FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS DIGITAIS PARA O ENSINO DE

CIÊNCIAS E BIOLOGIA: uma proposta para o ensino inovador

Amanda Pimentel Berk de Queiroz¹, Marcelo Borges Rocha

1. berk.amanda@yahoo.com.br

Resumo

As tecnologias vêm transformando a sociedade positivamente em diversos aspectos. A inclusão

de ferramentas digitais na educação é uma tendência apontada por especialistas, mas ainda

pouco explorada. Especificamente no ensino de ciências e biologia essa defasagem é prejudicial

devido aos inúmeros conteúdos subjetivos e abstratos. Nesse trabalho foi feita uma investigação

a fim de identificar quais os softwares educativos disponíveis para o ensino de ciências e

biologia. Através de dois principais sites de busca (Google e Ask.com) foi realizada uma

varredura para localizar os objetos digitais. Foram encontrados 20 softwares educativos com a

pesquisa. 60% deles são voltados para o público infantil pertencente às séries do ensino

fundamental. O tema trabalhado mais recorrente é a Ecologia apresentada em 40% dos

softwares. A maioria dos softwares é livre e encontra-se disponível para uso gratuito na internet.

Recomenda-se a expansão da utilização de ferramentas digitais como estratégia pedagógica

para o ensino de ciências e biologia.

Palavras-chave: tecnologia educacional, ensino de ciências, softwares educativos.

Abstract

The technologies are transforming society positively in several respects. The inclusion of digital

tools in education is a trend pointed out by experts, but still little explored. Specifically in

teaching science and biology this gap is detrimental due to numerous subjective and abstract

content. In this work an investigation was made in order to identify the educational software

available for teaching science and biology. Through two major search engines (Google and

Ask.com) a scan was performed to locate digital objects. 20 educational software were found

with the search. 60% of them are geared for children belonging to the grades of elementary

school. The most recurrent working theme is Ecology presented in 40% of the software. Most

software is free and is available for free use on the Internet. It is recommended to expand the

use of digital tools as a pedagogical strategy for teaching science and biology.

Keywords: educational technology, science education, educational software.

Introdução

Na sociedade contemporânea, elementos digitais vêm sendo desenvolvidos constantemente e

utilizados de diversas formas a partir da evolução da tecnologia. Principalmente em benefício

dos indivíduos podemos citar áreas como a comunicação, saúde, transporte que são

contempladas com tecnologias significativas incorporadas ao cotidiano da população.

No ensino, contudo, essas mudanças têm de manifestado de maneira lenta e pouco expressiva.

Ainda há uma resistência de muitos pesquisadores e pensadores da área, assim como os

professores apegados a metodologias tradicionais de aulas expositivas e de reprodução

conteudista.

Especificamente no que se refere ao estudo da Biologia e das Ciências que têm por cerne

conceitos abstratos e de difícil compreensão por parte dos alunos, a perspectiva de contribuições

com a utilização de ferramentas tecnológicas é inestimável. A possibilidade de demonstrar

dissecações de diferentes espécies animais, a anatomia e fisiologia de organismos vegetais e

animais, a reprodução de mecanismos microbiológicos, todos esses temas sendo trabalhados

através de animações computadorizadas são de imenso valor para o processo de ensino-

aprendizagem.

Hoje são encontrados aplicativos para aparelhos celulares contendo perguntas e respostas sobre

questões de anatomia humana, diversos tipos de softwares com jogos didáticos e animações que

podem ser explorados através de datashow, projeções e até mesmo com a participação dos

alunos com seus próprios aparelhos digitais.

Esse trabalho surge do desejo da inserção de todas essas ferramentas digitais no cotidiano do

ensino de Biologia e Ciências na tentativa de tornar a subjetividade de seus temas mais próxima

da realidade dos alunos. Dessa forma com um formato mais dinâmico e interativo seria possível

uma maior produtividade na relação de aprendizagem.

Referencial Teórico

Existe na sociedade contemporânea a demanda por uma atualização de todos os profissionais

frente às tecnologias que vêm sendo desenvolvidas em ritmo acelerado com as inovações

crescentes. Essa adaptação é importante para que haja uma melhoria de resultados dentro de

diversas áreas profissionais. No contexto educacional não seria diferente e há uma discussão

diante da necessidade de modernização para que haja um melhor diálogo com os alunos

aproximando-se das linguagens habituais dessa geração.

Ramos (2006) discorre sobre a Tecnologia Educacional como sendo de constituição ampla com

embasamento teórico profundo percorrendo conceitos como construtivismo e behaviorismo,

fundamentando que seu uso e validade no processo de ensino aprendizagem. O

desenvolvimento de materiais didáticos digitais demanda um estudo intenso utilizando diversas

fontes de pensamento científico (RAMOS, 2006).

Diversos estudos avaliam o impacto da metodologia aplicada na didática dos professores no

processo de ensino-aprendizagem. A compreensão dos alunos está diretamente relacionada com

a abordagem pedagógica dos professores e a forma de estímulo e incentivo implementada em

seu plano de aula. Costa (2006) determina que o uso de objetos digitais no ensino, na formação

dos estudantes e na própria formação docente, contribui de maneira decisiva para o

desenvolvimento dos profissionais da educação.

Espíndola et al. (2010) apresenta diversos modelos de integração de objetos digitais na realidade

escolar e discuti a relatividade do contexto e do comprometimento do professor para a

incorporação das inovações tecnológicas no ensino de maneira eficaz e definitiva.

Mercado (2006) alega que a incorporação do ambiente digital na prática pedagógica pode

significar o fornecimento de “um contexto autêntico em que os alunos desenvolvem

conhecimento, habilidades e valores”.

“Nesse contexto, as atividades propostas permitem aos alunos

analisar problemas, situações e conhecimentos dentro de um

contexto e em sua totalidade, utilizando, para isso, os

conhecimentos presentes nas disciplinas e na sua experiência

sociocultural” (MERCADO, 2006, p. 57).

As estratégias didáticas passam por um processo evolutivo de acordo com os recursos

disponíveis na sociedade. Há uma tendência de substituição natural evoluindo em técnicas mais

sofisticadas a fim de uma melhoria na qualidade de ensino tanto para o professor quanto para

os alunos. Fernandes (2004) afirma que a tecnologia digital não pode ser considerada como

escolha ou opção, assegura que é um processo evolutivo definitivo através da revolução da

informação, e a educação deve acompanhar essa direção.

Costa (2006) defende a formação de grupos colaborativo de professores para discutir e elaborar

objetos digitais no ensino, afirmando que dessa forma a introdução das Tecnologias de

Informação e Comunicação (TICs) na prática pedagógica são facilitadas. Costa (2006) também

afirma que a inserção das TICs na didática é um processo de mudança natural e que a tendência

é emergir uma nova cultura e do desenvolvimento docente a partir dessa tomada tecnológica.

No caso do ensino de Ciências, Nardi (2005) discorre sobre as mudanças ocorridas para a

consolidação do ramo específico do ensino de ciências e do processo de formação de

profissionais que se dedicam a essa área. Entre diversas atribuições como a publicação e a

pesquisa científicas Nardi (2005) fala sobre a qualidade dos profissionais dessa área assim como

de seu potencial para a divulgação científica através de seu vasto conhecimento.

Krasilchik (2000) refletindo sobre o histórico do ensino de Ciências no Brasil, aponta que a

partir dos anos 2000 a tendência com a Globalização é que hajam inovações na área onde o

objetivo central seja a formação dos estudantes de maneira completa e complexa e o foco das

atividades deve ser na utilização de exercícios e atividades no computador.

No ensino de ciências há um desafio natural elevado, pois os conteúdos trabalhados são de

altíssima complexidade e geralmente representam conceitos de difícil associação natural pelos

alunos. Ramos e Struchiner (2009) apontam a necessidade de, no ensino de ciências, os

docentes superarem os modelos tradicionais diante desse desafio para que o estudante possa

desenvolver um senso crítico diante dos conteúdos científicos e focar nas dúvidas e não tão

somente nas respostas.

Esse acompanhamento de raciocínio dos discentes frente aos temas tratados compromete a

compreensão e consequentemente seu desempenho diante de provas, testes e avaliações. Para

elevar o padrão de ensino superando essa questão, Ramos e Struchiner (2009) determinam que

“a formação científica tem incentivado o envolvimento dos alunos em processos de

investigação, encorajando-os a formular questões autênticas, possibilitando-lhes a coleta de

recursos e informações variadas”.

Contudo essa percepção dos assuntos apresentados nas aulas de ciências é fundamental para a

formação do aluno tanto no que diz respeito a cidadania como até mesmo como indivíduo, uma

vez que se depara com diversos dilemas de conduta no cotidiano seja em relação ao meio

ambiente ou suas tarefas diárias diante de constantes interações com elementos biológicos.

Krasilchik (2004) admite que a formação biológica do indivíduo é fundamental para construção

da capacidade de explicação e compreensão de fenômenos biológicos, do respeito do mesmo

para com os seres vivos e sobretudo para a tomada de decisões individuais e coletivas em

relação às suas responsabilidades sobre seu papel como integrante da biosfera.

A respeito da importância do papel de cada indivíduo para a preservação ambiental e diante da

crise de degradação deflagrada na sociedade, Ferreira (2011) ressalta que “o papel social da

instituição escola é vidente de a Educação Ambiental serve como uma ferramenta para

estimular a reflexão, propiciar conhecimento e subsidiar a ação”. Dessa forma a melhor

formação possível é fundamental na constituição de novos cidadãos que irão refletir na

qualidade de vida de si mesmos e dos demais que os rodeiam.

Santa Rosa & Struchiner (2011) apontam que os objetos digitais vêm sendo usados como

instrumentos do ensino a distância que vêm complementando o ensino presencial. Os autores

argumentam que as ferramentas digitais devem fazer parte de um planejamento pedagógico que

inclua diversas ferramentas e não devem ser usados de forma isolada, é preciso articular com

os demais conteúdos e práticas pedagógicas.

Klein (2008) aponta que existe uma distinção entre os professores que se empenham em incluir

os recursos da área tecnológica em sua rotina pedagógica e esses esforços são reconhecidos e

valorizados na área acadêmica. A esses docentes da era tecnológica são atribuídos muitos

predicados e qualidades e é representado de maneira positiva como sendo um “sujeito

autônomo, cooperativo, democrático, esforçado e criativo” (KLEIN, 2008). Esse professor

possui a característica de estar sempre ligado aos acontecimentos atuais buscando

complementar suas atividades didáticas, dá abertura para a participação de seus alunos em sala

e aceita críticas sempre buscando melhorar sua postura (KLEIN, 2008).

Já os professores que se recusam a aderir a era tecnológica Klein (2008) afirma que é visto

como um sujeito “autoritário, despreparado, dependente e antiquado” tornando seus alunos

passivos reféns de uma didática centrada exclusivamente no professor, sob a visão dos demais

profissionais da educação arcando inclusive com grande parte das deficiências da escola.

A exigência de aprimoramentos dos professores se atualizando com relação às ferramentas hoje

disponíveis é grande, entretanto existe um paradoxo, pois a valorização desses profissionais é

ínfima diante de seus esforços diários de manutenção de disciplina de seus alunos, de sua

remuneração, de suas jornadas de trabalho duplas, triplas até mesmo múltiplas gerando falta de

tempo e disposição, a contínua conquista pela atenção e interesse dos alunos, o cumprimento

de currículos com conteúdos programáticos enormes e engessados, a limitação de recursos

oferecidos pelas próprias escolas tendo o professor que trazer grande parte o material necessário

para ministrar suas aulas, entre outros fatores.

A restrição do uso de materiais didáticos como o livro didático, a escrita no quadro e a exposição

oral do professor são questionadas frente ás inúmeras possibilidades que a internet e outros

meios digitais oferecem como complemento. Há uma resistência por parte de muito professores

em incluir esses elementos em sua rotina pedagógica o que pode caracterizar como prejuízo

para o desempenho e compreensão de seus alunos quanto aos conteúdos científicos e biológicos.

A visão de mundo dos estudantes é impactada pelas aulas de Ciências e Biologia que têm,

mesmo que implicitamente, a função de divulgar a Ciência na realidade daqueles indivíduos.

Muitos alunos não têm a oportunidade de se interar dos avanços científicos mais recentes, nem

muito menos entendê-los e debater as questões relacionadas.

Através do uso de TICs é viável proporcionar de forma dinâmica essa aproximação dos alunos

com a Ciência. Costa et al. (2012, p. 70) alega que nas aulas de Ciências é possível “usar

tecnologias de apoio à comunicação para o planejamento e a realização de investigações, para

promover o debate sobre descobertas científicas ou para confrontar diferentes perspectivas de

interpretação científica”. As TICs permitem que a divulgação científica transcenda tornando-

se, através da interatividade mais acessível e palpável aos diversos públicos difundindo-se cada

vez mais (VALERIO & PINHEIRO, 2008).

Metodologia

A metodologia proposta é realizar um levantamento das ferramentas disponíveis entre softwares

digitais variados para o ensino de Ciências e Biologia através de uma pesquisa em dois sites de

buscas principais: o Google e Ask.com até a página 10 da busca utilizando as palavras-chave:

ensino, software, biologia, ciências.

Ao passar das páginas de pesquisa, os resultados relacionados ao objeto desejado vão tornando-

se mais espaçados, portanto para assegurar que serão vistos todos os possíveis resultados será

feito o mapeamento até a décima página da busca realizada.

Correia e Mesquita (2014) explicitam que há uma validade e uma importância em utilizar os

mecanismos disponíveis na internet para a pesquisa científica. A busca através da internet

permite o acesso rápido a um amplo repositório de arquivos e informações pertinentes a uma

infinidade de assuntos. Inclusive há uma classificação de acordo com o tipo de ferramenta que

será acessada podendo variar, por exemplo, entre diretórios e motores de pesquisa (CORREIA

& MESQUITA, 2014). A organização e a alimentação contínua de inúmeras bases de dados

virtuais facilitam o enriquecimento e a destreza do trabalho científico.

De acordo com Pinheiro et al. (2011) os sites de busca que foram citados anteriormente são

considerados motores e metamotores de pesquisa e há uma ênfase na pesquisa científica a partir

da utilização dos métodos virtuais e mecanismos tecnológicos modernos.

Barbosa (2011) por sua vez, aprofunda questões sobre os mecanismos de busca personalizados

que serão utilizados neste trabalho, e discorre a respeito de características como a seleção e os

critérios de resultados encontrados, atualização das bases de dados, inclusão de novas páginas,

e exemplifica técnicas diversas de utilização de buscas virtuais para seu melhor aproveitamento.

Após esse levantamento será feita uma catalogação das ferramentas encontradas e uma

classificação em tabela por tema, tipo e local disponível.

Resultados

Através da investigação realizada foi possível identificar diversos softwares educativos com

perspectiva de uso em sala de aula ou como tarefa participativa nas residências dos alunos.

Variados conteúdos podem ser trabalhados de maneira lúdica e ilustrativa, aproximando da

realidade do aluno temas abstratos e de difícil visualização.

Na tabela 1 pode-se observar a descrição dos softwares encontrados segundo critérios de

identificação como os temas que podem ser abordados didaticamente e aproveitados nas

disciplinas, quais as disciplinas referentes aos softwares apresentados e o segmentos de faixa

etária para qual a ferramenta se aplica.

Tabela 1: Relação de softwares educativos para o ensino de ciências e Biologia encontrados na

pesquisa.

Nome Tipo de

software

Disciplina Tema/conteúdos Faixa etária

Hercules e Jiló Jogo/animação Ciências Ecologia Ensino

fundamental

DNA vai à

escola

Animações Biologia Genética e

biotecnologia

Ensino médio

Click and clone Jogo Biologia Clonagem e

engenharia

genética

Ensino médio

Viajando com o

Nitrogênio

Animação Biologia Ecologia e

biologia

molecular

Ensino médio

Calangos Jogo Biologia Ecologia e

evolução

Ensino médio

Frigote Jogo Biologia Avicultura Curso técnico

Lucas sai de

férias

Jogo/animação Ciências Corpo humano e

ecologia

Ensino

fundamental

Coelho sabido Jogo/animação Ciências Ecologia e

zoologia

Ensino

fundamental

Célula animal Jogo Biologia Citologia Ensino médio

Partes da flor Jogo Biologia Anatomia

vegetal

Ensino médio

Spore Jogo Biologia Evolução e

microbiologia

Ensino médio

Os caça-pistas Jogo Ciências Botânica e

zoologia

Ensino

fundamental

Emília e a

reforma da

natureza

Jogo Ciências Ecologia Ensino

fundamental

Contra dengue Jogo Ciências Saúde Ensino

fundamental

Descubra os

animais

Jogo Ciências Zoologia Ensino

fundamental

Half na floresta Jogo Ciências Meio Ambiente Ensino

fundamental

Coma-bem Jogo Ciências Nutrição e

alimentação

equilibrada

Ensino

fundamental

Mata atlântica:

o bioma onde eu

moro

Jogo Ciências Ecologia Ensino

fundamental

Coleta Seletiva Jogo Ciências Meio Ambiente Ensino

fundamental

Seleção Natural Jogo Ciências Ecologia e

evolução

Ensino

fundamental

Foram identificados através do levantamento realizado um total de 20 softwares educacionais.

Dentre eles 15 classificados exclusivamente como jogos interativos e 5 contendo animações.

As disciplinas para as quais os softwares são propostos dividem-se na proporção de 12 para

Ciências e 8 para Biologia. Em relação a faixa etária de ensino 12 destinam-se ao ensino

fundamental, 7 ao ensino médio e apenas uma para o ensino técnico. Essa análise demonstra

que há uma vinculação do desenvolvimento desses instrumentos mais voltado para o público

infantil onde 60% do material didático são direcionados para este público.

A maioria dos softwares encontrados é livre e encontram-se disponíveis virtualmente e

gratuitos. Apenas “Coelho sabido”, “Lucas sai de férias”, “Os caça-pistas” e “Emília e a

reforma da natureza” são vendidos em lojas virtuais ou em determinadas livrarias educativas.

Ou seja, 20% dos softwares educativos são comercializados.

Em relação aos temas potencialmente trabalhados com os softwares educativos há uma

distribuição variada não havendo preponderância dominante. O tema “Ecologia” é o mais

recorrente aparecendo em 8 softwares representando uma presença de 40%. Outros temas que

aparecem em menor quantidade são: Microbiologia (3), Saúde (2), Meio Ambiente (2),

Zoologia (2), Botânica (2), Genética (2) e Anatomia humana (1). A vantagem percebida é que

há uma variedade de opções de conteúdos que se beneficiam pela existência desses materiais

didáticos digitais o que possibilita a inclusão dessas ferramentas em inúmeros planejamentos

pedagógicos.

Retomando Krasilchick (2000), podemos verificar que as estratégias apresentadas a partir dos

softwares educacionais citados atendem a tendência de utilização de novas ferramentas

tecnológicas para o ensino de Ciências e Biologia. Essa direção evolutiva introduz diversos

benefícios para ambos os atores envolvidos, professores e alunos.

Klein (2008) ressalta a importância da preocupação dos professores na introdução desses

elementos para a qualidade do ensino e como verificamos na pesquisa há uma diversidade de

opções de recursos digitais a serem explorados e principalmente de temas que podem ser

facilitados através dessa estratégia.

Considerações Finais

Apesar da existência de banco de dados como o Banco Internacional de Objetos Educacionais,

portal do professor do Ministério da Educação, Currículo + do Estado de São Paulo e Escola

digital, não há um banco de dados concentrado e organizados com as opções de ferramentas

didáticas digitais para o ensino de ciências e Biologia disponível virtualmente. Sobretudo não

há uma divulgação acerca dos softwares existentes a fim de que os professores utilizem esses

instrumentos de maneira efetiva e corriqueira em seus planos de aula.

A qualidade do processo de ensino aprendizagem assim como do cotidiano profissional do

magistério são comprometidos por essa dificuldade que mantém os paradigmas da educação

enraizados em metodologias tradicionais que não acompanham a realidade tecnológica da

sociedade.

Diante da vasta variedade e opções de metodologias interativas através de softwares

educacionais para o ensino de Ciências e Biologia, há uma imensa possibilidade de dinamização

das aulas nessas disciplinas enriquecendo e otimizando a aprendizagem.

É necessária a difusão de maiores práticas inovadoras no ensino principalmente de ciências e

biologia que apresentam temáticas abstratas e subjetivas em grande parte complicando sua

compreensão pelos alunos.

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