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2121 -
1]
FESAR
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ISABEL DIAS PEREIRA
LILIAN PIRES MIRANDA
NATALIA DA SILVA BEZERRA
TATIANA TEIXEIRA DOS SANTOS
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NOTIFICADOS EM
REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2015
REDENÇÃO-PA
2017
ISABEL DIAS PEREIRA
LILIAN PIRES MIRANDA
NATALIA DA SILVA BEZERRA
TATIANA TEIXEIRA DOS SANTOS
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NOTIFICADOS EM
REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2015
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à conclusão do curso de Enfermagem da Faculdade Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Enfermagem em2017.
Área de contenção: Vigilância Epidemiológica
Orientador: Prof. Me. Adriano Badotti Grassi.
Redenção – Pa 2017
ISABEL DIAS PEREIRA
LILIAN PIRES MIRANDA
NATALIA DA SILVA BEZERRA
TATIANA TEIXEIRA DOS SANTOS
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NOTIFICADOS EM
REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2015
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do grau
de Bacharel em Enfermagem do Curso de Bacharelado de Enfermagem da
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunido e aprovado em sua forma final
em:\\ .
Profº. Esp. Diogo Amaral Barbosa
Coordenador do Curso de Enfermagem
Apresentado à banca examinadora composta pelos Professores
Prof. Me. Adriano Badotti Grassi - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida – FESAR (Orientador)
Profº. Esp. Diogo Amaral Barbosa - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR - (Examinador)
Profº. Me. Douglas Mroginski Weber - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR (Examinador)
REDENÇÃO – PARÁ
2017
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente а Deus e aos nossos
pais, pois sem eles este trabalho e muitos dos nossos sonhos
não se realizariam.
A todos os familiares que nos apoiaram e não mediram
esforços para qυе chegássemos até esta etapa das nossas
vidas.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, Pai eterno e amoroso que
em sua infinita bondade nos proporcionou a vida com a qual
podemos desempenhar esta atividade;
Às nossas famílias que nos apoiaram e souberam compreender
todos os momentos de distância e ausência;
A todos os funcionários e professores que nos acompanharam
durante a graduação. Em especial, ao coordenador do nosso
curso e ao orientador, pela dedicação;
Aos nossos esposos, pelo apoio e por acreditar em nós.
EPÍGRAFE
“Enfermagem é a arte de cuidar incondicionalmente, é cuidar
de alguém que você nunca viu na vida, mas mesmo assim,
ajudar e fazer o melhor por ela. Não se pode fazer isso apenas
por dinheiro... Isso se faz por e comamor!”
Angélica Tavares
RESUMO
Meningite é a infecção das meninges, ou membranas que envolvem o Sistema Nervoso Central. Essa doença pode ter várias etiologias, como bactérias, vírus, fungos e traumas. As formas bacteriana e viral são as mais frequentes e graves, visto que podem causar sequelas e até a morte. A meningite meningocócica é a mais contagiosa e é causada pela Neisseria meningitidis, Os sintomas mais comuns da doença são cefaleia intensa, náusea, êmese, confusão mental, mal-estar, agitação e rigidez da nuca. O tratamento é emergencial, com medicamentos específicos por via intravenosa. A identificação dos sintomas deve ser precoce para que o tratamento se inicie o quanto antes, para que se evitem complicações e sequelas para audição e a visão. A pesquisa consiste numa análise descritiva baseada em dados estatísticos do Sistema de Informação de Agravos e Notificação, além de publicações científicas selecionadas a partir dos bancos de dados virtuais como SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde e LILACS. Teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico dos casos de meningite na cidade de Redenção-PA durante os anos de 2010 a 2015. Como resultados, a cidade apresentou maior prevalência entre a faixa etária de 20 a 39 anos com 29,41% dos casos e menor percentual entre 15 a 19 anos com 11%. Quanto aos casos considerados pela frequência de sexo, foram prevalentes 67% masculino em comparação a 35,3% feminino. Nos anos de 2010 e 2014 ocorreu o maior número de casos no primeiro semestre entre os meses de março a junho, com prevalência de 35,3% da forma de meningite não especificada (MNE) seguidos de 20,8% da meningite pneumocócica (MP), 14,7% da forma meningoencefálica (MM); 5,9% por Haemophilus influenzae (MB) e 2,9% por outras etiologias. O estudo traçou o perfil epidemiológico sobre a prevalência de casos de meningite na cidade de Redenção-PA e trouxe mais entendimento à comunidade sobre a realidade da doença, ainda foi observado que o período de prevalência dos casos ocorre em períodos chuvosos no primeiro semestre anual, o que pode ser considerado como ponto de partida para medidas profiláticas para a comunidade.
Palavras-chave: Meningites. Epidemiologia. Profiláticas.
ABSTRACT
Meningitis is the infection of the meninges, or membranes that involve the Central Nervous System. This disease can have several etiologies, such as bacteria, viruses, fungi and traumas. The bacterial and viral forms are the most frequent and serious, since they can cause sequels and even death. Meningococcal meningitis is the most contagious and is caused by Neisseria meningitidis. The most common symptoms of the disease are severe headache, nausea, emesis, confusion, malaise, agitation and stiff neck. Treatment is emergency, with specific intravenous medications. The identification of the symptoms should be early so that the treatment starts as soon as possible, so as to avoid complications and sequelae for hearing and vision. The research consists of a descriptive analysis based on statistical data of the Aggravation and Notification Information System, as well as scientific publications selected from the virtual databases such as SciELO, Virtual Health Library and LILACS. The objective of this study was to trace the epidemiological profile of meningitis cases in the city of Redenção-PA during the years 2010 to 2015. As a result, the city presented a higher prevalence among the 20-39 age group with 29,41% of cases and a lower percentage between 15 and 19 years old with 11%. Regarding the cases considered by gender frequency, 67% were male compared to 35.3% female. In 2010 and 2014, the highest number of cases occurred in the first semester between March and June, with a prevalence of 35.3% of unspecified meningitis (MNE) followed by 20.8% of pneumococcal meningitis (MP ), 14.7% of the meningoencephalic form (MM); 5.9% by Haemophilus influenzae (MB) and 2.9% by other etiologies. The study outlined the epidemiological profile on the prevalence of meningitis cases in the city of Redenção-PA and brought more understanding to the community about the reality of the disease, it was still observed that the period of prevalence of cases occurs in rainy periods in the first semester, which can be considered as a starting point for prophylactic measures for thecommunity.
Keywords: Meningitis. Epidemiology. Profiláticas
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10
2 REVISÃOBIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 14
2.1 CONTEXTO HISTÓRICODA MENINGITE ............................................................. 14
2.2 PATOGENIADAMENINGITE ................................................................................. 15
2.3 AGENTESETIOLÓGICOS ..................................................................................... 15
QUADRO 1 – LISTA DE AGENTES ETIOLÓGICOSDA MENINGITE .......................... 16
2.4 MENINGITEBACTERIANA .................................................................................... 17
2.4.1 Transmissão ...................................................................................................... 17
2.4.2 Fatoresderisco .................................................................................................. 18
2.4.3 Sinaise sintomas ............................................................................................... 18
2.4.4 Diagnostico……………………………………………………………………………..18
2.4.5 Complicações .................................................................................................... 19
2.4.6 Tratamento. ....................................................................................................... 19
2.4.7 Prevenção. ......................................................................................................... 19
2.5 MENINGITEVIRAL ................................................................................................. 19
2.5.1 Transmissão ...................................................................................................... 20
2.5.2 Fatoresderisco .................................................................................................. 20
2.5.3 Sinaise sintomas ............................................................................................... 20
2.5.4 Diagnóstico ....................................................................................................... 21
2.5.5 Complicações .................................................................................................... 21
2.5.6 Tratamento ........................................................................................................ 21
2.5.7 Prevenção .......................................................................................................... 21
2.6 MENINGITEFÚNGICA ........................................................................................... 22
2.6.1 Transmissão ...................................................................................................... 22
2.6.2 Fatoresderisco .................................................................................................. 22
2.6.3 Sinaise sintomas ............................................................................................... 23
2.6.4 Diagnóstico ....................................................................................................... 23
2.6.5 Complicações .................................................................................................... 23
2.6.6 Tratamento……………………………………………………………………………...24
2.6.7 Prevenção.............................................................................................................24
3 MATERIAIS EMÉTODO ........................................................................................... 25
4 RESULTADOSEDISCUSSÃO .................................................................................. 26
TABELA1 – PREVALÊNCIA DE MENINGITE POR FAIXA ETÁRIA EM REDENÇÃO-
PA ................................................................................................................................ 27
TABELA 2 – PREVALÊNCIA DE MENINGITE POR SEXOEMREDENÇÃO-PA... 28
TABELA 3 – PREVALÊNCIA ETIOLÓGICA DOS CASOS DE MENINGITE POR ANO
EM REDENÇÃO PARÁ – PERIODO: 2010-2015......................................................... 29
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 33
10
1 INTRODUÇÃO
Meningite (MGT) é o nome que recebe a infecção das meninges, que são
membranas que envolvem o cérebro. Tal infecção pode ter várias causas como:
bactérias, vírus, protozoários ou fungos, porém, quando a doença compromete
também o tecido cerebral, é chamada de meningoencefalite. De acordo com o
preposto, essa doença está entre as mais importantes, pois acomete o sistema mais
importante do corpo, o Sistema Nervoso Central (SNC) (TORTORA; CASE; FUNKE,
2016).
O Sistema Nervoso Central é composto de um tecido delicado. Isso faz com
que haja necessidade de ser protegido por outras estruturas como crânio, meninges,
líquido cerebroespinal ou líquor e barreira hematoencefálica. As meninges são
membranas que envolvem o SNC, as quais recebem o nome de: Dura-máter,
Aracnoide e Pia-máter. Portanto, três membranas, com espessura de relação direta
aos nomes que recebem e com o grau de aproximação do SNC (HANSEN, 2015).
De acordo com a formação das meninges, a Pia-máter é mais espessa e
resistente, pois é composta de tecido conjuntivo rico em fibras de colágeno, nervos,
vasos e está localizada mais superficialmente. A principal irrigação da dura-máter
vem da artéria meníngea média, ramo da maxilar (NETTER, 2000).
Aracnoide é uma membrana delgada, que se separa da dura-máter por meio
do espaço subdural, o qual contém pouca quantidade de líquor, para que lubrifique
as superfícies contactantes das membranas. Além disso, o líquor cefalorraquidiano,
que é um fluido incolor aquoso, tem a função especial de proteger o SNC contra
impactos mecânicos no espaço subaracnóideo (HALL, 2017).
Embora o SNC tenha um sistema de proteção própria, não está livre de
infecções, pois há meningites que se desenvolvem por meio de vários agentes
etiológicos, porém, pode-se citar entre as mais consideráveis: A meningite viral e
bacteriana, devido a sua frequência e grau de complicações (FERREIRA et al.,
2015).
A forma viral, causada por Enterovírus, não é tão agressiva quanto à
bacteriana, pois, possui baixa taxa de mortalidade; sua resolução é espontânea e
não é necessário, na maioria dos casos, tratamento específico. Alguns vírus
causadores de doenças podem causar esse tipo de meningite: HIV, Herpes,
Caxumba, Varicela zoster, Epstein-Barr e Citomegalovírus. Desse modo, essa forma
11
não oferece maiores riscos como a bacteriana, uma vez que, pode ter cura conforme
resposta de defesa espontânea do organismo (PESSUTI; SORIANO; MACIEL,
2016).
A forma bacteriana é considerada mais grave. É causada por Streptococcus
pneumoniae e Haemophilus influenzae, entre outras, que também podem causar a
doença, essas são as mais frequentes juntamente com a meningocócica. Além
disso, doenças como a sífilis e tuberculose podem aumentar o grau de complicação
e causarem a doença em crianças e adultos. Esse tipo de meningite necessita de
tratamento e cuidados específicos (AGUIAR FILHO; MONTEIRO,2016).
A meningite meningocócica é uma forma altamente contagiosa e infecciosa
de meningite, causada pela bactéria Neisseria meningitidis. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), em 20 anos foram registrados quase 1
milhão de casos e entre esses, registraram-se óbitos de 100 mil pessoas. A maior
parte dos casos é decorrente da região africana e mesmo com diagnóstico e
tratamento adequados e precoces, há morte entre 5 e 10% nas primeiras 24 ou 48
horas após manifestarem os primeiros sintomas, além de 50% dos casos resultarem
em morte quando não têm o tratamento adequado (LEVINSON,2016).
Os sintomas da MGT se caracterizam com cefaleia intensa, náuseas, vômitos
e confusão mental; o paciente apresenta sinais de infecção como: febre alta, mal-
estar, agitação psicomotora e rigidez da nuca, como forma de identificação de
inflamação meníngea. Porém, quando a meningite atinge crianças, não é fácil de ser
identificada por não haver queixa de cefaleia ou sinais de irritação das meninges
(MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2015).
Há nos pacientes infantis a presença de quadros de febre, irritabilidade,
vômitos, abaulamento de fontalena, convulsões e prostração. Em conformidade com
a autora, pode-se observar que a MGT, independente da forma bacteriana ou viral,
pode apresentar sintomas em pacientes adultos e não apresentar evidências em
pacientes pediátricos (GANANÇA; et al., 2017).
Consequentemente, o tratamento para meningite é emergencial, com maior
destaque para a forma bacteriana, considerada doença aguda, consiste na
administração de medicamentos específicos por via intravenosa, por apresentar
risco de vida ou sequelas graves para o paciente. Por outro lado, a forma crônica,
como por exemplo, a MGT proveniente da tuberculose, pode tero tratamento
12
medicamentoso por via oral, porém com maior duração no tempo de uso (ARCHE;
POLK, 2015).
Para profilaxia e controle, há medidas para os contatos mais próximos do
paciente como a quimioprofilaxia, que é feita antes que apareçam novos casos ao se
detectarem o primeiro, os quais aparecem frequentemente num prazo de 48 horas.
Todavia, a vacinação de sorogrupo é considerada a forma mais segura e eficaz de
profilaxia, a mesma foi implantada a partir de 2010 no calendário de vacinação
brasileiro para crianças de 1 ano de idade e posteriormente, em 2015 foi
disponibilizada também para crianças de 5 anos de idade (BRASIL, 2016).
Dentro desse contexto, a Região Norte do Brasil, entre 2000 a 2009, teve uma
média de 939 casos confirmados por ano, o que representa 4% do total de casos
notificados no território nacional. O Pará é um Estado da Região Norte em que foram
notificados 1.501 casos de MGT entre 2005 e 2010; entre outros municípios do
Estado, a cidade de Redenção-PA, população estimada em 82.464 habitantes
apresenta notificações consideráveis entre os anos de 2010 a 2015, o que é digno
de atenção (BRASIL,2016).
Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é traçar o perfil epidemiológico
dos casos de meningite da cidade de Redenção-PA, no período de 2010 a 2015,
conforme registros de notificações da doença, no Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN), para um melhor entendimento da realidade da MGT na
cidade e prospectivas ações de prevenção.
Diante das ocorrências de casos de meningite no Estado do Pará e em
especial, a ocorrência de casos registrados na cidade de Redenção-PA entre 2010 a
2015, observou-se que há a necessidade de se conhecer a patologia e os aspectos
que se relacionam para a atuação da forma preventiva e curativa eficazmente
(BRASIL, 2016).
Portanto, justifica-se o presente estudo como fonte de conhecimento para as
equipes de saúde do município de Redenção-PA, bem como, tendo em vista que
essa classe de profissionais interage diretamente com as pessoas na atenção básica
e secundária, portanto, a perspectiva de identificação de doenças na atenção
primária é fundamental e para que isso seja possível, o conhecimento sobre a
patologia em questão é primordial para a prevenção e cuidados (GALAVOTE; et al.,
2016).
13
Por outro lado, ao se identificarem casos de meningite, é necessário que a
Equipe de saúde, principalmente a Enfermagem, esteja preparada para lidar com os
cuidados diretos ao paciente sem riscos de contaminação, além da promoção de
cuidados adequados, prevenindo assim, intercorrências durante o tratamento
(GIROTI; GARANHANI, 2015).
O estudo beneficia também toda a sociedade com dados que são a realidade
da comunidade, visto que as pessoas devem ser informadas sobre a identificação e
tratamento da meningite, bem como, os cuidados que podem preveni-la. Dessa
forma, os casos que hoje se registram estatisticamente na região podem diminuir ou
serem erradicados do ponto de vista de problema de saúde pública (BOMFIM, et al.,
2016).
14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Nesta etapa do estudo, levantaram-se conceitos sobre a meningite com a
finalidade de que seja compreendida, bem como, o ínterim do trabalho desenvolvido.
Dessa forma, seguem-se os conceitos mais relevantes para o tema sobre o contexto
histórico da meningite; patologia; agente etiológico; modo de transmissão; resposta
imunológica; manifestações clínicas; diagnóstico e tratamento.
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DAMENINGITE
Desde muito tempo, a MGT é uma doença conhecida, porém as
manifestações clínicas foram desconhecidas por muitos anos. Por volta de 1.805 em
Genebra, o médico M. Vieusseux identificou e descreveu a sintomatologia de uma
possível meningite cérebro-espinhal (KUMAR; ASTER; ABBAS, 2015).
No século XIX a doença causou epidemias frequentes pela Europa, com
identificação principal em guarnições e acampamentos militares. Por volta de 1887,
o médico alemão Anton Weichelbaum, fez a descoberta sobre uma bactéria que era
responsável por epidemias, a qual chamou de Diplococcus intracellularis e que logo
ficou conhecida também como meningococo de Weichselbaum (WALDMAN; SATO,
2016).
Logo em 1906, exames bacterioscópicos realizados pelos doutores Adolfo
Lutz e Teodoro Baima, identificaram os meningococos de Weichselbaum, em
amostras de líquido cefalorraquidiano pediátrico de imigrantes advindos de Portugal
e Espanha. Na Europa, já existia a soroterapia para os casos da doença, porém não
era totalmente satisfatório, pois havia a concomitância de outras infecções
bacterianas com consequentes choques anafiláticos (SHNEIDER; et al.,2015)
A primeira epidemia no Brasil ocorreu em 1842. Houve registro aproximado
de 20 casos entre pessoas moradoras da Praia Vermelha, na cidade do Rio de
Janeiro. Em São Paulo, os primeiros casos surgiram em fevereiro de 1906, com a
chegada de imigrantes europeus do navio Provence, com confirmação laboratorial
realizada por Adolpho Lutz (SANTOS; GOMES; SILVEIRA,2016).
Entretanto, no Brasil, o tratamento para a doença era paliativo, sem medidas
de prevenção e controle. O início da produção do soro para o tratamento da
meningite só teve início no país em 1920 por meio do Dr. Miguel Couto (SOUZA;
GAGLIANE, 2013).
15
2.2 PATOGENIA DAMENINGITE
MGT é um termo atribuído à inflamação das meninges. Portanto, a doença
consiste na inflamação das membranas protetoras que envolvem o cérebro e a
medula espinhal. Como achados macroscópicos, pode-se citar o achatamento das
circunvoluções cerebrais causados pelo edema; dilatação e congestão das
leptomeninges; infiltrado de neutrófilos; área purulenta com presença de exsudato
fibrinoso (DUNCAN, 2014).
É importante que essa doença seja identificada precocemente para que se
inicie adequadamente seu tratamento e sejam evitadas complicações como a perda
da audição e da visão (DURO; et al., 2017).
2.3 AGENTESETIOLÓGICOS
A meningite tem causas variadas sendo de grande importância a identificação
do agente infeccioso. Entre estes, pode-se citar: bactérias, vírus, fungos e outros
agentes não infecciosos, como por exemplo, traumatismos. As formas consideradas
mais preocupantes são as infecciosas bacteriana e viral, devido o grande potencial
que têm em causarem surtos endêmicos, o que a torna um problema de saúde
pública (DIAS; et al., 2017). Observada a representação no Quadro 1.
16
QUADRO 1 – LISTA DE AGENTES ETIOLÓGICOS DA MENINGITE
Grupo Agente Etiológico
Bactérias Neisseria meningitidis
Haemophilus influenzae
Streptococcus pneumoniae
Mycobacterium tuberculosis
Staphylococcus aureus
Pseudomona aeruginosa
Escherichia coli
Klebsiella sp.
Enterobacter sp.
Salmonella sp.
Proteus sp.
Listeria monocytogenes
Leptospira sp.
RNA Vírus Enterovírus
Echovirus
Coxsackievirus
Arbovírus
Vírus da febre do Nilo
Ocidental
Vírus da Caxumba
Vírus do Sarampo
Arenavírus
vírus da coriomeningite linfocitária
HIV 1
DNA Vírus Vírus do grupo Herpes
Herpes simples tipo 1 e 2
Varicela Zoster
Adenovirus
Epstein Barr
Citomegalovírus
Fungos Cryptococcus neoformans
Candida albicans
Candida. Tropicalis
Histoplasma capsulatum,
Paracoccidioides brasiliensis
Aspergillus fumigatus
Protozoários Toxoplasmagondii
Trypanosomacruzi
Plasmodium sp.
Helmintos Taenia solium (infecção
larvária e por cisticerco)
Angiostrongylus
cantonensis(helminto do caramujo
africano)
Extraído de: http://portalsaude.saude.gov.br
A forma bacteriana possui como agentes principais a Neisseria meningitidis,
que é uma bactéria gram-negativa com sorotipos classificadas segundo o antígeno
polissacarídeo da cápsula. Tem como frequência os A, B, C, W135 e Y. De acordo
17
com os antígenos proteicos localizados na sua parede externa, também são
classificadas em sorotipos e subtipos (RODRIGUES, 2015).
O Mycobacterium tuberculosis é um bacilo não esporulado, aflagelado, não
produtor de toxinas. Essa forma de bactéria necessita de oxigênio para se proliferar,
considerado por isso aeróbio estrito; morfologicamente tem a estrutura de bastonete,
mede de 1 a 4 micro, considerado álcool-ácido-resistente (GUALBERTO, 2014).
Outro agente é o Haemophilus influenzae que é uma bactéria gram-negativa,
com classificação atual em seis sorotipos: a, b, c, d, e, f, que se diferem entre si pela
cápsula antigênica polissacarídica. A forma desprovida de cápsula é saprófita e
pode ser encontrada nas vias respiratórias e causa doenças como bronquite,
sinusite e otite em pessoas de qualquer faixa etária. Enquanto o tipo “b” causa
meningite, septicemia, pneumonia, epiglotite, artrite séptica, osteomielite e
pericardite (SCHOSSLER; et al., 2013). O Streptococcus pneumoniae é outro agente
de forma esférica disposto aos pares, alfa-hemolítico que apresenta acima de 90
sorotipos capsulares (RIOS,2017).
2.4 MENINGITE BACTERIANA
Essa forma também é conhecida como meningite meningocócica,
caracterizada pela inflamação causada por bactérias nas meninges. É a forma mais
grave da doença e pode ser provocada pelos três tipos principais: Neisseria
meningitidis, Mycobacterium tuberculosis e Haemophilus influenzae. Observa-se que
mais de 80% dos casos diagnosticados de meningite são provocados por bactérias
(BOGLIOLO; BRASILEIRO FILHO; BARBOSA, 2013).
Ocasionalmente, esses organismos infectam a área cerebral sem motivos
aparentes, ou em outros casos, a infecção pode ser causada por meio de feridas na
cabeça e anomalia imunológicas (SERAFIN; et al., 2017).
2.4.1 Transmissão
A transmissão acontece de forma direta, pessoa a pessoa, por meio das
gotículas emitidas com a tosse, espirro e beijo. Algumas pessoas, embora não
estejam doentes, podem abrigar o meningococo na garganta e transmiti-lo, esses
são chamados de portadores sãos (RABELO; et al., 2017).
18
2.4.2 Fatores de risco
Pessoas que apresentam infecções crônicas do nariz, do ouvido, pneumonia
e alcóolatras são mais predisponentes à meningite bacteriana. Bem como, a faixa
etária infantil de entre um mês de vida à dois anos de idade, a doença também
ocorre frequentemente no inverno e primavera. Com frequência maior de epidemias
em locais aglomerados como dormitórios estudantis, internatos e bases militares
(NUNES; GUIMARÃES,2013).
2.4.3 Sinais esintomas
Alguns sinais e sintomas são mais frequentes como febre muito alta e
calafrios, estado mental alterado, náuseas e vômitos, manchas roxas parecidas com
machucados, pontos avermelhados, fotofobia, cefaleia forte, rigidez na nuca, e dor
de cabeça. Outros sintomas também podem ocorrer como: Fontanelas
protuberantes, perda da consciência, inapetência e irritabilidade em crianças,
dispneia, modificações da postura da cabeça e pescoço com arqueamento para trás
(CREPALDI; et al.,2014).
2.4.4 Diagnóstico
O diagnóstico médico clínico acontece por meio do exame físico onde será
constatada a presença de erupções cutâneas como manchas, azul arroxeado na
pele, nuca rígida entre outros sinais. A suspeita pode ser constatada por meio da
punção lombar, onde o líquor cefalorraquidiano é coletado para análise (HAY; et al.,
2015).
Os testes para o diagnóstico são: Hemocultura; raio-X do tórax; exame de
contagem de células, glicose e proteínas; tomografia computadorizada da cabeça;
coloração de Gram e contagem de glóbulos brancos (RABESCO; et al., 2015).
2.4.5 Complicações
Problemas mais graves podem acontecer como complicações da meningite
bacteriana e dano cerebral, hidrocefalia, perda da audição, miocardite, convulsões e
hemorragia subdural (NAMANI; MILENKOVIĆ; KOCI, 2013).
19
2.4.6 Tratamento
Inicialmente, o tratamento é medicamentoso por meio de antibióticos pela via
endovenosa que deve ser iniciado com precocidade. Ainda podem ser usados
corticosteroides para que a inflamação diminua, com concomitância de mais
antibióticos associados para que a bactéria seja combatida (ESCOSTEGUY;
PEREIRA; MEDRONHO, 2017).
Após a identificação diagnóstica da bactéria, o tratamento deve seguir com a
escolha do antibiótico mais específico. Os sintomas também serão tratados por meio
de medicamentos que os controlem (GIANEZINI; VALVASSORI, 2015).
2.4.7 Prevenção
Vacina Meningocócica conjugada ACWY em três doses no primeiro ano de
vida (3, 5 e 7 meses) com dose de reforço entre 12 e 15 meses, mais reforços aos 5
e 11 anos, adolescentes duas doses com 5 anos de intervalo e dose única para os
adultos (FERREIRA; et al., 2013).
Os familiares e pessoas mais próximas do paciente com meningite devem
iniciar tratamento com antibióticos como medida profilática da doença. A observação
de sinais e sintomas nos comunicantes é importante para que se detecte com
antecedência a evolução do quadro clinico. Hábitos de higiene como a lavagem das
mãos antes e após a troca de fraldas e uso do banheiro devem ser praticados
sempre (RAFAEL; et al., 2017).
2.5 MENINGITE VIRAL
A forma viral da doença geralmente é causada pelos Enterovírus, essa forma
é menos agressiva do que a meningocócica ou bacteriana e apresenta baixa taxa de
mortalidade; tem resolução espontânea e na maioria dos casos, não é necessário o
tratamento específico (MACHADO et al.,2016).
Embora os Enterovírus sejam os agentes mais comuns da doença viral, há
também outras infecções que podem desencadear um processo infeccioso nas
20
meninges como HIV, Herpes, Caxumba, Varicela zoster, Mononucleose e
Citomegalovírus (NESI; et al., 2016).
2.5.1 Transmissão
O contato direto é a forma mais comum de transmissão dessa doença, porém
a partilha de objetos pessoais também é uma forma importante. Assim, pode-se citar
partilha de copos, pratos e talheres; tosse, espirro ou saliva; partilha de alimentos ou
bebidas; contatos mais próximos e fezes contaminadas (POBB; et al., 2014).
2.5.2 Fatores de risco
Qualquer pessoa pode ser contaminada com o vírus, contudo, há grupos que
são mais suscetíveis à doença, como crianças com idade até cinco anos, pessoas
com baixa imunidade devido a outras infecções, medicamentos ou transplantados de
órgãos recentes (VIEIRA et al., 2015).
2.5.3 Sinais esintomas
A forma viral apresenta os mesmos sinais e sintomas da bacteriana, porém,
de acordo com o agente etiológico viral e a sintomatologia apresentada a doença
possuirá quatro estágios (SILVA, 2016).
O primeiro estágio é a Síndrome infecciosa, que apresenta febre ou
hipotermia, anorexia, apatia e sintomas gerais de infecção. Em seguida, a Síndrome
de irritação radicular com sinais meníngeos característicos, quando há rigidez da
nuca, sinais de Köernig (incapacidade de estender a perna), Brudzinski (resistência
à flexão passiva do pescoço) e Lasègue (elevação de perna com joelho estendido)
(LEITE et al.,2014).
Logo após o segundo estágio acontece a Síndrome de hipertensão
intracraniana, onde apresentará cefaleia, êmese não relacionada à alimentação e
fundo do olho com edema de papila. O quarto estágio é a Síndrome encefalítica, o
qual apresenta sonolência e ou agitação, delírio e coma (KOROSHETZ, SWARTZ,
2015).
21
2.5.4 Diagnóstico
O diagnóstico é feito com exame físico realizado pelo médico neurologista, se
o paciente for adulto ou pediatra, caso o paciente seja criança. A confirmação do
diagnóstico se dá por meio da solicitação de exames laboratoriais de sangue, urina e
fezes, bem como, a análise da punção lombar, onde será identificado o agente
causador da doença (DIAS; et al., 2015).
2.5.5 Complicações
A meningite viral é a menos agressiva dentre todos os tipos de meningite
existentes, possui taxa de mortalidade bem menor que as demais e normalmente
possui cura espontânea. As sequelas da meningite viral são raras, porém podem
ocorrer em consequência da demora ou inadequação do tratamento. Dentre as
possíveis sequelas estão a perda de memória, diminuição da concentração e outros
problemas neurológicos (MARTINS, 2013).
2.5.6 Tratamento
O tratamento da doença consiste no período de repouso durante 7 a 10 dias,
até que a febre e demais sintomas sejam controlados com medicamentos prescritos,
recomenda-se também a ingestão de muita água para que a desidratação seja
evitada. Em casos de sintomas mais graves, o tratamento deve ser no ambiente
hospitalar com soroterapia e medicações intravenosas (GUIMARÃES, 2014).
2.5.7 Prevenção
A higiene pessoal é muito importante na prevenção da meningite. Portanto, a
lavagem das mãos seguida do uso do álcool em gel, principalmente, é recomendada
principalmente antes da manipulação dos alimentos, uso do banheiro, assoar o nariz
e espirrar e após trocar fraldas de crianças. Outra forma é manter a casa limpa com
banheiro arejado, evitar ar condicionado com filtros sujos, limpar superfícies da
cozinha e banheiro com cloro (AQUINO, 2016).
A higiene dos alimentos também é uma forma importante de se evitar a
doença, como o hábito de lavar os alimentos antes de cozinha-los, principalmente,
frutaselegumesedeixa-losdemolhoemsoluçãoclorídricaporalgumtempo(SILVA; et
al.,2017).
22
2.6 MENINGITE FÚNGICA
A forma de meningite causada por fungo é rara e acontece devido à
propagação do agente etiológico por meio da corrente sanguínea até chegar à
medula espinhal. Pessoas que se encontrem com baixa imunidade, são mais
susceptíveis à doença e o agente etiológico mais comum desse tipo da doença é o
fungo Cryptococcus (VIEIRA JÚNIOR; et al., 2015).
2.6.1 Transmissão
Esse tipo de meningite não é contagioso. O fungo se desenvolve a partir da
sua presença em algum lugar do organismo e posterior invasão na corrente
sanguínea; pode acontecer a introdução do agente de forma direta no (SNC); ou
mediante local de infecção próximo ao mesmo (MARTINS, 2013).
Do mesmo modo, pode-se adquiri-la após terapia medicamentosa que debilite
o sistema imunológico. Como por exemplo, esteroides, imunossupressores,
medicações indicadas para algumas formas de reumatismo e demais doenças
autoimunes (MORAES; VITAL, 2013).
Por outro lado, há variados tipos de fungos que podem ser transmitidos de
outras maneiras. O Cryptococcus pode ser adquirido por meio da inalação em
ambientes contaminados com histoplasma, fezes de aves e morcegos; o
Blastomyces é encontrado em ambientes que têm matéria orgânica em
decomposição; Coccidioides é detectado em lugares endêmicos, por meio da
inspiração de seus esporos e a Cândida que pode ser contraída em hospitais
(FERNANDES; et al., 2017).
2.6.2 Fatores de risco
Inicialmente, procedimentos e tratamentos de saúde que causem o
enfraquecimento do sistema imunológico, tornam maior o risco para adquirir a
infecção por fungos. Além disso, recém-nascidos prematuros, com grandes riscos de
contraírem Cândida, podem desenvolver a infecção, a qual é levada ao cérebro por
meio da corrente sanguínea (WEIS, 2016).
Pessoas que vivem em áreas consideradas endêmicas, como os Estados
Unidos, Filipinas e África podem ter o risco de obter a doença, aumentado. Nesses
23
países é comum encontrar excrementos e histoplasma de morcegos e outras aves,
bem como, grande número de fungos Crypococcus e Coccidioides. As mulheres
gestantes e pessoas com comprometimento imune também são mais propensas a
contrair a doença pelo fungo Coccidioides (VIRIATO, 2014).
2.6.3 Sinais esintomas
Os sintomas são semelhantes às demais formas de meningite. Observa-se a
febre, êmese e nuca enrijecida. Por meio desses, o médico irá investigar a causa da
infecção, devido à semelhança da sintomatologia. Portanto, é importante o
diagnóstico precoce (SILVA, 2015).
2.6.4 Diagnóstico
Ao serem detectados os sintomas prepostos, o médico pode solicitar a
tomografia computadorizada, punção lombar e hemocultura (GONÇALVES, 2015).
A tomografia cerebral computadorizada é solicitada quando há suspeita de
hipertensão intracraniana, confusão mental, bem como, perda de consciência. Esse
exame pode detectar anormalidades cerebrais.
Outra forma é a punção lombar, que consiste na coleta de uma amostra do
líquido cefalorraquidiano, onde será analisada a presença do agente etiológico da
doença. A hemocultura é coletada amostra de sangue da pessoa infectada e
conservada amostra para o crescimento do micro-organismo causador da doença.
Isso contribui para que o tratamento seja feito de forma eficaz (GOMES, et al.,
2017).
2.6.5 Complicações
As complicações que a infecção pode causar vão desde convulsões,
hidrocefalia, infarto cerebral, elevação da pressão intracraniana. Como sequelas
possíveis da meningite criptocócica, pode-se citar a surdez, deficiências visuais,
distúrbios na fala e motores e retardo mental (ALMEIDA, 2015).
2.6.6 Tratamento
Para o tratamento são utilizados antifúngicos com doses elevadas por um via
intravenosa durante um longo período, dependendo do quadro imunitário do
24
paciente e do agente fúngico que causou a doença. Pessoas que têm
comprometimento imunológico devido a outras doenças como a AIDS, diabetes ou
câncer, podem ter o tratamento ainda mais prolongado (DELUCIA, 2016).
2.6.7 Prevenção
Devem-se evitar ambientes que contenham fungos. Pessoas que sejam
imunodeprimidas devem evitar o contato com excrementos de aves, lugares
empoeirados, atividades que contenham processos de escavações e regiões
endêmicas. Não há vacina para a meningite fúngica (PALMEIRA et al.,2014).
25
3 MATERIAIS E MÉTODO
Para o estudo foi realizada uma análise descritiva com base em dados
estatísticos encontrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN), bem como, publicações científicas encontradas em bancos de dados como
SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e LILACS.
A descrição dos dados foi feita segundo análise das estatísticas encontradas
no SINAN, conforme frequência de casos por ano; faixas etárias atingidas;
prevalência e incidência na cidade de Redenção-PA entre os anos de 2010 a 2015.
Para o embasamento teórico da temática foi realizado levantamento de dados
sobre epidemiologia dos casos de meningite no mundo e na região escolhida com
seleção de livros, artigos científicos, anais e teses relacionados ao tema. Foram
critérios de inclusão: Livros atuais e artigos que tivessem informações sobre a
meningite; artigos científicos com data de publicação entre 2010 e 2017; que não
tratassem de estudo de casos e que foram escritos em Português.
Como critérios de exclusão, optou-se por: Publicações científicas anteriores a
2010; publicações que não estivessem diretamente interligadas ao tema em questão
e que foram publicadas em outro idioma diferente da Língua Portuguesa.
Após os achados, foram selecionados artigos que continham informações
relevantes conforme composição de cada parte do estudo, sendo a escolha
progressiva e constante por obras e publicações científicas decorrentes em todo o
processo de composição do mesmo.
Em seguida, reuniram-se todos os dados adquiridos e formulou-se o estudo
onde se associaram os dados ao tema proposto com resultados discutidos conforme
objetivo do mesmo.
Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é traçar o perfil epidemiológico
dos casos de meningite da cidade de Redenção-PA, no período de 2010 a 2015,
baseado em levantamento de dados da literatura e pesquisas sobre aspectos
epidemiológicos, preventivos e de controle das meningites consideradas infecciosas.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A ocorrência de casos de MGT no mundo, estimativamente, é de 500 mil
casos por ano com, aproximadamente, 50 mil óbitos. Sua alta letalidade varia entre 7
e 70%. Em países que têm boa assistência, pode chegar a 40% de letalidade;
acomete em maior escala crianças e jovens, porém, em epidemias pode acometer
todas as faixas etárias (BRASIL, 2016).
De acordo com o SINAN sobre os casos de meningite nos anos de 2010 a
2015, o Brasil apresentou 109.525 casos confirmados (BRASIL, 2016).
A Região Sudeste está em 1º lugar em número de casos notificados no país
com 53, 77%; seguida da Região Nordeste com 19%; Região Sul com 18,11%;
Região Centro-oeste com 4,73%; Região Norte com 3,77%. A região Sudeste apesar
de ter menor extensão territorial é a primeira em número de casos de meningite,
devido sua alta densidade populacional. Nunes e Guimarães (2013) apontam que
aglomerados de pessoas é um fator importante para o contágio da meningite.
A distribuição dos casos nos estados da região Norte aponta o Pará como
campeão com 51,47% dos de casos de meningites notificados, seguidos pelos
estados do Amazonas (21,84%); Rondônia (10,35%) e Tocantins (9,43%). Dias; et
al., (2017) destaca que as altas temperaturas durante mais da metade do ano é um
fator que predispõe clima favorável para disseminação da infecção.
Dentro do estado a capital Belém notifica cerca 80,49% dos casos notificados
entre 2010 a 2015; Santarém 2,95%; Parauapebas 1,89%; Tucuruí 1,61%. A cidade
de Redenção-PA apresentou dados de notificações da doença no mesmo período
de 1,59% dos casos (BRASIL,2016).
A tabela 1 mostra a incidência de casos de Meningite na cidade de Redenção-
PA discriminados de acordo com idade e ano de notificação. Pode-se constatar que
a MGT, no período estudado, acomete em maior número os adultos jovens com
idade entre 20 e 39 anos (29,41); seguidamente pelas menores de 1 ano de idade
com (23,52%) e as de 5 a 9 anos (14,7%).
Analogamente, observou-se que os casos de pessoas entre 20 e 39 anos
apresentou 30,65% dos casos no Estado do Pará no intervalo de cinco anos. Com
sequência para as idades entre 10 e 14 anos, 13,97%, 40 a 59 anos com 13,23%,
bem como, as crianças menores de 1 ano de idade com 11,39% e de 5 e 9 anos
com 10,66% (DATASUS,2017).
27
Tabela 1 - Prevalência de casos de Meningite por faixa etária em Redenção-PA Período: 2010-2015
Idade (anos) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total
Em branco/IGN 0 0 0 0 0 0 0
<1 Ano 1 2 2 1 1 1 8
1-4 1 1 0 0 1 0 3
5-9 0 1 0 0 1 3 5
10-14 0 0 0 0 1 1 2
15-19 0 0 0 3 1 0 4
20-39 4 1 3 0 2 0 10
40-59 1 1 0 0 0 0 2
60-64 0 0 0 0 0 0 0
65-69 0 0 0 0 0 0 0
70-79 0 0 0 0 0 0 0
80 e + 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 7 6 5 4 7 5 34
Extraído de: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net
Nunes e Guimarães (2013) enfatizam em seu estudo que a doença tem
tropismo pelos organismos infantis e jovens e que a vulnerabilidade é maior em
internatos e bases militares. Viana; et al., (2016) identificaram, no Estado de São
Paulo, 56,25% de crianças com mais de um ano de idade acometidas por meningite.
Gonçalves; et al., (2014) em um estudo realizado com 134 casos confirmados da
Meningite Menigocócica em Curitiba-PR, no período de janeiro de 2001 a dezembro
de 2012, constataram que 44% ocorreram em menores de 5 anos.
Outros estudos como o de Schossler et al., (2013) realizado com dados de 19
coordenadorias de saúde do Rio Grande do Sul, entre os anos de 1999 a 2010,
mostraram que em 3043 casos confirmados e notificados da doença, 52% são
crianças com menos de um ano de idade. Ferreira et al., (2015) em um estudo
realizado sobre o perfil epidemiológico da doença no estado do Pernambuco com
crianças entre 0 e 14 anos, encontraram 4.379 casos no período entre 2001 a 2010,
e desses 36,70% dos casos ocorreram em menores de um ano. Os dados dos
autores indicam que a meningite está entre as doenças mais frequentes na primeira
infância, o que reforça a incidência de casos em crianças.
28
É importante observar que os dados da doença no Estado do Pará e na
cidade de Redenção são equivalentes. E o fato de o maior número de casos no
período em questão, aconteceu na faixa etária entre 20 a 39 anos, essa relevância
de idade configura uma prevalência particular da infecção na região. A diferença
expressiva do percentual acentua que a incidência da doença em crianças revela
que o fator ambiental é importante para o contágio, visto que o estado do Pará,
assim como a cidade de Redenção, apresentaram índices menores de casos
notificados nas faixas etárias referentes amenores.
Sob a ótica da prevalência da doença por gênero, os dados mostram maior
número de casos conforme organizados na Tabela 2.
Tabela 2- Prevalência de número de casos de Meningite por sexo em Redenção-PA Período: 2010-2015
Sexo 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total
Masculino 4 3 5 3 4 3 22
Feminino 3 3 0 1 3 2 12
Total 34
Extraído de: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net
Quando levado em consideração o gênero, a meningite foi detectada com
maior prevalência no masculino com expressivos 64,7% e 35,3% no feminino. De
acordo com os achados de Crepaldi et al., (2014) onde foram comparados dados
epidemiológicos num setor de emergência na cidade de São Paulo, entre janeiro de
1998 a julho de 2010, dos 161 casos notificados, 54% acometeram o primeiro
gênero. Tais comparações condizem com a prevalência da doença em pessoas
desse gênero, pois os índices de casos são consideráveis em ambas as pesquisas,
por representarem percentual maior que 50% do total encontrado respectivamente.
Similarmente aos dados de Redenção, Hirose; Maluf; Rodrigues (2015)
definem em sua pesquisa que 56% dos casos acometidos pela infecção são
meninos. Essa característica se integra ao fato da doença em comunidades com
aglomerações de pessoas, visto que o gênero masculino tem maior frequência
nessecomportamento.
Campos et al., (2013) demonstra em seu estudo maior número de meninos
acometidos pela infecção, sobretudo, esse comparativose integraaos dados de
29
Redenção e dos demais estudos citados, que a prevalência da meningite no gênero
masculino é uma realidade local e nacional. Portanto, pode-se afirmar que a
meningite acomete, na maioria dos casos, o gênero masculino.
Na Região Norte, os casos mais prevalentes foram de Meningite Viral (MV)
(24,18%), Meningite não Especificada (21,7%) e 21,44% (MB) entre os anos de 2010
a 2015. Esses dados mostram a evidência de casos que aconteceram no Estado e
na cidade de Redenção-PA.
No município de Redenção, discordante dos dados regionais, não foram
registrados casos de meningite viral no período estudado. A distribuição dos casos
mostra que a MNE representa 35,3% das notificações. Seguidos de meningite
causadas por Streptococcus peneumoniae (20,8%) e meningite meningoencefálica
(14,7%). Enquanto 8,8% dos casos foram por meningite bacteriana: meningite por
Haemophilus influenzae (5,9%) e 2,9% de casos da doença por outras etiologias.
(Tabela 3).
Tabela 3 - Prevalência etiológica dos casos de Meningite por ano em Redenção-PA Período: 2010 - 2015
Ano IGN/EM BRANCO
MV MB MM MM+MCC MNE MP MH MOE Tot
al
2010 3 0 0 0 0 4 0 0 0 7
2011 0 0 0 1 0 1 4 0 0 6
2012 0 0 1 0 0 3 0 0 1 5
2013 0 0 0 1 0 1 2 0 0 4
2014 0 0 1 3 0 2 0 1 0 7
2015 0 0 1 0 1 1 1 1 0 5
Total 3 0 3 5 1 12 7 2 1 34
MCC: Meningococemia; MM: Meningite Meningocócica; MM+MCC: Meningite Meningocócica + Meningococemia; MB:Meningite Bacteriana; MNE: Meningite não especificada; MV: Meningite Viral; MOE: Meningite por outras Etiologias; MH:Meningite por Haemophilus influenzae; MP: Meningite por Streptococcus pneumoniae; Ign: Ignorado. Extraído de: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SinanNet
Garcia; et al., (2016), relataram em sua pesquisa 63% de casos de
Meningite Tuberculosa, em contraste com a prevalência na cidade de Redenção.
Considera-se que esses dados divergem, em outros pontos, visto que as localidades
estudadas pelos autores divergem, mas também são consideradas regiões de altas
temperaturas.Nessecaso,aprevalênciadaprimeirapesquisasedeveaoutros
30
fatores que podem estar associados à doença, como perfil econômico e baixa
imunidade.
Rabelo; et al., (2017) detectaram MB em 60% dos casos do seu estudo.
Gonçalves et al., (2014) afirmam em sua pesquisa que a MM é mais prevalente em
Curitiba-PR com identificação em 61% dos casos.
As divergências dessas pesquisas identificam uma variação da etiologia, o
que pode definir outros fatores determinantes para acontaminação.
É importante observar que a doença ocorreu com mais frequência no primeiro
semestre de cada ano. Observou-se que maior parte dos casos registrados, foram
nos meses de fevereiro e março. Portanto, os dados informam que a prevalência
aumentou durante os meses que antecedem o período de estiagem na cidade, mas
ainda há poucas chuvas. Isso revela que a humidade e o calor propiciam a
disseminação da doença.
Garcia; et al., (2016), Gonçalves et al., (2014) e Rabelo; et al., (2017)
observaram também que os autores revelam os dados das pesquisas em épocas
semelhantes em que o clima coincide em mudanças bruscas de temperaturas com
tendência a altas temperaturas. Esses pontos conferem aos agentes etiológicos da
meningite, capacidade de disseminação nesses períodos onde se consideram as
temperaturas instáveis ou com altos picos de calor.
Na cidade de Redenção, os casos da doença obedecem a essas
confirmações e os anos de prevalência coincidem em relação aos casos
aumentados em mesmas épocas em todo oestado.
31
5 CONCLUSÃO
O estudo trouxe o entendimento sobre a realidade da comunidade da Cidade
de Redenção-PA sobre o conhecimento das prevalências da meningite na região. A
partir dessa análise foi possível identificar dados importantes sobre a realidade da
doença na cidade, ao mesmo tempo em que permitiu a divulgação de mais informes
sobre a temática estudada.
Os resultados mostraram que a cidade de Redenção têm registros anuais de
casos de meningite, em consequência a vários fatores consideráveis para a sua
proliferação. Ainda foi possível identificar a prevalência de acordo com a idade,
gênero e etiologia.
Mensuraram-se os pontos em comuns e divergentes das prevalências na
busca por maiores descobertas sobre a doença, bem como, informações sobre a
prevenção. Uma vez que, ao observar o período de prevalência de casos, pode-se
evitar as aglomerações na época de chuvas inconstantes com mudanças bruscas de
temperatura.
Os dados obtidos no DATASUS possibilitaram o instrumento de pesquisa com
precisão de informações. Além de fornecerem aporte estrutural sólido para o
contexto do trabalho. Foi, portanto, fundamental para que sefornecessem
informações seguras para o aprendizado de todos comeficácia.
Como facilitadores, os livros classificados foram norteadores de vertentes que
enriqueceram as ideias nos conceitos utilizados. Ao mesmo tempo em que
diversificaram o estudo dentro do seu contexto conferindo-lhe dinâmica e clareza
aos pontos definidos eexplorados.
Igualmente, os artigos científicos que compuseram esse estudo, integraram a
temática uma forma de comparativos que enriqueceram as análises, bem como,
associaram o que foi percebido nos resultados com dados reais de outras pesquisas
exploratórias e experimentais. Dessa forma, esses recursos contribuíram com o teor
de informações determinantes para a discussão dos resultados com veemência.
Como contribuição para mais pesquisas, a proposta alcançada do estudo foi
atingida. Com a identificação do quantitativo de informações representadas em
percentualdarealidadedoconhecimentodoscasosdemeningitenacidadede
32
Redenção-PA, onde se ampliaram as vertentes para próximas investigações e
pesquisas.
Similarmente, para a população da cidade, os resultados contribuíram de
forma adversativa como base para melhor desempenho dos profissionais de saúde,
principalmente o enfermeiro, o qual é responsável pelas diversas formas de levar a
informação à comunidade por meio da Educação em Saúde.
O objetivo da pesquisa foi alcançado com resultados sobre a prevalência da
meningite por faixa etária se deu entre 20 e 39 anos com 29,41%; quanto ao sexo,
foi detectado o masculino como prevalente em 64,7%; etiologia de MNE em 35% dos
casos no decorrer do primeiro semestre de cada ano e como causas principais com
35,3% as mesmasMNE.
33
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