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Instituto Superior de Engenharia do Porto Engenharia de Informática Ramo de Computadores e Sistemas Ferramentas e estratégias de Backup e manutenção em ambientes heterogéneos Setembro de 2002 Elaborado por: Rui Miguel Amorim da Mouta Orientador: Eng. Mário Fernandes

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Instituto Superior de Engenharia do Porto

Engenharia de Informática

Ramo de Computadores e Sistemas

Ferramentas e estratégias de Backup

e manutenção em ambientes

heterogéneos

Setembro de 2002

Elaborado por: Rui Miguel Amorim da Mouta

Orientador:

Eng. Mário Fernandes

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Índice

Índice

1. INTRODUÇÃO ______________________________________8

1.1 PORQUÊ FAZER BACKUPS – O QUE ESTÁ EM JOGO_______________10 1.1.1 POUPANÇA SIGNIFICATIVA DE CUSTOS __________________________11 1.1.2 MAIOR PRODUTIVIDADE ____________________________________11 1.1.3 SIMPLICIDADE PARA OS UTILIZADORES __________________________11 1.1.4 UMA INFORMÁTICA MAIS SEGURA ______________________________11 1.2 O QUE SE PODE PERDER _______________________________12 1.2.1 O SISTEMA OPERATIVO_____________________________________12 1.2.2 AS APLICAÇÕES __________________________________________12 1.2.3 AS CONFIGURAÇÕES _______________________________________12 1.2.4 A REDE _______________________________________________12 1.3 DE QUE FORMA SE PODE PERDER _________________________13 1.3.1 ERROS INVOLUNTÁRIOS ____________________________________13 1.3.2 FALHA DE DISCOS ________________________________________13 1.3.3 ATAQUES DE VÍRUS _______________________________________13 1.3.4 ROUBO________________________________________________13 1.3.5 DESASTRES NATURAIS _____________________________________14

2. EVOLUÇÃO DOS BACKUPS____________________________15

2.1 STANDALONE BACKUP ________________________________16 2.2 BACKUP AUTOMÁTICO ________________________________17 2.3 LAN BACKUP ______________________________________18 2.4 LAN BACKUP DEDICADA_______________________________20 2.5 STORAGE AREA NETWORK (SAN) BACKUP___________________20

3. CONCEITOS E FUNDAMENTOS_________________________23

3.1 BACKUP E ARQUIVO _________________________________24 3.2 COMPROMISSOS DE UM SISTEMA DE BACKUP__________________24 3.3 ESTRATÉGIAS DE BACKUP ______________________________25 3.3.1 A INFORMAÇÃO CRÍTICA ___________________________________26 3.3.2 PERIODICIDADE DAS OPERAÇÕES DE BACKUP______________________26 3.3.3 PRAZO DE VALIDADE DA INFORMAÇÃO EM BACKUP __________________27 3.4 QUANDO É QUE OS BACKUPS DEVEM SER FEITOS________________27 3.5 TIPOS DE BACKUP ___________________________________28 3.5.1 BACKUPS COMPLETOS______________________________________28

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Índice

3.5.2 BACKUPS PARCIAIS _______________________________________28 3.5.3 BACKUPS INCREMENTAIS____________________________________29 3.5.4 BACKUPS DIFERENCIAIS ____________________________________30 3.6 QUAL É A MELHOR ESTRATÉGIA DE BACKUP ___________________30 3.7 ONDE É QUE OS BACKUPS DEVEM SER GUARDADOS ______________31 3.8 PORQUE É QUE A TAPE É IDEAL PARA FAZER O BACKUP ____________32 3.9 DETERMINAR O NÚMERO NECESSÁRIO DE TAPES _______________32 3.10 DETERMINAR O CUSTO_______________________________33 3.11 COM QUE FREQUÊNCIA AS TAPES DEVEM SER SUBSTITUÍDAS _______33 3.12 TAPES E TEMPO NECESSÁRIOS PARA UM BACKUP_______________34 3.13 TAPES NECESSÁRIAS PARA O PROCESSO DE RESTORE ____________35 3.14 ESQUEMAS DE ROTAÇÃO DE TAPES________________________36 3.14.1 MEDIA SETS____________________________________________36 3.14.2 ROTAÇÃO SIX-TAPE ______________________________________36 3.14.3 GRANDFATHER – FATHER– SON ______________________________38 3.14.4 TORRES DE HANOI ______________________________________40 3.14.5 QUAL É O MELHOR MÉTODO DE ROTAÇÃO ________________________42 3.15 O FILE-BY-FILE E O IMAGE BACKUP ______________________43 3.16 NOVAS TECNOLOGIAS DE BACKUP ________________________44 3.16.1 REAL-TIME BACKUP_______________________________________45 3.16.2 OBJECT REPLICATION _____________________________________45

4. PLANEAMENTO DE UMA ESTRATÉGIA DE BACKUP _________47

4.1 VOLUME DOS DADOS _________________________________48 4.1.1 TAMANHO TOTAL DOS DADOS _________________________________48 4.1.2 TAMANHO DOS DADOS QUE SOFREM ALTERAÇÕES____________________48 4.2 TIPO DE DADOS ____________________________________49 4.3 ESTRUTURA DE FICHEIROS _____________________________49 4.4 ORIGEM DOS DADOS _________________________________50 4.4.1 O SERVIDOR ONDE ESTÃO OS DADOS É O QUE FAZ OS BACKUPS __________50 4.4.1 OS DADOS ESTÃO EM CLIENTES REMOTOS _________________________51 4.4.2 QUAL É O SUBSISTEMA DE DISCOS UTILIZADO ______________________52 4.5 DESTINO DOS DADOS_________________________________53 4.5.1 QUAL SERÁ O SUBSISTEMA DE TAPES ____________________________53 4.5.2 COMO ESTÃO DISTRIBUÍDAS AS DRIVES DE TAPE ____________________53 4.5.3 AMBIENTE QUE RODEIA AS TAPE _______________________________54 4.6 O TRAJECTO DOS DADOS_______________________________55 4.6.1 ESTÃO OS DADOS E AS TAPE NO MESMO LOCAL DO SERVIDORES DE BACKUP? _55 4.6.2 ESTÃO OS DADOS E OS SERVIDORES DE BACKUP DISTRIBUÍDOS PELA REDE? _56 4.7 CONDIÇÕES DE BACKUP NA EMPRESA_______________________57 4.7.1 QUAL É A JANELA DE BACKUP? ________________________________57 4.7.2 QUAL É O IMPACTO ACEITÁVEL AO FAZER UM BACKUP? ________________58 4.7.3 QUE PREOCUPAÇÕES RELATIVAMENTE À DISPONIBILIDADE DEVE VISAR A

SOLUÇÃO? ______________________________________________59 4.8 EXPECTATIVAS _____________________________________60 4.8.1 COMPRESSÃO ___________________________________________60

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Índice

4.8.2 OVERHEAD _____________________________________________61 4.8.3 PERFORMANCE DO RESTORE _________________________________61 4.8.4 FACILIDADE DE UTILIZAÇÃO E NECESSIDADE DE FORMAÇÃO ____________62 4.9 MEDIDAS E CÁLCULOS ________________________________62 4.9.1 CAPACIDADE DA REDE______________________________________62 4.9.2 CAPACIDADE DO SISTEMA ___________________________________64 4.10 CONCLUSÃO ______________________________________64

5. SOLUÇÕES: VANTAGENS & DESVANTAGENS ______________66

5.1 O PONTO DE PARTIDA: BACKUPS DISTRIBUÍDOS _______________67 5.2 O PRIMEIRO PASSO: CENTRALIZAÇÃO DO BACKUP ______________69 5.3 MELHORAR AS OPERAÇÕES DE BACKUP: AUTOMATIZAÇÃO COM TAPES

LIBRARIES _______________________________________71 5.4 MAIORES NECESSIDADES DE PRODUTIVIDADE OPERACIONAL: PARTILHA DE

TAPE LIBRARIES____________________________________73 5.5 OPTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS: LIGAÇÃO POR FC À TAPE LIBRARY ___76 5.6 MINIMIZAR O IMPACTO NA PRODUÇÃO: REDE DEDICADA DE BACKUP __78 5.7 BACKUP E SEGURANÇA CENTRALIZADOS ____________________80 5.8 PROTEGER O FUTURO DO NEGÓCIO – COMPUTADORES PORTÁTEIS E

DESKTOP ________________________________________84

6. FERRAMENTAS DE GESTÃO E MANUTENÇÃO DE BACKUPS ___87

6.1 INTRODUÇÃO ______________________________________88 BRIGHTSTOR ENTERPRISE BACKUP __________________91 VERITAS BACKUP EXEC _______________________________94 ARKEIA 5_______________________________________101

7. CONCLUSÃO _____________________________________105

8. ANEXOS_________________________________________107

GLOSSÁRIO _________________________________________122 BIBLIOGRAFIA _______________________________________123

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Índice

Índice de Figuras Figura 1 – Backup local a uma workstation _______________________16 Figura 2 – Backup através de um servidor ________________________17 Figura 3 – Backup automático com ligação do servidor a uma tape library.

_______________________________________________________18 Figura 4 – LAN de Backup com ligação a um servidor de backup e deste a

uma tape library. _________________________________________19 Figura 5 – Backup feito através de uma LAN secundária dedicada. ____20 Figura 6 – Backup de uma SAN através de Fiber Channel. ___________21 Figura 7 – Backup local a cada servidor. _________________________67 Figura 8 – Backup centralizado num servidor. _____________________69 Figura 9 –Backup automatizado com utilização de tape library. _______71 Figura 10 – Partilha da tape library a outros servidores._____________73 Figura 11 – Funcionamento da partilha da tape library. _____________74 Figura 12 – Ligação por FC à tape library. ________________________76 Figura 13 – Rede dedicada de backup. __________________________78 Figura 14 – Rede de backup com firewall. ________________________81 Figura 15 – Arquitectura Cliente/Servidor. ________________________88

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Índice

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Periodicidade dos backups ___________________________27 Tabela 2 – Tipos de backups parciais ____________________________29 Tabela 3 – Principais vantagens e desvantagens de backup incremental e

diferencial_______________________________________________31 Tabela 4 –Backup diferencial: tapes e tempo necessários ____________34 Tabela 5 –Backup incremental: tapes e tempo necessários___________34 Tabela 6 –Backup diferencial: tapes necessárias para o restore _______35 Tabela 7 –Backup incremental: tapes necessárias para o restore ______35 Tabela 8 - Método de rotação Six-Tape num período de um mês ____38 Tabela 9 - Método de rotação GFS num período de um mês_________39 Tabela 10 – Rotação de tapes pelo método de Torres de Hanoi_______40 Tabela 11 - Método Torres de Hanoi num período de um mês______41 Tabela 12 – Comparação dos métodos de rotação _________________42 Tabela 13 – Relações de compressão de ficheiros__________________61 Tabela 14 – Tecnologias de rede e suas performances ______________63

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Agradecimentos

Agradecimentos

Este projecto agora concluído foi o culminar de um trabalho, fruto de um grande empenho, onde a vontade de desenvolver conhecimentos foi a meta a atingir. A colaboração de algumas pessoas, as quais cito de seguida, foi essencial para a elaboração e conclusão deste trabalho:

o Eng. Mário Fernandes - pelo total acompanhamento e apoio neste projecto.

o Aos colegas, pela paciência, amizade e companheirismo que sempre

demonstraram;

o Aos meus mais queridos, por me ajudarem a chegar até aqui. Fica também um agradecimento geral a todos que mostraram disponibilidade, facilitaram o acesso à informação e facultaram material de apoio.

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Introduçã

Capítulo

o

1

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Introdução

INTRODUÇÃO

O 11 de Setembro de 2001 mudou o mundo. Na realidade, o mundo não muda todos os dias daquela forma. Na área informática este acontecimento mudou entre outras coisas a percepção sobre segurança. Afinal, as tragédias e acidentes acontecem de facto. De repente, todas as reuniões, conversas, apresentações e relatórios sobre backups, segurança, alta disponibilidade, disaster recovery (DR), fazem mais sentido, quando anteriormente não eram vistas com bons olhos.

Se nos perguntassem, há algum tempo atrás, qual a probabilidade de tal acontecer, àquela escala e daquela forma, qual seria a resposta? Provavelmente zero. Actualmente, os temas do DR e planos de contingência associados, regressaram às reuniões de administração.

Vários administradores, presidentes e gestores estarão hoje perante um dilema se por um lado a incerteza e o receio quanto ao futuro aconselha a contenção nos investimentos em tecnologias de informação, por outro lado, se estes acontecimentos surgem, a única forma de precaução será através destes investimentos. Creio que se trata apenas de uma questão de tempo. Mais ano, menos ano, ver-se-ão na contingência de implementar um plano de DR.

Por exemplo, nos EUA, um dos requisitos para uma empresa ser cotada em bolsa, é ter planos de DR. De facto, as infra-estruturas estavam criadas, imediatamente os planos funcionaram, e a continuidade foi assegurada.

Em Portugal este cuidado também deve ser atendido pois não nos devemos esquecer que também temos alguns acidentes, tais como a cegonha que deixou Portugal às escuras. Podemos ser muito criativos na imaginação de acontecimentos que nunca pensaríamos que pudessem ocorrer e, de facto, o imprevisto sucede.

A tecnologia permite dar continuidade ao negócio mesmo com uma perda total dos dados e os principais construtores desta área têm soluções e serviços para o efeito: arrays de discos com funcionalidades de cópia remota, software de gestão de backups que permite duplicar cópias (colocando uma local e outra remota), bibliotecas como repositório de dados, e as comunicações que permitem ligar todos estes dispositivos a curtas ou longas distâncias. Por exemplo, hoje podemos transmitir Gigabytes de informação a quilómetros de distância.

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Introdução

É dispendioso ter esta capacidade de continuar a operar com a perda total de um centro de dados, mas ao contrário do que se possa pensar, não é tanto por causa do investimento inicial neste tipo de equipamentos. A operação do serviço, nomeadamente ao nível das comunicações, será a que absorve a maior parcela dos custos. Os operadores de comunicações têm aqui um papel determinante. Existem fibras ópticas, linhas ATM, etc, mas o seu custo continua elevado para a maioria das empresas em Portugal. A lógica da rentabilidade, de recuperação de investimento deverá ser sentida como se de um seguro se tratasse. É um custo eventualmente sem retorno, que depende do risco associado e da dependência do negócio nas tecnologias de informação (TIs).

É tudo uma gestão de risco. E gestão de risco é saber equilibrar os custos de prevenção e os custos resultantes de falhas de segurança.

1.1 Porquê fazer backups – O que está em jogo

Actualmente, muitas das empresas não tem capacidade para proteger adequadamente os seus dados e a maior parte das empresas continuam a operar sem uma estratégia funcional de backup que assegure a integridade dos seus dados críticos. O crescimento dos servidores nas empresas aumentou a dificuldade de se localizar determinada informação. Além disto, questões operacionais, como os backups e procedimentos de segurança, tornam-se extremamente complexos quando falamos em ambientes distribuídos, com dezenas de máquinas diferentes, com os mais diversos sistemas operativos (NT, Unix, Netware), cada uma com os seus próprios sistemas de backup. Numa política de backup, este tipo de ambiente cria problemas e tem consequências como elevados custos de formação nos diversos sistemas utilizados, dificuldade em manter a operacionalidade do sistema com segurança com tantas combinações de diferentes softwares e hardwares, aumento dos custos com a manutenção do hardware, dispositivos de escrita/leitura de tapes e dificuldade na realização de testes de verificação do sucesso dos backups. A uniformização na empresa do software/hardware de backup diminui estes problemas e aumenta a segurança de todo o processo de backup/restore.

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Introdução

Investimentos esporádicos em gerações anteriores de software e hardware de backup para computadores pessoais, provaram serem ineficazes e inúteis. Contudo, a última geração de software de backup e restore de computadores, aliada à grande capacidade de armazenamento e performance dos dispositivos para efectuar backups, permite uma segurança e uma confiança que anteriormente só era conseguida por sistemas de mainframe. Os utilizadores que implementaram uma estratégia de backup numa empresa identificaram quatro grandes benefícios:

1.1.1 Poupança significativa de custos

Visto que os utilizadores armazenam cada vez mais informação nos computadores pessoais, o valor dos dados excede rapidamente o valor do hardware. De facto, a média dos computadores pessoais usados nas empresas equivale a uma fracção do que custaria recriar os dados armazenados no computador.

1.1.2 Maior produtividade

Quando um computador ou um dispositivo de armazenamento falha, o seu utilizador tem de ser capaz de recuperar o trabalho imediatamente. Sem o backup, o utilizador gasta horas, dias, ou até mesmo semanas a reconstruir os documentos perdidos. Visto que a produtividade dos utilizadores diminui, também diminui a produtividade da empresa. Um sistema de backup fiável protege a informação e mantém a produtividade.

1.1.3 Simplicidade para os utilizadores

Os utilizadores questionados acerca dos backup afirmam que sabem que deveriam fazer backup mas que não o fazem visto que este dá muito trabalho. A tecnologia existente hoje em dia retira este fardo ao utilizar aplicações de backup que através da rede centralizam os backups de redes completas de computadores.

1.1.4 Uma informática mais segura

Uma vez que cada vez mais tarefas, como produtividade, apresentação e comunicação estão representadas nos computadores, torna-se essencial uma estratégia de backup regular. Sem uma base sólida num sistema informático, uma grande dependência dos computadores conduz a uma grande vulnerabilidade.

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Introdução

1.2 O que se pode perder

Enquanto não se experimentar uma perda de dados, não se tem a noção exacta da dimensão e dos efeitos que os dados perdidos podem provocar. Considere-se os documentos, por exemplo. Devido à naturalidade com que são criados, muitos utilizadores não estão cientes do valor do seu investimento nesses documentos até os perderem. E os documentos não são o único tipo de dados que se pode perder. Pense-se em todos os componentes de um ambiente computacional complexo que também podem ser perdidos:

1.2.1 O sistema operativo

Os sistemas operativos são complexos, com muitos ficheiros em muitos directórios. Provavelmente existe uma lista de drivers, fontes, configurações e outros recursos relacionados com o sistema, que seria fastidioso ter de voltar a reunir depois de o sistema ir abaixo.

1.2.2 As aplicações

O processo de reinstalação através de discos, CDs e pela Internet é pouco interessante e excessivamente longo.

1.2.3 As configurações

As aplicações permitem configurações significantes durante e depois da instalação. Investe-se numa quantidade de coisas, que gradualmente vão sendo configuradas de forma a que fiquem cada vez melhor. Por exemplo, uma folha de cálculo, na qual se pode configurar menus, cores, automatizar troca de dados com outras folhas. No caso de acontecer uma perda desses documentos, ter de efectuar todas essas configurações de novo, poderá ser difícil e consumir muito tempo para as recriar.

1.2.4 A rede

Os utilizadores não fazem ideia da complexidade e da fragilidade de qualquer ambiente em rede. Neste tipo de ambientes interagem vários componentes de hardware e software com outros equipamentos originais e produtos third-party.

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Introdução

1.3 De que forma se pode perder

Os dados guardados em computadores estão sempre susceptíveis de serem destruídos. Em todos os tipos de negócios – desde o maior ao mais pequeno – pode perder-se dados todos os dias. Normalmente, as razões para tal são:

1.3.1 Erros involuntários

Muitos dos dados perdem-se quando os utilizadores, inadvertidamente, apagam ficheiros, pastas ou mesmo discos inteiros. Este tipo de erro involuntário pode resultar por má identificação dos dados, discos desorganizados, ou experiência inadequada. A estatísticas revelam que a maioria da perda de dados é causada acidentalmente pelos utilizadores.

1.3.2 Falha de discos

Não se pode dizer que este tipo de situação é frequente, mas ocorre quando menos se espera. Como quase todos os trabalhadores fazem do disco do computador da empresa o primeiro dispositivo de armazenamento, por vezes estão aí armazenados anos de trabalho e, sem um backup dessa informação, pode perder-se tudo.

1.3.3 Ataques de Vírus

Como resultado da evolução tecnológica, todos estamos cientes do perigo dos vírus num computador. Este tipo de programas pode expandir-se sozinho de computador em computador. Por vezes podem não causar estragos mas, a maior parte das vezes, apagam ficheiros e chegam mesmo a formatar discos inteiros.

1.3.4 Roubo

Os computadores pessoais são o objecto favorito dos ladrões de equipamento tecnológico. Muitas organizações perderam todos os computadores que possuíam numa única noite e, pior do que perder os computadores é perder a informação que estes contêm, que é, por vezes, muito mais valiosa.

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Introdução

1.3.5 Desastres naturais

A probabilidade de ocorrer um incêndio, uma inundação, um terramoto ou outro tipo de desastre natural ou provocado, pode causar a perda de toda a informação. Resumindo, este documento apresenta uma visão sobre muitas das questões levantadas na implementação de uma estratégia de backup. Começando por mostrar a evolução dos backups ao longo dos últimos anos e apresentando depois alguns conceitos e fundamentos necessários para compreender tudo o que envolve esta matéria. No capítulo seguinte, são focados pontos fulcrais que se deve ter em consideração quando se planeia uma estratégia eficiente de backup. Num capítulo seguinte, são apresentados cenários de redes onde são aplicados dispositivos de backup e enunciadas as vantagens e desvantagens de cada um. Por fim são apresentadas algumas ferramentas usadas na gestão dos backup. Em anexo são apresentadas algumas opções de hardware disponíveis no mercado e suas características gerais. Ah! Já me esquecia! Vou fazer backup ao meu PC...

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Evolução dos Ba

Capítulo

ckups

2

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Evolução dos Backups

A arte do backup de dados desenvolveu-se significativamente nos últimos anos, tendo-se passado de drives individuais de SCSI que faziam o backup em computadores pessoais, para sistemas automáticos que fazem o backup em redes heterogéneas de servidores. O passo seguinte desta evolução foram as Storage Area Network (SAN).

2.1 Standalone backup

Os sistemas abertos de backup nasceram em 1987 com a introdução da primeira drive de tapes multi-gigabyte 8mm SCSI. Os discos para as drives SCSI a gigabyte acabavam de aparecer e estavam a ser usados nas workstations UNIX e computadores. Neste ambiente, a melhor maneira de efectuar o backup era ligar directamente a drive de tape SCSI ao computador e efectuar o backup dos dados. A grande capacidade de armazenamento das novas tecnologias de tapes permitiram um backup não vigiado pela primeira vez – eliminando a necessidade da presença de um administrador de sistemas (normalmente um engenheiro) que trocava manualmente as tapes à medida que estavam cheias. Nos primeiros anos, a capacidade de uma tape normal teve andamento para a capacidade de disco nestes sistemas.

Figura 1 – Backup local a uma workstation

As redes locais apareceram sem demora e os servidores de ficheiros nasceram. Os dados residentes na workstation individual foram movidos para estes servidores de ficheiros. A drive de tape foi movida para uma ligação directa ao servidor e o backup realizado no servidor e não na workstation. Neste ambiente multi-utilizadores, os dados começaram a crescer mais rapidamente do que a capacidade de uma tape normal. Os administradores de sistemas viram-se novamente obrigados a trocar as

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Evolução dos Backups

tapes para completarem um backup, o que normalmente acontecia à noite, quando o sistema estava inactivo.

Drive tape dedicada ligada

ao servidor

Figura 2 – Backup através de um servidor

2.2 Backup automático

Em 1990 foi introduzido o primeiro sistema “tape library SCSI-based”. Contendo 120 tapes e uma nova geração de dispositivos para comprimir os dados, esta tape library expandiu a capacidade de armazenamento em backup para mais de um terabyte pela primeira vez. Desde então, produtos automatizados de tapes de todos os modelos e tamanhos foram introduzidos no mercado. Dispositivos “Low-end autoloaders”, contendo 5 a 7 tapes poderiam fornecer backups não vigiados por um período superior a uma semana. Tape libraries mais sofisticadas permitiam automatizar os backups, bem como melhorar a performance e a segurança através do uso de múltiplas drives de tape. Rapidamente os vendedores de software de backup adicionaram software para controlo de tape libraries às suas aplicações. Uma vez mais, o backup completamente automatizado foi possível.

Projecto - Computadores e Sistemas 17

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Evolução dos Backups

Tape library dedicada ligada a um servidor

Figura 3 – Backup automático com ligação do servidor a uma tape library.

Durante toda a década de 90, o número de servidores dentro das empresas cresceu com grande intensidade. Uma combinação de hardware de baixo custo, novas aplicações cliente-servidor e a Internet resultaram em servidores UNIX e PC-based, distribuídos por toda a empresa. Com isto, um novo problema apareceu – como administrar as operações de backup de uma constelação extensa de sistemas. A administração de backups tornou-se, uma vez mais, num esforço laboral intenso. Embora o problema da capacidade pudesse ser automatizado, continuava a haver tarefas manuais que tinham de ser administradas em cada servidor: assegurar que havia tapes carregadas, assegurar que o trabalho de backup tinha sido concluído com sucesso, a etiquetagem e armazenamento de tapes, a identificação de falhas e outras mais.

2.3 LAN backup

Em breve, a maior parte ou mesmo todos esses servidores ficaram em rede usando as tecnologias de rede local e WAN. Os desenvolvedores de software de backup responderam com uma nova classe de aplicações de backup concebidas para correr ao longo da rede. Estas aplicações de LAN backup eram capazes de enviar os dados de cada servidor da rede para um servidor de backup ao qual estava ligado um dispositivo, tal como um tape library ou um autoloader.

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Evolução dos Backups

A LAN backup trouxe várias vantagens:

• Uma tape library normal podia ser partilhada entre os servidores da rede.

• A capacidade do backup podia ser facilmente escalonada de modo a conhecer o crescimento de armazenamento.

• A administração foi simplificada. • Os custos foram reduzidos.

Backup pela rede usando um servidor de backup ligado a uma tape library

Servidor de backup

Figura 4 – LAN de Backup com ligação a um servidor de backup e deste a uma tape library.

No entanto, também teve inconvenientes:

• As LANs não foram concebidas para serem um interface de armazenamento de dados de segurança.

• A largura de banda de uma LAN estava limitada a cerca de 10 MB por segundo, o que resultava em muito tempo de backup.

• A circulação de dados na LAN faz abrandar a operação das aplicações cliente-servidor ligadas à mesma LAN.

Projecto - Computadores e Sistemas 19

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Evolução dos Backups

2.4 LAN backup dedicada

O problema de circulação de dados poderia ser eliminado com a colocação de uma LAN secundária, dedicada ao armazenamento e ao backup. Contudo esta solução continua a ter o problema da largura de banda, faltando também a segurança necessária para backups de dados.

Rede dedicada

Figura 5 – Backup feito através de uma LAN secundária dedicada.

2.5 Storage Area Network (SAN) backup

As SAN são o novo paradigma para ligar e gerir o armazenamento num ambiente de rede. Uma SAN é uma rede de alta-velocidade dedicada a fazer o interface de subsistemas de armazenamento aos servidores. A arquitectura actual das SAN é tipicamente baseada num interface de Fiber Channel (FC). Um é um interface realizado para fazer a inter-conexão de centenas de dispositivos numa rede de confiança alcançando dezenas de quilómetros. Tanto o disco como os sistemas de armazenamento de tapes, podem ser ligados a uma SAN.

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Evolução dos Backups

Servidores

LAN

Aplicações de gestão centralizada

Figura 6 – Backup de uma SAN através de Fiber Channel.

Para um backup de rede, uma arquitectura SAN oferece muitos benefícios: Facilidade de administração:

o O software de gestão centralizado permite uma configuração e monitorização remotamente.

o Operação não vigiada. o Gestão de Média pode ser automatizada.

Escalonamento:

o A capacidade pode ser escalonada para se conhecer as necessidades da rede.

Maior largura de banda:

o Até 2 GB por segundo FC dedicados ao armazenamento.

Alta Performance:

o Liberta toda a capacidade do hardware de armazenamento sem interferir na performance da LAN.

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Evolução dos Backups

Grande segurança e disponibilidade:

o Dispõe de dispositivos redundantes de drives, power, arrefecimento e capacidade de hot-swap para assegurar confiança e simplificar os serviços.

Flexibilidade de configuração:

o Com mais de 20 km de capacidade de distância e componentes de rede flexíveis, os FC-based SANs podem ser configurados para satisfazer qualquer tipo de necessidade.

Servidores heterogéneos:

o Servidores UNIX, NT e NetWare podem ser ligados simultaneamente.

Reduzir o Total-Cost-of-Ownership (TCO):

o A partilha das tapes libraries aumenta a eficiência. o A gestão centralizada reduz os custos de administração.

Concluindo este capítulo, podemos afirmar que o meio informático teve um desenvolvimento superior ao das redes e as técnicas para backups de segurança tiveram de ser alteradas para fazer face às novas necessidades. Também esta tecnologia continuará a desenvolver-se à medida que novas capacidades sejam desenvolvidas.

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Conceitos Fundament

Capítulo

e os

3

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Conceitos e Fundamentos

3.1 Backup e Arquivo

Desde um simples PC aos grandes sistemas ou redes globais, um sistema eficaz de backup e arquivo é o principal seguro contra situações que quase sempre caem no esquecimento - falhas de hardware, erros de software, erro humano, desastres naturais, intrusão ou até roubo.

Existe porém uma diferença entre backup e arquivo. Backup é a protecção dinâmica dos sistemas, onde a informação em backup é regularmente actualizada segundo estratégias bem definidas que incluem, normalmente, backups incrementais, diferencias e totais. Arquivo é simplesmente uma cópia total que é guardada num determinado suporte e aí permanece estática durante algum tempo.

3.2 Compromissos de um sistema de backup

A implementação de uma solução de backup tem a mesma lógica da adjudicação de um contrato de seguros. Fazêmo-lo na esperança de nunca ter que recorrer aos seus serviços.

Os gestores de informação e de sistemas que remetem para último plano a planificação atempada de métodos e estratégias de backup, certamente que o fazem não por leviandade mas por mera inconsciência.

Outros, exagerando na precaução, investem em sistemas de grande disponibilidade com o objectivo de poupar o tempo que leva a concluir um backup. De notar, porém, que de nada serve o investimento se os serviços de recuperação continuarem a ser morosos e a inspirar pouca confiança.

De escalabilidade versátil, uma solução de backup deverá ser dimensionada à medida da previsão de crescimento dos sistemas e do ambiente envolvente que, normalmente, é multiplataforma. A arquitectura, estratégias, tecnologias e métodos de backup, deverão optimizar as facilidades do sistema numa solução de compromisso entre vários pontos:

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Conceitos e Fundamentos

• Janela de backup

É bastante frequente ouvir-se falar de backup window. Esta expressão caracteriza o tempo que demora a completar-se uma operação de backup, sendo um factor de avaliação da sua prestação. Pela parte do sistema protegido, a janela temporal dedicada ao backup é definida pelo tempo que um sistema fica dedicado exclusivamente à operação de backup, situação em que é exigida a paragem total ou parcial dos seus serviços.

• Recuperação de ficheiros

Esta operação é normalmente conhecida pela designação restore, e refere-se ao serviço primário de um sistema de backup - repor ficheiros ou versões antigas que eventualmente tenham sido corrompidas ou apagadas por engano. Esta operação é possível desde que o problema que deu origem à corrupção de ficheiros não tenha abalado a integridade do sistema operativo (S0) do sistema protegido, até ao ponto de não ser possível a transferência de ficheiros.

• Recuperação de sistema

Existem por vezes situações em que o sistema operativo foi de tal modo corrompido que já não é possível suportar os serviços de restore disponibilizados pelo sistema de backup. Nessa altura torna- -se prioritário a recuperação total do sistema, que poderá ser feita recorrendo aos serviços de DR, que também devem fazer parte integrante do sistema de backup.

3.3 Estratégias de backup

Na implementação de uma solução de backup, não basta garantir a sua eficiência. A escolha e o ajustamento das estratégias de backup são fundamentais na obtenção de um sistema eficaz. O delineamento de estratégias implica reflectir seriamente em algumas questões:

Qual é a informação que realmente necessita de protecção? Informação Crítica

Qual a periodicidade que devem ter as operações de backup? - Periodicidade

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Conceitos e Fundamentos

Quanto tempo deve residir a informação em backup? – Prazo de validade

3.3.1 A informação crítica

Por vezes, os recursos de armazenamento guardam informação de pouco interesse, quando encarada sob o ponto de vista da sua integridade e necessidade de protecção. Em alguns casos, uma percentagem não desprezável da informação distribuída nos sistemas permanece imutável, com baixa taxa de consulta e bastante desactualizada. Também é frequente verificar-se a acumulação de múltiplas cópias do mesmo ficheiro. A informação estática ou “morta” deverá, sempre que possível, ser endereçada para um sistema de arquivo, e não para um sistema de backup, que deve preocupar-se apenas com a informação dinâmica.

A classificação da informação não segue sempre os mesmos padrões mas a optimização da quantidade de tempo para a operação de backup, volume de dados a armazenar, congestionamento da rede, etc., passa pela escolha criteriosa do que deve ser protegido.

3.3.2 Periodicidade das operações de backup

A periodicidade das operações de backup está intimamente ligada com a taxa de crescimento da informação e com o esforço que é necessário despender para repor a informação, desde a última operação de backup. Em alguns ambientes, um backup semanal poderá ser suficiente, nomeadamente quando a informação criada durante uma semana pode ser readquirida ou recriada sem grandes custos. O mesmo já não se aplica em sistemas de aquisição em tempo real, instituições financeiras, processamentos de dados correspondentes a eventos únicos, processos de aquisição de grandes volumes de dados, em que o custo dessa aquisição é mais significativo do que a facilidade de reposição do processo.

Seria então de aconselhar uma estratégia baseada unicamente em backups diários totais? De modo algum. Uma estratégia eficaz deve envolver também backups diferenciais ou incrementais, que exigem menos espaço de armazenamento e reduzem substancialmente a janela de backup.

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Conceitos e Fundamentos

Tipo de ficheiro Fazer o backup diariamente

Fazer o backup semanalmente

Ficheiros de dados X X Ficheiros importantes (pode ser feito o backup várias vezes por dia)

X X Outros ficheiros (inclui ficheiros de sistema e ficheiros de software)

X

Tabela 1 – Periodicidade dos backups.

3.3.3 Prazo de validade da informação em backup

O tempo durante o qual se pode guardar um backup está condicionado pela capacidade de armazenamento atribuída ao sistema de backup. Numa situação ideal seria praticável guardar todo o histórico por um período infinito. A operação de reposição de um ficheiro é normalmente a consequência de um pedido de um utilizador que se recorda que, afinal, a versão do mês passado ainda continha informação que agora é critica. Infelizmente, há que considerar que a capacidade de armazenamento on-line dum sistema de backup não é infinita.

Assim sendo, há que definir um prazo de validade e dá-lo a conhecer a todos os utilizadores do sistema.

3.4 Quando é que os backups devem ser feitos

Idealmente, devia fazer-se o backup de dados após determinadas horas, quando o número de postos na rede fosse mínimo. Esta estrutura temporal após o horário laboral é denominada janela de backup. Muitas empresas pequenas têm uma janela de backup adequada para realizar os trabalhos de backup à noite e nos fins-de-semana. Contudo, se a empresa funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana (24x7), ou se houver funcionários a laborar em zonas com horário diferente, pode ter-se uma pequena janela de backup ou não se ter mesmo

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Conceitos e Fundamentos

nenhuma. Neste caso, seria necessário determinar um período de tempo que afectasse o menos possível os empregados.

Caso a empresa labore 24x7, poder-se-ia utilizar software de backup que possuísse uma opção de ficheiro aberto. Esta opção permite realizar um backup mesmo que os ficheiros estejam a ser utilizados.

3.5 Tipos de backup

As aplicações de software incluem opções para copiar o conjunto completo de ficheiros de sistema, para proceder à cópia de um conjunto parcial de ficheiros novos ou modificados e ainda para copiar ficheiros individuais seleccionados. A maior parte das empresas utiliza uma combinação de backups parciais e completos efectuando backups nocturnos em ficheiros que tenham sido alterados durante o dia e backups completos de todos os ficheiros num dia do fim-de-semana.

3.5.1 Backups Completos

Um backup completo copia todos os ficheiros existentes no sistema – os ficheiros de sistema, os ficheiros de software e os ficheiros de dados. O backup completo deve ser feito semanal, quinzenal ou mensalmente. Com um backup completo dos dados agrupados numa tape, será possível recuperar o sistema inteiro se algum imprevisto destruir os ficheiros originais. Se o conjunto de dados for reduzido, poder-se-á realizar um backup completo diariamente. Contudo, não se deve utilizar a mesma tape todos os dias, o que poderia levar à sua danificação após um determinado período de tempo.

3.5.2 Backups Parciais

Um backup parcial copia todos os ficheiros que tenham sido adicionados ou modificados desde o último trabalho de backup. Há dois tipos principais de backups parciais - incremental e diferencial, sumariados na tabela seguinte.

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Conceitos e Fundamentos

Tipo de backup

Ficheiros copiados

Incremental Ficheiros adicionados ou alterados desde o último backup completo ou parcial.

Diferencial Ficheiros adicionados ou alterados desde o último backup completo.

Tabela 2 – Tipos de backups parciais.

Para certos ficheiros cruciais, difíceis de recriar, poder-se-á realizar um backup selectivo, em qualquer altura, durante o dia. Com este método, não é necessário esperar até ao próximo backup para copiar os ficheiros cruciais.

3.5.3 Backups Incrementais

Caso seja necessário economizar tempo e custos durante os trabalhos regulares de backup, pode seleccionar-se um plano que inclua backups completos e incrementais. Com esta estratégia, procede-se a um backup regular de todos os ficheiros (semanal, quinzenal, etc.), e a um backup mais frequente (diário) apenas dos ficheiros que foram alterados desde a última sessão de backup. Este método de backup completo/incremental significa que é necessário copiar um número mais reduzido de ficheiros e que é necessário menos tempo para o procedimento de backup. No entanto, este método também permite fazer restaurar completamente o sistema mais lentamente se se tiver criado várias tapes de backup incremental (uma para cada dia da semana, por exemplo), ou se for necessário restaurar apenas um certo ficheiro e montar várias tapes de backup incremental. Visto que uma sessão de backup incremental pode utilizar apenas uma pequena parte da tape, pode conservar-se o número necessário de tapes de backup, utilizando-se a opção software’s tape-append. Esta opção permite escrever sessões adicionais de backup onde terminou a sessão anterior e fazer uso total de uma única tape. Contudo, caso se perca esta tape, perdem-se os dados de várias sessões de backup.

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Conceitos e Fundamentos

3.5.4 Backups Diferenciais

Se for necessário maior protecção no restore em caso de falha, deve escolher-se um plano que inclua backups completos e diferenciais. Com esta estratégia, efectua-se um backup regular de todos os ficheiros (semanal, quinzenalmente, etc.) ou um backup mais frequente (diariamente) de todos os ficheiros que foram alterados desde a última sessão de backup completo.

O backup diferencial é substancialmente mais rápido que o total. Porém, à medida que o número de operações de backup aumenta, o volume de dados a gravar também aumenta. Nas vésperas de um novo backup total, o volume de dados a gravar no modo diferencial pode ser quase tão grande como no total. Sempre que se escolher este modelo deverá medir- -se bem a janela de tempo disponível e compatibilizá-la com o volume de dados previsto.

Como se infere, a reposição de ficheiros através do método diferencial, é muito mais rápida do que a utilização do método incremental - no caso do diferencial há que recorrer apenas ao último total e ao último diferencial, enquanto nos incrementais tem que se recorrer não apenas ao último total mas a todos os incrementais.

A escolha entre backup incremental ou diferencial está relacionada com o volume de dados que diariamente é acrescentado, o que condiciona a dimensão do sistema de armazenamento, o seu débito (MB/s) e o tempo disponível para a operação.

3.6 Qual é a melhor estratégia de backup

Será preferível combinar backups completos com backups diferenciais ou incrementais? A resposta a esta questão depende da situação e dos factores mais importantes a ter em conta. Se se quiser poupar tempo e custos no processo de backup, deve escolher-se backups incrementais parciais. Se for mais importante proceder a um processo de reparação o mais simples e rapidamente possível em caso de acidente, deve escolher-se backups diferenciais parciais. Grande parte das empresas realiza backups completos/parciais, visto que o processo de reparação apenas requer duas tapes. A tabela seguinte realça as principais vantagens e desvantagens das estratégias de backup incremental e diferencial.

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Conceitos e Fundamentos

Tipo de backup Vantagens Desvantagens

Incremental (todos os ficheiros novos ou alterados desde o último backup completo ou parcial)

- Backup mais rápido porque há menos ficheiros. - Desgaste reduzido no equipamento de backup e na tape. - São necessárias menos tapes.

- Reparação mais lenta porque pode ser necessário mais de duas tapes (a tape de backup completo e cada uma das tapes de backup incremental). - Aumento dos custos de downtime em caso de quebra no sistema.

Diferencial (todos os ficheiros novos ou alterados desde o último backup completo)

- Reparação mais rápida porque só são necessários dois conjuntos de tapes (as tapes de backup completo e de backup diferencial). - Custos reduzidos de downtime em caso de quebra no sistema.

- Processo de backup mais lento, porque são copiados mais ficheiros. - Aumento de desgaste no equipamento de backup e na tape. - Podem ser necessárias mais tapes.

Tabela 3 – Principais vantagens e desvantagens de backup incremental e diferencial.

3.7 Onde é que os backups devem ser guardados

Deve ser guardada uma cópia completa dos dados da empresa on-site para uma recuperação imediata e outra cópia off-site, num local seguro, para a eventualidade de a empresa sofrer um incêndio, um assalto ou qualquer outra ocorrência danosa. Muitas empresas pequenas guardam as tapes de backup num banco local ou em casa do proprietário. Para eliminar a preocupação, há outras empresas que preferem fazer um contrato com firmas especializadas em arquivo e armazenamento.

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Conceitos e Fundamentos

3.8 Porque é que a tape é ideal para fazer o backup

Quer se faça o backup de uma workstation individual ou de uma pequena rede, a tape é um meio ideal de armazenamento porque permite armazenar grandes quantidades de informação a um preço relativamente baixo. Além disso, a tape é um meio perfeito para fazer o arquivo porque permite o armazenamento de tape off-site para aumentar a segurança dos dados.

3.9 Determinar o número necessário de tapes

Para determinar quantas tapes são precisas, é necessário considerar o seguinte: Tamanho completo do backup. Convém saber qual é o tamanho, em gigabytes, de um sistema completo de backup. Esta quantidade deverá incluir os ficheiros de dados, os ficheiros de sistema e os ficheiros de software. Uma vez determinada a capacidade total, deve dividir-se esse número pela capacidade total de cada tape. Por exemplo, se a capacidade total do sistema for 600 gigabytes e a de cada tape for 60 gigabytes, serão necessárias 10 tapes. Grande parte das drives de tape e das aplicações de software permitem fazer uma compressão dos dados de forma a reduzir o tamanho dos ficheiros. Ao comprimir os dados, a quantidade de tapes necessárias será reduzida. Tamanho parcial do backup. Deve estimar-se o tamanho, em gigabytes de um backup parcial (diferencial ou incremental). Esta quantidade inclui os ficheiros de dados que são alterados diariamente. Por exemplo, se a média de um backup incremental for 60 gigabytes e a de cada tape for 30 gigabytes, serão necessárias 2 tapes para cada backup incremental. Método de rotação de tapes e frequência de backups. Impõe-se saber qual é o método de rotação que se irá implementar e quantas tapes serão necessárias. Por exemplo, num esquema de rotação GrandFather-Father-Son, será necessária uma tape para quatro backups parciais por semana (1x4=4 tapes), três tapes para quatro backups completos por semana (3x4=12 tapes) e três tapes para doze backups mensais completos (3x12=36 tapes). Serão necessárias 52 tapes (4+12+36).

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Conceitos e Fundamentos

Arquivo de tapes. Para se saber quantas tapes serão arquivadas off-site anualmente, deve ter-se em conta se o arquivo do backup completo será feiro mensalmente ou trimestralmente. Por exemplo, se um backup completo necessitar de 3 tapes e se planear arquivar uma cópia de um backup completo por mês, serão necessárias 36 tapes por ano. Retirada das Tapes. A retirada de circulação das tapes utilizadas para backups diários deve ser determinada de acordo com a frequência de utilização das tapes. Se o software der conta de erros de reescrita pode querer-se monitorizar esse número e descartar qualquer tape que mostre um aumento significativo nos erros. O custo de substituição de uma tape é muito menor do que o custo de perda dos dados.

3.10 Determinar o custo

Pode comprar-se tapes com diferentes durações que oferecem várias capacidades de armazenamento de dados. Os preços podem variar bastante por tape, dependendo do tipo de drive de tape que se possui. Também será necessário adquirir algumas tapes de limpeza para assegurar uma operação adequada.

3.11 Com que frequência as tapes devem ser substituídas

Deve seguir-se as instruções do fabricante para o armazenamento e substituição das tapes. A maior parte dos fabricantes coloca as instruções na embalagem da tape. Há também certos softwares de backup que indicam erro na tape, o que alerta para o facto de a tape dever ser substituída. No entanto, regra geral, as tapes utilizadas para fazer backups diários devem ser substituídas uma vez por ano.

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Conceitos e Fundamentos

3.12 Tapes e tempo necessários para um backup

Os exemplos seguintes demonstram a forma como uma estratégia de backup diferencial ou um backup incremental afectam as tapes e o tempo necessários para fazer um backup.

Backup diferencial: tapes e tempo necessários*

Dia Tipo Tamanho Tempo Nº de tapes

Sexta-feira Completo 160 GB 4 horas 3 tapes Segunda-feira Diferencial 45 GB 1.1 horas 1 tape Terça-feira Diferencial 56 GB 1.4 horas 1 tape Quarta-feira Diferencial 67 GB 1.7 horas 2 tapes Quinta-feira Diferencial 83 GB 2.1 horas 2 tapes Total: 411 GB 10.3

horas 9 tapes

Tabela 4 –Backup diferencial: tapes e tempo necessários.

Backup incremental: tapes e tempo necessários*

Dia Tipo Tamanho Tempo Nº de tapes

Sexta-feira Completo 160 GB 4 horas 3 tapes Segunda-feira Diferencial 45 GB 1.1 horas 1 tape Terça-feira Diferencial 11 GB 0.3 horas 1 tape Quarta-feira Diferencial 11 GB 0.3 horas 1 tapes Quinta-feira Diferencial 16 GB 0.4 horas 1 tapes Total: 243 GB 6.1 horas 7 tapes

Tabela 5 –Backup incremental: tapes e tempo necessários.

* Estes exemplos baseiam-se num ciclo de backup semanal com uma drive de tape capaz de transferir dados a 40 gigabytes (GB) por hora para uma tape com 60 gigabytes de capacidade. Em backups diferenciais, a quantidade de dados e horas aumenta ao longo da semana, necessitando de mais duas tapes e quase do dobro do tempo de backup do que o backup incremental.

Projecto - Computadores e Sistemas 34

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Conceitos e Fundamentos

3.13 Tapes necessárias para o processo de restore

Os exemplos seguintes demonstram a forma como uma estratégia de backup diferencial ou backup incremental afectam a quantidade de tapes necessárias para um processo de restore. Backup diferencial: tapes necessárias para o processo de restore Dia Tipo de backup Tipo de ficheiros copiadosSexta-feira Completo Tape 1, 2, 3 Segunda-feira Diferencial Tape 4 Terça-feira Diferencial Tape 5 Quarta-feira Diferencial Tape 6 Quinta-feira Diferencial Tape 7 Tapes necessárias para um restore completo do sistema

Todas as 7 tapes

Tabela 6 –Backup diferencial: tapes necessárias para o restore.

Backup incremental: tapes necessárias para o processo de restore Dia Tipo de backup Tipo de ficheiros copiadosSexta-feira Completo Tape 1, 2, 3 Segunda-feira Diferencial Tape 4 Terça-feira Diferencial Tape 5 Quarta-feira Diferencial Tape 6, 7 Quinta-feira Diferencial Tape 8, 9 Tapes necessárias para um restore completo do sistema

Tapes 1, 2, 3, 8, 9

Tabela 7 –Backup incremental: tapes necessárias para o restore.

Num restore completo do sistema, a estratégia de backup diferencial requer apenas um backup completo em tape à sexta-feira e um backup diferencial, também em tape, à quinta-feira, enquanto a estratégia de backup incremental requer todas as tapes de backup.

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Conceitos e Fundamentos

3.14 Esquemas de rotação de tapes

Na maioria das situações, os periféricos de armazenamento dedicados aos sistemas de backup utilizam bobines de fita magnética.

As tecnologias de gravação mais utilizadas deram origem a vários modelos, dos quais se destacam as AIT, DLT, VXA, LTO, Magstar.

3.14.1 Media Sets

Num esquema rotação de tapes, é normal que, devido à quantidade de armazenamento requerida, uma tape não seja suficiente para uma determinada operação de backup. Nessa altura, são constituídos grupos de tapes, conhecidos por Media Sets.

Existem vários métodos de rotação. Qualquer deles procura minimizar o número de tapes envolvidas, em compromisso com a máxima variedade histórica das versões disponíveis e a periodicidade dos backups. Um bom esquema de rotação deve garantir, ainda, que a distribuição da informação em backup permita a recuperação eficaz de ficheiros e de sistemas.

Uma grande parte das empresas utiliza um dos seguintes tipos de rotação, descritos mais detalhadamente nas páginas seguintes:

o Six-Tape; o Grandfather – Father – Son; o Torres de Hanoi;

Nota: Estas sugestões para implementar as estratégias de rotação podem ser modificadas de várias formas, de acordo com as necessidades.

3.14.2 Rotação Six-Tape

O método de rotação Six-Tape é um esquema simples e com custos efectivos para um esquema de uma tape por dia, o qual é ideal para pequenos negócios que não necessitem de fazer o backup de grandes volumes de dados. Este método implica fazer a rotação entre duas tapes nos backups completos às sextas-feiras, e utilizar quatro tapes para cada um dos backups, incremental ou diferencial, de segunda a quinta-feira.

Projecto - Computadores e Sistemas 36

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Conceitos e Fundamentos

Se a total capacidade dos dados não couber na tape, deve utilizar-se conjuntos de tapes. A maior parte dos softwares fornece opções para gerir os conjuntos de tapes. Para realizar um método de rotação Six-Tape: 1. Deve comprar-se seis tapes e etiquetá-las: Tape 1: SEX1 Tape 2: SEX2 Tape 3: SEG Tape 4: TER Tape 5: QUA Tape 6: QUI 2. Começando numa sexta-feira, deve realizar-se um backup completo na tape SEX1 e guardar a tape off-site. Para uma protecção ainda maior, deve fazer-se um duplicado da tape SEX1: uma para se guardar on-site e outra para se guardar off-site. 3. Às segundas, terças, quartas e quintas-feiras, deve realizar-se um backup incremental ou diferencial numa tape apropriadamente etiquetada. Deve guardar-se estas tapes na empresa. 4. Na sexta-feira seguinte, deve realizar-se um backup completo na tape SEX2, que deve ser guardada off-site; se se quiser, pode recuperar-se a tape SEX1 para o backup completo a fazer na próxima sexta-feira. 5. Repetir o passo 3, reutilizando as tapes de segunda até quinta-feira. 6. Às sextas-feiras, deve fazer-se backups completos, alternando entre as tapes SEX1 e SEX2, assegurando que se guarda pelo menos uma tape de sexta-feira off-site. O gráfico seguinte demonstra como se pode criar um esquema de rotação Six-Tape num mês.

Projecto - Computadores e Sistemas 37

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Conceitos e Fundamentos

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

SEX1

SEG TER QUA QUI SEX2

SEG TER QUA QUI SEX1

SEG TER QUA QUI SEX2

SEG TER QUA QUI SEX1

Incremental ou Diferencial Completo

Tabela 8 - Método de rotação Six-Tape num período de um mês.

Para um esquema de backup ainda mais eficiente e com custos efectivos, é possível realizar uma rotação Three-Tape. Em primeiro lugar, é necessário realizar um backup completo na tape 1 e depois alternar entre a tape 2 e a tape 3 para backups nocturnos e diferenciais. Pode fazer-se backups completos de 2 em 2 semanas, ou sempre que se achar necessário. Este método de rotação Three-Tape é ideal para quando se tem de fazer um backup de uma pequena quantidade de dados e se quer gastar o mínimo dinheiro possível. Para se fazer backups diferenciais apenas são necessárias duas tapes para se fazer um restore completo do sistema.

3.14.3 Grandfather – Father– Son

O método utilizado de rotação de tapes mais comum é o GFS. Este esquema de rotação opera segundo o mesmo princípio de cinco dias por semana, utilizado no método de rotação Six- Tape, excepto quando se utilizam mais tapes para se fazer o backup de dados diariamente (nas tapes Son), semanalmente (nas tapes Father), e mensalmente (nas tapes Grandfather). As tapes mensais podem ser arquivadas para armazenamento permanente ou serem recicladas numa base trimestral ou anual.

Projecto - Computadores e Sistemas 38

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Conceitos e Fundamentos

Os passos seguintes mostram como se pode proceder a um método de rotação simples GFS, utilizando 20 tapes: 1. Deve obter-se 20 tapes e etiquetá-las da seguinte forma:

o 4 tapes diárias (sons) etiquetadas de “SEG” até “QUI”; o 4 tapes semanais (fathers) etiquetadas “SEMANA1” até “SEMANA4”; o 12 tapes mensais (grandfathers) etiquetadas com o mês e o ano;

Se um backup completo exceder a capacidade de uma tape, deve criar-se conjuntos de tapes. 2. Começando numa sexta-feira, deve realizar-se um backup completo na tape SEMANA1 e guardar as tapes SEMANA tanto on-site como off-site. 3. Começando na segunda-feira seguinte, deve fazer-se backups diferenciais ou incrementais diários nas tapes de SEG até QUI que devem ser guardadas on-site. 4. Às sextas-feiras, deve fazer-se outro backup completo na tape SEMANA2. 5. Continuar com este método de rotação até ao último dia útil do mês. Neste dia (não importando em que dia da semana calha), deve realizar-se um backup completo na tape do primeiro mês (Grandfather). Deve etiquetar-se a tape com a data actual e guardá-la off-site. O esquema seguinte demonstra como se pode criar um esquema de rotação GFS.

Segunda

Terça Quarta Quinta Sexta

SEMANA 1

SEG TER QUA QUI SEMANA 2

SEG TER QUA QUI SEMANA 3

SEG TER QUA QUI SEMANA 4

SEG TER QUA QUI MÊS 1

Incremental ou Diferencial Completo

Tabela 9 - Método de rotação GFS num período de um mês.

Projecto - Computadores e Sistemas 39

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Conceitos e Fundamentos

3.14.4 Torres de HANOI

O esquema Torres de Hanoi é um método seguro e com custos efectivos de rotação de tapes, sendo também, no entanto, algo complexo. Nas Torres de Hanoi realiza-se um backup completo em cinco conjuntos de tapes: etiquetadas A, B, C, D, E. O conjunto de tapes A é usado em todas as outras sessões de backup; o conjunto de tapes B é usado em cada quatro sessões de backup; O conjunto de tapes C é usado em cada 8 sessões, e assim sucessivamente. Pode realizar-se estas sessões de backup à noite, semanalmente ou sempre que se julgue necessário. A tabela seguinte demonstra de que forma o método de rotação Torres de Hanoi se alterna de acordo com cada conjunto de tapes:

Sessão de backup

Tape a usar

1 A 2 B

3 A 4 C 5 A 6 B 7 A

8 D 9 A 10 B

11 A 12 C 13 A 14 B

15 A 16 E

Tabela 10 – Rotação de tapes pelo método de Torres de Hanoi.

Projecto - Computadores e Sistemas 40

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Conceitos e Fundamentos

Para realizar uma rotação de tapes Torres de Hanoi: 1. Etiquetar cinco tapes (ou conjuntos de tapes): A, B, C, D, E. 2. Para a primeira sessão de backup, fazer um backup completo na Tape A. 3. Para a segunda sessão de backup, fazer um backup completo na Tape B. 4. Continuar a alternar as tapes, conforme demonstrado na tabela anterior. 5. Quando se tiver chegado à tape E, no décimo sexto dia, deve começar- -se novamente a configuração e guardar-se a tape E off-site. O gráfico seguinte mostra um mês de backups no esquema de rotação Torres de Hanoi.

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Tape A

Tape B

Tape A

Tape C

Tape A

Tape B

Tape A

Tape D

Tape A

Tape B

Tape A

Tape C

Tape A

Tape B

Tape A

Tape E

Tape A

Tape B

Tape A

Tape C

Tape A

Tape B

Tape A

|____________ Completo ______________|

Tabela 11 - Método Torres de Hanoi num período de um mês.

Projecto - Computadores e Sistemas 41

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Conceitos e Fundamentos

3.14.5 Qual é o melhor método de rotação

Método de rotação Vantagens Desvantagens

Six-tape

Necessita de apenas algumas tapes, o que permite um método de rotação fácil e barato. É ideal para pequenas quantidades de dados.

Apenas guarda os dados importantes de uma semana, a menos que se faça regularmente o arquivo das tapes de backup completo.

Grandfather – Father – Son (GFS)

Oferece a protecção mais segura dos dados e implementa arquivos mensais de tapes. Também é um método simples, suportado pela maior parte dos softwares.

Requer mais tapes, o que pode tornar-se dispendioso.

Torres de Hanoi

Permite restores simples em full-system. È ideal para pequenos negócios que estejam interessados na capacidade de fazerem restorescompletos. Também tem custos mais efectivos do que o GFS (utiliza menos tapes).

Requer uma estratégia de rotação difícil que não é tão fácil de implementar como os outros métodos. A não ser que o software de backup o possa suportar, este método é demasiado complexo para se trocar as tapes manualmente. Também requer consumo de tempo em cada sessão de backup completo.

Tabela 12 – Comparação dos métodos de rotação.

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Conceitos e Fundamentos

3.15 O File-by-File e o Image Backup

O Image e o File-by-file são as metodologias de backup mais comuns.

Num backup do tipo file-by-file a informação é copiada ficheiro a ficheiro. Neste caso, o sistema de backup vai pedindo ao sistema que protege, a cópia de cada ficheiro. Assim, o sistema protegido é obrigado a dispensar alguma atenção ao sistema de backup na gerência dos pedidos de I/O, ocupando, por isso, uma percentagem significativa de recursos e de reserva de processamento.

Devido à fragmentação, a informação relativa a um ficheiro não se encontra, normalmente, armazenada em regiões adjacentes do suporte físico de armazenamento. Por este facto, a ordem lógica de um ficheiro raramente corresponde a uma ordem de posição física sequencial, e durante a cópia de um ficheiro, as cabeças de leitura de cada disco duro são constantemente movidas entre regiões espaciais distantes, executando movimentos descontínuos e bruscos. A esta perda de eficácia no processo de leitura, corresponde um fluxo de informação intermitente. Explica-se, assim, que as taxas transferência reais muito raramente se aproximam dos débitos disponibilizadas pelos periféricos de armazenamento dedicados ao backup. A performance do sistema de backup pode ser substancialmente melhorada, desfragmentando o disco regularmente.

O image backup cria uma copia física exacta do suporte onde reside a informação, que é normalmente o disco, do sistema que se pretende proteger. A ordem sequencial de transferência da informação não segue os sistemas de directórios com que se organiza um volume lógico. Em vez disso, o image backup opera ao nível físico do disco, transferindo os blocos, segmento a segmento, cilindro após cilindro. As cabeças de leitura percorrem o disco num movimento contínuo, fornecendo um fluxo de informação constante que maximiza a taxa de transferência para o suporte de armazenamento de backup.

O image backup é particularmente útil quando se pretende fazer a recuperação de todo um disco. Numa situação de DR, toda a informação será reposta em disco seguindo a ordem sequencial física de bloco em bloco igual à sequência da imagem residente em backup. Assim, mesmo que o acesso ao periférico de armazenamento de backup seja sequencial, a taxa de transferência é maximizada, proporcionando uma rápida recuperação do sistema.

Durante uma operação de backup, o local onde reside lógica e fisicamente a informação protegida, não pode ser modificado. De modo a garantir a

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Conceitos e Fundamentos

consistência da informação em backup, a maioria dos sistemas do tipo image backup requerem que o sistema a proteger esteja off-line.

Qualquer das técnicas tem vantagens e inconvenientes. Vejamos em que situações:

o Backing up. Os frequentes pedidos de I/O e o reposicionamento constante das agulhas do disco do sistema protegido fazem com que as tecnologias baseadas no file-by-file tradicional sejam consideravelmente mais lentas do que as do tipo image backup. Neste último, todos os blocos de um disco são copiados, inclusivamente aqueles que não contêm informação. Desperdiça-se assim, alguma capacidade de armazenamento dedicada ao backup.

o Restoring. A recuperação de ficheiros a partir das cópias

fragmentadas, residentes num image backup, é mais lenta do que a partir de um file-by-file backup. Esta baixa prestação é muito mais evidente quando o suporte dedicado ao backup é do tipo sequencial - fita magnética.

o Disaster Recovery. O image backup está fortemente ligado à

geometria do disco que se protege. Uma imagem só pode ser reposta para um disco que tenha exactamente a mesma organização física de blocos, segmentos, pistas e cilindros, i.e., a informação só pode ser reposta para um disco igual àquele que foi a fonte do image backup. Com o file-by-file backup também é possível recuperar todo o sistema. Esta operação é mais complicada e mais lenta do que no caso da recuperação a partir de uma imagem. Por outro lado, não é necessário que o disco do sistema a recuperar seja idêntico ao disco fonte.

3.16 Novas tecnologias de Backup

Existem no mercado vários tipos de software que permitem reduzir ao mínimo a intervenção humana na gestão dos sistemas, bem como contornar as principais dificuldades impostas pelos métodos de backup tradicionais. Nomeadamente, implementam a gestão automática de media sets em libraries robotizadas, possibilitam a criação de uma imagem a partir de um backup do tipo file-by-file, automatizam as operações de DR,

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Conceitos e Fundamentos

e utilizam métodos que asseguram a consistência da informação mesmo quando a operação de backup é realizada com os sistemas on-line.

Contornando as desvantagens e agregando as virtudes dos sistemas de backup tradicionais, surgem, então, novas formas de abordar o problema da segurança da informação distribuída em redes.

3.16.1 Real-Time backup

Sendo uma variante do file-by-file backup, nesta tecnologia de backup, as actualizações da informação em backup são feitas sempre que é adicionada informação ao sistema protegido, eliminando-se a necessidade da janela de backup.

3.16.2 Object Replication

Esta tecnologia baseia-se no image backup mas permite uma recuperação do tipo file-by-file. Com efeito, no image backup a estrutura da árvore não é gravada, o que obriga a uma recuperação fisicamente igual. O Object Replication memoriza essa estrutura em base de dados, permitindo que, na fase de recuperação, os ficheiros sejam recuperados desfragmentados e seguindo a árvore de directórios do volume, conjuntamente com as propriedades de segurança de cada ficheiro.

Nas redes informáticas das Empresas e Organizações existem muitos ficheiros e partes de ficheiros comuns a um grande conjunto de clientes. Além dos ficheiro do sistema operativo e aplicações, são também exemplo de redundância os formulários, logos, os templates de cartas, de faxes, de facturas, de pedidos de pagamento, envios de pagamento e muitos outros específicos da actividade das empresas. Alguns softwares de backup, dedicados a garantir a segurança das estações de trabalho, aplicam novas tecnologias baseadas em novos princípios, de que são exemplo o Redundant File Elimination (RFE) e o Redundant Block Elimination (RBE).

Seguindo esta tecnologia, na operação de backup total ao primeiro cliente é copiada a totalidade dos blocos. Ao segundo cliente, porém, já não serão incluídos os blocos que são redundantes relativamente ao primeiro. Na operação de backup ao N-éximo cliente já não serão incluídos os ficheiro e blocos que são redundantes relativamente ao primeiros N-1 clientes.

Em ambientes em que os sistemas operativos alternam entre Win98/95 e estações de trabalho NT, suportando as aplicações habituais do pacote Office, será de esperar que depois de concluídos os backups semente

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Conceitos e Fundamentos

(primeiros clientes) se verifique uma redução drástica nos tempos estimados para os backups aos clientes seguintes.

Na grande maioria dos documentos das empresas e organizações, são ainda comuns expressões como “Exmos Srs”, “Melhores cumprimentos”, “Atentamente”, etc. Os softwares de backup de última geração integram algoritmos de compressão capazes de gerarem a codificação de termos redundantes, estendendo a política de eliminação de informação redundante ao nível da palavra.

Por outro lado, um cliente só é sujeito a uma operação total da primeira vez que esta se efectua. Com efeito, depois de concluído o backup semente todos os seguintes são “backups incrementais” pois só são copiados os blocos de memória em disco que mudaram relativamente ao backup anterior.

Numa segunda fase, da responsabilidade do servidor de backup, os blocos novos, ligados por uma base de dados aos ficheiros respectivos a que pertencem, são acrescentados ao backup do cliente. Este tipo de backup tem o nome de Full Virtual Backups e tem vindo a proliferar em LANs de baixas prestações revelando resultados excelentes.

Medições efectuadas, em condições reais de ethernet a 0.6MB/s, permitiram registar janelas de backup na ordem dos 3 minutos para concluir um backup total a clientes, com uma média de 3GB armazenados.

Havendo necessidade de se recuperar um cliente na totalidade com base num full virtual backup, o software gera, automaticamente, uma imagem do disco a recuperar bem como um disco de arranque personalizado, i.e., dedicado a esse cliente.

O cliente a recuperar “arranca” através de um mini sistema operativo que garante as comunicações sobre a rede com o servidor de backup onde reside a imagem, que é restaurada automaticamente sem necessidade de mais intervenção de um operador.

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Planeamento destratégia de b

Capítulo

e uma ackup

4

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Planeamento de uma estratégia de backup

Compreender toda a estrutura da empresa

Para criar uma estratégia de backup, o factor mais importante é compreender todo ambiente onde esta será aplicada. Este capítulo apresenta a informação a que o responsável terá de ter acesso para implementar a estratégia mais eficiente e segura.

4.1 Volume dos dados

O primeiro passo é determinar a quantidade de dados para fazer o backup ou arquivo regularmente. Os dois principais factores a determinar são o tamanho total dos dados e o tamanho dos dados que sofrem alterações.

4.1.1 Tamanho total dos dados

O tamanho total dos dados existentes é uma indicação do seguinte:

o Quantidade mínima de capacidade de armazenamento necessária; o Quantidade de dados a fazer backup durante um backup completo; o Previsão da capacidade total necessária;

O tamanho total dos dados é frequentemente uma das peças de informação mais fáceis de obter e tem tendência para ser especificado como parte dos requisitos.

4.1.2 Tamanho dos dados que sofrem alterações

O tamanho dos dados que sofrem alterações determina o volume de dados que têm de ser gravados durante os backups incrementais. À medida que o número de ficheiros alterados aumenta, o volume de dados que necessita

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Planeamento de uma estratégia de backup

de ser gravado para tape também aumenta. Será necessário também saber ou estimar os seguintes factores: A frequência de alteração dos dados - A frequência de alteração dos dados determina a frequência com que devem ser feitos os backups. Esta frequência pode variar. Por exemplo, algumas directorias nunca mudam, outras mudam apenas quando é feito o upgrade de alguma coisa, outras mudam só no fim do mês e algumas como os mails mudam tipicamente de minuto a minuto. A frequência de alteração dos dados determina, em parte, o volume dos dados escritos durante os backups incrementais, porque estes apenas guardam os ficheiros que foram alterados. Volume de dados a que se deve fazer backup - É necessário decidir se deve fazer-se um backup a todos os dados ou apenas às partes alteradas. Enquanto é mais rápido gravar apenas as partes alteradas é também mais rápido fazer o restore de todos os directórios e ficheiros de backups completos, do que de backup incrementais. Isto porque, para se fazer um restore de um backup incremental é necessário previamente fazer o restore de um backup completo e, depois, de todos os backups incrementais até às últimas versões de todos os ficheiros que são para fazer restore.

4.2 Tipo de dados

O tipo de dados aos quais deve ser feito backup limita o nível de compressão que se pode esperar do hardware ou software de backup. Não há garantia de que os tipos de dados que têm de ser comprimidos tenham propriedades similares. Assim sendo, é mais seguro assumir que os dados não serão previamente comprimidos, e comprimir todos os dados aos quais deve ser feito o backup.

4.3 Estrutura de ficheiros

Outro factor a considerar é a estrutura de ficheiros: será feito o backup usando o sistema de ficheiros ou em bruto.

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Planeamento de uma estratégia de backup

Uma cópia em bruto significa copiar todos os bits do volume de dados a fazer backup directamente para uma tape ou outro dispositivo de arquivo. Esta forma capta todos os bits do sistema de ficheiros ou o conjunto dos metadados dos dados, assim como os dados das aplicações escritos no volume de dados a fazer backup. No entanto, os metadados podem estar dessincronizados com os dados do volume a fazer backup, isto porque, os metadados não são interpretados e assim não podem distinguir o backup dos outros acessos aos dados. Para prevenir este problema, o backup deve ser feito off-line ou então marcar todos os dados como read-only enquanto dura a operação de backup. Em contraste, num backup que usa o sistema de ficheiros, os ficheiros são lidos pela ordem dos directórios e podem estar dispersos por varias áreas do disco, causando atrasos na passagem de um ficheiro para o seguinte. Para conseguir uma performance perto da do backup em bruto, pode minimizar-se as diferenças com uma configuração cuidada. No entanto, em certas situações, o backup em bruto é superior, mesmo que seja só pela sua maior simplicidade.

4.4 Origem dos dados

Conhecer de onde vêm os dados ajudará a planear uma configuração apropriada. A configuração necessária para um backup local a alta velocidade é muito diferente da necessária para fazer backup de dezenas de computadores dispersos pela rede. As considerações a seguir, exploram este assunto mais em pormenor.

4.4.1 O servidor onde estão os dados é o que faz os backups

Quando o servidor onde residem os dados é o que faz os backups, este tem de ter capacidade de satisfazer a janela de backup e de assegurar a capacidade de múltiplos backups de dados (diários diferenciais, semanais incrementais, mensais completos).

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Planeamento de uma estratégia de backup

4.4.1 Os dados estão em clientes remotos

Esta situação envolve a necessidade de planear os requisitos mínimos de rede, de modo a satisfazer a janela de backup. Não existe nenhuma solução tipo, devido à enorme variedade de configurações possíveis ao nível das redes informáticas. Para compreender toda a situação e obter uma solução satisfatória, é necessário obter resposta sobre as seguintes questões chave: Quantos clientes existem? Conhecer o número de clientes ajuda a compreender a escala da empresa que se esta a tratar.

Que tipo de clientes são? Para compreendermos a capacidade de processamento dos clientes, é preciso saber o tipo de clientes (i.e. a arquitectura e o sistema operativo) a que é preciso fazer backup. Por exemplo, se um cliente tem uma grande capacidade de processamento mas a largura de banda do acesso via rede é pequena, então utilizar software de compressão é uma boa escolha para melhorar o backup a esse cliente.

Os clientes têm o seu próprio dispositivo de backup? Se os clientes possuem um dispositivo de backup, a melhor configuração seria uma hierarquia do tipo master-slave. Neste tipo de configuração o master inicia o backup mas os dados vão para o dispositivo de backup no slave.

Como estão distribuídos os clientes? Saber a forma como estão distribuídos os clientes na empresa ajuda a avaliar a largura de banda entre o servidor e o cliente. Esta informação é importante para prever o tempo e as taxas de transferência necessárias para efectuar o backup.

Qual a autonomia dos sistemas clientes? Por vezes os sistemas clientes estão longe e ligados através de uma ligação WAN ao servidor. Frequentemente estes sistemas não têm pessoal técnico de suporte no local e necessitam assim de ser geridos remotamente. Mas existem sempre algumas tarefas que são obrigatoriamente feitas manualmente, e isto pode envolver as pessoas que estão nesses locais, obrigando a que estes possuam alguma formação para responderem em caso de necessidade.

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Planeamento de uma estratégia de backup

4.4.2 Qual é o subsistema de discos utilizado

É necessário saber qual o subsistema dos discos para uma boa performance com a novas tecnologias de backup. Isto porque, o disco pode tornar-se o bottleneck, assumindo que a largura de banda da rede é suficiente ou os backups são feitos localmente. A seguir, estão algumas das questões mais importantes: Qual é a disposição dos dados no disco? A disposição dos dados no disco afecta as taxas de transferência, porque determina se o acesso aos dados é sequencial ou aleatório.

Como estão os discos adaptados ao nível dos logical volumes? A configuração a nível dos logical volumes de um disco afecta significativamente a performance dos mesmos. Para adicionar algum nível de performance ou segurança, é usual envolver a gestão dos logical volumes usando software ou hardware que implemente RAID. RAID-0 aumenta a performance, mas reduz significativamente a segurança dos dados. Combinações de RAID-1 e RAID-0 aumenta a performance assim como a segurança dos dados. RAID-5 também aumenta a performance assim como a segurança dos dados. No entanto o RAID-5 tem características de performance que complicam o plano de backup. É preciso aproximadamente duas a três vezes mais tempo para fazer um restore do que fazer o backup devido a que a escrita dos dados em RAID-5 é bastante mais lenta do que a leitura.

Como são os discos geridos? Uma outra consideração importante a ter, é o mecanismo de gestão e configuração dos discos ou dos logical volumes. As duas possibilidades são RAID por software ou hardware. O mecanismo por software impõe uma maior sobrecarga no sistema do servidor do que o mecanismo de RAID por hardware, mas tende a ser mais flexível.

Qual é a capacidade dos discos? A capacidade individual dos discos também afecta a performance do sistema. Com os avanços da tecnologia, os discos tendem a ser cada vez mais rápidos. Quando faz acessos sequenciais de Input/Output, cada disco possui performances de leitura, que são limitadas pela implementação de RAID nos volumes.

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Planeamento de uma estratégia de backup

4.5 Destino dos dados

Algumas questões chave levantadas a seguir servem como ponto de orientação para planear todos os factores relacionados com o subsistema das tapes e o de destino dos dados.

4.5.1 Qual será o subsistema de tapes

O subsistema de tape a utilizar é uma das considerações mais críticas, mas tende a ser menos complexo do que o subsistema de discos. Na globalidade, os dispositivos para tapes tendem a ser comparativamente mais previsíveis e geralmente comportam-se como esperado. A tarefa mais difícil em relação a um subsistema de tapes tende a ser a instalação e configuração e não o planeamento. Podem levantar-se as seguintes questões de forma a elaborar um plano: Onde residem as drives de tape ? É preciso determinar o modo como estão as drives de tape instaladas, se stand-alone ou montadas numa unidade rack carregadas manualmente, ou se estão montadas numa tape library. As tape library são uma escolha superior para soluções de backup empresariais. Existem muitas variedades de modelos, que oferecem capacidades internas de armazenamento de centenas de gigabytes.

Quantas drives de tape existem? É preciso determinar o número de drives de tapes necessárias para responder a todas as exigências. Não se pode esquecer também os slots SCSI ou FC-AL nos servidores aos quais serão ligados estes dispositivos.

Quais são as capacidades da drive de tape? Cada tipo de drive de tape tem as suas próprias características ou capacidades. Isto inclui capacidade da tape, eficiência da compressão, compatibilidade com os formatos das tapes, velocidade de gravação, etc. A taxa de compressão depende muito do tipo dos dados, mas também depende muito do tipo de algoritmo utilizado para compressão dos dados.

4.5.2 Como estão distribuídas as drives de tape

É importante optimizar a distribuição das drives de tape pela empresa. Esta distribuição pode depender de onde é mais vantajoso fazer um esforço e ligar directamente as drives de tape aos servidores onde residem os dados.

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Planeamento de uma estratégia de backup

As questões seguintes podem ajudar a examinar a relação entre as drives de tape e os dados: As drives de tape estão todas ligadas ao servidor master? Se todas as drives de tape estiverem ligadas no servidor master e a maior parte dos dados estiver em qualquer outra parte, a rede terá de suportar os valores de transferência de dados desde os clientes remotos até um servidor de backup central. Esta configuração simplifica a gestão do dia-a-dia à custa de uma infra-estrutura de rede complexa. Tradicionalmente as redes são os bottlenecks para as aplicações de backup. As drives de tape estão ligadas a servidores importantes? Uma arquitectura eficiente de backup é adicionar drives de tape a servidores onde residem largas quantidades de dados, atribuir-lhes a tarefa de servidores slave de backup e fazer a gestão centralizada através de um servidor master. Com este tipo de arquitectura, apenas viaja pela rede entre o servidor master e os slaves a informação do registo dos ficheiros. Qual a distância entre as drives de tape e os dados? A proximidade entre as drives de tape e os dados afecta normalmente a largura de banda na rede. Isto porque, distâncias pequenas tendem normalmente a ser servidas por ligações de maior velocidade. Se as drives de tape e os dados estiverem separados por centenas de quilómetros, a ligação será lenta. Pelo contrário, se estiverem no mesmo centro informático, torna-se simples estabelecer uma ligação ponto a ponto dedicada para os backups entre os dois locais.

4.5.3 Ambiente que rodeia as tape

O ambiente que rodeia o local onde são utilizadas as tapes influencia a sua segurança e longevidade. Pode identificar-se as três questões seguintes como as mais importantes: Qual é a temperatura e humidade? O ideal para as tape é estarem num local com uma temperatura moderada e uma humidade relativa baixa. A temperatura do local pode afectar aspectos como o potencial e a eficácia da tape, partes sensíveis da drive e a temperatura interior dos componentes electrónicos da drive. A humidade pode afectar a longevidade da película magnética da tape. As condições ideais de operação das tapes são descritas normalmente na embalagem. Quantas vezes são limpas as cabeças da drive? As cabeças da drive de tape têm de ser limpas periodicamente porque armazenam detritos com

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o uso contínuo. A operação de limpeza é feita normalmente com uma tape de limpeza específica. Quanto tempo têm as drives de tapes e as tapes? À medida que o tempo vai passando, as drives de tape obtêm um desgaste natural e a ocorrência de erros é mais frequente. Cada tecnologia de tape tem associado um MTBF (mean-time-between-failures, tempo médio entre erros). As estatísticas disponibilizadas pelos produtores tendem a ser optimistas.

4.6 O trajecto dos dados

Uma das últimas considerações em todo o sistema, é a trajectória que os dados têm de fazer desde o local onde estão armazenados até à tape à qual estão destinados. O responsável pode explorar este factor através das seguintes questões:

4.6.1 Estão os dados e as tape no mesmo local do servidores de backup?

Se os dados e as tapes estão no mesmo local dos servidores de backup, deve centrar-se a configuração no modo mais rápido do sistema para passar os dados entre os dois dispositivos. Também não deve esquecer-se o meio de suportar potencialmente o largo número de processos envolvidos na gestão do fluxo dos dados para backup. É usado o sistema de buffer cache? Os backups são mais eficientes quando evitam o filesystem buffer cache. A utilização do buffer cache pode passar pela utilização de acesso directo de Input/Output aos ficheiros individualmente ou fazer o backup de volumes em bruto. Qual é a capacidade de memória existente? O sistema de memória é utilizado principalmente para partilhar regiões de memória de modo a implementar a comunicação entre os vários processos de backup/restore. A memória é também usada quando estamos a armazenar o sistema de ficheiros na cache da memória virtual. Se os dados são armazenados na memória virtual mais rapidamente do que a carregar as páginas de memória, o sistema pode começar a ser fustigado. Qual é o software usado? O software usado determina, na globalidade, a eficiência de como são transmitidos os dados dos discos para as tapes.

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Planeamento de uma estratégia de backup

Por isso, é necessário ter em conta a eficiência do software antes de comprá-lo, e neste capítulo existem soluções sendo umas melhores do que as outras. Quais são as configurações TCP? Algumas afinações de certos parâmetros nucleares do TCP ajudam a estabelecer o tamanho dos buffers usados pelo sistema e a velocidade com que fecha as conexões TCP que se encontram em estado de espera e, assim, congestionam o sistema.

4.6.2 Estão os dados e os servidores de backup distribuídos pela rede?

Se os dados estão ligados com o seu eventual destino em tape via uma rede, o responsável tem de focar a sua tarefa em garantir que essa ligação não seja interrompida e que existe largura de banda suficiente para responder aos requisitos mínimos. Para conseguir isto o responsável tem de considerar as questões seguintes: Que tipo de rede é? Nem todas as redes se comportam de maneira semelhante, embora todas tendam a ser descritas ao nível da sua largura de banda. Diferentes tecnologias de redes têm características diferentes. Os vários tipos de Ethernet não são muito caros e são comuns, mas a sua amplitude está limitada a redes locais. Mesmo dentro de redes locais existem topologias com performances diferentes. A natureza das rede Ethernet causa um decréscimo da sua largura de banda à medida que mais nodos estão activos simultaneamente na rede. ATM (Asynchronous Transfer Mode) e FDDI (Fiber Distributed Data Interface) têm amplitudes mais longas e degradam-se mais graciosamente sobre maiores cargas. No entanto, usam conexões em FC, o que as torna menos comuns e mais caras de instalar. Gigabit Ethernet e FastEthernet cresceram em popularidade devido à sua familiaridade e facilidade de manejamento. Quantos clientes estão simultaneamente a partilhar a rede? Se estiverem todos os clientes activos ao mesmo tempo na mesma rede, é mais provável que a rede sofra de overload (carga excessiva) do que quando estão ligados por segmentos.

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4.7 Condições de backup na empresa

As condições para efectuar o backup numa empresa tendem a resumir-se discretamente a alguns campos. Estes estão principalmente relacionados com o seguinte:

• Fazer o backup dos dados num determinado tempo; • Fazer o restore dos dados conforme for necessário; • Limitar o impacto nas operações diárias da empresa.

O responsável deve investigar detalhadamente estas condições antes de sugerir uma solução em particular. As questões seguintes dão uma ajuda para começar essa investigação:

4.7.1 Qual é a janela de backup?

O primeiro passo é determinar a janela de backup. No entanto, a janela de backup não é um dado, e pode não existir um período de tempo ideal para efectuar o backup. Algumas aplicações e serviços precisam de estar disponíveis vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Nestes casos, outros métodos para obter backups consistentes precisam de ser implementados. Em situações extremas, a quantidade de tempo necessário para efectuar um backup pode exceder o período natural de inactividade. Estas situações requerem compromissos, nos termos de um dos pontos seguintes:

• A que é que estamos a fazer backup; • Frequência de backup; • Disponibilidade dos dados; • Impacto na performance.

Quando é que é menos provável as pessoas terem necessidade de aceder aos dados? Nas alturas em que a necessidade de acesso aos dados é menor há uma tendência para criar janelas de backup naturais. Isto é usual quando menos utilizadores estão no sistema, tipicamente à noite ou aos fim de semana. Pode haver outros períodos de tempo previsíveis em que a actividade do sistema é baixa, por exemplo, na hora de almoço, após o processo trimestral estar completo e nos feriados. Estas são boas oportunidades para efectuar tarefas de backup. Se estes períodos naturais de inactividade forem insuficientes é necessário considerar como ou quando é que podem ser extendidos. O objectivo é

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Planeamento de uma estratégia de backup

facilitar a carga em termos de produtividade operacional para fazer backup a tudo durante a janela de backup. Qual é a quantidade de dados para fazer backup (completo ou incremental)? A outra parte da questão é a quantidade de dados a que é preciso fazer backup. Para um objectivo de recuperação e consistência, o backup ideal grava o conjunto total dos dados. A parte má é que o volume dos dados é muito grande, consumindo muito tempo e capacidade nas tapes. A maior parte das vezes escolhe-se fazer backups completos ocasionalmente e completá-los com backups incrementais que gravam apenas as alterações.

4.7.2 Qual é o impacto aceitável ao fazer um backup?

Se a janela de inactividade não for suficiente para guardar o volume de dados sem recorrer a gastos em hardware, é necessário estimar o impacto que isto vai ter no uso normal do sistema. Para minimizar este impacto, existem algumas opções disponíveis, sem regras exactas, das quais devem ser seleccionadas as mais adequadas. A indisponibilidade dos dados é aceite? A principal preocupação deve ser se os dados podem estar inacessíveis pelos utilizadores por algum período de tempo. Se isto for possível, é preciso saber quanto desse tempo pode ser dedicado a fazer backups. Se for possível os dados ficarem inacessíveis por determinado período de tempo, é possível efectuar o backup mais rapidamente do que fazê-lo enquanto os dados estão acessíveis. A degradação da performance é aceitável? Se os dados precisam de estar disponíveis permanentemente mas a performance global do sistema pode ser um tanto menor, uma escolha possível é continuar a concorrência entre fazer os backups e utilizar normalmente o sistema. Existem vários mecanismos para backups online, cada um deles com um grau diferente de impacto na performance. O responsável precisa de atingir uma solução de compromisso e escolher a melhor solução possível. Durante quando tempo é aceitável a degradação da performance? Se a indisponibilidade dos dados ou a degradação da performance forem aceitáveis, é preciso determinar o período de tempo que não deve ser excedido. Este período de tempo é normalmente mais pequeno para a disponibilidade dos dados do que para a performance, mas uma menor performance pode conduzir a uma menor produtividade, pelo que deve ser minimizado.

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Planeamento de uma estratégia de backup

Se são usadas bases de dados existem módulos apropriados disponíveis? Nem todas as bases de dados comerciais tem módulos de backup próprios e, se for necessário fazer o backup destes dados deve verificar-se se existem módulos apropriados disponíveis para corrigir esta situação.

4.7.3 Que preocupações relativamente à disponibilidade deve visar a solução?

Cada solução deve visar as preocupações reais e os objectivos do cliente. Por exemplo, uma boa solução para tentar reparar ficheiros apagados acidentalmente não é provavelmente uma boa solução para recuperar completamente de uma situação de destruição total. Para começar a pensar nos assuntos relevantes, pode levantar-se as três questões seguintes: É critico minimizar o impacto do erro do utilizador ou operador? Se a maior preocupação é a perda de ficheiros individuais, a solução deve ser planeada de modo a recuperar o ficheiro rapidamente com o mínimo esforço por parte do administrador. Os assuntos de menor importância incluem o armazenamento de tapes, duplicação e importação/exportação para off-site. Um dos assuntos importantes é a frequência de backup porque a cópia da tape deve ser a mais próxima possível do estado final do ficheiro. Para responder a estas necessidades, devemos pensar numa solução baseada em discos, em vez de tapes. É critico minimizar o impacto da perda de equipamento? Para reduzir a possibilidade de perder dados devido a falha de hardware, pode implementar-se mecanismos como o RAID. O impacto de falhas de hardware revelam a necessidade de alta disponibilidade e implementação de clusters. É critico minimizar o impacto em caso de desastre? A preparação de uma recuperação de desastre deve envolver todos os aspectos das operações a efectuar. Isto vai desde o treino do pessoal interveniente, para todos saberem qual a sua missão no caminho para repor a normalidade. Normalmente, os passos mais comuns passam por possuir várias cópias dos dados e uma destas estar no local e as outras distribuídas por outros locais. Outra hipótese é existir um outro local para onde possam ser importados os dados e assim restaurar o serviço. Algumas empresas escolhem soluções mais drásticas, que por vezes utilizam, que é a construção de um hot-site onde será possível iniciar o funcionamento normal da empresa numa questão de minutos depois do desastre, com uma configuração com as mesmas características do local original. Já existem situações de completo “cluster de edifícios” para, em caso de

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Planeamento de uma estratégia de backup

desastre total, ser possível restabelecer o funcionamento da empresa com a mobilização de pessoas e dados no mínimo espaço de tempo possível.

4.8 Expectativas

Uma parte sensível da capacidade de planear uma estratégia é manter as expectativas realistas. Isto é importante porque alguma confusão em determinadas áreas pode causar um número desproporcionado de problemas.

4.8.1 Compressão

A compressão pode ser problemática por uma série de razões. A mais relevante é que os benefícios da compressão variam muito com o tipo de dados a comprimir assim como com o mecanismo de compressão utilizado. Com o mesmo mecanismo de compressão com diferentes tipos de dados obtemos graus diferentes de compressão. Alguns tipos de dados, como o vídeo por exemplo, possuem pouca ou nenhuma redundância para eliminar. A compressão por hardware da drive tape usa tipicamente um pequeno buffer onde deposita a informação à medida que vai fazendo a compressão. O tamanho deste buffer limita a quantidade de dados que podem ser examinados em busca de padrões redundantes. Por fim, o tempo necessário para localizar todos os padrões redundantes pode ser maior do que o tempo válido para o mecanismo de compressão. Isto acontece porque a compressão tem de acontecer em tempo real, enquanto os dados são passados para a tape. As pessoas esperam muitas vezes relações de compressão 2:1, frequentemente descritas em literatura sobre hardware de tape, ou esperam relações de compressões similares, à medida que vêem esta capacidade em utilitários de compressão como o Compress, GNUzip, etc. Quando eram testados diversos tipos de dados, na realidade, as relações de compressão eram bastante menores. Relações de compressão de alguns tipos de dados são mostrados na tabela a seguir.

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Planeamento de uma estratégia de backup

Tipo de dados Relação de compressão

Texto 1,44:1 JPG 0,92:1

Base de dados 1,57:1

Tabela 13 – Relações de compressão de ficheiros.

4.8.2 Overhead

O software de backup guarda numa base de dados os ficheiros que estão na tape, sendo um registo de cada instância de ficheiro. É necessário uma estimativa de 150-200 bytes por registo de cada ficheiro. Estes valores dependem de software para software. Como exemplo, se se pensar numa base de dados com um milhão de registos, será preciso mais ou menos 150 a 190 MB. É preciso planear com segurança a existência de espaço para acomodar esta base de dados no disco e implementar uma tarefa regular de backup a estas bases de dados. O software também escreve alguma quantidade de metadados na tape, de forma a guardar a sequência do que está a ser escrito na tape. Este volume de dados não chega a atingir um por cento da capacidade da tape.

4.8.3 Performance do restore

Outro erro normal no planeamento é assumir que a performance do restore é idêntica à do backup. Dados indicativos sugerem que devemos contar com uma performance três vezes mais lenta do que um backup. Por várias razões, a escrita demora mais tempo do que a leitura. Por exemplo, criar ficheiros requer um sincronismo rigoroso na escrita para actualizar os metadados guardados com a informação do ficheiro. Estas actualizações têm de correr de forma correcta para preservar a integridade dos ficheiros. Outra forma de os restores serem mais lentos, é a necessidade de procura introduzida no começo do restore. Quando é necessário fazer o restore de determinados ficheiros o software precisa de localizar esses ficheiros na base de dados. Esta procura pode demorar algum tempo em base de dados contendo milhares de registos.

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Planeamento de uma estratégia de backup

4.8.4 Facilidade de utilização e necessidade de formação

O software actual de gestão de backups oferece poderosas características por detrás de ambientes gráficos fáceis de utilizar. No entanto, toda a área de backup e protecção dos dados é muito complexa, e inevitavelmente obrigará a tomar decisões complexas que irão afectar o sucesso da instalação a longo termo. Isto requer treino nos produtos envolvidos, experiência de utilização e uma compreensão mínima das soluções. A abordagem com mais sucesso é trazer consultores especializados para instalar e configurar o sistema para as necessidades correntes e para ensinar no local aos técnicos as ideias base de manutenção e operação do sistema configurado. O técnicos terão depois de desenvolver todo um conhecimento para estarem capazes de alterar a configuração para aumentar a exigência. Isto pode ser alcançado com mais treino ou outros meios.

4.9 Medidas e Cálculos

Um número simples de medidas técnicas e cálculos é útil para atingir uma correcta capacidade para decidir. As secções seguintes deverão fornecer o necessário background e ferramentas para

4.9.1 Capacidade da rede

Existem muitas tecnologias de rede hoje em dia, e mais nascerão com a evolução tecnológica. Cada tecnologia tem as suas características e complexidades próprias. Entre dois pontos podem existir múltiplos caminhos e cada um desses caminhos pode ter uma largura de banda diferente. Todos estes factores constituem um desafio para tentar compreender a estrutura da rede da empresa. Princípios Existem algumas técnicas simples que podem ser usadas para planificar a implementação da rede. Quando trabalhamos perante uma rede que não possui uma rede para os backup, o objectivo consiste em conseguir a largura de banda suficiente entre o local dos dados e o drive de backup. Isto pode ser conseguido através da alocação de links múltiplos entre a fonte e o destino enquanto a largura de banda global não for adequada. A tabela a seguir mostra algumas tecnologias e suas performances.

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Planeamento de uma estratégia de backup

Tecnologia Velocidade Teórica

Velocidade Real

ISDN (RDIS) 128 Kb/sec. 10 Kb/sec. Frame Relay 256 256 Kb/sec. 20 Kb/sec.

Frame Relay 512 512 Kb/sec. 39 Kb/sec. T1 1,54 Mb/sec. 115 Mb/sec. T3 44,7 Mb/sec. 3,4 Mb/sec. Ethernet (10BaseT) 10 Mb/sec. 0,75 Mb/sec. FastEthernet ( 100BaseT) 100 Mb/sec. 7,5 Mb/sec. GigabitEthernet ( 1000BaseT 1000 Mb/sec. 50 Mb/sec. FDDI 100 Mb/sec. 8 Mb/sec. CDDI 100 Mb/sec. 8 Mb/sec. ATM 155 155 Mb/sec. 11,6 Mb/sec. ATM 622 622 Mb/sec. 50 Mb/sec. HIPPI-s 800 Mb/sec. 60 Mb/sec.

Tabela 14 – Tecnologias de rede e suas performances.

Na realidade, a maior parte dos ambientes já contém um investimento significativo em infra-estrutura de rede que pode ser utilizada para backup e restore. O primeiro passo é fazer um levantamento de toda a rede. Muitas das empresas têm esse levantamento já feito com informação necessária. A meta será produzir um mapa com todos os links relevantes da rede em relação ao outro. Depois, registar a sua necessidade de largura de banda durante a janela de backup projectada porque a rede pode estar a ser utilizada por utilizadores e assim não disponibilizar toda a sua largura de banda. Após o mapa da infra-estrutura estar disponível, é preciso localizar o ponto central na rede. Este é o ponto que possui mais acessos e bastante largura de banda. Este ponto central é o local ideal para instalar o servidor master de backup do ponto de vista da rede. Depois de o servidor master estar instalado é preciso estimar a largura de banda disponível dos vários pontos com dados até ao servidor master. Se esta estimativa mostrar que se esta perante um bottleneck na rede, deve considerar a instalação de servidores slaves em alguns segmentos de rede.

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Planeamento de uma estratégia de backup

4.9.2 Capacidade do sistema

A performance do backup pode sofrer impactos devido a vários aspectos da configuração do sistema. Quando se planeia configurar um servidor existente para um backup local, a maior parte das escolhas já estão feitas. As decisões remanescentes consistem em adicionar quaisquer placas I/O para acomodar dispositivos de hardware da tape, aumentar a memória e unidades CPU, caso o sistema já esteja em máxima utilização. O número de placas I/O adicionais necessárias depende do número de dispositivos que precisam de ser configurados. Para simplificar a configuração da capacidade do CPU, o responsável pode estimar quantos ciclos de CPU são necessários para mover os dados numa determinada taxa. Por exemplo, um sistema que precise de fazer o backup a um número de clientes da rede para uma tape local a uma taxa de 10 MB/seg, necessita de 100 MHz disponíveis de CPU. Isto inclui 50 MHz para mover os dados desde a rede até ao servidor e outros 50 MHz para mover os dados do servidor para as tapes. Isto manteria um processador a 300 MHz a 33 % de utilização. Como outro exemplo, um sistema que precise de fazer um backup a uma base de dados residente nos discos locais para dispositivos de tape locais a uma taxa de 35 MB/seg. precisaria de 350 MHz disponíveis de CPU. O overhead actual do software é pequeno e está incluido no número de 5 MHz por MB/seg.

4.10 Conclusão

O backup e o restore são processos essenciais devido ao grande volume de dados guardados nos centros de dados actuais. Assim, o papel do responsável pelo planeamento é vital para elaborar uma óptima estratégia de backup para as necessidade dos centros de dados e sistemas. A capacidade de planeamento não é um procedimento para ser seguido à risca, é necessário saber utilizar eficientemente a infra-estrutura da rede e compreender os assuntos de performance da rede e da largura de banda. O responsável precisa de configurar a rede para uma eficiente performance do backup e do restore porque as redes são tradicionalmente o bottleneck para as aplicações de backup. Durante um processo complexo o responsável pode seguir uma série de regras e usar ferramentas e métodos disponíveis de modo a obter a informação necessária para escolher a melhor opção. Em primeiro lugar

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Planeamento de uma estratégia de backup

precisa de aceder ao ambiente onde será feito o backup. Isto inclui a obtenção da seguinte informação:

• Tipo de dados; • Estrutura de Ficheiros; • Origem dos dados; • Destino dos dados; • O caminho dos dados.

O responsável também precisa de saber se os dados e os servidores de backup estão distribuídos na rede e a forma como estão distribuídos. Conhecer as necessidades de backup da empresa também é essencial. Isto inclui determinar o período de tempo disponível para backup, a necessidade de fazer o restore dos dados e as formas para limitar o impacto do processo nas operações do dia a dia. Finalmente, o responsável precisa de manter expectativas realistas. Isto significa ter em conta os dados de overhead causados por metadados adicionais, compreender a facilidade de utilização no processo de backup, aceder a necessidades de formação e compreender a performance de restore.

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Soluções: VantaDesvantage

Capítulo

gens & ns

5

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

5.1 O ponto de partida: Backups distribuídos

Para várias empresas, o crescimento dos servidores e da capacidade de armazenamento conduziu a uma infra-estrutura com base em tapes e a uma estratégia de backups distribuídos. Neste tipo de estratégia, são feitos backups independentes a cada servidor para uma drive de tape local. Se se estiver perante um ambiente heterogéneo onde existem vários tipos de sistemas instalados (Unix, Netware, NT, etc.), diferentes tipos de drive de tape e diferentes softwares de backup, este tipo de estratégia é uma solução pouco ideal.

Servidor A com Arkeia

Servidor B com Backup

Exec

Servidor CARCServe

Servidor D com scripts

UnixServidores de aplicações e

ficheiros

Mammoth Tape drive

DLT4000 Tape drive

DLT7000 Tape drive ADR

Tape drive

Figura 7 – Backup local a cada servidor.

Vantagens

Não requer grande investimento em aquisições A despesa que se vai propagando ao longo do tempo, está relacionada com a compra de novos servidores.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Desvantagens Os custos de formação e de trabalho são elevados

Devido à grande necessidade de intervenção manual nas tarefas diárias do sistema, existe uma maior probabilidade de erro humano. O pessoal necessitaria de grande formação para ficar ao corrente dos diferentes tipos de software de backup existentes. A segurança da solução é baixa

Com tantas combinações diferentes de software e hardware a serem utilizadas, o pessoal informático tem dificuldade em manter a operacionalidade do sistema. A arquitectura distribuída faz com que a identificação do sucesso ou do insucesso dos backups na empresa seja bastante difícil e, quando se torna tão difícil identificar as falhas de um backup, há uma tendência para que a incorrecção perdure por muito tempo.

Os custos de manutenção do hardware, das tapes e dos

dispositivos de gravação de tapes são elevados Os dispositivos de gravação são utilizados com insuficiência devido à arquitectura distribuída da solução. Em consequência, são necessários mais dispositivos de gravação em tape e mais tapes do que seria necessário para uma abordagem mais centralizada.

Os custos de verificação da operação de backup são muito

elevados A integridade dos dados de backup é frequentemente pouco clara visto gastar-se muito tempo a realizar testes de verificação para uma grande quantidade de servidores de backup. Como consequência, estes tipos de testes são quase sempre suprimidos, o que faz com que o negócio corra o risco de perda de dados devido aos backups sem sucesso.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

5.2 O primeiro passo: Centralização do backup

Quer se queira fazer contenção de custos, melhorar a segurança do backup e do restore ou ambos, o primeiro passo a tomar é o mesmo – uniformizar na mesma empresa um software de backup e centralizar o controlo num ponto único. Se o volume de dados nos servidores for moderado e a LAN tiver largura de banda suficiente, poder-se-á utilizar uma estratégia de backup simples para proteger por completo os dados, como se pode verificar na figura seguinte.

B Servidor de

Backup cliente

A Servidor de

Backup cliente

C Servidor de

Backup cliente

Servidor de Backup

Servidores de aplicações e

ficheiros

Posto de gestão de backups

Figura 8 – Backup centralizado num servidor. Vantagens

Redução de custos em dispositivos de gravação de tapes Deixa de ser necessário a existência de um para cada servidor.

Redução de custos em tapes e na sua manutenção São necessárias menos tapes visto que o uso parcial é reduzido.

Redução de custos na manutenção e formação do software Formação para um único software.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Aumento da segurança Monitorização e gestão centralizadas.

Níveis de serviço consistentes As políticas de backup standard são facilmente aplicadas a toda a rede.

Níveis de serviço melhorados O restore dos dados pode ser feito desde a tape, mais facilmente e com maior segurança, sempre que necessário.

Procedimentos de restore urgentes mais fáceis e mais rápidos Uma tecnologia de tape simples e formatação de dados são agora utilizados, permitindo um acesso mais simples e mais fácil ao backup de dados quando tal é mais importante – numa emergência.

Risco reduzido de não detecção de falha do backup As tapes podem ser testadas rápida e eficazmente de forma a verificar o sucesso do backup e a legibilidade dos dados.

Desvantagens Requer uma selecção de software e hardware padrão

Por vezes será necessário escolher, planificar e desdobrar a solução. Consumo da largura de banda da LAN

Com todo o movimento existente na LAN, o backup centralizado pode utilizar uma grande parte da largura de banda disponível, colidindo com a realização de outras aplicações. Esta situação pode ser atenuada através da colocação de uma LAN separada, dedicada ao movimento de backup.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

5.3 Melhorar as operações de backup: Automatização com Tapes Libraries

Devido ao aumento do volume dos dados, atinge-se, inevitavelmente, o ponto em que é necessário mais capacidade de armazenamento de backup do que as tapes normais permitem. Assim surge a necessidade de utilizar tape libraries.

Servidores de ficheiro e

aplicações

B Servidor de

Backup slave

A Servidor de

Backup cliente

C Servidor de

Backup slave

Servidor de backupPosto de

gestão dos backups

Tape Library robotizada

Figura 9 –Backup automatizado com utilização de tape library. As tape libraries complementam, com bastante eficácia, a centralização de backup e ambas são implementadas conjuntamente. Vantagens

Aumento da segurança do backup Pequenos erros ou ausência do pessoal não afectarão as operações normais e automatizadas de backup.

Melhoria dos níveis de serviço

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Pode ser feito um restore dos ficheiros a partir do backup muito mais rapidamente quando a tape relevante está armazenada na tape library.

Redução de custos laborais As tape libraries automatizadas requerem muito menos intervenção manual do que as soluções de backup baseadas em dispositivos de gravação em tape locais aos servidores. Frequentemente, isto liberta uma quantidade significativa de tempo que pode ser utilizado em actividades mais estratégicas e mais valorizadas, produzindo custos significativos para o negócio.

Desvantagens Custo da compra

Tal como esta, qualquer tipo de consolidação de software que inclua uma consolidação de tape, requer uma mudança consciente de abordagem e alguns gastos.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

5.4 Maiores necessidades de produtividade operacional: Partilha de Tape Libraries

Apenas alguns servidores com grandes quantidades de dados podem encher de tráfego a LAN durante um backup, ou até mesmo durante um restore de emergência. A solução é retirar esse movimento de backup da LAN e a partilha da tape library é um meio efectivo para o conseguir. Aqui está uma simples implementação desta arquitectura.

A

A Servidor de

Backup Cliente

B Servidor de

Backup Slave

Servidores de ficheiro e

aplicações

Posto de Gestão dos

Backups

Servidor Master de

Backup

C Servidor de

Backup Slave

Tape Libray robotizada com multiplas drives

Figura 10 – Partilha da tape library a outros servidores. Uma partilha da tape library funciona como é demonstrado no diagrama seguinte – cada posto liga-se directamente a uma ou mais drives de tape na tape library. Um dos postos faz a gestão do robot e executa movimentos de acesso às tapes para os pedidos dos postos ligados.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Posto de gestão dos

backups

Servidor de backup slave

Servidor de backup slave

Servidor de backup master Tape Library

robotizada

Figura 11 – Funcionamento da partilha da tape library.

Vantagens

Backup mais rápido e restore de servidores com grande volume de dados A LAN já não é um bottleneck para os servidores slaves com grandes quantidades de volumes de dados.

Aumento da produtividade operacional dos backups Os servidores slave podem normalmente seleccionar uma partilha do backup.

Impacto reduzido na LAN Os dados armazenados nos servidores slave de backup, são copiados directamente para uma drive de tape via SCSI e, por conseguinte, passam por cima da LAN. Ao fazer-se a escolha dos servidores aos quais deve ser feita uma ligação directa, é possível mover uma grande parte do movimento de backup da LAN.

Permitir outras aplicações baseadas em tapes Caso se queira implementar outras aplicações baseadas em tapes, tais como document imaging ou arquivo de dados, estas poderão partilhar a tape robot com as aplicações de backup. O custo incremental de implementar estas aplicações é em grande parte reduzido através da reutilização de tal hardware.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Desvantagens A disposição do centro de dados é limitada

Todos os servidores slave de backup devem estar dentro dos limites de distância do SCSI (tipicamente cerca de 20m) da tape library partilhada, o que impõe determinadas restrições na disposição da sala.

Aumento dos custos de hardware

Normalmente, o aumento da produtividade operacional exige a compra de drives de tape adicionais, não importando qual a arquitectura utilizada.

Maior complexidade

Os administradores de backup devem ter em conta um grande número de servidores slave ao fazerem a gestão dos esquemas de backup.

Uma tape library central muilti-usos pode permitir um grande retorno do investimento através das economias no trabalho e da melhoria dos níveis de serviço. No entanto, visto que a implementação pode ser complicada, deve ter-se a certeza da sua necessidade.

Projecto - Computadores e Sistemas 75

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

5.5 Optimização dos recursos: Ligação por FC à Tape Library

Acumular a actividade operacional de backup e da LAN numa solução de partilha da tape library com ligações SCSI, torna-se rapidamente dispendioso, visto uma ou mais drives de tape terem de ser dedicadas a postos com um grande volume de dados para backup. A utilização de um switch channel de FC pode ser a solução para este problema.

Posto de gestão dos

backups Servidores de aplicações e

ficheiros

A Servidor de

backup cliente B

Servidor de backup slave

C Servidor de

backup slave

Servidor de backup master

Tape Library robotizada com ligação por fibra

óptica às drives de tape

Figura 12 – Ligação por FC à tape library. Vantagens

Redução dos custos pela utilização mais eficiente dos recursos da tape Uma vez que, nesta solução, as drives de tape podem ser adjudicadas para onde são mais precisas, são necessárias menos

Projecto - Computadores e Sistemas 76

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

quantidades no total. Isto significa que tanto se poupa nos custos de compra como na manutenção do hardware.

Redução dos custos na aquisição diferida de tape library Com a necessidade de um número mais reduzido de drives de tape, é menos provável que seja preciso uma tape adicional meramente para alojar drives de tape adicionais.

Melhoria dos tempos de backup e restore em caso de urgência Numa situação crítica, uma grande parte ou até todas as drives de tape ligadas podem ficar disponíveis para um servidor de modo a fazer-se um restore ou um backup rápido.

Desvantagens Custos iniciais de infra-estrutura

A utilização do switch de FC, permite um bom retorno do investimento, mas, naturalmente, também requer uma despesa maior na instalação da infra-estrutura inicial.

Aumento da complexidade

Uma vez ligadas, as drives de tape dinamicamente adjudicadas requerem uma configuração e uma gestão muito mais cuidadas do que as drives de tape que estão ligadas via SCSI e que se dedicam indefinidamente a um único servidor.

Outra estratégia para impedir o congestionamento da LAN é a implementação de uma LAN de backup dedicada. Esta estratégia tem prós e contras, mas vale a pena ser considerada, mesmo que tal seja feito em conjunto com outras estratégias.

Projecto - Computadores e Sistemas 77

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

5.6 Minimizar o impacto na produção: Rede dedicada de Backup

Se o movimento de backup estiver a inundar a rede LAN, uma das soluções possíveis é instalar uma LAN separada, dedicada ao movimento de backup e restore. A rede de backup apenas necessita de ligar o servidor de backup e os clientes de backup com grandes quantidades de dados – obviamente que não há necessidade de extensão aos postos de trabalho ou aos servidores com pouca quantidade de dados. Esta é uma estratégia relativamente económica que permite minimizar o congestionamento causado pelo movimento de backup.

A Servidor de

backup cliente

Servidores de aplicações e

ficheiros

Posto de gestão dos

backup

C Servidor de

backup cliente

B Servidor de

backup cliente

Servidor de backup

Tape Library robotizada

Figura 13 – Rede dedicada de backup.

Projecto - Computadores e Sistemas 78

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Vantagens

Minimiza o impacto na rede durante os backups A carga do movimento de backup faz-se agora numa rede de backup dedicada, que previne o congestionamento na rede principal.

Melhoria da produtividade operacional da rede O congestionamento da rede tanto funciona com o movimento do backup colidindo com o operacional, como vice-versa. Uma rede dedicada de backup permite que os backups corram sem impedimentos na produtividade operacional da rede.

Reduz os custos Relativamente a outras medidas disponíveis para melhorar a performance do backup, a rede dedicada de backup tem o custo mais reduzido.

É de fácil implementação e gestão A rede dedicada de backup pode ser instalada, configurada e gerida pelo pessoal ou consultores de redes existentes na empresa.

Desvantagens A produtividade operacional do backup ainda é limitada pela

rede Uma rede dedicada de backup melhorará, definitivamente, a produtividade operacional do backup, mas na maior parte dos casos, a rede continuará a ser o bottleneck da performance na solução.

Uma maior complexidade conduz a uma gestão mais difícil

da solução de backup O servidor de backup e cada cliente de backup, terá agora, no mínimo, duas interface cards de rede (NICs) e dois endereços de IP. Inevitavelmente, isto aumenta a complexidade do ambiente e da solução de backup.

Uma rede dedicada de backup não é a solução para todos os problemas de performance de backup – não é mais do que uma das estratégias disponíveis. Frequentemente haverá necessidade de combiná-la com outras técnicas de modo a criar uma solução polivalente.

Projecto - Computadores e Sistemas 79

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Zonas diferentes de segurança e firewalls introduzem complexidades adicionais a uma solução de backup, mas como atingir a redução de custos permitida pelas soluções geridas centralmente, sem comprometer a segurança do processo. A solução poderá passar por uma simples arquitectura de segurança de backup.

5.7 Backup e Segurança Centralizados

Ampliar uma solução de backup para proteger os dados numa zona de segurança diferente requer um plano cuidadoso. Neste caso, a necessidade de evitar comprometer a segurança pode entrar em conflito com um dos principais objectivos de solução de backup da empresa – utilizar uma gestão centralizada como um meio para reduzir os custos operacionais. Como exemplo simples, considere-se um cenário no qual uma solução de backup em tape deve ser expandida para também abranger os servidores internet, fora da firewall colectiva. Nos problemas que surgem de imediato podem incluir-se os seguintes:

1. As regras do firewall têm de ser modificadas para permitir alguns tipos de movimentos entre os servidores situados fora do servidor e o servidor de backup geral. É importante minimizar o alcance desejado da mudança, por forma a assegurar a não degradação da segurança em qualquer circunstância.

2. O backup é um dos maiores consumidores de largura de banda

entre todas as aplicações de rede. Caso exista uma quantidade substancial de dados fora da firewall, é provável que esta demonstre um maior bottleneck para os backups. Também o movimento de dados necessário para os backups, poderá causar graves congestionamentos na firewall, causando, possivelmente, um golpe inaceitável na performance das aplicações visíveis dos clientes.

A melhor solução para ambos os problemas mencionados poderá ser a instalação de um servidor slave de backup fora da firewall, ligado directamente a uma drive de tape na tape library através de um adaptador SCSI ou Fibre Channel. Esta arquitectura é mostrada de seguida.

Projecto - Computadores e Sistemas 80

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

A servidor de

backup cliente

B servidor de

backup cliente C

servidor de backup cliente

D servidor de

backup cliente

E servidor de

backup slave

Servidor de backup Servidores de

aplicações e ficheiros

Tape Library com multiplas drives de tape

Posto de gestão de backups

Figura 14 – Rede de backup com firewall.

Este esquema apresenta a resolução para o segundo problema, passando a carga do movimento do backup pela firewall – os dados são copiados dos servidores client de backup (C e D, em cima) para o servidor slave (E) e escrevendo directamente daí para a tape. O único movimento adicional através da firewall consiste nos comandos de controlo enviados pelo servidor de backup master para o slave e a informação de actualização do estado enviada de volta pelo outro caminho. Na prática, este método poderá reduzir o movimento de backup através da firewall em cerca de 98%. Os assuntos relacionados com a segurança também são suavizados em grande escala: as únicas alterações às regras de firewall estão relacionadas com a permissão de movimento nas vias de acesso específicas, usadas pela aplicação de backup para trocar comandos e informação entre o master e o slave. Este tipo de movimento deve somente ser permitido entre os servidores de backup master e slave. Todas as outras restrições devem ser mantidas. É de notar que é importante verificar antecipadamente se o software de backup é firewall friendly; por outras palavras, se ele pode ser configurado para utilizar apenas um específico e limitado conjunto de vias de acesso de comunicação das firewalls. O ideal seria que as vias de acesso utilizadas pelo software de backup pudessem ser configuradas, permitindo que pudessem ser ajustadas a valores que não são utilizados por outras

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

aplicações ou servidores no interior da empresa. Esta é uma medida adicional para apertar de forma mais consistente a segurança da solução. Vantagens

Minimiza o impacto nas firewalls durante os backups A informação para backup viaja agora directamente do servidor client para o servidor de backup slave. Isto significa que há menos impacto na performance para os servidores e aplicações de Internet.

Aumenta a produtividade operacional do backup A eliminação da passagem pela firewall, irá aumentar substancialmente a produtividade operacional do backup, reduzindo proporcionalmente a janela de backup.

Melhora a segurança A necessidade de menos alterações da firewall significa menos impacto na segurança devido à implementação da solução de backup.

Custos operacionais mais baixos Grande parte dos custos relacionados com uma solução de backup ficam sujeitos às operações de monitorização e gestão do servidor master. Desde que esta arquitectura usa um servidor slave adicional em vez de um segundo servidor master independente, fora da firewall, mantém os custos operacionais da solução no limite mínimo.

Desvantagens Custos mais elevados do que uma simples abordagem de

rede cliente Adicionalmente a uma licença do software cliente para cada posto fora da firewall, ao qual deve ser feito o backup, esta solução também requer a compra de uma licença para o servidor slave e uma drive de tape adicional na tape library.

Continua a existir riscos na segurança (embora reduzidos)

Uma abordagem cautelosa à segurança realça o facto de que

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

qualquer atenuação às regras duma firewall aumenta o risco de uma violação da segurança. Contudo, a maior parte dos especialistas em segurança que reviram as mudanças necessárias na firewall para implementar esta arquitectura, admitiram que estas não eram suficientes para pôr em risco a segurança e concluíram que o risco associado era mínimo.

Projecto - Computadores e Sistemas 83

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

5.8 Proteger o futuro do negócio – Computadores Portáteis e Desktop

Enquanto os exemplos anteriores estavam todos relacionados com a protecção dos dados do servidor, é de notar que a empresa também tem em jogo informação de grande valor, armazenada em computadores de secretária (desktop) e portáteis. Em muitas empresas nenhum departamento em particular tem a responsabilidade de proteger esta informação e, como consequência, é frequentemente negligenciada na totalidade – até que se torna tarde demais. Não se pode cair nesta armadilha.

Um computador portátil:

Uma ferramenta vital no negócio

As ferramentas essenciais dos negócios actuais incluem: agenda, telemóvel, email, computador portátil, etc. Tal como acontece com muitos profissionais especializados, é provável que se confie fortemente no portátil, no decurso de cada dia de trabalho.

Mas que impacto teria se de repente se perdesse o computador?

O que aconteceria se o computador tivesse um problema de hardware e precisasse de manutenção? Provavelmente só voltaria da reparação passado uma semana ou mais, o que causaria um grande impacto na produtividade do dia a dia.

O que aconteceria se se perdesse o portátil, se este fosse roubado ou se tivesse uma falha no disco duro? Haveria uma hipótese de 88% de isto se tornar uma catástrofe, isto porque, a 88% dos computadores portáteis e

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desktop nunca foi feito qualquer backup. Neste caso, os dados estariam perdidos para sempre.

Caso verídico:

Um computador portátil foi roubado de um quarto de hotel em Queensland, na Austrália. O dono lançou um apelo público para recuperar os dados do computador – 4 anos de resultados desportivos e outras estatísticas da equipa olímpica, da qual ele era o treinador. O seu computador tinha a única copia desta informação vital. Não havia backups. Nem o computador nem os dados foram recuperados.

A solução para Backup dos computadores portáteis e de secretária

A forma ideal de proteger os dados num computador portátil ou de secretária é utilizar uma solução que permita:

Correr o backup automaticamente - sem necessidade de fazer seja o que for.

Uma utilização simples – não havendo necessidade de cursos de formação ou de manuais.

Não haver necessidade de transporte de disquetes ou tapes.

Proteger sempre com segurança os dados – quer se esteja no escritório ou fora dele.

Adaptação ao trabalho de rotina – em vez de ser necessário alterar o que se faz normalmente.

Ter o mínimo impacto na rede LAN e WAN da empresa.

Colocar apenas os requisitos mínimos no departamento de TI.

Permite uma recuperação rápida “self service” dos dados perdidos ou apagados – em qualquer altura e sem qualquer necessidade de intervenção do pessoal do help desk.

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Soluções: Vantagens & Desvantagens

Reconstruir rapidamente o PC caso este se perca, seja roubado ou avarie – estabelecer novamente a produtividade no mínimo espaço de tempo.

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Ferramentas gestão e manute

de backups

Projecto - Computadores e Sistemas

Capítulo

de nção

6

87

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

6.1 Introdução

Os softwares de gestão de backups são verdadeiras aplicações Cliente/Servidor para transferência de grandes quantidades de dados a alta velocidade via redes TCP/IP. Em geral, são modulares (existem n módulos para funções específicas que são comprados à parte) e centralizam todas as funções de acesso, organização dos dados e dispositivos de armazenamento, além de executarem operações de segurança, como o backup. Suportam uma enorme classe de clientes com diferentes sistemas, desde o Linux, os mais populares sistemas Unix, todos Windows quer sejam workstations ou servidores, Novell e alguns sistemas menos conhecidos.

Lan ou Wan sobre TCP/IP

SCSI, Fibra Óptica ou ISCSI

Servidor Object Catalog

GUI

Tape Drive, Autoloader, Library

Clientes

Arquitectura Cliente/Servidor

Figura 15 – Arquitectura Cliente/Servidor.

Suportam qualquer drive tape SCSI, desde uma simples drive de tape até à maior tape library. Também é possível fazer backups para discos ou comunicar através de FC ou iSCSI a outros dispositivos de backup.

Projecto - Computadores e Sistemas 88

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Suportam tape libraries e permitem que o servidor de backup seja capaz de gerir muitas drives em simultâneo, cada uma delas recebendo os dados para as tapes. Permitem operações de restore concorrentes. Esta capacidade optimiza o uso de bibliotecas de armazenamento com múltiplas drives. A cada drive que não esteja a ser usada é automaticamente atribuída uma nova tarefa. É possível correr simultaneamente tarefas de backup e restore. Implementam tecnologia de multiflow que permite assim ao servidor iniciar processamento paralelo para gerir clientes simultaneamente. Desta forma, é garantido o load balancing entre as máquinas mais rápidas e mais lentas. Esta característica assegura continuidade na rede enquanto providencia backups estáveis e rápidos. O processamento paralelo também é implementado do lado do cliente. Esta característica utiliza a capacidade e velocidade dos servidores modernos. De forma a salvaguardar a largura de banda da rede, utilizam algoritmos de compressão para optimizar o tamanho dos dados transmitidos do cliente até ao servidor. Assistentes incorporados simplificam as operações mais comuns, fazendo com que sejam ferramentas fáceis de usar mesmo por utilizadores com pouca preparação técnica, sendo, no entanto, suficientemente poderosa para os utilizadores mais avançados. Usam mecanismos que processam e monitorizam todas as operações de backup e restore e fazem a actualização da informação sobre a actividade numa base de dados. A informação da base de dados inclui:

o Ficheiros, directorias, drives e máquinas às quais tenha sido feito um backup ou uma cópia;

o Tipos de trabalhos, resultados finais, hora de início e de conclusão

dos trabalhos processados;

o Dispositivos utilizados, tal como o tipo, o nome, a data da primeira formatação, a data em que termina e as sessões armazenadas no dispositivo.

Dando resposta à grande heterogeneidade de servidores que constituem os sistemas informáticos, existe software para quase todos os sistemas existentes, sejam eles NT, Unix, NetWare, etc.

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BrightStor Enterprise Backups

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

BrightStor Enterprise Backup

A Computer Associates International, INC (C.A), criou o BrightStor Enterprise Backup. Uma solução de backup e restore de dados multiplataforma (Windows e Unix).

Esta ferramenta suporta várias plataformas, aplicações, bases de dados e sistemas de armazenamento, incluindo NAS e SAN, em ambientes Windows NT/2000 e Unix. Apresenta um interface gráfico intuitivo e uma arquitectura de domínios multiplataforma, o que facilita o trabalho dos administradores na implementação de políticas de backup em ambientes complexos e heterogéneos.

É uma solução de alta gama e escalabilidade ilimitada, indicada para médias ou grandes empresas.

Permite realizar backups de 1,2 terabytes por hora em bases de dados online Microsoft SQL Server 2000 e de 1,5 terabytes de dados por hora em ambientes UNIX, o que a torna a solução mais rápida do mercado.

BrightStor Enterprise Backup não só automatiza a área da protecção de dados como ajuda os administradores na gestão dos ambientes de armazenamento, a partir de uma consola central. Conta ainda com funções avançadas como gestão de redes SAN, operações serverless (sem servidor), etc.

Familia BrightStor

Gama completa de soluções:

o BrightStor Enterprise Backup para NT/2000/Unix o BrightStor ARCserve Backup 2000 para NT/2000 o BrightStor ARCserve Backup 2000 para NetWare o BrightStor ARCserve Backup 2000 para Linux o BrightStor Mobile Backup (Protecção de dados portáteis,

PC's remotos) o BrightStor ARCserve Backup for Small Business Server o BrightStor Storage Resource Manager (Gestão de recursos

de armazenamento) o BrightStor High Availability Manager (Replicação de dados)

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Principais características O BrightStor Enterprise Backup permite aos administradores controlarem todas tarefas de protecção de dados. A arquitectura de administração ajuda a configurar e gerir a segurança do sistema e a administrar políticas coerentes para toda a empresa desde uma única consola. O BrightStor Enterprise Backup oferece agentes de cópia de segurança sobre praticamente todas as plataformas: Windows NT/2000, todos os derivados principais de UNIX (Solaris, HP-UX, TRU 64, SGI IRIX e SCO UNIXWare), Netware, as principais distribuições de Linux (Red Hat, SuSE, Caldera, TurboLinux e Debian), AS 400 e Open VMS. Conta com um agente para arquivos abertos - Open File Agent. Possui uma enorme gama de módulos complementares, incluindo os agentes de cópia de segurança e recuperação que distinguem as aplicações para Oracle, Microsoft SQL, Microsoft Exchange, Lotus Notes, SAP R/3, Sybase e Informix. Em caso de um desastre, o BrightStor Enterprise Backup indica as tapes adequadas de forma a que os dados possam ser restaurados em tempo mínimo. Requisitos mínimos do sistema Sistema Operativo:

o Microsoft Windows NT v4.0 ou superior; o Windows 2000 Server, Windows 2000 Advanced Server; o Solaris SPARC 2.7 and 2.8; o HP-UX 11.0; o AIX 4.3.2, 4.3.3 e 5L; o TRU64 4.0e, 4.0f, 5.0 e 5.1;

Processador:

o 350 MHz ou superior; Memória:

o Necessária: 128 MB RAM (Servidor); o Recomendada: 256 MB RAM (Servidor);

Espaço em disco:

o 350 Mb livre em disco;

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Projecto - Computadores e Sistemas 93

Backup Exec

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Veritas Backup Exec

A família Backup Exec oferece uma completa solução de backup para grupos de trabalho em plataformas mistas que necessitem de protecção para ambientes Windows NT/2000 e Novell NetWare. A Backup Exec Family possibilita uma solução escalável para redes de qualquer tamanho e utilizadores de qualquer nível. O VERITAS Backup Exec está disponível nas seguintes edições:

o VERITAS Backup Exec for Windows NT and Windows 2000 Server Edition

o VERITAS Backup Exec for Windows NT and Windows 2000 Advanced Server Edition

o VERITAS Backup Exec for Windows NT and Windows 2000 Small Business Server Edition

o VERITAS Backup Exec for Netware

O VERITAS Backup Exec foi a primeira solução de armazenamento de dados certificada para o sistema operativo Windows NT e Windows 2000. Actualmente na sua sétima geração, o Backup Exec é uma solução de cópia de segurança para redes, com elevado desempenho, fácil utilização e grande flexibilidade, que protege actualmente milhões de servidores Windows NT e Windows 2000 em todo o mundo.

Um assistente exclusivo do Backup Exec simplifica o arranque, a configuração do sistema, a programação de trabalhos e outras tarefas de rotina.

Possui uma grande variedade de opções e agentes disponíveis, que permite uma expansão para suportar a mudança constante das redes e configurações.

Disponibiliza um vasto conjunto de ferramentas com inúmeras funções para cópia de segurança e recuperação de dados, mantendo simultaneamente um interface de fácil utilização.

Uma abrangente oferta de agentes e opções para a protecção online de bases de dados e aplicações para a internet, gestão centralizada de

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

diversos servidores de cópia de segurança, recuperação de desastres e redes de área de armazenamento (SANs), etc.

O interface do Backup Exec é semelhante ao do Microsoft Explorer, é muito familiar e fácil de utilizar. Este interface permite que os utilizadores tirem todo o partido de caixas de diálogo, folhas de propriedades, sugestões de ferramentas e menus sensíveis ao contexto, seleccionados pelo botão direito do rato.

Principais características

Características Benefícios

Compatibilidade com Windows NT e Windows 2000

Certificado pela Microsoft para Windows 2000 Server, Advanced

Server e Datacenter

As aplicações certificadas para Windows 2000 reduzem o custo e o tempo da instalação e garantem uma maior compatibilidade e fiabilidade.

Integração com o Active Directory

O Backup Exec anuncia a sua presença através do Active Directory, permitindo um controlo administrativo e seguimento de cada servidor existente no domínio Windows 2000.

Integração com Windows Management Instrumentation

Envia informações sobre o desempenho e traps de SNMP a qualquer estrutura suportada por WMI ou consola de gestão.

Suporte completo para o Sistema de Ficheiros do

Windows NT e Windows 2000

Suporta FAT 16/32, VFAT, NTFS, CDFS e UDF incluindo sistemas de ficheiros do Macintosh e POSIX para uma flexibilidade máxima.

Estado do Sistema para Windows NT Registry e

Windows 2000

Protege todas as informações do sistema operativo para preservar o servidor local ou estação remota e as configurações dos servidores que utilizem a tecnologia do Agente Acelerador.

Microsoft Cluster Server Support (MSCS)

Proporciona funções de transferência em caso de avaria em cascata para ambientes com clusters multimodo e protege aplicações em execução em modo activo-activo

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Flexibilidade e facilidade de utilização

Monitorização em Toda a Plataforma baseada no

Browser da Web

O ExecView utiliza uma consola Java para centralizar a monitorização da actividade dos trabalhos de cópia de segurança em diversos Backup Exec para Windows NT, Windows 2000 e/ou Backup Exec para servidores de NetWare.

Cópia de segurança através de uma Rede de Cópia de

Segurança Especificada

Reduz o tráfego na LAN isolando o tráfego de cópia de segurança numa sub-rede.

Operações totalmente baseadas em Assistentes

Automatiza a criação/programação, gestão de suportes para preparação de desastres e recuperação.

Cópia de Segurança premindo um único botão na Consola do

Assistente do Backup Exec

Executa uma cópia de segurança completa do sistema local fazendo clique num único ícone; proporciona uma protecção do sistema rápida sem ter de definir um trabalho de cópia de segurança.

Integração do Explorer do Microsoft Windows

Inicia uma cópia de segurança a partir da consola do Windows Explorer do servidor de cópia de segurança, fazendo clique no botão direito do rato do recurso.

Interface para Scripting na Linha de Comando

Flexibilidade para executar a maior parte das funções suportadas pelo interface gráfico de utilizador.

Suporte para pré e pós

comando

Inicia programas definidos pelo utilizador antes e/ou depois da reposição das cópias de segurança.

Relatórios Integrados

Os relatórios integrados fornecem informações valiosas sobre o estado dos trabalhos e dos suportes de dados.

Fiabilidade garantida

Integração com o VERITAS Cluster Server (VCS)

Transferência em caso de falha do servidor de cópia de segurança num ambiente Cluster de Servidores VERITAS.

Calendário de Planeamento e Planeamento de Feriados

Integrado

Visualização fácil da programação de trabalhos e da gestão de operações de cópia de segurança 24x7, permitindo também excluir os feriados do planeamento.

Repetição de trabalhos falhados

Volta a tentar os trabalhos que tenham falhado e redirecciona-os

Projecto - Computadores e Sistemas 96

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

para unidades alternativas.

Notificações de Alerta Automatizadas e Suporte para

SNMP

Notificação da consola através do Microsoft Exchange, Lotus Notes ou correio electrónico de SMTP, pager, impressora, difusão através da rede e aplicações de monitorização da rede.

Pesquisa e limpeza de vírus

Garante que os dados estão livres de vírus antes de fazer a cópia de segurança; inclui a actualização da assinatura "livre de vírus".

Operações de Verificação de CRC e de Consistência da Base

de Dados

Garante a fiabilidade dos dados com uma verificação rápida dos dados.

Advanced Device and Media Management(ADAMM)

Cópia de segurança para disco

Cópias de segurança e reposições mais rápidas utilizando discos, incluindo discos rígidos, dispositivos NAS e sistemas RAID com suportes de armazenamento.

Suporte para retensão de tapes

Retensão automática das tapes magnéticas para uma maior fiabilidade dos dados.

Agrupamento de Dispositivos, Operação em cascata e

Equilíbrio Dinâmico das Cargas

Maximiza o desempenho das cópias de segurança/reposição e facilita a transferência de tarefas em caso de falha.

Gestão Automática dos Suportes de Dados

Maior facilidade de definição dos suportes de dados, etiquetagem, seguimento, rotação, definição de períodos de retenção e visualização de catálogos.

Modo de Cópia de Segurança com Administração Reduzida (Low Administrative Backup

Mode - LABM)

Gestão automatizada de dispositivos e suportes para autoloaders com uma única unidade - ideal para uma administração reduzida e ambientes de pequenas empresas.

Automatização de Ficheiros de Registos e Tratamento de

Discos/Catálogos

Liberta o espaço em disco ocupado por ficheiros inactivos.

Partição de Slots de Autoloader/Biblioteca

Dirige os trabalhos de cópia de segurança para slots específicos num autoloader de bandas ou biblioteca; mistura tipos de unidades numa biblioteca de bandas.

Projecto - Computadores e Sistemas 97

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Desempenho

Suporte para Network Attached Storage (NAS)

Detecta dispositivos NAS para Windows NT e Windows 2000 de outros fornecedores e incorpora-os em rotinas de protecção diárias.

Exclusive Agent Accelerator TechnologyTM

Permite a protecção remota de servidores e aumenta dramaticamente a velocidade das cópias de segurança na LAN com um processamento distribuído, compressão de ficheiros e o sistema de cliente remoto.

Diversos Métodos de Cópia de Segurança

Utiliza as capacidades de cópias completas, diárias, incrementais, diferenciais e de trabalho para uma maior flexibilidade.

Acesso Rápido a Ficheiros (Fast File Access-FFA)

Mais rápido acesso aos dados com pesquisa dos ficheiros a alta velocidade no hardware suportado.

Apresentação da Versão dos Ficheiros

Mantém uma lista de todas as versões dos ficheiros guardados em tape para simplificar a sua localização.

Catálogo Baseado em Discos/Bandas

Fornece informações de localização a pedido para um mais rápido acesso aos ficheiros e a todo o catálogo.

Requisitos Mínimos do sistema Sistema Operativo:

o Microsoft Windows NT Small Business Server v4.5 e Microsoft Windows NT Small Business Server 2000

o Microsoft Windows NT Workstation v4.0 ou Microsoft Windows NT Server Operating System v4.0; Service Pack 4 ou posterior

o Windows 2000 Prefessional, Windows 2000 Server, Windows 2000 Advanced Server ou Windows 2000 Datacenter Server

Processador:

o X86 Intel ou compatível, DEC Alpha system* (Alpha suportado apenas no Windows NT 4.0)

Projecto - Computadores e Sistemas 98

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Memória:

o Necessária: 128 MB RAM (Servidor); o Recomendada: 256 MB RAM (Servidor);

Espaço em Disco:

o 45 MB de espaço em disco rígido após a instalação do Microsoft Windows NT e Windows 2000 (instalação típica).

* Não aplicável com Intelligent Disaster Recovery, Agente para Oracle Server, Agente para SAP R/3, Opção IBM ADSN, Agente para Base de Dados Lotus Domino, QIC 113 Tape Read.

Projecto - Computadores e Sistemas 99

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Arkeia 5

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Arkeia 5

Não tão popular como os dois anteriores, não deixa de ser um solução a ter em conta Utiliza um interface amigável e intuitivo baseado em XWindows, mas também é possível fazer a gestão através da linha de comandos. O servidor pode ser gerido remotamente através de qualquer computador na rede via TCP/IP. O Arkeia suporta uma enorme classe de clientes (mais de 60) com diferentes sistemas, desde o Linux, os mais populares sistemas Unix, todos Windows, quer sejam workstations ou servidores, Novell, e alguns sistemas menos conhecidos. Como servidor esta versão apenas suporta alguns sistemas Unix e Linux, não suportando qualquer tipo de Windows. A arquitectura do Arkeia suporta vários ambientes profissionais desde o pequeno negócio até uma grande empresa com uma larga rede heterogénea. É capaz de gerir um largo número de drives de tape, tais como, DAT, DLT, Ecrix, Sony e LTO, assim como as tape libraries da Ecrix, Exabyte, Quantum, HP, Overland, StorageTek, etc. Principais Características Implementa tecnologia multiflow que permite assim ao servidor iniciar processamento paralelo para gerir até 200 clientes simultaneamente. Desta forma, é garantido o load balancing entre as máquinas mais rápidas e mais lentas. Esta característica assegura continuidade na rede enquanto providencia backups estáveis e rápidos. O processamento paralelo também é implementado do lado do cliente, esta característica utiliza a capacidade e velocidade dos servidores modernos que guardam enormes bases de dados. O Arkeia permite operações concorrentes de backup/restore, esta capacidade optimiza a utilização de tape libraries com múltiplas drives de tape. Ao nível da segurança o Arkeia garante uma óptima prestação a todos os níveis, desde o servidor até aos clientes. No servidor de backup providencia redundância, sistemática autenticação dos utilizadores, logs dos backups e dos restores de dados. Nos clientes faz encriptação os ficheiros enquanto faz o backup, antes de estes viajarem pela rede até ao servidor, garantindo

Projecto - Computadores e Sistemas 101

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

confidencialidade dos dados. Permite automaticamente o reinicio do processo de backup ou restore, em caso de falha de comunicação entre o servidor e o cliente, na fase onde tinha existido a falha. De forma a salvaguardar a largura de banda da rede, o motor de transações do Arkeia utiliza algoritmos de compressão para optimizar o tamanho dos dados transmitidos do cliente até ao servidor. Ao nível das tape libraries, o servidor de backup é capaz de gerir até 32 drives em simultâneo, cada uma delas recebendo os dados para as tapes. A gestão do Arkeia permite operações de restore concorrentes. Esta capacidade optimiza o uso de tape libraries de armazenamento com múltiplas drives. A cada drive que não esteja a ser usada é automaticamente atribuída uma nova tarefa. O Arkeia pode correr simultaneamente tarefas de backup e restore. Esta combinação de tecnologia permite ao Arkeia realizar velocidades de backup mais do que 70 GB/h em redes Ethernet 100BT e mais de 700GB/h em redes a Gigabit, por servidor. Disponível só nesta versão, a tecnologia que permite a partilha de tape libraries, é uma forma eficiente de consolidar este tipo de dispositivos em ambientes empresariais. Esta tecnologia permite que vários servidores Arkeia se possam ligar a uma tape library via SCSI. Algumas opções adicionais:

o Backup e restore para base de dados ( MySql, PostGreSql,Oracle, etc.).

o Disaster Recovery de máquinas; o Backup e restore de aplicações (Apache, MS Exchange, SAP,

PeopleSoft, Lotus Notes, etc.). o Encriptação avançada para melhor protecção dos dados(AES,

Twofish, etc.). o Hot Plug-ins para permitir o backup e o restore de uma aplicação

enquanto estão em uso.

Projecto - Computadores e Sistemas 102

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Requisitos Mínimos do sistema Lista de sistemas onde é possível instalar o Arkeia:

Sistema Operativo Servidor Cliente

AIX 3.2 AIX 4.x X X BSDi 3.0, 4.0 X DGUX AviiON X DRSNX 7 (ICL, Intel x86) X DRSNX 7 (ICL, Sparc) X FreeBSD 2.2.6 (Intel x86) X FreeBSD 3.2 (Intel x86) X HP-UX 9 X X HP-UX 10 X X HP-UX 11 X IRIX 4 X IRIX 5.3 X IRIX 6.x X X Linux 2.x (Intel x86) X X Linux 2.x (MIPS, Cobalt) X Linux 2.x (Alpha) X Linux 2.x (ARM, Netwinder) X MaxOS 4.2 (MIPS) X MaxOS 4.2(PowerPC) X Novell Netware 4.11 (Intel x86) X

DEC Alpha UNIX 3.2 X SCO v5 (Intel x86) X Solaris 2.5, 2.6 (Intel x86) X Solaris 2.5, 2.6 (Sparc) X X SunOS 4.1 X Compaq Tru64 X X Unixware 2.x X Windows 95/98/ME X Windows NT Server 4.0 (Alpha) X

Windows NT Server 4.0 (Intel x86) X

Windows NT Workstation 4.0 (Intel x86) X

Windows 2000 X Windows XP X

Projecto - Computadores e Sistemas 103

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Ferramentas de gestão e manutenção de backups

Memória:

o Necessária: 128 MB RAM (Servidor), 64 MB RAM (Cliente)

o Recomendada: 256 MB RAM (Servidor), 128 MB RAM (Cliente)

Projecto - Computadores e Sistemas 104

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Conclusão

Capítulo

7

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Conclusão

Conclusão

É muito fácil, especialmente nos tempos que correm, ser tentado a implementar qualquer tipo de DR. Mas é necessário ter algumas precauções e saber o que é realmente necessário para que a empresa continue a funcionar.

Em seguida, devemos pensar na forma de fazer backup e de recuperar essa informação. Hoje em dia, existe, tecnologia para dar resposta a todas as necessidades.

Infelizmente, não existe uma resposta tipo receita médica para planear uma estratégia de backup. Toda e qualquer estratégia fica dependente de muitos factores, alguns que não é possível sequer dominar. Com a elaboração deste trabalho espero ter conseguido mostrar muitos desses factores que condicionam fortemente qualquer estratégia, e que este trabalho possa servir de consulta para quem quer saber mais sobre este assunto. Sobre os sistemas de software escolhi apresentar de uma forma resumida apenas três, mas existem muitos mais no mercado que implementam mais ou menos as mesmas funções. Este é um mercado que também evoluiu muito nos últimos anos e que tornou os softwares estes cada vez mais completos, dando resposta a quase todas as necessidades existentes.

Projecto - Computadores e Sistemas 106

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Anexos

Capítulo

8

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Anexo - 1

Suportes para backups

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Suporte em Tape As drives de tape são construídas exclusivamente para funções de backup. Estes dispositivos armazenam muitos gigabytes de dados por tape e tapes adicionais são relativamente económicas. Os dispositivos modernos de backup em tape oferecem excelente produtividade operacional, o que faz deles a primeira escolha, tanto para o servidor como para o backup de rede. As drives de tape, são uma boa opção para dispositivos de backup quando é necessário fazer o backup a grandes quantidades de dados. 8 mm As drives de 8 mm oferecem uma velocidade moderada e boas capacidades em ambientes de tamanho médio. As capacidades variam de 2.5 a 40 GB, com taxas de transferência de 60 a 80 MB por minuto. ADR (Advanced Digital Recording) As drives ADR fornecem uma solução de alta velocidade para computadores de secretária e servidores individuais. Com taxas de transferência de 30MB até 120MB por minuto e capacidades superiores a 50GB, o ADR permite aos utilizadores um backup mais rápido e com uma capacidade maior. AIT (Advanced Intelligent Tape) O AIT é apropriado para ambientes que exijam uma grande capacidade e uma grande performance. Cada tape pode levar mais de 50GB. As drives AIT podem transferir dados a mais de 360MB por minuto. DAT (Digital Audio Tape) Cada tape DAT compactada, pode suportar cerca de 12GB (DDS-3), 20GB (DDS-4) ou mais, dependendo da facilidade com que os dados estão comprimidos. A velocidade pode variar de 6MB até 150MB por minuto. DLT (Digital Linear Tape) Os DLT são tapes finais que possuem grandes capacidades e taxas rápidas de transferência. Utilizam tapes de meia polegada em tamanhos que variam dos 10 aos 110GB. Com um computador rápido e ficheiros grandes, os DLT atingem taxas de transferência de mais de 600MB por minuto. SDLT (Super Digital Linear Tape) Uma evolução das DLT com maior e melhor performance. Capacidade para armazenar até 220 GB e uma taxa de transferencia de 79,2 GB/h. LTO (Linear Tape Open) Os dispositivos Linear Tape Open são um dos drives disponíveis com maior capacidade e maior velocidade. Os drives do formato Ultrium podem armazenar mais de 100GB com velocidades superiores a 20MB por segundo.

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Mammoth As drives de tape Mammoth, baseadas num formato AME (Advanced Metal Evaporative), são rápidas e são uma excelente escolha para necessidades de backup de baixo ou médio nível. Armazenam 60GB por tape e oferecem taxas de transferência que excedem os 16MB por segundo. Travan/QIC (Quarter-Inch Cartridge) As drives Travan/QIC são relativamente baratas e têm grandes capacidades para pequenos negócios ou ambientes de negócio doméstico com certas necessidades. Estas drives podem suportar de 4 a 50GB em cada tape e a velocidade varia dos 30 aos 300MB por minuto respectivamente. Algumas drives Travan/QIC oferecem compressão de software, outras não. VXA As drives VXA oferecem uma nova tecnologia de tapes fidedigna e que é relativamente barata para ambientes pequenos ou de tamanho médio. O VXA formata os dados em pequenos volumes, opera a velocidade variável e consegue ler múltiplos tempos de dados numa única passagem de tape. Com capacidades que variam dos 20 aos 66GB e com velocidades superiores a 360MB por minuto, a drive VXA-1 oferece uma grande flexibilidade a um preço efectivo. Autoloaders e Tape Libraries As Tape Libraries são ideais para backups inesperados, particularmente em redes de computadores e permitem uma grande flexibilidade. Uma tape library consiste num dispositivo de armazenamento de dados, constituído por uma ou mais drives de tape e por um ou mais braços robóticos que automaticamente movem as tapes entre o “armazém” e as drives de tape. Estão disponíveis com drives de quase todos os formatos de tape. A velocidade e capacidade dependem do tipo da drive instalada e do número de tapes disponíveis.

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Suportes Multi-uso Exceptuando as drives de tape, a maior parte dos dispositivos de armazenamento podem ser utilizados para outros propósitos que não têm a ver com backup e arquivo. Enquanto estes dispositivos variam muito no custo de armazenamento por gigabyte, a sua grande quantidade de funções faz com que sejam muito atractivos, já que repartem os custos por diferentes utilizações. CD-R e CD-RW (Compact Disc Recordable and Rewritable) As drives CD-R e CD-RW armazenam dados em compact discs especiais e permitem uma solução prática e com custos efectivos para necessidades modestas. As drives CD-R e CD-RW armazenam 1.2GB em cada disco. A velocidade das drives CD-R e CD-RW varia e pode ir de 5 a 50MB por minuto. DVD-RAM (Writable Digital Versatile Disc) Estes discos DVD são a mais recente tecnologia de armazenamento. Cada unidade DVD-RAM pode suportar 4.7GB em cada lado, num total de 9.4GB a uma velocidade superior a 60MB por minuto. Discos O grande crescimento da capacidade de armazenamento em discos e a sua descida de preço fizeram com que se tornasse atractivo para uso de backup. Contudo, é importante ter em mente que a natureza do disco fixo não promove necessariamente portabilidade e armazenamento off-site, o qual é vital para qualquer estratégia de backup completo. Esta categoria também pode incluir dispositivos Network-Attached Storage (NAS), acessíveis ao software de backup. MO (Magneto–Optical) As drives MO permitem acesso instantâneo a grandes quantidades de informação e os discos ópticos não são susceptíveis de partir as cabeças ou provocar desgaste na fita magnética. A tecnologia MO permite reescrita, fazendo dela uma boa escolha para backup e útil como um meio de grande capacidade e performance, para substituir as disquetes de 3.5’’. Ao utilizar tanto cabeças lazer como magnéticas estas drives tanto suportam as disquetes 3.5’’, para uma capacidade superior a 1.3 GB como as de 5.25’’ para uma capacidade superior a 5.2 GB, a velocidades de 60 a 120 MB por minuto. Dispositivos amovíveis de tapes As drives SuperDisk, Zip, Jaz e Orb são ideais para backups pessoais, já que transferem os ficheiros entre computadores ou armazenam ficheiros não necessários. As capacidades podem variar de 100 MB até 2.5 GB com velocidades que vão dos 30 aos 480 MB por minuto.

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Anexo - 2

Alguns dispositivos de armazenamento

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Biblioteca; Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica:

A Biblioteca StorageTek L40 proporciona uma maior performance e uma maior capacidade de gestão de dados em ambientes distribuídos. A combinação de tecnologia comprovada, segurança, alta velocidade robótica e um preço de lançamento acessível, mais a capacidade de poder crescer sem limites através de um fácil upgrade da L20 para a L80, tornam a biblioteca L40 a resposta para as necessidades de backups automáticos e de recuperação criadas pelo crescimento organizacional.

Principais benefícios:

- suporta diversos sistemas operativos - facilidade de fazer upgrade - líder em armazenamento - fácil utilização - eficiência volumétrica - protecção ao investimento Características técnicas:

Número de cartuchos: 20, 40 Número de drives: 1 a 4 Tipo de drive: DLT1; DLT7000/8000; SuperDLT; LTO Ultrium Capacidade: 700 GB a 4.4 TB sem compressão, dependendo da drive Interfaces: SCSI LVD/SE, HVD e Fibre Channel Throughput por hora: 22 GB a 216 GB sem compressão, dependendo da drive Leitor de código de barras: Sistema de leitura feito através de uma câmara digital Dimensões L40: 19.0’’ x 17.5’’ x 29.75’’ (48.3cm x 44.5cm x 75.6cm)

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Biblioteca; Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica:

A maioria dos ambientes distribuídos adequa-se à elevada capacidade apresentada pela Biblioteca StorageTek L80 pois fornece capacidades avançadas, elevada performance e uma gestão dinâmica de dados. Com uma tecnologia de nível internacional, robótica extremamente rápida e o dobro da segurança relativamente aos concorrentes, a Biblioteca StorageTek L80 é a última solução para necessidades de backups automáticos e de recuperação criadas pelo crescimento organizacional. A unidade L80 é associada ao conceito único de menor espaço físico, em vez de soluções da concorrência baseada em unidades empilhadas em prateleiras. Principais benefícios:

- suporta diversos sistemas operativos - facilidade de fazer upgrade - líder em armazenamento - fácil de utilizar - é a mais segura da gama - disponibilidade contínua - volumetricamente eficiente - protecção ao investimento Características técnicas:

Número de cartuchos: 40, 60, 80 Número de drives: 1 a 8 Tipo de drive: DLT1; DLT7000/8000; SuperDLT; LTO Ultrium Capacidade: 1.4 TB a 8.8 TB sem compressão, dependendo da drive Interfaces: SCSI LVD/SE, HVD e Fibre Channel Throughput por hora: 143.2 GB a 432 GB sem compressão, dependendo da drive Leitor de código de barras: Sistema de leitura feito através de uma câmara digital Dimensões L80: 19.0’’ x 31.5’’ x 29.0’’ (48.3cm x 80cm x 73.7cm)

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Biblioteca de Tapes; Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica: A Biblioteca StorageTek L180 foi desenhada para ambientes UNIX e Windows NT de média gama. A alta velocidade disponível na interface Fibre Channel, em conjunto com a drive Fibre Channel StorageTek 9840, tornam-na ideal para a ligação escalonável de Storage Area Networks (SANs).

Principais benefícios: - integra diferentes tecnologias de unidades de armazenamento (drive) para uma maior escalabilidade no fluxo de dados a armazenar - partilha/gestão até grandes distâncias - administração simplificada e centralizada - funcionamento contínuo - componentes de rede localizados - velocidade de troca mais elevada Características técnicas: Número de cartuchos: 84, 140, 174 Número de drives: até 6 drives 9840; até 10 drives DLT8000/SDLT ou LTO Ultrium Tipo de drive: 9840, DLT8000/SDLT, LTO Ultrium Capacidade: 9840 – 1.68 TB a 3.48 TB DLT8000 – 3.36 TB a 6.96 TB SDLT – 9.24 TB a 19.14 TB LTO Ultrium – 8.4 TB a 17.4 TB Interfaces: SCSI, Fibre Channel nativo Throughput por hora: 9840 – até 216 GB DLT8000 – até 216 GB SDLT – até 396 GB LTO Ultrium – até 540 GB Leitor de código de barras: Sistema de leitura feito através de câmara digital. Dimensões L180: 28.3’’ x 65.1’’ x 49.3’’ (71.9cm x 165.4cm x 125.2cm)

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Biblioteca de Tapes; Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica: A Biblioteca StorageTek L20 é a primeira da nova série de bibliotecas de tapes L20/ L40/ L80 que permite total protecção e gestão dos dados dos ambientes distribuídos NT, Novell, Linux, e UNIX.

Principais benefícios:

- fácil utilização - protecção de dados - fácil administração e gestão - mais controlo por menos dinheiro - mais fácil para fazer upgrade - plataforma flexível - fácil upgrade para Fibre Channel Características técnicas:

Número de cartuchos: 10, 20 Número de drives: 1 a 2 Tipo de drive: DLT1; DLT7000/8000; SuperDLT; LTO Ultrium Capacidade: 350 GB a 2.2 TB sem compressão dependendo da drive Interfaces: SCSI LVD/SE, HVD e Fibre Channel Throughput por hora: 11GB a 108 GB sem compressão dependendo da drive Leitor de código de barras: Sistema de leitura feito através de uma câmara digital Dimensões L20 19.0’’ x 7.0’’ x 27.5’’ (48.3cm x 17.8cm x 71.1cm)

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Biblioteca de Tapes; Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica:

A Biblioteca StorageTek L700 foi desenhada para grandes sistemas abertos distribuídos e para ser implementada em ambientes UNIX e Windows NT. A alta velocidade disponível na interface Fibre Channel, conjuntamente com as drives Fibre Channel StorageTek 9840 e T9940, tornam-na ideal para a ligação escalonável de Storage Area Networks (SANs).

Principais benefícios:

- integra diferentes tecnologias de unidades de armazenamento (drive) para uma maior escalabilidade no fluxo de dados a armazenar - partilha/gestão até grandes distâncias - administração simplificada e centralizada - funcionamento contínuo - componentes de rede localizados - velocidade de troca mais elevada Características técnicas:

Número de cartuchos: 216, 384, 678 Número de drives: até 12 para drives 9840 ou T9940; até 20 drives em DLT8000/SDLT ou LTO Ultrium Tipo de drive: 9840, T9940, DLT8000/SDLT, LTO Ultrium Capacidade: 9840 – 4.32 TB a 13.56 TB T9940 – 12.96 TB a 40.68 TB DLT8000 – 8.64 TB a 27.12 TB SDLT – 23.76 TB a 74.56 TB LTO Ultrium – 21.6 TB a 67.8 TB Interfaces: SCSI, Fibre Channel native Throughput por hora: 9840 – até 432 GB T9940 – até 432 GB DLT8000 – até 432 GB SDLT – até 792 GB LTO Ultrium – até 1.08 TB Leitor de código de barras: Sistema de leitura feito através de uma câmara digital Dimensões L700: 61.3’’ x 72.0’’ x 37.5’’ (155.7cm x 184.6cm x 95.3cm)

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Biblioteca de Tapes; Armazenamento Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica:

A Biblioteca StorageTek 9310 (PowderHorn) é um sistema automático de cartridge com grande capacidade de armazenamento e rapidez de acesso, ideal para UNIX, grandes computadores e sistemas de mainframe. Apropriada para partilhar informação abrangendo a totalidade da empresa, o sistema automático de cartridge StorageTek 9310 é a biblioteca da StorageTek que maior capacidade oferece.

Principais benefícios: - Armazena petabytes (mais de 1 milhão de GB) de informação - Acesso aos dados em segundos - Precisão de confiança - Balanceamento da carga de trabalho - Capacidade para novas aplicações - Dados precisos na altura exacta - Possibilidade de ligar múltiplas plataformas - Reduzida janela de backup Características técnicas: Número de cartuchos: Até 6,000/LSM Número de drives: De 2 a 80 Tipo de drive: 9840, T9940 Capacidade (máxima): 9840 - 120 TB T9940 – 360 TB Interfaces: ESCON, SCSI Throughput por hora: 2.88 TB Leitor de código de barras: Sistema digital de visão standard Dimensões* 9310: 92.5’’ x 128.0’’ (234.9cm x 325.0cm) * através de cada prateleira e paredes

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Biblioteca de Tapes; UNIX Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica:

A Biblioteca StorageTek 9740 (TimberWolf) adequada para sistemas UNIX, manipula o complexo armazenamento de dados em ambientes de grande e variada extensão. É ideal para aplicações de negócio complexas tais como o comércio electrónico, armazenamento de dados, multimédia, broadcasting, telecomunicações e representação médica/científica.

Principais benefícios: - robótica rotativa avançada - fácil integração - elevada performance / elevada capacidade - compacta Características técnicas: Número de cartuchos: 326, 494 (num só equipamento); Até 2,900 (com 6 equipamentos) Número de drives: Um só equipamento: até dez drives 9840, T9940, DLT8000 ou SDLT; Máximo: 60 drives (podem ser combinadas) Tipo de drive: 9840, T9940, DLT8000/SDLT, LTO Ultrium Capacidade: Um só equipamento: 9840 – 6.52 TB a 9.88 TB DLT8000 – 13.04 TB a 19.76 TB; SDLT – 35.86 TB a 54.34 TB; Máximo: 9840 – até 59.28 TB; DLT8000 – até 118.56 TB; SDLT – até 326.04 TB Interfaces: SCSI Throughput por hora: Um só equipamento: 9840 – até 360 GB; DLT8000 – até 216 GB; SDLT – até 396 GB; Máximo: 9840 – 2.16 TB; DLT8000 – 1.30 TB; SDLT – 2.38 TB Leitor de código de barras: Sistema de leitura feito através de uma câmara digital

Dimensões 9740: 72.0’’ x 46.0’’ x 30.3’’ (183.0cm x 117.0cm x 77.0cm)

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Tape Drive; Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica:

A tape drive StorageTek 9840 oferece uma velocidade superior e um incomparável acesso aos dados, juntamente com uma excelente capacidade para aplicações críticas em tempo e intensivas em transacções. Não tendo limitações de conectividade, pois suporta Ultra SCSI, ESCON e Fibre Channel nativo (ideal para ligações SAN), a 9840 foi imaginada para suportar ambientes de negócio que necessitem de manter um acesso contínuo e económico no acesso a uma grande extensão de dados. Principais benefícios:

- Back-up de mais dados em menos tempo - Com automatização e AMT (Adaptive Media Technology) pode ser combinada com um sistema de tapes de capacidade virtual permitindo responder com precisão às necessidades dos objectivos de negócio do Cliente Características técnicas:

Tipo de drive: Cartridge de Meia polegada, 288-pistas Estimativa de dados transferidos: 10 MB/sec (não comprimidos) Capacidade: 20 GB (não comprimidos) Tempo de carga da tape até estar pronta: 11 segundos Interface: ESCON, SCSI, Fibre Channel Compatibilidade de leitura/escrita: 9840 Biblioteca de ligação: 9310, L700; L180; 9740; 9738 Modos de emulação: 3490, 3590, 9840 Dimensões 9840: 3.25’’ x 5.75’’ x 15’’ (8.25cm x 14.6cm x 38.1cm)

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Fornecedor: StorageTek Categoria: Tape Drive; Tipo de produto: Hardware Finalidade: Armazenamento

Informação genérica: A tape drive StorageTek T9940 oferece uma excelente capacidade de armazenamento para aplicações de negócio tais como arquivo, desenvolvimento, backup, gravação de registos e necessidades de disaster recovery. A extrema segurança da T9940 oferece uma combinação de capacidade superior, velocidade e robustez, num pacote económico e compacto. Principais benefícios:

- Uma capacidade por cartridge de 60 gigabyte - 10 megabytes por segundo (até 37 megabytes comprimidos) - Ligação heterogénea via ESCON, SCSI e Fibre Channel nativo - A avançada engenharia dos componentes, e todo o conjunto, fornece o melhor em robustez, segurança e disponibilidade de dados Características técnicas:

Tipo de drive: Cartridge de Meia polegada, 288-pistas Estimativa de dados transferidos: 10 MB/seg (não comprimido) Capacidade: 60 GB (não comprimido) Tempo de carga da tape até estar pronta: 18 seg Interface: ESCON, SCSI, Fibre Channel Compatibilidade de leitura/escrita: T9940 Biblioteca de ligação: 9310, L700 Modos de emulação: 9840, 3490, 3590 Dimensões T9940: 3.25’’ x 5.75’’ x 20.5’’ (8.25cm x 14.6cm x 52cm)

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Glossário

Glossário

ATM (Asynchronous Transfer Mode) – protocolo de comunicação de alta velocidade. Agent – programa de computador ou processo que opera sobre uma aplicação cliente ou servidor e realiza uma função específica. Downtime – tempo de inactividade do sistema. FC (Fiber Chanel) – Sistema de comunicação de alta velocidade (até 2 GB/seg.) utilizando FC. Hot Swap – Capacidade de adicionar e remover dispositivos a um computador enquanto este trabalhar e automaticamente sendo reconhecido automáticamente. LAN (Local Area Network) – Rede formada por computadores localizados no mesmo espaço fisico. Mainframe – Computador de grande porte. SAN (Storage Area Network) - é uma rede de alta velocidade que interliga dispositivos de armazenamento como de discos rígidos. SCSI (Small Computer System Interface) – Dispositivo de interligação de periféricos a grande velocidade (mais de 80 MB/seg.) a computadores. SNMP (Simple Network Management Protocol) - Protocolo usado para fazer monitorização e controlar os serviços e dispositivos de uma rede TCP/IP. WAN (Wide Area Network) – Rede composta por computadores que estão localizados numa grande área, como cidade ou pais.

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Bibliografia

Bibliografia

O esclarecimento de dúvidas foi feito através de documentação de apoio disponibilizada pela empresa onde trabalho, de documentação encontrada na internet, de elementos do departamento onde trabalho e pelo orientador do projecto.

Alguns dos sites consultados:

http://www.sans.org

http://exabyte.com/

http://www.cai.com/

http://www.veritas.com/

http://www.arkeia.com/

http://www.dantz.com http://www.tandberg.com http://www.microsoft.com/technet http://www.webopedia.com http://www.legato.com

http://www.itpapers.com

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