fevereiro 2012 - edição 4

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A TAÇA MAIS COBIÇADA FRACASSO DE MARKETING JOGO HISTÓRICO PEPE RELEMBRA O MAIOR CLÁSSICO DA HISTÓRIA ENTRE SANTOS E PALMEIRAS DISPUTADO EM 1958 I PÁG. 10 ENTENDA PORQUE O FLAMENGO NÃO CONSEGUE LEVANTAR DINHEIRO COM RONALDINHO I PÁG. 07 A LIBERTADORES PAGA POUCO AOS CLUBES BRASILEIROS, MAS TRAZ MUITO PRESTÍGIO. SEIS CLUBES VÃO REPRESENTAR O PAÍS NESTA EDIÇÃO I PÁG. 03 O FUTEBOL ALÉM DAS 4 LINHAS I Nº 04 3 A 9 I FEVEREIRO

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O Futebol além das 4 linhas

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Page 1: Fevereiro 2012 - Edição 4

TÁ LÁa Taça mais cobiçada

FRacasso dE maRKETiNG

JoGo HisTÓRicoPePe relembra o maior clássico da história entre santos e Palmeiras disPutado em 1958 i pág. 10

entenda Porque o Flamengo não consegue levantar dinheiro com ronaldinho i pág. 07

a LibERTadoREs paGa pouco aos cLubEs bRasiLEiRos, mas TRaz muiTo pREsTíGio. seis clubes vão rePresentar o País nesta edição i pág. 03

O FUTEBOL ALÉM DAS 4 LINHAS I Nº 04

3 A 9 I FEvErEIrO

Page 2: Fevereiro 2012 - Edição 4

Fernando Gavini

Editor [email protected]

mesmo com seus deFeitos, a LibERTadoREs aiNda é a mETa

A partir de terça-feira, quan-do o Fluminense terá pela frente o Arsenal de Saran-

di, da Argentina, começa a fase de grupos da Copa Libertadores da América. Além do Flu, outros cinco brasileiros estão na disputa – San-tos, Corinthians, Vasco, Flamengo e Internacional – em busca do titulo da competição, vencida nos dois últimos anos por clubes do país. Em 2010, o Colorado levantou o cane-co, enquanto em 2011 foi o Peixe de Neymar que se consagrou como a melhor equipe do continente.A Libertadores é sem dúvida o mais importante campeonato de clubes

das Américas, mas ainda está há anos luz de ser tudo aquilo que po-deria ser, ainda mais se comparada com a Liga dos Campeões, que está para a Europa assim como a Liber-tadores está para a América do Sul.Pouco rentável, a Libertadores só dá lucro ao campeão. Quem levan-ta a taça, ganha prestígio, abre por-tas em novos mercados e o direito de disputar o Mundial de Clubes. Para quem fica pelo caminho, a competição chega a ser, em muitos casos, deficitária.O valor total de premiação e direi-tos de transmissão pago ao cam-peão chega a ser inferior ao que

recebem Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras para jogarem o Campeonato Paulista, que em termos de importância e prestígio não serve para engraxar as chutei-ras da Libertadores.E não é só no quesito dinheiro que a Libertadores precisa me-lhorar. O lugar dela no calendário também não ajuda. O ideal seria alongá-la por toda a temporada e não deixá-la limitada a seis meses de competição.A fórmula mais correta seria fazer como se faz na Europa. A Liberta-dores deveria ser disputada simul-taneamente à Sul-Americana assim

www.talanet.com.br

O Periódico “TÁ LÁ”, produzido pela Áurea Editora, de distribuição semanal, e estritamente no município de São Paulo, observa formato, conteúdo e distribuição de acordo com as disposições legais e infralegais pertinentes, especialmente a Lei Municipal nº 14.517, de 16 de outubro de 2007. Declaram ainda os editores que os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores, e não correspondem à opinião do Periódico, o mesmo ocorrendo com os anúncios e ações publicitárias, cabendo a responsabilização direta dos seus subscritores e anunciantes.

como acontece com a Liga dos Campeões da Europa e da Uefa Europa League.Os clubes brasileiros são os mais ricos do continente e deveriam se unir para lutar por mais di-nheiro e por um calendário mais justo. Não há respaldo nenhum da CBF, mas modificações seriam benéficas a todos.Não tem nada mais chato que um time ganhar a Libertadores e aban-donar o Campeonato Brasileiro. Com ela sendo disputada o ano todo, nenhum time poderia jogar a toalha na competição nacional em seus primeiros meses por já ter

atingido um objetivo como acon-teceu com o Santos o ano passado.A Copa do Brasil, que também ti-nha o mesmo problema da Liber-tadores, já está resolvida. A partir de 2013 passará a ser disputada durante todo o ano, tendo, inclusi-ve, a participação dos clubes classi-ficados para a Libertadores.A reação é mais do que necessá-ria. A Libertadores precisa mudar, crescer, se modernizar. Quando isso acontecer, só vai faltar reduzir drasticamente os Estaduais para o calendário ficar próximo do ideal. Mas aí é uma outra história, que fica para uma outra coluna.

pAULISTãO 2012 7a rODADA

11/02/2012 - SáBADO17h00 – Palmeiras x Ituano – Pacaembu19h30 – Mirassol x Ponte Preta – José Maria de Campos Maia 19h30 – Bragantino x Mogi Mirim – Nabi Abi Chedid

12/02/2012 - DOMINgO17h00 – Corinthians x São Paulo – Pacaembu 17h00 – Guarani x Paulista – Brinco de Ouro17h00 – Oeste x Guaratinguetá – Amaros 19h30 – XV de Piracicaba x Catanduvense – Barão da Serra Negra 19h30 – Santos x Linense – Vila Belmiro19h30 – São Caetano x Comercial-SP – Anacleto Campanella 19h30 – Portuguesa x Botafogo-SP – Canindé

6a rODADA

08/02/2012 - qUArTA17h00 – Ituano x Bragantino – Novelli Jr.19h30 – Guarani x Portuguesa – Brinco de Ouro 19h30 – Guaratinguetá x Mirassol – Dario Rodrigues Leite19h30 – Catanduvense x Ponte Preta – Silvio Salles22h00 – Mogi Mirim x Corinthians – Romildão 22h00 – Palmeiras x XV de Piracicaba – Pacaembu

09/02/2012 - qUINTA17h00 – Paulista x São Caetano – Jaime Cintra19h30 – Oeste x Linense – Amaros 21h00 – Botafogo-SP x Santos – Santa Cruz21h50 – São Paulo x Comercial-SP – Morumbi

5a rODADA

04/02/2012 - SáBADO17h00 – Mirassol x Botafogo - José Maria de Campos Maia19h30 – Comercial x Mogi Mirim – Palma Travassos19h30 – Portuguesa x Ituano – Canindé19h30 – Paulista x Catanduvense – Jaime Cintra

05/02/2012 - DOMINgO17h00 – Santos x Palmeiras – Prudentão17h00 – Corinthians x Bragantino – Pacaembu17h00 – XV de Piracicaba x Oeste – Barão de Serra Negra19h30 – Ponte Preta x São Paulo – Moisés Lucarelli19h30 – São Caetano x Guarani – Anacleto Campanella19h30 – Linenses x Guaratinguetá – Gilbertão

Diretor Executivo e Editorial: Dirceu Pereira Jr. - Editor Chefe: Fernando Gavini - Projeto Gráfico e Diagramação: M.Veras Design Gráfico - Reportagens: Pablo Guelli, Fernando Badô, Diógenes Menon e João Henrique Pugliesi - Impressão: Gráfica Prol - Contato Comercial - Dirceu Pereira Jr (11) 5574.8910 - [email protected] Versão Digital - www.talanet.com.br - Contato: [email protected]

Page 3: Fevereiro 2012 - Edição 4

03Por diógenes menon

campEão Em 2011, saNTos EmboLsou pouco, mas

GaNHou muiTo pREsTíGio

FASE DA cOMpETIçãO cOTA pOr jOgO EM cASA

prÉ-LIBErTADOrES r$ 212 mil (US$120 mil)

FASE DE grUpOS r$ 212 mil (US$120 mil)

OITAvAS DE FINAL r$ 318 mil (US$ 180 mil)

qUArTAS DE FINAL r$ 407 mil (US$ 230 mil)

SEMIFINAL r$ 548 mil (US$ 310 mil)

FINAL r$ 548 mil (US$ 310 mil)

vIcE-cAMpEãO r$ 1.060.000 (US$ 600 mil)

cAMpEãO r$ 3.530.000 (US$ 2 milhões)

TOTAL pArA O cAMpEãO r$ 5.990.000 (US$ 3.390.000)

PrinciPal comPetição da américa do sul, cuja Fase de gruPos começa semana que vem, Paga aos clubes brasileiros menos do que o camPeonato brasileiro e o camPeonato Paulista

Se participar da Copa Li-bertadores é o sonho de consumo de dez entre dez

clubes brasileiros, vencer esta que é a mais importante competição de futebol das Américas significa a possibilidade de alçar a equipe à condição de destaque continental

LibERTadoREs: pouco rentável, mas muito desejada

e mundial. Um título da “Liberta” não somente coloca o time no hall dos grandes campeões, mas tam-bém reforça sua imagem ao redor do mundo e consolida novas opor-tunidades de negócios.Em princípio, estes termos pare-cem bastante convidativos. Mas

ao colocar no papel os prêmios reservados pela participação, fase a fase, do torneio, percebe-se que a conta não é bem assim. Em 2012, o campeão da Libertadores embol-sará quase R$ 6 milhões. Este valor, a despeito da importância da com-petição, é menor que a premiação distribuída pelo Campeonato Bra-sileiro e até mesmo pelo Campeo-nato Paulista.Para ilustrar, vale lembrar que o tí-tulo do Brasileirão do ano passado rendeu ao Corinthians aproxima-damente R$ 8 milhões, isso sem contar a fortuna recebida pelos direitos de televisão. Apenas para participar do Paulistão de 2012, cada um dos quatro grandes de São Paulo vai arrecadar da Federa-ção Paulista R$ 10 milhões.Já em 2011, o então presidente co-rintiano, Andrés Sanches, reclama-va: “Financeiramente, disputar uma Libertadores não é nada rentável para o Corinthians. Eu tenho de pagar taxas muito mais altas com viagens, hospedagens, etc., do que a cota oferecida pelo título conti-nental”, dizia à época o hoje diri-gente da CBF.“Só o título interessa” – Os cerca de R$ 6 milhões ao campeão da Libertadores são distribuídos de

forma gradativa, por cada mando de jogo. Na pré-Libertadores e na 1a Fase, por exemplo, são R$ 212 mil. Este valor cresce até a disputa da fi-nal, cujo mando vale R$ 548 mil aos participantes. A Conmebol ainda

premia o campeão com mais cerca de R$ 3,5 milhões, chegando a exa-tos R$ 5.99 milhões – veja quadro.Contudo, o campeão das Améri-cas – e apenas ele – tem ainda uma outra premiação. Esta sim uma bolada, que talvez fizesse o ex-pre-sidente corintiano rever sua conta. Automaticamente classificado para o Mundial de Clubes da Fifa, quem vencer a Libertadores recebe mais uma quantia de R$ 8.85 milhões, referente justamente ao torneio intercontinental. Ou seja: aos cam-peões, os louros - e também mais de R$ 14 milhões na conta.

EspEciaL - LibERTadoREs

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EspEciaL - LibERTadoREs04

Frente a Frente santos e internacional. the strongest e juan aurich correm Por Fora

Ninguém no Santos faz questão de disfarçar: o objetivo maior neste ano

de centenário do clube é levantar, pela quarta vez, a taça de campeão da América. Para tanto, o time de

dois úLTimos campEõEs sE encontram na primeira fase

Santos, de Neymar, quer se tornar o time brasileiro com maior número de conquistas

TimEs-basEVascoFernando Prass; Fágner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo, Juninho Pernambucano, Felipe e Diego Souza; Éder Luis e AlecsandroTécnico: Cristovão Borges

NacioNaL uRuGuaiBurian; Nuñes, Scotti, Rolin e Placente; Piriz, Calzada Damonte e Recoba; Viudez e Medina.Técnico: Marcelo Gallardo

aLiaNza LimaLibman; Donayre, Ibañez, Aparício e Canova; Ponce, Beltrán, Quinteros e Bazán; Montaño e FernándezTécnico: Jose Soto

LibERTadRodrigo Muñoz; Carlos Bonet, Ismael Benegas, Nery Bareiro e Miguel Samudio; Rodolfo Gamarra, Víctor Cáceres, Sergio Aquino e Luciano Civelli; José Ariel Núñez e Pablo Velázquez. Técnico: Jorge Burruchaga.

Muricy Ramalho terá de enfrentar, logo na primeira fase, três adver-sários nada dispostos a colaborar com a meta santista.O mais importante e gabaritado deles é um tradicional conhecido:

Internacional de Porto Alegre. O confronto marcará justamente o encontro dos dois últimos campe-ões da Libertadores. Para os colo-rados, também significa a chance de apagar a má impressão deixada no ano passado, quando foi elimi-nado dentro de casa pelo Peñarol, ainda nas oitavas-de-final. Mais que isso, voltar a conquistar a América significa para os gaúchos a oportu-nidade de enterrar definitivamente o vexame da eliminação para o modesto Mazembe (RD Congo), no Mundial de Clubes da Fifa 2010.Alheio aos problemas do Inter, o Santos inicia sua caminhada diante do The Strongest, da Bolívia. Ainda que não seja favorito à classificação à segunda fase, os bolivianos con-tam com um aliado importante: a altitude de La Paz, situada a 3.360 metros acima do nível do mar. Para vencer esse obstáculo, a equipe de

Vila Belmiro programou-se para chegar à cidade apenas no dia do jogo, o que minimiza os efeitos do ar rarefeito.“O ideal seria um período de sete dias de adaptação para cada mil metros. Mas com nosso calen-dário apertado, a saída é chegar mesmo a poucas horas do jogo”, explica o fisiologista do Peixe, Luís Fernando de Barros.Em tese, o rival que deve ofere-

cer menos resistência ao time de Neymar e cia. é o Juan Aurich, do Peru. Sem contar com a altitude (a cidade de Chiclayo fica no litoral norte do país), o Ciclone do Norte, como é conhecido, não tem muita tradição nem mesmo no Campe-onato Peruano.Contudo, como diz o jargão, “isso é Libertadores, amigo!” E um pou-co de respeito nunca fez mal a ne-nhum campeão.

vasco quer repetir superação de 2011 para coNquisTaR o bi

Se há um clube que pode acreditar em volta por cima, este é o Vasco da Gama de

2011. Após amargar o pior início de Campeonato Carioca de sua história no ano passado, a equi-pe cruz-maltina se recuperou ao ponto de chegar ao vice-campe-onato regional. Embalado, o Gi-gante da Colina seguiu comendo pelas beiradas, avançou fase a fase e sagrou-se campeão da Copa do Brasil, passando pela sensação do primeiro semestre, o Coritiba.Naquele momento, já no meio do ano, o Vasco era, junto do Santos, um dos dois únicos clubes brasilei-ros classificados para a Libertado-res 2011. Que os outros se atrope-lassem no Brasileirão, certo?A equipe de São Januário reservou para a segunda metade do ano ainda mais poder de superação: deixou de lado a possível desmo-tivação por já estar classificada, su-perou a perda traumática do téc-nico Ricardo Gomes (que sofreu um AVC e teve de abandonar a campanha – felizmente já recupe-rado) e disputou, ponto a ponto, o título do Campeonato Brasileiro com o Corinthians, vendo a com-petição ser definida apenas na úl-tima rodada.

O ídolo Juninho Pernambucano

Por diógenes menon

Sem contratações por conta de problemas financeiros, o técnico Cristovão Borges iniciou no esta-dual um rodízio entre os atletas, para poupar o elenco antes da es-treia na competição continental.

O Vasco estreia contra o Nacional, do Uruguai, no dia 8/2. O clube ain-da encara o Alianza Lima, do Peru e o Libertad, do Paraguai, pelo Grupo 5, um dos mais equilibrados da edi-ção deste ano da Libertadores.

TimEs-basEsaNTosRafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Henrique, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges.Técnico: Muricy Ramalho

iNTERMuriel; Nei, Bolivar, Rodrigo Moledo e Kléber; Guiñazu, Tinga, D’Alessandro e Oscar; Dagoberto e Leandro Damião.Técnico: Dorival Junior

THE sTRoNGEsTVaca; Parada, Ojeda, Mendez e Torrico; Paz, Reyes e Bejarano; Soliz, González e Escobar.Técnico: Mauricio Soria

JuaN auRicHPenny; Guadalupe, Contreras, Fleitas; Guizasola, Rojas, Valencia, Quina, Chiroque; Zuñiga, Tejada.Técnico: Juan Umaña

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TimEs-basEFLumiNENsEDiego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Wagner e Thiago Neves; Rafael Sobis e Fred.Técnico: Abel Braga

boca JuNioRsOrion; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Rivero, Somoza, Erviti e Riquelme; Cvitanich, Mouche (Blandi).Técnico: Julio César Falcioni

aRsENaL dE saRaNdíCristian Campestrini; Adrián González, Lisandro López, Guillermo Burdisso e Damián Pérez; Diego Torres, Iván Marcone, Nicolás Aguirre e Juan Pablo Caffa; Jorge Córdoba e Emilio Zelaya.Técnico: Gustavo Alfaro.

zamoRaLuís Tera; Moisés Galezo, Jaime Bustamante, Johan Osorio eDollbyz Rodrígues; Nelson Semperena, Josmar Zambrano, Dario Figueroa e César González; Luís Yanes e Gabriel Torres.Técnico: Jesús “Chuy” Vera

TimEs-basEcoRiNTHiaNsJúlio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castan e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Alex; Willian (Danilo), Liedson e Emerson.Técnico: Tite

cRuz azuLJosé Corona; Fausto Pinto, Alejandro Castro Julio César Domínguez e Néstor Araujo; Gerardo Torrado, Cesar Villaluz, HéctorGutiérrez e Christian Giménez; Alejandro Vela e Emanuel Villa.Técnico: Enrique Meza Enríquez

dEpoRTiVo TÁcHiRaManuel Sanhouse; Gerzon Chacón, Loren Ray, Federico Martorell, Richard Badillo; Ángel Chourio, Javier Villafraz, Pedro Fernandéz; Maurice Cova, Sergio Herrera e Cristian Cásseres.Técnico: Manuel Contreras.

cLub NacioNaLIgnacio Don; Héctor Benitez, Raul Píris, Hermino Miranda e Ricardo Mazacorte; Carlos Peralta, Fabio Ramos, Blas Irala e Marcos Melgarejo; Javier Gonzáles e Ariel Bogado.Técnico: Juan Manuel Battaglia

antes de conquistar a américa,

FLu TEm dE passaR pELa aRGENTiNa

O Fluminense traz para essa Libertadores da Améri-ca aquele que parece ser

seu elenco mais poderoso nos últi-mos anos. Para a temporada 2012, juntaram-se ao já forte plantel do ano passado nomes como o do atacante Alex (ex-internacional), do lateral Jean (ex-São Paulo) e dos meias Wagner (Gaziantepsor-TUR) e Thiago Neves (ex-Flamengo) – este, a cereja do bolo das Laranjeiras.O investimento é justificável, uma vez que o Tricolor carioca enfren-tará dois argentinos já na 1a fase: Arsenal de Sarandí, clube em as-censão no cenário sul-americano, e o temido Boca Juniors, hexacam-peão da Libertadores, competição à qual está de volta após dois anos de ausência. O Grupo 4 será com-pletado pelo Zamora, da Venezue-la, cuja missão parece ser a de ar-rancar pontos dos três adversários mais gabaritados.O título da Libertadores é obses-são nas Laranjeiras desde 2008, quando a equipe viu escapar a chance de levantar o troféu ao perder a final nos pênaltis, diante do LDU, no Maracanã. Antes o Tri-color havia eliminado o São Pau-lo numa campanha memorável do ex-atacante Washington. Em 2011, foi a vez do Libertad, do Pa-

De volta, Thiago Neves quer o título que o Flu deixou escapar em 2008

raguai, eliminar o Flu nas oitavas--de-final.O técnico Abel Braga lembrou a fi-nal de 2008 e foi claro: “No papel, o Fluminense tem cara de campeão. No entanto, dentro de campo está muito longe disso ainda. Quem iria imaginar que a LDU seria campeã da Libertadores em 2008? Nós te-mos que pensar em um passo de cada vez. Temos que brigar com Boca Juniors e Arsenal. Depois dis-so, teremos uma série de outros jogos decisivos”, considerou.

Logo após a prematura elimi-nação da pré-Libertadores de 2011, diante do Tolima, da

Colômbia, o então presidente do Corinthians, Andrés Sanches, tra-tou de tranquilizar os torcedores mais desesperados com outra de-cepção: “Nós seremos campeões da Libertadores. O que precisamos é chegar lá todo ano, porque uma hora acontece”.O raciocínio tem fundamento. Ven-cer a competição continental torna--se uma tarefa menos hercúlea para quem está já está acostumado com as pedras que o caminho apresenta.Em 2012, o Corinthians participa-rá pelo terceiro ano consecutivo da competição. É a primeira vez em sua história que o clube alcan-ça esta marca. Passado o trauma da eliminação em 2011, cercado por um ambiente positivo pela construção de seu estádio, pela modernização de seu CT e ainda gabaritado pelo 5o título brasileiro, conquistado recentemente, não é otimismo exagerado cravar que o Corinthians nunca esteve tão per-to de ser campeão da Libertadores como nessa atual edição.A manutenção do elenco e o maior tempo de preparo para a estreia na competição são dois fatores apon-tados como fundamentais para que a história em 2012 seja bastante di-ferente: “Jogar a pré-Libertadores é horrível, pois acontece muito cedo

na temporada. Erramos ano passa-do não somente em função disso. Mas realmente atrapalha, e este ano teremos esse tempo”, aponta o ca-pitão Alessandro.Destacado como favorito a vencer o Grupo 6, o Corinthians enfrenta na 1a fase o Deportivo Táchira (Ve-nezuela), o Cruz Azul (México) e o Nacional (Paraguai). De olho nos ad-versários internacionais, contudo, o

técnico Tite faz questão de valorizar o Campeonato Paulista, que tem ser-vido de pré-temporada de luxo para o Timão: “Queremos chegar em fevereiro nas melhores condições possíveis. Mantivemos grande parte do elenco, e a ideia é afiná-lo ainda mais”, destaca. Visando ao máximo de entrosamento, o comandante emenda: “Não pouparemos joga-dores (no Paulista) neste momento”.

coRiNTHiaNs nunca esteve tão perto

O Corinthians, de Alex, terá como principal adversário na primeira fase o Cruz Azul

Pela Primeira vez na história, timão disPuta a libertadores Pela terceira vez seguida

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ApOIADOrES DO Tá Lá:

Por diógenes menon

FLamENGo ENFRENTa pRÓpRios moNsTRos para vingar na libertadores

Luxemburgo foi demitido na quinta

A participação rubro-negra na Libertadores de 2012 começou cercada de pro-

blemas. A despeito da emociona-da apresentação de Vagner Love, maior reforço para a temporada, o Flamengo encara uma série de cri-ses desde a pré-Libertadores.A maior delas culminou com a saída de Vanderlei Luxemburgo no dia seguinte à vitória por 2 a 0 sobre o Real Potosí, que garantiu a classificação do Flamengo para a fase de grupos da Libertadores. Junto com o treinador, deixaram o clube o gerente Isaías Tinoco, além do preparador físico Antonio Mello e o auxiliar Junior Lopes.Para o lugar de Luxemburgo, Joel Santana deve ser o escolhido. Esta pode ser a quinta passagem do téc-nico no Flamengo, clube pelo qual foi campeão carioca em 1996 e em 2008. Pela Libertadores, no entanto,

TimEs-basEFLamENGoFelipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Junior Cesar; Willians, Luiz Antonio, Renato e Ronaldinho; Vagner Love e Deivid.Técnico: a definir

oLímpia (paRaGuai)Martin Silva; Francisco Nájera, Adrián Romero, Enrique Meza e Sebastián Ariosa; FabioCaballero, Vladmir Marín e Sergio Orteman; Maximiliano Biancucchi, Pablo Zeballos e Luis Caballero.Técnico: Geraldo Pellusso

EmELEcDreer; A. Quiñones, Mina, Achiller e Bagüi; Gaibor, P. Quiñones, Wila e Giménes; Mondani e De Jesus.Técnico: Marcelo Fleitas

LaNúsAgustín Marchesín, Marcos Pintos, Carlos Quintana, Paolo Goltz y Gastón Díaz, Mauro Camoranesi, Guido Pizarro y Eduardo Ledesma, Juan Neira, Santiago Salcedo y Cesar CarranzaTécnico: Gabriel Schurrer

brasileiros na LIBErTADOrESTErçA, 07/02/2012

Fluminense x Arsenal

qUArTA, 08/02/2012

Vasco x Nacional

qUINTA, 09/02/2012

Internacional x Juan Aurich

qUArTA, 15/02/2012

The Strongest x Santos

Lanús x Flamengo

Táchira x Corinthians

TErçA, 06/03/2012

Vasco x Alianza

qUArTA, 07/03/2012

Boca Juniors x Fluminense

Corinthians x Nacional (PAR)

qUINTA, 08/03/2012

Santos x Internacional

Flamengo x Emelec

TErçA, 13/03/2012

Juan Aurich x Santos

qUArTA, 14/03/2012

Fluminense x Zamora

Libertad x Vasco

Cruz Azul x Corinthians

qUINTA, 15/03/2012

Internacional x The Strongest

Flamengo x Olimpia

qUArTA, 21/03/2012

The Strongest x Internacional

Vasco x Libertad

Corinthians x Cruz Azul

qUINTA, 22/03/2012

Santos x Juan Aurich

qUArTA, 28/03/2012

Olímpia x Flamengo

qUINTA, 29/03/2012

Zamora x Fluminense

TErçA, 03/04/2012

Alianza x Vasco

qUArTA, 04/04/2012

Internacional x Santos

Emelec x Flamengo

qUArTA, 11/04/2012

Fluminense x Boca Juniors

Nacional (PAR) x Corinthians

qUINTA, 12/04/2012

Flamengo x Lanús

Nacional x Vasco

qUArTA, 18/04/2012

Arsenal x Fluminense

Corinthians x Táchira

qUINTA, 19/04/2012

Santos x The Strongest

Juan Aurich x Internacional

o treinador ficou marcado por um fracasso com a camisa rubro-negra. A partida contra o América do México, válida pelas quartas-de--final da Libertadores 2008, mar-cou a despedida de Joel Santana, que havia acabado de acertar com a seleção da África do Sul. Depois de vencer o primeiro jogo fora de casa por 4 a 2, o Rubro-Negro levou uma surra em pleno Mara-

canã e perdeu por 3 a 0. O nome do jogo foi o paraguaio Cabañas, autor de dois gols. Em 2012, Mengão encara na 1ª fase o Olimpia, do Paraguai, o Emelec, do Equador, e o Lanús, da Argentina. Sem dúvida, o rubro--negro é o mais tradicional time da chave. Resta saber se vai su-perar seus problemas internos e comprovar isso em campo.

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maRKETiNG 07Por Pablo guelli

um FRacasso de marketing

um ano dePois de ter chegado ao Fla, ronaldinho gaúcho rePresente mais dor de cabeça do que lucros Para o rubro-negro

coNTRaTo maL-FEiToé o motivo da discórdia

A contratação de Ronaldi-nho Gaúcho pelo Flamen-go, em janeiro de 2011,

tinha tudo para dar certo. Afinal, um dos melhores jogadores de todos os tempos retornaria da Europa para atuar no time de maior torcida do Brasil, às vésperas da Copa do Mun-do de 2014, no momento em que o país cresce economicamente.As possibilidades de o Rubro-Ne-gro lucrar dentro e fora de campo eram enormes. Desde a conquista de títulos importantes, passando pela exposição da “marca” Fla-mengo em todo o planeta, até a venda de produtos com o nome de Ronaldinho. O departamento de marketing de qualquer clube do mundo estaria esfregando as mãos com o potencial midiático do craque.Mas nada disso aconteceu. A gran-de jogada nunca veio. O furacão midiático que começou com sua contratação durou pouco mais de um mês. Depois arrefeceu, virou uma leve brisa, até que parou.Um ano depois, as notícias que

saem na imprensa sobre Ronaldi-nho são as seguintes: a Traffic pa-rou de pagar o salário do jogador e deve a ele quase R$ 4 milhões; ele ameaçou não entrar em campo no primeiro jogo do Flamengo na Li-bertadores; Ronaldinho não foi ga-roto-propaganda de quase nada na televisão; o clube só conseguiu um patrocinador master sete meses após sua contratação; há boatos de que o Gaúcho e seu polêmico e inseparável irmão, Assis, já pediram

a cabeça do técnico Vanderlei Lu-xemburgo para a diretoria.Em campo, o Flamengo até que

A briga entre Flamengo e Traffic e o consequente atraso nos salários de Ronaldinho foram causados por um contrato que nunca foi feito de verdade.“Esses problemas aconteceram porque o primeiro contrato foi alterado várias vezes e nunca se chegou a um consenso entre as partes. Foi um contrato em li-nhas gerais”, explica Marcos Du-arte, diretor do departamento de marketing do Rubro-Negro. O que era para ser um contrato, acabou se tornando uma carta de intenções. Para a Traffic, o retorno da parceria seria quase totalmente baseado na geração

de receitas com Ronaldinho. Durante os sete primeiros me-ses de 2011, o Flamengo ficou sem patrocinador master. A Traffic desembolsava 75% do salário do atleta, que chega a R$ 1,5 milhão, mas não recebia nada em troca. A gota d’água veio no final de 2011, quando o Flamengo fechou um contrato de patro-cínio com a Gillete via 9ine, a empresa do ex-jogador Ro-naldo. Sem receber nenhum tostão, a Traffic fechou a tor-neira até que o contrato fosse finalmente assinado. Algo que ainda não aconteceu.

Ronaldinho e seu irmão Assis na chegada ao Flamengo

“Em campo o RoNaLdiNHo GaúcHo

aTé quE RENdEu. mas Em TERmos

dE maRKETiNG ELE Não TEm, NEm dE LoNGE, o mEsmo

apELo midiÁTico do FENômENo”

foi bem. Ganhou o campeonato carioca e se classificou para a Liber-tadores. Mas fora das quatro linhas, onde o marketing tinha todas as condições de triunfar e fazer rios de dinheiro, o que se viu foi um show de caneladas.“O Flamengo achou que tudo seria perfeito, que a contratação do Ro-naldinho seria suficiente para conse-guir um patrocinador rapidamente. Na época até falavam: ‘O maior do mundo, na maior torcida do mun-do’. “Acharam que era impossível dar errado. E nesse oba-oba o clube se esqueceu de pensar em um pro-jeto para um cenário mais compli-cado”, diz Erich Beting, fundador do site Máquina do Esporte e comen-tarista do canal BandSports.Segundo o jornalista, esse novo ce-nário surgiu no momento em que as empresas passaram a repensar a estratégia de investimento em esporte. Ele acredita que a menta-lidade do mercado está mudando, e por isso já não é fácil fechar um bom acordo hoje em dia.

NúMErOS DE rONALDINHO EM 2011

Torneios j v E D g Mg

campeonato carioca 13 8 5 0 4 0,31

copa do brasil 3 1 1 1 0 0

sul-americana 3 2 0 1 2 0,67

brasileirão 31 13 13 5 14 0,45

Total 50 24 19 7 20 0,4

Uma prova disso seria o fato de que São Paulo, Flamengo e outros clubes grandes ainda estão sem patrocinador master na camisa. O Palmeiras, que também começou a temporada sem, acertou com a Kia Motors na última terça-feira.“O Ronaldo, quando chegou no Corinthians, causou uma revolu-ção no marketing esportivo do Brasil. Ele levou vários patrocina-dores para o clube. Mas o Ronaldo é o Ronaldo, o Corinthians naquela época estava em um bom momen-to e tudo deu muito certo para to-dos. O Ronaldinho, além de não ter o mesmo apelo, chegou no Flamen-go nesse momento de mudança no

mercado”, completa Beting.Na opinião do empresário João Frigério, sócio da consultoria de marketing esportivo Arantes Fri-gério Paulo, com sede na Suíça, a questão do carisma foi outro fator importante na conturbada parce-ria Ronaldinho-Flamengo-Traffic. “O trabalho do departamento de marketing é muito importante, claro, mas outros fatores também pesam - como carisma ou o joga-dor render dentro do campo. Em campo o Ronaldinho Gaúcho até que rendeu. Mas em termos de marketing ele não tem, nem de longe, o mesmo apelo midiático do Fenômeno”, diz.

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coRiNTHiaNs08

corinthians e bragantino mosTRam ENTRosamENTo Nos basTidoREs

de oito contratados, apenas

dois dERam cERTo paRTida opõE iRmãosno jogo de domingo

Por Fernando badô

O Corinthians é um dos maiores fregueses do Bragantino, adversário

deste domingo, pelo campeonato paulista. Mas não exatamente no sentido figurado do futebol, mas pela grande quantidade de atletas que o alvinegro da Capital tem contratado do clube do interior nos últimos anos. Desde 2007, o Timão contratou oito jogadores do time de Bragan-ça Paulista, tornando o Parque São Jorge um dos principais destinos dos atletas que se destacam no Bragantino. Na época, o presiden-te do clube do interior, Marqui-

nho Chedid, confirmou o acordo comercial. “Fizemos uma parceria. Entre Corinthians e Bragantino está tudo resolvido”, disse, ao anunciar a venda de cinco jogadores: os za-gueiros Kadu e Zelão, o volante Mo-radei, o atacante Everton Santos e o goleiro Felipe. Nos anos seguintes, chegaram o atacante Bill – que de-pois de boa passagem pelo Coritiba foi reintegrado ao elenco corintiano – e o meia Paulinho, que hoje é uma das peças chave do esquema de Tite. (leia mais no texto abaixo). A mais recente contratação corin-tiana oriunda de Bragança é outro Felipe, o zagueiro de 22 anos, que ainda não estreou. “Ele é alto e muito rápido. Joga pelos dois la-dos”, avalia Chedid. O jogador foi contratado em novembro passado, e na época o dirigente deu a enten-der que a parceria entre os clubes continuava firme, e que outro ne-gócio estaria em andamento. “Mas prefiro não dizer o nome. É um meia-atacante”, disse. A promessa, contudo, não se concretizou.Mas não é só o Bragantino quem cede atletas. O goleiro Rafael San-tos, que havia retornado ao Parque São Jorge após ter defendido o Avaí na Séria A no Brasileirão-2011,

fez o caminho inverso e chegou a Bragança para disputar a camisa 1 que era do goleiro Gilvan, até en-tão o atleta mais antigo do clube do interior, que foi negociado com o Red Bull para a disputa da Série A-2 do Paulista. Em 2010, Rafael Santos era a maior aposta do técnico Mano Menezes, então no Corinthians, para o lugar de Felipe, que havia trocado o alvi-negro paulistano para jogar no fu-tebol português. Tanto que o atual treinador da Seleção Brasileira o es-calou como titular no clássico con-tra o São Paulo, em 29 de março de 2010, pela 17ª rodada do Paulistão daquele ano. Após um bom pri-meiro tempo, o Corinthians vencia por 3 a 1, mas Rafael Santos falhou duas vezes e permitiu o empate tricolor. O desastre só não foi maior porque o Corinthians ainda fez mais um e venceu por 4 a 3. No ano passado, outro jogador do Corinthians fez parte do elenco do Bragantino que por pouco não con-seguiu o acesso para a Série A do Brasileiro, o atacante Otacílio Neto. Mas a baixa média de gols (quatro em 21 jogos) levou o jogador de volta ao Parque São Jorge – já foi negociado com Paulista de Jundiaí.

A máxima de que quantidade não significa, necessariamente, qua-lidade, é perfeita para analisar as oito contratações de jogadores que o Corinthians fez junto ao Bragantino desde 2007. Apenas duas podem ser consideradas como bem sucedidas. Uma foi o goleiro Felipe, hoje no Flamengo. Foi um dos poucos poupados pela torcida na campanha que rebaixou o time à Série B. Depois, foi titular absoluto nos títulos da Série B, em 2008, e do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2009. Contudo, saiu do clube de modo tempestuoso. A outra é o volante Paulinho. Destaque do time em 2011, chegou a ser convocado pelo técnico Mano Menezes para a Seleção Brasi-leira e teve o nome cogitado como reforço de Milan e Roma. As outras contratações foram um fracasso. Os zagueiros Kadu e Zelão são os casos mais graves. O primeiro quase não teve oportunidades, e quando teve foi mal; o segundo foi pratica-mente expulso do clube pela torcida, acusado de ser baladeiro junto com o zagueiro Fabio Ferreira, hoje no Botafogo. O atacante Everton Santos fez apenas um gol em 35 jogos e, depois de passar sem destaque por Fluminense, Goiás e Ponte Preta, hoje defende o Seongnam, da Coreia do Sul. O volante Moradei fez parte do elenco campeão brasileiro, mas quase não jogou e ainda ficou de fora da partida decisiva, contra o Palmeiras, quando Tite preferiu improvisar o zagueiro Wallace na vaga do suspenso Ralf. Outro atacante, Bill, está de volta ao Corinthians, após ser des-taque pelo Coritiba em 2011, mas, aparentemente, terá que esperar muito por uma oportunidade.

adversários neste domingo, clubes tem se entendido nos bastidores e negociado grande quantidade de atletas entre si

O jogo deste fim de semana vai dividir a família Castán. De um lado o mais velho, Leandro, titular do Corinthians. Do outro, o caçula Luciano, recém-contra-tado pelo Bragantino, mas que não tem presença confirmada na partida.Leandro chegou ao Corinthians em 2010. Ainda reserva, teve algumas oportunidades impro-visado na lateral esquerda. Mas só se firmou mesmo na equipe após o capitão William encerrar a carreira e abrir a vaga ao lado de Chicão. Castán correspon-deu, mostrou segurança na campanha do pentacampeona-to e hoje é titular absoluto. Luciano também é zagueiro. Teve uma passagem apagada pelo Santos em 2010. Foi para a Ponte Preta e também não vin-gou. Acabou negociado com o Paraná Clube, onde, finalmente, conseguiu ter uma sequencia de partidas durante a Série B.

Ser zagueiro parece algo de san-gue para a família. O pai dos dois também atuou como beque do XV de Jaú entre os anos 80 e 90. “O pessoal que o viu jogando me fala que ele chegava junto”, afirma Leandro Castán.

Titular absoluto, Paulinho foi contratado depois de brilhar no Bragantino

Vindo do Bragantino, Bill tenta se firmar Leandro Castán: família dividida

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são pauLo 09Por Wagner euFrosino

São Paulo e Ponte Preta serão adversários na quinta rodada do Campeonato Paulista. E é

bom o torcedor tricolor ficar de olho nos destaques do oponen-te. Não é de hoje que o clube do Morumbi busca matéria-prima na Macaca para transformar em gran-des jogadores. Um dos primeiros a deixar Campinas foi o então lateral--direito Nelsinho Baptista, que hoje é treinador e coleciona títulos por clubes do Brasil e também do Japão.Mas um dos primeiros a se tornar ídolo da torcida são-paulina foi o go-leiro Waldir Peres. Revelado na Pon-te Preta, o camisa 1 ficou por onze anos no Tricolor, conquistou quatro títulos, sendo o mais importante o Campeonato Brasileiro de 1977. O goleiro Denis tem tudo para se-guir os passos de Waldir Peres e se tornar um dos grandes jogadores do São Paulo. Contratado junto a Ponte Preta em 2009, Denis faz questão de ressaltar sua época na Macaca.“Comecei lá, fui desde o infantil até o profissional. Foram sete anos aprendendo, crescendo e até hoje tenho muito agradecer a eles. Te-nho um carinho muito grande pelo clube e pelo estádio”, disse o goleiro que foi vice-campeão paulista em 2008, com o time de Campinas.A experiência adquirida nesses anos na Ponte Preta reflete até os dias de hoje para o goleiro Denis. “Na época em que jogava lá, eu sempre dizia que quem jogava na Ponte com a pressão da torcida que tem lá, poderia jogar qualquer clube. Tem essa coincidência dos jo-gadores que saíram de lá e fizeram história no São Paulo. Eu pretendo seguir essa mesma linha e fazer a minha história aqui”, afirmou Denis. Com a grave lesão que Rogério Ceni teve no ombro no início des-ta temporada, Denis já começou o desafio de substituir o principal ídolo do Tricolor e com isso se tor-nar o herdeiro da camisa nª. 1.“Se hoje estou aqui no São Paulo

e defendo as cores desse clube foi graças a Ponte Preta”, disse o goleiro.Nascido na cidade de Campinas e fanático torcedor da Ponte Preta quando era garoto, Luis Fabiano guarda um carinho muito grande pelo clube em que ele começou na carreira, ao ponto de declarar que fazer gol na Macaca era como “ba-ter na mãe”.Apesar de todo esse amor declarado pelo time de Campinas, o atacante “não perdoou a na mãe” em sua primeira passagem pelo São Paulo. Em cinco jogos disputados contra a Ponte Preta, Luis Fabiano marcou cin-co gols, sendo quatro em confrontos pelo Campeonato Brasileiro e um pelo Campeonato Paulista.Além de atacante e goleiro, o São Paulo também já trouxe da Ponte Preta zagueiros para reforçar sua equipe e um deles foi Oscar, que virou um dos melhores da posição em toda a história do clube.Vice-campeão paulista pela Maca-ca em 1977 e 1979, Oscar chegou ao São Paulo com um carreira consolidada e já era o zagueiro da Seleção Brasileira. Mas foi no Trico-lor que conquistou seu principais títulos na carreira. Em sete anos foi quatro vezes campeão Paulista e uma vez campeão Brasileiro.Discreto, calado, mas sempre de-terminado e apresentando um futebol de altonível, Mineiro se destacou na Ponte Preta e depois de uma rápida passagem pelo São Caetano, onde foi campeão paulis-ta, o volante chegou ao São Paulo.Permaneceu no Tricolor por duas temporadas e ganhou quase tudo que disputou. Em 2005, Mineiro foi campeão paulista, da Libertadores da América e Mundial, quando foi o autor do único gol da partida dis-putada contra o Liverpool. No ano seguinte conquistou o Campeona-to Brasileiro e chegou a disputar a Copa do Mundo da Alemanha em 2006, antes de se transferir para o futebol europeu.

A última derrota do São Paulo para a Ponte Preta em campe-onatos paulistas, na cidade de Campinas, aconteceu no dia 16 de janeiro de 1985. Na ocasião, o Tricolor perdeu para a Maca-

são paulo se dá bem com craques REVELados Na poNTE pRETano atual elenco tricolor, dois jogadores se Formaram na macaca, são eles: o atacante luis Fabiano e o goleiro denis

TRicoLoR susTENTa Tabu dE 26 aNos

Revelado pela Macaca, Denis quer seguir os passos de Waldir Peres, que foi ídolo no Morumbi

Time de Emerson Leão não perde da Ponte no Paulista desde 1985

ca por 2 a 0, mas mesmo assim se classificou para a semifinal da competição. Na decisão venceu a Portuguesa em dois jogos e foi campeão paulista daquele ano. Apesar disso, o Tricolor do Morum-

bi conquistou poucas vitórias desde então. Em 13 confrontos pelo Paulistão, nesse período, no estádio Moisés Lucarelli, o São Paulo venceu apenas três duelos e empatou 10 vezes, sendo qua-tro pelo placar de 0 a 0, quatro por 1 a 1 e duas por 2 a 2.O último duelo entre São Paulo e Ponte Preta, em Campinas foi no Paulistão de 2010. Na ocasião, o Tricolor venceu por 2 a 0, com dois gols de Washington. O ata-cante, que defendeu o São Paulo naquela temporada, também brilhou com a camisa da Ponte Preta e foi artilheiro do Paulista e da Copa do Brasil em 2001.Neste domingo, as duas equipes voltam a se enfrentar no estádio Moisés Lucarelli e resta saber se o tabu será mantido ou se a Ma-caca faz valer o seu mando de campo e voltar a vencer o ad-versário depois de tantos anos.

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cLÁssico10 Por joão henrique Pugliesi

o maior duelo entre saNTos x paLmEiRas em 1958, Peixe bateu o verdão Por 7 a 6 no Pacaembu Pelo torneio rio-são Paulo

O Pepe de hoje relembra com orgulho das façanhas obtidas na época de jogador

Lá se vão quase 54 anos e um jogo não sai da memória de José Macia, o Pepe. Santos 7 x

6 Palmeiras, válido pelo Torneio-Rio São Paulo, disputado no dia 6 de março de 1958, no estádio do Paca-embu. “Foi o jogo mais emocionan-te de toda a minha carreira. Duas viradas extraordinárias e eu marquei três gols, sendo um de pé direito e outro de cabeça, gols que eu rara-mente fazia. Na minha carreira toda, se fiz quatro gols de cabeça, foi mui-to”, comenta o Canhão da Vila.Descansando com sua esposa no sítio da família na cidade de Socorro (interior de São Paulo), Pepe recorre a seu caderno de anotações e co-meça a analisar: “Eram duas equipes fantásticas. A gente jogava e deixava o adversário jogar também. Era um futebol sem violência e com muita lealdade. O Palmeiras tinha cinco avantes e o Mazola teve uma atua-ção maravilhosa naquela noite.”Nos primeiros 45 minutos daquele memorável jogo, Pepe recorda que o Santos estava bem à vontade e, apesar do Palmeiras ter saído na frente no placar, com Urias, havia a certeza de que a reação era ques-tão de tempo. Logo virou com gols de Pelé e Pa-

Pelé fez apenas um gol no clássico de 1958

gão. O Palmeiras ainda empatou de novo com Nardo. Mas depois Dorval, Pepe e Pagão fecharam o primeiro tempo: 5 a 2 para o Peixe. “No intervalo, o Ciro Costa, que era o nosso tesoureiro, já separava os pacotinhos com dinheiro para pagar o nosso bicho, que naquela época dependia da renda do jogo.”

O Palmeiras voltou arrasador para o segundo tempo. Paulinho, duas vezes Mazola e Urias deixaram o Palmeiras na frente do placar: 6 a 5, com 34 minutos de jogo da etapa final. “Realmente levamos um susto. A gente se perguntava o que estava acontecendo. Tínhamos que en-trar no jogo de novo. E para minha

FicHa TécNica

Santos. manga; hélvio e dalmo; fioti, ramiro (urubatão) e Zito; dorval, jair, pagão (afonsinho), pelé e pepe. técnico – lula.palmeiras. edgar (vítor); edson e dema; valdemar carabina, valdemar fiúme e formiga (maurinho); paulinho, nardo (caraballo), mazola, ivan e urias.Local. estádio municipal paulo machado de car-valho (pacaembu), em são paulo.Data. 06/03/1958, às 21h00árbitro. joão etzel filho (sp)renda. cr$ 1.676.995,00público. 43.068 pagantesgols. Primeiro tempo: urias, aos 18, pelé, aos 21, pagão, aos 25, nardo, aos 26, dorval, aos 32, pepe, aos 38, e pagão, aos 46. segundo tempo: paulinho, aos 16, mazola, aos 19 e aos 27, urias, aos 34, e pepe, aos 38 e 41

“Espetáculo Pirotécnico de Gols!” Esta foi a manchete do jornal A Gazeta Esportiva na noite de quin-ta-feira, dia 6 de março de 1958, retratando aquele memorável jogo, válido pelo Torneio Rio-São Paulo. Um clássico com 13 gols e que levou à loucura os 43.068 tor-cedores, que proporcionaram uma renda de CR$ 1.676.995,00.Um jogo para testar o coração dos torcedores e a imprensa na época noticiou que cinco torcedores não suportaram as fortes emoções,

vindo a falecer devido a infarto.O Santos, que era comandado por Lula, tinha Manga; Hélvio e Dalmo; Fioti, Ramiro e Zito; Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe. Já o Palmeiras, do técnico Osvaldo Brandão, foi a campo com Edgar; Edson e Dema; Valdemar Carabina, Valdemar Fi-úme e Formiga; Paulinho, Nardo, Mazola, Ivan e Urias.No intervalo, quando o Santos vencia por 5 a 2, a certeza da vitória tomava conta do vestiário do Pei-xe. Entre os palmeirenses, só triste-

za. O goleiro Edgar não parava de chorar, obrigando Osvaldo Bran-dão a sacá-lo do time para a entra-da de Vítor. Brandão mexe com os brios dos atletas que voltam para o segundo tempo com uma nova postura.Com o uruguaio Caraballo no lugar de Nardo, o Palmeiras foi pra cima e virou para 6 a 5. Mas o Santos, de Pelé, que naquele ano nascia para o futebol, também tinha Pepe, o Canhão da Vila, que fez dois gols e levou o Peixe à vitória.

jogo de 13 gols causou

ciNco moRTEs poR iNFaRTo

felicidade fiz os dois últimos gols e saímos com a vitória. Foi um jogo fantástico, inesquecível. Eu me senti o dono do mundo quando fiz esses dois últimos gols”, ressalta Pepe.O sempre bem humorado Pepe puxa na memória e nos traz um fato que ele mesmo considera engraçado, ocorrido horas depois daquele jogo. “Naquela época, o Santos não tinha ônibus para a de-legação. Então, quando jogávamos na Capital, pegávamos um carro particular, que poderia ser um táxi, sempre com quatro atletas dentro dele e seguíamos viagem. Depois daquele jogo, voltamos pra Baixa-da. Só que eu morava em São Vi-

cente. Já eram umas três da manhã e eu desci na Praça dos Andradas, em Santos, pra pegar um ônibus pra minha casa. Fiquei no fim da fila e consegui um lugarzinho no fun-do do ônibus. Daí veio um rapaz, já um pouco mamado e sentou ao meu lado. Ele me reconheceu: você não é o Pepe? Sim sou, res-pondi. Vocês não jogaram agora com o Palmeiras no Pacaembu? Sim, jogamos. E quanto foi o jogo? Ganhamos de 7 a 6, respondi. Pô, não tô de brincadeira, fala sério. Tomei umas a mais, mas não tô bêbado, 7 a 6, até parece! O rapaz não quis acreditar e virou para o lado para dormir.”

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saNTos x paLmEiRas, um clássico com poucas caras novas

Enquanto Muricy, por opção, manteve a base de 2011, Felipão tenta se virar com os poucos reforços que recebeu

Ganso, assim como Neymar, permanece na Vila Belmiro

O torcedor, que compare-cer ao estádio Eduardo José Farah, o Prudentão,

na cidade de Presidente Prudente, para acompanhar ao clássico en-tre Santos e Palmeiras, pela quinta rodada do Campeonato Paulista, verá duas equipes com pouquís-simas novidades em relação aos elencos que fecharam o ano de 2011. Mas qual seria a razão de dois times grandes do Estado não refor-çarem seus elencos?Pelo lado santista, a opção de man-ter a base e a análise de que o time não necessite de tantos reforços. Já a visão palmeirense talvez seja oposta, pois o time precisa de reforços, mas não tem os encon-trado, pelo menos opções que se encaixem à realidade financeira em que o clube se encontra.Muricy Ramalho tem a base que em 2011 conquistou os títulos pau-lista e sul-americano e que dispu-tou o Mundial de Clubes. Perdeu apenas Danilo, que foi para o Porto, de Portugal, mas em compensação trouxe Jorge Fucile, lateral titular da seleção uruguaia.

Já a diretoria palmeirense foi às compras, mas se deparou com uma dura realidade. Sem dinheiro em caixa, foi em busca do bom e barato, apesar do técnico Luiz Felipe Scolari vir a público pedir “camarões”.Mas camarão está caro e vieram outros pratos, digamos menos so-fisticados, para a mesa do técnico palmeirense. O lateral esquerdo Ju-ninho, que fez um bom Campeona-to Brasileiro no ano passado, defen-dendo o Figueirense, o meia Daniel Carvalho, que estava no Atlético Mi-neiro, o zagueiro paraguaio Adalber-to Román, que veio do River Plate, da Argentina, o atacante argentino Hernan Barcos, ex-LDU, do Equador, e, por último, o lateral direito Artur, que estava no São Caetano.O Santos, por sua vez, se empe-

enquanto o Peixe se emPenha Para manter suas estrelas, verdão encontra diFiculdades Para se reForçar

REpETiR iNício dE 2011, este é o objetivo do santos no ano do centenário

Palmeiras PreocuPado como JEJum dE TíTuLos

O início de 2011 foi excelente para o Santos, conquistando o bicampeonato paulista e o ter-ceiro título na Taça Libertadores da América. Baseando-se no co-meço do último ano, o torcedor santista mantém a esperança no time atual, que sofreu pouquíssi-mas alterações. Este ano é espe-cial para o clube. No próximo dia 14 de abril, o Santos completa 100 anos de fundação. As permanências de Paulo Hen-rique Ganso e, principalmente, Neymar foram frutos de uma enorme estratégia montada pela diretoria. Mas isso não significa que o técnico Muricy Ramalho não será atendido em suas reivindicações. “A diretoria tem se esforçado. Sei disso. Mas o jogador tem um preço. Quan-do o Santos se interessa, o preço já é outro, bem mais caro. Mas isso não quer dizer que deixare-mos de reforçar o time. Além do mais, a base é a mesma e isso já ajuda”, analisa o técnico santista.Como o time de Vila Belmiro saiu de férias mais tarde, em razão do jogo do dia 18 de de-zembro, diante do Barcelona, pela final do Mundial de Clu-bes, a comissão técnica decidiu fazer experiências no início do Campeonato Paulista. Nos três primeiros jogos, enquanto os titulares treinavam apenas fisi-camente na Vila Belmiro, os re-servas foram a campo nos em-

pates com o XV de Piracicaba e o Paulista e na vitória diante do São Caetano.Muricy deu uma força para os mais jovens, ficando fora do co-mando do time só no jogo de estreia com o XV, em Piracica-ba. “Todos tiveram a chance de mostrar futebol. Uns vão ficar e outros não. No futebol, isso é muito simples. Quem vai bem, é mantido. Quem não vai, continua treinando. De uma maneira geral, eu fi-quei satisfeito com o que vi”.

A última vez que um capitão do Palmeiras levou uma taça foi há quatro anos, quando conquistou o Campeonato Paulista de 2008. O time era comandado por Van-derlei Luxemburgo e a decisão foi contra a Ponte Preta.O título veio com uma goleada por 5 a 0, com três gols de Alex Mineiro, um de Valdívia e um con-tra de Ricardo Conceição. Esta-vam em campo naquela tarde do-mingo: Marcos (Diego Cavalieri); Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Pierre, Martinez, Die-go Souza e Valdívia; Alex Mineiro

(Lenny) e Kleber (Denílson).Do time que proporcionou o úl-timo momento de alegria para o torcedor palmeirense somente o zagueiro Henrique, que foi para a Espanha, comprado pelo Barcelona, e retornou ano passado ao clube, e o meia Valdívia fazem parte do atual plantel. Muitas mudanças em tão pouco tempo justificam a instabili-dade nos últimos anos, culminando com o fracasso nos campeonatos.Em relação à equipe atual, os co-mandados por Felipão ainda depen-dem das jogadas de bola parada do meio-campista Marcos Assunção,

ora em cobranças de faltas diretas ao gol, ora em cobranças de escan-teios, aproveitando a estatura ele-vada de seus zagueiros e atacantes. Esta arma tem surtido efeito neste início de Campeonato Paulista.Superar a falta de técnica com raça parece que será o discurso oficial neste início de temporada. Felipão se desdobra pra montar o melhor time. “Eu tenho que trabalhar com aquilo que a diretoria me dá. Vamos em frente e enfrentaremos os ad-versários de igual pra igual. Quando não tivermos técnica, a raça entra em campo”, avalia Felipão.

nhou em manter suas estrelas. A intenção do presidente é fechar com o meia Zé Roberto no mês de maio, quando acaba o contrato do jogador com o Al Gharafa, do Catar. Atualmente com 37 anos, Zé Roberto teve uma boa passagem pelo Peixe, onde foi campeão pau-lista em 2007.Por enquanto Santos e Palmeiras se viram com o que têm. O torce-dor do Palmeiras sofre mais com este elenco de poucas estrelas e o santista aposta que o ano do Cen-tenário será tão glorioso quanto o ano que passou e, quem sabe, em dezembro, possa acompanhar uma revanche com o todo pode-roso Barcelona, caso este venha conquistar novamente a Liga dos Campeões da Europa.

Valdivia é um dos poucos remanescentes do time de 2008

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