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FICHA CATOLOGRÁFICA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

PROFESSOR PDE/2012

Título

O diálogo das obras de Frida Kahlo com outros artistas: refletindo sobre gosto e valor estético.

Autor

Maria Madalena de Jesus Goedert

Escola de Atuação

Escola Estadual Nereu Ramos – Ensino Fundamental

Município da escola

Manoel Ribas

Núcleo Regional de Educação

Ivaiporã

Orientador

Profº Dr. Kennedy Piau Ferreira

Instituição de Ensino Superior

UEL – Universidade Estadual de Londrina

Área de Conhecimento

Arte

Produção Didática - Pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

Arte

Público Alvo

9º Ano – Escola Estadual Nereu Ramos – Ensino Fundamental

Localização

Escola Estadual Nereu Ramos – Ensino Fundamental. Rua Oscar Lopes Munhoz, 852, Manoel Ribas – Paraná.

Apresentação:

Uma das dificuldades de trabalhar com a História da Arte na Rede Pública de Ensino é a limitação estética dos educandos. Ou melhor, os critérios de avaliação estética dos estudantes

condicionam-nos a ignorar e ou desqualificar um grande número de obras de arte consideradas importantes para a história da arte ocidental. São duas as intenções básicas deste trabalho. A primeira identificar e analisar os parâmetros de avaliação estética dos educandos da escola Estadual Nereu Ramos – Ensino Fundamental, em Manoel Ribas. A segunda é, através do estudo da arte latino americana, com foco especial nas obras de Frida Kahlo, desenvolver estratégias pedagógicas que possam contribuir para que os estudantes tenham uma visão crítica de seus gostos estéticos, ampliando as possibilidades de apreciação de obras de arte e possibilitando uma melhor compreensão sobre a diversidade e os sentidos da arte no mundo contemporâneo.

Palavra-chave

“Beleza” e “Feiúra” no contexto histórico

INTRODUÇÃO

A necessidade desse material Didático/Pedagógico surgiu devida alguns

conceitos e critérios que os estudantes da Escola Estadual Nereu Ramos-

Ensino Fundamental, em Manoel Ribas, desenvolveram para avaliarem uma

obra de Arte.

Partindo de algumas questões levantadas ao fazer Leitura de Imagens,

busca-se o porquê os educandos ao verem e analisarem uma obra de arte

denominava-as de “bela ou feia”, “eu gosto e não gosto”, gerando conflitos,

sem perceberem que esses conceitos variam, conforme a maneira de pensar,

sentir e entender a arte e a vida.

O objetivo principal desse material é levar o educando a dialogar com as

obras de vários artistas, principalmente Frida Kahlo,refletirem sobre o gosto e o

valor estético e, possibilitar a eles o despertar do olhar e a sensibilidade para

irem além de conceitos já adquiridos.

Esse material dá suporte e abre caminhos para a organização de uma

aula mais elaborada e fundamentada metodologicamente. São várias as

propostas elaboradas e fundamentadas que vem ao encontro de suprir

necessidades das questões levantadas e ao mesmo tempo influenciá-los,

intervir para que mudem, se transformem e melhorem socialmente, pois

sabemos que só há um processo de aprendizagem quando este é constituído

de mudanças. Ensinar e aprender significa mudar, transformar

O homem anseia por absorver o mundo circundante, integrá-lo a si; anseia por entender pela ciência e pela tecnologia o seu “Eu”, curioso e faminto de mundo até as mais remotas constelações e até os mais profundos segredos do átomo; anseia por unir na arte o seu “Eu” limitado com uma existência humana coletiva e por tornar social a sua individualidade. (FISCHER, 1983, p. 1)

Entendo que dentre uma série de problemas apresentados no interior da

escola, os professores não disponham de tempo para aprofundar seus

conhecimentos, bem como para explicitar, discutir e planejar uma aula mais

consistente. O que se vê e tem se constatado é uma pratica diluída, pouco

fundamentada, sem grandes preocupações, com que seria melhor para o

ensino de arte.

Mas cabe a cada um de nós, como educadores, pensar modos

significativos, propositor de ações em construir uma atitude pedagógica

apoiadas em fundamentos teóricos e práticos da educação e da arte.

No desfecho dessa Unidade Didática, espera-se que os estudantes

entendam que necessitamos de sensibilidade para ver as coisas e que os

artistas ao produzir suas obras estão sempre envolvidos em questões sociais,

culturais, econômicas, políticas, cientificas, morais e estéticas da sociedade em

que vivem e respondem a elas através de sua produção artística.

Fonte: Mapa potencial da autora

DESENVOLVIMENTO

Diariamente ouvimos falar em beleza. Das propagandas de cosmético à poesia: “as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”, dizia o poeta Vinícius de Moraes. Mas qual o verdadeiro significado de beleza? Para alguns, ela deve seguir normas, leis, formas, ideais. Entretanto, quais são os critérios usados para se distinguir o belo? O importante é discutir a questão da beleza sob vários prismas. Mais do que um conceito pré-estabelecido, a beleza apresenta uma forma de as pessoas se relacionarem entre si e com o mundo. (DUARTE, 1991, p.98).

Belo ou feio?

No desenvolvimento do projeto percebi que os conceitos de belo e feio

variam intensamente. Entendo que é necessário despertar o olhar, a

sensibilidade e a reflexão para o além do “esse eu gosto” ou “isso eu não

gosto”. Após muitas leituras pude observar que a reflexão sobre o belo e o feio

é objeto de estudo de vários pensadores, que têm sobre o assunto visões

bastante diferenciadas.

Conclui com essa primeira parte do trabalho que realmente

necessitamos de sensibilidade para ver as coisas que nos rodeiam para que

não passe despercebido ao nosso olhar.

Entendo também que o artista ao produzir suas obras, estas, sempre

estão envolvidas em questões sociais, culturais, econômicas, políticas,

cientificas, morais e estéticas da sociedade em que vive e responde a elas

através da sua produção. Dessa forma, o ser humano precisa perceber-se

capaz de produzir obras que podem ser consideradas belas ou feias,

expressando os sonhos, os conflitos, descobrindo novas formas de expressar-se

no mundo.

A questão do belo e o feio tem provocado grandes discussões durante

toda a história da humanidade. Os valores estéticos e artísticos vêm sendo

discutidos cada vez mais tanto por estudiosos, críticos e artistas e professores,

assim como eu, que durante o meu trabalho quis saber o porquê os educandos

constroem critérios específicos para avaliar o que é belo e o que é feio em uma

obra de arte.

Observando alguns estudiosos sobre o assunto pude verificar também

que cada um tem uma concepção sobre o que é belo e o que é feio e que cada

procura demonstrar isso analisando principalmente a história da arte. Pode-se

notar que os padrões de beleza mudam de acordo com diferentes culturas e

épocas e que esses padrões não estão somente presentes nas obras de arte.

Vejamos, SÓCRATES (470/469 a.C-399 a.C) vai associar o belo ao

útil. Portanto, um objeto que se adapta e cumpre sua função, é belo. Mesmo

que não esteja adornado. (PARANÁ, p. 27). PLATÃO (472 – 348 a.C) já não

tem a preocupação prática de encontrar objetos belos. Ele não se pergunta o

que é belo, mas o que è o belo. Ele não está preocupado com a beleza que se

encontra nas coisas, mas numa beleza ideal. Isso quer dizer que os objetos só

são belos na medida em que participam do ideal de beleza, que é perfeito,

imutável, atemporal e supracessível, isto é, esta além da dimensão material.

Platão afirma que a beleza que percebemos no mundo material participa de um

belo ideal. Aristóteles (384 -322 a.C), em contraposição a Platão, procurou o

belo não num mundo ideal, mas na realidade. KANT (1984, p. 253) em a Crítica

do Juízo, descreve o belo na arte como algo separado produzido internamente

pela subjetividade de um indivíduo e a ideia estética como uma representação

da imaginação. MARX, ao contrário, compreende a ideia estética como uma

produção histórica, apropriada pelo indivíduo contemporâneo e expressa

posteriormente passando pela sua subjetividade, num contínuo processo de

recriação do já existente, ampliando concretamente a existência humana.

A partir da soma dos estudos desses teóricos algumas questões

podem ser suscitadas:

● Como estabelecemos padrões de beleza?

● O belo é realmente parâmetro para o julgamento de uma obra de arte?

● Quais os critérios para julgar arte ou uma obra de arte?

● Se o belo não for parâmetro para esse julgamento, quais seriam os

parâmetros para determinar o que é uma obra de arte?

● Quem julga o que é uma obra de arte?

Em geral tais questionamentos costumam provocar algumas reações

entre nós que não dispusemos a estudar com mais pertinácia essa experiência

da beleza.

Em a História da Beleza (2004), Umberto Eco nos ajuda a reencontrar

algumas das atribuições associadas à noção do belo ou da beleza e é numa

expressão da Grécia antiga que a relação entre o belo e o que é agradável

aparece pela primeira vez, através da palavra Kalón. Kalón é aquilo que agrada

que suscita admiração, que atraí o olhar. “O objeto belo é um objeto que, em

virtude de sua forma, deleita os sentidos, e entre este em particular o olhar e a

audição”, complementa Eco (p.41).

Assim sendo, vamos pensar o ensino da arte e então pensar na leitura e

produção da linguagem da arte, o que, por assim dizer, é um modo único de

despertar a consciência e novos modos de sensibilidade.

No desenvolvimento de algumas atividades procuramos algumas

experiências estéticas com obras de artistas Contemporâneos e principalmente

algumas obras de arte de Frida Kahlo.

1ª PROPOSTA

Tempo estimado: 3 aulas

LEITURA DE IMAGENS:

Expor as obras:

► Homem nu, visto de costas, de Lucian Freud, 1991-92 óleo sobre tela:

183,5 x 137,5 cm. Desperte sua curiosidade acessando os sites:

► La Danaide 1889, Auguste Rodin 1840-1917.

Depois de analisarmos as duas obras faremos os seguintes

questionamentos:

● Que conceito você tem sobre o belo e o feio?

● Em nossa sociedade existe um padrão de beleza? Qual?

● Pesquise em livros ou na internet imagens de obras de arte que para você

corresponde ao belo e ao feio.

Após a apresentação das obras faremos uma exposição em duas colunas

listando obras belas em uma e feias em outra de acordo com o gosto estético

de cada um. Em seguida, eles deverão investigar suas escolhas para criar o

seu conceito de beleza.

O objetivo dessa atividade é levar o estudante a questionar o conceito que

ele tem de belo e de feio. Para João Francisco:

... a experiência estética depende também de um aprendizado. Afinal, a beleza é uma garota sensual e refinada que não vai se entregando assim sem que desprendamos um mínimo de esforço. A este respeito, notei ainda um fato importante. À medida que vamos nos tornando familirializados com os códigos estéticos, nossa própria maneira de sentir vai se refinando, ou seja, tornamo-nos progressivamente mais sensíveis às sutilezas de nossa vida interior, aos meandros do mundo de nossos sentimentos. E esta é, precisamente, a razão pela qual muitos educadores insistem na necessidade de uma educação estética no interior mesmo das escolas (Duarte Junior, 1991,pgs.90,91).

2ª PROPOSTA

Tempo estimado: 3 aulas

Exercitando olhar: momentos de reflexão

Vamos refletir sobre as imagens?

● Auto retrato, 1953 (Frida Kahlo)

► disponível em: http://os5gatos.blogspot.com.br/2010/07/surrealismo.html

► (Foto: Jonne Roriz/AE) Criança índia adota um macaco guariba

Fonte: Google-acessado,31/10/2012

Considerando que vivemos num mundo de imagens que estamos

permanentemente lendo, decodificando e interpretando., responda as

seguintes questões.

● Você considera que as duas imagens são obras de arte?

● Que caracteristicas elas tem em comum e que elementos se destacam?

● Elas são da mesma época?

Proposta de trabalho para a 2ª aula:

Propor a eles que tragam uma fotografia de diferentes épocas (avós, pais,

irmãos, tios, amigos) e observar suas características físicas e psicológicas de

maneira bem divertida e analisar roupa, calçado, corte de cabelo, acessórios, o

que mudou o que continua, quanto tempo se passou, se estão tristes, alegres,

nervosos, tímidos.Para finalizar, o professor pode comentar as formas atuais

que os artistas usam para se retratar, como fotografia, esculturas, uso de novas

tecnologias como vídeos, celulares, máquinas fotográficas, etc.

O Objetivo dessa proposta é preparar o aluno para:

● apreciação de obra de arte;

● atribuir signos à própria imagem;

● identificar marcas pessoais na maneira de desenhar e pintar;

● apreciar trabalhos de artistas que são referência;

● observar detalhes em uma obra.

Após essa análise, iremos para o computador visitar alguns sites: Como

desenhar uma caricatura. Como em toda forma de expressão artística, na

caricatura o treino é essencial. Devemos orientá-los a observar atentamente a

pessoa que se quer representar para perceber quais são as suas

características principais, aquelas que podem ser exageradas na caricatura.

● Cada aluno escolherá um colega da turma para produzir uma caricatura.

Ao final, organize a sala e auxilie na montagem de mostra das caricaturas

para as demais turmas da escola.

3ª PROPOSTA

Tempo estimado: 2 aula

Analisando padrões estéticos

Observe as obras de arte de diferentes épocas.

● As três Graças – Peter Paul Rubens (1577-1640), Museu Nacional do Prado

● Nú artístico (peça exclusiva) Disponível em: lojasdasartes.com. br. acessado

dia 23 de Agosto 2012

Nesses dois exemplos temos duas obras de diferentes épocas: uma de

Rubens que pertenceu ao movimento renascentista; e outra moderna da época

atual.

Diante das obras podemos observar padrões de beleza diferentes.

Existem várias concepções de arte e também várias ideias sobre a

experiência estética. De modo geral, em cada sociedade e em cada época a

arte se manifesta de acordo com o contexto histórico de sua produção,

circulação e consumo (apreciação). Diante dessa realidade, vamos tratar

também das concepções de estético e artístico. Isto se torna necessário porque

tais concepções geralmente são utilizadas de forma distinta e até com o

mesmo significado e, em muitos casos, os julgamentos artísticos envolvem o

julgamento estético.

Observe e analise a relação entre as duas obras.

● O que chamou mais a sua atenção?

● Para você essas obras são belas ou feias?

● Existem alguns elementos nas obras que não é aceito, hoje, como padrão de

beleza. Quais e por quê?

● O que é belo para uns, não o é para os outros. Cada um tem uma forma de

olhar, pensar e sentir. O que é beleza e que é feiúra para você?

● As obras foram produzidas no mesmo contexto histórico? Explique:

● Relacione as duas obras levando em consideração as técnicas, as cores e a

temática.

Ao longo do tempo foram construídos diferentes discursos em torno da

beleza do corpo humano, principalmente do corpo feminino, que resultaram na

delimitação de modelos estéticos e serem perseguidos e mesmo impostos.

Uma ótima dica para quem quer conhecer melhor esse tema leia o livro: ECO,

Umberto1. História da Feiúra. Trad. Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record,

2007. Nesse livro História da Feiúra percebemos que o conceito de feio não é

natural, mas foi culturalmente construído.

O objetivo central desde plano de aula é justamente oferecer a

possibilidade de refletir sobre a forma como os "padrões de beleza" foram

construídos ao longo do tempo e como foram e são interpretados pelas

sociedades.

Depois de refletirmos sobre o proposto até aqui, podemos partir para o

que mais nos interessa que é a apreciação de obras de Frida Kahlo. Acredito

que essas atividades darão suporte para desenvolvermos um excelente

trabalho.

4ª PROPOSTA

Frida: Dialogando com as obras da consagrada pintora

Tempo estimado: 6 aulas

Os conceitos de “belo” e “feio” atribuído, nem sempre só pelos

estudantes, estão também, relacionados ao contexto. Hegel trabalhou a

questão da beleza numa perspectiva histórica. Para ele o relativo consenso a

cerca de quais são as coisas belas mostra apenas que o entendimento do que

é belo depende do momento histórico e do desenvolvimento cultural. Esses

dois fatores determinam certa visão de mundo, a partir do qual algumas coisas

seriam consideradas belas e outras não.

Nas aulas de arte, ao estudar culturas de países latinos americanos,

percebemos as dificuldades dos educandos em relação a outras culturas. Com

intuito de possibilitar a eles uma forma diferente de produzir conhecimentos

sobre realidades diferentes e compreender a relação entre arte, sociedade e

cultura, proponho nesse projeto fazer um estudo sobre a vida de Frida Kahlo 1 Umberto Eco (Alexandria, 5 de janeiro de 1932) é um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e

bibliófilo italiano de fama internacional.

que viveu momentos históricos e políticos em seu país que marcaram sua vida.

Sempre dizia que ela e o México nasceram ao mesmo tempo: ”Lembro-me que

tinha sete anos quando se deu a “Decena Trágica”. Testemunhei com meus

próprios olhos a batalha dos camponeses de Zapata contra os Carrancistas”.

Foi com essas palavras que Frida Khalo(1907-1954), ao escrever no seu

diários nos princípios de 1940, descreveu as suas recordações da Decena

Trágica, “os dez dias trágicos” de fevereiro de 1913. De fato, a sua

identificação com a Revolução Mexicana(1910-1920) foi tão forte que ela

sempre disse ter nascido em 1910. Seguindo-se à era colonial e aos trinta anos

de ditadura do general Porfírio Diaz, a Revolução procurou implantar mudanças

fundamentais na estrutura social do pais. Frida Kahlo decidiria aparentemente

que ela e o novo México tinha nascido ao mesmo tempo.(KETTENMANN,

Andrea, p.7,2007)

Por que trabalhar com Frida Kahlo?

Trabalhar a partir das obras da consagrada pintora mexicana Frida

Kahlo, abriremos caminhos para discussão sobre as nossas angústias e medos

através da arte.

Frida sofreu um terrível acidente em sua adolescência, um bonde no

qual viajava chocou-se com um trem,após esse acidente Frida submeteu-se a

várias cirurgias e usou por muito tempo coletes ortopédicos, por exemplo, o

colete de gesso na tela: A Coluna partida.

Impossível não reconhecer em sua obra as consequencias de sua

dor, expressas nas suas produções. Pintura que transbordava de seu corpo,

sua solidão. Frida justificou a quantidade de autorretrato dizendo: “Eu pinto a

mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”.

Frida Kalho.

Nesta proposta, o objetivo principal é:

● Proporcionar aos alunos o conhecimento da vida e obra de Frida Kahlo.

● Trazer a eles o conhecimento do Movimento Surrealismo.

● Despertar a valorização e o conhecimento da arte mexicana.

● Possibilitar a Interpretação pessoal do educando em relação à sua própria

produção artística.

Momento de familiarização, conhecimento e apreciação

Antes de iniciar o estudo, apresentar a eles o Manifesto Surrealismo,

movimento artístico da pintora, com alguns questionamentos. Exemplo:

● Vocês já conhecem esse movimento e o que sabem a respeito dele.

● Provacar uma discussão a partir de novas informações sobre o tema e a

exposição de algumas obras.

● Não podemos descartar um fato muito importante que pode estar presente

nessa situação o de não gostarem da arte surrealista, achando-a “feia”

dependendo do gosto estético de cada um.

A partir da mostra de uma fotografia de Frida Kahlo (México), pesquisar

sobre sua vida.

Indicações bibliográficas para essa pesquisa

► Bastos, Marli Miranda,Frida Kahlo: para-além da pintora/Marlio Miranda

Bastos- Rio de Janeiro: Mauad X,2010

► Kettenmann, Andrea Frida Kahlo, 1907-1954- Dor e Paixão

Itens para a pesquisa:

● Nome completo de Frida Kahlo;

● Ano em que nasceu;

● Família;

● Casamento;

● Quando começou a pintar;

● Frida demorou para interessar pelas artes,isso só ocorreu depois de estudar

desenho e modelagem(1922-1925);

● Acidente: devido isso ficou muito tempo de cama e usou coletes ortopédicos.

Nesse período pintou várias telas que revelaram seu estado fisico e

psicológico.

Vamos pesquisar algumas obras e analisar:

● A Coluna Partida

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=

● O abraço do amor do Universo; a terra, Eu e o Senhor Xolotl.

http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=pt-

● Viva La Vida;

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-

● Auto retrato com papagaios

http://www.gogle.com.br/imagres?hl=pt

Objetivos dessa atividade:

● Apresentar aos alunos por meio das obras de Frida Kahlo, algumas

caracteristicas do movimento surrealista.

● A partir da leitura dos livros e das obras de Frida Kahlo, discutir os medos,

angústias e sentimentos vividos por todos os seres humanos,

● Realizar um esboço de um desenho que simbolize algum sentimento.

Vamos assistir ao filme e em seguida desenvolver o proposto.

Assista ao filme FRIDA e selecione alguns fragmentos indicados abaixo e

responda as atividades.

Frida: Frida se mostra real a história da pintura

Título original: Frida

Gênero: Drama.

Origem/Ano: E.U. A/2002

Duração: 120 min.

Selecionar fragmentos do filme que mostra o acidente de ônibus sofrido por

Frida (9m13s a 11m) no início de sua juventude; trecho em que ela sofre um

aborto espontâneo e pinta esse momento (1h01m53s a 1h04m22s); o fim de

seu casamento que ela corta os cabelos e aparece na tela com uma tesoura

nas mãos vestidas de homem (1h17m25s e 1h19m20s).

Após a apresentação dos fragmentos do filme, falar sobre a vida de Frida,

relacionando-a ao contexto do movimento Moralista Mexicano. Levar para sala

algumas reproduções dos quadros de Frida Kahlo e uma foto da pintora.

Proponha que os alunos as observem e conversem sobre os símbolos que

Frida utiliza em suas obras.

Propor por fim, que cada um desenhe seu autorretrato, considerando como

a vida pessoal pode inspirar esse tipo de trabalho. Professor, vale a pena

acessar o link http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/auto-

retrato-429818.shtml

5ª PROPOSTA

Tempo estimado: 5 aulas

Sensibilizando

O objetivo dessa aula é de sensibilizar os alunos por meio da leitura da

obra Sem Esperança.

Vamos analisar os cincos detalhes que mais se destacam na obra Sem

Esperança, acessando os links:

●http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/05/09/928318/conheca-

sem-esperanca-frida-kahlo.html

● http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-Zvp2-Y4

Trabalhar o Soneto2 18 de William Shakespeare ao som da música -

Romantismo – música erudita3 do século XIX, disponível no link:

●http://www.youtube.com/watch?v=_v7_-TFWVA0

●http://www.youtube.com/watch?v=czqrBojrmak&feature=fvwp&NR=1

●http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=h5P5wGC28E8&feature=endscreen

Soneto 18

Se te compara a um dia de verão

És por certo mais belo e mais ameno

O vento espalha as folhas pelo chão

2S.m. Poema de 14 versos com forma fixa. Em italiano, soneto significa pequena canção. No

soneto italiano, os primeiros oito versos, dispostos em dois quartetos expõem um tema ou uma experiência. Os dois tercetos seguintes ou comentam esse tema. O esquema de rimas dos quartetos é comumente abba abba (rimam entre si os versos um, quatro, cinco e oito; e os versos dois, três, seis e sete). Nos tercetos, é frequente o esquema cde cde. Quanto à métrica, são mais usados os versos decassílabos, ou os alexandrinos. http://www.dicio.com.br/soneto/ 3 Música erudita – é aquela que foi concebida de 1750 a 1830, iniciando especialmente as

produções de Haydn, Mozart e Beethoven, destacando-se a Escola Clássica Vienense, já que nesta época Viena era considerada o centro da Europa.

E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o sol em demasia

Outras vezes desmaia com frieza;

O que é belo declina num só dia,

Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,

E a beleza que tens não perderás;

Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.

E enquanto nesta terra houver um ser,

Meus versos vivos te farão viver.

(William Shakespeare)

Nesta aula, é possível explorar os diversos modos de leitura em voz alta

de um soneto. Mas antes, também é impossível não mostrar a eles o vídeo no

link: http://www.youtube.com/watch?v=uPb_hQ0aqn8, que com certeza irá

ajudar no desenvolvimento das atividades.

Inicialmente, os alunos, que podem estar reunidos em grupos ou não,

receberão o soneto digitado. É possível distribuir outros diferentes, mas esse

acima se relaciona com a obra Sem Esperança de Frida Kahlo; no entanto, a

atividade talvez fique mais interessante. Se eles não forem iguais, a distinção

de uma leitura para outra ficará mais contrastante, talvez, quem sabe? Tudo é

questão de gosto e fica a critério de cada professor.

Os alunos deverão se reunir em grupos de 4 a 5 . Cada aluno deverá

escrever, em um pedaço de papel, uma palavra (exemplo as em negrito). Pode

ser uma palavra que eles achem bonita pela sua sonoridade, pelo seu

significado, que traga alguma lembrança boa, etc. O grupo colocará as

palavras em um envelope, que deverá ser trocado com outro grupo. Cada

integrante do grupo, após a leitura das palavras recebidas do outro grupo,

tentará escrever um poema em que todas as palavras sejam utilizadas.

Após terem escrito o poema, passaremos para outra proposta que é

criar uma obra de arte relacionada com o que escreveram.

Obs: Nesta proposta podemos utilizar materiais diversificados: grafites,

lápis de cor, tintas, etc.

Num segundo momento, os alunos irão, com a ajuda do professor,

organizar um local para a exposição de seus trabalhos.

6ª PROPOSTA:

Tempo estimado: 4 aulas

Conhecendo um pouco mais sobre o movimento Surrealista

Surrealismo – o que é Surrealismo?

Surrealismo é a empresa mágica de encontrar um leão num guarda-roupa, onde tínhamos a certeza que encontraríamos camisas (Frida Kahlo).

Iniciaremos a aula com a Música Maluco Beleza de Raul Seixas e

Claudio Roberto disponível no site: http://letras.mus.br/raul-

seixas/84/#selecoes/48334/ essa música representa muito bem Surrealismo.

Após ouvir a música falaremos um pouco desse movimento que surgiu em

meio às influências freudiana do modernismo europeu. O surrealismo não

reformula estaticamente a pintura, mas abre espaço para visões poéticas do

homem e do cotidiano.

Indicações bibliográficas para essa atividade:

● POSITIVO, Livro da coordenação, versão 2004, p.5.

Ou acesse o link: http://www.slideshare.net/kpgarte/apresentao-

surrealismo#btnNext

Objetivo dessa aula é fazer com que os alunos, a partir do contato com

as obras de Salvador Dali, possam discuti-las e conhecer um pouco mais o

movimento Surrealista e, analisar também sobre o “belo e o feio” problemática

encontrada em sala de aula. Por ser obras que fogem a anormalidade,

podemos fazer um trabalho bem significativo. Professor, vale a pena acessar

os links abaixo:

FONTE: Sono 1937. Disponível em:

http://alaorpoeta.blogspot.com.br/2010_01_01_archive.html. Acesso em 05 de set de 2012.

Dali: Além dos lhttp://www.youtube.com/watch?v=uPb_hQ0aqn8imites

Muito criativo em sua autopromoção. Dali tornou o sr. Surrealismo mais

em função de truques de publicidade do que da arte. Quem senão Dali daria

aulas na Sorbonne4 com o pé enfiado num balde de leite ou faria uma palestra

com uma lagosta cozida na cabeça?

FONTE: Árvore. Disponível em: http://livreassociar.wordpress.com/category/misterio/misterio-misterio/. Acesso em: 05 de set de 2012

FONTE: Persistência da memória – Salvador Dali. Disponível em: http://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/surrealismo/. Acesso em 05 de set de 2012.

“Se você faz de conta que é gênio”, ele dizia: acaba virando gênio”( Salvador

Dali)

Na exposiçao Surrealista de 1936, em Londres. Dali fez uma entrada

estapafúrdia acompanhado por dois alvos cães de caça russos e vestindo um

escafandro5 encimado por uma tampa de radiador Mercedes Benz. Começou a

4 Sorbonne- A Sorbonne é um sítio histórico situado no Quartier latin de Paris. Seu nome é

alusivo ao teólogo do século XIII Roberto de Sorbon, fundador do Colégio de Sorbonne em 1297, que à época era dedicado ao ensino de teologia. Roberto de Sorbon vinha a ser o capelão da Casa Real e confessor de Luís IX, rei da França, canonizado como São Luís da França.

5 Escafandro Roupa impermeável e hermeticamente fechada, dotada de um aparelho

respiratório, própria para longos mergulhos.

fazer discurso, mas ninguém ouvia nada porque o escafandro era fechado com

parafusos. A entrada de ar estava apertada demais, então Dali começou a

ofegar e a abanar os braços desesperadamente, pedindo socorro aos

presentes. A exibição de asfixia foi entusiasticamente aplaudida até que

alguém finalmente conseguiu retirar seus capacetes. Todos concordaram que a

performance foi altamente convincente

Especificamente, pretende-se que:

● Os alunos possam conhecer obras de Salvador Dali;

● Conhecer a biografia do artista;

● Promover a apreciação e a reflexâo sobre algumas obras;

● Os alunos produzam uma obra embasados no Surrealismo;

● E discutem sobre o gosto estético do artista.

Nesta proposta vamos também interagir com outros artistas

pertencentes ao Movimento

Orientações para o desenvolvimento dessa proposta

►Pesquisar em livros na internet e em outros meios sobre o Movimento

Surrealismo;

► Faremos uma seleção de obras de Frida Kahlo e Artistas que pertenceram a

esse Manifesto do Surrealismo como: Salvador Dali, Joan Miró, Max Ernst,

René Magritte, Paul Delvaux, Remeddios Varo, Frida Kahlo, Jean Arp, Leonor

Fini, Alberto Giacometti, Vito Campanell.

"Após a invenção do escafandro fechado por Augustus Siebe em 1839, a exploração do fundo do mar ganhou, literalmente, fôlego. Por mais de 100 anos o escafandro tradicional sofreu pouquíssimas modificações e foi a principal ferramenta de trabalho dos mergulhadores." (Histórias de Mergulho nos Tempos do escafandro, de Pedro Paulo Cunha).

http://www.dicionarioinformal.com.br/escafandro/

Em seguida faremos uma sondagem através de exposição de obras de arte

Surrealistas para que os alunos conheçam e façam questionamentos que

instiguem a curiosidade dos alunos pelo tema.

Neste momento faremos alguns questionamentos aos alunos:

● Vocês gostaram das obras? Por quê?

● O que vocês sentem ao observarem essas imagens?

● O que vocês acham que o pintor sentia ao produzir a obra?

● Que será que o pintor estava querendo transmitir? Por quê?

● As imagens representam a realidade? Por quê?

As obras estudas são as referenciadas acima.

Sugestões de atividades;

Contextualizando com a Língua Portuguesa

► Após ter estudado um pouco sobre o Manifesto do Surrealismo, artistas e

obras, já com um conhecimento anteriormente estudado da vida e obra de

Frida Kahlo, pedir aos alunos para que, a partir de seus medos e sonhos,

angústias, elaborem um texto surrealista, em forma de poema. Deixem os

alunos livres para escolherem o tema, a estrutura, as rimas e o número de

linhas.

► O professor de arte fará uma produção artística referenciada no surrealismo

a partir do texto escrito.

Antes de começar a desenvolver o trabalho, lembrar a eles que precisam

se preocupar em fazer representação que fujam do real, da lógica aparente.

Por isso, a importância de se trabalhar a leitura de obras de diversos artistas

surrealista.

Ou ainda:

Que tal fazer uma releitura?

É importante saber que:

Releitura é um fazer artístico, que consiste em uma criação nova, realizada

a partir de uma obra de arte, acrescentando nessa produção uma nova

maneira de ser e sentir, de acordo com as vivências de cada pessoa. Para

melhor orientação conheça algumas releituras de obras famosas:

Exemplos de releituras

● Releitura da obra “O Grito” (1893), do artista Edward Munch.

Fonte: http://queninguemle.blogspot.com.br/2009/03/o-grito-releituras-e-avacalhacoes.html

● Releitura da obra “Mona Lisa” (1503-1507) do artista Leonardo da Vinci.

Fonte: http://coresematizes.wordpress.com/2009/07/16/o-que-e-releitura/

Objetivos:

● Colocar os alunos em contato com a arte e as características do movimento

surrealista.

● Apreciação das obras de Salvador Dalí.

Após a contextualização, a apreciação e a reflexão acerca das obras de

Salvador Dali e outros artista pertencente ao movimento , os alunos deverão

fazer a releitura de uma obra de arte surrealista.

Trabalharesmos com materiais diversificados e métodos, como pintura,

colagem (diversas) e até mesmo misturar as técnicas. A elaboração deve ser

embasada na temática “O real e o imaginário”, expressando o que o aluno

sente em relação á sociedade contemporânea e o que eles consideram “belo

ou feio”. Ao Finalizar as atividades faremos uma exposicão das obras na qual

os alunos explicarão o que pretenderam expressar.

Espera-se que os alunos aprendam com essas aulas:

● Noções básicas de estética;

● Conceito de beleza e feiúra;

● Os problemas do gosto;

● Arte e recepção estética.

Ao término das atividades faremos uma exposição dos trabalhos e

registraremos com fotos.

7ª PROPOSTA

Tempo estimado: 5 aulas

Muralismo mexicano

Contextualizando com Geografia

Nessa atividade, com a participação do professor de Geografia, os

alunos terão orientação sobre:

● A localização do México;

● Principais características dos povos mexicanos;

● As atividades econômicas desenvolvidas;

● Língua falada, divisão do país;

● Mapa do continente americano destacando o México na América do

Norte e na América Latina;

● Atividades econômicas do país.

Também poderão completar essa atividade pesquisando em livros,

internet e outras fontes a gastronomia vestuário e tradições mexicanas.

VER:

●http://pensando.com.mx/wpcontent/uploads/2007/07/piramide_kukulcan_chich

ien_itza.jpg

● www.suapesquisa.com/monumentos/chichen_itza.htm. Acessado dia

04/09/2012

● HTTP://viagem.uol.com.br/album/tulum.mexico.album.jhtm.acessado dia 04/09/2012

REFLETIR/CONSTRUIR

●Quais civilizações habitaram o México?

- O que você conhece da cultura mexicana?

- Vamos pesquisar sobre as civilizações que habitaram o México? E que

legado deixaram para construção da história mexicana.

●http://www.moma.org/interactives/exhibitions/2011/rivera/content/mural/agrar

n/images/mural.jpg

●http://www.abcgallery.com/R/rivera/rivera12

Aqui falaremos um pouco sobre: O muralismo mexicano6

O muralismo mexicano, considerado o Renascimento da arte mexicana,

foi um movimento artístico singular e de extrema importância para a arte

mundial do século XX.

●http://4.bp.blogspot.com/_pOh3XbbfUd0/TP0NhO_cnqI/AAAAAAAAAZg/POrC

tKsgDXw/s1600/diegoRiveraMuralBig.jpg

Esta arte está intimamente relacionada com a revolução mexicana de

1910 e os ideais comunistas que lhe estavam subjacentes, aliás, foi José

Vasconcelos, Ministro da Educação Pública do período pós-revoluncionário, o

principal impulsionador deste movimento, ao por disposição dos pintores as

paredes dos edifícios públicos do México.

6Muralismo Mexicano - O termo refere-se à pintura mexicana da primeira metade do século XX,

de feitio realista e caráter monumental. A adesão dos pintores aos murais de grandes dimensões está diretamente ligada ao contexto social e político do país, marcada pela Revolução Mexicana de 1910 - 1920.

Estes murais foram pintados entre 1929 e 1945 no Palácio Nacional, na

cidade do México. Diego Rivera, além de ser um pintor famoso mundialmente,

foi um comunista ativo e casado com Frida Kahlo.

HTTP://2.bp.blogspot.com/-

M8UkSdBRAJk/TY97CHSFC_I/AAAAAAAAABU/qwPIRsl2tc/s1600/azteca.jpg.

VER:

●http://media.nowpublic.net/images//ed/d/edd7ba925e9c200f2df93632541ca76

7.jpg

●http://circul0vici0s0.blogspot.com.br/2008/11/murais-de-diego-rivera-no-

palcio.html

● Retrato de Martin Luis Guzman, Diego Rivera, 1915

● Paisagem Zapatista. Diego Rivera, 1915

REFLETIR:

► O que Diego Rivera representa para o México?

► Quanto às pinturas muralistas você considera belas ou feias? Por que?

► O que é uma pintura mural?

► Vamos conhecer através da Tv Pendraive os murais que mais se

destacaram em diferentes èpocas .

► Fotografias de murais de diversos locais.

A pintura mural difere de todas as outras formas de arte pictórica por estar

profundamente vinculada à arquitetura. Nessa técnica, o emprego da cor e do

desenho e o tratamento temático podem alterar radicalmente a percepção das

proporcões especiais da construção .

O muralismo é a arte da pintura mural que engloba o conjunto de obras

pictoricas realizadas sobre parede. A técnica de uso mais generalizado é a do

afresco, que consiste na aplicação de pigmentos de cores diferentes, diluidos

em àgua, sobre argamassa ainda úmida.

VER:

Fonte: http://www.pitoresco.com.br/art_data/muralismo.htm- acessado

06/09/201

● A Àgua na evolução da espécie

●Fonte: http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-

Para finalizar essa proposta, usaremos a técnica muralista nos muros da

escola.

8ª PROPOSTA:

Tempo Estimado: 4 aulas

Frida x Diego Rivera: Juntos para sempre.

Participaram juntos da luta do povo mexicano. Rivera pintou a história e

sofrimento do seu povo. Frida pintou sua própria história e sua própria tristeza.

Observar atentamente a pintura de Frida Kahlo (1907-54) ajuda a

compreender seu sofrimento. Suas telas representam a fragilidade física e

emocional de uma mulher cuja arte nasceu da dor, além do engajamento

corajoso que se tornou símbolo da luta feminista. Obcecada por traduzir sua

identidade mexicana e terceiro-mundista em uma arte de raízes, Frida pintava

com sentimento sanguíneo e exacerbado, transformando em expressão de arte

suas conturbadas emoções.

Seu marido, Diego Rivera (1886-1957), ao contrário, tinha o ímpeto dos

pintores revolucionários comunistas, que, armados de pincéis, retrataram em

enormes murais nacionalistas as lutas de classes, da libertação do proletariado

e da saga indígena.

Ambos respiravam arte, cultura e revoluções. A paixão viveu grandes

momentos na Casa Azul, no bairro de Coyoacán7, onde o casal morava hoje

transformado em um museu que mantém acesa sua história mística. Ver os

cavaletes, móveis, objetos, livros, fotos, a cozinha colorida onde Frida criava

banquetes com pratos mexicanos, regados a tequila8 e acompanhados de

mariachis9, o jardim de cactos, seus vestidos e adereços exuberantes que

evocam suas raízes astecas e maias, além dos oito sofridos coletes

ortopédicos, que ela também pintou, é conhecer um dos ângulos mais

vibrantes da Cidade do México.

Em um mural no Palácio Nacional, Diego representou Frida como uma

deusa asteca. Na porta do estúdio dele, a pintora deixou escrito um poema

íntimo que diz: "Diego mi-amante, mi-amigo, mi-madre, mi-yo, mi-universo."

LEITURA DE IMAGENS:

Vamos analisar as cores, elementos que correspondem, vida e obras dos

artistas:

● O Carregador de Flores – Diego Rivera, 1936.

● Peasants (Camponeses) – Diego Rivera, 1947.

● Vendedor de flores – Diego Rivera, 1949.

Essas são algumas das mais famosas pinturas de Diego Rivera

Rivera também trabalhou fora do México. Entre 1930-1934, trabalhou no

fresco10 do Rockfeller Center, em Nova Iorque, que foi destruído antes de

terminado. Neste fresco Rivera fazia a exaltação do comunismo e uma crítica

dura do capitalismo, “mostrava ao mundo a convicção otimista de que “um dia”

7 Coyoacán – Cidade do México

8 Tequila é uma bebida alcoólica destilada, originária do México, feita através da destilação e

fermentação do sumo de uma planta da América Central, a Agave tequilona' o Agave Azul, uma espécie de babosa e de até 49% de açucar extraído da cana ou do milho 9 Mariachis – è um termo de origem incerta que se aplica geralmente aos grupos artísticos, aos

músicos individuais, a musica e ao estilo. 10

Afresco ou Fresco - é o nome dado a uma obra pictórica feita sobre parede, com base de gesso ou argamassa. Assume frequentemente a forma de mural.

o homem será dono do seu destino em vez de ser empurrado para lá e acolá

por forças que ele não é capaz de controlar”. Rockfeller11 não gostou e destruiu

a obra. Rivera reproduziu outra igual no México.

Quanto às obras de Frida, são muito interessantes, principalmente seus

auto retratos onde podemos ver seus traços fortes, suas sobrancelhas que se

juntam acima do nariz. Podemos ver que a artista domina completamente a

arte do desenho.

●Dois nus num bosque

●Fonte:http://2.bp.blogspot.com/fnniVUwFASg/TsQqNvdtBBI/AAAAAAAAKV8/

K6z8E_rfOzQ/s1600/dois-nus-num-bosque-frida-kahlo.jpg

Assim como os pincéis bailam em suas mãos transpondo para a tela sua

arte, a sua pena desliza no papel com toda a leveza de uma poesia ímpar,

maravilhosa. Seus poemas são profundos, harmoniosos como este,

Recordação, escrito em 1922.

Eu havia sorrido. Nada mais. Mas a luz fez em mim um profundo silêncio.

Ele me seguia. Como minha sombra, perfeita e ligeira.

E a noite respirou um canto...

"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que

conheço melhor"

REFLETIR:

● O que acham dessas imagens? Para você elas são belas ou feias?

● Qual o sentimento de voces ao vê-las?

11

Rochefeller- família de industriais norte-americanos, símbolo de prosperidade americana no século XX, cuja fortuna deu origem a fundações cientificas e filantrópicas e que teve seu “The End” quando um grupo japonês comprou (1989) o Rochefeller Center no bairro nova-iorquino de Manhattan.

● O que chama mais atenção nessas imagens?

RETRATO E AUTORRETRATO

Inicie a aula questionando os alunos sobre a diferença entre retrato e

autrretrato

Vamos expor a eles dois retratos de Diego Rivera e Frida Kahlo

Depois eles irão pesquisar na internet ( Proinfo) sobre retrato e

autorretrato e, trazer na saula de aula sobre discussão essa diferença.

● Após a pesquisa iremos apresentar diversos retratos realizados nos mais

diversos períodos da história da arte.

● Conte para eles que cada época tratou o retrato de uma maneira diferente.

● No século XIX, a fotografia revolucionou o retrato, pois solucionava com

maior rapidez o poblema do registro da imagem.

CONSTRUIR:

► Fazer duas fileiras de alunos um de frente com o outro, irão produzir um

retrato.

Cronograma Das Atividades

As atividades serão desenvolvidas conforme o cronograma abaixo,

respeitando a carga horária de 32 horas aulas.

Proposta Descrição T.Est. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul.

Leitura de Imagens

3

aulas

X

Excercitando o olhar: momentos de reflexão

3

aulas

X

X

Analisando padrões estéticos

2 aulas

X

Dialogando com obras

4ª da consagrada pintora Frida Kahlo

6 aulas

X

X

Sensibilizando

5 aulas

X

X

Conhecendo um pouco mais sobre o movimento surralismo

4

Aulas

X

Muralismo mexicano

5 aulas

X

Frida X Diego Rivera: juntos para sempre

4 Aulas

X

X

REFERÊNCIAS

BASTOS, Marli Miranda. Frida Kahlo: para além da pintora / Marli Miranda

Bastos. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010. COTRIM, Gilberto. Filosofia temática. Gilberto Cotrim. São Paulo: Saraiva 2008. ECO, Umberto. História da beleza. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro:

Recod, 2004. ECO, Umberto. História da feiúra. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2007. EDUCAÇÃO, Secretaria de Estado da. Filosofia. Ensino Médio. 2008.

FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

KETTENMANN, Andrea. Frida Kahlo: Dor e Paixão. São Paulo: Taschen,

2010. MARTINS, Mirian Celeste. Teoria e prática do ensino da arte: a língua do mundo: volume único: livro do professor/ Mirian Celeste Martins, Gisa

Picosque, M. Terezinha Telles Guerra. 1ª edição. São Paulo: FTD, 2009. STRICKLAND, Carol. Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno. Carol Strickland; tradução Angela Lobo de Andrade, - Rio de Janeiro: Ediouro,2004.

Indicações de filmes:

●http://inversu.com/diego-rivera-o-muralista-mexicano/acessado dia 06/09/2012

●http://circul0vici0s0.blogspot.com/2008/11/murais-de-diego-rivera-no-palcio.html#ixzz25hrASNRy/ acessado dia 05/09/2012

●http://www.jangadeiroonline.com.br/ceara/sobral-recebe-colecao-de-gravuras-de-salvador-dali/ acessado dia 06/09/2012

●http://www.youtube.com/watch?v=tg9bGFFjsps

●http://www.youtube.com/watch?v=tu4st9b1ZpU

●http://www.youtube.com/watch?v=_RzbuXrbMp8

●http://www.youtube.com/watch?v=tg9bGFFjsps

●http://www.youtube.com/watch?v=tu4st9b1ZpU

●http://www.youtube.com/watch?v=_RzbuXrbMp8