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2121 - 1] FESAR FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM ISABEL DIAS PEREIRA LILIAN PIRES MIRANDA NATALIA DA SILVA BEZERRA TATIANA TEIXEIRA DOS SANTOS PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NOTIFICADOS EM REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2015 REDENÇÃO-PA 2017

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2121 -

1]

FESAR

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA

CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ISABEL DIAS PEREIRA

LILIAN PIRES MIRANDA

NATALIA DA SILVA BEZERRA

TATIANA TEIXEIRA DOS SANTOS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NOTIFICADOS EM

REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2015

REDENÇÃO-PA

2017

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ISABEL DIAS PEREIRA

LILIAN PIRES MIRANDA

NATALIA DA SILVA BEZERRA

TATIANA TEIXEIRA DOS SANTOS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NOTIFICADOS EM

REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2015

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à conclusão do curso de Enfermagem da Faculdade Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Enfermagem em2017.

Área de contenção: Vigilância Epidemiológica

Orientador: Prof. Me. Adriano Badotti Grassi.

Redenção – Pa 2017

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ISABEL DIAS PEREIRA

LILIAN PIRES MIRANDA

NATALIA DA SILVA BEZERRA

TATIANA TEIXEIRA DOS SANTOS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NOTIFICADOS EM

REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2015

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do grau

de Bacharel em Enfermagem do Curso de Bacharelado de Enfermagem da

Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunido e aprovado em sua forma final

em:\\ .

Profº. Esp. Diogo Amaral Barbosa

Coordenador do Curso de Enfermagem

Apresentado à banca examinadora composta pelos Professores

Prof. Me. Adriano Badotti Grassi - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida – FESAR (Orientador)

Profº. Esp. Diogo Amaral Barbosa - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR - (Examinador)

Profº. Me. Douglas Mroginski Weber - Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida - FESAR (Examinador)

REDENÇÃO – PARÁ

2017

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho primeiramente а Deus e aos nossos

pais, pois sem eles este trabalho e muitos dos nossos sonhos

não se realizariam.

A todos os familiares que nos apoiaram e não mediram

esforços para qυе chegássemos até esta etapa das nossas

vidas.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, Pai eterno e amoroso que

em sua infinita bondade nos proporcionou a vida com a qual

podemos desempenhar esta atividade;

Às nossas famílias que nos apoiaram e souberam compreender

todos os momentos de distância e ausência;

A todos os funcionários e professores que nos acompanharam

durante a graduação. Em especial, ao coordenador do nosso

curso e ao orientador, pela dedicação;

Aos nossos esposos, pelo apoio e por acreditar em nós.

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EPÍGRAFE

“Enfermagem é a arte de cuidar incondicionalmente, é cuidar

de alguém que você nunca viu na vida, mas mesmo assim,

ajudar e fazer o melhor por ela. Não se pode fazer isso apenas

por dinheiro... Isso se faz por e comamor!”

Angélica Tavares

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RESUMO

Meningite é a infecção das meninges, ou membranas que envolvem o Sistema Nervoso Central. Essa doença pode ter várias etiologias, como bactérias, vírus, fungos e traumas. As formas bacteriana e viral são as mais frequentes e graves, visto que podem causar sequelas e até a morte. A meningite meningocócica é a mais contagiosa e é causada pela Neisseria meningitidis, Os sintomas mais comuns da doença são cefaleia intensa, náusea, êmese, confusão mental, mal-estar, agitação e rigidez da nuca. O tratamento é emergencial, com medicamentos específicos por via intravenosa. A identificação dos sintomas deve ser precoce para que o tratamento se inicie o quanto antes, para que se evitem complicações e sequelas para audição e a visão. A pesquisa consiste numa análise descritiva baseada em dados estatísticos do Sistema de Informação de Agravos e Notificação, além de publicações científicas selecionadas a partir dos bancos de dados virtuais como SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde e LILACS. Teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico dos casos de meningite na cidade de Redenção-PA durante os anos de 2010 a 2015. Como resultados, a cidade apresentou maior prevalência entre a faixa etária de 20 a 39 anos com 29,41% dos casos e menor percentual entre 15 a 19 anos com 11%. Quanto aos casos considerados pela frequência de sexo, foram prevalentes 67% masculino em comparação a 35,3% feminino. Nos anos de 2010 e 2014 ocorreu o maior número de casos no primeiro semestre entre os meses de março a junho, com prevalência de 35,3% da forma de meningite não especificada (MNE) seguidos de 20,8% da meningite pneumocócica (MP), 14,7% da forma meningoencefálica (MM); 5,9% por Haemophilus influenzae (MB) e 2,9% por outras etiologias. O estudo traçou o perfil epidemiológico sobre a prevalência de casos de meningite na cidade de Redenção-PA e trouxe mais entendimento à comunidade sobre a realidade da doença, ainda foi observado que o período de prevalência dos casos ocorre em períodos chuvosos no primeiro semestre anual, o que pode ser considerado como ponto de partida para medidas profiláticas para a comunidade.

Palavras-chave: Meningites. Epidemiologia. Profiláticas.

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ABSTRACT

Meningitis is the infection of the meninges, or membranes that involve the Central Nervous System. This disease can have several etiologies, such as bacteria, viruses, fungi and traumas. The bacterial and viral forms are the most frequent and serious, since they can cause sequels and even death. Meningococcal meningitis is the most contagious and is caused by Neisseria meningitidis. The most common symptoms of the disease are severe headache, nausea, emesis, confusion, malaise, agitation and stiff neck. Treatment is emergency, with specific intravenous medications. The identification of the symptoms should be early so that the treatment starts as soon as possible, so as to avoid complications and sequelae for hearing and vision. The research consists of a descriptive analysis based on statistical data of the Aggravation and Notification Information System, as well as scientific publications selected from the virtual databases such as SciELO, Virtual Health Library and LILACS. The objective of this study was to trace the epidemiological profile of meningitis cases in the city of Redenção-PA during the years 2010 to 2015. As a result, the city presented a higher prevalence among the 20-39 age group with 29,41% of cases and a lower percentage between 15 and 19 years old with 11%. Regarding the cases considered by gender frequency, 67% were male compared to 35.3% female. In 2010 and 2014, the highest number of cases occurred in the first semester between March and June, with a prevalence of 35.3% of unspecified meningitis (MNE) followed by 20.8% of pneumococcal meningitis (MP ), 14.7% of the meningoencephalic form (MM); 5.9% by Haemophilus influenzae (MB) and 2.9% by other etiologies. The study outlined the epidemiological profile on the prevalence of meningitis cases in the city of Redenção-PA and brought more understanding to the community about the reality of the disease, it was still observed that the period of prevalence of cases occurs in rainy periods in the first semester, which can be considered as a starting point for prophylactic measures for thecommunity.

Keywords: Meningitis. Epidemiology. Profiláticas

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

2 REVISÃOBIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 14

2.1 CONTEXTO HISTÓRICODA MENINGITE ............................................................. 14

2.2 PATOGENIADAMENINGITE ................................................................................. 15

2.3 AGENTESETIOLÓGICOS ..................................................................................... 15

QUADRO 1 – LISTA DE AGENTES ETIOLÓGICOSDA MENINGITE .......................... 16

2.4 MENINGITEBACTERIANA .................................................................................... 17

2.4.1 Transmissão ...................................................................................................... 17

2.4.2 Fatoresderisco .................................................................................................. 18

2.4.3 Sinaise sintomas ............................................................................................... 18

2.4.4 Diagnostico……………………………………………………………………………..18

2.4.5 Complicações .................................................................................................... 19

2.4.6 Tratamento. ....................................................................................................... 19

2.4.7 Prevenção. ......................................................................................................... 19

2.5 MENINGITEVIRAL ................................................................................................. 19

2.5.1 Transmissão ...................................................................................................... 20

2.5.2 Fatoresderisco .................................................................................................. 20

2.5.3 Sinaise sintomas ............................................................................................... 20

2.5.4 Diagnóstico ....................................................................................................... 21

2.5.5 Complicações .................................................................................................... 21

2.5.6 Tratamento ........................................................................................................ 21

2.5.7 Prevenção .......................................................................................................... 21

2.6 MENINGITEFÚNGICA ........................................................................................... 22

2.6.1 Transmissão ...................................................................................................... 22

2.6.2 Fatoresderisco .................................................................................................. 22

2.6.3 Sinaise sintomas ............................................................................................... 23

2.6.4 Diagnóstico ....................................................................................................... 23

2.6.5 Complicações .................................................................................................... 23

2.6.6 Tratamento……………………………………………………………………………...24

2.6.7 Prevenção.............................................................................................................24

3 MATERIAIS EMÉTODO ........................................................................................... 25

4 RESULTADOSEDISCUSSÃO .................................................................................. 26

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TABELA1 – PREVALÊNCIA DE MENINGITE POR FAIXA ETÁRIA EM REDENÇÃO-

PA ................................................................................................................................ 27

TABELA 2 – PREVALÊNCIA DE MENINGITE POR SEXOEMREDENÇÃO-PA... 28

TABELA 3 – PREVALÊNCIA ETIOLÓGICA DOS CASOS DE MENINGITE POR ANO

EM REDENÇÃO PARÁ – PERIODO: 2010-2015......................................................... 29

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 33

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1 INTRODUÇÃO

Meningite (MGT) é o nome que recebe a infecção das meninges, que são

membranas que envolvem o cérebro. Tal infecção pode ter várias causas como:

bactérias, vírus, protozoários ou fungos, porém, quando a doença compromete

também o tecido cerebral, é chamada de meningoencefalite. De acordo com o

preposto, essa doença está entre as mais importantes, pois acomete o sistema mais

importante do corpo, o Sistema Nervoso Central (SNC) (TORTORA; CASE; FUNKE,

2016).

O Sistema Nervoso Central é composto de um tecido delicado. Isso faz com

que haja necessidade de ser protegido por outras estruturas como crânio, meninges,

líquido cerebroespinal ou líquor e barreira hematoencefálica. As meninges são

membranas que envolvem o SNC, as quais recebem o nome de: Dura-máter,

Aracnoide e Pia-máter. Portanto, três membranas, com espessura de relação direta

aos nomes que recebem e com o grau de aproximação do SNC (HANSEN, 2015).

De acordo com a formação das meninges, a Pia-máter é mais espessa e

resistente, pois é composta de tecido conjuntivo rico em fibras de colágeno, nervos,

vasos e está localizada mais superficialmente. A principal irrigação da dura-máter

vem da artéria meníngea média, ramo da maxilar (NETTER, 2000).

Aracnoide é uma membrana delgada, que se separa da dura-máter por meio

do espaço subdural, o qual contém pouca quantidade de líquor, para que lubrifique

as superfícies contactantes das membranas. Além disso, o líquor cefalorraquidiano,

que é um fluido incolor aquoso, tem a função especial de proteger o SNC contra

impactos mecânicos no espaço subaracnóideo (HALL, 2017).

Embora o SNC tenha um sistema de proteção própria, não está livre de

infecções, pois há meningites que se desenvolvem por meio de vários agentes

etiológicos, porém, pode-se citar entre as mais consideráveis: A meningite viral e

bacteriana, devido a sua frequência e grau de complicações (FERREIRA et al.,

2015).

A forma viral, causada por Enterovírus, não é tão agressiva quanto à

bacteriana, pois, possui baixa taxa de mortalidade; sua resolução é espontânea e

não é necessário, na maioria dos casos, tratamento específico. Alguns vírus

causadores de doenças podem causar esse tipo de meningite: HIV, Herpes,

Caxumba, Varicela zoster, Epstein-Barr e Citomegalovírus. Desse modo, essa forma

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não oferece maiores riscos como a bacteriana, uma vez que, pode ter cura conforme

resposta de defesa espontânea do organismo (PESSUTI; SORIANO; MACIEL,

2016).

A forma bacteriana é considerada mais grave. É causada por Streptococcus

pneumoniae e Haemophilus influenzae, entre outras, que também podem causar a

doença, essas são as mais frequentes juntamente com a meningocócica. Além

disso, doenças como a sífilis e tuberculose podem aumentar o grau de complicação

e causarem a doença em crianças e adultos. Esse tipo de meningite necessita de

tratamento e cuidados específicos (AGUIAR FILHO; MONTEIRO,2016).

A meningite meningocócica é uma forma altamente contagiosa e infecciosa

de meningite, causada pela bactéria Neisseria meningitidis. De acordo com a

Organização Mundial da Saúde (OMS), em 20 anos foram registrados quase 1

milhão de casos e entre esses, registraram-se óbitos de 100 mil pessoas. A maior

parte dos casos é decorrente da região africana e mesmo com diagnóstico e

tratamento adequados e precoces, há morte entre 5 e 10% nas primeiras 24 ou 48

horas após manifestarem os primeiros sintomas, além de 50% dos casos resultarem

em morte quando não têm o tratamento adequado (LEVINSON,2016).

Os sintomas da MGT se caracterizam com cefaleia intensa, náuseas, vômitos

e confusão mental; o paciente apresenta sinais de infecção como: febre alta, mal-

estar, agitação psicomotora e rigidez da nuca, como forma de identificação de

inflamação meníngea. Porém, quando a meningite atinge crianças, não é fácil de ser

identificada por não haver queixa de cefaleia ou sinais de irritação das meninges

(MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2015).

Há nos pacientes infantis a presença de quadros de febre, irritabilidade,

vômitos, abaulamento de fontalena, convulsões e prostração. Em conformidade com

a autora, pode-se observar que a MGT, independente da forma bacteriana ou viral,

pode apresentar sintomas em pacientes adultos e não apresentar evidências em

pacientes pediátricos (GANANÇA; et al., 2017).

Consequentemente, o tratamento para meningite é emergencial, com maior

destaque para a forma bacteriana, considerada doença aguda, consiste na

administração de medicamentos específicos por via intravenosa, por apresentar

risco de vida ou sequelas graves para o paciente. Por outro lado, a forma crônica,

como por exemplo, a MGT proveniente da tuberculose, pode tero tratamento

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medicamentoso por via oral, porém com maior duração no tempo de uso (ARCHE;

POLK, 2015).

Para profilaxia e controle, há medidas para os contatos mais próximos do

paciente como a quimioprofilaxia, que é feita antes que apareçam novos casos ao se

detectarem o primeiro, os quais aparecem frequentemente num prazo de 48 horas.

Todavia, a vacinação de sorogrupo é considerada a forma mais segura e eficaz de

profilaxia, a mesma foi implantada a partir de 2010 no calendário de vacinação

brasileiro para crianças de 1 ano de idade e posteriormente, em 2015 foi

disponibilizada também para crianças de 5 anos de idade (BRASIL, 2016).

Dentro desse contexto, a Região Norte do Brasil, entre 2000 a 2009, teve uma

média de 939 casos confirmados por ano, o que representa 4% do total de casos

notificados no território nacional. O Pará é um Estado da Região Norte em que foram

notificados 1.501 casos de MGT entre 2005 e 2010; entre outros municípios do

Estado, a cidade de Redenção-PA, população estimada em 82.464 habitantes

apresenta notificações consideráveis entre os anos de 2010 a 2015, o que é digno

de atenção (BRASIL,2016).

Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é traçar o perfil epidemiológico

dos casos de meningite da cidade de Redenção-PA, no período de 2010 a 2015,

conforme registros de notificações da doença, no Sistema de Informação de Agravos

de Notificação (SINAN), para um melhor entendimento da realidade da MGT na

cidade e prospectivas ações de prevenção.

Diante das ocorrências de casos de meningite no Estado do Pará e em

especial, a ocorrência de casos registrados na cidade de Redenção-PA entre 2010 a

2015, observou-se que há a necessidade de se conhecer a patologia e os aspectos

que se relacionam para a atuação da forma preventiva e curativa eficazmente

(BRASIL, 2016).

Portanto, justifica-se o presente estudo como fonte de conhecimento para as

equipes de saúde do município de Redenção-PA, bem como, tendo em vista que

essa classe de profissionais interage diretamente com as pessoas na atenção básica

e secundária, portanto, a perspectiva de identificação de doenças na atenção

primária é fundamental e para que isso seja possível, o conhecimento sobre a

patologia em questão é primordial para a prevenção e cuidados (GALAVOTE; et al.,

2016).

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Por outro lado, ao se identificarem casos de meningite, é necessário que a

Equipe de saúde, principalmente a Enfermagem, esteja preparada para lidar com os

cuidados diretos ao paciente sem riscos de contaminação, além da promoção de

cuidados adequados, prevenindo assim, intercorrências durante o tratamento

(GIROTI; GARANHANI, 2015).

O estudo beneficia também toda a sociedade com dados que são a realidade

da comunidade, visto que as pessoas devem ser informadas sobre a identificação e

tratamento da meningite, bem como, os cuidados que podem preveni-la. Dessa

forma, os casos que hoje se registram estatisticamente na região podem diminuir ou

serem erradicados do ponto de vista de problema de saúde pública (BOMFIM, et al.,

2016).

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesta etapa do estudo, levantaram-se conceitos sobre a meningite com a

finalidade de que seja compreendida, bem como, o ínterim do trabalho desenvolvido.

Dessa forma, seguem-se os conceitos mais relevantes para o tema sobre o contexto

histórico da meningite; patologia; agente etiológico; modo de transmissão; resposta

imunológica; manifestações clínicas; diagnóstico e tratamento.

2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DAMENINGITE

Desde muito tempo, a MGT é uma doença conhecida, porém as

manifestações clínicas foram desconhecidas por muitos anos. Por volta de 1.805 em

Genebra, o médico M. Vieusseux identificou e descreveu a sintomatologia de uma

possível meningite cérebro-espinhal (KUMAR; ASTER; ABBAS, 2015).

No século XIX a doença causou epidemias frequentes pela Europa, com

identificação principal em guarnições e acampamentos militares. Por volta de 1887,

o médico alemão Anton Weichelbaum, fez a descoberta sobre uma bactéria que era

responsável por epidemias, a qual chamou de Diplococcus intracellularis e que logo

ficou conhecida também como meningococo de Weichselbaum (WALDMAN; SATO,

2016).

Logo em 1906, exames bacterioscópicos realizados pelos doutores Adolfo

Lutz e Teodoro Baima, identificaram os meningococos de Weichselbaum, em

amostras de líquido cefalorraquidiano pediátrico de imigrantes advindos de Portugal

e Espanha. Na Europa, já existia a soroterapia para os casos da doença, porém não

era totalmente satisfatório, pois havia a concomitância de outras infecções

bacterianas com consequentes choques anafiláticos (SHNEIDER; et al.,2015)

A primeira epidemia no Brasil ocorreu em 1842. Houve registro aproximado

de 20 casos entre pessoas moradoras da Praia Vermelha, na cidade do Rio de

Janeiro. Em São Paulo, os primeiros casos surgiram em fevereiro de 1906, com a

chegada de imigrantes europeus do navio Provence, com confirmação laboratorial

realizada por Adolpho Lutz (SANTOS; GOMES; SILVEIRA,2016).

Entretanto, no Brasil, o tratamento para a doença era paliativo, sem medidas

de prevenção e controle. O início da produção do soro para o tratamento da

meningite só teve início no país em 1920 por meio do Dr. Miguel Couto (SOUZA;

GAGLIANE, 2013).

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15

2.2 PATOGENIA DAMENINGITE

MGT é um termo atribuído à inflamação das meninges. Portanto, a doença

consiste na inflamação das membranas protetoras que envolvem o cérebro e a

medula espinhal. Como achados macroscópicos, pode-se citar o achatamento das

circunvoluções cerebrais causados pelo edema; dilatação e congestão das

leptomeninges; infiltrado de neutrófilos; área purulenta com presença de exsudato

fibrinoso (DUNCAN, 2014).

É importante que essa doença seja identificada precocemente para que se

inicie adequadamente seu tratamento e sejam evitadas complicações como a perda

da audição e da visão (DURO; et al., 2017).

2.3 AGENTESETIOLÓGICOS

A meningite tem causas variadas sendo de grande importância a identificação

do agente infeccioso. Entre estes, pode-se citar: bactérias, vírus, fungos e outros

agentes não infecciosos, como por exemplo, traumatismos. As formas consideradas

mais preocupantes são as infecciosas bacteriana e viral, devido o grande potencial

que têm em causarem surtos endêmicos, o que a torna um problema de saúde

pública (DIAS; et al., 2017). Observada a representação no Quadro 1.

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QUADRO 1 – LISTA DE AGENTES ETIOLÓGICOS DA MENINGITE

Grupo Agente Etiológico

Bactérias Neisseria meningitidis

Haemophilus influenzae

Streptococcus pneumoniae

Mycobacterium tuberculosis

Staphylococcus aureus

Pseudomona aeruginosa

Escherichia coli

Klebsiella sp.

Enterobacter sp.

Salmonella sp.

Proteus sp.

Listeria monocytogenes

Leptospira sp.

RNA Vírus Enterovírus

Echovirus

Coxsackievirus

Arbovírus

Vírus da febre do Nilo

Ocidental

Vírus da Caxumba

Vírus do Sarampo

Arenavírus

vírus da coriomeningite linfocitária

HIV 1

DNA Vírus Vírus do grupo Herpes

Herpes simples tipo 1 e 2

Varicela Zoster

Adenovirus

Epstein Barr

Citomegalovírus

Fungos Cryptococcus neoformans

Candida albicans

Candida. Tropicalis

Histoplasma capsulatum,

Paracoccidioides brasiliensis

Aspergillus fumigatus

Protozoários Toxoplasmagondii

Trypanosomacruzi

Plasmodium sp.

Helmintos Taenia solium (infecção

larvária e por cisticerco)

Angiostrongylus

cantonensis(helminto do caramujo

africano)

Extraído de: http://portalsaude.saude.gov.br

A forma bacteriana possui como agentes principais a Neisseria meningitidis,

que é uma bactéria gram-negativa com sorotipos classificadas segundo o antígeno

polissacarídeo da cápsula. Tem como frequência os A, B, C, W135 e Y. De acordo

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com os antígenos proteicos localizados na sua parede externa, também são

classificadas em sorotipos e subtipos (RODRIGUES, 2015).

O Mycobacterium tuberculosis é um bacilo não esporulado, aflagelado, não

produtor de toxinas. Essa forma de bactéria necessita de oxigênio para se proliferar,

considerado por isso aeróbio estrito; morfologicamente tem a estrutura de bastonete,

mede de 1 a 4 micro, considerado álcool-ácido-resistente (GUALBERTO, 2014).

Outro agente é o Haemophilus influenzae que é uma bactéria gram-negativa,

com classificação atual em seis sorotipos: a, b, c, d, e, f, que se diferem entre si pela

cápsula antigênica polissacarídica. A forma desprovida de cápsula é saprófita e

pode ser encontrada nas vias respiratórias e causa doenças como bronquite,

sinusite e otite em pessoas de qualquer faixa etária. Enquanto o tipo “b” causa

meningite, septicemia, pneumonia, epiglotite, artrite séptica, osteomielite e

pericardite (SCHOSSLER; et al., 2013). O Streptococcus pneumoniae é outro agente

de forma esférica disposto aos pares, alfa-hemolítico que apresenta acima de 90

sorotipos capsulares (RIOS,2017).

2.4 MENINGITE BACTERIANA

Essa forma também é conhecida como meningite meningocócica,

caracterizada pela inflamação causada por bactérias nas meninges. É a forma mais

grave da doença e pode ser provocada pelos três tipos principais: Neisseria

meningitidis, Mycobacterium tuberculosis e Haemophilus influenzae. Observa-se que

mais de 80% dos casos diagnosticados de meningite são provocados por bactérias

(BOGLIOLO; BRASILEIRO FILHO; BARBOSA, 2013).

Ocasionalmente, esses organismos infectam a área cerebral sem motivos

aparentes, ou em outros casos, a infecção pode ser causada por meio de feridas na

cabeça e anomalia imunológicas (SERAFIN; et al., 2017).

2.4.1 Transmissão

A transmissão acontece de forma direta, pessoa a pessoa, por meio das

gotículas emitidas com a tosse, espirro e beijo. Algumas pessoas, embora não

estejam doentes, podem abrigar o meningococo na garganta e transmiti-lo, esses

são chamados de portadores sãos (RABELO; et al., 2017).

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2.4.2 Fatores de risco

Pessoas que apresentam infecções crônicas do nariz, do ouvido, pneumonia

e alcóolatras são mais predisponentes à meningite bacteriana. Bem como, a faixa

etária infantil de entre um mês de vida à dois anos de idade, a doença também

ocorre frequentemente no inverno e primavera. Com frequência maior de epidemias

em locais aglomerados como dormitórios estudantis, internatos e bases militares

(NUNES; GUIMARÃES,2013).

2.4.3 Sinais esintomas

Alguns sinais e sintomas são mais frequentes como febre muito alta e

calafrios, estado mental alterado, náuseas e vômitos, manchas roxas parecidas com

machucados, pontos avermelhados, fotofobia, cefaleia forte, rigidez na nuca, e dor

de cabeça. Outros sintomas também podem ocorrer como: Fontanelas

protuberantes, perda da consciência, inapetência e irritabilidade em crianças,

dispneia, modificações da postura da cabeça e pescoço com arqueamento para trás

(CREPALDI; et al.,2014).

2.4.4 Diagnóstico

O diagnóstico médico clínico acontece por meio do exame físico onde será

constatada a presença de erupções cutâneas como manchas, azul arroxeado na

pele, nuca rígida entre outros sinais. A suspeita pode ser constatada por meio da

punção lombar, onde o líquor cefalorraquidiano é coletado para análise (HAY; et al.,

2015).

Os testes para o diagnóstico são: Hemocultura; raio-X do tórax; exame de

contagem de células, glicose e proteínas; tomografia computadorizada da cabeça;

coloração de Gram e contagem de glóbulos brancos (RABESCO; et al., 2015).

2.4.5 Complicações

Problemas mais graves podem acontecer como complicações da meningite

bacteriana e dano cerebral, hidrocefalia, perda da audição, miocardite, convulsões e

hemorragia subdural (NAMANI; MILENKOVIĆ; KOCI, 2013).

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2.4.6 Tratamento

Inicialmente, o tratamento é medicamentoso por meio de antibióticos pela via

endovenosa que deve ser iniciado com precocidade. Ainda podem ser usados

corticosteroides para que a inflamação diminua, com concomitância de mais

antibióticos associados para que a bactéria seja combatida (ESCOSTEGUY;

PEREIRA; MEDRONHO, 2017).

Após a identificação diagnóstica da bactéria, o tratamento deve seguir com a

escolha do antibiótico mais específico. Os sintomas também serão tratados por meio

de medicamentos que os controlem (GIANEZINI; VALVASSORI, 2015).

2.4.7 Prevenção

Vacina Meningocócica conjugada ACWY em três doses no primeiro ano de

vida (3, 5 e 7 meses) com dose de reforço entre 12 e 15 meses, mais reforços aos 5

e 11 anos, adolescentes duas doses com 5 anos de intervalo e dose única para os

adultos (FERREIRA; et al., 2013).

Os familiares e pessoas mais próximas do paciente com meningite devem

iniciar tratamento com antibióticos como medida profilática da doença. A observação

de sinais e sintomas nos comunicantes é importante para que se detecte com

antecedência a evolução do quadro clinico. Hábitos de higiene como a lavagem das

mãos antes e após a troca de fraldas e uso do banheiro devem ser praticados

sempre (RAFAEL; et al., 2017).

2.5 MENINGITE VIRAL

A forma viral da doença geralmente é causada pelos Enterovírus, essa forma

é menos agressiva do que a meningocócica ou bacteriana e apresenta baixa taxa de

mortalidade; tem resolução espontânea e na maioria dos casos, não é necessário o

tratamento específico (MACHADO et al.,2016).

Embora os Enterovírus sejam os agentes mais comuns da doença viral, há

também outras infecções que podem desencadear um processo infeccioso nas

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meninges como HIV, Herpes, Caxumba, Varicela zoster, Mononucleose e

Citomegalovírus (NESI; et al., 2016).

2.5.1 Transmissão

O contato direto é a forma mais comum de transmissão dessa doença, porém

a partilha de objetos pessoais também é uma forma importante. Assim, pode-se citar

partilha de copos, pratos e talheres; tosse, espirro ou saliva; partilha de alimentos ou

bebidas; contatos mais próximos e fezes contaminadas (POBB; et al., 2014).

2.5.2 Fatores de risco

Qualquer pessoa pode ser contaminada com o vírus, contudo, há grupos que

são mais suscetíveis à doença, como crianças com idade até cinco anos, pessoas

com baixa imunidade devido a outras infecções, medicamentos ou transplantados de

órgãos recentes (VIEIRA et al., 2015).

2.5.3 Sinais esintomas

A forma viral apresenta os mesmos sinais e sintomas da bacteriana, porém,

de acordo com o agente etiológico viral e a sintomatologia apresentada a doença

possuirá quatro estágios (SILVA, 2016).

O primeiro estágio é a Síndrome infecciosa, que apresenta febre ou

hipotermia, anorexia, apatia e sintomas gerais de infecção. Em seguida, a Síndrome

de irritação radicular com sinais meníngeos característicos, quando há rigidez da

nuca, sinais de Köernig (incapacidade de estender a perna), Brudzinski (resistência

à flexão passiva do pescoço) e Lasègue (elevação de perna com joelho estendido)

(LEITE et al.,2014).

Logo após o segundo estágio acontece a Síndrome de hipertensão

intracraniana, onde apresentará cefaleia, êmese não relacionada à alimentação e

fundo do olho com edema de papila. O quarto estágio é a Síndrome encefalítica, o

qual apresenta sonolência e ou agitação, delírio e coma (KOROSHETZ, SWARTZ,

2015).

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2.5.4 Diagnóstico

O diagnóstico é feito com exame físico realizado pelo médico neurologista, se

o paciente for adulto ou pediatra, caso o paciente seja criança. A confirmação do

diagnóstico se dá por meio da solicitação de exames laboratoriais de sangue, urina e

fezes, bem como, a análise da punção lombar, onde será identificado o agente

causador da doença (DIAS; et al., 2015).

2.5.5 Complicações

A meningite viral é a menos agressiva dentre todos os tipos de meningite

existentes, possui taxa de mortalidade bem menor que as demais e normalmente

possui cura espontânea. As sequelas da meningite viral são raras, porém podem

ocorrer em consequência da demora ou inadequação do tratamento. Dentre as

possíveis sequelas estão a perda de memória, diminuição da concentração e outros

problemas neurológicos (MARTINS, 2013).

2.5.6 Tratamento

O tratamento da doença consiste no período de repouso durante 7 a 10 dias,

até que a febre e demais sintomas sejam controlados com medicamentos prescritos,

recomenda-se também a ingestão de muita água para que a desidratação seja

evitada. Em casos de sintomas mais graves, o tratamento deve ser no ambiente

hospitalar com soroterapia e medicações intravenosas (GUIMARÃES, 2014).

2.5.7 Prevenção

A higiene pessoal é muito importante na prevenção da meningite. Portanto, a

lavagem das mãos seguida do uso do álcool em gel, principalmente, é recomendada

principalmente antes da manipulação dos alimentos, uso do banheiro, assoar o nariz

e espirrar e após trocar fraldas de crianças. Outra forma é manter a casa limpa com

banheiro arejado, evitar ar condicionado com filtros sujos, limpar superfícies da

cozinha e banheiro com cloro (AQUINO, 2016).

A higiene dos alimentos também é uma forma importante de se evitar a

doença, como o hábito de lavar os alimentos antes de cozinha-los, principalmente,

frutaselegumesedeixa-losdemolhoemsoluçãoclorídricaporalgumtempo(SILVA; et

al.,2017).

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2.6 MENINGITE FÚNGICA

A forma de meningite causada por fungo é rara e acontece devido à

propagação do agente etiológico por meio da corrente sanguínea até chegar à

medula espinhal. Pessoas que se encontrem com baixa imunidade, são mais

susceptíveis à doença e o agente etiológico mais comum desse tipo da doença é o

fungo Cryptococcus (VIEIRA JÚNIOR; et al., 2015).

2.6.1 Transmissão

Esse tipo de meningite não é contagioso. O fungo se desenvolve a partir da

sua presença em algum lugar do organismo e posterior invasão na corrente

sanguínea; pode acontecer a introdução do agente de forma direta no (SNC); ou

mediante local de infecção próximo ao mesmo (MARTINS, 2013).

Do mesmo modo, pode-se adquiri-la após terapia medicamentosa que debilite

o sistema imunológico. Como por exemplo, esteroides, imunossupressores,

medicações indicadas para algumas formas de reumatismo e demais doenças

autoimunes (MORAES; VITAL, 2013).

Por outro lado, há variados tipos de fungos que podem ser transmitidos de

outras maneiras. O Cryptococcus pode ser adquirido por meio da inalação em

ambientes contaminados com histoplasma, fezes de aves e morcegos; o

Blastomyces é encontrado em ambientes que têm matéria orgânica em

decomposição; Coccidioides é detectado em lugares endêmicos, por meio da

inspiração de seus esporos e a Cândida que pode ser contraída em hospitais

(FERNANDES; et al., 2017).

2.6.2 Fatores de risco

Inicialmente, procedimentos e tratamentos de saúde que causem o

enfraquecimento do sistema imunológico, tornam maior o risco para adquirir a

infecção por fungos. Além disso, recém-nascidos prematuros, com grandes riscos de

contraírem Cândida, podem desenvolver a infecção, a qual é levada ao cérebro por

meio da corrente sanguínea (WEIS, 2016).

Pessoas que vivem em áreas consideradas endêmicas, como os Estados

Unidos, Filipinas e África podem ter o risco de obter a doença, aumentado. Nesses

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países é comum encontrar excrementos e histoplasma de morcegos e outras aves,

bem como, grande número de fungos Crypococcus e Coccidioides. As mulheres

gestantes e pessoas com comprometimento imune também são mais propensas a

contrair a doença pelo fungo Coccidioides (VIRIATO, 2014).

2.6.3 Sinais esintomas

Os sintomas são semelhantes às demais formas de meningite. Observa-se a

febre, êmese e nuca enrijecida. Por meio desses, o médico irá investigar a causa da

infecção, devido à semelhança da sintomatologia. Portanto, é importante o

diagnóstico precoce (SILVA, 2015).

2.6.4 Diagnóstico

Ao serem detectados os sintomas prepostos, o médico pode solicitar a

tomografia computadorizada, punção lombar e hemocultura (GONÇALVES, 2015).

A tomografia cerebral computadorizada é solicitada quando há suspeita de

hipertensão intracraniana, confusão mental, bem como, perda de consciência. Esse

exame pode detectar anormalidades cerebrais.

Outra forma é a punção lombar, que consiste na coleta de uma amostra do

líquido cefalorraquidiano, onde será analisada a presença do agente etiológico da

doença. A hemocultura é coletada amostra de sangue da pessoa infectada e

conservada amostra para o crescimento do micro-organismo causador da doença.

Isso contribui para que o tratamento seja feito de forma eficaz (GOMES, et al.,

2017).

2.6.5 Complicações

As complicações que a infecção pode causar vão desde convulsões,

hidrocefalia, infarto cerebral, elevação da pressão intracraniana. Como sequelas

possíveis da meningite criptocócica, pode-se citar a surdez, deficiências visuais,

distúrbios na fala e motores e retardo mental (ALMEIDA, 2015).

2.6.6 Tratamento

Para o tratamento são utilizados antifúngicos com doses elevadas por um via

intravenosa durante um longo período, dependendo do quadro imunitário do

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paciente e do agente fúngico que causou a doença. Pessoas que têm

comprometimento imunológico devido a outras doenças como a AIDS, diabetes ou

câncer, podem ter o tratamento ainda mais prolongado (DELUCIA, 2016).

2.6.7 Prevenção

Devem-se evitar ambientes que contenham fungos. Pessoas que sejam

imunodeprimidas devem evitar o contato com excrementos de aves, lugares

empoeirados, atividades que contenham processos de escavações e regiões

endêmicas. Não há vacina para a meningite fúngica (PALMEIRA et al.,2014).

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3 MATERIAIS E MÉTODO

Para o estudo foi realizada uma análise descritiva com base em dados

estatísticos encontrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação

(SINAN), bem como, publicações científicas encontradas em bancos de dados como

SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e LILACS.

A descrição dos dados foi feita segundo análise das estatísticas encontradas

no SINAN, conforme frequência de casos por ano; faixas etárias atingidas;

prevalência e incidência na cidade de Redenção-PA entre os anos de 2010 a 2015.

Para o embasamento teórico da temática foi realizado levantamento de dados

sobre epidemiologia dos casos de meningite no mundo e na região escolhida com

seleção de livros, artigos científicos, anais e teses relacionados ao tema. Foram

critérios de inclusão: Livros atuais e artigos que tivessem informações sobre a

meningite; artigos científicos com data de publicação entre 2010 e 2017; que não

tratassem de estudo de casos e que foram escritos em Português.

Como critérios de exclusão, optou-se por: Publicações científicas anteriores a

2010; publicações que não estivessem diretamente interligadas ao tema em questão

e que foram publicadas em outro idioma diferente da Língua Portuguesa.

Após os achados, foram selecionados artigos que continham informações

relevantes conforme composição de cada parte do estudo, sendo a escolha

progressiva e constante por obras e publicações científicas decorrentes em todo o

processo de composição do mesmo.

Em seguida, reuniram-se todos os dados adquiridos e formulou-se o estudo

onde se associaram os dados ao tema proposto com resultados discutidos conforme

objetivo do mesmo.

Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é traçar o perfil epidemiológico

dos casos de meningite da cidade de Redenção-PA, no período de 2010 a 2015,

baseado em levantamento de dados da literatura e pesquisas sobre aspectos

epidemiológicos, preventivos e de controle das meningites consideradas infecciosas.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A ocorrência de casos de MGT no mundo, estimativamente, é de 500 mil

casos por ano com, aproximadamente, 50 mil óbitos. Sua alta letalidade varia entre 7

e 70%. Em países que têm boa assistência, pode chegar a 40% de letalidade;

acomete em maior escala crianças e jovens, porém, em epidemias pode acometer

todas as faixas etárias (BRASIL, 2016).

De acordo com o SINAN sobre os casos de meningite nos anos de 2010 a

2015, o Brasil apresentou 109.525 casos confirmados (BRASIL, 2016).

A Região Sudeste está em 1º lugar em número de casos notificados no país

com 53, 77%; seguida da Região Nordeste com 19%; Região Sul com 18,11%;

Região Centro-oeste com 4,73%; Região Norte com 3,77%. A região Sudeste apesar

de ter menor extensão territorial é a primeira em número de casos de meningite,

devido sua alta densidade populacional. Nunes e Guimarães (2013) apontam que

aglomerados de pessoas é um fator importante para o contágio da meningite.

A distribuição dos casos nos estados da região Norte aponta o Pará como

campeão com 51,47% dos de casos de meningites notificados, seguidos pelos

estados do Amazonas (21,84%); Rondônia (10,35%) e Tocantins (9,43%). Dias; et

al., (2017) destaca que as altas temperaturas durante mais da metade do ano é um

fator que predispõe clima favorável para disseminação da infecção.

Dentro do estado a capital Belém notifica cerca 80,49% dos casos notificados

entre 2010 a 2015; Santarém 2,95%; Parauapebas 1,89%; Tucuruí 1,61%. A cidade

de Redenção-PA apresentou dados de notificações da doença no mesmo período

de 1,59% dos casos (BRASIL,2016).

A tabela 1 mostra a incidência de casos de Meningite na cidade de Redenção-

PA discriminados de acordo com idade e ano de notificação. Pode-se constatar que

a MGT, no período estudado, acomete em maior número os adultos jovens com

idade entre 20 e 39 anos (29,41); seguidamente pelas menores de 1 ano de idade

com (23,52%) e as de 5 a 9 anos (14,7%).

Analogamente, observou-se que os casos de pessoas entre 20 e 39 anos

apresentou 30,65% dos casos no Estado do Pará no intervalo de cinco anos. Com

sequência para as idades entre 10 e 14 anos, 13,97%, 40 a 59 anos com 13,23%,

bem como, as crianças menores de 1 ano de idade com 11,39% e de 5 e 9 anos

com 10,66% (DATASUS,2017).

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Tabela 1 - Prevalência de casos de Meningite por faixa etária em Redenção-PA Período: 2010-2015

Idade (anos) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

Em branco/IGN 0 0 0 0 0 0 0

<1 Ano 1 2 2 1 1 1 8

1-4 1 1 0 0 1 0 3

5-9 0 1 0 0 1 3 5

10-14 0 0 0 0 1 1 2

15-19 0 0 0 3 1 0 4

20-39 4 1 3 0 2 0 10

40-59 1 1 0 0 0 0 2

60-64 0 0 0 0 0 0 0

65-69 0 0 0 0 0 0 0

70-79 0 0 0 0 0 0 0

80 e + 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 7 6 5 4 7 5 34

Extraído de: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net

Nunes e Guimarães (2013) enfatizam em seu estudo que a doença tem

tropismo pelos organismos infantis e jovens e que a vulnerabilidade é maior em

internatos e bases militares. Viana; et al., (2016) identificaram, no Estado de São

Paulo, 56,25% de crianças com mais de um ano de idade acometidas por meningite.

Gonçalves; et al., (2014) em um estudo realizado com 134 casos confirmados da

Meningite Menigocócica em Curitiba-PR, no período de janeiro de 2001 a dezembro

de 2012, constataram que 44% ocorreram em menores de 5 anos.

Outros estudos como o de Schossler et al., (2013) realizado com dados de 19

coordenadorias de saúde do Rio Grande do Sul, entre os anos de 1999 a 2010,

mostraram que em 3043 casos confirmados e notificados da doença, 52% são

crianças com menos de um ano de idade. Ferreira et al., (2015) em um estudo

realizado sobre o perfil epidemiológico da doença no estado do Pernambuco com

crianças entre 0 e 14 anos, encontraram 4.379 casos no período entre 2001 a 2010,

e desses 36,70% dos casos ocorreram em menores de um ano. Os dados dos

autores indicam que a meningite está entre as doenças mais frequentes na primeira

infância, o que reforça a incidência de casos em crianças.

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É importante observar que os dados da doença no Estado do Pará e na

cidade de Redenção são equivalentes. E o fato de o maior número de casos no

período em questão, aconteceu na faixa etária entre 20 a 39 anos, essa relevância

de idade configura uma prevalência particular da infecção na região. A diferença

expressiva do percentual acentua que a incidência da doença em crianças revela

que o fator ambiental é importante para o contágio, visto que o estado do Pará,

assim como a cidade de Redenção, apresentaram índices menores de casos

notificados nas faixas etárias referentes amenores.

Sob a ótica da prevalência da doença por gênero, os dados mostram maior

número de casos conforme organizados na Tabela 2.

Tabela 2- Prevalência de número de casos de Meningite por sexo em Redenção-PA Período: 2010-2015

Sexo 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total

Masculino 4 3 5 3 4 3 22

Feminino 3 3 0 1 3 2 12

Total 34

Extraído de: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net

Quando levado em consideração o gênero, a meningite foi detectada com

maior prevalência no masculino com expressivos 64,7% e 35,3% no feminino. De

acordo com os achados de Crepaldi et al., (2014) onde foram comparados dados

epidemiológicos num setor de emergência na cidade de São Paulo, entre janeiro de

1998 a julho de 2010, dos 161 casos notificados, 54% acometeram o primeiro

gênero. Tais comparações condizem com a prevalência da doença em pessoas

desse gênero, pois os índices de casos são consideráveis em ambas as pesquisas,

por representarem percentual maior que 50% do total encontrado respectivamente.

Similarmente aos dados de Redenção, Hirose; Maluf; Rodrigues (2015)

definem em sua pesquisa que 56% dos casos acometidos pela infecção são

meninos. Essa característica se integra ao fato da doença em comunidades com

aglomerações de pessoas, visto que o gênero masculino tem maior frequência

nessecomportamento.

Campos et al., (2013) demonstra em seu estudo maior número de meninos

acometidos pela infecção, sobretudo, esse comparativose integraaos dados de

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Redenção e dos demais estudos citados, que a prevalência da meningite no gênero

masculino é uma realidade local e nacional. Portanto, pode-se afirmar que a

meningite acomete, na maioria dos casos, o gênero masculino.

Na Região Norte, os casos mais prevalentes foram de Meningite Viral (MV)

(24,18%), Meningite não Especificada (21,7%) e 21,44% (MB) entre os anos de 2010

a 2015. Esses dados mostram a evidência de casos que aconteceram no Estado e

na cidade de Redenção-PA.

No município de Redenção, discordante dos dados regionais, não foram

registrados casos de meningite viral no período estudado. A distribuição dos casos

mostra que a MNE representa 35,3% das notificações. Seguidos de meningite

causadas por Streptococcus peneumoniae (20,8%) e meningite meningoencefálica

(14,7%). Enquanto 8,8% dos casos foram por meningite bacteriana: meningite por

Haemophilus influenzae (5,9%) e 2,9% de casos da doença por outras etiologias.

(Tabela 3).

Tabela 3 - Prevalência etiológica dos casos de Meningite por ano em Redenção-PA Período: 2010 - 2015

Ano IGN/EM BRANCO

MV MB MM MM+MCC MNE MP MH MOE Tot

al

2010 3 0 0 0 0 4 0 0 0 7

2011 0 0 0 1 0 1 4 0 0 6

2012 0 0 1 0 0 3 0 0 1 5

2013 0 0 0 1 0 1 2 0 0 4

2014 0 0 1 3 0 2 0 1 0 7

2015 0 0 1 0 1 1 1 1 0 5

Total 3 0 3 5 1 12 7 2 1 34

MCC: Meningococemia; MM: Meningite Meningocócica; MM+MCC: Meningite Meningocócica + Meningococemia; MB:Meningite Bacteriana; MNE: Meningite não especificada; MV: Meningite Viral; MOE: Meningite por outras Etiologias; MH:Meningite por Haemophilus influenzae; MP: Meningite por Streptococcus pneumoniae; Ign: Ignorado. Extraído de: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SinanNet

Garcia; et al., (2016), relataram em sua pesquisa 63% de casos de

Meningite Tuberculosa, em contraste com a prevalência na cidade de Redenção.

Considera-se que esses dados divergem, em outros pontos, visto que as localidades

estudadas pelos autores divergem, mas também são consideradas regiões de altas

temperaturas.Nessecaso,aprevalênciadaprimeirapesquisasedeveaoutros

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fatores que podem estar associados à doença, como perfil econômico e baixa

imunidade.

Rabelo; et al., (2017) detectaram MB em 60% dos casos do seu estudo.

Gonçalves et al., (2014) afirmam em sua pesquisa que a MM é mais prevalente em

Curitiba-PR com identificação em 61% dos casos.

As divergências dessas pesquisas identificam uma variação da etiologia, o

que pode definir outros fatores determinantes para acontaminação.

É importante observar que a doença ocorreu com mais frequência no primeiro

semestre de cada ano. Observou-se que maior parte dos casos registrados, foram

nos meses de fevereiro e março. Portanto, os dados informam que a prevalência

aumentou durante os meses que antecedem o período de estiagem na cidade, mas

ainda há poucas chuvas. Isso revela que a humidade e o calor propiciam a

disseminação da doença.

Garcia; et al., (2016), Gonçalves et al., (2014) e Rabelo; et al., (2017)

observaram também que os autores revelam os dados das pesquisas em épocas

semelhantes em que o clima coincide em mudanças bruscas de temperaturas com

tendência a altas temperaturas. Esses pontos conferem aos agentes etiológicos da

meningite, capacidade de disseminação nesses períodos onde se consideram as

temperaturas instáveis ou com altos picos de calor.

Na cidade de Redenção, os casos da doença obedecem a essas

confirmações e os anos de prevalência coincidem em relação aos casos

aumentados em mesmas épocas em todo oestado.

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5 CONCLUSÃO

O estudo trouxe o entendimento sobre a realidade da comunidade da Cidade

de Redenção-PA sobre o conhecimento das prevalências da meningite na região. A

partir dessa análise foi possível identificar dados importantes sobre a realidade da

doença na cidade, ao mesmo tempo em que permitiu a divulgação de mais informes

sobre a temática estudada.

Os resultados mostraram que a cidade de Redenção têm registros anuais de

casos de meningite, em consequência a vários fatores consideráveis para a sua

proliferação. Ainda foi possível identificar a prevalência de acordo com a idade,

gênero e etiologia.

Mensuraram-se os pontos em comuns e divergentes das prevalências na

busca por maiores descobertas sobre a doença, bem como, informações sobre a

prevenção. Uma vez que, ao observar o período de prevalência de casos, pode-se

evitar as aglomerações na época de chuvas inconstantes com mudanças bruscas de

temperatura.

Os dados obtidos no DATASUS possibilitaram o instrumento de pesquisa com

precisão de informações. Além de fornecerem aporte estrutural sólido para o

contexto do trabalho. Foi, portanto, fundamental para que sefornecessem

informações seguras para o aprendizado de todos comeficácia.

Como facilitadores, os livros classificados foram norteadores de vertentes que

enriqueceram as ideias nos conceitos utilizados. Ao mesmo tempo em que

diversificaram o estudo dentro do seu contexto conferindo-lhe dinâmica e clareza

aos pontos definidos eexplorados.

Igualmente, os artigos científicos que compuseram esse estudo, integraram a

temática uma forma de comparativos que enriqueceram as análises, bem como,

associaram o que foi percebido nos resultados com dados reais de outras pesquisas

exploratórias e experimentais. Dessa forma, esses recursos contribuíram com o teor

de informações determinantes para a discussão dos resultados com veemência.

Como contribuição para mais pesquisas, a proposta alcançada do estudo foi

atingida. Com a identificação do quantitativo de informações representadas em

percentualdarealidadedoconhecimentodoscasosdemeningitenacidadede

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Redenção-PA, onde se ampliaram as vertentes para próximas investigações e

pesquisas.

Similarmente, para a população da cidade, os resultados contribuíram de

forma adversativa como base para melhor desempenho dos profissionais de saúde,

principalmente o enfermeiro, o qual é responsável pelas diversas formas de levar a

informação à comunidade por meio da Educação em Saúde.

O objetivo da pesquisa foi alcançado com resultados sobre a prevalência da

meningite por faixa etária se deu entre 20 e 39 anos com 29,41%; quanto ao sexo,

foi detectado o masculino como prevalente em 64,7%; etiologia de MNE em 35% dos

casos no decorrer do primeiro semestre de cada ano e como causas principais com

35,3% as mesmasMNE.

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