edição de fevereiro 2012

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Magazine ONLINE | Fevereiro 2012 Ano 1 | Número 7 | DIRECTORA: Elsa Lopes www.simagazine.net Estranheza do Amor pags. 4 a 6 Jantar Afrodisíaco para dois págs. 8 e 9

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Edição de Fevereiro 2012; Ano 1; Número 7

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Page 1: Edição de Fevereiro 2012

Magazine ONLINE | Fevereiro 2012Ano 1 | Número 7 | DIRECTORA: Elsa Lopes

Amor & Fantasia

www.simagazine.net

Estranheza do Amor pags. 4 a 6

Jantar Afrodisíaco para dois págs. 8 e 9

Page 2: Edição de Fevereiro 2012

Editorial

Por: Elsa Lopes Directora

Ficha técnicaProprietária/Editora

CronicaSoltas Unipessoal, LDASede: Av. 25 de Abril, loja 2, 1º Andar3780-205 AnadiaNIPC: 509 500 340Natureza Jurídica: Sociedade por quotasCRC Coimbra sob o nº 509 500 340Capital Social: 5000€Detentora de 100% do capital -Elsa Lopes

DirectoraElsa [email protected]º de registo da ERC: 126049Depósito legal: 331576/11ISSN: 2182-2727Tiragem: 10 000 exemplaresPeriodicidade: Mensal

Serviço de Apoio ao [email protected]

Departamento [email protected]

O SIMagazine é o novo jornal on-line temático.

Aposta numa nova linha editorial, com um conteúdo dinâmico, informativo e intemporal.

Um formato criativo de jornal com um design de magazine que proporciona uma nova oferta junto dos leitores, com conteúdos valorativos, qualificativos e explicativos dos diversos assuntos de interesse público. O SIMagazine implementa, assim, uma nova forma de chegar até aos leitores, misturando criatividade, inovação e originalidade.

Queremos que o SIMagazine se torne dinâmico e que faça parte do dia-a-dia de cada leitor, de norte a sul do país. O jornal contará ainda com rubricas de espaço livre onde vários especialistas de cada área vão falar de casos actuais da sociedade, da região, do país e do mundo.

Faremos do SIMagazine um jornal activo, detentor da qualidade que os leitores merecem. Para tal, valorizaremos sempre a opinião de quem nos lê e qualquer pessoa pode e deve colaborar enviando sugestões, críticas e até conteúdos pertinentes.

Esperamos sinceramente que se

identifique com o SIMagazine

porque o nosso principal objectivo

é, agora e sempre, agradar a

todos.

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O poder transformador de uma Internet segura

A lógica da Internet como plataforma de rede social facilita às pessoas a oportunidade de se associarem a outros com quem partilhem interesses, encontrar novas fontes de informação e publicação de conteúdo e opinião. A de-nominada Web social disponibiliza recursos que permitem, a quem tem acesso à tecnologia, a possibilidade de ter uma voz. Plataformas como Facebook, YouTube, Flickr e Twitter são uma «nova ágora», que combina o poder do capital humano e social com o potencial de comunicação global da Web social. As possibilidades existem, a rede tornou-se dinâmica e a velocidade é uma realidade. Mas a influência das novas tecnologias nas esferas pública e privada da sociedade provocou um intenso processo de inclusão e exclusão de pessoas, da mesma maneira que criou um fosso entre gerações.“Aproximar Gerações” é o tema do Dia da Internet Segura 2012, que se comemora no dia 7 de fevereiro. A iniciativa é promovida pela INSAFE, uma rede europeia de projetos de cooperação que visam fomentar a sensibilização e a consciencialização para a necessidade de se fazer uma utilização segura da Internet. O objetivo deste ano é incen-tivar à utilização da Internet e das Tecnologias da Informação (TIC) coletivamente, num contexto de promoção de sociedades infoincluídas e essencialmente infoesclarecidas. Neste sentido, foram traçadas metas como sensibilizar os jovens para a convivência segura na Internet, mobilizar os adultos para a utilização das TIC e incentivar as famí-lias a trabalhar em conjunto na descoberta segura do mundo digital.

O slogan da iniciativa de 2012 é “Descobrir o mundo digital em conjunto... e em segurança” é uma resposta mais do que necessária num momento em que, nas sociedades infoincluídas, as gerações estão desencon-tradas digitalmente e a segurança necessita de mais do que meros antivírus. É importante relembrar que o movimento da Cibercultura, que nasceu com o ci-berespaço, conheceu amplas evoluções com o desen-volvimento das aplicações na (e em) rede e introduziu uma nova forma de cultura. Mas é importante com-preender que não se trata de uma sub-cultura ou de uma cultura de tribos. Pelo contrário. E, neste sentido, é urgente compreender as dimensões socioculturais, económicas e políticas da Internet. A Cibercultura é uma nova dinâmica sociocultural e política da rede, que promove uma reformulação das relações sociais e a criação de comunidades em ambientes virtuais, ao mesmo tempo que potencia a emergência de novos comportamentos. Atualmente, os perigos da Internet estão centrados no anonimato que a rede potencia e na iliteracia digital que a maioria dos utilizadores reve-la. Estar seguro na Internet não significa apenas não falar com estranhos em chats ou não colocar dados pessoais online. Utilizar a rede em segurança implica compreender que os perigos do mundo real estão também no online, mas maximizados pelo anonimato do ecrã de computador. Se olhamos para os dois lados antes de atravessar uma passadeira, temos de pensar duas vezes antes de proceder a qualquer ação na Internet. As recomendações passam sempre pela utilização de software de proteção, cuidado no contacto com estranhos e na publicação de conteúdos, verificação da segurança dos espaços de compras e de downloads, entre outros. Mas essencialmente pelo bom senso. E é urgente dotar as sociedades infoincluídas de uma literacia digital que torne as suas navegações seguras.Pierre Lévy tem vindo a defender na sua obra que a televisão e a Internet são duas ferramentas de comunicação que estão a modificar a Humanidade. Neste novo contexto tecnológico, as relações com o saber e o conhecimento modificaram-se, em particular no que diz respeito à Educação e à Democracia. Da mesma forma, verificam-se mu-tações nas relações sociais e na ligação entre o cidadão e o mundo urbano, as desigualdades e os problemas de exclusão sociais. O comportamento das gerações mais novas está a ser, progressivamente e com a introdução da técnica no contexto escolar e quotidiano, alterado pelas novas tecnologias e a rede cibernética. Efetivamente, a Internet pode ser transformadora. Porquanto a sua utilização for segura, obviamente.

por: Inês Amaral Docente no Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra

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Texto: Cláudia Oliveira [email protected]

Imagem: Gonçalo Ermida e Cláudia Oliveira

Filmado inteiramente no Japão, O amor é um lugar estranho é um filme realizado por Sofia Coppola, filha do ás do cinema

norte-americano Francis Ford Coppola, que retrata os meandros e as surpresas desse tão badalado mas incompreendido sentimento que é o amor. Curiosa coincidência, ou talvez não, o filme não se encaixa num só género cinematográfico e, à semelhança do sentimento que lhe dá nome, deambula precisamente entre a comédia e o drama. Afinal, não será o amor um sentimento que nos arranca gargalhadas e que nos desilude de quando em vez? Ou será, ao contrário, uma dramática de-pendência de alguém que achamos não o sentir tanto quanto nós e cujo sorriso esporádico na nossa direcção nos faz gelar de felicidade?

Susete Almeida tem 32 anos, é empregada fabril e aos 16 anos apaixonou-se e começou a namorar com aquele que é, ainda hoje, seu namorado. O que mais a fascinou nele foi a rebeldia e 16 anos passados, continuam a morar em casas separadas porque, segun-do ela, é impensável irem morar juntos sem casarem. Para quando o casamento? «Talvez daqui a uns anos», refere Susete. Já Daniel Sil-va, o seu namorado, costuma dizer a quem lhe pergunta que «é prò ano» mas como não diz a que ano se refere, todos os anos responde o mesmo. Daniel é um ano mais velho do que a namorada e é con-strutor civil. Quando conheceu a Susete, ficou fascinado porque «fisi-camente era perfeita» e hoje, 16 anos depois, considera-a a mulher da sua vida e define-a como alguém que «gosta de tudo à sua maneira».

«Não existem relações perfeitas nem receitas mila-grosas e o que resulta com um casal não irá necessaria-mente funcionar com outro»

Não são raras as vezes em que assistimos a namoros de muitos anos que culminam num casamento que dura poucos meses. Na per-spectiva de Sofia Vieira, psicóloga da Educação, Desenvolvimento e Aconselhamento, isto acontece em casos em que o problema tem ori-gem na infância. «Na nossa sociedade as crianças são cada vez mais so-breprotegidas, não têm de lutar nem trabalhar por nada porque de uma forma ou de outra recebem aquilo que querem e, quando expostas a um problema, não são capazes de o resolver de forma assertiva. Como é que isto se aplica ao casamento? É simples. Uma vida em comum exige dedicação, investimento emocional, gestão da frustração, capacidade para lidar eficazmente com a crise e muitos casais, quando confrontados com situações adversas, não têm estratégias funcionais que lhes permita reagir atempadamente. É então que surge o desapego emocional, o que conduz, inevitavelmente, ao divórcio», conta a psicóloga. Podemos concluir, portanto, que um longo namoro não tem de ter, necessari-amente, mais probabilidades de resultar num casamento falhado. Após 16 anos de namoro, «o facto de a Susete e o Daniel nunca terem ex-perienciado uma vida conjunta não significa que o choque seja fatal,

A estranheza do amorAs relações amorosas devem passar por vários estádios, fruto tam-bém da evolução de cada elemento do casal enquanto ser huma-no, com as suas características e ritmos diferenciados. Cada relação

tem, só por isto, particularidades que a diferenciam de qualquer outra, qual impressão digital.

basta que tenham noção que as adversidades irão surgir e que es-tejam prontos para as enfrentar e continuar a investir na relação» e, frisa ainda, que o casal deve ter sempre a noção de que «não ex-istem relações perfeitas nem receitas milagrosas e o que resul-ta com um casal não irá necessariamente funcionar com outro».

Curiosa é a explicação que a psicologia tem para o facto de a Susete se ter encantado pela rebeldia do Daniel: «a rebeldia é uma característica que atrai algumas mulheres porque imaginam que a relação com um bad boy terá uma certa adrenalina que as atrai e estimula e - não são raros os casos - algumas acreditam mesmo que poderão de alguma forma mudá-los e torná-los homens melhores», contudo, continua a psicóloga, «noutros casos pode também tratar-se de uma compensação narcísica, isto é, no caso de mulheres com um comportamento dito exemplar, estes homens poderão ser uma projecção daquilo que elas gostariam de ser»

Quanto à questão da recusa, por parte da Susete, da situa-ção de morar junto com o namorado antes da celebração do casa-mento, a psicóloga Sofia Vieira acredita que pode ser o reflexo da sua educação. Poderia gerar-se uma divergência se «um dos membros do casal possuísse uma opinião diferente mas se es-tiverem em sintonia não há razões para preocupação», conclui.

Numa sociedade cada vez mais focada no aspecto físico, a ado-lescência é muito provavelmente a etapa da vida em que essa preo-cupação se intensifica mais: o adolescente sente-se mais atraído por pessoas bonitas e, por sua vez, quer dar aos outros uma imagem de si próprio o mais próxima possível da perfeição, muitas vezes numa ten-tativa de imitação de alguém. O Daniel não foi excepção e, enquanto adolescente, a Susete despertou-lhe interesse primeiramente devido à sua fisionomia. Porém, com o passar do tempo e o atenuar da fase da paixão e deslumbre próprios do início de uma relação, é natural que se passe a valorizar também - assim se espera- a personalidade do com-panheiro e não apenas a sua aparência física. Sofia Vieira sublinha que «aquilo que se vê é importante mas não é substancial e, em 16 anos de namoro, a Susete sofreu certamente várias transformações corpo-rais e, apesar disso, o relacionamento perdura. Passa-se do gostar da-quilo que se vê para amar aquilo que o outro é». A prova disso é que quando se pede ao Daniel que defina a sua namorada, ele responde que é uma pessoa que «gosta de tudo à sua maneira». Ora, não sendo esta uma definição propriamente elogiosa, não pode significar mais do que a aceitação por parte do Daniel desta particularidade da Susete, com a qual aprendeu a lidar. «Esta adaptação ao outro é muitas vezes fundamental para que as relações prosperem», defende a psicóloga.

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«Passa-se do gostar da-quilo que se vê para amar aquilo que o outro é»

A Andreia e o João namoram há sete dias. Conheceram-se num jantar de amigos e como ficaram sentados ao lado um do outro foram trocando mensagens em guardanapos. A Andreia não tem a mínima dúvida de que um livro que retratasse este ainda curto namoro teria o título “Guardanapos : os melhores aliados no engate”. Ela tem 20 anos e ele mais cinco. Ela é estudante de educação e ele é psicólogo.

Nenhum dos dois é romântico e gostam disso. Quando o assunto é a aliança de namoro, a Andreia mostra bastante determinação: «não quero usar porque mais do que material a aliança deve ser intrínseca». A Andreia considera que o João é, «agora», o homem da sua vida e quando questionada sobre se ele corresponde física e psicologicamente ao homem que sempre idealizou ela responde: «Não, felizmente».

João admite que o que mais o fascinou na Andreia no dia em que a conheceu foi o facto de ela ser divertida e de «ao contrário das outras mul-heres presentes no jantar não ter recusado as batatas fritas e o ovo estrelado». Com o tempo tem descoberto que ela é «diferente, não será única mas é diferente» e diz ainda que já acreditou menos que ela é a mulher da sua vida.

O facto de a Andreia afirmar que o João não corresponde ao homem que idealizou poderá chocar a maioria dos leitores. Contudo, à luz da psicologia, a explicação é tranquilizadora: «Esta afirmação não deverá de todo ser entendida como um aspecto negativo. A Andreia teve relaciona-mentos anteriores que, muito provavelmente, foram bastante idealizados (como é comum na adolescência) mas que, mesmo assim, fracassaram. Com o tempo e o crescimento pessoal, passamos a dar importância a outro tipo de coisas e descobrimos que o ideal1 não é necessariamente melhor ou, até mesmo, que somos capazes de apreciar no outro car-acterísticas que até ao momento não valorizávamos», justifica a psicóloga.

Com apenas 7 dias de namoro, a Andreia afirma que conhece já 40% do que o João é. Esta afirmação leva-nos uma importante questão: que percentagem ou tempo de convivência define o “conhecer bem o outro” que o início de um compromisso sério como o namoro pres-supõe? Segundo Sofia Vieira «o casal vai descobrir-se à medida que fortalece laços, partilha particularidades do dia-a-dia, gera intimidade e também na forma como lida com os problemas que vão surgindo no quotidiano da relação e não é possível definir, propriamente, um tempo para que isso aconteça. Contudo, tem de haver algum conhecimento

prévio entre os elementos, nomeadamente no que diz respeito a características que apreciam, interesses que partilham, valores que de-fendem, perspetivas e objetivos de vida comuns. Um casal não tem de gostar das mesmas coisas mas se os gostos e interesses forem comple-tamente distintos ou apostos será difícil manter uma relação funcion-al». Já o João prefere não atribuir percentagens e afirma simplesmente que «se não a conhecesse minimamente não namorava com ela».

Actualmente, a crise tem sido o motivo para muitos casais de namorados não morarem juntos porque é mais económico manterem-se na casa dos pais. Casar faz parte dos planos de Susete e Daniel, mas reconhecem que a vida não lhes tem oferecido condições para que tal se concretize. Quando o Daniel responde constantemente a quem o questiona que casa «prò ano» (em tom de brincadeira), o que lhe passa pela cabeça – confessa - é que a verdadeira resposta deveria ser «quan-do houver condições». João, por sua vez, afirma que ir morar com a Andreia faz parte dos seus planos para daqui a uns tempos «quando es-tivermos mais estáveis economicamente, se algum dia viermos a estar».

Como é que se deve contornar, então, esta certeza de que é a altura certa para ir viver com o companheiro mas que economicamente é a altura mais errada para o fazer? A psicóloga responde: «O estado económico do país é delicado mas os casais também devem ter con-sciência que reunir as condições ideais para iniciar uma vida a dois será bastante difícil. É lógico que estas situações têm de ser debatidas en-tre ambos, exigem planeamento e a tomada de decisão deve ser pon-derada. No entanto, é nesta altura que o casal também tem de confiar na relação que construiu, na capacidade de diálogo e compreensão e na certeza de que, no meio de uma adversidade, são uma equipa e trabalham para atingir um objetivo comum: a felicidade de ambos».

Tratando-se de uma análise a dois casais de namorados, era inevitável não os confrontarmos com a tão temida palavra no seio dos relacionamentos: a traição! A Susete afirma que não perdoaria uma traição, mesmo que o namorado lhe explicasse que foi algo sem importância. O Daniel partilha da mesma opinião, «jamais per-doaria». Quanto ao casal mais recente, a Andreia responde com humor à questão: «Claro que não perdoaria uma traição. Tenho dois cromossomas X!». João fica-se pelo «Julgo que seria difícil».

Vejamos agora a explicação da psicologia para isto, sob a análise da psicóloga Sofia Vieira: «Para o elemento que traiu, a relação extraconjugal pode não ter tido importância mas para o outro assume o sentido exac-tamente oposto. A dificuldade em perdoar está intrinsecamente relacio-nada com a quebra de confiança e com o facto de a pessoa traída sentir que a relação não voltará a ser o que era, porque a situação até pode ser perdoada mas dificilmente será esquecida. Contudo, a experiência diz-me que apesar de manifestarem expressamente a incapacidade de perdoar uma traição, quando confrontadas com a situação em si, muitas pessoas repensam a sua posição. O João, por exemplo, afirma que julga que seria difícil perdoar uma traição mas não é tão peremptório como os outros na sua resposta». Será o reflexo da sua profissão (psicólogo)?

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As relações amorosas devem passar por vários estádios, fruto tam-bém da evolução de cada elemento do casal enquanto ser humano, com as suas características e ritmos diferenciados. Cada relação tem, só por isto, particularidades que a diferenciam de qualquer outra, qual impressão digital. É, portanto, um erro comparar relacionamentos. O que se pode fazer é analisá-los e tirar deles algumas conclusões - ajusta-das a cada relação - que possam ser úteis a outros relacionamentos.

A psicóloga Sofia Vieira analisou ao pormenor as entrevistas feitas a estes dois casais e concluiu que «é óbvio que o facto de o primeiro durar há 16 anos e o segundo há apenas 7 dias, detém uma forte in-fluência na visão que cada um possui da relação. No caso da Susete e do Daniel, este casal encontra-se na fase do compromisso que se ba-seia na edificação de uma relação sólida que contempla a aceitação do outro na sua plenitude, com virtudes mas também defeitos (ela recon-hece-lhe a teimosia e ele aponta o facto de ela gostar de mandar) mas com os quais aprenderam a lidar. A Andreia e o João apresentam uma visão mais contida da relação, o que é perfeitamente compreensível, já que se encontram numa etapa inicial, a fase do enamoramento. Nesta fase vários estudos referem que, a nível cerebral, verifica-se a libertação de grandes quantidades de endorfinas (que, a título de curiosidade, tende a diminuir com o evoluir da relação) responsáveis pelo estado de felicidade extrema, pelo sentimento de pertença e pela idealização apaixonada de uma vida a dois. Contudo, esta é também uma fase de incertezas, de não saber bem em que direção a relação poderá evoluir, pelo que ambos são mais comedidos nas expectativas futuras. A este propósito a Andreia afirma que por agora não fazem planos para casar/morar juntos e que não sabe se o João é o homem da sua vida («ag-ora é», diz ela), o que é natural devido à curta duração da relação».

A Susete recorda-se, com saudade, do quão romântico era o Daniel no início do namoro, embora reconheça que por vezes ele ainda a surpreende; Daniel diz que a Susete não é muito român-tica, mas ficou-lhe na memória um jantar surpresa que ela preparou para os dois. A teimosia dele parece conjugar-se na perfeição, há 16 anos, com a tendência dela para gostar de tudo à sua maneira.

A Andreia congratula-se por ter um namorado que não preenche os requisitos do homem que sempre idealizou e quanto ao romantismo,

«A paixão dura, em média, de 6 meses a 2 anos, se for correspondida e, depois, vira amor ou pesadelo»

diz que prefere nem imaginar como reagiria se ele lhe oferecesse «um daqueles ursinhos com um I Love You na barriga». O João tem a perfeita consciência que para fazer a namorada feliz não é preciso – nem con-vém- perder muito tempo a idealizar algo romântico: «A Andreia costuma dizer para a levar a comer uma bela carne de porco à alentejana quando lhe quiser fazer uma surpresa». O Daniel já tem, portanto, uma alterna-tiva ao ursinho de peluche. Ambos apontam a teimosia do outro como o principal defeito…presente em sete divertidos dias de compromisso.

A ginecologista Maria do Céu Santo diz que «a paixão dura, em mé-dia, de 6 meses a 2 anos, se for correspondida e, depois, vira amor ou pe-sadelo». Ora então o que é o amor senão algo, de facto, muito estranho?

1No dicionário, a própria definição de ideal corresponde a um con-junto imaginário de perfeições que não podem ter realização completa.

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Texto: Elsa LopesImagem: DR

É por máscaras e acessórios carnavalescos que estamos rodeados pelo país fora. A alegria está presente em todo o lado e nem com a crise se parou de sacudir a poeira ao som da música e do samba. As ruas estavam cheias de gente, as gentes que dão cor e alimentam a fantasia dos desfiles que por eles vão passando. A crise foi contornada pela alegria e na perspetiva de se viver um dia de sonhos e ilusões que dão a esta vida tão cinzenta um pedaço de cor.

Deixa a onda te levar, na pista, na rua, no ar. Deixa a música dizer como você vai dançar (música de Cláudia Leitte: “Máscaras”).

É ao som de Cláudia Leitte que chego e danço. E é de desfile em desfile que nos envolvemos com o mesmo entusiasmo com o que se chegou. A música chama por nós e deixa-nos emergir num mar de utopias das quais não queremos sair, pelo menos nesse instante.

O carnaval é isto mesmo, ter o poder de nos colocar noutra dimensão e fazer-nos esquecer por instantes da realidade.

De Norte a Sul o país está dentro do encantamento do Carnaval, período que se estende durante três dias…

Foi na Mealhada, no carnaval mais brasileiro de Portugal, que se sacudiu ao som da música e do samba. Deparei-me com uma multidão de pessoas com bancos e trouxas atrás para não perder pitada deste evento alegórico.

Ora, de facto, a menina da bilheteira confirmou o que já suspeitava: “este ano venderam-se mais bilhetes, sinceramente a crise não se notou”. Olhei em redor e um senhor meio que a resmungar do preço das entradas comentou “ainda dizem que há crise, só se for no meu bolso” e acabou por não comprar, alegando que era muito caro pois vinha com a família e eram 6 pessoas e que ao preço de 5€ por pessoa não podia pagar.

Este foi um de muitos casos certamente, mas que não influenciou a presença de milhares de pessoas neste cortejo, onde se misturou o samba com a sátira autenticamente portuguesa. A situação política actual esteve presente como mote das sátiras, suscitando algumas gargalhadas, assobios e declarações dos presentes.

E é com alegria, música e muita dança que temos de continuar, pois o carnaval pode ser o ano inteiro!

Levanta, sacode, balança, não pode parar. Se lança, se joga na dança, se deixa levar (refrão da música “ Máscaras” de Cláudia Leitte).

Era uma vez... num sonho encantadoFevereiro 2012 |www.simagazine.net | 7

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Jantar afrodisíaco para dois

No Dia de São Valentim o amor e a paixão propagam-se pelo ar e o cupido lança setas que deixam marcas de amor inesquecíveis. Este ano surpreenda a sua cara-metade e, se o or-çamento não permite grandes extravagâncias, temos a sugestão perfeita para si. Deixe-se levar pela imaginação e visualize o seguinte cenário: uma mesa posta para dois, a tolha branca, o seu serviço de mesa preferido, na argola de guardanapo uma mensagem de amor, duas velas acesas e pétalas de rosas em cima de mesa. A sala a meia-luz, quentinha e ao fundo uma gar-rafa de vinho e copos para os dois. O cenário está perfeito para namorar, recrie-o em sua casa

Entrada Gambas Carnais

Ingredientes:

750g de gambas frescas•

2 folhas de louro•

3 dentes de alho esmagado•

100g de manteiga•

200ml de cerveja branca•

Pimenta preta q.b.•

1 colher de sopa de especiarias a gosto•

Pitada sal•

Preparação:

Numa frigideira anti-aderente colocar o louro, o alho, a manteiga a pimenta e outras especiarias a gosto, pitada sal e levar ao lume. Colocar as gambas e a cerveja e deixar cozer durante 5 minutos em lume brando.

Juntar piri-piri a gosto....

O seu parceiro vai derreter-se nas suas mãos…

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e festeje o dia de forma especial, sem gastar muito. Para o menu sugerimos uma ementa saborosa e afrodisíaca.

Apesar de não haver provas científicas de que existam alimentos afrodisíacos, existem alimentos e bebidas que têm propriedades de aumentar a energia das nossas funções vitais e cuja influência directa na pulsação, na respiração, na temperatura corporal, na massa muscular e no aparelho genital leva que o todo o organismo obtenha mais energia e mais predisposição para o sexo.

Faça a lista de compras e mãos à obra.

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Prato principal Grelhado Afrodisíaco

SobremesaFondue de chocolate

Ingredientes:

100g de alho francês ou curgete•

400g de carne de javali/ porco/ cordeiro•

2 colher sopa de caldo de carne•

150g de espargos•

2 colher de sopa de molho de tomate•

4 colheres de sopa de cebola picada•

1 colher de sopa de sumo de limão•

1 colher de sopa de ervas a gosto ( salsa, coentros, etc.. )•

Preparação:

Cortar o alho francês em rodelas não muito finas.1.

Cortar em tiras a carne de javali/ porco/ cordeiro.2.

Lavar e cortar os espargos ao meio.3.

Colocar uma chapa de grelhados ao lume a aquecer.4.

Misturar a carne com todos os temperos e aguardar 5 minutos.5.

Colocar todos os ingredientes na chapa já quente e deixar grel-6. har virando a carne e os legumes de vez em quando.

Depois de grelhado, regar com manteiga derretida misturada 7. com sumo de limão ou se preferir com fio de azeite.

Ingredientes:

400g de chocolate para culinária•

200ml de natas•

3 colheres de sopa de conhaque•

Canela em pó a gosto•

Pão-de-ló a gosto•

Preparação:

Numa caçarola, colocar o chocolate para culinária partido aos 1. bocados e levar ao lume em banho-maria para derreter.

Aromatizar com o conhaque, juntar as natas e a canela e mis-2. turar.

Colocar o chocolate no recipiente para fondue e servir com 3. frutas: morangos, ananás, papaia, uva, banana, manga, e pedaços de pão-de-ló.

por: Carla CastreloNutricionista da Corporación Dermoestética

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Abrigo em cortiça: uma ideia portuguesa de sucesso

David Mares, arquitecto e português, foi o vencedor de um concurso promovido em 2009 pela Google e pelo Museu Guggenheim, em Nova Iorque, que visava a criação de um projecto em 3D de um abrigo (espaço para a habitação de uma única pessoa). O arquitecto arrecadou o primeiro lugar, graças ao seu ”CBS - Cork Block Shelter”, assim lhe chamou, um abrigo totalmente feito em cortiça. Este abrigo acabou por passar da dimensão virtual para a realidade e, hoje em dia, é produzido e comercializado pela Larus – uma prestigiada empresa de design e mobiliário urbano.

Descreva-nos, resumidamente, o seu percurso académico e, depois, enquanto arqui-tecto.

O meu percurso académico iniciou-se em 2001 na EESSD - Universidade Moderna de Setúbal - onde realizei a licenciatura pré-Bolonha em Arquitectura. Em Fevereiro de 2007 início o estágio curricular num atelier em Lisboa, onde também realizei no ano seguinte o estágio para a admissão à Ordem dos Arqui-tectos. Continuo nesse mesmo atelier enquanto arquitecto colaborador. Desde 2009 tenho vindo a desen-volver em paralelo alguns estudos e projectos enquanto arquitecto liberal.

Quando é que começou a ver a cortiça como uma matéria-prima com propriedades interessantes para trabalhar enquanto arquitecto?

Na verdade a descoberta da cortiça enquanto material plástico e de construção, deu-se ao participar no concurso “Design It: Shelter Competition 2009”, promovido pelo Guggenheim Museum e pela Google.Quando surgiu a necessidade de utilizar um material que garantisse alguns dos pressupostos do programa do concurso - um dos quais garantir o conforto (térmico) - e que fosse ecológico, a cortiça surgiu como uma boa aposta por ter estas características.

Antes de participar no concurso promovido pelo museu Guggenheim, já tinha pro-jectado outras construções que incluíssem a cortiça?

Não, nunca tinha utilizado cortiça anteriormente.

Como surgiu a ideia de fazer o abrigo em cortiça? Explique-nos em que consiste o projecto.

A utilização da cortiça resultou essencialmente como resposta ao programa e às condicionantes do lugar. Do programa, porque este definia a função do abrigo como um lugar de estudo e de descanso / para pernoitar, ou seja, havia a necessidade de criar um espaço confortável em termos de acústica. Das condicionantes do lugar, porque o local de implantação previsto apresenta um microclima que varia entre o calor seco do Verão e o frio húmido do Inverno, logo também havia a necessidade de um bom isola-

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mento térmico. Face a estas condicionantes, a cortiça surgiu como uma boa resposta além de ser um mate-rial extremamente ecológico. Em traços muito simples o projecto consiste numa caixa paralelepipédica de cortiça que tem relações visuais com a envolvente do lugar através da abertura de vãos, estes podem fechar e integrarem-se de forma a que o abrigo se torne num grande bloco monolítico fechado.

Qual foi a sensação de sair vencedor do concurso? Sentiu orgulho por poder elevar o nome de Portugal a este nível?

Quando fui um dos 10 finalistas senti logo um grande orgulho em ter o meu projecto reconhecido num universo de cerca de 600 participantes a nível mundial. Ao sair vencedor na categoria “People’s Prize”, não posso esconder que fiquei feliz, por mim e pela minha família, acho que foi um reconhecimento do meu trabalho.

Desde que me propus a entrar no concurso, tive uma premissa para comigo mesmo, integrar no pro-jecto algo que me desse identidade, que marcasse a minha origem, e a cortiça era sem dúvida um símbolo português. Logo, não por ser vencedor, mas por todo o reconhecimento que tive, desde a comunicação social, a amigos, colegas, ao reconhecimento da autarquia de Setúbal, à Presidência da República que me convidou a ser um dos 30 jovens a integrar o almoço comemorativo do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 2010, em Faro, todo esse reconhecimento deixou-me extremamente orgulhoso e motivado a querer fazer mais arquitectura.

Enquanto arquitecto, quais considera serem de facto as grandes mais-valias da cor-tiça?

Sem dúvida que por ser um material com boas características de isolamento térmico e acústico, de boa impermeabilidade e grande resistência ao fogo, além de ser extremamente ecológico, o que supera em muito produtos com os mesmos fins (como por exemplo o poliestireno extrudido). É também uma mais-valia da cortiça a sua qualidade estética. Mas, de realçar o facto de ser ecológica e mesmo sob o efeito das chamas não se tornar poluente (não liberta gases nocivos).

Pelas propriedades únicas que tem, porque acha que a cortiça não é mais utilizada na

construção? Penso que o custo associado à cortiça seja o factor que mais influencia.

Prevê que num futuro próximo venha a ser mais utilizada?Nos últimos 2 ou 3 anos a utilização da cortiça tem vindo a aumentar exponencialmente, penso que

resultado de começar a existir uma consciência ambiental maior no sector da construção, de arquitectos, designers e técnicos encontrarem novas aplicações e também pelo investimento comercial que se tem feito em torno da cortiça, como por exemplo o pavilhão de Portugal na Expo Xangai 2010 ser completamente revestido a cortiça, expusemos assim um material nacional na maior montra do mundo.

Depois de vencer o concurso, concretizou ou tem em vista a concretização de algum projecto feito com cortiça?

O CBS | Cork Block Shelter foi finalmente concretizado, como sabe aquando do concurso o abrigo era meramente virtual, e actualmente, ele é produzido e comercializado pela prestigiada empresa de design e mobiliário urbano Larus. De momento, estou a concorrer a um concurso no âmbito da reabilitação e soluções de eficiência energética e sustentabilidade, onde exploro a cortiça noutras vertentes.

DR

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por: Sofia Vieira Psicóloga da Educação, Desenvolvimento e Aconselhamento

No que diz respeito à Economia, já muito foi dito sobre a forma como reduzir gastos e equilibrar o or-çamento familiar, mas a verdade é que nem só de euros vive o Homem. Então e como podemos lidar com situações de desalento, de total descrédito e esperança no futuro perante a situação económica atual? A Psi-cologia, mais recentemente a Psicologia Positiva, pode assumir aqui um papel fundamental e emergir como uma aliada no combate à crise uma vez que a sua principal arma de luta é o otimismo. Assim sen-do, o enfoque deixa de ser colocado nas fragilidades do indíviduo (como acontece na Psicologia Clínica) e passamos a explorar as suas forças, ou seja, são as caraterísticas positivas de cada pessoa que serão mo-bilizadas para a resolução dos problemas, que irá conduzir à mudança e ao desenvolvimento pessoal.

Em termos empíricos, as investigações indigitam para o facto de que uma pessoa otimista apresenta proces-sos cognitivos mais eficazes, flexíveis e inovadores (não foi em épocas de profundas crises que surgiram as ideias mais originais e empreendedoras?!) e que conduzem a condutas mais adaptativas quando confrontadas com situações adversas. Neste sentido, as dificuldades acabam por constituir oportunidades de crescimento pessoal, dotando as pessoas de competências e de recursos sócioemocionais que contribuem também para a melhoria da sua autoconfiança. É, portanto, facilmente dedutível compreender que pessoas mais confiantes estão emocionalmente mais disponíveis, relacionam-se mais com os outros, apresentam níveis mais elevados de motivação, estudam e trabalham melhor, conduzindo ao experienciar de sentimentos positivos como a satisfação, a alegria, a esperança e a felicidade. Estas emoções estão diretamente associadas à promoção do bem estar psi-cológico e a uma melhoria da saúde física que, contrariamente ao que muitos julgam, é fortemente afetada por pensamentos negativos ou pessimistas. Aliás, são vários os estudos que associam o pessimismo a uma pior respos-ta do sistema imunitário a infeções/doenças, ao aumento dos níveis de stresse e à maior manifestação de queixas somáticas (o que se verifica, por exemplo, em pessoas que apresentam sintomatologia depressiva). Por outro lado, o otimismo e o experienciar de sentimentos positivos relacionam-se com a perceção de uma boa qualidade de vida, no sentido em que estas pessoas manifestam menor incidência de problemas de saúde física ou do foro mental, encontrando-se inseridos em redes sociais que lhes fornecem o apoio emocional que necessitam, estão mais motivados para a ação e apresentam resultados escolares superiores e/ou melhores desempenhos laborais. Outra característica dos otimistas é a capacidade de relativizar as adversidades, encarando-as como situações temporárias (e não como sentenças de morte), o que lhes permite mobilizar mais facilmente os recursos mentais e as estruturas necessárias para superar as dificuldades. Esta competência é identificada como um processo psicológico denominado resiliência e traduz-se na capacidade para encarar a vida de uma outra perspetiva, descentrando-se da calamidade em si, e sendo capaz de identificar aspetos positivos da sua vivência, bem como delinear estratégias que permitam lidar com a tragédia, o caos ou stresse de uma forma mais assertiva.

Nesta lógica, a minha sugestão para o ano de 2012, é que mesmo sendo um ano de dificuldades, o en-caremos como uma fase transitória, de desafios e provações persistentes mas que, no final, nos irá transformar em seres mais capazes (uma forma de seleção natural em que sobrevivem os mais adaptados ao meio), com mais força e vontade de superação e com competências para gerir qualquer adversidade vindoura. Em jeito de conclusão, e não esquecendo nunca o otimismo, interiorizem a sublime expressão inglesa “think happy thoughts” porque, efetivamente, pensamentos otimistas atraem pessoas, momentos e sentimen-tos positivos. É que, ao contrário do carnaval, a vida não são três dias e, mesmo em crise, ser feliz não custa!

Desde o Dia de S. Valentim à época carnavalesca, o mês de fevereiro será, muito provavelmente, um dos meses mais propícios a emoções positivas. Contudo,

2012 avizinha-se um ano de grandes incógnitas, receios e retraimento devido à instabili-dade e crise financeira em que submergiu o País. Na verdade a palavra “crise” despoleta em mim sentimentos pouco aprazíveis (quase como uma espécie de reflexo condicionado) e, facilmente reconheço que a situação em que nos encontramos detém um forte impac-to no bem estar psicológico e na qualidade de vida das pessoas com que me relaciono.

OtIMISMO E CrISE: porque ser feliz não tem de

custar milhões

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Fotos vencedoras do concurso SIMagens: Sentido de Amor

Estas foram as fotografias vencedoras do passatempo SIMagens “Sentido de Amor” que o SIMagazine promoveu de 1 a 14 de Fever-eiro! A todos os participantes o nosso obrigado, mas apenas três pud-eram fazer parte deste espaço que visa mostrar o melhor do sentido de amor...

1º Lugar: “Contornos de sentimento”Anabela Pimenta - Albufeira

2º Lugar: “100-Amor”Diogo Ferreira - Leiria

3º Lugar: “Apaixona-me”Mariana Lima - Anadia

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