ferramentaria - moldes para plsticos

Upload: sidney-lins

Post on 09-Feb-2018

688 views

Category:

Documents


58 download

TRANSCRIPT

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    1/132

    NTP - Ncleo de Tecnologia do Plstico

    FERRAMENTEIRO DE MOLDES PARAPLSTICOS

    SENAI Mario Amato

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    2/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 1

    Ferramenteiro de moldes para termoplsticos SENAI-SP, 2001

    Trabalho elaborado pelo Banco Cultural, NTP - Ncleo de Tecnologia do Plsticoda Escola SENAI Mario Amato, para o Departamento Nacional do SENAI, para

    curso AE Aprendizagem Industrial - Especializaes.

    Equipe responsvelCoordenao geral Milton Gava

    Coordenao Fausto Carlos MachiniElaborao Bruno Balico dos Santos

    RevisorWander Burielo de Souza

    Reviso 01Colaborao --

    Editorao Banco Cultural

    Produo grfica ImagixDigitalizao Banco Cultrual

    SENAI Servio Nacional de Aprendizagem IndustrialEscola SENAI Mario AmatoCENATEC - Centro Nacional de Tecnologia em Cermica,Plsticos e QumicaFaculdade de Tecnologia Ambiental

    Avenida Jos Odorizzi, 1555 Bairro Assuno09861-000So Bernardo do Campo - SP

    TelefoneTelefax

    SENAI on-line

    (0XX11) 4109 9499(0XX11) 4351 69850800 - 55 1000

    E-mailHome page

    [email protected]:// www.sp.senai.br/1.16

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    3/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    4/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 3

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    5/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 4

    MATRIA-PRIMA

    Definies

    Plstico

    a denominao de uma numerosa famlia de materiais sintticos

    formados por grandes molculas constitudas basicamente de Carbono (C). So

    materiais moldveis pela ao do calor e temperatura ou solventes. Alis, o

    vocbulo plstico indica a relativa facilidade de levar-se tais materiais ao

    estado plstico. Podem receber aditivos, como estabilizadores, que lhes

    conferem resistncia ao impacto, cidos, calor e raios solares e tambm receberpigmentos, que lhes do cores e tonalidades desejadas.

    H plsticos que tm como matria-prima uma resina sinttica

    proveniente, por sua vez, de outras substncias que combinadas, lhe deram

    origem. E tambm h plsticos que no procedem de resinas sintticas, mas,

    sim, de substncias naturais, como o caso, por exemplo, da celulose

    (substncia proveniente de vegetais) e da casena (protena encontrada no

    leite).

    Principais matrias primas para obteno do plstico:

    Petrleo

    Hulha

    Gs natural

    1

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    6/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 5

    Monmero

    a matria prima dos polmeros. Consiste de molculas simples de

    produtos obtidos a partir do gs natural e principalmente do petrleo. Alguns

    monmeros foram por muitos anos, resduos da gasolina ou leo de

    aquecimento. Da participao de cada produto fabricado a partir de petrleo,

    notado que apenas 4% da produo total usada para fabricao de plsticos.

    Consumo mundial de etrleo

    Petrleo: Extra o Destila o Fracionada Refino da NAFTA edistribui o

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    7/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 6

    Exemplos de polmeros com suas respectivas unidades repetitivas.

    Polmero Monmero Unidade Repetitiva

    Polietileno

    (PE)

    H2C CH2 CH2 CH2

    n

    Polipropileno

    (PP)

    H2C CH

    CH3n

    CH2 CH

    CH3

    Poliestireno

    (PS)

    H2C CH CH2 CH

    n

    Polmero

    A palavra polmero originada do grego, cujo significado muitas

    partes (poli: muitas, mero: partes). A denominao polmero foi dada s

    grandes molculas formadas por unidades qumicas simples repetitivas. As

    unidades simples so originadas de molculas simples, que foram definidas

    como monmeros.

    Polimerizao

    O conjunto de reaes atravs das quais os monmeros reagem entre si,

    formando uma macromolcula polimrica, chamado polimerizao. O

    rendimento, a velocidade de reao e os seus mecanismos dependem de vrios

    fatores, dentre eles, os principais so temperatura, presso, tempo e tipo de

    reator.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    8/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 7

    Peso molecular - PM

    O peso molecular pode ser definido como a somatria das massas

    atmicas de cada elemento qumico que compe uma molcula. Sabendo-se o

    peso molecular da unidade repetitiva do monmero que produz o polmero e seu

    grau de polimerizao, pode-se obter o peso molecular de uma macromolcula

    do polmero.

    Distribuio de peso molecular - DPM

    A curva de distribuio de peso molecular permite a verificao de como

    os diferentes tamanhos de macromolculas esto distribudos no material

    plstico. Estas informaes so teis, pois plsticos com DPM estreita tem uma

    fuso de suas macromolculas mais uniforme, sendo indicado para o processo

    de Injeo, j plsticos com DPM larga indicada para o processo de extruso.

    Cristalinidade

    Quanto ao estado de ordem em polmeros lineares e ramificados, a

    disposio relativa das cadeias de molculas umas para as outras,

    completamente desordenada, tem como resultado um estado amorfo. Um alto

    estado de ordem produzido pelo grande ordenamento como um resultado de

    orientao, ou pela formao de cristalitos localizados, dando alinhamento

    paralelo ordenado das cadeias de molculas. Sob estas condies, regiescristalinas so intercaladas dentro do material amorfo.

    Como regra, estas duas regies diferem em densidade, conforme figura

    abaixo:

    A= Arranjo Amorfo

    B= Arranjo Cristalino

    A densidade do material plstico pode ser alterada com os diversos graus

    de cristalinidade

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    9/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 8

    Entre as poliolefinas, o polietileno , em particular, notvel pela larga faixa

    de possveis graus de cristalinidade, isso pode ser demonstrado

    mensuravelmente de maneira simples pela determinao da densidade:

    Densidade do:

    PEBD - 0,915 a 0,930 g/cm3(grau de cristalinidade 65% a 75%)

    PEMD - 0,930 a 0,945 g/cm3(grau de cristalinidade 75% a 80%)

    PEAD - 0,945 a 0,965 g/cm3(grau de cristalinidade 80% a 95%)

    Aumentando o grau de cristalinidade e densidade, aumentam:

    Faixa de fuso - PEBD funde de 105 a 112 C

    PEAD funde de 127 a 135 C

    Resistncia trao;

    Mdulo de elasticidade (rigidez)

    Dureza;

    Resistncia a solventes

    Impermeabilidade a gases e vapores;

    A resistncia ao impacto, resistncia ao tensofissuramento ambiental e

    transparncia mostram decrscimo.

    Foto polarizada de cristais deplsticos na forma esferultica

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    10/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 9

    Classificao

    Os polmeros classificam-se sob vrios aspectos, neste curso destacamos

    alguns aspectos:

    Origem (natural ou sinttico);

    Estrutura qumica (linear, ramificado, reticulado);

    Caractersticas de fusibilidade (termoplstico, termofixo);

    Heterogeneidade da cadeia (homopolmero e copolmero);

    Quanto heterogeneidade da cadeia

    Homopolmeros: so polmeros formados por um nico tipo de monmero.

    Ex: A+....+A ~~A-A-A-A-A-A~~ A=monmero

    Copolmeros : so polmeros formados por mais de um tipo de monmeroEx: A+...+A + B+...+B + C+...+C ~~A-A-B-B-C-C~~

    Quanto origem

    Os polmeros originados da natureza, como celulose, amido, protenas do

    leite, lignina, so ditos polmeros naturais. Os polmeros sintticos so obtidos

    atravs de reaes (polimerizaes) de molculas simples (monmeros)

    fabricadas pelo homem, exemplos destes polmeros so o polipropileno,

    polietileno, poliestireno.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    11/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 10

    Quanto estrutura

    Linear

    So polmeros que possuem macromolculas que cresceram em uma

    direo apenas, portanto estes polmeros passam a apresentar uma estrutura

    molecular linear.Ex: polietileno de alta densidade (PEAD)

    Polmeros que possuem grupos pendentes como polipropileno,

    poliestireno, podem tambm ser lineares, com a utilizao de catalisadores

    estreo-especficos.

    Ramificado

    So polmeros cuja cadeia principal, possui molculas curtas ou longas

    dependuradas, resultando em estruturas moleculares ramificadas. Ex: polietilenode baixa densidade.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    12/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 11

    Reticulado ou polmeros com ligaes cruzadas

    So polmeros com molculas entrelaadas que formam ligaes

    primrias entre elas, formando reticulados tridimensionais. Ex: Fenol-

    Formaldedo.

    No existe um polmero 100% linear ou 100% ramificado, os polmeros

    possuem uma determinada estrutura predominante. Polmeros com alto grau de

    linearidade possuem maior facilidade em se cristalizarem, podendo ser

    denominados de semi-cristalinos, enquanto que polmeros altamente ramificados

    possuem dificuldade de se arranjarem ordenadamente, no formando cristais,

    so normalmente chamados de amorfos.

    Figura: exemplos de cadeias ramificadas

    Quanto s caractersticas de fusibilidadeAs caractersticas de fusibilidade dos polmeros determina a tcnica do

    processamento do polmero. Sob este aspecto, classificam-se os polmeroscomo: Termoplsticos e termorrgidos (termofixos).

    TermoplsticosSo polmeros que sob efeito de temperatura e presso fundem e fluem

    podendo ser moldados, e quando resfriados, endurecem, adquirem a forma domolde. Aplicando-se temperatura e presso novamente eles podemreiniciar um novo ciclo de fuso e endurecimento. (Ex: PE, PP, PVC, PET)

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    13/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 12

    SLIDO PASTOSO SLIDO

    N VEZES

    TermofixosSo polmeros que so obtidos sob efeito de temperatura e presso em

    pr-polmero, que fundem, fluem, adquirem a forma do molde e reagem entre siquimicamente formando ligaes cruzadas, e se solidificam. Este tipo depolmero no permite novo ciclo de fuso (Ex.: fenol-formaldedo, polisterinsaturado, resina fenlica, epxi, silicone)

    Aditivos para os materiais plsticos

    Os aditivos so substncias qumicas que, adicionadas ao material

    plstico, melhoram suas propriedades e alteram suas caractersticas fsicas e

    qumicas. Entre os mais utilizados temos:

    PigmentosSo adicionados aos materiais plsticos para melhorar o seu aspecto

    visual.

    Lubrificantes

    Tem a funo de facilitar o fluxo do material durante o processamento,

    evitando a aderncia nos componentes do equipamento.

    Plastificantes

    Geralmente so lquidos que aumentam a flexibilidade dos materiais

    plsticos e facilitam seu processamento.

    Estabilizantes

    Sua funo a de retardar a degradao do polmero durante o

    processamento.

    Cargas

    So incorporadas aos materiais plsticos, para reduzir o custo, ou

    melhorar alguma propriedades fsica, do produto final.

    Anti-Oxidantes

    Evitam a oxidao dos materiais temperatura ambiente.

    Reforos

    SLIDO PASTOSO SLIDO

    1 VEZ

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    14/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 13

    So incorporados nos materiais plsticos para aumentar a resistnciamecnica, qumica, trmica e eltrica.

    Outros aditivos tais como os absorvedores de Raios Ultra Violeta,

    Retardadores de Chama, Agentes de Expanso, Antiestticos, Aromatizantes,tambm podem ser utilizados.Os aditivos so incorporados aos materiais plsticos, misturados

    mecanicamente atravs de extrusoras, calandra ou misturadores do tipoBanbury.

    Principais propriedadesPropriedades dos materiais plsticos

    As propriedades dos materiais podem ser divididas em trs: Propriedades fundamentais (intrnsecas) Propriedades de processamento Propriedades do produto.

    Deve-se frisar que estas trs categorias de propriedades esto fortemente

    inter-relacionadas.

    Deve-se frisar que estas trs categorias de propriedades esto fortemente inter-relacionadas.

    MATERIAL PLSTICOEx: Polipropileno PP

    ProcessamentoMquina Injetora

    PRODUTOEx:Ventiladores

    Propriedadesde

    processamento

    Propriedadesdo

    produto

    Propriedadesdo

    material

    plstico

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    15/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 14

    INJEO DE PLSTICOS

    Definies

    Na moldagem por injeo, um polmero em forma de grnulos

    aquecido, fundido (terminologicamente, a forma mais correta seria estado fluido

    ou pastoso) e forado sob presso para dentro de um molde, por meio de um

    pisto; ainda dentro do molde, a pea moldada resfriada abaixo da

    temperatura de amolecimento do termoplstico; o molde ento aberto e a pea

    moldada extrada.

    O processo de moldagem intermitente, ou seja, aps cada pea ser

    extrada do molde, um novo ciclo j teve inicio. O processo entocaracterizado pelas etapas: alimentao, plastificao (homogeneizao),

    enchimento do molde, resfriamento, abertura do molde e extrao da pea;

    etapas que sero detalhadas mais adiante.

    A moldagem por injeo , sem dvidas, o mtodo mais usado para

    transformar termoplsticos em artigos para uso final. Estima-se que 35% dos

    artigos plsticos para uso, sejam produzidos por este processo. um processo

    simples, rpido, preciso e, hoje em dia, razoavelmente econmico.

    So inmeros os fabricantes e tipos de e tipos de mquinas para a

    injeo de plsticos, as conhecidas injetoras, desde as mais simples at as

    controladas por computadores, desde pequenas para produzir um minsculo

    conector eltrico, at as maiores para produzir um pra-choque para

    automveis.

    Mquinas de Injeo

    O enorme crescimento do processo de injeo, reflete-se nos diversos

    tipos e tamanhos de mquinas existentes no mercado.

    2

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    16/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 15

    Injetoras so, em regra geral, mquinas universais. Sua funo abrange

    a produo descontinuada de peas, preferencialmente a partir de fundidos

    macromoleculares, apesar de a moldagem ocorrer sob presso.

    Unidade de Injeo ou Sistema de Injeo

    Mquinas a pisto (convencional): cilindro horizontal e cilindro vertical

    Mquinas com rosca pisto: acionamento hidrulico para rotao da rosca;

    acionamento eltrico para rotao da rosca; pr-plastificador de rosca,

    acionamento hidrulico, injeo a pisto.

    Nesta unidade o plstico fundido, homogeneizado transportado,

    dosado e injetado no molde. A unidade de injeo tem assim duas funes:

    Injeo e Plastificao do Material Plstico

    Atualmente comum o uso de mquinas com rosca; estas injetoras

    trabalham com uma rosca, que tambm serve de mbolo de injeo.

    A rosca gira em um cilindro aquecido, ao qual o material alimentado

    atravs do funil. A unidade de injeo move-se geralmente sobre a mesa damquina.

    Cilindro

    Constitudo de um tubo de ao robusto, capaz de suportar a presso

    necessria para a injeo, geralmente envolvido e aquecido por resistncias

    eltricas, o calor gerado pelo sistema de aquecimento conduzido atravs das

    paredes do cilindro para fundir ospelletsde material, a fim de que estes possam

    ser injetados homogeneamente no molde.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    17/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 16

    Geralmente o aquecimento do cilindro dividido em zonas de

    temperaturas controladas individualmente com o intuito de obter fuso gradativa

    do material e maior homogeneidade do fundido.

    H pelo menos trs zonas de aquecimento controladas individualmente

    com preferncia ao tipo proporcional, ou controles de temperatura de voltagem

    dupla. A temperatura no bico dever ser controlada separadamente, por

    pirmetro ou reostato individuais.

    Presso de Injeo

    Deve ser varivel e atingir at 20.000 psi pelo menos (1400 kgf/cm2).

    Preferencialmente em dois estgios (presso de injeo para encher o molde e

    recalque para evitar o retorno do material ao cilindro), cada um controlado por

    um tempo (timer).

    Velocidade de Injeo

    Deve ser varivel controlada com velocidade mxima de pelo menos

    cerca de

    150 cm / min.

    Alimentao Ajustvel

    Deve ser precisa para permitir um controle do peso de cada injeo

    CilindroHidrulico

    ColunasGuiasCilindro de

    Injeo

    Resistncias Eltricas

    rea deIntroduo daMatria-prima

    RoscaPlastificadoraBico de

    Injeo

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    18/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 17

    Tempos

    Devem ser precisos para medir os tempos como por exemplo: tempo de

    injeo; tempo de fechamento do molde; tempo de recalque; tempo de extrao

    do produto.

    Rosca

    A rosca utilizada na injeo em geral classificada em trs zonas:

    A. Zona de alimentao;

    B. Zona de compresso;

    C. Zona de homogeneizao ou de mistura.

    A. Zona de alimentao

    De baixa compresso, tem por funo assegurar a presso de

    alimentao do material e pr aquece-lo at prximo da temperatura de

    plastificao.

    B. Zona de compresso

    Na zona de compresso, o espao entre os filetes da rosca reduzido

    mediante o incremento do dimetro do seu ncleo. Limitando-se assim o espao

    para o material plstico que vem avanando.

    C. Zona de homogeneizao ou de mistura

    Deve homogeneizar a massa fundida com perfeio. Bem como misturar

    todo e qualquer componente que ainda no tenha sido disperso.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    19/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 18

    Razo de compresso: a razo entre o volume de uma volta no primeiro

    canal da zona de alimentao e o volume de uma volta no ltimo canal da zona

    de mistura.

    A razo de compresso da ordem de 2 1/2 a 4:1 e a, razocomprimento/dimetro (L/D) pode variar de 15 a 25 d em funo do tipo de

    material a ser processado. Para poliolefinas em geral, a razo de compresso

    prxima de 3:1 e o comprimento da rosca de aproximadamente 20 d.

    Bico de Injeo

    um elemento do conjunto de injeo que, com perda mnima de presso

    e temperatura, permite a conexo mecnica do cilindro aquecido com o molde.

    O dimetro do orifcio do bico do lado roscado nunca deve ser menor do que o

    do cilindro. Para evitar a estagnao e degradao da resina.

    O dimetro do orifcio do bico deve ser levemente menor que o dimetro

    do canal de fluxo da bucha do molde, a fim de evitar ocorrncia de problemas na

    extrao do canal de alimentao.

    A curvatura do bico deve ser ligeiramente menor que a da bucha do

    molde. De maneira a garantir um contato adequado entre as peas, alm de

    uma perfeita estanqueidade, preciso lembrar. Ainda que todas as superfciesenvolvidas devero estar bem polidas para facilitar a extrao do canal de

    alimentao.

    O dimetro dos canais de fluxo variam conforme o volume da

    cavidade do molde.

    PESO DO MOLDADO (g) DIMETRO DOS CANAIS (mm)

    0,25 3

    0,80 5

    2,0 7

    3,5 8

    A temperatura do bico deve ser controlada por termopar para evitar o

    superaquecimento, que provoca degradao do material e o sub-aquecimento

    que pode vedar o bico.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    20/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 19

    Sistema de Fechamento do Molde

    Cilindro Hidrulico, Fechamento Horizontal

    Fechamento Com Articulao: Horizontal e Vertical.

    So as seguintes as exigncias mais importantes para a unidade de

    fechamento:

    manuteno do fechamento do molde, com a mnima flexo das placas;

    ciclos rpidos de movimentao e de travamento;

    integrao do extrator, puxador de machos ou vlvulas pneumticas;

    boa acessibilidade para a instalao do molde e dos perifricos;

    proteo do molde, sensvel e de ajuste fcil;

    Placa FixaPorta Molde

    Placa Mvel

    Porta Molde

    Placa deAncoragem

    Unidade deExtrao

    Sistemajoelho deFechamento

    PistoHidrulico

    Coluna Guia

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    21/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 20

    posicionamento exato.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    22/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 21

    PROCESSO DE INJEO

    Abaixo Apresentamos um Esquema do Processo de Injeo

    A = estgio de injeo

    B = estgio de resfriamento (incio da dosagem e homogeneizao)

    C = estgio de extrao da pea

    3

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    23/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 22

    Decisivo para a rentabilidade do processo o nmero de peas

    introduzidas por unidade de tempo. Ele depende fortemente do tempo de

    resfriamento da pea no molde e este, da maior espessura da parede da pea.

    O tempo cresce com o quadrado da espessura da parede. Por motivos

    econmicos, muito rara a produo de peas com grandes espessuras de

    parede. Normalmente no se encontram paredes com espessuras superior a 8

    mm.

    Ciclo de moldagem

    Tambm chamado de ciclo de injeo, ou ciclo de produo, o intervalo

    total de tempo entre o instante em que o molde se fecha durante um ciclo e o

    instante correspondente em que ele se fecha no ciclo seguinte: a seqncia

    desse ciclo esta representada na figura abaixo:

    Podemos considerar que o ciclo de injeo comea no momento em queo molde vazio fecha-se para receber o polmero fundido, em seguida, o pisto ourosca de injeo comea a avanar compactando os grnulos e comprimindo opolmero fundido at este fluir atravs do bico de injeo;

    Devemos considerar aqui um tempo morto durante o qual o pistoavana, porm no h vazo de material atravs do bico, uma vez iniciado ofluxo do polmero este sai pelo bico e enche as cavidades do molde; quandoest totalmente cheio o pisto deve permanecer por um certo tempo em posioavanada mantendo a presso para compactar e compensar a contrao que o

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    24/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 23

    polmero sofre durante o resfriamento. Ao recuar o pisto de injeo, cessa apresso e uma pequena quantidade de material tende a retornar para amquina.

    Aps isto, o polmero que ocupa as entradas das cavidades, se resfria o

    suficiente para solidificar e suportar a queda de presso dentro da cavidade. Aosolidificar a entrada, a cavidade do molde fica totalmente isolada do resto dosistema. Uma vez isolada a cavidade do sistema. O polmero que ocupa acavidade se resfria em volume e densidade constantes, a menos que a pressoalcance valor zero durante este resfriamento ou a temperatura da cavidade noseja uniforme.

    Finalmente, abre-se o molde, extrai-se a pea e inicia-se o prximo ciclode moldagem, portanto para uma discusso terica podem-se considerar nociclo de moldagem as seguintes etapas: Incio do avano do pisto at que o polmero comece a fluir para dentro do

    molde; Etapa de enchimento; Etapa de compactao; Etapa de retrocesso do polmero; Etapa de resfriamento das entradas;Etapa de resfriamento em volume constante com as entradas fechadas(solidificadas).

    Para controlar o processo, o moldador dispe dos seguintes controles:

    Temperatura do cilindro de aquecimento; Presso / tempo aplicado pelo pisto (presso de injeo);

    Presso / tempo com que o pisto permanece avanado (presso derecalque);

    Tempo do molde fechado; Tempo do molde aberto; Temperatura do molde; Velocidade tempo de fluxo.

    As interaes destes controles com o polmero ditar as propriedades doproduto acabado. Obviamente outros fatores so igualmente importantes como

    espessura da cavidade, comprimento da trajetria do fluxo, posio e dimensesdas entradas, sistema de refrigerao, comprimento e tamanho dos canais dealimentao, etc., e no podem ser considerados como variveis independentesdo processo.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    25/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 24

    ASPECTOS FUNDAMENTAIS NO

    DESENVOLVIMENTO DE MOLDES

    Antes de iniciar a construo de um molde importante ter em mente osseguintes fatores:

    4

    Forma da pea, volume de pedidosrequeridos, quantidade/tempo

    Nmero de cavidades Seleo damquina de injeo

    Forma de execuo do molde

    Molde de duas placas Molde de trs placas

    canal quente canal frio plastificaonormal

    canal quente Canal frio

    Disposio das cavidades

    Distribuio simtrica Distribuio em srie

    Sistema de canal

    Normal Ponto Laminar (Pelcula) RetangularDisco,

    guarda-chuva

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    26/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 25

    Sistema de regulagem de temperatura

    Superfcies Cavidade

    leo Resistncias eltricas gua leo ar gua

    Sistemas de Extrao

    extratores Seguim.(anel ou padro) Mordaas, corredias

    Sistemas de sada dos gases (ou ventilao)

    Nvel de diviso Postios inseridos Extratores Lminas Espigassinterizadas

    canais canais

    Materiais de construoBase do molde

    Placas ou Postios CavidadeAos de tmperaintegral, decementao, debeneficiamentosem fundir

    Aos de tmperaintegral, decementao, debeneficiamento

    Aos detmperaintegral, decementao, debeneficiamento

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    27/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 26

    Esta classificao j cumpre com seu objetivo e transmite de forma clarae detalhada as experincias adquiridas at agora na construo de moldes de

    injeo. Ao tratar um novo problema, o projetista pode ver como se temconstrudo ou se tem de construir um molde em casos similares.

    Sem impedimentos, o projetista sempre tratar de avaliar as experinciase construir algo melhor, em lugar de copiar a execuo anterior. Uma exignciaelementar de cada molde que tem de ser utilizada em uma mquina no cicloautomtico que as peas sejam extradas automaticamente sem anecessidade de uma operao adicional (separao do canal de injeo,operao para determinadas realizaes, etc.).

    A classificao de moldes de injeo regida logicamente pelas

    caractersticas principais de construo e funcionamento. Estas so: O tipo de canal de injeo e sua separao; O tipo de extrao das peas injetadas; A existncia ou no de contra-sadas exteriores na pea a injetar; O tipo de desmoldagem.

    O esquema representa um procedimento para o desenvolvimentometdico e planificado de moldes de injeo.

    Para a construo e dimensionamento das peas de injeo e seuscorrespondentes moldes, se utilizam cada vez com maior freqncia o mtodo

    de elementos finitos (FEM), assim como procedimentos de clculos comoCadmold, Moldflow, etc. Com estes mtodos pode-se reduzir o tempo dedesenvolvimento e os custos, assim como otimizar a funcionalidade das peas.

    S quando se tem determinado a pea a injetar e todas as exigncias queinfluem no desenho de um molde, pode-se executar a construo definitivadeste.

    Forma da pea Sistema de canal Condies de elaborao

    Construo

    Determinao da Contrao

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    28/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 27

    CLASSIFICAO DOS MOLDES

    DE INJEO

    A norma DIN E 1675 (Moldes de injeo para materiais plsticos) contm

    uma diviso dos moldes segundo o seguinte esquema:

    Molde padro (molde de duas placas);

    Molde de gaveta;

    Molde de extrao por seguimentos;

    Molde de trs placas;

    Molde de pisos (molde sandwich);

    Molde de canal quente.

    Semelhantes aos moldes de canal quente para injeo de materiais

    termoplsticos existem moldes de canal frio para a injeo sem canal de

    materiais termofixos.

    Se no possvel a disposio de canais de distribuio no plano de

    abertura do molde, ou se tem de unir centralmente as peas de um molde com

    cavidades mltiplas, se requer um segundo plano de separao para a

    desmoldagem do canal solidificado (molde de trs placas) ou uma alimentaode material atravs de um sistema de canal quente. Em moldes sandwich,

    montam-se praticamente dois moldes em srie no sentido de fechamento, sem

    que requeira o dobro da fora de fechamento. A condio prvia para este tipo

    de molde uma elevada quantidade de peas desenho simples, como peas de

    formato plano. Como vantagem essencial tem de se mencionar os baixos custo

    de produo. Os moldes sandwich hoje em dia so equipados sem exceo com

    sistemas de canais quentes com extremas exigncias, sobre tudo no que se

    refere ao equilbrio trmico (homogeneidade trmica).

    5

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    29/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    30/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 29

    5.2 Molde de Trs Placas

    Alm das duas placas, uma do lado fixo e outra do lado mvel, como no

    molde de duas placas, o molde de trs placas tem uma outra, conhecida como

    placa flutuante ou central. Esta ltima possui a entrada, parte do sistema de

    distribuio e uma parte da cavidade. Na posio de abertura, essa terceira

    placa separada das outras duas, permitindo a extrao do moldado de um lado

    e o canal de injeo e canaletas de distribuio do outro. As principais

    utilizaes para esse tipo de ferramenta so:

    Alimentao central das peas nas ferramentas de cavidades mltiplas; por

    exemplo, uma ferramenta de boto de rdio, com alimentao de entrada

    capilar no centro de cada boto.

    Alimentao central de peas com entradas restritas em ferramentas decavidade simples; por exemplo, uma alimentao de entrada capilar central

    na base de uma vasilha.

    Alimentao de reas de peas com mltiplas entradas restritas; por

    exemplo, pontos de injeo mltiplos na superfcie de uma bandeja.

    Entrada de aresta das ferramentas de cavidade simples ou cavidades

    mltiplas desbalanceadas sem a produo de um molde excntrico; isto

    importante nos grandes moldes.

    evidente que nenhuma das ferramentas relacionadas poderia ser feitacomo um molde de duas placas, porque seria impossvel remover o sistema de

    canal de injeo e canaletas de distribuio e desta forma, usa-se a terceira

    placa. Os moldes de trs placas so sempre mais caros do que os de duas,

    algumas vezes consideravelmente mais dispendiosos. H tambm uma

    tendncia em serem de produo mais baixa devido necessidade do operador

    ter de tirar o sistema de canais na abertura do molde. Geralmente isto deve ser

    feito manualmente, a menos que haja um dispositivo especial para faz-lo.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    31/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 30

    As ferramentas de trs placas so freqentemente usadas na produo

    de componentes pequenos ou mdios. Entretanto, devido ao aumento de peso

    da placa flutuante, elas so menos usadas nas moldagens maiores e raramente

    nas muito grandes.

    A figura abaixo ilustra diagramaticamente um molde de cavidades duplas,

    entrada capilar e trs placas, que representativo dos moldes de trs placas

    empregados para peas pequenas. Os vrios elementos da ferramenta so:

    empregados para peas pequenas. Os vrios elementos da ferramenta so:

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    32/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 31

    Legenda:

    1. Placa de apoio (lado estacionrio).

    2. Placa central flutuante ou terceira placa. Esta placa deve estar suficiente-

    mente separada da placa de apoio para permitir a fcil extrao do sistema de

    canais. A distncia entre as placas governada pelo comprimento dos

    parafusos de extrao (7).

    3. Placa de extrao. Na ferramenta mostrada, a extrao das peas dos

    machos efetuada por meio de uma placa de extrao. O sistema extrator ado-

    tado, entretanto, depende do tipo da pea.

    A ferramenta na posio fechada est mostrada na vista superior e,

    completamente aberta na inferior. Aps a injeo, no resfriamento, haver a

    contrao sobre os ncleos-macho, soltando-se da cavidade.

    O movimento inicial da placa mvel divide o molde entre as placas (3) e

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    33/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 32

    (4), sendo isto ajudado pelas moldagens que ficam nos ncleos-macho. Quando

    esses ncleos deixam as cavidades fmeas, as cabeas dos parafusos de

    extrao (8) encostam no lado de injeo da placa de extrao (3). A placa (3)

    ento extrai as moldagens dos ncleos-macho. Durante esse movimento ulterior,

    as porcas de ajustagem das hastes limitadoras (9) encostam na face posterior

    da placa (5) e, ento comeam a mover a placa (2) para frente, fazendo uma

    nova linha de separao entre as placas (2) e (1).

    O movimento inicial de (2) destaca o canal da bucha em virtude dos

    recessos nas alimentaes dos machos. A placa de extrao da alimentao (6)

    mantida entre a placa (2) e o sistema de distribuio superior, devido aos

    mesmos recessos.

    Entretanto, a placa (6) tem apenas um movimento limitado que determi-

    nado pelo comprimento dos parafusos limitadores (10). Quando as cabeas de(10) se encostam no lado de extrao da placa (6), o movimento desta termina,

    e ela destaca a alimentao, afastando-a dos ncleos-macho, vencendo a

    resistncia dos recessos. O movimento total de (2) restrito ao comprimento

    entre a parte inferior das cabeas dos parafusos de extrao (7) e a face da

    bucha.

    O sistema de distribuio possibilitado cair livremente de (6), porque a

    face (11) tem a forma de um rasgo de extremidade aberta, sendo o extremo

    aberto projetado para ficar virado sempre para baixo. evidente que as ferramentas de trs placas necessitam de maior curso

    de abertura do que as ferramentas correspondentes de duas placas.

    importante que a disponibilidade de curso necessrio seja comparada com as

    distncias distribudas nas vrias partes mveis.

    4. Placa montagem dos insertos.

    5. Placa de apoio (lado mvel).

    6. Placa de extrao do canal de injeo.

    Em operao, quando a ferramenta se abre, o canal principal puxado

    para fora da bucha pelo agarramento dos canais das duas cavidades, fazendo-

    se recessos nestes canais, se necessrio. Isto ento provoca o deslizamento da

    placa (6) para frente, ao longo dos pinos (10). Quando a placa completa seu

    movimento, a continuao da abertura da ferramenta provoca a retirada dos

    canais dos ncleos, at que eles estejam separados. O canal de injeo e

    canaletas de distribuio estaro livres e caem da ferramenta atravs das

    fendas na placa (6).

    Os pinos que suportam a terceira placa devem ter resistncia adequada

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    34/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 33

    para esse fim e, para tal, necessrio assegurar-se que os pinos tenham o

    tamanho suficiente para manter as tenses dentro de valores seguros; e que a

    deflexo dos mesmos, sob a ao do peso da placa na posio de

    completamente distendida, no seja excessiva.

    Tenso nos Pinos

    aconselhvel admitir que toda a carga seja suportada apenas por dois

    pinos, porque, se o alinhamento no for perfeito, essa condio pode aparecer.

    Em muitos casos, os pinos que suportam a terceira placa tambm atuam

    como pinos-guia, assim a carga de alinhamento da ferramenta exceder a de

    suporte da terceira placa e, podem ser especificados pinos de dimetro maior do

    que o mostrado nos clculos anteriores.

    Deflexo dos Pinos

    A mxima deflexo possvel pode depender de diversos fatores; mas, ela

    no deve exceder 0,5 mm e, devem-se colocar limitadores positivos no fim do

    curso. Em muitos casos, essa deflexo bem pequena e pode ser ignorada.

    As figuras A e B (abaixo) mostram a aplicao de uma ferramenta de trs

    placas para alimentao capilar mltipla numa moldagem do tipo de bandeja. As

    vistas (a) e (b) ilustram, respectivamente, a seo lateral e plana dessa

    moldagem, onde se observa que os quatro canais de distribuio (2) divergemdo canal de injeo para penetrar pelas quatro entradas capilares (3), moldagem

    (15). Os canais de distribuio so usinados na placa estacionriaA, e terminam

    na terceira placa ou placa flutuante B. A placa C ligada diretamente placa

    mvel. A terceira placa B guiada pelos pinos (1), estes atuando tambm como

    pinos-guia para toda a ferramenta. Quando a ferramenta se abre, o canal

    arrancado e as mltiplas entradas so destacadas por meio de seus respectivos

    ganchos (4). Neste projeto, nenhuma proviso feita para a extrao

    completamente automtica do sistema de canais, e aps a separao inicial naforma descrita, o sistema de alimentao manualmente removido aps a

    abertura.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    35/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 34

    Figura: molde de trs placas com alimentao mltipla de entradas capilares

    A forma macho na placa B localizada em relao fmea, por meio dos

    postios cnicos (6). Estes servem para o desgaste e, a fim de que a ajustagem

    possa ser feita, se necessrio, para o posicionamento relativo das duas metades

    da forma. Uma vlvula de ar (5) instalada, possuindo uma sede cnica, e

    mantida fechada por meio de uma mola de compresso. Quando o ar admitido

    por trs da Vlvula, esta se abre ligeiramente e permite a penetrao do ar com-

    primido entre a moldagem e a superfcie da cavidade macho. Como a

    profundidade da moldagem pequena, ela pode ser facilmente removida

    manualmente, ajudada pela quebra do vcuo e pela pequena presso de ar

    fornecida pela vlvula de ar. A vista (c) mostra um dos quatro parafusos

    limitadores (7) que evita a continuao do movimento da terceira placa aps sua

    abertura de uma quantidade desejada.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    36/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 35

    5.3 Molde com Gavetas

    H muitas variedades de moldes deste tipoe um nmero correspondente de mtodos

    de operao. Esse tipo de molde empregado onde algum detalhe damoldagem forma um empecilho relativo linha de extrao, e o molde deve seraberto numa segunda direo, antes que apea possa ser extrada. Esta segundaabertura freqentemente em ngulo retocom a linha de ao do fechamento, masisto depende da pea, e assim os ngulos

    de abertura podem variar. Em muitoscasos, toda a cavidade est contida naspartes mveis mas, em outros, apenas algumas pores, sendo o restanteextrado normalmente. Este ltimo caso ocorre quando apenas um detalheparticular na moldagem forma um rebaixo ou rasgo.

    As principais formas de ferramenta com partes mveis so as seguintes:

    Partes mveis no lado estacionrio da ferramenta e operadas por carnes

    ou pinos do lado mvel.

    Partes mveis no lado mvel da ferramenta e operadas por cames ou pinos

    no lado estacionrio.Partes mveis operadas pelo mecanismo extrator.

    Ferramentas com partes mveis portteis que so operadas manual-mente

    ou por meio de dispositivo.

    5.3.1 Partes mveis no lado fixo do molde

    As partes mveis so montadas em corredias do lado fixo (injeo) da

    ferramenta, e so usualmente separadas por meio de molas de compresso

    adequadas, ou por molas externas de tenso; ou posicionadas por meio de

    prendedores de esfera embaixo dos blocos. Alm de outras funes, esses

    dispositivos evitam o fechamento das partes mveis, sob a ao da gravidade,

    quando a ferramenta est aberta, com o conseqente perigo de avaria da

    mesma, quando o fechamento for acionado.

    A forma externa das partes mveis freqentemente cnica, sendo as

    mesmas mantidas juntas pela localizao em um recessocnico na parte mvel

    da ferramenta. Quando a ferramenta se abre, as partes se separam sob a ao

    dos pinos colocados em ngulo, montados no lado mvel do molde. Durante o

    fechamento do molde, ocorre o inverso, sendo as partes juntadas pelos pinos.No desenho mostrado, os furos nas partes mveis para os pinos so feitos com

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    37/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    38/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 37

    Se for empregada uma ferramenta com as partes mveis montadas dolado estacionrio, o ncleo a seria extrado, mas a moldagem deveria ainda ser

    extrada do ncleo b, e para essa extrao seria necessrio a utilizao de

    corrente ou barra. Entretanto, se a ferramenta for do segundo tipo, com as

    partes mveis no lado mvel, o retardamento correspondente folga entre os

    pinos e os furos, possibilita ao ncleo b ser extrado antes das partes mveis se

    separarem, enquanto a moldagem depois extrada do ncleo a, sendo a

    camisa de extrao operada diretamente do mecanismo extrator da prensa.

    Ser observada a existncia de um gancho de retirada do canal de injeo neste

    tipo de ferramenta. Isto deve ser feito para extrair o canal com a moldagem,

    durante a abertura da prensa.

    Um tipo alternativo de pino para uso com esses moldes mostrados na

    prxima figura. Este do tipo de co, ou seja, um pino em ngulo, que d um

    maior retardamento. Como anteriormente, D a parte de retardamento do curso

    de abertura da ferramenta durante o qual no ocorre qualquer abertura das

    partes mveis, e R a abertura em cada parte mvel, que no deve ser menor

    do que a necessria para livrar o recessona pea.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    39/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 38

    Figura: pino tipo "co"

    importante que o ngulo dos pinos seja menor do que o existente no

    bloco de travamento; especialmente se o tempo de retardamento for pequeno ou

    inexistente. Se o ngulo for o mesmo ou maior do que o do bloco, as partes

    tendero a se abrir mais rapidamente do que o afastamento das faces angulares

    de fechamento com a possibilidade de sria danificao na ferramenta. O ngulo

    dos pinos no deve ser maior que 30 da vertical.

    Em muitas ferramentas, apenas uma parte da pea tem um recesso, epode ser inconveniente a colocao de toda a ferramenta em partes mveis

    especialmente com ferramentas maiores. Em tais casos, a parte com recesso

    pode ser livrada pela utilizao de um bloco macho separado, que pode ser

    removido para permitir a extrao do componente, da forma usual. Tal macho

    pode ser operado por meios pneumticos ou hidrulicos mas, em muitos casos,

    o movimento mecnico do bloco efetuado pelo mecanismo de extrao.

    5.4 Molde de Canal QuenteTambm conhecido como um molde sem canal de injeo ou canais de

    distribuio, tem como principal objetivo no ser necessria a remoo de todo

    ou parte do sistema de alimentao que inerente ao tipo convencional de

    molde. Com os moldes de cavidade simples, isto significa o encurtamento ou

    eliminao do canal de injeo e, nos moldes de cavidades mltiplas, a

    eliminao de ambos os sistemas. Na ferramenta convencional, esse sistema de

    alimentao resfriado ao mesmo tempo que a moldagem, sendo removido da

    ferramenta ao mesmo tempo, para subseqente reaproveitamento. Na

    moldagem de canal quente, todo o sistema de alimentao, ou parte dele,

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    40/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 39

    mantido numa temperatura elevada, tal que o material no sistema de

    alimentao seja mantido fundido, pronto para o prximo ciclo. Isto tem diversas

    vantagens:

    ciclos mais rpidos;eliminao de operaes de acabamento na remoo do ponto de injeo;

    e reduo de refugo que vem dos canais de injeo e de distribuio.

    Os moldes desse tipo so mais adequados para grande produo, porque

    geralmente o custo da ferramenta mais elevado. A moldagem de canal quente

    conseguida por vrios mtodos que usualmente so os seguintes:

    Pela extenso do bico aquecido do cilindro de injeo atravs da ferra-

    menta, at que ele esteja em contato direto com a cavidade do molde. No

    caso das ferramentas de cavidades mltiplas, vrios bicos aquecidospodem ser tomados de um distribuidor aquecido montado diretamente no

    cilindro de injeo, cada bico com comunicao direta para uma das

    cavidades. A menos que os bocais sejam prximos, podem aparecer

    dificuldades na passagem pelo furo de tamanho normal na placa fixa da

    prensa. A ferramenta com bico de extenso simples a mais til desse

    tipo. Pela sua utilizao, so obtidas vantagens na facilidade de

    aquecimento, reduo de problemas de isolao e facilidade de acesso

    pelo movimento do conjunto de injeo em relao a placa fixa.

    O bico de injeo aquecido e extendido para passar na ferramenta e

    terminar num canal convencional, mas de comprimento considervelmente

    reduzido. Isto produz uma moldagem com um toco de canal que, por

    vezes, pode ser deixado na moldagem.

    Moldes de canal quente nos quais o material do cilindro aquecido vai para

    um distribuidor (manifold) tambm aquecido, do qual vrios bicos com

    aquecimento se estendem para as cavidades. Este mtodo normalmente

    empregado nos moldes de cavidades mltiplas mas, tambm pode ser usadonas de cavidade simples de mltiplas entradas ou quando a alimentao for

    efetuada numa entrada simples na moldagem afastada da linha de centro

    (evitando uma ferramenta excntrica). Os bicos podem se estender diretamente

    para a cavidade, para dar um molde sem canal de injeo, conforme mostrado

    em (D) ou pode ser encurtado para dar um toco de canal.

    A operao dos moldes deste tipo depende de se manter o material de

    moldagem no interior do bico, numa temperatura suficientemente alta para evitar

    a solidificao, mas no to alta para possibilitar o escorrimento do material nacavidade quando a ferramenta estiver aberta. De forma anloga, o resfriamento

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    41/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 40

    no deve provocar a solidificao do bico, mas deve ser suficiente para permitir

    a solidificao da moldagem na zona de entrada.

    Figura: (A) Moldagem sem canal com bico de extenso de contato direto; (B)

    Moldagem sem canal na ferramenta de cavidades mltiplas com bicos de

    extenso mltiplos; (C)Bico de extenso com toco de canal; (D)Moldagem sem

    canal com molde de canal quente. As diversas partes e membros so

    designados da seguinte forma: a, cilindro dc aquecimento; b,placa estacionria;

    c, aquecedor de bico de extenso; d, aquecedores; e, bico de extenso; f, bicos

    mltiplos de extenso e distribuidor; g, tocode canal; h,espaadores isolantes; j,distribuidor de canal quente e bicos.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    42/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 41

    Figura: Bico de injeo direto

    Esses requisitos significam um controle preciso do aquecimento do bico,

    rea mnima de contato entre o bico e a ferramenta, e controle da temperatura

    do molde. A manuteno contnua do ciclo de moldagem essencial porque os

    ciclos errticos no atrapalhem o ajuste crtico de calor, especialmente nos

    moldes sem canal de enchimento.

    O primeiro requisito preenchido pela utilizao de controladores

    adequados no distribuidor separado e no sistema de aquecimento do bico e,

    usual a colocao de um termopar to prximo quanto possvel da extremidade

    do bico. A reduo das perdas de calor conseguida por meio de reas de alvio

    de material nos pontos de contato entre o bico e a ferramenta, e a isolao

    adequada entre o bico de extenso ou distribuidor quente e o restante da

    ferramenta. O controle da temperatura do molde requer que os canais de

    resfriamento estejam to prximos quanto possvel da rea do bico, e que a

    temperatura do meio de resfriamento possa ser controlada apropriadamente. Em

    alguns casos, o resfriamento diferencial entre as reas adjacentes ao bico e o

    restante da ferramenta pode ser necessrio, porque o resfriamento numa

    temperatura pode ser satisfatrio para evitar a solidificao do bico, mas pode

    ser muito alta para uma temperatura total do molde, que permita a solidificao

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    43/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 42

    suficientemente rpida da moldagem. Assim, usam-se circuitos separados

    nessas duas reas.

    O bico deve ser isolado efetivamente da cavidade, por meio de uma folga

    de 0,8 a 1,5 mm, que preenchida com plstico fundido na injeo. O bicoquase atinge a cavidade, sendo uma entrada usinada na mesma. Na injeo, o

    resfriamento da pelcula isolada atravs do orifcio do bocal limitado pela

    isolao existente e levada na injeo seguinte.

    A manuteno crtica do ajuste da temperatura no bico do molde sem

    canal de injeo facilitada se a moldagem for produzida com um canal curto

    (toco), e esse comprimento freqentemente preferido. No caso das

    ferramentas de cavidades mltiplas, particularmente, tais moldes tambm

    economizam todo o sistema de canais frios, com a vantagem de condies mais

    fceis de trabalho.

    O projeto de um molde de canal quente ou sem canal necessita de

    ateno a diversos pontos de detalhes da construo, alm daqueles de

    aquecimento e resfriamento.

    O controle de qualquer vazamento de material de moldagem, no interior

    do molde, de importncia capital. Tal vazamento pode ocorrer na juno do

    bico e ferramenta, mas tambm pode aparecer nas juntas entre os bicos de

    extenso e o distribuidor de canal quente, e entre estes o cilindro de injeo. No

    projeto da ferramenta, til considerar tais possibilidades e, primeiramente,assegurar que tal vazamento possa ser prontamente detectado e, em segundo

    lugar, prover os meios de eliminao de tal vazamento para fora da ferramenta,

    sem afetar o sistema de aquecimento ou interferir com a operao do molde. Se

    a ferramenta ficar bloqueada pelo material de vazamento no detectado e retido,

    haver considervel trabalho e conseqente perda de tempo. Por isso,

    essencial a ajustagem e aperto das partes do sistema de canal quente, incluindo

    a solda ou construo slida quando possvel. Deve-se empregar o nmero

    mnimo de partes que devam ser ajustadas.Para evitar o vazamento para trs do bico, no apenas deve ser bom o

    contato das faces mas, deve ser mantida presso suficiente entre, o bico e a

    ferramenta. Entretanto, essa presso no deve ser excessiva, para que no haja

    recalque do bico na ferramenta com a provvel

    distoro da superfcie da cavidade do molde em

    torno da entrada. Pelas mesmas razes, deve-se

    ter cuidado com uma ferramenta de cavidades

    mltiplas, para que todos os bicos se assentem naferramenta ao mesmo tempo. De outra forma,

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    44/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 43

    ocorrer o vazamento ou presso excessiva ter de ser aplicada aos bicos

    maiores, para assegurar o assentamento dos mais curtos. Tais discrepncias de

    comprimento podem aparecer se os bicos de extenso no forem feitos ou

    ajustados apropriadamente ou feitos de vrias peas ajustadas.

    Com distribuidores grandes, o efeito da expanso trmica deve ser

    considerado, porque isto pode acarretar distoro do bico, onde um extremo

    mantido na sede e o outro se move para fora medida que o distribuidor se

    aquece. Um mtodo para evitar isto consiste em fazer uma face plana no bico

    que firmemente mantido contra uma parede plana. O orifcio na sede feito

    maior do que o do bico. Assim, quando o distribuidor se expande, as faces

    planas deslizam entre si sem impedir a passagem.

    No caso dos distribuidores flutuantes, o sistema de canal quente

    carregado pelo cilindro de injeo, com os bicos fazendo contato com aferramenta. A presso de contato transmitida ao cilindro de aquecimento, e

    nenhum outro contato ou suporte substancial feito entre o molde e o sistema

    de canal quente. Isto diminui os problemas de isolao de calor, mas significa

    que a ferramenta e o sistema de canal quente so duas partes separadas.

    freqentemente prefervel construir o sistema de canal na ferramenta como uma

    unidade. A isolao trmica feita por meio de um espao de ar entre os

    distribuidores de canal quente e o bico de extenso, exceto para os pontos

    locais, onde o contato e a montagem so feitas por meio de apoios. Essesapoios so colocados atrs do distribuidor de canal quente (entre este e a placa

    de suporte), opostos a cada bico de extenso e, um apoio simples na frente do

    distribuidor oposto entrada do cilindro de aquecimento. Os primeiros so para

    suportar e resistir a presso dos bicos de extenso e das cavidades, e o ltimo

    para evitar o movimento para frente do canal quente e para suportar qualquer

    presso transmitida pela unidade de injeo. Esses apoios podem ser de

    amianto duro ou mesmo de ao.

    Alm do espao de ar de isolao, deve-se prover amplo resfriamento

    com gua na placa das cavidades adjacente ao distribuidor. A montagem do

    sistema de canal quente na ferramenta deve ser exata para assegurar o contato

    apropriado entre os bicos e a ferramenta.

    No caso das ferramentas que empregam um bico de extenso direto do

    cilindro de aquecimento, o acesso aos aquecedores para manuteno pode ser

    facilmente conseguido pelo recuo da unidade de injeo ou movimento da placa

    estacionria.

    No caso dos moldes que empregam um sistema de canais quentes

    integrados, deve existir um acesso semelhante, porque a remoo e

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    45/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 44

    desmontagem da ferramenta para substituio do elemento queimado pode ser

    difcil.

    Figuras: Vistas do distribuidor de canal quente em cruz.

    O distribuidor montado de encontro placa de suporte, sendo separadopor espaadores isolantes, e sua posio para frente mantida por uma parte

    elevada no centro que se apia na placa de acesso. Alm desses apoios de

    localizao, o distribuidor isolado em volta por meio de um espao de ar. Os

    bicos de extenso, em si, so aquecidos por meio de aquecedores eltricos de

    cinta. O acesso imediato aos bicos e aquecedores conseguido por meio de

    uma placa. Esta placa de acesso presa por parafusos de encontro placa

    estacionria, quando em uso normal, e retm a forma macho. Se for necessria

    a inspeo ou manuteno dos aquecedores, ou se ocorrer um vazamento, osparafusos da placa de acesso so removidos e invertidos para fixar a placa de

    acesso na placa mvel.

    Nos moldes em que so empregadas cintas de aquecimento dos bicos,

    estes so feitos de cobre-berlio. Quando inmeros bicos forem cogitados (por

    ex., nas ferramentas grandes de cavidades mltiplas), difcil a manuteno das

    timas condies de temperatura em cada entrada. Nesses casos, de boa

    prtica prover cada aquecedor de bico com um controle de temperatura

    individual.

    A seguir mostrado o esquema de montagem de bucha quente e

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    46/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 45

    manifold:

    Bicos longos do distribuidor so necessriosa fim de estender a profundidade do nc

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    47/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 46

    ferramenta que fica no lado estacionrio. Isto deixa o distribuidor e os blocos

    espaadores (colunas) do lado fixo como os bicos de extenso salientes, com

    acesso total aos mesmos. A manuteno pode ser rapidamente executada sem

    a necessidade de remoo e desmontagem da ferramenta. Deve ser observada

    a proviso de bastante gua de resfriamento, sendo os canais usinados nos

    blocos e vedados entre si por meio de anis de borracha.

    Uma variante da ferramenta de canal quente, que foi originalmente desen-

    volvida para tirar vantagem das boas propriedades isolantes do polietileno, a

    ferramenta de canal de distribuio isolado. Nesse molde, os canais na ferra-

    menta do tipo de trs placas so consideravelmente maiores em dimetro. A

    terceira placa fixa com a placa estacionria. Quando o material plstico inje-

    tado, a camada externa do canal se solidifica, mas o ncleo permanece fundido

    para a prxima injeo. Nos ciclos subseqentes, a camada externa inicial per-manece no lugar como um isolante e o material novo flui continuamente pelo

    ncleo quente, enquanto o ciclo for mantido. Desta maneira evitada a necessi-

    dade de remoo do sistema de canais, inerente ferramenta de trs placas.

    Uma tcnica usada mais extensamente empregada com uma

    ferramenta de duas placas, entrada central e cavidade simples. Por esse meio, a

    entrada restrita com as condies de alimentao quase direta pode ser

    conseguida simplesmente numa ferramenta de duas placas. A conicidade inver-

    tida no canal permite a remoo rpida pela separao do bico da bucha docanal, no caso de ocorrncia de solidificao.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    48/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 47

    5.5 Molde de Extrao por Seguimentos

    Utilizado na moldagem de peas complexas por exemplo, peas com

    reentrncias no lado interno.

    Figura:Exemplo de extrao por etapas: 1) placa de montagem da cavidade; 2)

    placa de montagem dos machos; 3) coluna-guia; 4) postio de centragem

    cnico; 5) postio; 6) coluna-guia; 7) anel de extrao; 8) anel de extrao; 9)

    tirante de extrao; 10) coluna distanciadora; 11) vlvula pneumtica.

    5.6 Molde de Pisos Mltiplos (sandwich)Em moldes de pisos (placas mltiplas), praticamente dois ou mais moldesem srie so montados no sentido do fechamento, sem que seja necessrio o

    dobro de fora de fechamento do equipamento. A condio prvia para este tipo

    de molde uma elevada quantidade de peas relativamente fceis, como, por

    exemplo, peas de forma plana ou tampas. Como vantagem essencial,

    importante mencionar os baixos custos de produo. Os moldes de placas

    mltiplas hoje so equipados, sem exceo, com sistemas de canal quente com

    extremas exigncias, principalmente no que se refere ao equilbrio trmico.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    49/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 48

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    50/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 49

    CONSTRUES ESPECIAIS

    6.1 Moldes com machos perdidos (ncleo termo-fusvel)

    A tcnica de machos perdidos se utiliza para a fabricao de peas cominteriores ou contra sadas no desmoldveis. Aqui se usam ligas reutilizveis

    com um ponto de fuso muito baixo baseadas no zinco; bromo, bismuto, cdmio,

    ndio e antimnio, que segundo sua composio, se fundem a temperaturas

    muito diferentes (o ponto de fuso mais baixo de 50 C). Mediante aplicao

    de calor (por exemplo, aquecimento por induo), o macho metlico pode ser

    extrado da pea injetada com muitos poucos restos de impurezas e resduos da

    injeo.

    6.2 Moldes prottipo de alumnioA liga de alumnio-zinco-magnsio-cobre um material idneo termo-

    endurecvel para a fabricao de prottipos, e tambm para fabricao de sries

    pequenas e medianas. As vantagens de utilizar este material so a reduo de

    peso, fcil homenagem e boa conduo trmica em relao ao ao, enquanto as

    desvantagens so a baixa resistncia mecnica, baixa resistncia ao desgaste,

    pouca rigidez como consequncia do baixo mdulo de elasticidade e o relativo

    elevado coeficiente de dilatao trmica. Cabe a possibilidade de combinar

    vantajosamente as propriedades do alumnio com o ao.

    6.3 Moldes prottipo de plsticoPara reduzir os elevados custos de mecanizao na fabricao de

    moldes, pode-se aplicar resinas endurecidas com moldes sensveis. Reforando

    estes moldes com elementos metlicos ou com fibras de vidro, estas resinas

    podem cumprir tambm exigncias mais elevadas. Tem de se ter em conta

    baixa resistncia ao desgaste das resinas. Os moldes fabricados desta forma s

    6

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    51/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 50

    servem para a fabricao de prottipos ou para a fabricao de sries reduzidas

    de injeo.

    6.4Moldes para injeo auxiliada por gsA injeo de gs feita:Junto com o material plstico, no mesmo ponto de entrada (bico de

    injeo)

    Em forma separada do material plstico

    Existem motivos para as duas verses de injeo de gs. A injeo

    atravs do bico injetor da mquina especialmente vantajosa e recomendada

    em produtos grossos, hastiformes. Com isso o molde no precisar de

    execues especiais. tambm oferece vantagens quando o ponto de entrada de

    gs deve ser lacrado aps a injeo. Isso possvel com uma segunda injeo

    seqente, atravs do canal de injeo que permaneceu oco.

    Injeo Convencional

    Injeo auxiliada por gs

    6.4.1 Bicos injetores da mquina

    O bico aberto empregado sempre que o material plstico no exige um

    bico de fechamento. Esse bico pode ser empregado como substituto do bico

    injetor normal da mquina.

    Processo de injeo com gs entre a pea e a parede do molde

    Em oposio ao processo de injeo do gs no interior da pea, o gs

    no injetado ao interior do material plastificado, entre parede do molde e a

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    52/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    53/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 52

    O recobrimento de poucos microns de espessura, melhora alm da

    resistncia ao desgaste e corroso, a desmoldagem de peas e a limpeza do

    molde.

    7.3 Desmoldagem / sada de gasesSegundo a geometria da pea e do tipo de material a injetar se tem de

    prever diferentes ngulos de moldagem que podem estar entre 1 e 3.

    Ao desmoldar as peas de termofixos, elas no esto completamente

    endurecidas e so relativamente frgeis. Por isso, deve-se prever extratores

    suficientes ou superfcies para outros elementos de extrao para evitar danos

    pea durante a extrao.

    Alm da extrao, os extratores tm de cumprir a funo de purgar a

    cavidade de gases durante a fase de injeo. Este o motivo pelo que osextratores tm de situar-se atrs de nervuras ou setores de perfil profundo onde

    possam produzir bolsas de gases.

    Deve ser evitado extraes foradas de contra sadas devido a

    insuficiente tenacidade de peas de termofixo.

    A espessura dos canais de sada de gases tem de oscilar entre 0,01 e

    0,03 mm. Estes canais devem ser bem polidos para desmoldar completamente a

    rebarba ali produzida.

    7.4 Aquecimento

    Para obter uma homogeneidade trmica suficiente aplicado um sistema

    de aquecimento formado por resistncias localizadas nas placas porta cavidades

    e porta moldes. Para cada circuito de regulagem tem de se dispor um termopar

    situado entre o elemento calefator e a zona conformadora da pea.

    Os moldes devem ser equipados com placas de isolamento, para evitar

    perdas de calor e com elas, diferenas de temperatura resultantes. Tais placaspodem ser instaladas entre as placas de fixao do molde e da mquina, entre

    as placas porta cavidades e em possveis setores mveis do molde.

    7.5 Construo das entradas e canais de injeo

    Basicamente pode-se aplicar todos os tipos de entradas conhecidas na

    injeo de termoplsticos, igual a estes, o tipo de disposio das entradas

    influem nas propriedades fsicas das peas injetadas. A diferena dos pontos de

    injeo de termoplsticos, que devem ser o maior possvel para evitar

    degradar o material por causa de efeitos de cisalhamento ou atrito, no caso dos

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    54/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 53

    termofixos as entradas tem a finalidade de elevar a temperatura do material pelo

    atrito.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    55/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 54

    ASPECTOS FUNDAMENTAIS NA

    CONSTRUO DE MOLDES

    O caminho do material at a cavidade tambm merece ateno especial.

    O tipo do canal de distribuio e do ponto de injeo influi em aspectos como:

    Produo econmica; Propriedades da pea injetada;

    Estabilidade dimensional;

    Unies das linhas de fluxo;

    Acabamento da pea injetada;

    Tenses do material, etc.

    7.1 Fluxo de Material

    O sucesso do processo de injeo de termoplsticos estdiretamente ligado ao comportamento do polmero durante o

    preenchimento do molde.

    As propriedades de uma pea moldada dependem de como este moldado

    feito. A medida que o polmero comea a penetrar no molde, resfria-se muito

    rapidamente, formando numerosas camadas solidificadas junto s paredes frias

    do molde, passando a se locomover pela parte central da cavidade que

    permanece fundida.

    Inicialmente a camada congelada muito fina, e a troca de calor entre o

    polmero fundido e o molde maior. Isto resulta em mais polmero sendo

    solidificado, aumentando a espessura desta camada e, conseqentemente,

    diminuindo a rea do ncleo por onde o polmero fundido passa.

    As camadas do polmero no se movem mesma velocidade, pois ocorre

    um arrastamento das camadas, uma sobre as outras, resultando atrito entre as

    molculas (figura abaixo).

    7

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    56/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    57/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 56

    A contrao do produto sempre ocorrer por sobre o macho afastando-se

    da cavidade facilitando a extrao, pelo fato do sistema extrator localizar-se do

    lado mvel. A medida final do molde ser obtida de acordo com a seguinte

    formula:

    Onde:

    D = Dimenso final do molde em mm.

    P = Dimenso do produto em mm.

    S = Valor da contrao em porcentagem (%).

    7.2 Tolerncias dimensionaisAs tolerncias dimensionais solicitadas no desenho de produto devem

    garantir trs fatores de muita importncia na fabricao do molde e na produo

    das peas:

    Variao de contrao no processo: os valores indicados pelo fabricante

    so obtidos atravs de testes efetuados em condies especificas, e no

    possuem as mesmas condies particulares da maquina injetora, podendo

    haver diferenas.

    ngulos de sada: conicidade obrigatria para tomar possvel a extraodo produto dos machos.

    Tolerncias de variao na confeco das cavidades: considerando-se que

    impossvel obtermos peas opinadas com tolerncias zero, devemos

    prever os desvios no processo de homenagem das cavidades. Em casos

    que temos tolerncias pequenas podemos prever um sobremetal nas

    peas usinadas de forma que possa ser retirado material (ao) para

    possibilitar a adequao do molde aps o exame dimensional do produto.

    Para tal devemos executar os machos dentro das tolerncias mximas e ascavidades dentro das tolerncias mnimas

    Verifique o exemplo abaixo:

    Material Polipropileno contrao 0,4%

    Para se obter uma constante e tomar os clculos mais geis podemos usar:

    Constante 1,004

    Tolerncia = +1- 0,1

    D = P + S

    X = 1 + %100

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    58/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 57

    Para determinarmos as medidas para o molde, devemos inicialmente jogar com

    as tolerncias do produto, observando sempre que no macho as tolerncias vo

    para mais e na matriz as tolerncias vo para menos. Disso resulta que

    devemos proceder da seguinte maneira:

    Produto

    Medidas para cavidade:

    _ Medidas da Matriz

    25 0,1 toler. = 24,9 x 1.004 = 24,99

    12 0,1 toler. = 11.9 x 1.004 = 12,12

    R2 x 1.004 = 2,01 (arredondamento)

    R4 x 1.004 = 4,02 (arredondamento)

    _ Medidas para o macho

    21 + 0,1 toler. = 21,1 x 1.004 = 21,18

    10 + 0,1 toler. = 10,1 x 1.004 = 10,14

    Cavidades

    A ferramenta fmea pode ser construda pela usinagem de um bloco

    massio de ao, eventualmente com a utilizao de insertos, ou pela

    composio de blocos usinados separadamente.

    Sempre que possvel, toda a altura do molde deve ser produzida no

    molde fmea, a fim de evitar a formao de linhas de rebarba e para dar maior

    resistncia ferramenta. s vezes a usinagem nestas condies no possvel,

    e a sub-diviso da altura da pea entre as duas partes da ferramenta se torna

    invivel.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    59/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 58

    A fim de assegurar a correo da usinagem usual produzir-se antes um

    modelo da pea a produzir, em um material de fcil usinagem (alumnio, lato),

    que progressivamente comparado com modelos em gesso duro, sem

    contrao, extrados da ferramenta que se est usinando.

    No caso de perfis complicados, a usinagem pode ser grandemente

    facilitada fazendo-se a composio de insertos. A utilizao de insertos

    apresenta as seguintes vantagens:

    usinagem facilitada de blocos individuais,

    polimento facilitado nas faces,

    possibilidade de substituio de insertos no caso de dano ou modificaes de

    projeto.

    Como desvantagens, porm, tem-se a necessidade de uma carcaa para

    servir de base para os insertos e um tamanho normalmente maior da ferramentaem face da espessura combinada dos insertos e da carcaa.

    Cavidade de forma complexa e profundidade varivel so confeccionados

    a partir de blocos individuais de usinagem mais fcil.

    7.2 Canal de injeo7.2.1 Canal de Injeo Principal ou Canal de Alimentao

    De um modo geral, os moldes podem possuir vrias cavidades ou

    cavidade nica. Nesse ltimo tipo de molde, a alimentao poder ser feita peloprprio canal de injeo principal (figura abaixo), suprimindo os canais de

    distribuio e os pontos de injeo. Este artifcio geralmente aplicado em

    peas de parede de espessura relativamente grossa e tambm para a

    transformao de materiais de elevada viscosidade.

    No projeto deste tipo de canal deve haver um ajuste perfeito do bico de

    injeo da mquina ao bico de injeo do molde, evitando a ocorrncia de

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    60/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    61/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 60

    situao, todas as cavidades de um molde mltiplo sejam preenchidas de forma

    simultnea e homognea (supondo que as cavidades sejam idnticas).

    Geralmente os canais de distribuio localizam-se na placa mvel do

    molde e dispensam polimento especial.Nos moldes de cavidades mltiplas, recomenda-se prolongar os canais de

    distribuio principais para alm do ponto de juno dos ltimos canais. Este

    prolongamento, denominado poo frio, tem a funo de reter a primeira poro

    de material que, sendo mais fria, prejudicaria a qualidade do produto.

    7.2.3 Entradas ou Pontos de Injeo

    Devem ser localizados criteriosamente de modo a facilitar o fluxo e a

    distribuio do material na cavidade e a evitar que o material penetre nela em

    forma de jato. Isso provocaria tenses internas e mau acabamento superficial da

    pea.

    Sempre que possvel, o ponto de injeo deve localizar-se o mais perto

    possvel do centro da cavidade, a fim de assegurar um preenchimento uniforme.

    Em geral o ponto de injeo localiza-se na regio de maior espessura da

    pea, fazendo com que o material flua progressivamente para as regies de

    menor espessura.

    Na produo de peas grandes ou retangulares, recomenda-se a

    utilizao de vrios pontos de injeo para se obter preenchimento e presso de

    recalque uniforme. Neste caso essencial evitar marcas crticas provocadas por

    linhas de emenda ou linhas de solda.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    62/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    63/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 62

    Este tipo de entrada possui seo de admisso relativamente pequena e

    utilizada normalmente em moldes de duas placas para produo de peas de

    paredes finas. Possui a vantagem de reduzir o tempo total do ciclo, pois a

    entrada se solidifica rapidamente aps o material parar de fluir. Alm disso, a

    entrada pode ser cortada ou removida com perfeio, melhorando o aspecto do

    produto sem requerer operaes de acabamento.

    Normalmente, faz-se o dimetro de entrada igual metade da espessura

    da pea no ponto de injeo.

    As entradas restritas devem ser

    posicionadas de maneira que o fluxo de

    material seja direcionado

    perpendicularmente a uma das paredes do

    molde, a fim de evitarem-se marcas de fluxoindesejvel, provocado pelo esguichamento

    do material.

    7.5 Entrada capilar:

    utilizada geralmente em moldes de trs placas ou em moldes de

    cavidade nica, alimentados diretamente pelo bico da injetora, nas moldagens

    de peas de paredes finas e nos casos em que a marca de alimentao dever

    ser a menor possvel, como nos casos das peas que necessariamente deveroser alimentadas por uma face visvel.

    A entrada capilar origina um fluxo turbulento que pode ocasionar marcas

    de fluxo do material plstico, principalmente nas proximidades da entrada. Para

    compensar este inconveniente, recomenda-se aumentar a espessura do produto

    na regio do ponto de injeo.

    A utilizao de entrada capilar dificulta a aplicao do recalque pea.

    Portanto recomenda-se evitar sua utilizao em peas com espessura de

    paredes acima de 2,5 mm.

    A entrada capilar possibilita que as peas se separem de forma

    automtica.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    64/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 63

    7.6 Entradas auto-extraveis ou submarinas:So utilizadas em moldes automticos de alta produtividade, pois o

    produto j sai acabado.

    Estas entradas so submersas e perfuradas em ngulo, terminando em

    arestas finas que so cortadas automaticamente durante a extrao do produto.

    A entrada submarina adequada para a injeo lateral das peas. Sem

    considerar os possveis problemas por obstruo precoce, a entrada submarina

    permite sees muito pequenas e, com isso, se conseguem marcas residuaisquase invisveis sobre a pea.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    65/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    66/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 65

    trabalho, tais como temperatura e velocidade, porm, em muitos casos, significa

    um molde mais complexo e maior.

    7.5 Reteno dos Canais de Injeo (Poo frio)Para que os canais de injeo e distribuio possam ser retirados do

    molde, necessrio que sejam retidos e arrastados pela placa mvel. A funo

    do poo frio captar a frente fria da massa a ser injetada, reter os canais de

    injeo na parte mvel do molde e sacar o resduo da bucha injetora, por isso

    temos este detalhe com um ngulo reverso que funciona como reteno do lado

    da extrao.

    Tipos mais usados:

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    67/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 66

    8. Controle de Temperatura nos Moldes de Injeo

    Um correto resfriamento do molde essencial para aperfeita moldagem por injeo.

    A posio dos canais de refrigerao depende de requisitos tcnicos e

    consideraes econmicas. A fabricao de um molde com apropriado sistema

    de refrigerao normalmente muito caro, mas esses custos so compensados

    pela qualidade das peas e pelo ciclo rpido de injeo alcanado.

    A rentabilidade do molde pode ser muito influenciada desta forma. Os

    moldes para injeo de termoplsticos amorfos no so necessariamente

    adequados para a injeo de materiais parcialmente cristalinos. Uma maior

    contrao durante o processo, tal como acontece com os materiais parcialmentecristalinos, tem que ser compensada, na maioria dos casos, com uma

    distribuio de temperatura mais homognea e mais intensiva. A distribuio de

    temperatura no deve ser alterada pela situao de extratores, gavetas. etc.

    Alm disso, a mxima diferena entre a temperatura de sada e a de entrada do

    meio refrigerante no deveria passar dos 5C. Desta forma praticamente

    impossvel a unio em srie de vrios circuitos de refrigerao. Na maioria dos

    casos a melhor alternativa a conexo em paralelo destes circuitos ou a

    aplicao de circuitos individuais com dispositivos de ajuste separados. Acontrao durante o resfriamento funo direta da temperatura da parede do

    molde. Diferenas de temperatura no molde e/ou diferentes velocidades de

    resfriamento podem ser responsveis por empenamentos e deformaes da

    pea.

    Se a gua usada como meio de refrigerao, a corroso, e o depsito

    de calcrio nos canais de distribuio tm que ser evitados, j que, desta forma,

    a intensidade da transmisso trmica no molde reduzida.

    Todo sistema de resfriamento de molde deve ser projetado de maneira que omaterial fundido tenha uma temperatura uniforme em todos os seus pontos at a

    concluso do processo de injeo. As sees do molde mais prximas dos

    pontos de injeo que so mais aquecidas pelo fundido exigem resfriamento

    mais intensivo do que as regies mais afastadas do ponto de injeo.

    A utilizao de canais de resfriamento em paralelo deve ser evitada para

    peas axialmente simtricas. Nestes casos recomenda-se a utilizao de

    sistemas de refrigerao em espiral. O fluido de resfriamento deve entrar no

    molde pelo centro da espiral. medida que flui na direo da borda do molde,sua temperatura aumenta, equilibrando a temperatura do material fundido no

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    68/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 67

    molde.

    Para peas retangulares, recomenda-se a utilizao de canais de

    resfriamento direcionados longitudinalmente cavidade do molde. A relao

    entre o dimetro dos canais e a distncia entre os centros deles deve ser

    aproximadamente 1:5 (por exemplo, distncia entre canais = 50 mm - dimetro

    do canal = 10 mm).

    O lquido refrigerante deve entrar no sistema pelo ponto mais baixo do

    circuito e sair pelo ponto mais alto, de modo a evitar a reteno de ar preso nos

    canais que tem efeito isolante, prejudicando o resfriamento.

    O empenamento das paredes laterais de peas retangulares

    freqentemente causado por deficincias do resfriamento. A parede de um

    recipiente geralmente abala na direo do lado mais quente do molde. Se as

    paredes empenam para dentro, o ncleo do molde necessita resfriamento

    intensivo e vice-versa.

    preciso, contudo, observar:

    a) O duto de resfriamento no dever estar demasiado prximo (o que geraria

    pontos frios e falhas de moldagem) nem afastado (ao insuficiente) da

    superfcie de moldagem, recomendando-se afastamentos da ordem de 24 a

    45 mm;

    b) O fluxo do fludo refrigerante deve ser suficiente para garantir a eficincia dosistema de refrigerao sob a condio de mxima produo;

    c) A fim de no obstruir a liberdade de acesso do operador mquina, as

    conexes de entrada e sada do fludo refrigerante devem ser dispostos de

    um mesmo lado do molde;

    d) A temperatura de diferentes regies do molde deve ser, tanto quanto

    possvel, homognea;

    e) Materiais como polietilenos, que so mais suscetveis s distores, devem

    Ter um fluxo de resfriamento que coincida com o fluxo de material;

    f) A refrigerao deve assegurar que a solidificao tenha incio nas partes

    mais afastadas, e termine no canal de alimentao, do contrrio ocorrero

    bolhas e chupagens.

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    69/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    70/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 69

    8.1.2 Sistema de Refrigerao com Laminas ou chicanas

    8.1.3 Sistema de Refrigerao de Cascata e Pino e Cobre Berlio ou

    Cpsula

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    71/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    72/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 71

    8.1.5 Sistema de Refrigerao lateral para cavidades Redondas

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    73/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 72

    Elementos do Molde

    Funo dos elementos do molde:

    Placa Base Superior

    Fixao do molde na parte fixa da injetora atravs de garras. Neste elementoesto fixados o anel de centragem e a bucha injetora.

    Anel de Centragem

    Responsvel pela centralizao do molde na injetora e fixao da bucha injetora.

    Bucha de injeo

    Faz a ligao do bico do cilindro de injeo com o interior do molde.

    Porta Cavidade

    Placa onde so insertas as cavidades em forma de canecas ou placas inteirias.

    Alojam-se em suas laterais as colunas do molde, responsveis em guiar a parte

    superior com a inferior do molde. E possibilita a conexo dos bicos de

    mangueira.

    Porta Macho

    Placa onde so insertados os machos em forma de postios. Alojam-se em suas

    laterais as buchas das colunas do molde para ocorrer o deslizamento no

    momento da abertura e fechamento. A linha de fechamento acontece nas faces

    das placas porta machos e cavidades.

    Placa Suporte

    Elemento fixado sobre os calos com a funo de suportar a presso de injeo

    que incide sobre a rea projetada no momento do preenchimento das cavidades,

    devendo ser previamente calculada sua espessura e prever suportes pilares que

    servem de sustentao para a placa suporte evitando sua deformao.

    8

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    74/132

  • 7/22/2019 Ferramentaria - Moldes Para Plsticos

    75/132

    Escola SENAI Mario Amato Ferramenteiro de moldes para plsticos

    NTP Ncleo de Tecnologia do Plstico 74

    Evita sujeira sob as placas extratoras, facilitam o ajuste e perpendicularidade em

    relao aos elementos extratores.

    Placa Base Inferior

    Realiza a fixao do molde na parte mvel da injetora atravs de garras.

    Olhal

    Elemento para acoplamento do gancho da talha para transporte.

    Tubo Trava

    Posiciona o conjunto inferior (placa suporte, espaador e placa base inferior). As

    demais placas so posicionadas com as cabeas de buchas e colunas. Pode-se

    usar pinos de guia em substituio dos tubos.

    Pino de Retorno

    Levam as placas extratoras ao lugar correto aps o fechamento, evitando que

    fiquem avanados no momento da injeo.

    Mola

    Elementos espirais que re