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COLEGIADO DE DIREITO
SISTEMA RECURSAL DO PROCESSO CIVIL
E PROCESSO NOS TRIBUNAIS
ALUNA: ADRIANA DE JESUS SANTOS TURMA: ¨6
FICHAMENTO
O DIREITO ACHADO NA RUA: DIREITO À SAÚDE
PARIPIRANGA/2015-2
FICHAMENTO – 6º PERÍODO 2015-2COLEGIADO DE DIREITO – Faculdade AGES
Referências: COSTA, Alexandre Bernardino et al (orgs.). O Direito achado na rua: direito à saúde. Brasília. CEAD/UnB, 2009.
Resumo: Essa obra foi dividida em 6 unidades, cada uma composta por vários módulos
escritos por diversos autores. Em geral essa obra aborda a questão dos movimentos sociais,
segundo ela, eles têm grande importância no processo de criação e reinterpretação das normas
jurídicas que asseguram aos cidadãos o direito à saúde. Esses movimentos eram compostos
por grupos que se sentiam excluídos, assim construíram uma discussão pública de temas que
não recebiam atenção do Estado. Esses protestos buscavam resgatar o direito de todos os
cidadãos, sobretudo o direito à saúde. Dessa maneira o titulo Direito Achado na Rua,
corresponde aos direitos que foram criados como consequência das manifestações que
nasceram e se desenvolveram nas ruas.
I. CIDADANIA E DIREITO À SAÚDE
Ora, o “direito à saúde” é um direito intimamente vinculado à solidariedade estatal, e, para além deste vínculo, um direito profundamente ligado à cidadania. Cada indivíduo, vivendo no território de um Estado, é cidadão deste Estado e tem direito à saúde. Esta concepção do “direito à saúde” é consequência da evolução do próprio conceito de “direito”, pois como o direito de votar ou ser eleito, o “direito à saúde” foi progressivamente estendido para toda a sociedade civil, produzindo todos os efeitos vinculados à cidadania. (p.33)
“A nova cidadania pode ser entendida no sentindo individual de ser cidadão, ser cidadão significa para os cidadãos pode usufruir de todos os direitos ligados a cidadania, inclusive o direito á saúde em seu sentido mais pleno”. (p. 34).
Parecer do capítulo
II. EVOLUÇÃO DO DIREITO À SAÚDE
“Buscaremos compreender, em grandes voos, a evolução da conceituação da saúde durante a história da humanidade”. (p. 93).
“Havendo compreendido a evolução e a complexidade do conceito de saúde, precisamos encontrar agora um meio de tornar mais preciso esse conceito a fim de que ele possa ser utilizado pelos operadores do direito, mas principalmente, pelos gestores públicos”. (p. 96).
Parecer do capítulo
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Neste módulo os autores buscaram explicar o que significa a palavra saúde, em seguida trataram da expressão “Direito à Saúde”, visando que seja possível o entendimento para as pessoas comuns e para que operadores direito e gestores públicos saibam da consequência dessa expressão.
Capítulo III
“Apesar dessas divergências, a democracia representativa, baseada em eleições esporádicas de representantes eleitos pelo povo, é o carro chefe dos sistemas democráticos contemporâneos”. (p. 169).
“Os conselhos são frutos dos movimentos sociais que, a partir da Constituição Federal de 1988, receberam um papel importante para o controle social de vários setores político-sociais do país, inclusive da saúde”. (p. 172).
Parecer do capítulo
Esse módulo trouxe algumas explicações acerca da democracia e as novas visões democráticas que estão sendo construídas no mundo. Relatou-se também de conselhos de politicas públicas e dos conselhos de saúde na sociedade depois de criada a Constituição Federal de 88.
Capítulo IV
“O termo biodiversidade, de fato, designa a diversidade de organismos, genótipos, espécies e ecossistemas, mas também os conhecimentos sobre essa diversidade”. (p. 257).
“A biodiversidade constitui um importante recurso para a humanidade, não só pelo seu valor utilitário como pelo seu valor estético”. (p. 261).
Parecer do capítulo
Do ponto de vista dos autores desse módulo, a biodiversidade corresponde a diversidade de organismos existentes, embora não seja possível saber a quantidade de espécies estimativas variam entre 5 e 30 milhões. Acrescentam que a sobrevivência humana e a reprodução da fauna e da flora dependem da diversidade do ecossistema e do uso e adaptação do mesmo.
Capítulo V
“É de se destacar os fenômenos da multiplicação inflacionária dos textos legislativos, da crescente descodificação e deslegalização do direito, tudo isso impondo um significativo déficit de sistematicidade e coerência interna à ordem jurídico-positiva” (p. 329).
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“Os conselhos de saúde, devido à abrangência nacional e à presença do cidadão, maior interessado na aplicação dos recursos, são fundamentais para se conseguir transparência e efetividade”. (p. 335).
Parecer do capítulo
Esse módulo aborda sobre as importantes transformações ocorridas no cenário social, politico e econômico desde a metade do século passado. Algumas das consequências dessas transformações correspondem às multiplicações dos textos legislativos e avanços doutrinários que consolidam direitos da terceira geração, tais como direitos coletivos e interesses difusos. Além destes inclui-se a inserção dos conselhos de saúde no controle de políticas públicas.
Capítulo VI
“Verifica-se, no campo da saúde hoje no Brasil a existência de um significativo descompasso entre o alcance e o sentido sociais que o sistema jurídico constitucional conferiu à politica de saúde”. (p. 373).
“É precisamente esse caráter regulador do Estado que nos permite compreender o tipo de racionalidade jurídica que informa ao sistema jurídico de proteção à saúde, instituído pela Constituição de 88”. (p. 374).
Parecer do capítulo
De acordo com esse módulo, ao sistema jurídico do Estado do século XX foi conferido a enorme tarefa de implementar um sistema de saúde eficiente em uma sociedade cada vez mais envolvida em um grande conjunto de transformações históricas e sociais. Porém esse sistema está passando por imensas dificuldades, devido a isso ainda não consegue efetivar totalmente esse sistema eficiente de saúde.
Resumo Critico
Essa obra faz várias abordagens sobre a saúde, uma parte dela trata dos movimentos sociais
principalmente dos anos 80, que fortaleceram as politicas publicas, um dos movimentos
sociais mais fortes foi o movimento social pela reforma sanitária, este ocorreu durante o
processo constituinte que em seguida deu origem a Constituição Federal de 1988 a qual
definiu novas diretrizes para o sistema de saúde no Brasil. O livro também tematiza os
direitos a saúde, cuja criação derivou dos diversos movimentos sociais nascidos e realizados
nas ruas.
Assim, a criação da constituição de 88 possibilitou a ideia de um sistema de saúde no Brasil,
popularmente conhecido como SUS (Sistema Único de Saúde), fundado nas ações de serviços
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de saúde, com a direção em cada esfera do governo, com o objetivo de atender integramente e
universalmente, priorizando as atividades preventivas e a participação social.
Porém, esse sistema passa por dificuldades, os serviços de saúde no Brasil não conseguem
atender definitivamente as necessidades da população, desse modo a saúde continua sendo
reivindicada, não somente se tratando de melhores tratamentos médicos mais também para
que ninguém precise pagar por isso.
O direito da saúde é um direito exclusivo dos cidadãos e vinculados a solidariedade estatal,
cada individuo vivendo no território de um Estado é cidadão e esse estado deve propiciar a ele
o direito a saúde. Entretanto, esse direito é consequência das evolução do próprio conceito de
direito, assim o direito a saúde foi progressivamente estendido para toda a sociedade,
produzindo todos os efeitos vinculados a cidadania.
O conselho a cidadania também se modificou ao longo do tempo, atualmente ser cidadão é ser
reconhecido politicamente pelo Estado, que além de assegurar os direito políticos, deve
assegurar também os direitos civis, entre os quais se encontra o direito da saúde.
Além disso foi ressaltado que a saúde depende de características individuais, físicas e
psicológicas, mas, também depende do ambiente social e econômico em que se vive, portanto
ninguém pode individualmente ser responsável por sua saúde. Dessa forma a genética de cada
ser humano influi de forma decisiva no aparecimento de doenças. Nesta mesma ótica uma
pessoa angustiada e deprimida estará mais propensa a desenvolver doenças. Contudo essas
situações parecem estar ligadas a características individuais, porém em todas elas é possível
encontrar ligações com as organizações socais e politicas que envolvem essas pessoas. Assim
a genética de uma pessoa pode ser resultado de gerações vividas em ambientes contaminados
e a angustia e a depressão podem terem sido geradas na empresa onde a pessoa trabalha ou
consequência de um longo tempo sem conseguir emprego. Portanto a realidade é que a noção
de saúde de um lado tem caraterísticas próximas de cada individuo e de outro lado tem haver
diretamente com a organização sociopolítica e econômica dos Estados.
Dessa maneira o direito continua sendo o protetor dos cidadãos, principalmente em matéria de
saúde, cidadania e interesses individuais. Isso justifica a existência do direito positivo, ele
busca a proteção do grupo que se encontra submetido ao seu corpo normativo e a defesa dos
interesses da nação, ou seja, a defesa de um interesse geral originário dos interesses
particulares dos cidadãos.