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E56

Encontro Sul-Mineiro de Ensino de Física (2º : 2009 : Itajubá)

II Encontro Sul-Mineiro de Ensino de Física, ESMEF / orga_

nizado por Mikael Frank Rezende Junior e Luciano Fernandes

Silva. -- Itajubá, MG : [s.n], 2009

72 p. : il.

1. Congresso. 2. Ensino de Física. I. Rezende Junior, Mikael

Frank, org. II. Silva, Luciano Fernandes, colab. III. Título.

CDU 53(063)(815)

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mauá –

Bibliotecária Margareth Ribeiro- CRB_6/1700

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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Comissão Organizadora

Prof. Dr. Agenor Pina da Silva (UNIFEI - MG) Prof. Msc. Antonio Luiz Fernandes Marques (UNIFEI - MG)

Prof. Dr. Célio Wisniewski (UNIFAL - MG) Profa. Dra. Helena Libardi (UFLA - MG)

Prof. Dr. Luciano Fernandes Silva (UNIFEI-MG) Prof. Dr. Mikael Frank Rezende Junior (UNIFEI-MG) Prof. Dr. Newton de Figueiredo Filho (UNIFEI - MG)

Prof. Dr. Wilton da Silva Dias (UNIFEI - MG)

Comissão Científica

Prof. Dr. Agenor Pina da Silva (UNIFEI - MG) Profa. Dra. Ana Paula Malheiros (ASSER-SP)

Profa. Dra. Cristina Leite (IF USP - SP) Prof. Dr. Edson do Carmo Inforsato (UNESP - SP)

Prof. Dr. Ivan Ferreira da Costa (UNB - DF) Prof. Dr. José de Pinho Alves Filho (UFSC-SC)

Prof. Dr. José Francisco Custódio (UDESC - SC) Prof. Dr. Luciano Fernandes Silva (UNIFEI - MG)

Prof. Dr. Luís Paulo Piassi (USP LESTE - SP) Prof. Dr. Marcos Daniel Longhini (UFU - MG)

Prof. Dr. Mauricio Pietrocola (FE USP - SP) Prof. Dr. Mikael Frank Rezende Junior (UNIFEI - MG) Prof. Dr. Newton de Figueiredo Filho (UNIFEI - MG

Comissão de Apoio Técnico

Aline Tiara Mota Altimare Maíres Ribeiro

Amanda Romão de Paiva André Silva Chaves

Celso Henrique Correa Cristina Cândida Macedo

Danielle Aparecida dos Reis Glauber Luz

Gustavo Aparecido Rossi Lucas Antunes Leite

Lucimara dos Santos Ribeiro Luiz Carlos Miguel de Silva

Thiago Costa Caetano

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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Sumário

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 5

PROGRAMAÇÃO ............................................................................................................................ 7

TÍTULOS E AUTORES - SESSÃO DE PÔSTERES ................................................................................ 9

PALESTRAS ................................................................................................................................... 13

MESA REDONDA .......................................................................................................................... 17

OFICINAS ..................................................................................................................................... 19

RESUMOS .................................................................................................................................... 26

PARTICIPANTES ........................................................................................................................... 68

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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APRESENTAÇÃO

A comunidade de pesquisa em ensino de Física no Brasil tem buscado, nas ultimas décadas, detectar as dificuldades, fomentar o debate e propor soluções para os problemas que têm se apresentado de forma vigorosa no universo escolar, onde vias de resistência como a estrutura atual da escola, comumente sem recursos e ainda hierarquizada verticalmente tem imposto programas a serem cumpridos, nos quais o professor ainda é visto como um mero executor, e esse, sentindo-se cada vez mais impotente a qualquer mudança em seu exercício profissional.

Visando contribuir para melhoras nesse quadro, a Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI - desenvolve há vários anos atividades na região sul de Minas Gerais. Dentre essas, destacam-se: Visitas orientadas aos laboratórios didáticos de Física e Química, um programa de visitas orientadas a seus laboratórios didáticos de Física e Química, em funcionamento desde 1990, com a finalidade de oferecer a alunos e professores do ensino fundamental e médio a oportunidade de realizarem atividades experimentais, tanto demonstrativas quanto interativas nas áreas de Física e Química. A Escola de Inverno de Itajubá, criada em 1998, que oferece anualmente no mês de julho programas de treinamento e capacitação de professores do ensino fundamental e médio e atividades científico-culturais abertas à comunidade. Organizada por um consórcio liderado pela UNIFEI, esse evento conta com a participação do Laboratório Nacional de Astrofísica, da Superintendência Regional de Ensino e da Secretaria Municipal de Educação. Desde sua criação, já participaram da Escola de Inverno de Itajubá mais de 800 professores dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Desde 2004, a UNIFEI também participa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em parceria com as demais instituições de ensino superior e pesquisa de Itajubá, centrado em atividades coordenadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia com vistas à difusão e à popularização da ciência e da tecnologia, e já há oito anos, a Semana da Física tem sido uma referência na região, e consiste em um conjunto de palestras temáticas especialmente preparadas para alunos do ensino médio, ministradas por especialistas da própria universidade e de outras instituições. Os temas das semanas já realizadas foram:

2000: O Centenário da Física Moderna.

2001: Einstein e suas contribuições à ciência e a tecnologia.

2002: O admirável nanomundo: nanociência e nanotecnologia.

2003: Astronomia e Astrofísica.

2004: Ensino e Divulgação da Ciência.

2005: Ano Mundial da Física.

2006: Centenário do 14-bis.

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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2007: Ensino de Física no Brasil: histórico e perspectivas.

2008: A Física Brasileira no mundo contemporâneo: nomes e fatos.

A partir da experiência acumulada em mais de quinze anos na organização dessas atividades, organizamos no ano de 2007 o I Encontro Sul-Mineiro de Ensino de Física – ESMEF – no sentido de expandir o que já existia e criar novas atividades, em resposta à crescente necessidade de levar o conhecimento científico e tecnológico ao grande público.

Este II Encontro Sul-Mineiro de Ensino de Física - 2009, evento que esperamos que realize bianualmente, visa congregar pesquisadores em ensino de física, professores de física da Educação Básica e Ensino Superior, graduandos em física e todos os demais interessados, onde, conjuntamente, esperamos dar continuidade a um encontro que certamente trará contribuições diretas e imediatas ao ensino de Física na região sul de Minas Gerais, e, também, para a pesquisa em Ensino de Física no Brasil.

Prof. Dr. Mikael Frank Rezende Junior Presidente da Comissão Organizadora do II ESMEF

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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PROGRAMAÇÃO

Quarta(02/05) Quinta(03/05) Sexta(04/05) Sábado(05/05)

13:30 – 15:30 Recepção – Sessão de Pôsteres

Oficina 1 Oficina 2 Oficina 2 Oficina 4 Oficina 5 Oficina 6

Oficina 1 Oficina 2 Oficina 2 Oficina 4 Oficina 5 Oficina 6

III Encontro de Ex-alunos do

Curso de Física da UNIFEI

15:30 – 16:00 Coffee-Break Coffee-Break Coffee-Break

16:00 – 18:00 Sessão de Pôsteres

Palestra 1 Mesa Redonda

19:30 – 21:00 Conferência de Abertura

Palestra 2 Palestra 3

Conferência de Abertura

Prof. Dr. Roberto Boczko (USP - SP)

Palestra 1 .......................................................................................................... 14

A formação inicial de professores de Ciências para as demandas contemporâneas Prof. Dr. Edson do Carmo Inforsato (UNESP - SP)

Palestra 2 .......................................................................................................... 15

Livros didáticos de Física e as inovações educacionais na área de Ciências/Física: critérios de avaliação e alternativas de uso. Prof. Dr. Jorge Megid Neto (UNICAMP - SP)

Palestra 3 .......................................................................................................... 16

Inovações Curriculares: desenvolvimento, implementação e validação Prof.Dr. Elio Carlos Ricardo (FE USP - SP)

Mesa Redonda .................................................................................................. 18

A Formação Inicial de Professores nas Modalidades Presencial, Semi-Presencial e a Distancia: implementações e divergências Prof. Dr. César Augusto Minto (FE-USP) Prof. Dr. José André Perez Angotti (MEN-UFSC) Profa. Dra. Lúcia Regina Horta Rodrigues Franco (IESTI-UNIFEI)

Prof. Dr. Newton de Figueiredo Filho (DFQ-UNIFEI)

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OFICINAS

Oficina 1 ............................................................................................................ 20

A ciência na mídia e o ensino de física - alguns fundamentos teóricos Prof. Dr. Luís Paulo Piassi (USP LESTE - SP)

Oficina 2 ............................................................................................................ 21

Eletrostática com Materiais de Baixo Custo Prof. Msc. George Kouzo Shinomyia (UESC - BA) Prof. Msc. Emerson Izidoro dos Santos (UNESP - SP) Prof. Msc. Rui Manoel de Bastos (USP - SP)

Oficina 3 ............................................................................................................ 22

Ensino de Física nos anos iniciais da escolarização Prof. Dr. Marcos Daniel Longhini da (UFU-MG)

Oficina 4 ........................................................................................................... 23

História da Física na Sala de Aula - Da Simetria do Círculo à Assimetria da Rotação Profa. Msc. Elika Takimoto (CEFET-RJ) Oficina 5 ............................................................................................................ 24 Atividades de astronomia para a Educação Básica Thiago Costa Caetano (UNIFEI - MG) Oficina 6 ............................................................................................................ 25 Ambientes de aprendizagem para o ensino de Física na modalidade EaD Prof. Dr. José Gilberto da Silva (UNIFEI - MG) Profa. Dra. Lucia Regina Horta Rodrigues Franco (UNIFEI - MG)

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TÍTULOS E AUTORES - SESSÃO DE PÔSTERES A EFETIVIDADE DA FEIRA DE CIÊNCIAS NO ENSINO DE FÍSICA ........................................ 27 Ana Lúcia Lima Machado A FILOSOFIA HAND-ON SCIENCE E O ENSINO DE FÍSICA ................................................. 28 André Silva Chaves

Vinicius Fortes de Castro AVALIAÇÃO DOS LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA A PARTIR DO ENFOQUE CTS: A PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM LARGA ESCALA ......................................................................... 29 Cristina Cândida de Macedo Luciano Fernandes Silva CONFECÇÃO DE ANIMAÇÃO DE FENÔMENOS ASTRONÔMICOS VOLTADOS AO EAD ...... 30 Gustavo Aparecido Rossi Wilton da Silva Dias O ENSINO DE FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: AS POSSIBILIDADES AO SE TRABALHAR COM PROJETO DE TRANSMISSOR DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS ....................................... 31 João Batista Vieira PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DEMONSTRATIVAS DE BAIXO CUSTO NO ENSINO DE FÍSICA: MECÂNICA ..................................................................................... 32 Luiz Carlos Miguel da Silva

Agenor Pina da Silva

Luciano Fernandes da Silva UM EXPERIMENTO SIMPLES ENVOLVENDO O CONCEITO DE FORÇA DE ATRITO ............. 33 Renato José Fernandes Paulo Alex da Silva Carvalho NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO DE CIÊNCIAS: PERSPECTIVAS A PARTIR DE UM CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM ASTRONOMIA ............................................................... 34 Leonardo Donizette de Deus Menezes Marcos Daniel Longhini A FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DO LICENCIANDO EM FÍSICA: PARTICIPAÇÃO EM AMBIENTES EDUCACIONAIS ............................................................................................................ 36 Leandro Xavier Moreno Alzira C.M. Stein-Barana O ENSINO DE ASTRONOMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: CONSIDERAÇÕES DOS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PRIVADAS DE ITAJUBÁ-MG ................. 37 Altimare Maíres Ribeiro

Agenor Pina da Silva

Newton de Figueiredo

Luciano Fernandes Silva

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O QUE A FÍSICA TEM A DIZER SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: POSSIBILIDADES DE TRATAR O TEMA NO ENSINO MÉDIO ............................................................................ 38 Danielle Aparecida Reis Luciano Fernandes Silva OS PROFESSORES DE FÍSICA DA CIDADE DE ITAJUBÁ – MG: CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO PARA A DEFINIÇÃO DE AÇÕES FORMATIVAS ................................................................. 40 Denis Marcel Gouveia de Souza Wilton da Silva Dias Mikael Frank Rezende Junior APOIO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ATRAVÉS DA INTERNET: UMA EXPERIÊNCIA COM ENSINO DE ASTRONOMIA ............................................................... 41 Emerson Izidoro dos Santos Luís Paulo Piassi Rui Manoel de Bastos Vieira INOVAÇÕES SIMPLES E ECONÔMICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE ESPECTRÔMETROS DIDÁTICOS .................................................................................................................. 42 Vanessa Lopes de Oliveira Renan Augusto Trindade Antônio Carlos de Castro A FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA NOS CURSOS DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ ................................................................................................... 43 Thieny de Cássio Lemes

Mikael Frank Rezende Junior

André Garcia Chiarello

Luiz Fernando Valadão Flores

Paulo Sizuo Waki

A DOCUMENTAÇÃO DA EXPERIMENTOTECA DE FÍSICA DO CDCC ................................... 44 Renan Augusto Trindade

Tomaz Catunda

HOMOGENEIDADES E HETEROGENEIDADES DO COTIDIANO DOS ESTUDANTES E METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE FÍSICA ................................................................. 45 Frederico Augusto Toti

Alice Helena Campos Pierson

O ENSINO DE ASTRONOMIA: DESPERTANDO O INTERESSE DOS ALUNOS PELA CIÊNCIA . 46 Renan Gonçalves Vilas Boas

José Sebastião Andrade de Melo Filipe M. França Juliana de Oliveira Silva

Luciana de Matos Alves Pinto TUTORIAIS EM FÍSICA INTRODUTÓRIA: UM DESAFIO PARA O ENSINO MÉDIO ............... 47 Diana Esther Tuyarot de Barci

Rafael Schepper Gonçalves

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UMA CUBA ELETROLÍTICA PARA O ENSINO MÉDIO ....................................................... 49 Antônio Carlos de Castro A CONSTRUÇÃO DE ATITUDES CIENTÍFICAS EM ALUNOS DE EDUCAÇÃO BÁSICA A PARTIR DA ABERTURA DA “CAIXA PRETA” ..................................................................................... 50 James Colemam Alves DESPERTANDO A CURIOSIDADE DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PARA A FÍSICA NO COTIDIANO.................................................................................................................. 51 Camila Tavares Castro

Fábio Martins Cardoso

Helena Libardi ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O DESEMPENHO DOS CANDIDATOS APROVADOS NO VESTIBULAR DA UNIFEI PARA O CURSO DE FÍSICA, LICENCIATURA E BACHARELADO, E A DISCIPLINA DE FÍSICA GERAL I ...................................................................................... 52 Lucas Antunes Leite

Agenor Pina da Silva Luciano Fernandes Silva

Newton de Figueiredo Filho

OFICINA DE CIÊNCIAS DA ESCOLA SANTO ANTÔNIO: ELABORAÇÃO CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE UMA OFICINA DE CIÊNCIAS PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO .............. 53 Felipe Castilho de Souza CONFORTO ACÚSTICO, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL ........ 54 Klaus Nogueira da Silva

Naylor Ferreira de Oliveira A FÍSICA DENTRO DE UM APARELHO DE CD ROM - ENGENHARIA REVERSA.................... 55 Helena Libardi

Anna Maria Pessoa de Carvalho

PROCESSOS INTERATIVOS EM AULAS EXPERIMENTAIS DE FÍSICA .................................. 56 Isabel Cristina de Castro Monteiro

Marco Aurélio Alvarenga Monteiro

Alberto Gaspar

Anderson Lisboa A HISTÓRIA DA CIÊNCIA E SUA INFLUÊNCIA NA MOTIVAÇÃO PARA O ENSINO DE FÍSICA 57 Isabel Cristina de Castro Monteiro

Marco Aurélio Alvarenga Monteiro

Alberto Gaspar

Isaias Thomas Sabino PROGRAMA REAÇÃO E ATIVIDADES EXPERIMENTAIS PARA O ENSINO DE FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................................................... 58 Marco Aurélio Alvarenga Monteiro

Isabel Cristina de Castro Monteiro

Alberto Gaspar

Wilson Elmer Nascimento

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PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS SONOROS: MINI-CURSO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DESENVOLVIDO COMO ATIVIDADE DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE FÍSICA................ 59 Anderson Lessa Silva

Caio Roberto Dias

Marcos Pires Leodoro

PEGANDO RATOS OU EMPURRANDO CARRINHOS? – CARRINHO DE RATOEIRA COMO ORGANIZADOR PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ......................................... 60 Naylor Ferreira de Oliveira

Klaus Nogueira da Silva

LICENCIATURA EM FÍSICA: A FORMAÇÃO NA MODALIDADE EAD E OS SABERES ............. 61 DOCENTES Luciana Mendonça Rodrigues

Alessandra Rodrigues Luz

APLICAÇÃO DO SOFTWARE CIENTÍFICO SCILAB NO ENSINO DE MODELOS MATEMÁTICOS/FÍSICOS PARA A DETERMINAÇÃO DO VALOR EXPERIMENTAL DA GRAVIDADE UTILIZANDO COMO SIMULAÇÃO O COMPORTAMENTO DE UM PÊNDULO SIMPLES ....... 62 Gustavo Moura Pires

Márcio de Andrade Batista

A UTILIZAÇÃO DE VÍDEO NO APRENDIZADO DO CONCEITO DE FORÇA CENTRÍFUGA ...... 63 Carlos Eduardo Silva

Paulo Alex da Silva Carvalho

MÁQUINA TÉRMICA: UM PASSEIO PELOS TIPOS DE ENERGIA E SUAS ............................ 64 TRANSFORMAÇÕES Herbert Alexandre João Mardoqueu Martins da Costa FÍSICA APLICADA A MEDICINA: INSTRUMENTOS DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO SOBRE O FUNCIONAMENTO E MÉDIO SOBRE O FUNCIONAMENTO DO APARELHO DE RAIOS –X AMBULATORIAL ............................................................... 65 Herbert Alexandre João

Naylor Ferreira de Oliveira

Raphael Fernandes Corrêa

TENDA DA FÍSICA – DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DOS ARTEFATOS ..................... 66 TECNOLÓGICOS Marcos Pires Leodoro

Carlos Maciel Oliveira Bastos

Gabriel Augusto Cação Quinato

Luana Santos

Gabriela Augusta Prando

REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE INTERDISCIPLINARIDADE NAS ESCOLAS PÚBLICAS ............ 67 Lidiane Gomes da Silva Rita de Cássia Magalhães Trindade Stano

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PALESTRAS

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A formação inicial de professores de Ciências para as demandas contemporâneas

Prof. Dr. Edson do Carmo Inforsato UNESP - SP

A formação de qualquer categoria profissional no mundo contemporâneo está marcada pela complexidade e pela incerteza. Uma sociedade em mudança e, principalmente, de traço mudancista não permite definições aprioristicas sobre o que se esperar e o sobre o que capacitar um profissional. Para os professores, as incertezas e as complexidades ainda são maiores. Como formar o profissional que forma os outros para um mundo que se refaz e desfaz a todo momento? Particularmente na area cientifica, pelo relevo que ela tem como conteúdo cada vez mais importante e necessário, a formação dos seus profissionais de ensino exige novas concepções, novas metodologias e conexões cada vez mais estreitas com outras áreas das humanidades e, principalmente, das artes. Esses desafios serão abordados na palestra.

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Livros didáticos de Física e as inovações educacionais na área de Ciências/Física: critérios de avaliação e alternativas de uso.

Prof. Dr. Jorge Megid Neto

UNICAMP - SP

Esta apresentação tem o intuito de analisar a temática do livro didático para o ensino de Ciências/Física no Brasil e apresentar alternativas a este recurso, tendo em conta: as atuais características dos manuais didáticos; os usos dos compêndios escolares pelos professores; as novas propostas curriculares para o ensino de Ciências; os resultados da pesquisa educacional sobre ensino de Ciências e sobre os livros didáticos no Brasil.

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Inovações Curriculares: desenvolvimento, implementação e validação

Prof.Dr. Elio Carlos Ricardo

Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo - SP Em situações inovadoras, mais que em outras, torna-se fundamental uma vigilância epistemológica dos saberes ensinados. Todavia, enquanto as práticas atuais resultam de um longo período de validação no contexto escolar, o mesmo não ocorre com inovações curriculares. Estas não poderão esperar por muito tempo para serem validadas pela prática. Assim, o seminário irá tratar da relevância dos saberes teóricos, oriundos das pesquisas em didática das ciências, e dos saberes construídos nas práticas profissionais para orientar a elaboração, implementação e validação de Seqüências Didáticas que envolvam inovações metodológicas e de conteúdo. Tais discussões estarão apoiadas em experiências de ensino já realizadas.

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MESA

REDONDA

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A Formação Inicial de Professores nas Modalidades Presencial, Semi-Presencial e a Distancia: implementações e divergências

Prof. Dr. César Augusto Minto

DFQ - UNESP

Prof. Dr. José André Perez Angotti UFSC - SC

Profa. Dra. Lúcia Regina Horta Rodrigues Franco

UNIFEI – MG

Prof. Dr. Newton de Figueiredo Filho

DFQ – UNIFEI

O déficit de professores atuantes nas áreas de Ciências e, de modo particular, de Física na Educação Básica é um dado real e muito preocupante em nosso país. Dados oficiais apontam que nos últimos 15 anos foram formados, por exemplo, 13 mil professores de Física, mas apenas 6.106 atuam no magistério. Além disso, enfrentamos um alto índice de evasão nos cursos de Física, fato que agrava ainda mais este quadro. Mesmo admitindo-se uma rápida expansão nas matrículas e nas conclusões dos atuais cursos presenciais de licenciatura em Física, avalia-se que não será possível atender a crescente demanda de professores de Física na rede oficial de ensino. Um dos caminhos propostos para atender essa elevada demanda têm sido o estabelecimento de cursos de licenciatura plena em Física nas modalidades semi-presencial e a distância. Todavia, são levantados importantes questionamentos com relação a formação inicial de professores nessa modalidade, sobretudo dado ao caráter social da educação sistemática. Além disso, questiona-se a pretensa política pública de tentar adotar indiscriminadamente a formação inicial de professores da Educação Básica na modalidade a distância. Esses e outros aspectos serão abordados nessa mesa, cujo objetivo é oferecer subsídios para o debate que se apresenta sobre a formação inicial de professores.

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OFICINAS

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A ciência na mídia e o ensino de física - alguns fundamentos teóricos

Prof. Dr. Luís Paulo Piassi USP LESTE - SP

Nessa oficina, apresentaremos alguns instrumentos para a abordagem semiótica do discurso sobre a ciência veiculados em alguns produtos de mídia. Serão trazidos como exemplos notícias de jornal, reportagens televisivas, desenhos animados, contos de ficção científica e artigos de divulgação científica. Alguns fundamentos da semiótica greimasiana serão apresentados, aplicados a alguns exemplos e exercitados pelos participantes em outros.Ao final serão apresentadas algumas aplicações à pesquisa sobre recursos didáticos, discutidas algumas possibilidades e limites do modelo e mencionadas outras abordagens teóricas dos estudos do discurso.

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Eletrostática com Materiais de Baixo Custo

Prof. Msc. George Kouzo Shinomyia UESC – BA

Prof. Msc. Emerson Izidoro dos Santos

UNESP – SP

Prof. Msc. Rui Manoel de Bastos USP - SP

Objetivos:

Através de experimentos lúdicos de baixo custo e fácil montagem, discutir conceitos fundamentais da eletrostática, tais como: processos de eletrização, força elétrica, campo elétrico, materiais condutores e isolantes entre outros. Com esse curso pretende-se apresentar atividades, que possam ser desenvolvidas pelos próprios alunos, que despertem seu interesse e que sejam viáveis para as mais variadas condições de sala de aula, tanto no ensino fundamental como no ensino médio.

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Ensino de Física nos anos iniciais da escolarização

Prof. Dr. Marcos Daniel Longhini UFU-MG

Essa oficina tem como objetivo central discutir o ensino de Física para crianças das primeiras séries do Ensino Fundamental. Parte do entendimento que a Ciência é uma forma de cultura, e discute possibilidades de os estudantes serem inseridos nessa nova maneira de compreender do mundo, em que a problematização, a elaboração e teste de hipóteses e a interação entre pares fazem parte do processo de inserção na cultura científica.

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História da Física na Sala de Aula - Da Simetria do Círculo à Assimetria da Rotação

Profa. Msc. Elika Takimoto CEFET-RJ

Em linhas gerais, essa oficina apresentará a formação do conceito atual de “movimento”. O movimento perfeito era representado pela simetria do círculo. Qualquer outro movimento, exigia um “motor” a ele continuamente associado: corpos em movimento eram continuamente empurrados ou puxados. Iremos ver como essa simetria veio a ser substituída pela simetria da linha reta. Isaac Newton, no século XVII, usando o Teorema de Galileu, tratou o movimento circular uniforme e apresentou no Principia a expressão, hoje conhecida, da força centrípeta. Newton introduziu, assim, o conceito de “força” e, finalmente, o movimento circular exigia uma nova entidade. Porém, as equações da Mecânica – para a translação e rotação – foram escritas, em forma diferencial, por Leonhard Euler, no século XVIII, que, curiosamente, as considera como um “novo princípio”. Raramente os físicos consideram a equação ,, onde L é o momento angular e o torque total exercido pelas forças externas em um corpo, como uma lei fundamental. Os físicos, em geral, entendem que essa equação é derivada das “Equações de Newton”. Porém, no Principia não encontramos explicações de sistemas dinâmicos gerais para corpos rígidos. D’Alembert, Euler e outros entenderam que as equações não eram suficientes para descrever o movimento de um corpo onde partes dele seriam vinculadas de alguma forma. Demonstrarei, assim, que uma vez estabelecida a lei para a massa puntual, ela foi usada para o desenvolvimento da equação de movimento do corpo rígido pelas mãos de Eüler. Toda a pesquisa realizada para o desenvolvimento desse trabalho refletiu de forma direta e definitiva na minha maneira de dar aula. Ficou praticamente impossível ensinar aos meus alunos a mecânica da mesma maneira que fazia anteriormente. Isso ficou explícito quando percebi o interesse pela “árida” disciplina que leciono há mais de treze anos aumentar de forma significativa. A curiosidade dos alunos, expressada através de muitas perguntas quando eu utilizava a história da ciência para mostrar como um determinado conceito emergia, me motivou a escrever um livro paradidático intitulado História da Física na Sala de Aula, editado pela Livraria da Física no início de 2009. Desta forma acredito que o trabalho apresentado poderá contribuir para despertar o interesse de outras turmas auxiliando diversos professores que o queiram utilizá-lo como complemento.

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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Atividades de astronomia para a Educação Básica

Thiago Costa Caetano UNIFEI - MG

Nesta oficina São propostas atividades experimentais de astronomia para a Educação Básica. As experiências são realizadas utilizando-se material de baixo custo e abordam fenômenos astronômicos como eclipses e estações do ano, além de viabilizarem a discussão de conceitos fundamentais. A oficina é uma ocasião propícia à apresentação de metodologias utilizadas no ensino da astronomia para a Educação Básica.

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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Ambientes de aprendizagem para o ensino de Física na modalidade EaD

Prof. Dr. José Gilberto da Silva UNIFEI – MG

Profa. Dra. Lucia Regina Horta Rodrigues Franco

UNIFEI - MG Apresentação do Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA - Tel Educ; Navegação nas ferramentas do ambiente; Realização de atividades no AVA; Conhecimento de diferentes formas de uso do AVA para o ensino de Física.

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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RESUMOS

ANAIS DO II ENCONTRO SUL-MINEIRO DE ENSINO DE FÍSICA ITAJUBÁ, ABRIL DE 2009

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A EFETIVIDADE DA FEIRA DE CIÊNCIAS NO ENSINO DE FÍSICA

Ana Lúcia Lima Machado [email protected] Universidade Federal de Itajubá

O trabalho refere-se à realização de Feira de Ciências ou do Conhecimento em escolas e sua efetividade quanto à construção do conhecimento, em particular o de Física. A partir da comparação de dados estatísticos e entrevistas obtidas por meio de uma pesquisa em duas escolas do município de Itajubá (MG), uma pública e outra privada, foi possível verificar as diferenças entre elas quanto ao desenvolvimento das Feiras e quanto aos resultados de sua realização. Através do questionário respondido pelos professores de Física e da entrevista feita com os coordenadores das Feiras foi possível identificar além de informações gerais sobre as profissões dos mesmos, a participação deles nesse tipo de evento e suas opiniões quanto as vantagens e as desvantagens a respeito da motivação dos alunos.O questionário respondido pelos alunos levantou informações sobre a participação dos mesmos nesses eventos, a sua importância, a expectativa e seus interesses em tais atividades. Os dados coletados mostram o quanto a escola tende a ganhar com a realização deste tipo de evento caso ele seja bem trabalhado e caso haja envolvimento de toda comunidade escolar. As Feiras de Ciência ou do Conhecimento, enquanto extensões da escola, se bem trabalhadas, tornam-se importantes aliadas no processo de ensino-aprendizagem, despertam o interesse e a curiosidade por parte dos alunos e mobilizam os professores, a fim de compartilharem o conhecimento adquirido com a comunidade.

Palavras-chave: Feira de Ciências. Ensino. Física.

Referências bibliográficas

AXT, R. O papel do experimento no ensino de ciências. São Paulo, Iara, 1991.

BAGNO, M. Pesquisa na escola. São Paulo, Edições Loyola, 1998.

BARROS, L. Suporte e ambiente distribuídos para aprendizagem cooperativa. Rio de Janeiro, Coppe, 1994 (Tese de Doutorado)

BONOMA, T. Estudos de caso em publicidade: oportunidades, problemas e processos. Jornal de Pesquisas em marketing, 1985.

CARVALHO, A. M. P. Ciências no ensino fundamental. São Paulo, Escrituras Editoras, 1996.

CHARTIER, E. Reflexões sobre educação. São Paulo, Iara, 1991.

COLINVAUX, D. Modelos e educação em Ciências. Rio de Janeiro, Ravil, 1998.

ECHEITA, G. e MARTIN, E. Interação social e aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995.

ESCOBAR, O. E. N. A formação do educador: questões da atualidade. Paraná, Guairacá, 1997.

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A FILOSOFIA HAND-ON SCIENCE E O ENSINO DE FÍSICA

André Silva Chaves1

[email protected]

Vinicius Fortes de Castro1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

A experimentação no ensino de ciências é um procedimento didático frequentemente valorizado pelos professores e pesquisadores da área. Porém, muitos professores destacam uma série de fatores que dificultam, ou até mesmo impedem a realização de atividades experimentais em suas aulas. Dentre esses fatores destacam-se a falta de espaço e equipamentos apropriados para a realização de atividades experimentais. A filosofia Hands-on ou Mão na Massa propõem a criação de atividades experimentais no ambiente escolar, a partir de materiais de baixo custo ou recicláveis. A partir dessas considerações, investigamos os diferentes níveis de interatividade entre os alunos do segundo ano do ensino médio de uma escola pública com a proposta Hands-on. Levamos para uma escola pública uma proposta de atividade prática envolvendo o conceito de conservação de energia. Essa atividade foi trabalhada em quatro aulas de física. Para coletar os dados dessa pesquisa utilizamos um questionário com perguntas abertas. Além disso, coletamos informações a partir da observação das aulas. A partir dos dados avaliamos que as discussões qualitativas suscitadas pela proposta Hands-on provocavam certo desconforto nos alunos. Esses indicavam que sentiam falta de uma discussão mais quantitativa e próxima daquelas normalmente trabalhadas em suas aulas de física. Também observamos que muitos alunos encontravam várias dificuldades em relatar na forma escrita o experimento desenvolvido. Analisamos que esses alunos apresentavam importantes dificuldades relacionadas com as competências e habilidades relacionadas com a comunicação na forma escrita. Nesse sentido, consideramos que procedimentos experimentais baseados na proposta Hands-on podem proporcionar um ambiente educacional que nos possibilita trabalhar várias competências e habilidades relacionadas com representação e comunicação, investigação e compreensão.

Palavras-chave: Hands-on. Atividades experimentais. Ensino médio.

Referências bibliográficas

CHAVES A. S., MARQUES A. L. F., CASTRO, V. FORTES DE, Conservation of Energy Activity in a High School Classroom. In: 5th International Conference on Hands-on Science, 2008, Olinda – Pernambuco. HSCI2008 - Proceedings of the 5th International Conference on Hands-on Science. Brazil, 2008. v.1.p.220.

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AVALIAÇÃO DOS LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA A PARTIR DO ENFOQUE CTS: A PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM LARGA ESCALA

Cristina Cândida de Macedo1 [email protected]

Luciano Fernandes Silva1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

Em nosso trabalho consideramos relevante que os conteúdos específicos de Física sejam apresentados a partir da articulação entre aspectos que envolvam a Ciência, a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente (CTSA). A partir desse contexto, é possível apresentarmos aos estudantes as diferentes articulações sociais, políticas e econômicas que influenciam direta e indiretamente a produção científica e tecnológica. O objetivo central do enfoque CTSA no Ensino Médio é formar cidadãos críticos e capazes de decidir com responsabilidade social sobre assuntos de cunho científico e tecnológico aplicados na Sociedade além de resgatar a importância da educação ambiental. Outro aspecto relevante no nosso trabalho é o fato de termos como objeto de estudo os livros didáticos de Física aprovados pelo PNLEM. Esses livros foram distribuídos em todas as escolas públicas do país. Além disso, o livro didático assume um papel muito relevante para professores e alunos desse nível educacional. Levando em consideração a importância que os livros didáticos possuem nas escolas de ensino médio no Brasil e as inovações curriculares propostas pelo movimento CTSA, temos por objetivo avaliar que aspectos do enfoque CTSA estão presentes nas coleções de livros aprovadas pelo PNLEM. De modo específico, estamos avaliando a presença, ou ausência, do enfoque CTS nos livros didáticos de Física a partir da análise do conteúdo que trata da produção de energia elétrica em larga escala. Essa é uma pesquisa de natureza documental. Nesse trabalho relataremos as análises já realizadas a partir de dados coletados em duas coleções de livros de Física para o Ensino Médio aprovados pelo PNLEM. De modo geral, avaliamos que essas duas coleções não apresentam um contexto mais articulado com aspectos sociais e ambientais na apresentação e discussão do tema produção de energia elétrica em larga escala. Há o predomínio de uma discussão mais conceitual e técnica nessas obras avaliadas.

Palavras-chave: Ensino de Física. Livros Didáticos. Produção de energia elétrica em larga escala..

Referências bibliográficas

AULER, D.; DELIZOICOV,D. Ciência- Tecnologia – Sociedade: relações estabelecidas por professores de ciências. Revista Eletrônica de Enseñanza de lãs ciências. V.5.n.2, 2006.

SANTOS, W.L.P.; MORTIMER, E.F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S (Ciências – Tecnologia – Sociedade) no contexto da educação brasileira. Rev. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, v. 2, n.2, p.1-23, dez.2002.

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CONFECÇÃO DE ANIMAÇÃO DE FENÔMENOS ASTRONÔMICOS VOLTADOS AO EAD

Gustavo Aparecido Rossi1

[email protected]

Wilton da Silva Dias1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

Desde 2008 a UNIFEI oferece um curso de Astronomia e Astrofísica com caráter conceitual especialmente voltado para os alunos da Licenciatura em Física. Em 2008 e 2009 o curso passou também a ser oferecido na modalidade à distância, dentro do curso de Licenciatura em Física à Distância, atingindo cinco cidades da região, próximas a universidade: Alterosa, Bicas, Boa Esperança, Cambuí e Itamonte. Tendo em vista a dificuldade de livros texto escritos em português que atendam essa disciplina, como material básico de estudo oferecemos aos alunos de ambas modalidades um cd com as aulas disponíveis em formato hipertexto. No entanto, notamos que algumas apresentações necessitam de animações para que a elaboração de um modelo adequado que explique fenômenos como dia e noite, fusos horários, estações do ano, fases da lua, entre muitos outros, seja facilitada. Em muitos casos ocorre o inverso, ou seja, alunos não conseguem uma visualização adequada dos fenômenos astronômicos apenas com representações bidimensionais. Neste trabalho apresentamos um conjunto de animações confeccionadas para compor o material didático dos cursos de Astronomia voltados para formação de professores em Física da UNIFEI. Especial atenção é dada à descrição destas animações, relacionando-as com o conteúdo da disciplina e com as ferramentas do TelEduc.

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O ENSINO DE FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: AS POSSIBILIDADES AO SE TRABALHAR COM PROJETO DE TRANSMISSOR DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

João Batista Vieira [email protected]

Universidade Federal de Uberlândia

Este texto apresenta resultados de uma prática de ensino de Física realizada no segundo ano do Ensino Médio em uma escola pública no município de Araguari, MG, apresentada na UFMG-Jovem em Belo Horizonte, MG. A partir das dificuldades dos alunos em compreender o conteúdo de “ondas” surgiu a possibilidade de trabalhar com a metodologia de projetos. O projeto de trabalho é uma técnica didática centrada na produção de conhecimentos. Segundo Veiga (2006), o projeto parte da experiência sócio-cultural do aluno e dos conteúdos curriculares. Centrado no aluno e com uma preocupação em criar e produzir inovação, ele se baseia em problemas ligados à realidade social. Ainda segundo a autora, o projeto de ação didática surge como resposta, como uma nova postura pedagógica para dar conta de compreender, atualmente, o sentido da escola e da sala de aula para a formação das novas gerações. Os alunos construíram um pequeno transmissor de ondas, no qual, na condição de professor, trabalhei como mediador do conhecimento. Em primeiro lugar, tentamos produzir o transmissor seguindo um modelo encontrado na internet, porém, devido à falta dos componentes básicos, na cidade e região, não obtivemos sucesso. Buscamos apoio de outros professores e com a substituição de alguns componentes e do circuito, que também teve que sofrer uma modificação, juntos conseguimos concretizar nossa proposta. A atividade teve como objetivo transmitir ondas médias eletromagnéticas a uma distância restrita (até algumas dezenas de metros) a uma freqüência inserida no dial AM (Amplitude Modulada) ou FM (Frequência Modulada) para quaisquer receptores (rádios) que estiverem nessa zona de emissão. O trabalho também possibilitou aos alunos a compreensão de outros conteúdos, tais como: resistência, bobinas, dentre outros. Concluiu-se que o trabalho com projetos permite a interação entre alunos e professores no processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Ensino de Física. Pedagogia de Projetos. Transmissor de Ondas.

Referências bibliográficas

BONJORNO, José Roberto et al. Física: história & cotidiano: ensino médio: volume único. FTD, (coleção Delta), São Paulo, 2004.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias/Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica, 2006.

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FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antônio de Toledo. Física básica: volume único. São Paulo: Atual, 1998.

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PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DEMONSTRATIVAS DE BAIXO CUSTO NO ENSINO DE FÍSICA: MECÂNICA

Luiz Carlos Miguel da Silva1

[email protected]

Agenor Pina da Silva1

[email protected]

Luciano Fernandes da Silva1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

Há evidências de um consenso entre a maioria dos professores de Física que atuam na Educação Básica sobre a relevância das atividades experimentais. Todavia, muitos professores ainda destacam uma série de fatores que dificultam, ou mesmo impedem a realização de atividades experimentais em suas aulas. Entre essas dificuldades podemos destacar a baixa carga horária da disciplina Física nas escolas públicas, a falta de espaço e equipamentos apropriados, o grande número de alunos por sala e a falta de pessoas especializadas para auxiliar a atividade docente. Há também muitos argumentos que apontam para a necessidade de arranjos experimentais sofisticados e com custos elevados. O fato de muitos professores indicarem essas dificuldades levou vários pesquisadores a propor saídas criativas de baixo custo para as atividades experimentais. Vários experimentos de baixo custo podem ser realizados em ambientes de sala de aula, sem a necessidade de um ambiente especialmente projetado para atividades práticas e, o que é mais importante, com resultados educacionais relevantes. A partir dessas considerações, o objetivo deste trabalho é o de propor um conjunto de experimentos demonstrativos de baixo custo que pode ser usado no ensino de Mecânica para alunos do Ensino Médio. Em relação ao tipo de experimento proposto, a nossa intenção é a de dar ênfase aos experimentos demonstrativos na área da Mecânica. Os experimentos propostos são compostos por kits, cada um contendo uma montagem sobre um dado fenômeno físico para demonstração em sala de aula. Um conjunto de experimentos desse tipo, se utilizado de forma correta, é de extrema valia para o professor em sua prática docente, como tem demonstrado com sucesso várias iniciativas no país, entre elas a experimentoteca do Centro de Desenvolvimento Cientifico e Cultural (CDCC). Esta pesquisa está em andamento e, nesse trabalho, iremos descrever a construção de alguns dos experimentos que já elaboramos. Palavras-chave: Laboratório didático. Ensino de Física. Experimentos.

Referências bibliográficas

ARAÚJO, M.S.T.; ABIB, M.L.V. Atividades Experimentais no Ensino de Física:diferentes enfoques,diferentes finalidades.Revista Brasileira de Ensino de Física, v.25, p.176-194, Junho, 2003.

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UM EXPERIMENTO SIMPLES ENVOLVENDO O CONCEITO DE FORÇA DE ATRITO

Renato José Fernandes1

[email protected] Paulo Alex da Silva Carvalho2

[email protected]

1Universidade Federal de Lavras 2Universidade Federal de Viçosa

Verifica-se, atualmente, que a metodologia geralmente utilizada para o ensino de física na educação básica constitui-se, quase que unicamente, em aulas expositivas. Acredita-se que essa metodologia tem uma parcela de responsabilidade na rejeição da disciplina pela maioria dos alunos, que parecem não ver nela nenhuma conexão com o mundo real. A física, como ciência, é essencialmente experimental. Todas as teorias físicas, mesmo as mais complexas, são formuladas a partir da observação do mundo real, a partir de experimentos. Portanto, ensinar física apenas com quadro e giz, sem experimentação, é uma distorção que acaba por torná-la insossa. É notável o desinteresse dos alunos pela física quando ela é ensinada desta forma. Por outro lado, este trabalho parte da hipótese que o ensino de física tendo como base a experimentação propiciará aos estudantes uma aprendizagem muito mais significativa e prazerosa. Para tanto, foi proposto uma aula baseada numa atividade experimental, envolvendo materiais de baixíssimo custo, acessíveis a todas as escolas. Inicialmente, aplicou-se um questionário visando inferir o conhecimento prévio do aluno a respeito do tema da aula --- no caso, força de atrito. Executou-se o roteiro prático do experimento, tomando o cuidado de permitir o contato direto do aluno com os materiais, ficando o professor como facilitador e mediador da aprendizagem dos conceitos envolvidos no experimento. O professor evitou, inclusive, dar respostas definitivas aos questionamentos dos alunos durante o experimento, permitindo que estes construíssem hipóteses, discutissem entre si e encontrassem as respostas no decorrer da atividade experimental. Logo após a prática foi aplicado novo questionário visando estimar a aquisição de conhecimento estimulada pela prática. Notou-se uma melhoria considerável no número de respostas corretas. Considera-se que o ensino de física envolvendo atividades experimentais revelou-se mais produtivo e efetivo que aulas puramente teóricas. É bom frisar que este trabalho não sugere a abolição das aulas teóricas, mas sim, que estas sejam complementadas com atividades práticas simples e de baixo custo, que tragam de volta à física o seu caráter de ciência experimental e que efetivamente mostrem aos estudantes a conexão entre a física ensinada com quadro e giz e o mundo real em que vivemos.

Referências bibliográficas

ARAUJO, Mauro Sergio Teixeira de; ABIB, Maria Lucia Vital dos Santos. Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques, diferentes nalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, 25, p30, 2003.

BARBOSA, Joaquim de Oliveira. Investigação do papel da experimentação na construção de conceitos em eletricidade no ensino medio. Caderno Catarinense de Ensino de Física, 16, p105, 1999.

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NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO DE CIÊNCIAS: PERSPECTIVAS A PARTIR DE UM CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM ASTRONOMIA

Leonardo Donizette de Deus Menezes1

[email protected]

Marcos Daniel Longhini1

[email protected]

1Universidade Federal de Uberlândia – MG

Apresentamos alguns aspectos relativos a uma pesquisa, em fase inicial, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A partir do princípio de que a realidade do sistema educacional é múltipla, dinâmica e, por vezes, contraditória, objetivamos analisar de que forma as novas tecnologias, em especial, o computador, são empregadas nas práticas pedagógicas de professores da Educação Básica, quando ensinam temas de Astronomia. A pesquisa ocorre a partir de um curso de Formação Continuada, no qual os professores participantes utilizam softwares de simulação em Astronomia, entre outras mídias educacionais, ao longo de dez encontros que ocorrem durante o ano de 2009. Ao final do processo, os docentes participantes deverão elaborar um planejamento de aula referente a um dos assuntos abordados no curso, a fim de implementá-lo em sala de aula, com seus alunos. Com a apresentação dos resultados pelos professores, juntamente com as notas de campo e um questionário aplicado na fase inicial do curso, buscaremos responder: Com a inserção dos computadores na escola e, de acordo com os professores, o que tem modificado nas suas práticas? Especificamente em relação ao ensino de Astronomia, investigamos se os docentes empregam os programas de simulação computacional em suas aulas, e, principalmente, de que forma o fazem. Esperamos que a pesquisa amplie o entendimento a respeito da relação entre professor e tecnologias e ofereça elementos para compreendermos como tais recursos podem ser empregados no ensino de Astronomia.

Palavras-chave: Tecnologias. Formação continuada. Ensino de Astronomia.

Referências bibliograficas

ALARCÃO, Isabel (Org.). Formação Reflexiva dos Professores: estratégias de upervisão. Lisboa: Porto, 1996.

BRASIL. Plano de Desenvolvimento da Educação. Ministério da Educação, 2007.

BRASIL. Secretaria Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais. Conteúdo Básico Comum – Ciências. Ministério da Educação, 2007.

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CUNHA, Myrtes Dias da Cunha; PAIVA, Núbia Silva Guimarães. (In)disciplina e cotidiano escolar – uma possibilidade de compreensão. In: CICILLINI, Graça Aparecida; ARAÚNA, Silvana Malusá. Formação Docente: saberes e práticas pedagógicas. Uberlândia, EDUFU, 2006. P. 181-206.

FIALHO, Wanessa Cristiane Gonçalves. A prática pedagógica e as tecnologias da informação e da comunicação nas aulas de Biologia: um olhar sobre duas escolas públicas mineiras. Uberlândia: UFU, 2008. 189 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, 2008.

GOODSON, Ivor F. Currículo teoria e história / Ivor F. Goodson; tradução de Attílio Brunetta; revisão da tradução: Hamilton Francischetti; apresentação de Tomaz Tadeu da Silva. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

KENSKI, Vani Moreira. Novas tecnologias: O redimensionamento do espaço e do tempo e os impactos no trabalho docente. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, Mai/Jun/Jul/Ago, n.8, p.58-71, 1998.

LANGHI, Rodolfo. Um estudo exploratório para a inserção da Astronomia na formação de professores dos anos iniciais do ensino fundamental. Baurú: UNESP, 2004. 243 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2004.

LONGHINI, M. D. ; MATSUNAGA, E. Y. Uma investigação sobre as idéias de alunos do ensino fundamental de diferentes idades acerca de temas de Astronomia. In: ENCONTRO DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, XI, 2008, Curitiba. Anais do XI Encontro de Pesquisa em Ensino de Física, Curitiba: UTFPR-PR, 2008. P. 1-13.

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MELLOUKI, M'hammed; GAUTHIER, Clermont. O professor e seu mandato de mediador, herdeiro, intérprete e crítico. Trad: de Alain François, com revisão técnica de Francisco Pereira de Lima. Educação & Sociedade, Campinas, v. 25, n. 87, pp. 537-571, maio/ago. 2004.

NÓVOA, A. As organizações escolares em análise. Lisboa: Dom Quixote, 1999.

SILVA, Marcos e FONSECA, Selva Guimarães. Ensinar História no século XXI: em busca do tempo entendido. Campinas: Papirus, 2007.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

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A FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DO LICENCIANDO EM FÍSICA: PARTICIPAÇÃO EM AMBIENTES EDUCACIONAIS

Leandro Xavier Moreno1 [email protected]

Alzira C.M. Stein-Barana1

Deisy P. M. Lopes1

1Universidade Estadual Paulista – SP

Entende-se por formação complementar do licenciando em Física as atividades que não pertencem a sua grade curricular, mas que colaboram na construção do conhecimento e de sua competência, proporcionando ao aluno experiências que enriquecerão sua formação acadêmica e profissional. Essa formação complementar se torna uma estratégia para contornar a dificuldade de introduzir situações inovadoras na formação do graduando em Física, face à rigidez de sua grade curricular e a lentidão na implementação de mudanças, que dependem da vontade política do sistema educacional brasileiro. Nesse contexto, uma Brinquedoteca Científica surge como um ambiente educacional inovador permitindo ao licenciando repensar a Física de forma lúdica, através do desenvolvimento de projetos individuais ou coletivos que privilegiam a investigação, inovação e a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem. O curso de Licenciatura em Física da UNESP / Rio Claro, conta com o projeto Brinquedoteca Científica, cujo objetivo é trabalhar temas da Física de maneira agradável. Nele, busca-se a alfabetização científica de crianças e jovens por meio de associações entre o conhecimento e os objetos do cotidiano, através do uso de brinquedos como ferramenta pedagógica e da exploração dos conceitos físicos a eles associados. Em sua essência, o projeto reconhece a importância da atividade lúdica para o desenvolvimento do aluno do ensino fundamental e médio. Na diversidade de sua atuação, a Brinquedoteca Científica contribui com a formação complementar do licenciando, dando a ele a oportunidade de avaliar e fixar seus saberes científicos e adequá-los ao público alvo com o qual trabalhará como professor. O Licenciando tem acesso a diversas dinâmicas com metodologias que podem transformar a sala de aula em um ambiente motivador da curiosidade dos seus futuros alunos, em como o conhecimento é produzido. No trato com o público, desenvolvem-se ainda as aptidões individuais e no trabalho conjunto com os orientadores/coordenadores exercita-se a disciplina, o trabalho de pesquisa e a metodologia científica.

Palavras–chave: Brinquedoteca Científica. Formação Complementar. Licenciatura.

Referências bibliográficas

BENJAMIN, W. Reflexões: A criança o, brinquedo, a educação .São Paulo:Summus, 1984

SHULMAN, L. S. Those who understand: Knowledge growth in teaching. Educational Researcher. Washington, v.15,n.2, p.4-14, 1986.

VYGOTSKY, L. S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: Vygotsky, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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O ENSINO DE ASTRONOMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: CONSIDERAÇÕES DOS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS PRIVADAS DE ITAJUBÁ-

MG

Altimare Maíres Ribeiro1

[email protected] Agenor Pina da Silva1

[email protected] Newton de Figueiredo1

[email protected] Luciano Fernandes Silva1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

Apesar de estar presente nos documentos oficiais e nos livros didáticos do Ensino Fundamental, principalmente de Geografia e Ciências, o ensino de Astronomia na maioria das vezes é apresentado como algo estanque dentro de alguma matéria, sem nenhuma organização. Pouca atenção é dedicada a esse assunto. Isso pode ser percebido pelo baixo interesse e pela falta de conhecimento dos temas de Astronomia que fazem parte do nosso cotidiano. Os objetivos deste trabalho são: avaliar o grau de interesse que os alunos do primeiro ano do Ensino Médio de escolas particulares de Itajubá (MG) apresentam em relação aos temas de Astronomia e de onde são provenientes, segundo eles, seus conhecimentos sobre este assunto. Para obter os dados elaboramos um questionário aberto que foi aplicado aos estudantes em questão. Os dados analisados indicam que a maioria dos conhecimentos que os estudantes possuem foi obtida na escola (cerca de 63%), principalmente nas disciplinas de Ciências, Geometria e Geografia, que inclui os conceitos provenientes de livros didáticos, apostilas e professores. Outros, porém, adquiriram seus conhecimentos assistindo a programas de televisão, além de jornais, revistas, filmes, palestras e internet. Quanto ao interesse pela Astronomia, avaliamos que grande parte dos alunos, apesar de terem visto apenas os conceitos básicos, consideram-na interessante, uma vez que muitos fenômenos terrestres podem ser explicados a partir de estudos astronômicos. Segundo eles, os conteúdos de astronomia são menos cansativos que os de Física e Matemática. Alguns alunos relacionam o estudo de Astronomia com um possível futuro profissional, outros alegam que a Astronomia é algo distante de nossa realidade e, portanto, não traz influência significativa.

Palavras-chave: Instrumentação para o ensino de física. Óptica física. Espectrômetro.

Referências bibliográficas

MEES, Alberto Antônio Mees; STEFANNI, Maria Helena. Astronomia: Motivação para o Ensino de Física na Oitava Série. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, XVI, 2005, Rio de Janeiro. Anais do XVI SNEF

PEDROCHI, Franciana; NEVES, Marcos Cesar Banhoni. Concepções Astronômicas de Estudantes no Ensino Superior.Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias Vol. 4 Nº 2 (2005)

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O QUE A FÍSICA TEM A DIZER SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: POSSIBILIDADES DE TRATAR O TEMA NO ENSINO MÉDIO

Danielle Aparecida Reis1

[email protected]

Luciano Fernandes Silva1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

Consideramos relevante que nas aulas de Física sejam tratadas algumas das problemáticas que afligem a humanidade, sobretudo aquelas que envolvem diferentes aspectos da relação Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA). Um trabalho dessa natureza oferece excelentes oportunidades para criarmos atividades de ensino que apresentem uma Ciência não neutra, sem verdades absolutas ou lógicas unitárias. Uma das possibilidades de realizar trabalhos dessa natureza é através das abordagens temáticas. Dentre as temáticas relevantes para o Ensino de Física, destacamos os temas controversos que envolvem a relação CTSA como, por exemplo, o tema Aquecimento Global. Há importantes controvérsias relacionadas a esse tema como, por exemplo, o fato de vários cientistas considerarem que ainda existem muitas dificuldades para compreendermos adequadamente as complexidades relacionadas com esse fenômeno, fato que deriva numa dificuldade para dizermos que o fenômeno tem origem única e exclusivamente antrópica. Diante desse contexto, o objetivo desse trabalho é identificar e descrever as principais controvérsias sócio – científicas relacionadas ao tema Aquecimento Global presentes em artigos científicos que tratam do tema. Nesse trabalho, de modo especial, iremos dar destaque àquelas controvérsias diretamente relacionadas com o campo de atuação da Física. Em outra etapa da pesquisa, iremos avaliar algumas possibilidades dessas controvérsias serem adequadamente trabalhadas em aulas de Física do Ensino Médio. A primeira etapa desse trabalho já está em andamento e nela estamos levantando as principais controvérsias relacionadas ao tema Aquecimento Global em artigos científicos e sites especializados no tema. Os dados analisados até o momento indicam que há uma importante controvérsia científica vinculada ao conceito de temperatura média global da Terra, que é uma das idéias chave do tema. Além disso, outros trabalhos apontam a existência de importantes inconsistências nos dados que aferem as mudanças climáticas de nosso planeta. Por fim, vários cientistas descrevem uma série de fenômenos naturais que ajudam a explicar a existência das possíveis mudanças climáticas.

Palavras-chave: Aquecimento Global. Temas Controversos. Ensino de Física.

Referências bibliográficas

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OS PROFESSORES DE FÍSICA DA CIDADE DE ITAJUBÁ – MG: CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO PARA A DEFINIÇÃO DE AÇÕES FORMATIVAS

Denis Marcel Gouveia de Souza1

[email protected] Wilton da Silva Dias1

[email protected] Mikael Frank Rezende Junior1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

O presente trabalho apresenta um panorama dos profissionais atuantes na disciplina de Física da rede pública de educação básica na cidade de Itajubá – MG, no intuito de levantar questões e criar estratégias formativas que resultem em propostas de ações mais eficientes e em consonância com as necessidades e demandas locais. Para a realização dessa análise, foi construído o perfil desses profissionais a partir de dados levantados por um questionário aplicado aos professores, o qual abordou tanto aspectos profissionais quanto sócio-econômicos. Pontos cruciais como carga horária de trabalho, número de alunos por sala, tempo gasto para planejamento das aulas/atividades, salário, tipo de aulas ministradas foram correlacionados com aspectos de sua formação e também com informações de caráter social, como sua vida extra-escola, constituição familiar, entre outros. Alguns resultados como os métodos de aula e/ou avaliação utilizados, deficiências nos conteúdos da disciplina, recursos didáticos mais utilizados entre outros nos levam a uma principal conclusão, dar maior atenção para formar melhor os professores. E também foi constatado que a maioria desses professores encontra-se desmotivada com a profissão que exerce, devido à falta de tempo para realizar estudos de especialização, a alunos desinteressados e principalmente, aos baixos salários. Os dados referentes ao perfil dos professores têm por objetivo levantar questionamentos e apresentar para as instâncias mantenedoras e para a comunidade acadêmica, a situação real dos docentes de Física da rede pública de Itajubá - MG. A partir das questões levantadas, será possível a elaboração de propostas para melhorar e/ou modificar tanto o ensino de Física local com extensões regionais, seja na implementação de propostas durante a formação inicial do licenciado através de remodelações no curso de Física Licenciatura da UNIFEI, seja na proposição de capacitações na perspectiva da formação continuada desses profissionais.

Palavras-chave: Professores de Física. Formação de Professores. Sul de Minas Gerais.

Referências bibliográficas

ANGOTTI, José André Peres. Desafios para formação presencial e a distância do físico educador. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n.2, p. 143-150, 2006.

BORGES, O. Formação Inicial de professores de Física: Formar mais! Formar melhor!.

Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 28, n. 2, p. 135-142, 2006.

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APOIO À FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ATRAVÉS DA INTERNET: UMA EXPERIÊNCIA COM ENSINO DE ASTRONOMIA

Emerson Izidoro dos Santos1

[email protected] Luís Paulo Piassi1

[email protected] Rui Manoel de Bastos Vieira2

1Universidade de São Paulo 2Universidade Estadual Paulista

O objetivo desse trabalho é descrever o funcionamento de um sistema de apoio à formação continuada de professores através da internet. Ao contrário dos ambientes mais conhecidos de Educação à Distância, como Teleduc [1], InterAge[2], o Ciência à Mão [3] caracteriza-se primariamente como um portal de ensino de ciências dirigido a professores do ensino básico, cuja finalidade é fornecer ao professor um repositório de recursos que podem ser usados em sua formação e como material para suas aulas. O sistema, no entanto, também permite a usuários a inserção de conteúdos, e tem sido alimentado por professores em formação continuada, alunos de graduação e pela equipe do projeto. Todo conteúdo é indexado e disponibilizado ao público visitante da página. Com a implantação da Proposta Curricular do Estado de São Paulo [4], iniciamos em 2009 um Curso de Especialização em Ensino de Astronomia, para professores de ensino fundamental e médio da rede pública de São Paulo, atendendo 30 professores. As ferramentas disponíveis são usadas como apoio a esse trabalho em diversas frentes: (a)As aulas do curso são registradas em áudio, vídeo e anotações dos estudantes. Com esse material é produzido um relato detalhado de cada aula, que é disponibilizado na internet. (b) As atividades desenvolvidas em aula são descritas com detalhes a apresentadas em uma tabela à parte.Os professores participantes têm como tarefa propor outras atividades, e cadastrá-las no sistema.. (c) O sistema conta também com um fórum específico para as discussões levantadas em sala de aula. Com isso, não apenas os participantes do curso, mas todos os visitantes têm acesso aos materiais produzidos no curso de formação. Através desse trabalho, espera-se contar, em futuro próximo, não apenas com ferramentas, mas com conteúdos que possibilitem produzir ações na modalidade a distância, atingindo maior número de professores.

Palavras–chave: Ensino de astronomia. Formação continuada.

Referências bibliográficas

GONZALEZ, E. A. M. ET ALL. A Astronomia como Ferramenta Motivadora no Ensino das Ciências. Anais ... 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, Belo Horizonte, MG, 2004.

LANGHI, R.; NARDI, R. Ensino de Astronomia: erros conceituais mais comuns presentes em livros didáticos de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física. Florianópolis, SC, v.24, n. 1: p. 87-111, abr. 2007

TREVISAN, R. H.; PUZZO, D.; LATARI, C. J. B. Astronomia: A investigação da ação pedagógica do professor. Anais... IX Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Física:EPEF, Jaboticatubas, MG: Sociedade Brasileira de Física, 2004.

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INOVAÇÕES SIMPLES E ECONÔMICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE ESPECTRÔMETROS DIDÁTICOS

Vanessa Lopes de Oliveira1

[email protected]

Renan Augusto Trindade1

[email protected]

Antônio Carlos de Castro1

[email protected]

1Universidade de São Paulo

A Experimentoteca do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC-USP), de São Carlos, tem como objetivo geral o desenvolvimento, a produção e a divulgação de material didático visando melhorias no Ensino das Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, incluindo a formação inicial e continuada de professores. Os materiais estão distribuídos em conjuntos que permitem a utilização por até dez grupos de alunos em sala de aula. Visando racionalizar o uso do material, estes kits estão disponíveis para empréstimo aos professores da mesma maneira que uma biblioteca facilita o acesso de um grande número de publicações a um público extenso. Para o estudo da Óptica Física, a Experimentoteca conta com um espectrômetro cujas deficiências nos levaram a desenvolver um substituto. A principal intenção deste trabalho é a apresentação de um espectrômetro bastante eficiente que pode ser facilmente construído pelo professor ou pelo aluno, utilizando materiais simples e de baixo custo. A estrutura é construída em papel paraná e a rede de difração é obtida à partir de CDs descartados. Diversas escalas, como as de energia, frequência e comprimento de onda, são calculadas e feitas utilizando transparências para impressoras de papel comum e podem ser substituídas sem perda de calibração. Com estas inovações, esse instrumento tão útil e importante para o ensino pode ser facilmente utilizado em sala de aula.

Palavras-chave: Instrumentação para o ensino de física. Óptica física. Espectrômetro.

Referências bibliográficas

LLANCAQUEO, Alfonso; CABALLEO, Maria Concesa; MOREIRA, Marco Antonio. El concepto de campo en el aprendizaje de la física y en la investigación en ciencias. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 2, n. 3, 2003.

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A FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA NOS CURSOS DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

Thieny de Cássio Lemes1

[email protected] Mikael Frank Rezende Junior1

[email protected]

André Garcia Chiarello1

Paulo Sizuo Waki1

1Universidade Federal de Itajubá

Frente às situações enfrentadas pelo atual ensino de Engenharia no país buscaremos por meio deste trabalho salientar a importância da Física Moderna e Contemporânea (FMC) na formação destes profissionais tão ligados ao desenvolvimento de novas tecnologias, visto que grande parte dos artefatos tecnológicos que surgem a todo o momento está amplamente relacionada a aplicações de conhecimentos científicos oriundos do século XX. Desta forma, o presente trabalho consiste na análise das ementas e estruturas curriculares de diferentes cursos de graduação em Engenharia da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), visando detectar a presença de elementos da Física do século XX. Também se discutiu a pertinência da FMC e sua influência no desenvolvimento tecnológico do país. Analisando a legislação educacional vigente no Brasil, conclui-se que a mesma é vaga no que se refere à inserção de FMC nos currículos de Engenharia. Considerando a análise realizada nas ementas das disciplinas dos cursos de engenharia pode-se afirmar que quase todos, por iniciativa própria, abordam elementos de FMC em seus currículos. A partir do levantamento de dados foi possível constatar que tal abordagem de FMC é ainda bem modesta nos cursos de Engenharia existentes na UNIFEI, quando comparada à carga horária total dos cursos de engenharia. Desta forma poucas informações são acrescentadas aos acadêmicos desses cursos, não garantindo os conhecimentos necessários para o desenvolvimento de tecnologias – principalmente se considerada a complexidade e implicações didáticas para a compreensão desses elementos de FMC.

Palavras-chave: Ensino de engenharia. Física moderna e contemporânea. Tecnologias.

Referências bibliográficas

PERFOLL, A. P e REZENDE Jr. M. F. A Física Moderna e Contemporânea e o ensino de Engenharia: Contexto e Perspectivas, In: Atas do XXXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, Passo Fundo. Atas... Passo Fundo: 2006.

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A DOCUMENTAÇÃO DA EXPERIMENTOTECA DE FÍSICA DO CDCC

Renan Augusto Trindade1

[email protected]

Tomaz Catunda

1Universidade de São Paulo – SP

A Experimentoteca do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC-USP), de São Carlos, tem como objetivo geral o desenvolvimento, a produção e a divulgação de material didático adequado às novas diretrizes curriculares, visando melhorias no Ensino das Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, incluindo a formação inicial e continuada de professores. Os materiais estão distribuídos em conjuntos que permitem a utilização por até dez grupos de alunos em sala de aula. Visando racionalizar o uso do material, estes kits estão disponíveis para empréstimo aos professores da mesma maneira que uma biblioteca facilita o acesso a um grande número de publicações.Para o funcionamento do acervo da Experimentoteca, é necessária a conservação do mesmo, a ser realizada pelos centros que a disponibilizam, o que será facilitado se os materiais forem devidamente documentados quanto à construção, manutenção e utilização. Neste trabalho apresentamos a metodologia que está sendo utilizada na preparação desta documentação, que inclui uma descrição detalhada dos componentes, o desenho das peças, as instruções para montagem e manutenção e sugestões sobre a utilização em sala de aula, complementares aos roteiros da Experimentoteca. Terminada a documentação, a mesma será disponibilizada a todos os centros que possuem os kits, professores, alunos e todo o público interessado.

Palavras-chave: Documentação. Kits experimentais Manutenção de equipamento experimental.

Referências bibliográficas

TOMAZELLO, M.G.C. & SCHIEL, D. O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de práticas experimentais. Piracicaba: VITAE/UNIMEP/USP, 2000. 213 p. v.1 ISBN: 85-901376-1-9

O livro da experimentoteca: educação para as ciências da natureza através de práticas experimentais: roteiros. Piracicaba: Gráfica Alves, 2000. v.2 ISBN: 85-901376-2-7

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HOMOGENEIDADES E HETEROGENEIDADES DO COTIDIANO DOS ESTUDANTES E METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE FÍSICA

Frederico Augusto Toti1

[email protected] Alice Helena Campos Pierson1

[email protected]

1Universidade Federal de São Carlos – SP

Argumentamos em favor do desenvolvimento de estratégias empíricas para a organização de conteúdos e metodologias para um Ensino de Física mais significativo no Ensino Médio. Nosso principal argumento é que o cotidiano dos estudantes, na maioria das vezes, é assumido como homogêneo, desconsiderando-se os espaços reais de atuação e de interesse dos estudantes. Propomos que metodologias de Ensino de Física que buscam no cotidiano dos estudantes elementos para o ensino, necessariamente precisam se valer de estudos empíricos sobre este cotidiano, para se alcançar um ensino mais significativo, já que o cotidiano apresenta-se diversificado. Buscando validar este argumento e exemplifica-lo, analisamos comparativamente conteúdos de Física comumente encontrados nos currículos do Ensino Médio e elementos de Física apreendidos do estudo empírico do cotidiano de trabalho de estudantes trabalhadores. Procuramos destacar as diferenças mais significativas com implicações para o trabalho em sala de aula, nesta perspectiva, para diferentes cotidianos identificados. Resultados de Toti e Pierson (2009 e 2007) analisados, tendo como referência o material didático proposto pelo Grupo de Reelaboração do Ensino de Física (GREF, 1998), permitiram considerações comparativas entre diferentes cotidianos que podem coexistir num contexto de sala de aula e que merecem reflexão ao tratarmos da Física. Dentre as diferenças destacamos: conteúdos, diferenças na forma de expressão, níveis de complexidade, oportunidades de interação do estudante com o objeto/conhecimento, etc. Inferimos que estas diferenças, ora se apresentam preponderantemente no que se destina à sala de aula, sendo mais descoladas do cotidiano, ora se apresentam preponderantemente e limitadas a outros espaços, não beneficiando os processos de ensino e aprendizagem, no contexto da sala de aula. Por fim, propomos que a organização e seleção dos conteúdos de Física para o Ensino Médio não se paute em critérios exclusivamente de relevância científica, mas considere uma componente cultural mais específica, como o cotidiano, para esta seleção. Palavras-chave: Cotidiano. Conteúdos. Metodologia de Ensino de Física. Referencias bibliográficas

GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Leituras em Física. Convênio – USP/MEC/FNDE/FAPESP/CENP. São Paulo: 1998. Disponível em: <http://fisica.cdcc.usp.br/GREF/livros.html >. Acessado em: 11. jan. 2009.

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O ENSINO DE ASTRONOMIA: DESPERTANDO O INTERESSE DOS ALUNOS PELA CIÊNCIA

Renan Gonçalves Vilas Boas1

[email protected] José Sebastião Andrade de Melo

Filipe M. França Juliana de Oliveira Silva

Luciana de Matos Alves Pinto

1Universidade Federal de Lavras O ensino de ciências atualmente não pode se ater estritamente ao ambiente escolar. Essa afirmação cada vez mais presente entre educadores de ciências enfatiza a importância dos espaços não formais de educação para a alfabetização científica dos alunos. Pensando dessa forma, um grupo de licenciandos e pesquisadores da Universidade Federal de Lavras vêm desenvolvendo o projeto denominado UFLACIÊNCIA. Este projeto consiste na promoção de uma série de eventos realizados no Museu de História Natural e no Centro de integração Universitária desta instituição, proporcionando aos estudantes da educação básica diversas atividades interativas. As atividades realizadas nesses espaços são: a realização de diversos experimentos, realização de uma peça teatral com o tema “escassez de água em nosso planeta” e o uso de um planetário insulflável, com o qual temos a possibilidade de simular, através de projeções, uma viagem pelo universo e também todo o céu do hemisfério sul de nosso planeta. Este trabalho apresenta o resultado de algumas questões respondidas pelos participantes, antes e após a participação no evento. As questões analisadas descrevem qual a opinião do público participante em relação aos conteúdos de Física e à visita ao planetário. As questões analisadas foram: (i) Qual das ciências (química, física ou biologia) é a que você menos gosta? (ii) Qual atividade que despertou mais atenção? (iii) Nas atividades do planetário, quais conceitos novos você aprendeu? As análises das respostas mostram que 76% dos participantes disseram que a ciência na qual eles menos gostam é a física, 94% dos participantes disseram que a atividade do planetário foi a mais interessante. O que esses resultados mostram é que podemos utilizar conceitos de astronomia para despertar o interesse dos jovens pela Física.

Palavras- chave : Astronomia. Divulgação Científica.

Referências bibliográficas

Caselli, S.; et al. Tendências pedagógicas das exposições de um museu de ciência, In: II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências - ENPEC, 1999, Valinhos - São Paulo. CD-ROM do II ENPEC, 1999.

Mees, Alberto Antonio. Astronomia : motivação para o ensino de física na 8ª série, in: http://hdl.handle.net/10183/5385 site acesado em 23/03/2009.

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TUTORIAIS EM FÍSICA INTRODUTÓRIA: UM DESAFIO PARA O ENSINO MÉDIO

Diana Esther Tuyarot de Barci1

[email protected] Rafael Schepper Gonçalves1

[email protected]

1Colégio Técnico Universitário IFECT-MG

Os Tutoriais em Física Introdutória foram elaborados e aplicados na Universidade de Washington com a intenção de desenvolver o pensamento crítico do estudante acerca do conhecimento relacionado à Física. Posteriormente, diversas iniciativas possibilitaram a utilização desse material noutros níveis de ensino. O presente trabalho objetiva a aplicação dos Tutoriais no Ensino Médio, está em fase de desenvolvimento e apresentamos aqui os primeiros resultados.Utilizamos como metodologia o engajamento interativo. Uma das principais características desta metodologia é o envolvimento dos estudantes nas atividades, o que enriquece sobremaneira o aprendizado. Fundamentando-nos nas Teorias de Vygotsky e de Bakhtin - que enfatizam a interação e diálogo como base para o crescimento pessoal e aquisição de conhecimentos – para desenvolvermos a atividade na sala de aula. Iniciando o trabalho, oferecemos aos estudantes material para realizarem uma experiência. Neste momento, foi feita a pergunta: “O que você pensa que aconteceu?”. Ao analisarmos as respostas, constatamos que os estudantes traziam consigo uma “prévia bagagem” relacionada às idéias físicas que pretendíamos expor no passo seguinte de nossa pesquisa. Estas respostas apresentaram uma vasta riqueza de linguagem associada ao conhecimento científico, mostrando que os estudantes do Ensino Médio são capazes de compreenderem os conceitos físicos com relativa clareza. Solicitamos, ainda, um relatório em grupo. Os estudantes tiveram liberdade para pesquisarem em diversas fontes. Isso mostrou-se produtivo, evidenciando a capacidade de observar, analisar, relatar, pesquisar e expressar as idéias prévias associadas aos conceitos trabalhados. Por último, foram instruídos acerca do conceito de força e o conteúdo das leis de Newton, com apresentação de um desenvolvimento histórico. Em seguida, foi pedido que respondessem o “diálogo” elaborado para apresentar a definição de força.Os resultados mostraram que é possível, incentivando a curiosidade nos estudantes, obter um retorno mais substancioso. Futuramente aplicaremos o “Force Concept Inventory” para medirmos o avanço dos estudantes.

Palavras-chave : Engajamento interativo. Aprendizado colaborativo. Aprendizagem no ensino de Física.

Referências bibliográficas

ALONSO & FINN, Física um curso universitário, vol1, Mecânica, Ed.Edgard Blücher Ltda 6ta reimpressão p. 165-167, 1992.

De ASSUNÇÃO FREITAS, M. T, Vygotsky e Bakhtin Psicologia e educação: Um intertexto, Ed Ática, 4ta edição, 3ra impressão, Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora, 2002

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De BARROS, J. Acácio et al, Engajamento interativo no curso de Física I da UFJF, RBEF v.26 n.1 p.63-69, 2004.

FERNANDES, Simone A, TALIM, Sergio, Tradução e validação do teste “Force Concept Inventory”,XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES

FEYNMAN,R. P. The Feynman, Lectures on Physics Física vol1 Mecánica, radiación y calor, Fondo Educativo Interamericano, S.A., Edición bilingua, cap. 9, 1971.

FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia, Saberes necessários à prática educativa.São Paulo: Paz e Terra, 2006.

GARNIER, Catherine, BEDNARZ, Nadine ULANOVSKAYA, Irina, Após Vygotsky e Piaget, Perspectiva Social e Constructivista Escolas russa e occidental, Porto Alegre: Artes Medicas, 1996.

GASPAR, Alberto, Fisica, volume unico São Paulo, Atica, 2008

GREF, http://fisica.cdcc.usp.br/GREF/meca02.pdf Asseso em 03/2009

KOHL de OLIVEIRA, Marta, VYGOTSKY, aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico Ed. Scipione 3ra edição, 1995.

McDERMOTT, L. C. and SHAFFER, P. S. Physics Education Group of the Department of Physics, University of Washington, Tutorials in Introductory Physics (Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey, 1998, Preliminary edition.

NUSSENZVEIG, H.Moysés, Curso de Física Básica, 1-Mecânica, Sâo Paulo Edgard Blücher Ltda 3ra reimpressão, cap. 4, 1988.

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UMA CUBA ELETROLÍTICA PARA O ENSINO MÉDIO

Antônio Carlos de Castro [email protected]

Universidade de São Paulo – SP

A maioria dos alunos que encerram o Ensino Médio não sabem utilizar de forma significativa o conceito de campo. Além das dificuldades inerentes ao conceito, há uma grande falta de material experimental que permitam ao aluno adquirir alguma familiaridade com as propriedades do campo. A cuba eletrolítica é um experimento clássico, bastante utilizado nos cursos de graduação, mas que apresenta dificuldades de realização que limitam sua aplicação no ensino médio. Estas dificuldades incluem o tempo necessário para se fazer uma coleta de pontos baseado em coordenadas que precisam ser determinadas e depois transformadas em mapas de equipotenciais. Neste trabalho propomos a construção de uma cuba eletrolítica com materiais simples, baratos e de fácil aquisição e que permite o mapeamento rápido do campo elétrico. O único instrumento necessário é um multímetro comum, de baixo custo e amplamente acessível. Uma grande variedade de eletrodos pode ser facilmente construída permitindo a exploração de uma diversos fenômenos, como o efeito das pontas e a isolação eletrostática. Os pontos medidos, e que definem as equipotenciais, são imediatamente marcados no fundo da cuba para posterior cópia em papel de seda, resultando em uma grande economia de tempo. Assim, o experimento pode ser realizado em uma ou duas aulas, tornando a cuba eletrolítica uma ferramenta atrativa para a exploração do conceito de campo elétrico no Ensino Médio.

Referências bibliográficas

LLANCAQUEO, Alfonso; CABALLEO, Maria Concesa; MOREIRA, Marco Antonio. El concepto de campo en el aprendizaje de la física y en la investigación en ciencias. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 2, n. 3, 2003.

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A CONSTRUÇÃO DE ATITUDES CIENTÍFICAS EM ALUNOS DE EDUCAÇÃO BÁSICA A PARTIR DA ABERTURA DA “CAIXA PRETA”

James Colemam Alves [email protected]

Universidade Federal de São Carlos

O presente trabalho teve como objetivo propor uma modificação em uma atividade normalmente direcionada aos estudantes de Ensino Médio, para que ela possa ser desenvolvida com estudantes do Ensino Fundamental. A proposta se baseia nas dificuldades encontradas e nas alternativas metodológicas que se fizeram necessárias para que o trabalho fosse realizado, com sucesso. Na abordagem da conhecida atividade da “caixa preta”, os estudantes devem construir uma réplica de uma caixa fechada a fim de identificarem seu conteúdo sem abri-la. Essa atividade visa mostrar aos estudantes a importância e a necessidade do uso de modelos científicos. Entretanto, percebeu-se que esses estudantes careciam de motivações anteriores, para que pudessem chegar a esse entendimento. Foi o ponto de partida para a modificação desta atividade, que é sugerida pelo Currículo Oficial de Física da Rede Pública do Estado de São Paulo como avaliação diagnóstica. Então os estudantes foram estimulados, não a construírem o modelo, mas a levantarem hipóteses sobre o conteúdo da “caixa”, os quais foram listados no quadro. Em seguida, eles deveriam sugerir testes “simples” a fim de confirmá-las ou descartá-las, ficando a construção do modelo para uma etapa posterior, em que eles já haviam sentido a necessidade de novas estratégias para resolver o problema apresentado. Analogias com os exames realizados para detectar problemas de saúde (raios X, tomografias, ultra sonografias, etc.), onde também não se pode “abrir a caixa”, serviram de forte elemento motivador para o aprendizado de Física. Das mudanças de objetivos para a aplicação da atividade, pode-se concluir que a atividade possui um grande potencial para o desenvolvimento de atitudes científicas, principalmente se for antecipada para os estudantes dos Ciclos I e II do Ensino Fundamental, já que possuem objetivos mais próximos dos que foram introduzidos pela modificação.

Palavras–chave: Avaliação Diagnóstica. Introdução ao Pensamento Científico. Construção de Modelos Científicos.

Referências bibliográficas

SANTOS, Maria E. V. M dos (1991). As concepções alternativas dos alunos à luz da epistemologia bachelardiana. In: Mudança conceitual em sala de aula, um desafio pedagógico. Lisboa/POR: Livros Horizonte, p.128-164.

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DESPERTANDO A CURIOSIDADE DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PARA A FÍSICA NO COTIDIANO

Camila Tavares Castro1

[email protected] Fábio Martins Cardoso1

[email protected] Helena Libardi1

[email protected]

1Universidade Federal de Lavras

Os fenômenos físicos estão em todo o universo, presentes desde o movimento de rotação e translação de um planeta de nosso sistema solar, ao simples acender de uma lâmpada. Os fenômenos físicos são indispensáveis tanto para a existência de vida quanto para a melhoria de sua qualidade, esta que vem representada principalmente pela evolução diária da tecnologia. No entanto, mesmo com tamanha importância, tais fenômenos são ignorados pela grande maioria da população. Fato este que ocorre constantemente no ensino médio. É notável que o desinteresse seja cada vez maior. Torna-se indispensável averiguar este problema, buscando suas causas, visando uma possível solução. Os trabalhos serão realizados em parceria com escolas públicas de ensino médio da região. Serão feitas entrevistas com os alunos e professores onde solicitaremos a estes identifiquem situações do dia a dia onde existam fenômenos físicos envolvidos e que discutam sobre seus conhecimentos sobre a física, quais pontos positivos e negativos eles podem apontar sobre esta ciência, as dificuldades que encontram, enfim, levantar quais aspectos que possam identificar a origem deste desinteresse, analisando suas principais causas e estudando possíveis soluções. Nossa proposta é utilizar aparatos e situações do dia a dia e, com eles, elaborar experiências para serem realizadas em sala de aula. Nestas experiências utilizaremos recursos do cotidiano, materiais de baixo custo, e, sempre que possível, uma abordagem interdisciplinar e tecnológica para abordar os conceitos de Física. Nossa proposta inicial é levar para a sala de aula aspectos relacionados com a ciência dos esportes, utilizando o ciclismo como tema principal. Quando a aprendizagem de novos conceitos se torna significativa, ocorre a alfabetização científica. A aprendizagem de novos conceitos leva a uma mudança na forma dos alunos se expressarem. Os termos científicos começam a fazer parte do discurso dos alunos. Com o objetivo de verificar a eficácia de nossa abordagem nas aulas de ensino médio, participaremos como ouvintes de uma aula ministrada antes da atividade proposta e uma aula após, tentando identificar dentro do conteúdo desenvolvido pelo professor o uso de uma linguagem científica que contemple termos e fatos abordados na atividade. Na aula após a atividade entrevistaremos os alunos e o professor para verificar os impactos no ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Ensino de Física. Educação. Física no Cotidiano.

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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O DESEMPENHO DOS CANDIDATOS APROVADOS NO VESTIBULAR DA UNIFEI PARA O CURSO DE FÍSICA, LICENCIATURA E BACHARELADO, E

A DISCIPLINA DE FÍSICA GERAL I

Lucas Antunes Leite1

[email protected] Agenor Pina da Silva1 [email protected]

Luciano Fernandes Silva1

[email protected] Newton de Figueiredo Filho1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

Nas últimas décadas o vestibular passou a ser a principal forma de ingresso no ensino superior. A maneira pela qual ele evoluiu até os dias atuais, sempre gerou uma série de críticas a esse processo de seleção. O objetivo deste trabalho é estudar a correlação entre as notas das provas de Física do vestibular da UNIFEI, obtidas pelos candidatos aprovados para os cursos de Física, Licenciatura e Bacharelado, com as notas obtidas por eles na primeira disciplina de Física da Universidade: Física Geral I – Mecânica Newtoniana. Pelo fato de ser o vestibular da UNIFEI dividido em duas fases, a primeira composta por questões objetivas e a segunda por questões discursivas, optamos pelo seguinte procedimento na análise dos dados: em primeiro lugar fizemos um estudo da correlação entre as notas obtidas pelos alunos na primeira fase (prova objetiva) com as obtidas por esses mesmos alunos na prova da segunda fase (prova discursiva). Posteriormente fizemos o mesmo com as notas da primeira fase com e as notas da disciplina de Física Geral I e, finalmente, repetimos o processo relacionando as notas da prova discursiva com as notas dessa disciplina. Analisamos o desempenho dos ingressantes de 2002 a 2007 e os primeiros resultados apontam que não há uma correlação significativa entre as notas da prova objetiva e da prova discursiva. O mesmo resultado é observado na correlação com as notas da disciplina Física Geral I.

Palavras-chave: Vestibular. Correlação. Desempenho.

Referências bibliográficas

PINHO, A.G. Correlação entre Avaliações por Testes de Múltipla Escolha e por provas Analítico-Expositivas. Revista Brasileira de Ensino de Física, V.17, n.2, p.169-179, junho, 1995.

PINHO, A.G. Estimativa de Acertos Casuais em Testes de Múltipla Escolha.

Revista brasileira de Ensino de Física, vol. 17 n 1, p.62-103 julho, 1995.

SILVEIRA, F.L. Correlação entre Avaliações por Testes de Múltipla Escolha e por provas Analítico-Expositivas: Crítica e Proposta Metodológica. Revista Brasileira de Ensino de Física, vol.18, n 4, p.362-370, julho, 1996.

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OFICINA DE CIÊNCIAS DA ESCOLA SANTO ANTÔNIO: ELABORAÇÃO CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE UMA OFICINA DE CIÊNCIAS PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Felipe Castilho de Souza

[email protected] Universidade de São Paulo

São bem conhecidas as dificuldades enfrentadas pelas escolas públicas no processo de ensino-aprendizagem de Ciências, seja por despreparo docente ou desinteresse público, o fato é que a escola freqüentemente não é capaz de despertar em seus alunos a fascinação necessária a uma relação ativa do sujeito que aprende com o objetivo de estudo. Na tentativa de amenizar essas dificuldades, propomos uma Oficina de Ciências para estudantes do Ensino Médio de uma escola pública na cidade de Santo Antonio de Posse/SP, que pudesse auxiliar nas deficiências do ensino regular, bem como despertar nestes estudantes a curiosidade e/ou interesse pelos vários fenômenos físicos que ocorrem no dia-dia, para tanto foi necessário a elaboração de um ambiente favorável para trabalhos em equipe e manifestações de criatividade. Os encontros acorreram quinzenalmente em horário contrário às aulas normais com duração de três horas no total foram realizadas sete oficinas que englobaram: Física Térmica, Eletricidade, Óptica e Reações e Fenômenos Químicos. Durantes as oficinas foram utilizadas atividades demonstrativas, experimentais e investigativas, sendo a coleta de dados efetuada por meio de observações e anotações dos alunos, registro de debates em pequenos e grandes grupos e relatórios escritos. Esses encontros revelaram maneiras diferentes dos alunos expressarem suas conclusões e pensamentos, foi possível observar também: a integração e/ou mudança de comportamento de alunos antes intitulados “problemáticos” pelo corpo docente, o interesse dos alunos em participar e construir um conhecimento coletivo e as reais dificuldades sociais e educacionais destes estudantes. Acreditamos que nosso objetivo foi alcançado frente ao grande número de participantes, a popularidade entre alunos, professores e direção sobre as atividades realizadas e a grande quantidade de alunos que começou a relacionar fenômenos vistos em programas de TV (Eliana – Show da Física, Discovery, CSI) com tópicos discutidos em sala de aula e na Oficina de Ciência.

Palavras–chave: Oficina de Ciências. Experimentos. Motivação.

Referências bibliográficas

VALADARES, E.C., Propostas de Experimentos de Baixo Custo Centradas no Aluno e na Comunidade. Química Nova na Escola, n.13, Maio, 2001.

BERGOLD, A.W.B., RUIZ, V.E.V., Anistia da Física Experimental no Ensino Médio: Iniciando um laboratório didático de Física. XVI Simpósio Nacional de Ensino de Física, Rio de Janeiro, 2005

PINHO, A.J.ATIVIDADE EXPERIMENTAL: UMA ALTERNATIVA NA CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA, Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Física.

ARAÚJO, M.S.T., ABIB M.L.V.S. Atividades Experimentais no Ensino de Física: Diferentes Enfoques, Diferentes Finalidades, Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 25, no. 2, Junho, 2003

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CONFORTO ACÚSTICO, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Klaus Nogueira da Silva1

[email protected]

Naylor Ferreira de Oliveira1

[email protected]

1Universidade Federal de São Carlos – SP

Buscando levar o aluno “a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.” (LDB n.º 9394/96) e tornar a aprendizagem mais eficiente, os professores devem “estabelecer situações nas quais o máximo de mudanças de compreensão por “insight” ou comportamento possa ocorrer em um tempo determinado” (MORRIS, 1977). Apresentamos, neste resumo, um relato de experiência desenvolvido com alunos de oitava série, nono ano, com a idéia de conforto acústico partindo dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Os alunos são levados a compreender que quando a construção de uma escola é proposta, num determinado local, é necessário reconhecer que a mesma será uma grande fonte de ruído e as salas de aula devem apresentar qualidade acústica satisfatória, tanto em isolamento quanto em reverberação para o não comprometimento das aulas. A escola onde o trabalho foi realizado não tinha problemas com fontes de ruído externas, mas o tempo de reverberação era insatisfatório. Foi proposto aos educandos a visita a vários locais com grandes tempos de reverberação como ginásio de esportes, igrejas entre outros, onde foram permitidas visitas. Fechando o trabalho, foi agendada uma visita a um estúdio de gravação profissional, onde os alunos puderam ter uma aula sobre reverberação em ambientes e também verificar as propriedades e qualidades fisiológicas do som com o uso de softwares de manipulação de áudio. A idéia é que este trabalho prossiga no ensino médio com uma análise mais formal do assunto e com a utilização da sala de informática para analise de sinais de áudio gravados por eles com mp3, e com auxílio de software livre encontrar os respectivos tempos médios de reverberação, incluindo assim, a acústica como fonte motivadora para o desenvolvimento das aulas.

Palavras-chave: Conforto acústico. Sala de aula. Ensino Fundamental.

Referências bibliográficas

BIGGE, Morris L. Teorias da aprendizagem para professores. São Paulo: EPU, 1977.

Brasil, Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil de 23 dez. 1996.

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A FÍSICA DENTRO DE UM APARELHO DE CD ROM - ENGENHARIA REVERSA

Helena Libardi1

[email protected]

Anna Maria Pessoa de Carvalho2

1Universidade Federal de Lavras

2Universidade de São Paulo

Enquanto as transformações científicas e tecnológicas vêm aumentando nas últimas décadas, os currículos de Física do Ensino Médio carecem de conteúdos mais atuais. Esta realidade faz com que os alunos se questionem sobre o porquê estudar Física, uma vez que não conseguem associá-la ao seu dia a dia. Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas a fim de se obter estratégias que possam promover a motivação e o diálogo nas salas de aula de Ciências, em especial nas de Física, e tornando o conteúdo ministrado mais próximo da realidade do aluno. Devemos vincular a educação aos processos de produção e às relações sociais. Ela precisa estar voltada para a realidade, em sintonia com as necessidades dos futuros cidadãos que iremos formar. Nossa proposta é aproximar o aluno de ensino médio das novas conquistas tecnológicas através de atividades didáticas diferenciadas utilizando aparatos tecnológicos do cotidiano dos alunos. Para isso desenvolvemos atividades para serem utilizadas na formação inicial e continuada de professores. Nesta atividade fazemos uso da Engenharia Reversa para observar a Física presente em um aparelho de CD ROM. Com este tipo de atividade pretendemos que os alunos observem que a Física está presente nos aparatos tecnológicos do dia a dia. Para isso, ao desconstruírem o aparato, eles devem destacar as características mecânicas, elétricas, magnéticas e ópticas do aparato, discutir a função de alguns componentes e destacar a física envolvida no seu funcionamento.

Palavras-chave: Ensino de Física. Engenharia Reversa. Ensino de Tecnologia.

Referências bibliográficas

LEODORO, M. P. A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA PELOS ARTEFATOS TECNOLÓGICOS. REVISTA BRASILEIRA DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, V. 01, N. 3, P. 34-49, 2008.

MAI, I.; BALZARETTI, N. M.; SCHMIDT, J. E. UTILIZANDO UM FORNO DE MICROONDAS E UM DISCO RÍGIDO DE COMPUTADOR COMO LABORATÓRIO DE FÍSICA TEXTOS DE APOIO AO PROFESSOR DE FÍSICA V. 18, N. 6, 2008.

RICARDO, E. C., CUSTÓDIO, J. F.; REZENDE JUNIOR, M. F A TECNOLOGIA COMO REFERÊNCIA DOS SABERES ESCOLARES: PERSPECTIVAS TEÓRICAS E CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES REVISTA BRASILEIRA DE ENSINO DE FÍSICA, V. 29, N. 1, P. 135-147, 2007

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PROCESSOS INTERATIVOS EM AULAS EXPERIMENTAIS DE FÍSICA

Isabel Cristina de Castro Monteiro1

[email protected] Marco Aurélio Alvarenga Monteiro1

[email protected] Alberto Gaspar

Anderson Lisboa

1Universidade Estadual Paulista

A questão da motivação na aprendizagem tem sido abordada em diferentes contextos epistemológicos. A teoria sócio-cultural de Vigotski enfatiza a importância da interação social na aprendizagem de conceitos. Além disso, esse autor também destaca que a emoção e o sentimento poderiam servir de ferramentas úteis ao trabalho docente. Alguns estudos evidenciam que a atividade experimental pode contribuir para a motivação de todo o grupo no desencadeamento de interações sociais significativas para o aprendizado de conceitos de Física em sala de aula. Neste trabalho, investigamos uma aula experimental sobre centro de gravidade de corpos em equilíbrio, apresentada a alunos de uma escola pública do ensino médio da cidade de Guaratinguetá-SP. Realizamos uma entrevista prévia com os alunos pré-selecionados do Ensino Médio sobre sua motivação para a Física e, em seguida, apresentamos uma aula experimental, envolvendo discussão orientada sobre os conceitos abordados no experimento e a contextualização dos mesmos. A aula foi analisada dentro de uma abordagem vigotskiana, avaliando o processo interativo a partir dos constructos teóricos propostos por Werstch (1984) e relacionando-os com as emoções e motivações observadas no aluno, conforme descrito no trabalho de Gaspar e Monteiro (2007). Nossos resultados indicam a significativa associação entre os momentos interativos epistêmicos, isto é, momentos em que a mediação semiótica, a intersubjetividade e a definição de situação são estabelecidas vinculadas ao conteúdo da aula e o sistema emocional-motivacional desencadeado ao longo da atividade.

Palavras- chave : Teoria de Vigotski. Aula experimental.

Referências bibliográficas

BORUCHOVITCH, E. & BZUNECK. J. A. A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. 2a edição. Editora Vozes- Petrópolis. 183p, 2001.

BZUNECK, J. A. A motivação dos alunos: aspectos introdutórios. In: BORUCHOVITCH, E. & BZUNECK. J. A. (orgs), A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. 2a edição. Editora Vozes. – Petrópolis, pp. 9-36, 2001.

MONTEIRO, I. C. C. Atividades experimentais de demonstração em sala de aula – uma análise segundo o referencial da teoria de Vigotski. Bauru/SP. 129p. Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência, Área de Concentração: Ensino de Ciências), UNESP, Campus de Bauru, 2002b.

VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001b

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A HISTÓRIA DA CIÊNCIA E SUA INFLUÊNCIA NA MOTIVAÇÃO PARA O ENSINO DE FÍSICA

Isabel Cristina de Castro Monteiro1

[email protected] Marco Aurélio Alvarenga Monteiro1

[email protected] Alberto Gaspar

Isaias Thomas Sabino

1Universidade Estadual Paulista

A teoria sócio-cultural de Vigotski enfatiza a importância da interação social na aprendizagem de conceitos. Alguns trabalhos têm apontado para o fato de que essa interação pode ser mais eficaz para o ensino e aprendizagem quando o processo motivacional permeia o processo interativo. Outros resultados evidenciam que a história da ciência é um importante subsídio ao ensino de Física, seja porque de um modo geral faz recordar concepções históricas da Ciência, porque sugere conceitos científicos já ultrapassados, antecipando os entraves à aprendizagem ou ainda porque revela a Física como construção humana. Nesse trabalho investigamos a influência da história da ciência como elemento motivacional para o ensino de Física, avaliando três fases: com os alunos, com os professores e com os livros didáticos. Os alunos investigados cursavam o segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública de Guaratinguetá. Pesquisamos alunos que já tinham sido expostos à linguagem científica escolar quando utilizamos o texto histórico. O trabalho foi ministrado pelo professor da turma e o comparecimento dos alunos não era obrigatório. Num processo concomitante à pesquisa realizada com os alunos, elaboramos um questionário para professores de Física do Ensino Médio com a finalidade de verificar se os mesmos utilizam uma abordagem histórica nas aulas de astronomia. Analisamos também a situação de quatro livros didáticos do Ensino Médio, investigando a abordagem e os aspectos históricos dados a astronomia. Os resultados obtidos indicam, em linhas gerais, a grande expectativa dos alunos em relação à abordagem histórica, a insegurança dos professores para desenvolver essa contextualização e o pouco apoio que os livros didáticos oferecem para essa empreitada.

Palavras- chave : História da Ciência. Ensino. Aprendizagem de Astronomia.

Referências bibliográficas

BZUNECK, J. A. A motivação dos alunos: Aspectos Introdutorios. In: BORUCHOVITCH, E & BZUNECK, J. A. (orgs) A motivação do aluno: Contribuições da psicologia contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

RONAN, C. A. (1987). História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge-vol. I – Circulo do livro/ Zahar. São Paulo, pág.121.

VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001b

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PROGRAMA REAÇÃO E ATIVIDADES EXPERIMENTAIS PARA O ENSINO DE FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Marco Aurélio Alvarenga Monteiro1

[email protected] Isabel Cristina de Castro Monteiro2

Alberto Gaspar Wilson Elmer Nascimento

1Instituto Tecnológico de Aeronáutica

2Universidade Estadual Paulista

A teoria sócio-cultural de Vigotski enfatiza a importância da interação social na aprendizagem de conceitos. Alguns trabalhos têm apontado para o fato de que essa interação pode ser mais eficaz para o ensino e aprendizagem quando o processo motivacional permeia o processo interativo. O ensino de Ciências no Ensino Fundamental tem sido foco de atenção de muitos pesquisadores da área de Ensino de Física, geralmente com a vinculação dos conhecimentos de física por meio de atividades de baixo custo, que estimulem o estudante a buscar a discussão de forma crítica, incentive a curiosidade e a motivação. O Programa Reação, resultado da união de esforços de diferentes instituições do município de Guaratinguetá-SP, tem por objetivo o incentivo e a melhoria do Ensino de Ciências praticado nas escolas da rede municipal de Ensino Fundamental. No intuito de auxiliar os professores a superar algumas dificuldades para a efetivação dessa meta, foram elaboradas algumas experiências de fácil interpretação e baixo custo para serem utilizadas em sala de aula. Neste trabalho escolhemos duas das experiências propostas e investigamos quais características do processo interativo tais experiências potencializam, dentro de uma abordagem vigotskiana, avaliando o processo interativo a partir dos constructos teóricos propostos por Werstch (1984). Essas experiências foram vídeo-gravadas pelos professores da Unesp, disponibilizadas aos professores que tem o papel de multiplicadores junto aos demais professores da Rede Municipal de Ensino e são essas gravações que são avaliadas aqui. Os resultados indicam o auxílio do equipamento para o desenvolvimento do processo interativo, especialmente na definição de situação e na mediação semiótica, sem contudo, desconsiderar o papel do docente, se não houver um parceiro mais capaz para conduzir a atenção do aprendiz, dificilmente o experimento atingirá seu intento.

Palavras-chave: Ensino de Física. Séries iniciais. Atividades experimentais.

Referências bibliográficas

CARVALHO, A.M.P. Ciências no ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo:Scipione, 1998.

ROSA, C. W. et al. Ensino de Física nas séries iniciais: concepções da prática docente. Investigações em Ensino de Ciências, pp. 357-368, vol 12, n 3, dezembro de 2007.

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PRODUÇÃO DE INSTRUMENTOS SONOROS: MINI-CURSO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DESENVOLVIDO COMO ATIVIDADE DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE FÍSICA

Anderson Lessa Silva1

[email protected] Caio Roberto Dias1

Marcos Pires Leodoro1

1Universidade Federal de São Carlos

O trabalho teve por objetivo investigar as possibilidades da utilização de artefatos cotidianos, industrializados e artesanais, no ensino de física desempenhando a função pedagógica de articuladores de uma educação crítica e reflexiva, por meio da contextualização cultural e tecnológica da ciência. Foram empregados instrumentos musicais percussivos de origem afro-brasileira e indígena. Os mesmos foram utilizados num mini-curso, com carga horária de oito horas, oferecido aos alunos do ensino médio de uma escola pública da cidade de São Carlos. A proposta metodológica utilizada consistiu em propor a “desmontagem” conceitual (engenharia reversa) de alguns instrumentos musicais abordando-se os conceitos básicos da acústica e a bricolagem de objetos sonoros, a partir do uso de materiais alternativos e de baixo custo. Inicialmente propusemos aos alunos atividades visando a caracterização dos instrumentos segundo o modo de produção física do som que eles empregam. Em seguida, abordamos os meios da propagação sonora quando, então, entrevistamos um dos participantes, mediado por um longo tubo, levando-o, por meio dessa atividade lúdica, a um processo de auto-reflexão conceitual sobre a propagação sonora. Na última etapa, propusemos a bricolagem de um instrumento sonoro explorando as relações entre os conceitos científicos e o processo de elaboração material do instrumento. Foi possível vivenciar o processo de articulação dos conhecimentos científicos e procedimentos tecnológicos e inventivos que ocorrem durante a concepção e execução dos artefatos, levando-se a problematização das relações de interdependência entre ciência e tecnologia. O mini-curso foi desenvolvido junto à disciplina de Estágio Supervisionado de Física do curso de Licenciatura em Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e também subsidiou o trabalho de conclusão de curso (TCC) de um dos autores.

Palavras-chave: Ensino de Ciências. Educação científica. Ensino Médio.

Referências bibliográficas

LEODORO, M. P. “A educação científica pelos artefatos tecnológicos”. In: REVISTA BRASILEIRA DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. V. 1, No 3, set/dez, 2008.

REIG, D.; GRADOLÍ, L. “A construção humana através da zona de desenvolvimento potencial: L. S. Vygotsky”. In: MINGUET, Pilar Aznar (org.) A construção do conhecimento na educação. Porto Alegra: Artmed, 1998.

FONSECA, Vitor da. Pedagogia mediatizada: transferência de estratégias para novas aprendizagens. São Paulo: Salesiana, 2002. p. 9 – 53.

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PEGANDO RATOS OU EMPURRANDO CARRINHOS? – CARRINHO DE RATOEIRA COMO ORGANIZADOR PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Naylor Ferreira de Oliveira1

[email protected]

Klaus Nogueira da Silva1

[email protected]

1Universidade Federal de São Carlos - SP

Há hoje um grande desinteresse por parte dos alunos nas aulas de Física, pois os conteúdos trabalhados em sala estão muito distantes de sua realidade. É difícil para que eles aceitem como seus um problema formal proposto pelo livro didático ou mesmo pelo professor, como citou (NEHRING et al., 2002). De acordo com (MOREIRA e MASINI, 1982), para que haja um aprendizado significativo, o aprendiz tem que manifestar uma disposição de relacionar o novo conceito a ser aprendido de maneira substantiva em sua estrutura cognitiva, e essa disposição pode ser alcançada quando o docente gera situações práticas que levam o aluno a propor seus próprios problemas. A situação prática utilizada como organizador foi a construção de um carrinho de corrida, cuja força motriz era uma ratoeira. Eles puderam ver o funcionamento de um protótipo construído pelo professor e foram instigados a montar equipes para a construção de seus próprios carrinhos, para futura competição com os outros grupos da sala. Os alunos logo ficaram motivados a começar a construção, e na semana seguinte voltaram com muitas dúvidas e problemas. Nesse contexto, o professor aproveita para propor o estudo de alguns conceitos físicos como: força elástica (para estudar o funcionamento da ratoeira e aproveitar sua energia elástica ao máximo), máquinas simples (para colocar alavancas e entender a relação entre os diâmetros do eixo e da roda, com o alcance do carrinho) e leis de Newton (para compreender inércia, força de atrito e a relação entre força, massa e aceleração). Dessa forma eles entraram nas aulas de Física com muita vontade em ouvir e aprender a teoria, pois isso poderia ser essencial para o sucesso de seu carrinho, sendo possível com essa proposta relacionar a teoria com a prática como determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Palavras–chave: Aprendizagem significativa. Ensino por projetos. Carrinho de ratoeira.

Referências bibliográficas

BRASIL, Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil de 23 dez. 1996.

MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. 1a. ed. São Paulo: Moraes, 1982.

NEHRING, C. M... [et al.]. As ilhas de racionalidade e o saber significativo: o ensino de ciências através de projetos. ENSAIO – Pesquisa em Educação em Ciências, Volume 02, Número 1, Março. 2002.

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LICENCIATURA EM FÍSICA: A FORMAÇÃO NA MODALIDADE EAD E OS SABERES DOCENTES

Luciana Mendonça Rodrigues1

[email protected] Alessandra Rodrigues Luz1

1Universidade Federal de Itajubá

Os cursos de licenciatura preparam alunos para assumirem o papel de docentes. Profissão que está no centro dos processos de desenvolvimento humano, social e tecnológico uma vez que se vincula, especialmente, à construção de conhecimento. Entretanto, apesar dessa relevância, as estatísticas oficiais mostram um declínio no número de professores habilitados em determinadas áreas. É o caso da Física. Segundo dados do INEP, o curso está entre os que menos licenciados forma anualmente, o que reduz também o número de profissionais atuando nessa área em escolas e universidades. Diante dessa realidade, esta pesquisa pergunta: que alternativas a EaD pode oferecer à formação docente para superar a escassez de professores de Física? A EaD tem atrativos (como redução do custo, aproveitamento do tempo, etc) importantes e, além disso, propõe uma metodologia na qual o formador não apenas reproduz modelos pedagógicos tradicionais, mas orienta os alunos na construção dos processos de aprendizagem, bem como mostra possíveis transformações/superações. A formação de professores em ambientes virtuais procura desenvolver um ensino reflexivo criando condições para que o aluno aprenda por meio de atividades que favoreçam a motivação e o envolvimento discente em todo o processo. Assim, tendo em vista a necessidade de reflexão sobre a formação docente, neste estudo são apresentadas algumas possibilidades e benefícios da EaD na formação de professores deFísica para o atual contexto educacional brasileiro. Vinculam-se a isso, teorizações acerca dos saberes docentes (TARDIF, 2002) e sua aplicação na prática profissional. Tais considerações estão embasadas na idéia de que a ação docente deve ser um ato ético e político, que se apresenta como oportunidade, àquele que está sendo formado e ao formador, de ultrapassar a si mesmo.

Palavras- chave: Licenciatura Física. EaD. Saberes docentes.

Referências bibliográficas

ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. Coleção questões da nossa época. Vol. 104. São Paulo: Cortez. 2003.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira,INEP. Disponível:<www.inep.gov.br> acesso em 03/04/2009.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 8. ed. São Paulo: Cortez, Brasília, DF: UNESCO. 2003.

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APLICAÇÃO DO SOFTWARE CIENTÍFICO SCILAB NO ENSINO DE MODELOS MATEMÁTICOS/FÍSICOS PARA A DETERMINAÇÃO DO VALOR EXPERIMENTAL DA

GRAVIDADE UTILIZANDO COMO SIMULAÇÃO O COMPORTAMENTO DE UM PÊNDULO SIMPLES

Gustavo Moura Pires1

[email protected] Márcio de Andrade Batista1

1Faculdade Politécnica – Uberlândia As profundas transformações tecnológicas ocorridas em nossa sociedade (dita sociedade do conhecimento) têm obrigado os atuais modelos educacionais de ensino de física e outras ciências naturais a sofrerem uma profunda reformulação em suas metodologias de ensino, bem como a inserção de softwares técnicos educacionais na matriz de ensino do planejamento acadêmico. A ausência de recursos financeiros e de infra-estrutura obriga as instituições de ensino a buscarem soluções criativas e menos dispendiosas para a visualização dos comportamentos físicos dos mais diversos fenômenos naturais, por exemplo, a determinação de grandezas fundamentais como o valor da constante gravidade (g).Experiências pedagógicas mostram diariamente que ferramentas computacionais de ensino, como o Scilab, são de relativa facilidade de implementação e tornam o dueto “ensino-aprendizado” dinâmico e moderno, através do conceito de educação formativa, proporcionando uma sólida capacidade de construção do conhecimento.O Scilab é um software científico de distribuição livre, com um poderoso ambiente computacional para aplicações técnicas e possui vantagem de possuir código fonte aberto, o que possibilita inúmeras contribuições (inserção de toolbox) oriundas dos mais diversos tipos de usuários, tornando-o desta forma uma ferramenta versátil e flexível aos mais diversos tipos de aplicação educacional superior. Em virtude de sua rica biblioteca e compatibilidade com outras linguagens de programação, o Scilab proporciona uma versatilidade que é capaz de tornar o programa amplamente difundido entre educadores.A utilização do Scilab minimiza os obstáculos para introdução de conceitos físicos que nem sempre podem ser visualizados pelos métodos tradicionais (uso de quadro negro) e torna-se ainda mais significativo caso não exista um laboratório para a prática de ensaios correspondentes.Nesse aspecto, a presente proposta de trabalho avalia a possível inserção como metodologia de ensino a aplicação da ferramenta Scilab para o desenvolvimento de modelos físicos teóricos. Sendo o objetivo principal do trabalho a determinação da constante gravidade (g) a partir da experiência do comportamento de um pêndulo simples. Palavras–chave: Software Livre. Educação Formativa. Scilab. Referências bibliográficas

Perrenoud, P. As competências para ensinar no século XXI: A Formação de professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Perrenoud, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

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A UTILIZAÇÃO DE VÍDEO NO APRENDIZADO DO CONCEITO DE FORÇA CENTRÍFUGA

Carlos Eduardo Silva1

[email protected] Paulo Alex da Silva Carvalho2

[email protected]

1Centro Universitário de Patos de Minas 2Universidade Federal de Viçosa

Os conceitos de referenciais não-inerciais e de forças inerciais são, em geral, considerados temas complexos demais para serem tratados em nível de ensino médio. Na maioria das vezes se comenta que as leis de Newton não são válidas nos chamados referenciais não-inerciais, pois nesses referenciais aparecem as chamadas forças fictícias – outro nome para forças inerciais. Uma discussão mais aprofundada sobre tais conceitos raramente se dá na educação básica. Este trabalho busca subsídios que permitam o aprofundamento na discussão de tais conceitos, basicamente utilizando metodologias experimentais, concentrando-se numa determinada força inercial, a força centrífuga. O obstáculo no ensino de conceitos como força centrífuga está, basicamente, na dificuldade que os alunos encontram em se concentrar ora num referencial inercial, ora num referencial acelerado. As figuras explicativas dos livros didáticos são representações estáticas, enquanto o surgimento da força centrífuga é um fenômeno puramente dinâmico. Além disso, um estudante observando um experimento no laboratório encontra-se, basicamente, num referencial inercial, enquanto a força centrífuga surge apenas nos referenciais acelerados (não-inerciais). Este trabalho buscou superar as dificuldades enunciadas acima produzindo um vídeo que oferece os dois pontos de vista. O ponto de vista do observador num referencial inercial e do observador num referencial girante em relação ao primeiro. O aparato experimental constitui-se de um disco preso a um motor com uma das extremidades de uma mola fixa em seu centro. Na outra extremidade da mola coloca-se uma massa. Sobre o eixo de rotação do disco coloca-se uma câmera de vídeo. Duas filmagens são feitas. Na primeira a câmera é mantida em repouso – não gira junto com o eixo. Na segunda a câmera gira junto com o eixo do disco. O deslocamento da massa para a periferia do disco e a conseqüente distenção da mola é facilmente explicado pelos alunos no primeiro vídeo usando-se os conceitos de força centrípeta e movimento circular. No entanto quando o mesmo ocorre no segundo vídeo os alunos tendem a acreditar que alguma força – de interação – externa ao sistema puxa a massa para a periferia do disco. Apenas no final do vídeo, quando se cria um efeito de contraste com a mesa que apóia o disco – e portanto percebe-se que o mesmo está girando – é que os alunos notam que a situação é exatamente a mesma do vídeo anterior, apenas com uma mudança na fixação da câmera. Percebem então que a força que imaginavam não provém da interação da massa fixa à mola com algum outro corpo, mas sim da mudança de ponto de vista (referencial) do observador (da câmera) e que essa mudança é a responsável pelo “surgimento” da força fictícia (inercial).

Palavras-chave: Forças inerciais. Força centrífuga. Referenciais não-inerciais.

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MÁQUINA TÉRMICA: UM PASSEIO PELOS TIPOS DE ENERGIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES

Herbert Alexandre João1 [email protected]

Mardoqueu Martins da Costa1

[email protected]

1Universidade Federal de São Carlos 2Universidade de São Paulo

Em aulas tradicionais sobre trocas de calor, trabalho e máquinas térmicas, o professor ensina uma equação (Qq = W + Qf) e explica que parte da energia fornecida ao sistema transforma-se em Trabalho Mecânico e parte é transferida a uma Fonte Fria. Em seguida, com desenhos de êmbolos e máquinas abstratas, tenta ilustrar tais conceitos e suas aplicações. Essa abordagem, apesar de correta, está muito longe da realidade do aluno e não garante um aprendizado satisfatório e significativo. Buscando a visualização desses conceitos e a aplicação da equação descrita acima, apresentamos neste trabalho uma sugestão de atividade experimental que pode servir como subsunçor (AUSUBEL, 2003) para a teoria apresentada. São abordadas práticas e demonstrações além de detalhar o aparato experimental desenvolvido para as atividades. Este trabalho foi apresentado durante as disciplinas de Prática de Ensino de Física e Estudos Avançados de Física Clássica com o objetivo de estimular o uso da experimentação em sala de aula por parte dos professores. Palavras-chave: Ensino de Física. Experimentos. Laboratório de baixo custo.

Referências bibliográficas

AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: Uma perspectiva cognitiva. Porto, Portugal: Editora Plátano, 2003.

BRASIL. PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Ministério da Educação, 2002.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Editora da UnB, 1999.

SANTOS, E. I. Atividades Experimentais Lúdicas e com Material de Baixo Custo: Uma Experiência com Formação Continuada de Professores de Física. Dissertação - Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Ano de Obtenção: 2003.

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FÍSICA APLICADA A MEDICINA: INSTRUMENTOS DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO SOBRE O FUNCIONAMENTO E MÉDIO SOBRE O

FUNCIONAMENTO DO APARELHO DE RAIOS –X AMBULATORIAL

Herbert Alexandre João1

[email protected]

Naylor Ferreira de Oliveira1

[email protected]

Raphael Fernandes Corrêa2

[email protected]

1Universidade de São Carlos 2Universidade de São Paulo

O presente trabalho traz uma sugestão de atividade experimental onde, a partir de efeitos físicos que possuem resultados similares, podemos construir conhecimentos e demonstrar o funcionamento de um aparelho de Raios-X ambulatorial, ou seja, como uma radiografia tem a imagem fixada em um filme a partir da interação deste com uma onda eletromagnética. O principal efeito utilizado será a fosforescência, fazendo-se uma atividade lúdica denominada “a sombra estática” e associando a tal atividade a forma como os filmes se sensibilizam com a incidência de Raios-X. A partir destas observações pretende-se gerar subsunçores (AUSUBEL, 2003) para que a aprendizagem deste tema torne-se significativa (MOREIRA, 1999). Justifica-se esta prática para atender as expectativas dos alunos quanto à utilização da física no seu cotidiano. Esta é a primeira etapa de um projeto que trabalhará mais aspectos da Física Médica e desenvolverá modelos que possam ser utilizados no ensino de Ciências e Física com a abordagem teórica correta, com efeitos físicos semelhantes aos que ocorrem em complexos aparelhos de diagnóstico, trazendo roteiros de práticas experimentais, demonstrações interativas, sugestões e detalhamento da montagem de aparatos experimentais para o ensino, contudo, buscando não criar modelos com concepções errôneas. Por fim, objetiva-se criar um interesse e estimular a curiosidade pela física.

Palavras chaves: física médica para o ensino médio, fosforescência, raios-x.

Referências bibliográficas

AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: Uma perspectiva cognitiva. Porto, Portugal: Editora Plátano, 2003.

EISBERG, R. & RESNICK, R. Física Quântica. Editora Campus.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Editora da UnB, 1999.

MOREIRA, M. A. e MASINI, E. A. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo, Editora Moraes 1982.

TERRAZZAN, E. A. A inserção da Física Moderna e Contemporânea no Ensino de Física na escola de 2º grau. Caderno Catarinense de Ensino de Física 9, 209 (1992).

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TENDA DA FÍSICA – DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DOS ARTEFATOS TECNOLÓGICOS

Prof. Dr. Marcos Pires Leodoro1

[email protected]

Carlos Maciel Oliveira Bastos1 Gabriel Augusto Cação Quinato1

Luana Santos1

Gabriela Augusta Prando1

1Universidade Federal de São Carlos

O Projeto Tenda da Física é desenvolvido pelos bolsistas do Programa de Educação Tutorial da Licenciatura em Física (PET-LiF) da Universidade Federal de São Carlos. É uma atividade de extensão articulada à pesquisa em educação em física. Tem como pressuposto promover a divulgação científica que contribua para a aproximação crítica e reflexiva do público em relação à ciência. Para tanto, o projeto utiliza, nas exposições que realiza, objetos industrializados, artefatos cotidianos, brinquedos, ferramentas, gadgets e, a partir deles, propõe uma leitura dos conteúdos de ciência e tecnologia empregados no design, na produção industrial e na veiculação utilitária, funcional e lúdica desses artefatos. O público é convidado a manipulá-los e, uma vez que muitos deles são presumidos familiares, reinterpreta-los à luz das leituras “científica” e “tecnológica” realizadas com a mediação dos bolsistas. Nesse sentido, o grupo PET-LiF também tem se preocupado com a pesquisa dos processos de mediação humana e instrumental dos saberes na divulgação científica com o propósito de torná-la sempre mais dialógica e interativa. O trabalho teve início em 2007 e, até o presente momento, participou em eventos internos da universidade dirigidos aos alunos do ensino médio, de curso pré-vestibular, calouros do curso de física, para participantes do XVI Congresso de Iniciação Científica da UFSCar, em 2008 e, no mesmo ano, foi exibido em praça pública, na cidade de São Carlos, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Sua última apresentação se deu numa mostra organizada dentro do XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física ocorrido na cidade de Vitória, no Espírito Santo, em 2009. Atualmente, o grupo começa a organizar e sistematizar seu acervo numa “artefatoteca” e a estruturar, juntamente com suas apresentações em escolas públicas, oficinas que ampliarão a interação do público com o universo científico e tecnológico dos artefatos cotidianos.

Palavras-chave: Divulgação científica, CTS, Educação tutorial.

Referências bibliográficas

LEODORO, Marcos Pires. A educação científica pelos artefatos tecnológicos. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Ponta Grossa, Vol. 1, No 3, p. 34-49, set/dez. 2008.

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REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE INTERDISCIPLINARIDADE NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Lidiane Gomes da Silva1

[email protected]

Rita de Cássia Magalhães Trindade Stano1

[email protected]

1Universidade Federal de Itajubá

Este artigo é resultante de uma pesquisa acerca da representação social de Interdisciplinaridade construída pelos professores do ensino médio. Há um senso-comum que permeia as práticas profissionais docentes definindo posturas e projetos educacionais. Identificar o sentido que os professores da rede pública construíram sobre interdisciplinaridade é uma maneira de reconduzir percursos didáticos e posturas pedagógicas para o alcance de uma melhor qualidade na educação do ensino médio. Tal pesquisa usou a metodologia da representação social captando os significados que se tornam comuns no ambiente escolar de uma escola pública da cidade de Itajubá (Escola Estadual João XXIII). Os dados coletados nos levam a entender o porquê os professores temem tanto a interdisciplinaridade por não conhecer a proposta, sendo assim não a aplicando como deveria no processo de desenvolvimento escolar dos alunos.

Palavras-chave : Interdisciplinaridade, Representação social, Escolar.

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PARTICIPANTES

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NOME CIDADE

Adriana Roseli Goulart Piranguinho-MG

Agenor Pina da Silva Itajubá-MG

Aidê Torres de Almeida Pinheiro Itajubá-MG

Albino Souza Cardoso Cristina-MG

Alessandra Rodrigues Luz Itajubá-MG

Aline Tiara Mota Itajubá-MG

Altimare Maíres Ribeiro Itajubá-MG

Aline Fernandes Pereira Pouso Alegre-MG

Amanda Romão de Paiva Itajubá-MG

Ana Lúcia Lima Machado Consolação-MG

Anderson Lessa Silva São Bernardo do Campo-SP

André Bastos Santana Alfenas-MG

André Luís Barbosa Rosa Alfenas-MG

André Silva Chaves Itajubá-MG

Antônio Carlos de Castro São Carlos-SP

Antonio Fernando Roxael Maria da Fé-MG

Antonio Fernando Sartori Lorena-SP

Antonio Luiz Fernandes Marques Itajubá-MG

Arielly Ferreira de Paula Ribeirão Vermelho-MG

Bruno Gonçalves Lopes Itajubá-MG

Caio Glauco dos Reis Balotta Alfenas-MG

Camila Cardoso Moreira Itajubá-MG

Camila Tavares Castro Lavras-MG

Carina Schumann Itajubá-MG

Carlos Eduardo Silva Uberlândia-MG

Catarine Caum Itajubá-MG

Celso Henrique Correa Itajubá-MG

Cristina Cândida Macedo Itajubá-MG

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Daiane Jenny Tavares Jacon Alfenas-MG

Daniel dos Reis Germinaro Alfenas-MG

Danielle Aparecida dos Reis Itajubá-MG

Debora Cristina Mengali Alves Alfenas-MG

Denis Marcel Gouveia de Souza Osasco-SP

Deusdedit Ribeiro Ivo Virginia-MG

Diana Esther Tuyarot de Barci Matias Barbosa-MG

Dimas de Arimatéia Martins Renó Piranguinho-MG

Elizabeth Ribeiro Leandro Delfim Moreira-MG

Emerson Izidoro dos Santos São Paulo-SP

Eugenio Fernando Dias Pinto São Lourenço-MG

Ezequias Gomes de Carvalho Itajubá-MG

Ezequiel Figueiredo Vilela Alfenas-MG

Fábio Aluizio da Silveira Itajubá-MG

Fábio Martins Cardoso Lavras-MG

Felipe Castilho de Souza Mogi-Guaçu-SP

Felipe Leiber Coelho Pimentel Itajubá-MG

Flaviano Roque Mendes Paraisópolis-MG

Francisco de Assis Nascimento dos Santos Dom Viçoso-MG

Frederico Augusto Toti Campinas-SP

Glauber Luz Itajubá-MG

Gleidson Sávio de Carvalho Benedito Itajubá-MG

Gustavo Aparecido Rossi Itajubá-MG

Gustavo Carvalho Souza Alfenas-MG

Gustavo Carvalho Takatu Pedralva-MG

Harisson Roberto da Silva Rosa Alfenas-MG

Helena Libardi Lavras-MG

Hemily Gomes Marciano Itajubá-MG

Isabel Cristina de Castro Monteiro Guaratingueta-SP

James Coleman Alves Itirapina-SP

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Jaime Francisco de Oliveira Itajubá-MG

Jairo Garcia Duarte Itajubá-MG

Jane Alves Setala Itajubá-MG

João Batista Vieira Araguari-MG

João Bosco Nogueira Marques Consolação-MG

João Carlos Pereira Costa Maria da Fé-MG

João Marcos Itajubá-MG

João Ricardo de Castilho Louzada Pindamonhangaba-SP

Joaquim Francisco Pereira Estiva-MG

José Anilso de Oliveira São Lourenço-MG

José de Fátima Alves Júnior Alfenas-MG

José Flávio Ribeiro Itajubá-MG

José Dimas da Silva Itajubá-MG

Juliana Aparecida Gonçalves Alfenas-MG

Juliana Cardoso Silva Maria da Fé-MG

Keli Cristiane Ribeiro Itajubá-MG

Klaus Nogueira da Silva Guará-SP

Lenon Couto Ferreira Areado-MG

Leandro Xavier Moreno Rio Claro-SP

Leonardo Donizette de Deus Menezes Araguari-MG

Leonardo dos Santos Cunha Itajubá-MG

Leonardo Zampieri de Souza Itajubá-MG

Lidiane Gomes da Silva Itajubá-MG

Liza Bandeira de Freitas Biguaçu-SC

Lucas Antunes Leite Itajubá-MG

Lúcio Flávio dos Santos Rosa Itajubá-MG

Luciana Mendonça Rodrigues Itajubá-MG

Luciano Fernandes Silva Itajubá-MG

Lucimara dos Santos Ribeiro Itajubá-MG

Luiz Carlos Miguel da Silva Itajubá-MG

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Luiz Gustavo de Oliveira Itajubá-MG

Márcio Aurélio de Castro Conceição dos Ouros-MG

Márcio de Andrade Batista Uberlandia-MG

Marco Aurélio Alvarenga Monteiro Guaratingueta-SP

Marcos Daniel Longhini Uberlândia-MG

Marcos Pires Leodoro São Carlos-SP

Marcus Paulo Pereira Tomaz Alfenas-MG

Mariana Caetano dos Santos Rocha Itajubá-MG

Mário Henrique Romano Bernardes Itajubá-MG

Mateus Coli Itajubá-MG

Mikael Frank Rezende Junior Itajubá-MG

Naylor Ferreira de Oliveira Ribeirão Preto-SP

Newton de Figueiredo Filho Itajubá-MG

Nilson José Ferreira França Alfenas-MG

Paulo Alex da Silva Carvalho Patos de Minas-MG

Paulo Gonçalves Dutra Brazópolis-MG

Paulo Mateus Colosimo Itajubá-MG

Rafael Schepper Gonçalves Juiz de Fora-MG

Rafael Tomaz da Silva Areado-MG

Reginaldo A. Ferreira Itajubá-MG

Regina Maria de Azevedo Brazópolis-MG

Renan Augusto Trindade Marília-SP

Renan Gonçalves Vilas Boas Lavras-MG

Renato José Fernandes Patos de Minas-MG

Ricardo Benedito Oliveira São Paulo-SP

Rita de Fátima Alves Freitas Cristina-MG

Ronaldo Gonçalves Gonzaga Alfenas-MG

Rosimara Maria Carvalho Delfim Moreira-MG

Rúbia Gomes de Oliveira Itajubá-MG

Rui Carlos Giorgi Filho São Carlos-SP

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Sergio Marcos Coura Marmelopolis-MG

Silas Guida Vilhena Muzambinho-MG

Swellen Sales Tavares Itajubá-MG

Tadeu Samuel Pereira Cambuí -MG

Thais Andrade Siqueira Alfenas-MG

Thiago Costa Caetano Itajubá-MG

Thieny de Cássio Lemes Brazópolis-MG

Tiago Luiz Pimentel dos Santos Pouso Alegre-MG

Valdea Aparecida Nascimento Salomon Itajubá-MG

Vanessa Lopes de Oliveira São Carlos-SP

Vânia Junqueira Cristina-MG

Vicente Antonio Schumann Cunha Itajubá-MG

Vinícius Fortes de Castro Itajubá-MG

Viviane Przybysewski Alfenas-MG

Wagner Luiz Gonçalves Maria da Fé-MG

William Maurício Goulart Natércia-MG

Wilton da Silva Dias Itajubá-MG

Zilar Dias Alfenas-MG

Zilda Maria Pedroso Lemos Itajubá-MG