festas e solenidades de nossa senhora

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1 FESTAS E SOLENIDADES DE NOSSA SENHORA

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FESTAS E SOLENIDADES DE NOSSA SENHORA

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Mês Festa ou Solenidade

SETEMBRO 2016

8 – Natividade da Virgem Santa Maria (Festa) 12 – Santíssimo Nome de Maria 15 – Nossa Senhora das Dores (Memória)

OUTUBRO 2016 7 – Nossa Senhora do Rosário (Memória)

NOVEMBRO 2016 21 – Apresentação da Virgem Santa Maria (Memória)

DEZEMBRO 2016 8 – Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria (Solenidade)

JANEIRO 2017 1 – Santa Maria Mãe de Deus (Solenidade)

FEVEREIRO 2017 2 – Festa da Apresentação do Senhor (Senhora das Candeias) 11 – Nossa Senhora de Lurdes

MARÇO 2017 25 – Anunciação do Senhor (Solenidade)

ABRIL 2017 24 – [1]

Nossa Senhora da Alegria

MAIO 2017 13 – Nossa Senhora de Fátima (Festa) 31 – Visitação de Nossa Senhora (Festa)

JUNHO 2017 24 – [2]

Imaculado Coração da Virgem Santa Maria (Memória)

JULHO 2017 16 – Nossa Senhora do Carmo

AGOSTO 2017 15 – Assunção da Virgem Santa Maria (Solenidade) 22 – Virgem Santa Maria, Rainha (Memória)

[1] - Segunda-feira da Semana II da Páscoa (data em 2017 – 24 de Abril)

https://pt.zenit.org/articles/nossa-senhora-dos-prazeres-ou-das-alegrias/

[2] - Sábado depois do segundo domingo depois de Pentecostes (data em 2017 – 24 de

Junho)

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APRESENTAÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA (MEMÓRIA)

21.NOVEMBRO.2016

Neste dia da dedicação (ano 543) da igreja de Santa Maria a Nova, construída perto do templo de Jerusalém, celebramos, juntamente com os cristãos da Igreja Oriental, a «dedicação» que Maria fez de Si mesma a Deus, já desde a infância, movida pelo Espírito Santo, que a encheu de graça desde a sua Imaculada Conceição. (Liturgia das horas)

Foram silenciados, como a sua humildade, os anos de infância de Maria Santíssima. A Sagrada Escritura nada nos diz. Os cristãos, no entanto, desejavam conhecer com mais detalhe a vida de Maria. Era uma aspiração legítima. E como os evangelhos guardam silêncio até ao momento da Anunciação, a piedade popular, inspirada em várias passagens do Antigo e do Novo Testamento, depressa elaborou algumas narrações simples que depois seriam recolhidas na arte, na poesia e na espiritualidade cristã.

Um destes episódios, porventura o mais representativo, é o da Apresentação da Virgem. Maria é oferecida a Deus pelos seus pais, Joaquim e Ana, no Templo de Jerusalém. O mesmo que fez outra Ana, mãe do profeta Samuel, que ofereceu o seu filho para o serviço de Deus no tabernáculo onde se manifestava a sua glória (cfr. 1 Sam 1, 21-28). De igual modo, anos depois, Maria e José levariam Jesus recém-nascido ao Templo para o apresentar ao Senhor (cfr. Lc 2, 22-38).

Em rigor, não há uma história destes anos da Virgem, senão a que a tradição nos foi transmitindo. O primeiro texto escrito que refere este episódio — dele dependem numerosos testemunhos da tradição posterior — é o Proto-evangelho de São Tiago, um escrito apócrifo do século II.

Apócrifo significa que não pertence ao cânon dos livros inspirados por Deus; mas este facto não exclui que alguns desses relatos tenham certos elementos verdadeiros. Com efeito, despojado dos detalhes possivelmente lendários, a Igreja incluiu este episódio na liturgia: primeiro em Jerusalém, onde em 543 a Basílica de Santa Maria Nova foi dedicada em memória da Apresentação e no século XIV quando, a festa passou para o Ocidente e a sua comemoração litúrgica se fixou no dia 21 de Novembro.

Maria no Templo. Toda a sua beleza e graça — estava cheia de formosura na alma e no corpo — eram para o Senhor. É este o conteúdo teológico da festa da Apresentação da Virgem. E neste sentido a liturgia aplica-lhe algumas frases dos livros sagrados: exerci diante dele o meu ministério no tabernáculo santo e assim me estabeleci em Sião. Na cidade amada Ele me fez repousar e em Jerusalém

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está o meu poder. Deitei raízes no meio de um povo glorioso, na porção do Senhor, no meio da sua herança. (Sir 24, 10-12)

Do mesmo modo, quando Jesus foi apresentado no Templo, Maria continuaria a viver uma vida normal com Joaquim e Ana. Onde Ela estava — submetida aos pais, crescendo até se fazer mulher — ali estava a cheia de graça ( Lc 1, 28), com o coração disponível para um serviço completo a Deus e a todos os homens, por amor a Deus.

A Virgem foi amadurecendo diante de Deus e diante dos homens. Ninguém notou nada de extraordinário no seu comportamento, ainda que, sem dúvida, cativaria as pessoas à sua volta, porque a santidade atrai sempre e mais ainda no caso da Toda Santa. Era uma donzela sorridente, trabalhadora, sempre metida em Deus e ao seu lado todos se sentiam bem. Nos seus momentos de oração, como boa conhecedora da Sagrada Escritura, revia, uma vez e outra, as profecias que anunciavam o advento do Salvador. Fá-las-ia vida da sua vida, objecto da sua reflexão, motivo das suas conversas. Essa riqueza interior transbordaria depois no Magnificat , o esplêndido hino que pronunciou ao ouvir a saudação da sua prima Isabel.

Tudo na Virgem Maria estava orientado para a Santíssima Humanidade de Jesus Cristo, o verdadeiro Templo de Deus. A festa da sua Apresentação exprime essa pertença exclusiva de Nossa Senhora a Deus, a completa dedicação da sua alma e do seu corpo ao mistério da salvação, que é o mistério da aproximação do Criador à criatura.

Elevei-me qual cedro do Líbano, como cipreste nos montes do Hermon. Cresci como a palmeira de En-Guédi, como as roseiras de Jericó, como uma formosa oliveira na planície, cresci como plátano . ( Sir 24, 13-14). Santa Maria fez com que à sua volta florescesse o amor a Deus. Levou-o a cabo sem ser notada, porque as suas obras eram coisas de todos os dias, pequenas coisas cheias de amor.

(Retirado de: http://opusdei.pt/pt-pt/article/vida-de-maria-iii-apresentacao-da-virgem)

PROPOSTA

MAGNIFICAT

- No dia 19/20 de Novembro, entrega da Oração Magnificat às crianças e adolescentes da catequese.

- Explicar brevemente o significado e enquadramento da celebração da memória da Apresentação da Virgem santa Maria

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- Propor às crianças e adolescentes, que durante a semana, rezem em família a oração do Magnificat.

- Onde for possível, propor a participação, em família na Eucaristia do dia 21 de Novembro.

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IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA (SOLENIDADE)

8.DEZEMBRO.2016

Mais do que qualquer outro tempo do Ano Litúrgico, o Advento é tempo de Maria, pois é nele que a vemos em mais íntima relação com o Seu Filho, ao qual está unida «por vínculo estreito e indissolúvel» (LG. 53).

Se o Senhor veio ao meio dos homens, se Ele vem ainda, é por meio de Maria. N’Ela se cumpre, na verdade, o mistério do Advento.

Embora, na sua origem e no seu princípio, a Solenidade da Imaculada Conceição, que vem do século XI, não nos apareça em ligação com o Advento, contudo ela é uma verdadeira festa do Advento. Ela é a aurora que precede, anuncia e traz em si o Dia Novo, que está para surgir no Natal.

Enaltecendo a Virgem Maria, esta Solenidade, em vez de nos desviar do Mistério de Cristo, leva-nos, pelo contrário, a exaltar a obra da Redenção, ao apresentar-nos Aquela que foi a primeira a beneficiar dos seus frutos, tornando-se a imagem e o modelo segundo o qual Deus quer refazer o rosto da Humanidade, desfigurado pelo pecado.

Assim como na aurora se projecta a luz do sol, de cujos raios ela tira a vida, assim em Maria Imaculada se reflecte o poder do Salvador que está para vir: a Seus méritos Ela deve, com efeito, o ter sido «remida de modo mais sublime» (LG. 53).

Festa de Advento, a Solenidade da Imaculada Conceição constitui uma bela preparação para o Natal.

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Das Meditações de Santo Anselmo, bispo (Oratio 52: PL 158, 955-956) (Sec. XII)

Ó Virgem, pela tua bênção é abençoada toda a criatura

O céu, as estrelas, a terra, os rios, o dia e a noite, e tudo quanto está sujeito ao poder ou ao serviço dos homens se alegram, Senhora, porque, tendo perdido a sua antiga nobreza, foram em certo modo ressuscitados por meio de Ti e dotados de uma graça nova e inefável.

Todas as coisas se encontravam como mortas, por terem perdido a sua dignidade original de servir o domínio e o uso daqueles que louvam a Deus, para que tinham sido criadas; encontravam-se esmagadas pela opressão e desfiguradas pelo abuso que delas faziam os servos dos ídolos, para os quais não tinham sido criadas. Agora, porém, como que ressuscitadas, felicitam a Maria, ao verem-se governadas pelo domínio e honradas pelo uso daqueles que louvam o Senhor.

Perante esta nova e inestimável graça, todas as coisas exultam de alegria, ao sentir que Deus, seu Criador, não só as governa invisivelmente, lá do alto, mas também está visivelmente presente no meio delas e as santifica com o uso que delas faz. Tão grandes bens procedem do fruto bendito do ventre sagrado da Virgem Maria.

Pela plenitude da tua graça, o que estava cativo na região dos mortos exulta de alegria ao ver-se libertado, e o que estava ainda no mundo regozija-se ao sentir-se renovado. Pelo poder do Filho glorioso da tua gloriosa virgindade, os justos, que morreram antes da sua morte vivificadora, alegram-se ao ver destruído o seu cativeiro, e os Anjos regozijam-se ao ver restaurada a sua cidade quase em ruínas.

Ó Mulher cheia de graça, superabundante de graça, a tua plenitude transborda para a criação inteira e a faz reverdescer. Virgem bendita, entre todas as coisas bendita, pela tua bênção é abençoada toda a natureza, não só a criatura pelo Criador, mas também o Criador pela criatura.

Deus entregou a Maria o seu próprio Filho, o seu Filho Unigénito, igual a Si, a quem amava de todo o coração como a Si mesmo. No seio de Maria, Deus formou o Filho, não distinto, mas o mesmo, para que realmente fosse um e o mesmo o Filho de Deus e de Maria. Tudo o que nasce é criatura de Deus, e Deus nasce de Maria. Deus criou todas as coisas, e Maria gerou a Deus. Deus, que criou todas as coisas, fez-Se a Si mesmo por meio de Maria. E deste modo refez tudo o que tinha feito. Ele, que pôde fazer todas as coisas do nada, não quis refazer sem Maria o que tinha sido arruinado.

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Por esta razão, Deus é o Pai das coisas criadas, e Maria a mãe das coisas recriadas. Deus é o Pai a quem se deve a constituição do mundo, e Maria a mãe a quem se deve a sua restauração. Pois Deus gerou Aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz Aquele por quem tudo foi salvo. Deus gerou Aquele fora do qual nada existe, e Maria deu à luz Aquele sem o qual nada subsiste.

Verdadeiramente o Senhor está contigo, pois quis que toda a criatura reconhecesse que deve a Ti, com Ele, tão grande benefício.

PROPOSTA

EM FAMÍLIA

No dia 8 de Dezembro, entregar a cada família um cartão: na frente tem a oração de “Avé Maria” e no verso a citação do Evangelho – Lc 1, 26-38

- Pedir a cada família que represente através de um desenho a Anunciação do Anjo a Maria

- No sábado/domingo seguinte, a família coloca junto ao altar o cartão, que poderá permanecer na Igreja durante o tempo de Advento e Natal

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SANTA MARIA MÃE DE DEUS (SOLENIDADE)

1.JANEIRO.2017

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projecto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador. Celebra-se também, o Dia Mundial da Paz, em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo.

A figura que enche este Dia, e que motiva a nossa Alegria, é, portanto, a figura de Maria, na sua fisionomia mais alta, a de Mãe de Deus, como foi solenemente proclamada no Concílio de Éfeso, em 431, mas já assim luminosamente desenhada nas páginas do Novo Testamento.

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Desde logo naquela menção sóbria com que Paulo se refere à Mãe de Jesus, escrevendo aos Gálatas: «Deus mandou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei» (Gálatas 4,4). Nesta linha breve e densa aparece compendiado o mistério da Incarnação, ao mesmo tempo que se sente já pulsar o coração da Mariologia: Maria não é grande em si mesma; é, na verdade, uma «mulher», verdadeiramente nossa irmã na sua condição de humana criatura. Não é grande em si mesma, mas é grande por ser a Mãe do Filho de Deus, e é aqui que ela nos ultrapassa, imaculada por graça, bem-aventurada, nossa mãe na fé e na esperança. Maria não é grande em si mesma; vem-lhe de Deus essa grandeza.

O Evangelho deste Dia de Maria (Lucas 2,16-21) guarda também uma preciosidade, quando Lucas nos diz que «todos os que tinham escutado as coisas faladas pelos pastores ficaram maravilhados, mas Maria guardava (synetêrei) todas estas Palavras (tà rhêmata), compondo-as (symbállousa) no seu coração» (Lucas 2,18-19). Em contraponto com o espanto de todos os que ouviram as palavras dos pastores, Lucas pinta um quadro mariano de extraordinária beleza: «Maria, ao contrário, guardava todas estas Palavras, compondo-as no seu coração». Há, portanto, o espanto e a maravilha que se exprimem no louvor e no canto de todos, e há também o espanto e a maravilha que se exprimem no silêncio e na escuta qualificada de Maria. Maria, a Senhora deste Dia, aparece a guardar com ternura todas estas Palavras que acontecem e não esquecem. O verbo guardar implica atenção carinhosa, como quem leva em suas mãos uma coisa preciosa. Este guardar atencioso e carinhoso não é um ato de um momento, mas a atitude de uma vida, uma vez que o verbo grego está no imperfeito, que implica duração.

O outro verbo belo mostra-nos Maria como que a compor, isto é, a «pôr em conjunto» (symbállô), a organizar, para melhor saborear e entender. É como quem compõe um Poema, uma Sinfonia, e se entretém a vida toda a trautear essa melodia e a conjugar novos acordes de alegria.

Esta solicitude maternal de Maria, habitada por esta imensa melodia que nos vem de Deus, levou o Papa Paulo VI, a associar, desde 1968, à Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a celebração do Dia Mundial da Paz.

Mãe de Deus, Senhora da Alegria, Mãe igual ao Dia, Maria. A primeira página do ano é toda tua, Mulher do sol, das estrelas e da lua, Rainha da Paz, Aurora de Luz, Estrela matutina, Mãe de Jesus e também minha, Senhora de Janeiro, do Dia primeiro e do Ano inteiro.

(Retirado da Homilia de D. António Couto na solenidade de Santa Maria Mãe de Deus)

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PROPOSTA

NA EUCARISTIA

No momento da paz: dar um abraço àquele(s) que estão à direita e à esquerda e dizer “Paz de Cristo”

EM CASA

Neste dia, antes da refeição de almoço e/ou do Jantar, rezar em família uma oração.

Proposta de oração:

“Que Deus nos abençoe e nos guarde,

Que nos acompanhe, nos acorde e nos incomode,

Que os nossos pés percorram as montanhas,

Cheios de amor, de paz e de alegria,

Que a Tua Palavra nos arda nas entranhas,

E nos ponha no caminho de Maria.”

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FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR – (Senhora das Candeias)

2.FEVEREIRO.2017

A Igreja Una e Santa celebra em 2 de Fevereiro, quarenta dias depois do Natal, a Festa da APRESENTAÇÃO do Senhor, que as Igrejas do Oriente conhecem por Festa do ENCONTRO e dos Encontros: Encontro de DEUS com o seu POVO agradecido, mas também de MARIA, de JOSÉ e de JESUS com SIMEÃO e ANA. Também connosco.

Quarenta dias depois do seu nascimento, sujeito à Lei (Gálatas 4,4), JESUS, como filho varão primogénito, é APRESENTADO a Deus, a quem, sempre segundo a Lei de Deus, pertence. De facto, o Livro do Êxodo prescreve que todo o filho primogénito, macho, quer dos homens quer dos animais, é pertença de Deus (Êxodo 13,11-13), bem como os primeiros frutos dos campos (Deuteronómio 26,1-10).

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É assim que, para cumprir a Lei de Deus, quarenta dias depois do seu nascimento, JESUS é levado pela primeira vez ao Templo, onde, também pela primeira vez, se deixa ver como a Luz do mundo e a nossa esperança.

Compõe a cena um velhinho chamado SIMEÃO, nome que significa «ESCUTADOR», que vive atentamente à escuta, e que o Evangelho apresenta como um homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel. Ora, esse velhinho que vivia à espera e à escuta, com premurosa atenção, veio ao Templo, e, ao ver aquele MENINO, pegou nele nos braços. Por isso, os Padres gregos dão a SIMEÃO o título belo de Theodóchos [= recebedor de Deus]. É então que SIMEÃO entoa o canto feliz do entardecer da sua vida, um dos mais belos cantos que a Bíblia regista: «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz, porque os meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos, Luz que vem iluminar as nações e glória do teu povo, Israel!»

E, na circunstância, também uma velhinha chegou carregada de esperança. Chamava-se ANA, que significa «GRAÇA»; é dita «Profetisa», isto é, que anda sintonizada em onda curta com a Palavra de Deus; era filha de Fanuel, que significa «Rosto de Deus»; era da tribo de Aser, que significa «Felicidade». Tanta intimidade com Deus! Também esta velhinha serena e feliz – com 84 anos, número perfeito de números perfeitos (7 x 12) – viu aquele MENINO. E diz o Evangelho que se pôs a falar dele a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém!

Esta é a Festa da Alegria e da Esperança acumulada e realizada. É a Festa da Luz. SIMEÃO e ANA viram a Luz e exultaram de Alegria. HOJE somos nós que nos chamamos SIMEÃO e ANA. Somos nós que recebemos esta Luz nos braços, e que ficamos a fazer parte da família da Felicidade e a viver pertinho de Deus, Rosto a Rosto com Deus, Escutadores atentos do bater do coração de Deus. Felizes sois vós, os pobres! (Lucas 6,20). Felizes os olhos que vêem o que vós vedes e os ouvidos que ouvem o que vós ouvis! (Lucas 10,23).

Fevereiro é um mês de Alegria, de Apresentação e Encontro, de Consagração e Contemplação. Num mundo triste e cansado, e tantas vezes enjoado, como o nosso, Maria, José e o Menino, Simeão e Ana são ícones de Felicidade, que nos vêm dizer que se cresce, não apenas em idade, mas em idade, sabedoria e Graça!

(retirado do Blog Mesa de Palavras)

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PROPOSTA

VELA COLORIDA

- No Sábado / Domingo (28/29 de Janeiro) antes da festa da Apresentação do Senhor, entregar às crianças e adolescentes uma vela, para decorar/pintar em casa, em família.

O convite às famílias: assim como a Virgem Mãe de Deus levou ao colo a luz verdadeira e a comunicou àqueles que jaziam nas trevas, assim também nós, iluminados pelo seu fulgor e trazendo na mão uma luz que brilha diante de todos, devemos acorrer com alegria ao encontro d’Aquele que é a verdadeira luz.

- A vela trabalhada será acesa na celebração da festa da Apresentação do Senhor.

ORAÇÃO EM FAMÍLIA

Proposta de oração para rezar em família durante a semana

Cântico Evangélico (Nunc dimittis)

«Agora, Senhor, segundo a vossa palavra,

deixareis ir em paz o vosso servo,

porque os meus olhos viram a vossa salvação,

que oferecestes a todos os povos:

luz para se revelar às nações

e glória de Israel, vosso povo».

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ANUNCIAÇÃO DO SENHOR (SOLENIDADE)

25.MARÇO.2017

Solenidade da Anunciação do Senhor, quando, na cidade de Nazaré, o Anjo do Senhor anunciou a Maria: «Conceberás e darás à luz um filho, que será chamado Filho do Altíssimo», e Maria respondeu, dizendo; «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra». E assim, chegada a plenitude dos tempos, o Filho Unigénito de Deus, que existia antes da criação do mundo, por nós homens e para a nossa salvação encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e Se fez homem.

PROPOSTA

BOA AÇÃO

Realizar uma boa ação durante a semana, tendo presente o SIM de Maria ao projeto de Deus para si.

ORAÇÃO EM FAMÍLIA

- Colocar uma imagem de Nossa Senhora num lugar de destaque. Durante a semana, em família, rezar a oração de Ave-maria.

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NOSSA SENHORA DA ALEGRIA

23.ABRIL.2017

A cada ano, celebramos, a festa de «Nossa Senhora dos Prazeres ou das Alegrias», culto mariano antiquíssimo na história da Igreja, em particular em Portugal e no Brasil.

Uma devoção iniciada em Portugal no séc. XV teve sua popularidade com a liturgização no séc. XVI em três cidades lusitana: Lisboa (1566), Braga (1598) e Évora (1607). Tais cidades, a começar por Braga e Lisboa no séc. XVI, criaram liturgias próprias seguidas por Évora no séc. XVII. A tradição portuguesa

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estabeleceu que a festa de NSP seria celebrada na 2ª – feira da Pasquela, isto é, depois do Domingo in Albis, o atual 2º Domingo da Páscoa. O tema central desta devoção é a «Alegria de Maria na ressurreição de seu Filho» segundo a tradição portuguesa. Toda a fundamentação litúrgica portuguesa se fundamenta nas Escrituras e na Patrística sobre esta pia devoção.

(Retirado de https://pt.zenit.org/articles/nossa-senhora-dos-prazeres-ou-das-alegrias/)

PROPOSTA

CRUZ FLORIDA

- Convidar cada família a leva uma flor para a Eucaristia.

- No adro da Igreja, antes da Eucaristia, está uma cruz, onde será possível colocar as flores.

- No cortejo de entrada, a cruz é conduzida até ao altar onde permanece durante a celebração e se possível, durante toda a semana.

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FESTA DA VISITAÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA

31.MAIO.2017

Festa da Visitação da Virgem Santa Maria, em que a Mãe de Deus foi ao encontro da sua parenta Isabel, que em avançada idade tinha concebido um filho, e a saudou. No feliz encontro das duas futuras mães, o Redentor que vinha ao mundo santificou o precursor ainda no seio da sua mãe, e Maria, respondendo à saudação de Isabel e exultando na alegria do Espírito Santo, deu glória ao Senhor com um cântico de louvor, o “Magnificat”.

Das homilias de São Beda Venerável, presbítero (L. I, 4: CCL 122, 25-26.30) (Sec VIII)

Maria glorifica o Senhor que n’Ela actua

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Com estas palavras Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que

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Lhe foram concedidos e enumera depois os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o género humano.

Glorifica o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e serviço de Deus e, pela observância dos mandamentos, mostra que está a pensar sempre no poder da majestade divina.

Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas em meditar no seu Criador, de quem espera a salvação eterna.

Embora estas palavras se apliquem a todas as almas santas, adquirem contudo a sua ressonância mais perfeita ao serem proferidas pela bem-aventurada Mãe de Deus, que, por singular privilégio, amava com perfeito amor espiritual Aquele cuja concepção corporal no seu seio era a causa da sua alegria. Com razão pôde Ela exultar, mais que todos os outros santos, em Jesus, seu Salvador, porque sabia que o eterno Autor da salvação havia de nascer da sua carne com nascimento temporal, e, sendo uma só e mesma pessoa, havia de ser ao mesmo tempo seu Filho e seu Senhor.

Porque fez em mim grandes coisas o Todo-poderoso, e santo é o seu nome. Maria nada atribui aos seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d’Aquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis, pequenos e fracos, em fortes e grandes.

Logo acrescentou: E santo é o seu nome, para fazer notar aos que a ouviam e mesmo para ensinar a quantos viessem a conhecer as suas palavras, que, pela fé em Deus e pela invocação do seu nome, também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação, segundo a palavra do Profeta: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. É precisamente o nome a que Maria se refere ao dizer: E o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.

Por isso, se introduziu na Liturgia da Santa Igreja o costume, belo e salutar, de cantarem todos este hino de Maria na salmodia vespertina, para que o espírito dos fiéis, ao recordar assiduamente o mistério da Encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade. E pareceu muito oportuno que isto se fizesse na hora de Vésperas, para que a nossa mente, fatigada e distraída ao longo do dia com pensamentos diversos, encontre o recolhimento e a paz de espírito ao aproximar-se o tempo de descanso.

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PROPOSTA

VISITAR

Durante a semana visitar uma família que viva isolada ou carece de algum apoio.

REZAR

Rezar em família o Magnificat e fazer uma prece ao Senhor pela família a visitar/ visitada.

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IMACULADO CORAÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA (MEMÓRIA)

24 JUNHO 2017

Celebra-se no Sábado a seguir ao segundo Domingo depois do Pentecostes

A devoção ao Imaculado Coração de Maria é conhecida desde o século XVII, juntamente com a devoção ao Coração de Jesus. Depois das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, teve grande incremento. Os dois Corações, de Jesus e de Maria, são inseparáveis: onde está Um também está o Outro. Jesus é o Redentor da Humanidade e Maria, a Mãe Corredentora. No dia 13 de Outubro de 1942, em plena Segunda Guerra mundial, o papa Pio XII, correspondendo ao desejo da Senhora manifestado em Fátima, consagrou o mundo ao seu Imaculado Coração.

O Coração de Maria é o refúgio dos pecadores. Deus quis muito particularmente fazer de Maria a esperança e a salvação dos pecadores. Os Padres da Igreja não se calam sobre este privilégio de Maria. A Idade Média, muito ávida de símbolos, comparou Maria ao astro da noite, porque ilumina o pecador, que caminha na noite dos seus pecados. «O sol, criado para brilhar durante o dia, é, diz o cardeal Hugo, a figura de Jesus, cuja luz alegra os justos que vivem no grande dia da graça divina; a lua, criada para luzir durante a noite, é a figura de Maria, cuja luz ilumina os pecadores, mergulhados na noite do pecado». – «Se alguém, diz Inocêncio III, se encontra miseravelmente empenhado na noite do pecado, levante os olhos para o astro da noite, que invoque Maria!». «A divina misericórdia, diz João Eudes, reina tão perfeitamente no Coração de Maria, que

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lhe faz levar o nome de Rainha e de Mãe de misericórdia. Ganhou de tal modo o coração da divina misericórdia, que lhe deu as chaves de todos os seus tesouros, e tornou-a absolutamente senhora». Recusará ela a sua ajuda aos pecadores, ela que durante a sua vida ofereceu o seu divino Filho por eles, no Templo e no Calvário?

O Coração de Maria é saúde dos enfermos. Maria é só bondade e, assim pode esperar-se tudo da generosidade do seu Coração, a cura dos corpos como a das almas. Muitas vezes os seus benefícios revestem o brilho de um milagre, como acontece em Lourdes e em tantos outros santuários… Toda a história testemunha a misericórdia de Maria. Invocam-na na doença, no sofrimento, na provação, e os ex-votos dos nossos santuários dizem quando ela é prestável. “Maria, diz S. João Crisóstomo, é um oceano de misericórdia”.

O Coração de Maria é a esperança de todos os aflitos.

PROPOSTA

EM FAMÍLIA

- Em família, escrever uma prece, ou louvor ao coração misericordioso de Maria. No sábado, dia 24 de Junho (ou no dia seguinte), colocar a prece junto da imagem de Maria.

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EQUIPA ARCIPRESTAL DE CATEQUESE

CABECEIRAS DE BASTO