciências da Religião, Pedagogo e Administrador Escolar. Diretor do Colégio Batista Shepard

E D U C A R P A R A A V I D A

As posturas ideais de um bom professor (1) Procura pautar sua vida pela verda-de, transparência e sinceridade, tanto na sua vida pessoal quanto nas ques-tões acadêmicas.

Preconiza um comportamento ir-repreensível no relacionamento com seus alunos. Não permite excesso de intimidade e de liberdade com sua pessoa e nem se permite agir da mes-ma maneira com seus alunos, mesmo entendendo ser importante se relacio-nar o mais próximo e solidariamente possível com eles.

Zela pela integridade de sua função. Não usa de sua posição para oferecer vantagens e obter favores de seus alu-nos ou pais.

Valoriza o espaço e o tempo do en-sino e da aprendizagem. Não “mata o tempo” de sua aula com atividades inócuas ou inatividade, mas respeita o

tempo precioso seu e dos seus alunos, aproveitando-o ao máximo.

Separa, sabiamente, os momentos e coisas. Não mistura suas outras ativi-dades profissionais ou comerciais com sua ação docente e, em seu ambiente de trabalho, permanece focado nas de-mandas pertinentes a ele.

Busca a competência máxima. Não se sustenta apenas pela simpatia e pelo bom relacionamento com os alunos, mas, principalmente, pela sua habi-lidade pedagógica, fundamentada no conhecimento.

Tem um vocabulário edificante e coerente. Não usa palavras de baixo calão, de cunho ofensivo, preconceitu-osas ou de duplo sentido, denotando malícia. Evita o uso de gírias (a não ser com intenção pedagógica), piadas

indecorosas, qualquer comentário de fundo discriminatório ou depreciati-vo sobre quem quer que seja.

Chega no horário de início da aula e, se possível, até antes, para preparar o ambiente de aprendizagem.

Cumpre com fidelidade seus dias e horários de aula. Quando, por cir-cunstâncias alheias à sua vontade, precisa faltar, prepara atividades ou conteúdos de sua disciplina que ou-tro possa aplicar.

Apresenta-se sempre preparado e organizado para a ministração da aula.

Entrega no prazo estabelecido as notas dos alunos.

Comparece às reuniões, aos Con-selhos de Classe e aos encontros con-vocados pela escola.

Veste-se adequadamente, evitando roupas indiscretas ou inadequadas à sua condição de mestre.

Mantém o asseio, bem como a lim-peza do seu corpo e da sua roupa.

Cuida da sua saúde e apresenta-se sempre bem disposto física e emocio-nalmente diante de seus alunos.

Zela pelo seu corpo, exercitando-o,

lutando contra a má postura e o uso inadequado da voz.

É maduro para aceitar e reagir às crí-ticas e sugestões, fazendo delas parte da base para seu próprio crescimento.

É capaz de trabalhar em equipe, co-operativamente, e inserir sua discipli-na (inter e transdisciplinaridade) no conjunto dos outros conhecimentos.

Ele sabe trabalhar em equipe,

cooperativamente, e inserir sua disciplina

no conjunto dos outros conhecimentos.

‘‘

’’

Um professor é considerado bom porque desenvolve,

espontaneamente, uma série de virtudes pessoais, de eficientes ações didáticas e posturas profissionais que acabam por evidenciar sua qualidade pedagógica. Naturalmente, cada professor tem característica e estilo pessoais que o distinguem e, também, nenhum professor consegue reunir em si todas as posturas ideais. Isso é humanamente impossível. Entretanto, um professor será considerado bom ou menos bom, na medida em que conseguir reunir e pôr em prática menos ou mais posturas ideais. Observando e estudando a prática docente, há muitos anos, e, indagando aos professores que julgo ou são considerados bons mestres, sobre as características essenciais de um bom professor, pude relacionar uma série de marcas que distinguem esse profissional eficiente e eficaz. Classifiquei essas marcas como “posturas ideais” em cinco dimensões, como veremos, em duas partes.Menciono agora, de forma sintética, as posturas ideais ético-profissionais e as físicoemocionais.

POSTURA ÉTICA IDEAl

POSTURA IDEAl COM O CORPO E AS EMOÇÕES

Evita reações emocionais que re-flitam seus problemas familiares e emocionais em sala de aula. Dificil-mente usa o espaço da sala de aula para catarses.

No próximo artigo, relacionarei as posturas disciplinares ideais e as didático-pedagógicas.

Eis as posturas que adota um bom professor:

O bom professor ainda:

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4 E N T R E V I S T A

te, agora que faz parte também do pa-trimônio cultural da humanidade?AFFONSO • A Tijuca, parte muito im-portante da “Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil”, é composta de várias ruas e avenidas, nas quais figuram lin-dos prédios e condomínios particulares. Sua natureza encanta a qualquer ser hu-mano, quando vê o Alto da Boa Vista, o Maracanã e o Maracanãzinho, a Praça Saens Peña, a Praça Afonso Pena, a Pra-ça Gabriel Soares, a Praça Xavier de Bri-to (onde temos carroças e brinquedos para as crianças) e a importante Praça Barão de Corumbá, onde está situado o templo da Igreja Batista Itacuruçá.Várias são as instituições educacionais que encontramos na Tijuca como: Co-légio São José, Colégio Militar, Colégio Veiga de Almeida, Colégio Sagrado Co-ração de Jesus, Colégio Batista Shepard, Colégio Batista Feminino (hoje, Uni-versidade Cândido Mendes). Elas são oportunidades oferecidas aos pais para darem aos seus filhos um aprendizado correto e um saber que os conduzirão na vida como homens dignos e capazes.No lazer, temos o Clube Municipal, o Tijuca Tênis Clube, o América Clube, a AABB e o Teatro Ziembinsk.Na área da saúde, creio ser um bairro privilegiado, com acesso aos serviços básicos de Saúde, Hospitais, como: Hospital Evangélico, ProntoCor, Hos-pital São Vicente de Paula, Hospital da Ordem Terceira, Hospital Santa Terezi-nha, Hospital PanAmericano e diversos outros hospitais e clínicas particulares de várias especialidades. Recentemen-te, criou-se a Unidade de Pronto Aten-dimento (UPA) da Tijuca. O comércio é maravilhoso. No meu iní-cio de vida, tínhamos, na Rua Desem-

bargador Isidro, a Fábrica de Geladeiras Arnould, a Fábrica de Tecido Bom Pas-tor, na Rua bom Pastor, e o Bar e Arma-zém do Gomes, que era também Pada-ria, e, ainda, o salão de Barbeiro etc.Na parte religiosa da Tijuca, encontramos diversas igrejas católicas e diversas igre-jas batistas, metodistas, presbiteriana, assembleia, congregacionais e outras.Dou um destaque para o Asilo e Igreja Católica Bom Pastor, na Rua do mes-mo nome. Também de relevante im-portância se faz o Colégio Batista She-pard, que possuía como Capela a hoje Igreja Batista Itacuruçá, na Rua José Higino, 416.Não posso deixar de mencionar a ma-ravilha do Rio Trapicheiro, que nasce no alto do morro, na chácara do antigo Barão de Itacuruçá. Situado, atualmen-te, no ponto mais alto do Seminário Ba-tista do Sul, corta a Praça Saboia Lima, até se juntar às águas do Rio Maracanã. Antes, havia uma ponte, porém, com o desenvolvimento, ela foi fechada. Ha-via uma linha de bonde: era o Aguiar x Fábrica, que fazia ponto final onde atu-almente é o ponto do ônibus 409.Como condução, contamos com várias linhas de ônibus que circulam na ci-dade, partindo da Tijuca, bem como o Metrô, que veio, na década de 70, para aliviar a vida dos tijucanos, ligando a zona norte à zona sul.

TF • Em que lugar morou?AFFONSO • No início, morei na Rua Bom Pastor, mais especificamente na Travessa Matildes, e estudei na Escola Pública que existe na Rua Enes de Sou-za.Ainda era bem criança, mas me lembro que mamãe gostava de dar almoço, aos domingos, para os seminaristas. Então, era uma festa, uma alegria só.Depois, fomos morar na Rua José Hi-gino, 416, casa 1. Ali existem duas pal-meiras plantadas por mim e por meu pai, para indicar a entrada de nossa casa. Isto foi em 1936, quando papai foi convidado a residir naquela casa, por ser o cozinheiro do Colégio Batis-ta e do Seminário. Ali, conheci vários amigos, passei a estudar no Colégio Ba-tista, passei a ser decorador dos cultos da igreja, aos domingos, colocando no salão Judson duas latas de samambaia, cercadas com papel colorido, para fica-rem bem bonitas.Aos 10 anos, obedecendo o que nos ensina a Bíblia, fui batizado pelo Pas-tor W.E. Allen, e frequentava a Escola dominical, sendo aluno de sua esposa, Dona Edith Allen, e, muitas vezes, to-mei parte da mesa das maravilhas.Com o passar dos anos, tive o prazer concedido por Deus, em 1961, nessa mesma igreja, de encontrar uma jovem de nome Maria José, e com ela me ca-

A Tijuca encanta aqualquer ser humano

TIJUCA EM FOCO • Como era a Ti-juca da sua infância?AFFONSO • Após tantos anos de vida, recordar o passado é sempre bom. Lembro de uma Tijuca calma e segu-ra, apesar dos morros que nos cercam. Tínhamos evangelismo (pregação) na Rua Potengi, nas Furnas da Tijuca e no morro do Borel.Ainda me recordo do bonde Aguiar-Fábrica, que nos conduzia para a cidade, do bonde Muda-Usina e do Usina-Alto da Boa Vista. A seguran-ça era perfeita. A gente passeava com tranquilidade.

TF • Fala-se que, no passado, a segu-rança era total. Isto é verdade ou é sau-dosismo?AFFONSO • Temos saudades, real-mente, desse passado. Os Bancos ti-nham segurança da Polícia Militar. Não se fazia venda por camelô nas portas e nem se estacionavam carros em nenhu-ma porta de estabelecimento bancário ou não bancário.As ruas eram vigiadas pela Polícia, em dupla: os chamados “Cosme e Damião”. Havia os elementos que se julgavam os poderosos, mais não eram tão chega-dos às drogas – as conquistas baratas – porque a Polícia se fazia presente e sabia impor respeito aos marginais da época. O comportamento era bem di-ferente. Podia-se passear ou fazer pi-quenique em qualquer lugar adequado para tal, sem ser incomodado. Se algo acontecesse, os chapéus vermelhos (Guarnição Especial da Polícia) chega-vam logo. O que precisamos nos dias de hoje é de um Policiamento mais presta-tivo e presente.TF • O que tem a Tijuca de interessan-

José Affonso é um apaixonado pela Tijuca, bairro onde mora há quase 72 anos, toda a sua vida, na verdade.

Aposentado do Banco do Brasil e hoje advogado militante, ele fala com entusiasmo da Tijuca. Aqui, se casou com Maria José e, aqui, criou suas duas filhas: Sandra Regina e Thelma Ruth, que lhes deram sete netos.

TIJUCA EM FOCO o entrevistou como uma forma de celebrar os 253 anos da Tijuca, comemorados em julho.

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E N T R E V I S T A 5

sei, em 1962, formando uma maravi-lhosa família.Por vários anos, colaboramos juntos, eu e ela, com o coro da igreja e no Curso de Enfermagem, que existiu durante 15 anos, até seu encerramento.Moramos também no Grajaú, na Rua Itabaiana, onde, após uma séria enfer-midade, mamãe (Maria Mendes da Sil-va) veio a falecer. Meu pai (Prudêncio Francisco da Silva), faleceu dentro da Igreja Batista situada na rua Belmiro, na Piedade, durante um culto, no do-mingo. Enquanto os irmãos oravam, ele subiu para os braços do Senhor. Era um homem de muita fé.Depois disto, fomos residir na Rua Bo-tucatu, porém, nosso desejo era morar na Tijuca. Foi quando surgiu um apar-tamento na Rua 24 de Maio, junto à Estação São Francisco Xavier e, logo depois, nos mudamos para a Rua Ha-ddock Lobo, e depois fomos residir na Rua Alfredo Pinto.

TF • Qual o lugar onde você se sente melhor na Tijuca?AFFONSO • Diz-nos a Bíblia: “Ale-grei-me, quando me disseram: vamos à

casa do Senhor”. Será que aqui na terra há um lugar melhor do que esse? Es-tar com a família em casa é muito bom, porém, sentir a presença do Senhor conosco, não há coisa melhor: nos une mais e acrescenta mais amor a cada um dos habitantes.Gostei muito quando morei dentro do Colégio Batista; nesta bela Tijuca, tive muitos amigos, como até hoje os te-nho.Gosto muito daqui, onde moro. Tudo perto, inclusive a estação do metrô, próximo à rua em que moro. O Largo da Segunda-Feira é o local mais mara-vilhoso da Tijuca para se morar. Esta-mos aqui há 40 anos.

TF • E a Praça Saenz Peña?AFFONSO • É uma alegria muito grande falar sobre a Praça Saenz Pena. Como eram momentos alegres e felizes estarmos ali na Praça, aos domingos! Tínhamos um trabalho de evangelis-mo, quando era formado um coro ou um quarteto, porém, o ponto alto e relevante era o acompanhamento da Yara Curvacho, tocando acordeom, outros irmãos tocando flauta e muitos

dos nossos seminaristas e pastores tra-zendo a palavra de Deus para os pre-sentes, com a distribuição de convites e folhetos.

TF • Qual o maior acontecimento que presenciou na Tijuca?AFFONSO • A Construção do Templo da Igreja Batista Itacuruçá e a Assem-bleia da Aliança Batista Mundial, em 1960, no Estádio do Maracanã, foram os dois episódios que mais me marca-ram.

TF • Qual o lugar do Colégio Batista e da Igreja Batista Itacuruçá na sua vida?AFFONSO • O Colégio Batista é “o templo da ciência, da virtude e do la-bor. Traz à alma e ao corpo e à men-te toda calma”. Eis o que representou

para mim o Batista: templo do saber, templo da calma, fortalecendo-me por meio de seus sábios mestres.A Igreja Batista Itacuruçá tem um significado para mim além do que se possa avaliar. Nela, encontrei, além de grandes amigos e irmãos, exemplos para o meu viver junto aos meus queri-dos, sobretudo para buscar a Cristo em primeiro lugar.

A Tijuca é parte muito importante da “Cidade Maravilhosa, cheia de

encantos mil”.

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6 A N I M A I S

Apenas na capital do Rio de Janei-ro são registrados 200 abandonos de animais por dia, sendo 6.000

por mês, de acordo com informações da ONG Ação Animal. Embora os da-dos sejam alarmantes, na Tijuca há grupos trabalhando arduamente para que esses números diminuam e, claro, para que mais animais sejam adotados e ganhem muito carinho e assistência. É o caso da ANIDA (Associação Nacio-nal de Implementação dos Direitos dos Animais), liderada pela veterinária An-drea Lambert, 47 anos, nascida e cria-da na Tijuca, que organiza, há um ano, encontros mensais para a campanha “Adote um bichinho e salve uma vida”, sempre na Praça Afonso Pena.

A atriz Lady Francisco, madrinha da campanha, que luta para dar condi-ções melhores aos animais há 55 anos, já adotou 15 animais.

-- Já perdi a conta de quantos lares consegui para os animais. Continuarei lutando por eles --, conta Lady, que, atualmente, tem seis animais adota-dos, incluindo dois urubus, que estão com ela há 16 anos.

AMOR E RESPONSABIlIDADE

“Muito amor e responsabilidade” é, segundo Andrea, requisito para que alguém adote um animal. Mas, reforça que a melhor ação é adotar, e explica o porquê:

-- Existe muito abandono e maus tratos dos animais. Ao comprar, você tira a chance de um animal se salvar. O mais importante de adotar é saber que

nenhum animal pode ser explorado. Você não compra um filho, logo, não deveria comprar um animal. Animal é vida, e não lucro.

A tijucana Amanda Sette já adotou dois cachorros (Tony, vira-lata de três anos, e Mike, um poodle de nove anos) e faz coro com Andrea:

-- Para mim é como um membro da família. Portanto, não pode estar à venda.

Amanda é, há 20 anos, voluntária no Abrigo João Rosa, em Pilares, que conta com 240 cães.

A internet facilitou a divulgação dos trabalhos dessas e demais organizações e grupos por toda a cidade, que ten-tam ajudar os animais e garantir para eles um local digno e repleto de muito amor. É o caso da niteroiense Renata Alvez que, há oito anos, adotou Belinha,

abandonada em plena Linha Amarela. Andrea pegou a cachorrinha e divulgou o caso através de redes sociais da época e conseguiu um lar para a poodle.

Centenas de famílias já adotaram com esses grupos, mas ainda há muitos animais que precisam de um lar.

ENCONTROS

Os encontros na Praça Afonso Pena acontecem todo primeiro domingo do mês. Para adotar um animal, basta ter, no mínimo, 18 anos, levar identidade, comprovante de residência e passar por uma rápida entrevista. No caso de menores, basta levarem o responsável. Para entrar em contato com a ANIDA, o telefone é 9316-6030. Quanto ao Abri-go João Rosa, o endereço eletrônico é [email protected]

BRUNO ENTRINGER

Não compre: adote. Pede associaçãoAbandono de animais em vias públicas ou residências fecha-das ou inabitadas é crime (lei nº 4731/08) e a pena é de R$ 2000,00. Orienta-se que as pes-soas com necessidade de abrir mão da posse e das responsa-bilidades sobre seus animais de estimação que busquem pessoas aptas para adotá-los, ou, ainda, organizações que promovem adoção de animais. (fonte: Pre-feitura do Rio)

Andrea, acompanhada da atriz Lady Francisco, madrinha da Campanha, e Gigi, que foi atropelada há três me-ses e aguarda para ser adotada.

Você sabia?

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7S A Ú D E E M O C I O N A L

Cristiane Fiaux, mestre pela Fiocruz, é psicóloga clínica

Qual a diferença entre conversar com um amigo e conversar com um te-

rapeuta?Esse tipo de pergunta é feita por

muitas pessoas que buscam entender o significado do processo psicoterapêuti-co, em que uma pessoa se prontifica a ouvir outra e estabelecer uma relação de ajuda.

Costumo dizer que muitas explica-ções sobre isso podem não dizer quase nada, uma vez que somente experi-mentando e vivendo o processo é que se pode entender melhor do que se tra-ta e perceber seus efeitos benéficos.

Além dessa pergunta, que pode sig-nificar apenas um desconhecimento de fato, outros comentários se proliferam de forma equivocada, causando mal en-tendidos. Quem nunca ouviu o seguin-te comentário: “não vou ao psicólogo porque isso é coisa para maluco!”? Te-mos aí preconceitos embutidos, sobre psicoterapia e sobre doença mental.

A psicoterapia é caracterizada por uma conversação estabelecida em um

ambiente seguro e sigiloso entre pa-ciente e terapeuta e possibilita a cons-trução de novos significados para as experiências e sofrimentos vividos.

Gosto da ideia de autoagenciamen-to que um bom processo psicoterapêu-tico permite, pois o paciente passa a se implicar e a gerir suas próprias ideias e

O psicólogo/psicanalista possui uma audiência qualificada, que escuta e legitima a voz do paciente, sem jul-gamentos. Com uma postura ética, ele ocupa o lugar do não saber, posto que passa a saber somente a partir do rela-to de seu paciente e, então, clareia os relatos, na busca da compreensão dos significados.

O psicólogo/psicanalista mantém uma postura de curiosidade e, através das perguntas que faz, abre novas pos-sibilidades de pensar. Mas, não muda ninguém, não faz a cabeça do paciente para decidir sobre tal ou qual coisa, não define o caminho pela pessoa, não dá conselho e não deixa ninguém biruta. Antes, atua como um facilitador para criar oportunidade do paciente acessar e elaborar seus sentimentos, além de provocar o movimento no sujeito, para que ele seja o responsável por suas mu-danças, protagonista de sua história e se sinta em condições de avançar, satis-fatoriamente, vencendo as dificuldades que o paralisam.

Por que fazer terapia? (1)

“A vida só é possível

reinventada.”(Cecília Meireles)

escolhas. Conversar, nesse caso, não é apenas falar e, portanto, não é qual-quer conversação que possibilita tal feito. Para apenas falar, uma conversa informal com um amigo no barzinho da esquina é suficiente. A propósito, uma conversa com um amigo pode ser muito bem-vinda, só não é orientada por téc-nicas e teorias que possam trabalhar as questões trazidas!

(Continuamos no próximo número, com a pergunta “o que leva as pesso-as a buscarem uma terapia?”. Até lá).

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8 M E I O A M B I E N T E

BRUNA AGUIAR E FÁBIO AGUIAR

“Desenvolvimento sustentável é uma maneira de ser”Entre os dias 20 e 22 de junho, as atenções de todo o mundo estiveram voltadas para a cidade do Rio de Janeiro, onde foi realizada a Rio+20 (a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável).

Mesa de diálogo discutiu o papel da igreja na sustentabilidade

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Ao final do evento, as avaliações sobre o mesmo (cujo objetivo central era assegurar um comprometimento políti-co renovado com o desenvolvimento sustentável) variaram desde duras críticas, em especial de alguns setores da socie-dade civil, até elogios, pelo documento final alcançado.

Contudo, algo não pode ser questionado: durante a realização da Rio+20, o debate sobre a sustentabilidade ambiental recebeu amplo destaque, inspirando ações e re-flexões, muitas das quais tiveram os cristãos como prota-gonistas.

IGREJAS ECOCIDADãS

Uma dessas ações foi a promoção de uma mesa de di-álogo sobre o papel da igreja na sustentabilidade em um contexto de crise ambiental, iniciativa que foi promovida pelo coletivo Igrejas Ecocidadãs, que atuou no âmbito da Cúpula dos Povos (evento paralelo à Rio+20).

O debate, que atraiu mais de 100 pessoas a um audi-tório do Instituto Metodista Bennett, na tarde do dia 16 de junho, contou com a participação dos professores uni-versitários Cláudio Oliver e Ednaldo Michellon, do teólogo Delambre Oliveira e da ex-ministra Marina Silva.

O primeiro a falar foi o mediador da mesa, Delambre Oliveira, que, após traçar um rápido panorama da contem-poraneidade, perguntou como a igreja evangélica brasilei-ra poderia se envolver com a sustentabilidade.

Segundo Michellon, para responder a este desafio é ne-cessário valorizar mais o caráter do que o carisma, prefe-rir o ser ao ter. O que, segundo ele, está em falta nos dias atuais.

Já Oliver afirmou que Deus está profundamente com-prometido com a sua criação, e que, para os cristãos res-ponderem aos desafios contemporâneos, é necessário as-sumir uma vida simples, deixando de lado elementos como grandeza, poder e soberba.

SER E FAzER

A última a falar foi Marina Silva, que citou o texto de Eclesiastes 4.6 – “melhor é a mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espí-rito” – para evidenciar que o desenvolvimento sustentável é algo bíblico.

Ao encerrar sua participação, ela fez um alerta impor-tante: “desenvolvimento sustentável não é uma maneira de fazer as coisas, mas é uma maneira de ser”.

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M E I O A M B I E N T E 9

Uma avaliação da Rio+20O teólogo e consultor em sustentabilidade Delambre Oliveira acompanhou com atenção a Rio+20 e a Cúpula dos Povos. Nesta rápida entrevista, ele compartilha o que achou desses eventos e da participação dos cristãos nos mesmos.

Tijuca em Foco - Qual a sua avaliação da Rio+20?Delambre Oliveira - Qualquer avaliação precisa ser feita em um certo grau de complexidade, e não apenas a partir dos resultados esperados sobre o documen-to final. Aqueles que acompanham este debate há mais tempo já esperavam que não fosse tomada decisão alguma que exigisse dos países um compromisso so-bre metas de curto prazo para a redução de emissão de gases do efeito estufa.Contudo, aponto alguns aspectos posi-tivos na Rio+20, como o fato de quase todos os países participantes admitirem a gravidade da questão ambiental e a grande participação da sociedade civil em eventos como a Cúpula dos Povos, na qual foi produzido um documento que critica o tema central da conferência oficial, a noção de uma economia verde.

Segundo esse documento, é necessário mais do que uma economia verde, é necessário outro modelo de desenvol-vimento.

Tijuca em Foco - Como você analisa a participação dos cristãos, através do coletivo Igrejas Ecocidadãs, nesse encontro?Delambre Oliveira - A participação do coletivo Igrejas Ecocidadãs foi muito im-portante, e o mesmo conseguiu um es-paço na agenda de atividades da Cúpula dos Povos. Dessa forma, realizou ações como uma caminhada de conscientiza-ção e debates sobre a importância dos valores cristãos para a sustentabilidade.Já a participação na Rio+20 foi bem mais modesta, pois o excesso de buro-cracia dificultou a expressão da socieda-de civil.

NA TVPara ouvir mais o professor Delambre falando sobre sustentabilidade, assista no dia 19/7, às 22h30min, ao programa CONVITE À VIDA, pela rede NGT (casal 17 NetRio e 26 UHF), ou pela internet: conviteavida.org.br

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CULTURA10 A R T E

SEGUE A lISTA:

1. Suíte nº 3 para orquestra (ária na corda G) – Johann Sebastian Bach.

2. Sheep May Safely Graze – Johann Sebastian Bach3. Arioso – Johann Sebastian Bach4. Moonlight Sonata – L.V. Beethoven5. Für Elise – L.V. Beethoven6. Jesus Alegria dos Homens – Johann Sebastian Bach7. Air from Water Music – George Frederic Haendel8. Canon em D (Johann Pachelbel)9. Lohengrin (Richard Wagner)10. The Prince of Denmark’s March - (Trumpet Voluntary)

- (Jeremiah Clarke)11. Trumpet Tune in D (Purcell/Clarke)12. Wedding March from A Midsummer’s Night Dream

(Felix Mendelssohn)13. Rondeau (Jean Joseph Mouret)14. Hornpipe from Water Music (George Frederic Haendel)15. As quatro estações, primavera, Allegro (Antonio Vivaldi)

De vez em quando, algumas pessoas (noivos) me perguntam sobre músicas apropriadas para serem tocadas em cerimônias de casamento.

É o momento onde o sonho de uma vida se torna re-alidade: o tão esperado dia do casamento. Uma data especial e única como esta deve ser celebrada com bastante alegria.

Existem inúmeras músicas que são executadas em casamentos. Estes variam dos mais pomposos e tra-dicionais aos mais modernos, luxuosos ou simples. Tudo começa com a identidade e a subjetividade do casal, passando também pelo orçamento disponível para a ocasião.

Os que preferem uma cerimônia informal, geral-mente optam por músicas que são temas de filmes românticos, outros, que têm apreço pela elegância do tradicional, preferem músicas de concerto. Nesta coluna, falarei desta última preferência.

Seguem, abaixo, 15 dicas de repertório com músicas de concerto para aqueles que desejam se casar ou conhe-cem alguém que está prestes e já começou a trabalhar nos preparativos. No mundo ocidental, estas músicas são, provavelmente, algumas das mais tocadas nos ca-samentos tradicionais. Fica também a dica para futu-ras pesquisas e audições destes exímios compositores que marcaram época e possuem vasto e interessante repertório. Se desejar ouvir, deixarei disponíveis os áudios no site: www.letrasonora.com.br

ANU RIOPARIS_74x240_AF421 de maio de 2012 23:55:55

Ramon Chrystian de Almeida LimaBacharel em música, arranjador e guitarrista

casamentos15 músicas favoritas para

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D E B E M C O M O D I N H E I R O 11

Marcos lima, mestreem Sistemas de Gestão,é consultor financeiro

Juros BAIXOS?Vivemos em tempos de forte incentivo

ao consumo, inclusive com decisões no plano governamental. Constantes

falas do Governo Federal e do marketing de bancos públicos e privados convidam as pessoas à tomada de empréstimos, cujo desdobramento final é o consumo, visto que os juros estão caindo.

Sim, a taxa está caindo, mas ainda é uma das mais altas do mundo. Está caindo sim, mas os bancos aumentaram as tarifas de forma galopante, para compensar a queda em seus spreads (diferença entre a taxa que os bancos captam e emprestam dinheiro). Está caindo, sim, mas o Governo também reduziu a remuneração da poupança de mi-lhões de poupadores. Está caindo, sim, mas, no final do financiamento de uma geladeira, o consumidor pagou, em alguns financia-mentos, até três geladeiras.

A intenção final, na redução dos ju-ros, é gerar consumo. Mas, quem disse que consumir é uma questão de vida ou morte? Será que a compra da geladeira e

outros bens não pode ficar para depois, comprados à vista, depois de poupado o valor? Tem que ser tudo agora, só porque os juros estão caindo?

Cuidado. A irresponsabilidade de muitos, estampada nas mídias, não pode contagiá-lo a um estilo de consumo sem sentido. Você não pode ser tragado pelo mote “consumo, logo existo”, pois, no fim, quem ficará sem dormir pela falta do di-nheiro para pagar as contas serão você e sua família, e não os bancos e financeiras.

Conheço duas pessoas, que trabalham em empresas diferentes, mas ganham qua-se a mesma coisa: R$1.200,00, por mês. Ambas contribuem para o sustento de suas casas. Uma consegue poupar e já até viajou de avião para uma dessas cidades turísti-cas. A outra complementa sua renda com o limite do cheque especial, para poder pa-gar as contas e prestações. O que ela não sabe é que, em pouco mais de nove meses de utilização do cheque especial, ela pagou o mesmo valor do limite em juros.

Quem será mais feliz? A que poupa ou a que vive estressada com as contas.

Para enfrentar estes e tantos outros desafios que envolvem o tema do dinhei-ro, precisamos PARAR E FAZER UMA REFLEXÃO. Para onde caminha minha vida? Será que, se eu não tiver este ou aquele item, eu me tornarei menor ou inferior? Minha felicidade depende real-mente do que eu compro e tenho, mesmo sem ter condições financeiras?

Todos precisam compreender que foram criados para viver a plenitude da vida, e isso independe do quanto você tem na carteira, no banco ou em casa. A felicidade precisa ser construída a partir de nossos corações e não de nossos desejos.

Quem realmente gosta de você gosta pelo que você é e não pelo que você tem. Reflita você mesmo: seus melhores ami-gos ou amigas são importantes para você pelo que eles têm ou pelo que eles são?

Resista à tentação do consumo sem sentido e viva a sua liberdade plena.

A irresponsabilidade

de muitos, estampada nas

mídias, não pode contagiá-lo a um

estilo de consumo sem sentido.

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12 Q U A L I D A D E D E V I D A

A Praça Xavier de Brito tem movimento diário, inten-so, desde cedo. Pessoas

de diferentes idades iniciam suas atividades matinais com exercícios e corrida.

A Secretaria de Saúde do Rio, através do Projeto Quali-vida, há 12 anos na Praça, está presente, de segunda à sexta-feira, com o programa para a terceira idade e adultos, com aulas de ginástica, alongamen-to e, mais recentemente, dança de salão.

O professor Waldenei Pe-reira, mais conhecido como Nei, está, há dois anos, no Projeto, ministrando aulas às segundas, quartas e sextas.

– Os movimentos são desen-volvidos para que eles se sintam bem no dia-a-dia, fortalecendo a musculatura e, consequente-mente, melhorando a qualidade de vida e a saúde – destaca o professor.

Os alunos também são assis-tidos pela fisioterapeuta Isabel

Mello, que coordena o projeto na Praça, e pela técnica de en-fermagem Carolina Silva, que antes das 7h da manhã já está a postos, aferindo a pressão dos participantes. O mesmo procedimento é realizado após os exercícios. Para se inscre-ver, é necessário preencher a ficha de inscrição e apresentar atestado médico.

A aluna Dilce Viana é uma das mais animadas. Há 12 anos no projeto, é uma espécie de re-lações públicas do grupo. Ela or-ganiza o calendário dos eventos, as festas dos aniversariantes do mês, por exemplo, e é a respon-sável pela guarda dos equipa-mentos utilizados na aula.

– É uma oportunidade de a gente se integrar, cuidar da saúde, fazer amizades e me-lhorar o convívio social – con-clui Dilce.

Além do Projeto Qualivida, há dois anos a Prefeitura inau-gurou a Academia da Tercei-ra Idade (ATI), mantida pela

Secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida. O projeto conta também com a parceria da Secretaria Muni-cipal de Saúde. A academia ao ar livre é composta de dez mó-dulos de aparelhos, tais como Esqui, Simulador de Cami-nhada, Rotação Vertical, Ro-tação Dupla Diagonal, Pressão de pernas, Multiexercitador, Alongador e Remada Senta-da. Todos os aparelhos foram desenvolvidos especialmente para atender às necessidade

Há uma academia ao ar livre, na Xavier de Brito

A Praça Comendador Xa-vier de Brito tem este nome em homenagem ao Coronel Xavier de Brito. Conhecida como a Praça dos Cavalinhos, é um dos lugares mais encan-tadores da Tijuca.

A Praça existe desde 1928, quando foi ajardinada, e, no seu centro, está localizado um chafariz de bronze, construí-

do na França para uma praça europeia, mas que acabou no Brasil, onde primeiro serviu de fonte. Em 1960, foi colo-cado na Praça para satisfação dos moradores da região.

Nos fins de semana, as crianças também aproveitam o espaço para curtir o balan-ço, o escorrega, e o passeio de charrete e nos cavalinhos.

ElENICE MAGAlHãES

dos maiores de 50 anos, mes-clando exercícios de força e flexibilidade.

Pela manhã, as aulas são ministradas pela professora de Educação Física, Simone Scan-fone, que realiza três séries de 15 repetições para os alunos.

– São aparelhos leves, es-pecíficos para a terceira idade, mas estamos também abrindo oportunidades de participação para os adultos – informa a professora.

Na Academia da Tercei-

ra Idade, todos os alunos são acompanhados por um técnico de enfermagem que dá apoio ao grupo.

Os alunos gostam de par-ticipar diariamente das ativi-dades, mas têm algumas rei-vindicações, que são legítimas, para melhoria da Praça, tais como: segurança e policiamen-to constante, manutenção dos aparelhos quebrados e melho-ria do parque infantil, que está completamente abandonado e sub-utilizado pelas crianças.

A praça é também das crianças

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C R Õ N I C A 13

u sempre voltava da Aliança Francesa com a Maria Tereza. Subía-mos, juntas, a Rua Cló-

vis Beviláqua até à entrada do Colégio Batista, onde nos se-parávamos: eu subia a ladeira do colégio, e Maria Tereza a da Saboia Lima.

Numa noite escura, Te-reza me perguntou se eu não tinha medo de subir a ladeira naquela escuridão. Eu disse que não, não havia motivo. Naquela época, não tínhamos vigia noturno no colégio, nem mesmo na portaria.

Comecei a subir despreo-cupada. Daí a pouco, me lem-brei dos comentários da ami-ga e apertei o passo, o medo já começando a aflorar. Mas, pensei:

– Sempre subi aqui sem medo e nunca me aconteceu nada. Não vou-me deixar in-fluenciar pelos comentários de

alguém que não conhece esta ladeira. Ela é que devia ter medo de subir a ladeira dela, pois, afinal, lá passa muita gente desconhecida.

E acalmei meupasso e meu coração.

Medo mesmo eu tinha quando ia estudar na casa da Sônia, com aqueles pastores alemães com cara de poucos amigos. Um dia, fui estudar para uma prova, e, quando avistei a casa dela, fiquei logo apreensiva, pois os portões estavam abertos. Ela mora-va num casarão da Rua Hé-lion Povoa, outra ladeira da Tijuca. O portão de madeira era muito grande, com duas bandas feitas de vigas de ma-deira. Assim que me aproxi-

mei, resolvi primeiro fechá-lo, antes de tocar a campainha, com receio de que os cachor-ros chegassem antes. Mal con-segui encostar as duas bandas do portão e segurá-las, lá vie-ram os dois cachorros latindo e pulando. Meu bracinho de menina não conseguia alcan-çar a campainha e, com os ca-chorros pulando, eu também não conseguia fechar o por-tão. Tive que ficar segurando as duas bandas, até que Sônia desconfiou do motivo dos cães latirem tanto e veio em meu socorro. Prendeu os cachorros e eu pude, finalmente, entrar e tomar logo um copo d´água.

Vivian era outra amiga na casa de quem eu estudava e que morava num casarão. Ali, o que me metia um certo medo era o ateliê de escultura do

pai dela, mas adorava entrar lá. Era um casarão rosa, de dois andares, mas a residência ocupava só um andar; o ateliê ficava numa espécie de porão, e era cheio de pedestais com figuras de gesso. Todas aque-las esculturas em gesso branco me pareciam fantasmas.

O casarão ficava na Rua Ba-rão de Mesquita. Depois que os pais faleceram, meus ami-gos se mudaram e o venderam para o SESC, que construiu edifícios no espaço onde ficava o bosque. O casarão foi pre-servado e é chamado de Casa Rosa. Os prédios possuem uma arquitetura muito bonita. Em cada canto da construção encontramos ou um jardim de inverno ou claraboias que nos permitem ver as nuvens no céu, mantendo nosso contacto

com a natureza. Muitas árvo-res também foram preserva-das; muitas atividades são fei-tas no Pátio das Tamarineiras e no Pátio das Acácias.

Jovem, pensava que quan-do tivesse 40 anos não iria ser como essas pessoas que ficam falando: “No meu tem-po....” , e fazem críticas à época atual. Mas, tenho que admitir que já não temos a mesma li-berdade que tinha na minha meninice, quando o que metia medo eram os cachorros e as “esculturas fantasmagóricas”. Hoje, é impensável um colé-gio como o Batista sem um vigia noturno, uma Rua como a Saboia Lima sem segurança particular, e meninas e me-ninos, menores de dez anos, cruzando essas ruas, sozinhos, para estudar na casa de ami-guinhos.

Então, sou obrigada a di-zer: “No meu tempo de meni-na, eu podia andar a pé, cami-nhando, sem medo, pelas ruas da Tijuca”.

No meu tempo...lUCI DO AMARAl SIlVEIRA

E

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CULTURA14 Q U A L I D A D E D E V I D A

Duas vezes ao mês, um grupo for-mado por profissionais e volun-tários se encontra para apoiar

familiares e cuidadores de idosos. É o GACI (Grupo de Apoio a Cuidadores de Idosos), que promove a próxima reu-nião no dia 14 de julho.

Um dos profissionais que dá sua co-laboração ao grupo é o psicólogo Walla-ce Hetmanek dos Santos, gerontólogo, titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, e que traba-lha também no Instituto Sequoia.

Wallace lembra que a população mundial está envelhecendo, com desta-que para o Brasil em número de idosos. Com isto, está aumentando a incidên-cia de doenças crônicas e degenerati-vas, algumas incapacitantes, como Al-zheimer e Parkinson, dentre outras.

O gerontólogo sabe que, neste pro-cesso de mudanças, “muitas famílias adoecem junto com seus entes queri-dos, assim como os cuidadores profis-sionais sofrem com a falta de apoio,

pela sobrecarga, e carecem de informa-ções importantes”.

Margaret Borges, voluntária no gru-po tijucano, diz que o GACI tem o ob-jetivo de auxiliar familiares e cuidado-res no ato de cuidar de idosos, através da troca de experiência e informações para reduzir a angústia e as dificulda-des associadas à relação de cuidado, assim como aumentar o entendimento sobre as necessidades específicas e as ferramentas disponíveis para um cui-dado humano e amoroso. “Na prática – diz ela – acolhemos os participantes em seu sofrimento, demonstrando que não estão sós, além de apresentar ma-neiras de adaptar o seu comportamen-to, em prol de melhorar as relações e manter a saúde física e mental”.

As próximas reuniões, que são quinzenais, acontecerão nos dias 14 e 28 (sábados) de julho, de 9h30m às 11h30m, numa sala da Igreja Batista Igreja Batista Itacuruçá (Praça Barão de Corumbá, 49).

Tijuca apoia cuidadores de idosos

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L E I T O R E S E M F O C O 15

Gostaria de parabenizar a equipe que faz o jornal Tijuca em Foco.

Periódicos publicados por organizações evangélicas, nor-malmente, me lembram infor-mativos de partidos políticos. São enfadonhos, autorreferen-tes, presunçosos.

Não é o caso de TF. Artigos de opinião, reportagens, en-trevista, panorama cultural... O conteúdo que todo bom jor-nal precisa apresentar está nas páginas de TF.

O mais importante para mim, no entanto, é a caracte-rística de este jornal poder ser lido sem dificuldades fora do nicho evangélico.

Para que não se diga que só elogiei, Tijuca em Foco é um nome que me desagrada, mas isso não tem importância.

Parabéns!

UTAHY CAETANO DOS SANTOSInhaúma

Numa antiga catedral de Lubck, Alemanha, encontra-se gra-vada a seguinte inscrição:

“Assim nos diz Cristo, nosso Senhor”:Chamais-me Mestre, e não me obedeceis;Chamais-me Luz, e não me vedes;Chamais-me Caminho, e não me percorreis;Chamais-me Vida, e não palpitais com o Meu coração;Chamais-me Sábio, e não me escutais;Chamais-me Adorável, e não me adorais;Chamais-me Providência, e não me pedis;Chamais-me Eterno, e não procurais;Chamais-me Misericordioso, e não confiais em mim; Chamais-me Senhor, e não me servis;Chamais-me Todo-Poderoso, e não me receais;Chamais-me Justo, e não vos justificais.

Quem é Jesus?

Não importa o lugar. Em qualquer cidade, qualquer país, diferentes culturas, pessoas de qualquer religião, compro-metidas ou não com uma crença, sabem o nome de Jesus de Nazaré.

Ele é a personalidade mais singular de todos os tempos. Com certeza, é um dos nomes mais conhecidos no mundo!

Jesus mudou a direção da história. Por isto, a abreviatura “A.C.” significa “antes de Cristo” ou A.D. (Anno Domini), “o ano do nascimento de Jesus Cristo”.

Em todos os nichos

A vida que Jesus viveu, os milagres que realizou, as pa-lavras que proferiu, Sua morte na cruz, Sua ressurreição e Sua ascensão aos céus estão registrados na Bíblia Sagrada. Todos estes fatos demonstram que Ele não foi um simples homem, porém, mais do que homem. O próprio Jesus afir-mou: “Eu e o Pai somos Um” (João 10.30), “Quem me vê, vê ao Pai” (João 14.9), e “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (João 14.6).

Por sua morte na cruz, Jesus tornou-se o Salvador daque-les que O reconhecem como tal, e entregam a Ele o contro-le de suas vidas. Jesus veio ao mundo não para nos dizer o que fazer, mas para fazê-lo por nós. Jesus não veio para nos ensinar a nos salvar a nós mesmos, mas para nos salvar. A salvação é Sua obra; Ele a realizou; Ele morreu pelos nossos pecados; Ele é o Salvador.

Jesus se apresenta como a porta, o caminho, a verdade, a vida, a água da vida, a luz do mundo, o pão da vida, o bom pastor, o mestre, o Senhor, a ressurreição, o filho de Deus.

Há um significado para cada identificação acerca de Jesus.

Para você, quem é Jesus?

SANDRA MARA DE SOUzA

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16 N E G Ó C I O S

Em uma época em que poucos acreditavam que valia a pena investir em qualquer tipo de ne-gócio na Tijuca – por conta da

violência que assombrava o bairro – o empresário Ottmar Grunewald inaugu-rava, no dia 30 de julho de 2004, o pri-meiro restaurante da rede Otto, na Rua Uruguai, esquina com a Rua Conde de Bonfim.

O gaúcho de Santa Cruz do Sul, neto e bisneto de alemães, com extensa experiência no ramo da hotelaria e gas-tronomia, com passagens nas renoma-das Don Camillo e Rodeio, identificou que muitos tijucanos saíam do bairro à procura de serviço de qualidade.

– Recebia muitos moradores da Ti-juca nos restaurantes em que trabalhei na Zona Sul e percebi a carência de uma boa casa no bairro – conta Grunewald – que, por intermédio de um amigo, conheceu o lugar onde estabeleceu o seu negócio.

O Otto é um restaurante alemão com um toque de brasilidade.

A casa, que é um sucesso e inclui em sua programação diversos festivais gastronômicos, tem, na composição de seus ambientes, duas charmosas áreas internas e uma varanda, com ar mais descontraído. Eleito o melhor restau-rante da Tijuca pelo GLOBO-Tijuca, em 2009, 2010, e reeleito em 2012, o Otto já faz parte do roteiro dos aprecia-dores de uma “boa mesa” na cidade.

O “cardápio” musical é diário e é para quem gosta de apresentações que passam pelo Jazz, Bossa Nova e MPB.

MARIA MARTHA RODRIGUES – O público que vem é atraído pela saborosa cozinha alemã, aliada à mú-sica de qualidade – afirma Ottmar, que recebe, em média, por mês, 15 mil clientes.

O famoso palmito natural, assado na casca, que é o carro-chefe – e que tem um Festival nos meses de setembro e outubro – é uma criação exclusiva de Grunewald – inspirado nas histórias que os seus avós contavam sobre o cos-tume que os índios guaranis tinham de comer tal iguaria na casca. A Temporada de Carnes de Caça e Exóti-cas, realizada anualmente durante o ou-tono, também é outro destaque do Otto. O Festival é inspirado na tradição de caça da Europa, que também acontece na mesma época. O cardápio dispõe de carnes de animais da fauna brasileira, todos criados em cativeiro (com autori-zação), como a paca, o javali, a capiva-ra, o cateto, entre outros. Já na estação mais fria do ano, o inverno, o restauran-te investe no Festival de Fondues.

– Esses dois eventos reforçam a identidade europeia do Otto –, revela o empresário.

O restauranter, como Ottmar se define, ainda comanda mais três esta-belecimentos: o Otto Al Mare – cozinha italiana e mediterrânea, com o foco em peixes e frutos do mar; o Villa Otto (Trattoria – Pizzeria) – localizados na Rua Uruguai, e, sua primeira filial, fora das fronteiras tijucanas, localizada no Itanhangá, na Barra da Tijuca.

E tem mais: para o início do segun-do semestre, está prevista a inaugu-ração do Otto Café, na Rua Conde de Bonfim.

Uma aposta de sucesso