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FICHA PARA CATÁLOGO DE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

PROFESSOR PDE/2012-2013

Título: A leitura em movimento na sala de aula

Autor Yolanda T. do Nascimento e Silva

Escola de atuação Colégio Estadual Newton Felipe Albach

Município Guarapuava - PR

Núcleo Regional de Educação Guarapuava - PR

Orientador Profª. Drª. Maria Cleci Venturini

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO

Área de conhecimento Língua Portuguesa

Produção Didático-Pedagógica Caderno Temático

Público Alvo Alunos do 7º Ano

Localização Guarapuava- PR

Resumo Propomos neste Caderno Temático, como instrumento de estudo, a leitura da obra Dom Quixote, de Miguel de Cervantes,embasada na teoria da Análise de Discurso, de Eni Orlandi, descobrindo as razões por que a obra literária ter-se tornado um clássico da literatura, não só espanhola, mas também universal, apresentando este mágico personagem, aos alunos do 7º ano do

Ensino Fundamental, em que esperamos, no gesto da interpretação e compreensão de cada aluno, os possíveis sentidos desta obra clássica, na visão infantil, tendo contato com as várias facetas do texto. Para isto será trabalhado as várias adaptações do texto, música, imagens, poemas, seus sentidos múltiplos, seus “espaços vazios”.

Palavras-chave Leitura. Interpretação. Compreensão. Discurso.

1 APRESENTAÇÃO

Este Caderno Temático é uma produção realizada em cumprimento a mais

uma etapa do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE - do Estado do

Paraná, buscando uma realimentação da leitura, interpretando e compreendendo o

que está dito e não-dito no texto, baseando-se na teoria da Análise de Discurso,

segundo a qual os sentidos não estão presos às palavras, mas se constituem na

relação do sujeito com a língua na história por meio do discurso. As atividades serão

embasadas na obra clássica Dom Quixote, de Miguel de Cervantes e suas

adaptações, desafiando o aluno na promoção de mudanças que resultem no prazer

de ler, não se prendendo tanto ao que é prático, mas ao processo pelo qual, mesmo

sem saber, o aluno seja tomado como sujeito. Essa prática implica vincular o

trabalho da escola ao contexto sócio-histórico em que ela , no seu todo, se vincula,

pressupõe e engloba o movimento próprio do que é vivo, marcado pela história e

pelo discurso que é definido por Orlandi (2007, p.15) “ como a palavra em

movimento, prática de linguagem: com o discurso se observa o homem falando”.

Assim, segundo a mesma autora, a língua se constitui não como sistema, mas pelo

sentido, posto que inclui o trabalho simbólico, como parte “do trabalho social geral,

constitutivo do homem e de sua história”. Assim, temos na leitura um dos meios mais

importantes para a efetivação de novas aprendizagens, pois possibilita a construção

e o fortalecimento de ideias e ações. Também, deve-se destacar que, nenhum

indivíduo nasce gostando de ler ou se torna leitor por um ato de obediência. A partir

do momento em que a criança observa adultos lendo e escrevendo, estes se tornam

referência/modelo para ela. Diante o que foi exposto, desenvolveremos, com alunos

do 7º ano do Ensino Fundamental, no Colégio Estadual Newton Felipe Albach,

Guarapuava, atividades que serão esclarecidas no decorrer da produção desta

Unidade Didático-Pedagógica.

2 METODOLOGIA

As atividades propostas neste Caderno Temático acontecerão durante oito

encontros, desenvolvidas em oito Unidades que serão realizadas com os alunos do

7º ano, do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Newton Felipe Albach,

Guarapuava, Paraná, onde será realizada a leitura e o estudo da obra Dom Quixote,

de Miguel de Cervantes, exposta em diversas formas, como as várias adaptações da

obra original, filmes, vídeos, músicas, poemas e outras que venham a surgir.

A socialização dar-se-á por meio de exposições e produção de um livrinho em

quadrinhos, focalizando as várias leituras de Dom Quixote, realizadas pelos alunos.

O desenvolvimento das atividades contemplará as metas traçadas no Projeto de

Intervenção.

A LEITURA EM MOVIMENTO NA SALA DE AULA

Capa do livro adaptado, de Ferreira Gullar, Editora Revan. Direito autoral concedido pela editora.

UNIDADE DIDÁTICA I

MOTIVAÇÃO:

HERÓIS DE TODOS OS TEMPOS

FONTE: http://www.cartolamagica.com/curiosidades/40-coisas-que-aprendemos-com-filmes-de-

super-herois/

Nós somos os super-heróis.

Defendemos nossa nação.

Vivemos nos gibis, nas telas dos cines.

Nos filmes da televisão.

Levamos bandidos cruéis, e malvados ladrões.

A dormir na prisão.

[...]

Eu sou o homem-aranha.

E vou lhes contar um pequeno segredo.

[...]

FONTE: http://letras.terra.com.br/toquinho/87345/

Professor: sugiro iniciar a aula com esta motivação.

ATIVIDADES:

1. Após assistir ao vídeo, comentar sobre alguns dos super-heróis que

aparecem no vídeo.

2. Em seguida, dividir a turma em grupos e solicitar que façam uma lista dos

super-heróis que conhecem por meio da televisão, revistas, gibis e quais são

seus poderes. Cada grupo escolherá um herói para ser estudado.

3. Realizar pesquisa sobre os super-heróis escolhidos:

a) Nome do super-herói.

b) Características físicas e psicológicas.

c) Como é a roupa que ele veste. Descrever.

d) Quais são seus poderes.

e) O que ele defende?

f) Pesquisar o conceito de herói, super-herói e anti-herói.

SUGESTÃO:

a. HERÓI

Herói é uma figura arquetípica que reúne em si os atributos necessários para

superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica. Do

grego”hrvV”, pelo latim heros, o termo herói designa originalmente o protagonista de

uma obra narrativa ou dramática. Para os Gregos, o herói situa-se na posição

intermédia entre os deuses e os homens, sendo, em geral, filho de um deus e uma

mortal (Hércules, Perseu), ou vice-versa (Aquiles). Portanto, o herói tem dimensão

semidivina.

b. SUPER-HERÓI

Um super-herói é um personagem fictício “sem precedentes das proezas

físicas aos atos em prol do interesse público”. Desde a estreia do super-homem, em

1938, histórias de super-heróis variando de aventuras para breves episódios e

continua a longos anos – Grupo sagas – quadrinhos americanos têm dominado a

passagem em livros e outros meios de comunicação social.

Um super-herói feminino é muitas vezes chamada de super-heroína. Por

mais definições, personagens não têm necessidade de ter superpoderes para serem

considerados super-heróis.

O objetivo dos super-heróis é, geralmente, a defesa do bem, da paz, o

combate ao crime, tomando para si a responsabilidade de ser protagonista na luta

do bem contra o mal.

c. ANTI-HERÓI

Anti-herói é o termo que designa o personagem caracterizado por atitudes

referentes ao contexto do conto contemporâneo, mas que não possuem vocação

heroica ou que realizam a justiça por motivos egoístas, pessoais, vingança, por

vaidade, por matar ou por quaisquer gêneros que não sejam altruístas, ou seja, é

antônimo da ideia que se tem de herói.

AVALIAÇÃO:

a) Cada grupo apresentará para a turma o super-herói escolhido.

b) Em seguida, usando materiais alternativos, ilustrar, em cartolina, o herói

escolhido. Contornar a cartolina com durex colorido, em forma de quadro.

c) Expor o resultado do trabalho no mural da sala de aula.

Colega: como material alternativo, sugiro utilizar tecidos, pedrinhas de

bijuteria, lantejoula, tinta guache e outros que forem necessários.

UNIDADE II

MOTIVAÇÃO:

FONTE: http://www.toonman.com.pt/images/pinturas/dom_quixote.jpg

Apresentar a imagem usando o projetor multimídia ou TV multimídia.

Fazer a leitura da imagem junto aos alunos:

a) O que veem nesta imagem? (o professor vai escrevendo as respostas no

quadro).

b) Vamos descrevê-la?

c) Como está vestido o personagem?

d) Que expressão pode-se observar no rosto dele?

e) Observando o gesto que ele está fazendo, o que podemos concluir?

f) O que chama a atenção de vocês?

g) Quem será que espia pela porta?

h) Que nome poderia ser dado a este personagem?

Colegas, sugiro iniciar a aula com esta motivação.

ATIVIDADES:

Distribuir cópias do poema:

“Aula de leitura” – Ricardo Azevedo

A leitura é muito mais

Do que decifrar palavras.

Quem quiser parar pra ver,

Pode até se surpreender:

Vai ler nas folhas do chão,

Se é outono ou se é verão;

Nas ondas soltas do mar,

Se é hora de navegar,

E no jeito da pessoa,

Se trabalha ou se é à-toa

Na cara do lutador,

Quando está sentindo dor;

Vai ler na casa de alguém

O gosto que o dono tem;

E no pelo do cachorro,

Se é melhor gritar socorro;

[...]

FONTE: AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo: Ática, 1999. Assista a declamação do poema ‘Aula de leitura” pelo próprio autor em: http://tudosobreleitura.blogspot. com.br/2011_07_01_archive.html

a) Leitura do poema (silenciosa, após, o professor lê para os alunos)

b) Interpretação do poema, mediado pelo professor (levar o aluno a

compreender que a leitura encontra-se em vários momentos de nossa

vida, não somente pelas palavras. Então, no poema, temos diversos tipos

de leitura, instigar os alunos para que percebam isso, como:” vai ler nas

folhas do chão, se é outono ou se é verão e outras situações,

apontadas no poema.)

c) Solicitar aos alunos que escrevam outros tipos de leitura, que possam

perceber no dia a dia.

d) Escrever o verso, ou versos, do poema que mais chamou atenção.

e) O que existe de comum entre a imagem estudada e o poema?

AVALIAÇÃO:

Em grupos, fazer uma releitura da imagem e desenhar em papel sulfite.

UNIDADE III

MOTIVAÇÃO:

Na literatura de ficção existe um anti- herói bastante curioso, vamos conhecê-lo?

FONTE: Vídeo: youtube – Dom Quixote De La Mancha – grandes livros

Fazer comentários sobre o vídeo assistido, procurando despertar a curiosidade nos alunos para conhecerem a obra e personagem do livro, Dom Quixote, e de seu criador, Miguel de Cervantes. ATIVIDADES: Copiar a biografia de Miguel de Cervantes, passada no projetor multimídia.

O dia 23 de abril de 1616 entrou para a história da literatura mundial por uma triste coincidência. Nesta mesma data, morreram dois dos maiores escritores de todos os tempos: o espanhol Miguel de Cervantes e o inglês Willian Shakespeare. Miguel de Cervantes Saavedra passou a infância na cidade de Valladolid (Espanha) e estudou em Madri e Sevilha, mas não chegou a concluir nenhum curso.

Em consequência da vida nômade do pai, que era cirurgião, ingressou no Exército e lutou na batalha naval de Lepanto, contra o império turco, onde teria perdido o braço esquerdo - há divergências entre os historiadores e biógrafos em relação a essa passagem. Alguns especialistas na vida de Cervantes dizem que o escritor sofreu apenas um ferimento grave no braço e perdeu os movimentos da mão.

[...] Somente aos 58 anos, com a publicação da primeira parte do livro "Dom

Quixote", Cervantes conseguiu a consagração como escritor e passou a se dedicar exclusivamente à literatura. A obra narra as aventuras de um fidalgo (Dom Quixote) e seu fiel escudeiro (Sancho Pança).

[...] A história de "Dom Quixote" atravessou os séculos e continua atraindo

leitores de todo o mundo. No mesmo ano em que foi lançada, a obra ganhou seis edições, fato muito raro para a época. Além disso, o livro se transformou em fonte de inspiração para outras criações literárias, como filmes, novelas, peças teatrais, óperas, balés e desenhos animados. Dois gênios da pintura espanhola, Salvador Dalí e Pablo Picasso, tentaram transportar para o visual os personagens criados por Cervantes. A influência do livro mais conhecido do escritor espanhol é tão grande que existe um adjetivo para classificar pessoas que são extremamente sonhadores e idealistas - quixotesco.

FONTE: http://educacao.uol.com.br/biografias/miguel-de-cervantes.jhtm.

Naquele tempo não existia fotografia e só alguns retratos pintados podem mostrar como era Cervantes. Mas em uma de suas outras obras (Novelas Exemplares), ele se descreveu como tendo cabelos castanhos, olhos alegres, nariz curvo, barbas de prata, bigode grande, boca pequena com poucos dentes (não tinha mais de seis!). O corpo? Nem pequeno, as costas encurvadas e os pés pouco ligeiros. FONTE: Dom Quixote das crianças-adaptado da obra de Monteiro Lobato-em quadrinhos.

UNIDADE IV MOTIVAÇÃO:

FONTE: Imagem tirada da capa do livro Dom Quixote em quadrinhos, por Caco Galhardo. Este

volume encontra-se na Biblioteca das Escolas Estaduaisdo Paraná. Este é o herói criado por Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha. Vamos conhecê-lo melhor?

Professores, sugiro dar início a uma discussão com os alunos, analisando a imagem.

ATIVIDADE: Resumo da obra de Miguel de Cervantes – Dom Quixote de La Mancha:

O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão por muita leitura de romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis preferidos. O romance narra as suas aventuras em companhia de Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem uma visão mais realista. A ação gira em torno das três incursões da dupla por terras de La Mancha, de Aragão e de Catalunha. Nessas incursões, ele se envolve em uma série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Quixote

a) Distribuir cópias do resumo para que os alunos colem no caderno.

b) Leitura do texto feita pelo professor.

c) Realizar comentários, enfatizando as aventuras do personagem.

AVALIAÇÃO: Solicitar aos alunos que escrevam o que entenderam até o momento do que foi

discutido.

UNIDADE V MOTIVAÇÃO: FONTE: http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/853230/t2044.asp Ligue os pontos:

Explorar a imagem junto aos alunos:

a) O que representa esta imagem? b) Já haviam ouvido falar sobre moinhos de vento?

c) Procurar o significado e socializar com os colegas.

ATIVIDADES:

Apresentar, por meio do projetor multimídia, o capítulo VI, que trata da

batalha contra os moinhos de vento, do livro adaptado e traduzido por Ferreira

Gullar.

“Foi então que se depararam com 30 ou 40 moinhos de vento, espalhados pelo campo. Ao vê-los, disse Dom Quixote ao seu escudeiro: ----- Ali estão, Sancho Pança, trinta desaforados gigantes, ou pouco mais, aos quais vou dar combate e tirar-lhes a vida. Tomarei deles os bens que possuam e assim começaremos a enriquecer. ----- Que gigantes? – indagou Sancho Pança. ----- Aqueles que estão ali, de braços enormes. ----- Veja bem, meu amo, aquilo não são gigantes e sim moinhos de vento. E o que vosmecê pensa que são braços, na verdade, são as pás dos moinhos. ----- Já se vê que não és versado nestas aventuras – disse Dom Quixote. ----- Aquilo lá são gigantes e, se estás com medo, afasta-te e te põe a rezar, enquanto travo com eles uma batalha feroz e desigual. Mal disso isto, esporeou o cavalo Rocinante e, de lança em riste, galopou em direção aos supostos gigantes, conclamando-os a não fugirem da luta. Como começasse a soprar um forte vento, as enormes pás começaram a mover-se. Evocando a proteção de sua senhora Dulcinéia, Dom Quixote precipitou-se contra um dos moinhos e bateu com a lança numa das pás que o vento fazia girar: a lança se partiu em pedaços enquanto o cavalo e o cavaleiro foram alçados para o alto e depois atirados no chão aos trambolhões. Sancho Pança, montado em seu asno, correu a acudi-lo mas, ao aproximar-se viu que ele não podia mover-se, tamanho havia sido o golpe que sofreram, ele e seu cavalo. ----- Não disse a vosmecê que eram moinhos e não gigantes? – falou o escudeiro. Ao que o fidalgo respondeu: ----- Cala-te, Sancho, pois ignoras que as pessoas da guerra, mais que as outras, estão sujeitas a contínuas mudanças. O feiticeiro Fristão, que me roubou os livros, foi quem transformou os gigantes em moinhos, só para me desmoralizar. Sancho ajudou-o a levantar-se e a montar em Rocinante, que também estava meio descadeirado. E assim, algum tempo, a falar sobre depois, a falar sobre o sucedido, seguiram na direção de Porto Lápice, onde, segundo Dom Quixote, deveriam viver muitas aventuras. [...]

Observe com atenção o desenho do moinho. Use a imaginação e desenhe no

espaço em branco o “gigante de braços enormes” avistado por Dom Quixote.

Este é o moinho...

FONTE: http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/853230/t2044.asp

Este é o gigante...

UNIDADE VI MOTIVAÇÃO: Distribuir os exemplares das adaptações de Dom Quixote, para que os alunos

tenham diversas leituras sobre a obra.

ATIVIDADES:

FONTE: http://www.educacional.com.br/

1) Vamos relembrar um pouco a extraordinária história de Dom Quixote. Use as

palavras abaixo e complete as frases seguintes, preenchendo os espaços:

a) Dom Quixote gostava de ler livros de _______________________,

principalmente os que contavam as incríveis história dos

__________________ andantes.

b) Certo dia, convenceu-se de que era um ____________________ cavaleiro e

tinha como missão ajudar os _________________ e salvar belas

________________.

c) Vestiu uma antiga ___________________, armou-se de uma velha

_____________ enferrujada e de uma ______________ há muito esquecida,

e sentiu-se tal qual um de seus heróis.

d) Montado em seu magro e estropiado ___________________, partiu em

busca de aventuras, como um verdadeiro cavaleiro ________________.

2. Procurar, na Internet, imagens de Sanchos e Quixotes e montar um mural.

3. Escolher um dos personagens do mural e criar uma nova história para ele: uma

aventura ou como seria atualmente, qual seria a sua luta.

4. Escrever um capítulo em forma de quadrinhos.

5. Criar poemas em torno dos personagens, objeto ou fato.

UNIDADE VII MOTIVAÇÃO:

1. Você costuma sonhar (não o sonho quando se está dormindo, mas algo que

você deseja para a sua vida)?

ATIVIDADES:

Distribuir cópias do texto “Moinho de sonhos”, de João Anzanello Carrascoza e,

por meio do projetor multimídia, promover a interpretação e compreensão da

história.

A mulher e o menino iam montados no cavalo; o homem ia ao lado, a pé. Andavam sem rumo havia semanas, até que deram numa aldeia à beira de um rio, onde as oliveiras vicejavam. Fizeram uma pausa e, como a gente ali era hospitaleira e a oferta de serviço abundante, resolveram ficar. O homem arranjou emprego num moinho próximo à aldeia. A mulher se juntou a outras que colhiam azeitonas em terras ao redor de um castelo. Levou consigo o menino que, no meio do caminho, achou um velho cabo de vassoura e fez dele o seu cavalo. Deu-lhe o nome de Rocinante. Ao chegar aos olivais, o pequeno encontrou o filho de outra colhedeira – um garoto que se exibia com um escudo e uma espada de pau. Os dois se observaram à distância .Cada um se manteve junto à sua mãe, sem saber como se libertar dela. Vigiavam-se. Era preciso coragem para se acercar. Mas meninos são assim: se há abismos, inventam pontes. [...] FONTE: revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/moinho-sonhos-634183.shtml.

1. O que se pode observar de semelhante entre o conto e a história de Dom Quixote?

2. Como podemos interpretar a expressão: “se há abismos, inventam pontes”? 3. Quais são os sonhos (imaginação) dos meninos? 4. Trazer para a próxima aula uma foto ou então desenhe seu rosto e, por meio de

um balão, significando sonho, escreva o seu sonho. 5. Montar um mural com o resultado do trabalho.

UNIDADE VIII MOTIVAÇÃO:

A música Dom Quixote, gravada pelo grupo Engenheiros do Hawaii, fez muito sucesso quando foi gravada. Vamos escutá-la?

FONTE: Youtube- Dom Quixote-Engenheiros do Hawaii

ATIVIDADE:

a) Distribuir a letra da música para os alunos.

Muito prazer, meu nome é otário

Vindo de outros tempos, mas sempre no horário Peixe fora d’água, borboletas no aquário

Muito prazer, meu nome é otário Na ponta dos cascos e fora do páreo

Puro sangue, puxando carroça. [...]

Tudo bem, até pode ser Que os dragões sejam moinhos de vento

[...] Muito prazer... ao seu dispor

Se for por amor às causas perdidas

b) Vamos, entender um pouco o que a letra da música nos quer fazer

compreender. FONTE: http://analisedeletras.com.br/engenheiros-do-hawaii/dom-quixote-2/

Professor, são possíveis compreensões:

“Muito prazer, meu nome é otário” Um otário é aquele que respeita as regras, que quer levar a vida com princípios, ética, moral e boa vontade com o próximo, que cede lugar no ônibus para uma gestante, enquanto a maioria vira o rosto ou finge dormir, é aquele que não paga nem recebe propina e nem suborno, que não troca seu voto por uma rapadura, enfim quem faz tudo isto, no Brasil, é otário. “Puro sangue, puxando carroça” – um cavalo “puro sangue”, é valiosíssimo, jamais puxaria uma carroça. “aerodinâmica num tanque de guerra” – o tanque é lento, então para que aerodinâmica? São vaidades tolas, mas é com isto que a sociedade se preocupa,...com coisas sem sentido, só aparências.

“moinhos de vento” – alusão aos inimigos enfrentados por Dom Quixote e Sancho Pança, quando criamos nossos monstros e lutamos contra eles. “seja por amor às causas perdidas” – não desistimos de nossos sonhos e lutamos por eles com amor, que é o que nos dá força para lutar. Concluindo: O mundo pode nos ver como “otários” e podemos nos sentir como “peixe fora d’água, borboletas no aquário” neste mundo tão desumano e cruel, mas se for por amor, mesmo que seja ‘por causas perdidas”,não desista. Busque seus ideais, pois certas verdades só estão disponíveis para os que, como Dom Quixote, aceitam ser “loucos e otários”, só estes é que podem ser invisíveis.

OFICINA DE ARTISTAS – ATIVIDADES - Confeccionar moinhos de vento utilizando materiais diversos; - Fazer marca-textos, desenhando motivos que lembrem as aventuras de Dom Quixote e plastificá-los; - Pintar camisetas com cenas da história, falas dos personagens ou que mais desejarem; - Decorar recipientes de vidro com pintura especial para isto; - Construir os personagens com material reciclável.

Professor: são algumas sugestões, utilize a que for mais acessível para seus alunos.

- Organizar exposição dos materiais confeccionados para socialização do projeto. - Convidar familiares para a visita (os alunos podem criar os convites, usando imagens da história).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final da realização das atividades que compõem o Caderno Temático,

espera-se que o aluno sinta-se motivado para ler a obra completa de Dom Quixote,

assim como outras disponíveis na Biblioteca do Colégio, interpretando e

compreendendo os sentidos do texto, percebendo que estes não estão presos às

palavras, mas se constituem relação do sujeito com a língua na história por meio do

discurso.

REFERÊNCIAS ORLANDI, Eni P. Discurso e leitura. Campinas, SP: Cortez Editora, 1988. _______. A leitura e os leitores. Campinas, SP: Pontes, 1988. LOBATO, Monteiro. Dom Quixote das crianças, SP: Brasiliense, 2004. CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de La Mancha. Trad. de Ferreira Gullar, RJ: Revan, 2002. GALHARDO, Caco. Dom Quixote em quadrinhos. SP: Peirópolis, 2005. SITES: http://analisedeletras.com.br/engenheiros-do-hawaii/dom-quixote-2 http://www.cartolamagica.com/curiosidades/40-coisas-que-aprendemos-com-filmes-de-super-herois http://www.toonman.com.pt/images/pinturas/dom_quixote.jpg http://tudosobreleitura.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html Vídeo: youtube – Dom Quixote De La Mancha – grandes livros Dom Quixote das crianças-adaptado da obra de Monteiro Lobato-em quadrinhos. http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/853230/t2044.asp Youtube- Dom Quixote-Engenheiros do Hawaii http://analisedeletras.com.br/engenheiros-do-hawaii/dom-quixote-2/