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FICHAMENTO BAIA HORTA, José Silvério. Direito à Educ!"oe O#ri$toriedde Escolr. I%& Cadernos de Pesquisa . N' ()*, (++ . Al% Alves S%t% - % S/ 012)12) 34...5 Fi%l6e%te, Declr!"o %iversl de Direitos Hu6%os, 7r /ris %o di () de (+* , 7el Asse6#léi 8erl ds N!9es %ids, e6 seu rti$o :2& 3 Tod 7esso te6 direito educ!"o. A educ!" $rtuit, 7elo 6e%os %o ;ue se re<ere i%stru!"o ele6e%tr e <u% i%stru!"o ele6e%tr ser= o#ri$t>ri3.3 - 7$ ? 3E%;u%to os direitos de li#erdde %sce6 co%tr o su7er7oder do 7ort%to co6 o o#@etivo de li6itr o 7oder -, os direitos sociis su reli !"o 7r=tic, ou se@, 7r 7ss$e6 d declr!"o 7u ver#l à 7rote!"o e<etiv, 7recis6e%te o co%tr=rio, isto é, 6 7oderes do Estdo 4Bo##io, (++:. 7$. ?:53 - 7$ + 34...5 de<e%did 7or Jo"o Al<redo %estes ter6os& A idei de e%si% lr$6e%te de<e%did % Euro7, suste%td 7or o6e%s do 6is v es7 rito, ;ue %"o esitr6 e6 tirr ds clsses o7er=ri 7ersistir % i$%or %ci. O Estdo te6 o direito de o#ri$r os 7i todos os ;ue, e%<i6, est"o e%crre$dos de ;ul;uer i%div duo e6 <re;ue%tr escol, de < -lo 7re%der ler e escrever. Este d 7rote!"o devid 7elo 7oder 7G#lico à;uele ;ue te6 %ecessidde de i%terve%!"o d sociedde, 7r $o r ds $r%tis ;ue l e s"o c 7el lei. 4...53 - 7$ (: 3Os estdos, e%tret%to, %"o 7oderi6 rcr so i% os co6 o %us u6 e 7%s"o ;u%tittiv de escols. /or est r "o, o e%si%o 7 ssu6ido %s Co%stitui!9es Estduis do i% cio d re7G#li 7G#lic %"o o#ri$t>ri, e ceto S"o /ulo, S%t Ctri%, Mto Mi%s 8eris.3 - 7$(0 3Outro s7ecto ;ue t6#é6 <r$ili de<i%i!"o do direito 7G#lic é ;uest"o d o#ri$toriedde escolr. A co%ce7!"o ori$i%l do r <or6uld 7el0' co%<er %ci& 3A educ!"o 7ri6=ri ser= o#ri$t>ri,

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FICHAMENTO BAIA HORTA, Jos Silvrio. Direito Educao e Obrigatoriedade Escolar. In: Cadernos de Pesquisa. N 104, 1998.

Alana Alves Santana - nUSP 5360360

"(...) Finalmente, a Declarao Universal de Direitos Humanos, proclamada em Paris no dia 10 de 1948, pela Assemblia Geral das Naes Unidas, determina, em seu artigo 26: " Toda pessoa tem direito a educao. A educao deve ser gratuita, pelo menos no que se refere a instruo elementar e fundamental. A instruo elementar ser obrigatria"." - pg 7

"Enquanto os direitos de liberdade nascem contra o superpoder do Estado - e portanto com o objetivo de limitar o poder -, os direitos sociais exigem, para a sua realizao prtica, ou seja, para a passagem da declarao puramente verbal proteo efetiva, precisamente o contrrio, isto , a ampliao dos poderes do Estado (Bobbio, 1992. pg. 72)" - pg 9

"(...) defendida por Joo Alfredo nestes termos: A ideia de ensino obrigatrio foi largamente defendida na Europa, sustentada por homens do mais avanado esprito, que no hesitaram em tirar das classes operrias a liberdade de persistir na ignorncia. O Estado tem o direito de obrigar os pais, os tutores, todos os que, enfim, esto encarregados de qualquer indivduo em idade de frequentar a escola, de faz-lo aprender a ler e a escrever. Este direito decorre da proteo devida pelo poder pblico quele que tem necessidade de interveno da sociedade, para gozar das garantias que lhe so conferidas pela lei. (...)" - pg 12

"Os estados, entretanto, no poderiam arcar sozinhos com o nus pesado de uma expanso quantitativa de escolas. Por esta razo, o ensino primrio assumido nas Constituies Estaduais do incio da repblica como tarefa pblica no obrigatria, exceto So Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais." - pg15

"Outro aspecto que tambm fragiliza a definio do direito pblico educao a questo da obrigatoriedade escolar. A concepo original do renovadores formulada pela 5 conferncia: "A educao primria ser obrigatria, estendendo a obrigatoriedade progressivamente at os dezoito anos, no processo educativo ulterior". H uma ambiguidade nesta formulao , pois a obrigatoriedade poder cair tanto ao Estado, a quem compete fornecer os meios , como o cidado, a quem compete reclamar dos meios. Frente contradio de estabelecer um mesmo dever de obrigatoriedade a quem tem funes precisamente opostas (fornecer/reclamar), a posio dos renovadores titubeia em ser incisiva no que se refere ao dever estatal (...)" pg 18 e 19.

"A Lei de Diretrizes e Bases, promulgada em 1961, depois de demorada tramitao (J exaustivamente estudada), incorporar os princpios do direito educao, da obrigatoriedade escolar e da extenso da escolaridade obrigatria nos seguintes termos:

art. 2 - A educao direito de todos e ser dado no lar e na escola.

art. 3 - O direito a educao assegurado: pela obrigao do poder pblico e pela liberdade de iniciativa particular de ministrarem em ensino em todos os graus, na forma da lei em vigor

art. 27 - O ensino primrio obrigatrio a partir dos sete anos, e s ser ministrado na lngua nacional. Para os que o iniciarem depois dessa idade podero ser formadas em classes especiais ou cursos supletivos correspondentes ao seu nvel de desenvolvimento.

art. 30 - No poder exercer funo pblica, nem ocupar emprego em sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico, o pai de famlia ou responsvel por criana em idade escolar sem fazer a prova de matrcula desta em estabelecimento de ensino, ou de que lhe est sendo ministrada educao no lar.

Pargrafo nico - Constituem casos de iseno alm de outros previstos em lei: a) comprovado estado de pobreza do pai ou responsvel; b) insuficincia de escolar; c) matrcula encerrada; d) doena ou anomalia grave da criana." pg 21

"Nos pases economicamente desenvolvidos, at a educao mdia, imediatamente posterior primria, est se fazendo comum e bsica. E a tanto tambm ns tendemos e devemos aspirar. Por enquanto, porm, apenas podemos pensar na educao primria como obrigatria, j estendida, contudo, aos seis anos, o mnimo para a uma civilizao que comea a industrializar-se (Teixeira, 1994. p. 104-5)" Pg 22

"Assim de acordo com a legislao vigente (Constituio Federal de 1988, emenda 14, Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, Cdigo Penal e Estatuto da Criana e do Adolescente), as normas legais relacionadas com o tema deste estudo so as seguintes:

1. Gratuidade: o ensino pblico em estabelecimentos oficiais gratuito, em todos os seus nveis. A oferta gratuita do ensino fundamental deve ser tambm assegurada para todos os que a ela no tiveram acesso na idade prpria e o ensino mdio gratuito deve ser progressivamente universalizado.2. Obrigatoriedade: o ensino fundamental, com a durao mnima de oito anos, alm de gratuito nos estabelecimentos oficiais, obrigatrio, inclusive para os que a ele no tiveram acesso na idade prpria. Esta obrigatoriedade deve ser estendida progressivamente ao ensino mdio.3. Direito: a educao direito de todos e o acesso ao ensino obrigatrio e gratuito direito pblico subjetivo.4. Dever: a educao dever do estado e da famlia, compete aos estados e aos municpios, em regime de colaborao e com assistncia da Unio: I - recensear a populao em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele no tiveram acesso; II - Fazer-lhes a chama pblica; III - zelar, junto aos pais ou responsveis, pela frequncia escola. dever dos pais ou responsveis efetuar a matrcula dos menores, a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.5. Responsabilidade: o no-oferecimento do ensino obrigatrio pelo poder pblico, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Comprovada a negligncia da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatrio, poder ela ser imputada por crime de responsabilidade." pg 29