apostila ferramentaria

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ENSINO A DISTÂNCIA CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE MÁQUINAS CAD-APMQ MÓDULO 1 FERRAMENTARIA MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO 2001

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Ferramentaria

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Page 1: APOSTILA FERRAMENTARIA

ENSINO A DISTÂNCIA

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE MÁQUINAS

CAD-APMQ

MÓDULO 1

FERRAMENTARIA

MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO

2001

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Parabéns pela sua opção pelo estudo e aperfeiçoamento de sua profissão. O conhecimento, além de abrir as portas para sua ascensão na carreira, aumenta a sua auto-estima, dando-lhe condição de realizar seu trabalho com a segurança de quem sabe o que faz.

A Diretoria de Portos e Costas, na sua constante busca pela melhoria da Segurança do Trafego Aquaviário, está investindo na qualidade da sua formação profissional, oferecendo-lhe esta oportunidade de estudar no seu ambiente de trabalho, que servirá como um laboratório para você exercitar os seus conhecimentos.

Acreditamos que a sua paixão pelas máquinas, aliada à vontade que você tem de crescer profissionalmente serão, sem dúvida alguma, os ingredientes mais importantes na receita do seu sucesso.

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Page 4: APOSTILA FERRAMENTARIA

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INTRODUÇÃO

Você, aluno-leitor, já deve ter percebido que a bordo dos navios existe uma grande quantidade de máquinas, motores e equipamentos mecânicos que exigem manutenção permanente.

Se você já teve a oportunidade de auxiliar no reparo de um desses equipamentos, estará lembrado de que foram retiradas porcas, parafusos, e estojos e até mesmo peças danificadas para serem substituídas.

Essas porcas, parafusos e estojos, para serem recolocados, precisam ter os mesmos diâmetros e os mesmos comprimentos. As chaves utilizadas nos ajustes desses dispositivos têm de ser específicas para cada porca e parafuso. As peças a serem substituídas, muitas das quais são confeccionadas na própria oficina do navio, possuem medidas rigorosas e até mesmo medidas de alta precisão.

Nessas ocasiões, os instrumentos de medida ocupam posição de destaque.

Para que o nosso equipamento volte a funcionar com perfeição, o nosso operador deverá medir com muita precisão cada uma dessas peças.

São utilizadas, então, as escalas de aço, o compasso, o calibre vernier e o micrômetro, que são instrumentos que ocupam os principais temas do nosso manual de consultas.

Nosso principal objetivo é proporcionar a você, aluno-leitor, a capacidade de pesquisar, ler, superar por si só dificuldades elementares, assim como adquirir autoconfiança e habilidade no manuseio, como também o correto procedimentos na conservação desses instrumentos.

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BREVE HISTÓRICO SOBRE OS INSTRUMENTOS DE MEDIDA

O homem nos primórdios da civilização, há cerca de 400 a.C. usava partes do corpo para determinar medidas de comprimento. Desse modo, surgiram como medidas padrão a polegada, mão, palmo, pé, cúbico, braça e jardas. Mas como as pessoas têm mão, pé, braços diferentes umas das outras, essas diferenças causaram enormes confusões no resultado da medida.

O Côvado

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10

Diante desse problema, os egípcios criaram um padrão único. Em lugar do seu próprio corpo, passaram a usar barras de pedra com o mesmo comprimento, surgindo desse modo o cúbito padrão. Com o tempo, as barras passaram a ser de madeira, para facilitar o transporte. Mas tarde, foram gravados, nos principais templos religiosos, o comprimento do cúbito padrão, para servir de referência às barras desgastadas com o tempo, ou para quando fosse necessário.

Naturalmente esses instrumentos não eram de grande precisão de medida.

Em 1790, na França, foi aprovada uma lei que estabelece a nova unidade de medida, que passou a ser chamada de metro (termo grego que significa medir).

O metro, como unidade de medida fundamental na França, assim como a polegada adotada na Inglaterra e nos Estados Unidos, trouxe progresso significativo aos instrumentos de medidas como também grande aperfeiçoamento aos métodos utilizados nos processos das medidas de precisão. Quase todas as medições comuns a uma oficina envolvem medidas de comprimento. E elas são numerosas, de modo que há uma infinidade de instrumentos, tais como: escala de aço, compasso, calibre vernier (paquímetro), micrômetro, e muitos outros que estão disponíveis para atender às necessidade das indústrias. Com isso, tornou-se possível a produção em série de peças de reposição, isto é, peças que podem ser substituídas trocadas por outras com as mesmas medidas, em um só aparelho, sem alterar as suas funções.

No Brasil, o sistema métrico foi implantado pela "Lei Imperial" no 1157, de 6 de junho de 1862. Estabeleceu-se, então, um prazo de dez anos para que os padrões antigos fossem inteiramente substituídos.

Apesar de o metro ser instituído como unidade de medida, outras ainda são usadas. Por exemplo, na mecânica, o milímetro e polegada.

O sistema inglês (polegada) é muito utilizado na Inglaterra e Estados Unidos e também no Brasil, devido ao grande número de máquinas e aparelhos procedentes desses países.

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MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO

ENSINO A DISTÂNCIA

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE MÁQUINAS

CAD-APMQ

MÓDULO 1

FERRAMENTARIA

RIO DE JANEIRO 2001

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2001 by Diretoria de Portos e Costas Todos os direitos para a língua portuguesa no Brasil reservados pela lei 5.988, de 14/12/1973, à Diretoria de Portos e Costas. Rua Teófilo Otoni, 4 – Rio de Janeiro - RJ CEP 20080-090

COORDENADOR Roberto Moreira Leal ELABORADOR Antonio Humberto Pereira CONSULTORA PEDAGÓGICA Marcela Afonso Fernandez CONSULTOR DE LINGUAGEM Luiz Fernando da Silva ILUSTRADOR Edvaldo Ferreira de Sousa Filho ARTE FINALISTA Renato Luiz Alves da Conceição FOTOCOMPOSITOR Reinaldo José Sousa Bastos

Page 10: APOSTILA FERRAMENTARIA

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 5 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7 BREVE HISTÓRICO SOBRE INSTRUMENTOS DE MEDIDA ...................................... 9 1. ESCALA GRADUADA ................................................................................................. 11 1.1 – Identificação ....................................................................................................... 13 1.2 – Finalidades ......................................................................................................... 13 1.3 – Tipos de escala graduada ................................................................................. 14 1.4 – Leitura da escala em milímetro .......................................................................... 15 1.5 – Leitura da escala em polegada .......................................................................... 16 1.6 – Utilização prática ............................................................................................... 19 1.7 – Características da escala graduada ................................................................... 20 1.8 – Normas de conservação ..................................................................................... 20 1.9 – Exercícios propostos ......................................................................................... 21 2. COMPASSO ................................................................................................................ 23 2.1 – Identificação ....................................................................................................... 25 2.2 – Finalidades ....................................................................................................... 25 2.3 – Tipos de compasso ............................................................................................ 26 2.4 – Utilização prática ............................................................................................... 29 2.5 – Normas de conservação .................................................................................... 31 2.6 – Exercícios propostos .......................................................................................... 32 3. CALIBRE VERNIER .................................................................................................. 35 3.1 – Identificação e Nomenclatura .............................................................................. 37 3.2 – Finalidades ........................................................................................................ 38 3.3 – Tipos de calibre vernier ..................................................................................... 38 3.4 – Leituras do calibre vernier pelo sistema métrico ................................................ 40 3.5 – Transformação de medidas .............................................................................. 46 3.6 – Leitura do calibre vernier pelo sistema inglês .................................................... 48 3.7 – Utilização prática ............................................................................................. 54 3.8 – Normas de conservação .................................................................................... 56 3.9 – Exercícios propostos ......................................................................................... 57

4. MICRÔMETRO .......................................................................................................... 63 4.1 – Identificação e nomenclatura ............................................................................ 65 4.2 – Finalidades ........................................................................................................ 65 4.3 – Tipos e aplicações ............................................................................................. 66 4.4 – Princípio de funcionamento ............................................................................... 68 4.5 – Leitura do micrômetro em polegada ................................................................. 69 4.6 – Leitura do micrômetro em milímetros ................................................................. 72

Page 11: APOSTILA FERRAMENTARIA

4

4.7 – Aferição do micrômetro ..................................................................................... 76 4.8 – Utilização prática ............................................................................................... 79 4.9 – Normas de conservação .................................................................................... 79 4.10 – Exercícios propostos ......................................................................................... 80

5. FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS ...................................................................... 85

5.1 – Rosca ............................................................................................................... 87 5.2 – Macho de rosca ................................................................................................. 91 5.3 – Tarraxa de roscar .............................................................................................. 95 5.4 – Exercícios propostos ......................................................................................... 100 .

6. CONTADORES DE ROTAÇÃO ................................................................................. 103 6.1 – Identificação ....................................................................................................... 105 6.2 – Tipos de contadores .......................................................................................... 105 6.3 – Normas de conservação ...................................................................................... 108 6.4 – Exercícios propostos ......................................................................................... 109

7. GABARITOS .............................................................................................................. 111 7.1 – Unidade 1.0 ....................................................................................................... 113 7.2 – Unidade 2.0 ....................................................................................................... 115 7.3 – Unidade 3.0 ....................................................................................................... 116 7.4 – Unidade 4.0 ....................................................................................................... 119 7.5 – Unidade 5.0 ....................................................................................................... 121 7.6 – Unidade 6.0 ....................................................................................................... 122

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 123

Page 12: APOSTILA FERRAMENTARIA

11

UNIDADE 1 ESCALA GRADUADA

1.1 – IDENTIFICAÇÃO

1.2 – FINALIDADES

1.3 – TIPOS DE ESCALA GRADUADA

1.4 – LEITURA DA ESCALA EM MILÍMETRO

1.5 – LEITURA DA ESCALA EM POLEGADA

1.6 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

1.7 – CARACTERÍSTICAS DA ESCALA GRADUADA

1.8 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

1.9 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Page 13: APOSTILA FERRAMENTARIA

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Page 14: APOSTILA FERRAMENTARIA

13

graduação2mm 36mm

face 114mm 137mm

5 16

7”3 _ 8

7”2 2

1”1 32

11”1” 4

PARA QUE SERVE A ESCALA GRADUADA?

UNIDADE 1 ESCALA GRADUADA

1.1 – IDENTIFICAÇÃO

A escala ou régua graduada é um dos mais simples instrumentos de medida linear utilizado nas oficinas. É constituída de uma régua em forma de lâmina, normalmente de aço inoxidável ou aço carbono, com faces planas e paralelas, onde estão gravadas as medidas em polegada e suas frações (pelo sistema inglês) e em centímetros e milímetros (pelo sistema métrico).

A sua graduação se faz em 1/2, 1/4, 1/8, 1/16 e 1/32 da polegada e em centímetros e milímetros.

Fig. 1.1 - Escala ou régua graduada.

1.2 – FINALIDADES

A escala graduada é um instrumento de fundamental importância, utilizada nas oficinas mecânicas para medidas lineares, tais como marcar linhas, medidas de comprimento com face de referência, pontos de referência, e para regular abertura de compasso ou instrumentos utilizados para transportar medidas, quando não há exigência de precisão.

As figuras a seguir mostram como pode ser feita a leitura com as escalas graduadas.

VOCÊ CONHECE UMA ESCALA GR ADUADA?

Page 15: APOSTILA FERRAMENTARIA

14

Fig. 1.4 - Transferência de medidas.

1.3 – TIPOS DE ESCALA GRADUADA

A escala graduada apresenta-se sob vários tipos para as mais variados tarefas de medições.

ESCALA DE PROFUNDIDADE

Utilizada para medir profundidade de furos, rasgos de chavetas e outros rebaixos.

Fig. 1.6 - Régua de profundidade.

Fig. 1.2 - Medida com escala. Fig. 1.3 - Emprego da régua de aço.

Fig. 1.5 - Medida interna.

VAMOS CONHECER OS T IPOS DE ESC ALA GRADUADA?

Page 16: APOSTILA FERRAMENTARIA

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ESCALA DE ENCOSTO INTERNO

Utilizada para medir comprimento com a face interna de referência.

Fig. 1.7 - Escala de encosto interno.

ESCALA DE ENCOSTO EXTERNO

Utilizada para medição de comprimento de uma face externa com um encosto que deve estar perfeitamente no plano perpendicular à face da peça para uma boa medição.

Fig. 1.8 - Escala de encosto externo.

1.4 – LEITURA DA ESCALA EM MILÍMETRO

A leitura é feita pelo sistema métrico decimal

1 metro 10 decímetros

1 decímetro 10 centímetro

1 centímetro 10 milímetros A graduação da escala consiste em dividir 1 centímetro em 10 partes iguais.

Fig. 1.9 - Graduação de escala.

0 1 cm

COMO SE REALIZA A LEITURA DA ESCALA EM MILÍMETRO?

Page 17: APOSTILA FERRAMENTARIA

16

Na figura abaixo, temos a leitura das medidas 0 = 30, p = 34 e q = 40 milímetros

Fig. 1.10 - Leitura de medidas em espaços marcados. 1.5 – LEITURA DA ESCALA EM POLEGADA

Representação em polegada:

(") Polegada 1" = uma polegada

(IN) Polegada - 1 IN = uma polegada

Fig. 1.11 - Intervalo referente a 1" (ampliado).

As graduações da escala são feitas, dividindo-se a polegada em 2, 4, 8, 16 e em alguns casos, em 32 partes iguais.

Fig. 1.12 - Divisão da polegada nas graduações da escala.

0 1”

0 1” 1 16 1

32 3

32

COMO SE REALIZA A LEITURA DA ESCALA EM POLEGADA?

Page 18: APOSTILA FERRAMENTARIA

17

0 1

21”

A distância entre traços é igual a 1/2" (1/2 polegada). Somando as frações, teremos:

"121

21

Fig. 1.13 - Divisão de 1" por 2.

Distância entre traços é igual 1/4" (1/4 da polegada). Somando-se as frações, teremos:

1/4" + 1/4" = 1/2"

1/4" + 1/4" + 1/4" = 3/4"

1/4" + 1/4" + 1/4" + 1/4" = 1"

Observação:

Operando com frações ordinárias, sempre que o numerador e o denominador forem números que possam ser divididos, devemos simplificar a fração.

Exemplo: 42

41

41

Simplificando, teremos: 21

2422

Fig. 1.14 - Divisão de 1" por 4.

Distância entre traços é igual a 1/8. Somando, teremos:

1/8" + 1/8" = 2/8" = 1/4"

1/8" + 1/8" + 1/8" = 3/8"

1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8"= 4/8" + 1/2"

1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" = 5/8"

1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" = 6/8" = 3/4"

Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço na figura abaixo.

Fig. 1.15 - Divisão de 1" por 8.

0 1”12 3

414

0 1”12 3

4141

838

58

78

Page 19: APOSTILA FERRAMENTARIA

18

f g

h i

A distância entre traços é igual 1/16". Somando as frações, teremos

1/16" + 1/16" = 2/16" = 1/8"

1/16" + 1/16" + 1/16" = 3/16"

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço na figura abaixo apresentada.

Fig. 1.16 - Divisão de 1" por 16.

A distância entre traços é igual 1/32". Somando as frações, teremos:

1/32" + 1/32" = 2/32" = 1/16"

1/32" + 1/32" + 1/32" = 3/32"

1/32" + 1/32" + 1/32" + 1/32" = 4/32' = 2/16" = 1/8"

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada valor na figura abaixo.

Fig. 1.17 - Valor encontrado de cada traço.

Exemplo:

Na figura 18, temos as medidas f = 1 1/16", g = 1 1/4", h = 1 3/4", e i = 15/16".

Fig. 1.18 - Leitura de frações de polegadas em régua graduada.

0 1”12 3

4141

838

58

781

16316

516

716

916

1116

1316

1516

0 1” 1

16 1 32

3 32

Page 20: APOSTILA FERRAMENTARIA

19

Fig. 1.21

Fig. 1.20

1.6 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

Existe uma variedade de aplicações aos mais diversos tipos de escala graduada como

você pode verificar:

MEDIÇÃO DE COMPRIMENTO COM FACE DE REFERÊNCIA

Fig. 1.19

MEDIÇÃO DE COMPRIMENTO COM FACE INTERNA DE REFERÊNCIA

TRANSFERÊNCIA DE MEDIDA COM ESCALA EM MILÍMETRO

MEDIÇÃO DO DIÂMETRO DE UMA PEÇA

Fig. 1.22

VOCÊ SABE COMO UTILIZAR OS DIVERSOS T IPOS DE ESCALA GR ADUADA?

Page 21: APOSTILA FERRAMENTARIA

20

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA ES CALA GR ADUADA?

LEMBRETE IMP ORTANT E!

MEDIÇÃO DE COMPRIMENTO SEM ENCOSTA DE REFERÊNCIA

Fig. 1.23

1.7 - CARACTERÍSTICAS DA ESCALA GRADUADA

Ser, de preferência, de aço inoxidável. Bom acabamento. Graduação uniforme. Apresentar traços bem finos, profundos e bem visíveis.

1.8 - NORMAS DE CONSERVAÇÃO

Evitar quedas e contatos com outras ferramentas. Evitar flexioná-la, para que não se empene ou quebre. Limpá-la após o uso, removendo o suor e a sujeira. Aplicar uma ligeira camada de óleo fino após o uso.

Page 22: APOSTILA FERRAMENTARIA

21

RESPOSTAS1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

1 2 3

4 5 6

7 8 9

10

11 12 13 14

1 2 3 4 5

1 2 3 4 5 6

OBS.: REDUZA TODAS AS FRAÇÕES À FORMA MAIS SIMPLES.

1 2 3 4 5 6

AGORA, REALIZE OS EXERCÍCIOS ABAIXO PARA AVALIAR A SUA APRENDIZAGE M.

1.9 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) Como você pode observar, as figuras abaixo ilustram medidas na escala graduada em polegadas. Escreva as leituras das medidas ilustradas, nos espaços reservados para as respostas.

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22

1516

17

18 19 20

RESPOSTAS

15 16 17 18 19 20

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Page 24: APOSTILA FERRAMENTARIA

23

UNIDADE 2 COMPASSO

2.1 – IDENTIFICAÇÃO

2.2 – FINALIDADES

2.3 – TIPOS DE COMPASSO

2.4 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

2.5 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

2.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Page 25: APOSTILA FERRAMENTARIA

24

Page 26: APOSTILA FERRAMENTARIA

25

UNIDADE 2 COMPASSO

2.1 – IDENTIFICAÇÃO

Compasso é um instrumento de medida construído de aço-carbono, constituído de duas pernas, que se abrem e se fecham através de uma articulação.

As pernas podem ser retas, terminadas em pontas afiladas e endurecidas, de uma perna reta e outra curva.

O compasso de pernas retas é denominado de compasso de pontas. O com perna reta e outra curva é denominado compasso de centrar ou hermafrodita.

As pontas do compasso podem ser afiadas. A afiação é feita no esmeril ou na pedra de afiar, e se faz pela parte externa. Ao se afiar, deve-se ter o cuidado de manter as duas pernas com o mesmo comprimento, o que é importante para se obter um bom traçado.

Fig. 2.1 - Compasso

2.2 – FINALIDADES

O compasso é um instrumento destinado ao traçado de arcos, circunferência, perpendiculares, divisão de ângulos, marcação de centro, etc.

COMO VOCÊ DEFINIRIA U M COMPASSO?

PARA QUE SERVE O COMPASSO?

pino articulação

porca de regulagem

ponta

perna

Page 27: APOSTILA FERRAMENTARIA

26

É um dos mais antigos instrumentos de comparação. Depende do tato para medir uma peça, transfere a medida para uma escala graduada, calibre vernier ou micrômetro e conseguem uma boa leitura.

A abertura do compasso poderá ser medida com auxílio de uma escala

2.3 – TIPOS DE COMPASSO

Existem compassos de vários tipos, formatos e tamanhos, de maneira a serem utilizados em uma variedade de tarefas. Basicamente os principais tipos são os compassos de fricção e de mola.

COMPASSOS DE FRICÇÃO

As pernas do compasso de fricção são simplesmente articuladas, sendo a abertura mantida apenas pela fricção ou pelo aperto que se dá na articulação.

O seu uso não é recomendável, quando há necessidade de muita precisão. Existem compassos de fricção para várias modalidades de trabalhos.

COMPASSO DE PONTAS DE FRICÇÃO

Fig. 2.3

Utilizado para traçar circunferências de raios determinados e para transportar medidas lineares.

VAMOS CONHECER OS T IPOS DE COMPASSO?

Fig. 2.2

Page 28: APOSTILA FERRAMENTARIA

27

COMPASSO DE CENTRAR DE FRICÇÃO (HERMAFRODITA)

Fig. 2.4

A figura 2.4 ilustra um compasso de centrar com ponta cilíndrica ajustável utilizado para traçar centro de uma peça cilíndrica, traçar uma reta paralela a uma superfície plana.

COMPASSO DE MEDIDAS EXTERNAS

Este compasso pode ser travado pela

articulação e é provido de um parafuso que permite ajustamentos finais. Depois que as pernas são ajustadas a uma medida aproximada, o ajuste final é feito com alguns giros da porca recartilhada.

Fig. 2.5

COMPASSO DE MEDIDAS INTERNAS

Este compasso também pode ser travado pela articulação e é provido de parafuso que permite ajustamentos finais.

Fig. 2.6

Page 29: APOSTILA FERRAMENTARIA

28

COMPASSO DE MOLA

Este compasso possui geralmente um dispositivo de ajustagem constituído de um parafuso e de uma porca que dá tensão a uma mola, abrindo ou fechando as pontas, permitindo a abertura desejada. É um tipo de compasso mais utilizado devido à mola, ao parafuso e à porca de regulagem, fatores que o torna um instrumento recomendável quando há necessidade de maior precisão na medida. Como os compassos de fricção, existem compassos de molas para várias modalidades de tarefas, tais como traçar linhas, circunferências, transportar medida, etc.

Fig. 2.7

COMPASSO DE PONTAS

Utilizado para traçar circunferências, arcos de circunferências, para transportar medidas.

Fig. 2.8

O limite máximo da abertura destes compassos é determinado pelo contato das faces internas das partes superiores das pernas.

O fechamento do compasso é

determinado pelo contato das faces internas inferiores das pernas, nas proximidades das pontas.

Page 30: APOSTILA FERRAMENTARIA

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AGORA VOCÊ PODERÁ OBSERV AR OS DIFERENTES T IPOS DE UTILIZAÇÃO DO COMPASSO.

COMPASSO HERMAFRODITA

Este compasso é metade compasso de medida externa, metade compasso de ponta. É utilizado para determinar o centro de uma peça cilíndrica e traçar uma reta a uma superfície plana.

É um instrumento de maior precisão e sensibilidade que os demais. Isto se deve à ação da mola, que o mantém sob tensão, e à possibilidade de aberturas com medidas mais precisas, por meio de parafusos e da porca de regulagem.

Fig. 2.9

COMPASSO DE MEDIDA EXTERNA

COMPASSO DE MEDIDA INTERNA

Fig. 2.10

Fig. 2.11

2.4 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA Quando se faz a centragem aproximada da base de uma peça cilíndrica, dá-se a

abertura aproximada do raio e, com a face de contato em pontos opostos, traçam-se quatro

Page 31: APOSTILA FERRAMENTARIA

30

arcos que se cortam. O centro fica no interior desse quadrilátero curvilíneo. Observe a figura 2.12.

Fig. 2.12 - Centragem da base de uma peça cilíndrica

Fig. 2.13 - Traçado de uma linha paralela a uma superfície plana. Acerta-se a medida na escala ( a) e faz-se o traçado na figura ( b).

Tomada a medida na escala graduada e o transporte desta medida uma ou mais vezes, como mostram as figuras 2.14 (a), (b), (c ) e (d).

Fig. 2.14 - Tomada e transporte de medida

(a)

(b) (c) (d)

( a ) ( b )

Vale ressaltar que para a traçagem de uma superfície, passa-se uma leve camada de verniz ou alvaiade, com pincel na face da peça que vai receber o traçado, para que os traços se destaquem com nitidez.

Page 32: APOSTILA FERRAMENTARIA

31

LEMBRETE IMPORTANTE!

Fig. 2.15 - Compasso utilizado para medir a espessura de uma peça. Quando se quer medir a distância entre as superfícies de um rasgo: para isso, as duas

pontas do compasso devem tocar as superfícies ligeiramente. Isto é obtido por um ligeiro movimento de vaivém, sentindo-se o contato com a peça (fig. 2.16 (a) e (b)).

Fig. 2.16 (a) e (b) Para que o compasso esteja em boas condições de uso é indispensável que:

as pontas sejam afiadas na pedra de afiar; as pernas estejam iguais; o deslocamento das pernas se faça no mesmo plano.

2.5 - NORMAS DE CONSERVAÇÃO

Os compassos devem estar bem ajustados. As pontas devem estar bem afiadas. Devem ser mantidos isolados de outras ferramentas. Deve-se proteger contra golpes e quedas. Deve-se lubrificar após o uso. As pontas devem ser protegidas com madeira ou borracha. As pontas devem ser acertadas corretamente, na forma e no

comprimento, empregando a pedra de afiar.

(a) (b)

Page 33: APOSTILA FERRAMENTARIA

32

2.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) Marque a opção que completa corretamente a frase.

1) O compasso constituído de uma perna reta e outra curva denomina-se:

(a) compasso de fricção. (b) compasso externo. (c) compasso de ponta. (d) compasso hermafrodita

2) As pontas do compasso podem ser afiadas em:

(a) pedra. (b) uma lima. (c) esmeril. (d) lixa.

3) A abertura do compasso poderá ser medida com auxílio de uma:

(a) articulação. (b) escala graduada. (c) mola de regulagem. (d) porca de regulagem.

4) Para que o compasso esteja em boas condições de uso é indispensável que as pontas:

(a) estejam bem protegidas. (b) tenham o mesmo comprimento. (c) toquem nas superfícies da peça. (d) sejam retas.

5) O tipo de compasso indicado para medir o diâmetro de um eixo é o compasso de:

(a) ponta. (b) mola. (c) medida interna. (d) medida externa.

AGORA, VOCÊ TERÁ A OPORTUNIDADE DE AVALIAR A SUA APRENDIZAGEM. APROVEITE BEM ESTE MOMENTO.

Page 34: APOSTILA FERRAMENTARIA

33

II) Preencha as lacunas.

1) Para se obter um bom traçado, deve-se manter as (os) ________________ do compasso com o mesmo comprimento.

2) O compasso de ______________________ é utilizado para traçar circunferências.

3) As pernas dos compassos se abrem e se fecham através de ______________________.

III) Responda às perguntas abaixo:

1) Qual é o tipo de compasso cuja metade é compasso de medida externa e a outra metade compasso de ponta?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2) Como pode ser feita a afiação das pontas do compasso?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

IV) Numere a coluna da direita de acordo com a esquerda.

( 1 ) Alvaiade

( 2 ) Compasso de mola

( 3 ) Compasso de centrar ou hermafrodita

( 4 ) Compasso de pontas

( 5 ) Compasso de fricção

( 6 ) Compasso

( ) Tipo de compasso cuja abertura das pernas é mantida pelo aperto que se dá na articulação.

( ) Utilizado para traçar circunferência de raio determinado.

( ) Utilizado para traçar uma reta a uma superfície plana.

( ) Instrumento constituído de duas pernas, que se abrem e se fecham através de uma articulação.

( ) Utilizado para ressaltar a traçagem de uma superfície para que os traços se destaquem.

( ) Compasso que possui dispositivo de ajustagem constituída de um parafuso e de uma porca que dá tensão a uma mola, abrindo e fechando as pernas.

( ) O limite máximo da abertura do compasso.

Page 35: APOSTILA FERRAMENTARIA

34

Page 36: APOSTILA FERRAMENTARIA

35

UNIDADE 3 CALIBRE VERNIER

3.1 – IDENTIFICAÇÃO E NOMENCLATURA

3.2 – FINALIDADES

3.3 – TIPOS DE CALIBRE VERNIER

3.4 – LEITURAS PELO SISTEMA MÉTRICO

3.4.1 – LEITURA DA ESCALA FIXA

3.4.2 – LEITURA DA ESCALA MÓVEL

3.4.3 – LEITURA DA ESCALA EM MILÍMETRO COM O NÔNIO DE 10 DIVISÕES

3.5 – TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS

3.6 – LEITURA PELO SISTEMA INGLÊS

(POLEGADA)

3.6.1 – LEITURA EM POLEGADA DA ESCALA MÓVEL (NÔNIO)

3.6.2 – PROCESSO DE COLOCAÇÃO DA MEDIDA NO CALIBRE VERNIER

3.6.3 – PROCESSO PARA A LEITURA DE MEDIDAS NO CALIBRE VERNIER

3.7 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

3.8 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

3.9 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Page 37: APOSTILA FERRAMENTARIA

36

Page 38: APOSTILA FERRAMENTARIA

37

10 1 2

3 4

7

9

8

6 5

UNIDADE 3 CALIBRE VERNIER

3.1 – IDENTIFICAÇÃO E NOMENCLATURA

Calibre Vernier é um instrumento finamente acabado, geralmente construído de aço inoxidável, apresentando escala graduada em "milímetro e em polegada".

O instrumento compõe-se de uma régua graduada sobre a qual corre uma escala móvel (cursor) denominada de nônio ou vernier, que permite leitura da menor divisão da escala móvel. A denominação nônio é dada pelos portugueses em homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída a sua invenção; e a denominação vernier é dada pelos franceses em homenagem a Piere Vernier, que eles afirmam ter sido o inventor. O calibre Vernier é também muito conhecido com o nome de paquímetro.

A figura 3.1 apresenta um calibre vernier com as suas principais partes.

1) escala fixa 2) escala móvel 3) orelha fixa 4) orelha móvel

5) bico fixo 6) bico móvel 7) nônio em polegadas 8) nônio em milímetros

9) parafuso de fixação 10) vareta de profundidade

Fig. 3.1 - Calibre vernier

O QUE É UM CALIBRE VERNIER?

Page 39: APOSTILA FERRAMENTARIA

38

Fig. 3.2 - Medição de peça cilíndrica Fig. 3.3 - Medição externa

3.2 – FINALIDADES

Freqüentemente, o mecânico necessita medir diâmetros externos e internos, comprimentos, espessura e profundidade de peças com precisão. Para isso, ele utiliza o calibre vernier. Ele nos permite medir valores fracionários em milímetros e polegadas com muita precisão.

3.3 – TIPOS DE CALIBRE VERNIER

CALIBRE VERNIER UNIVERSAL

Utilizado para medidas interna, externa e de profundidade.

Fig. 3.5 - Calibre vernier universal

Fig. 3.4 - Medição interna

O QUE É UM CALIBRE VERNIER?

QUAIS SÃO OS TIPOS DE CALIBRE VERNIE R?

Page 40: APOSTILA FERRAMENTARIA

39

CALIBRE VERNIER DE PROFUNDIDADE

Utilizado para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc.

Fig. 3.6 - Calibre vernier de profundidade de haste simples

CALIBRE VERNIER COM BRAÇOS ALONGADOS

Utilizado para medidas internas.

Fig. 3.7 - Calibre vernier com braços alongados

Page 41: APOSTILA FERRAMENTARIA

40

CALIBRE VERNIER COM BICOS TIPO LÂMINAS

Utilizado para medidas externas de pequena espessura.

Fig. 3.8 - Calibre vernier com bicos tipo lâminas

3.4 – LEITURAS DO CALIBRE VERNIER PELO SISTEMA MÉTRICO Para efetuar medidas em um calibre vernier pelo sistema métrico, é necessário

conhecer os valores dos traços das escalas.

3.4.1 – LEITURA DA ESCALA FIXA

Fig. 3.9 - Leitura da escala fixa

Daí, concluímos que, se deslocarmos o cursor do calibre vernier até que o zero do

nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura medida é 1mm (fig. 3.10 (a)), no segundo traço 2mm (fig. 3.10 ( b )), no terceiro traço 3mm (fig. 3.10 ( c )), no décimo sétimo traço 17mm (fig. 3.10 ( d )), e assim sucessivamente.

Fig. 3.10 - Leitura do calibre vernier feita pelo deslocamento do cursor

0 ESCALA FIXA

NÔNIO

1 2 3

0 10

Valor de cada traço da escala fixa = 1 mm

0 1 0 1 2

0

0 1

0

0 1

0 0( a ) (b ) ( c ) ( d )

Page 42: APOSTILA FERRAMENTARIA

41

FIG. 3.14

0,1mm

0,1mm1 traço (escala fixa)o

1 traço (escala móvel)o

0,1mm

0,1mm Fig. 3.11 - Leitura da escala móvel

3.4.2 – LEITURA DA ESCALA MÓVEL Através da escala móvel (nônio), podemos registrar várias frações do milímetro e o

primeiro passo é conhecer qual a aproximação.

A aproximação é dada conforme a divisão da escala móvel (nônio). Existe calibre vernier que possui 10 divisões na escala móvel (nônio), outros com 20 divisões e alguns com 50 divisões.

A aproximação se obtém, dividindo o menor valor da escala fixa pelo número de

divisões da escala móvel (nônio ou vernier) que é demonstrada através da fórmula abaixo.

ne a

onde: a = aproximação e = menor valor da escala fixa n = número de divisões do nônio (vernier) Exemplo 1

divisões 101mm a

Solução:

O cálculo da aproximação, conforme a escala móvel (nônio) é: O nônio com 10 divisões e substituindo os valores na fórmula teremos:

ne a 0,1mm

divisões 101mm a

e = 1mm n = 10 divisões a = 1mm = 0,1mm

10 divisões

Page 43: APOSTILA FERRAMENTARIA

42

Exemplo 2 O nônio com 20 divisões e substituindo os valores na fórmula teremos: e = 1mm n = 20 divisões Solução:

ne a 0,05mm

divisões 201mm a

Exemplo 3 O nônio com 50 divisões e substituindo os valores na fórmula teremos: e = 1mm n = 50 divisões Solução:

ne a 0,02mm

divisões 501mm a

3.4.3 – LEITURA DA ESCALA EM MILÍMETRO COM O NÔNIO DE 10 DIVISÕES Na escala fixa do calibre vernier, a leitura feita até antes do zero do nônio corresponde

à leitura em milímetros inteiros. Em seguida, deve-se contar os traços do nônio até o ponto em que um deles coincidir

com um traço da escala fixa, para obtermos os décimos de milímetros. Depois, soma-se o número lido na escala fixa ao número lido no nônio. Exemplo 4 Quando o menor valor da escala fixa é 1 milímetro e a escala móvel ou o nônio tem 10

divisões, podemos obter o valor da aproximação.

ne a 0,1mm

divisões 101mm a 0,1mm a

Significa dizer que cada divisão do calibre vernier permite uma aproximação de

0,1mm. Em um calibre vernier que possui 10 divisões na sua escala móvel, quando fazemos

coincidir o primeiro traço do nônio com o primeiro traço da escala fixa, a abertura do calibre vernier será de 0,1mm, quando coincide com o segundo traço será de 0,2mm, com o

Page 44: APOSTILA FERRAMENTARIA

43

ESCALA FIXA0

0

ESCALA MÓVEL

0

0

ESCALA FIXA

ESCALA MÓVEL

0

0

ESCALA FIXA

ESCALA MÓVEL

terceiro traço 0,3mm, e assim sucessivamente, como é mostrado nas figuras 3.12, 3.13 e 3.14.

Fig. 3. 12 Fig. 3.13 Fig. 3.14

Fig. 3.15 - Escalas em milímetros e nônio com 10 divisões

0 10

traço coincidente

0 10

100 110

traço coincidente

0 10

Leitura 1,0 mm escala fixa 0,3 mm nônio (traço coincidente:3) 1,3 mm total (leitura final)

o

Leitura 103,0 mm escala fixa

nônio (traço coincidente:5) 103,5 mm total (leitura final) 0,5 mm o

Page 45: APOSTILA FERRAMENTARIA

44

Resolução 0,05mm 20

1mm

Leitura

73,00mm escala fixa 0,65mm nônio 73,65mm total

Exercícios de fixação:

Nas figuras abaixo as leituras são, respectivamente:

Respostas: 59,4mm 13,5mm 1,3mm Quando o menor valor da escala fixa é 1 milímetro e a escala móvel ou o nônio tem 20

divisões, podemos obter o valor da aproximação:

divisões 201mm a a = 0,05mm

Significa dizer que cada divisão do calibre permite uma aproximação de 0,05mm.

Fig. 3.16 - Escala em milímetros e nônio com 20 divisões

a) 60 70

0 10

Leitura =.......................................................... mm

Leitura =.......................................................... mm

Leitura =.......................................................... mm

10 20

0 10

0 10

0 10

b)

c)

Page 46: APOSTILA FERRAMENTARIA

45

Fig. 3.17 - Escala em milímetro e nônio com 50 divisões.

0 a)

10 20 20 30

0 2 4 30 6 8 10

10 20 30 40

0 2 4 6 8 10

Leitura =.........................................mm

Leitura =.........................................mm

b)

Respostas: a) 3,65 mm b) 7,45 mm

Exercício de fixação: Nas figuras a seguir, o nônio possui 20 divisões. Faça a leitura e escreva a medida nas lacunas. Quando a menor divisão da escala fixa é 1 milímetro e a escala móvel do nônio tem 50

divisões, podemos obter o valor da aproximação:

ne a

divisões 501mm a a = 0,02mm

Resolução 0,02mm 50

1mm

Leitura

68,00mm escala fixa 0,32mm nônio 68,32mm total

Page 47: APOSTILA FERRAMENTARIA

46

Leitura = ....................................mm Leitura = ....................................mm

Exercício de fixação: Nas figuras abaixo, o nônio possui 50 divisões. Faça a leitura e escreva a medida nas lacunas. Respostas: 17,56mm 39,48mm 3.5 – TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS

TRANSFORMAÇÃO DE POLEGADA EM MILÍMETRO 1 - Transformar polegada inteira em milímetro Basta multiplicar 25,4mm, pela quantidade de polegadas para transformar. Exemplo 5: Transformar 4"( 4 polegadas) em milímetros: Se 1" = 25,4mm, então teremos 25,4 x 4 = 101,6mm 2 - Transformar fração da polegada em milímetro Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4mm pelo numerador da fração e

divide-se pelo denominador. Exemplo 6: Transformar 7/8" (7/8 da polegada) em milímetros.

Então, mm8

7 x 25,4 225,22

COMO REALIZAR A TR ANSFOR MAÇÃO DE ME DIDAS?

Page 48: APOSTILA FERRAMENTARIA

47

TRANSFORMAÇÃO DE MILÍMETRO EM POLEGADA Para se transformar milímetro em polegada, divide-se o valor em milímetro por 2,54 e

multiplica-se por 128. O resultado deve ser escrito como numerador de uma fração cujo denominador é 128, simplificando a fração ao menor numerador.

Exemplo 7: Transformar 19,05mm em polegada.

12896

12812875,0

128128)4,2505,19(

x

Simplificando a fração, teremos:

43

86

1612

3224

6448

12896

Caso o numerador não dê um número inteiro, deve-se arredondá-lo para um número

inteiro mais próximo. Exemplo 8: Transformar 19,8mm em polegada.

12899,779

128128 25,4) 8,19(

Arredondando: 128

"100

Simplificando a fração, teremos:

3225"

6450"

128"100

TRANSFORMAÇÃO DE FRAÇÃO ORDINÁRIA DA POLEGADA EM FRAÇÃO

DECIMAL Para se transformar fração ordinária da polegada em decimal, divide-se o numerador

pelo denominador. Exemplo 9: Transformar 5/8" em decimal.

0,625" 8"5

Page 49: APOSTILA FERRAMENTARIA

48

TRANSFORMAÇÃO DE FRAÇÃO DECIMAL DA POLEGADA EM FRAÇÃO ORDINÁRIA.

Para se transformar fração decimal da polegada em ordinária, multiplica-se o valor em

decimal por uma das divisões da polegada, tomando-se denominador à mesma divisão dada, simplificando a fração, quando necessário.

Exemplo 10: Transformar 0,4375" em fração ordinária.

12856

128128x 0,4375"

Simplificando a fração, teremos:

167

3214

6428

12856

3.6 – LEITURA DO CALIBRE VERNIER PELO SISTEMA INGLÊS

O Sistema Inglês é a leitura do calibre vernier em polegada.

Para a representação em polegada temos:

(") Polegada 1" = uma polegada

(IN) Polegada 1IN" = uma polegada

(INCH) = uma polegada

Para efetuarmos a leitura pelo sistema inglês, é necessário conhecermos bem todos

os valores dos traços das escalas.

A escala fixa do calibre vernier é dividida em polegadas. Cada polegada é dividida em 16 partes iguais.

Observe a figura 3.18.

Fig. 3.18 - Valores dos traços na escala

0

1”16

ESCALA FIXA

Valor de cada traço da escala fixa = 1/16”

NÔNIO8

01”8

3”16 1”

4

5”16 3”

8

7”16 1”

2

9”16 5”

8

11”16 3”

4

13”16 7”

8

15”16

1 16

15”1” 1

81”

1 16

3”1 4

1”

Page 50: APOSTILA FERRAMENTARIA

49

0

0

ESCALA FIXA

NÔNIO

1”16

ESCALA FIXA

NÔNIO

01”8

0

ESCALA FIXA

NÔNIO

05”8

0

( a ) ( b ) ( c )

Quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1/16" (fig. 3.19 ( a ), no segundo traço 1/8" (fig. 3.19 ( b ), no décimo traço 5/8" (fig. 3.19 ( c ).

Fig. 3.19 - Deslocamento do cursor do calibre vernier para as medidas de 1/16" ( a ), de 1/8" ( b ) e de 5/8" ( c ),

Na figura 3.20, o zero do nônio está coincidindo no quarto traço após a sétima

polegada. A leitura é 41 7 (sete polegadas e um quarto).

Fig. 3.20

3.6.1 – LEITURA EM POLEGADA DA ESCALA MÓVEL (NÔNIO)

O calibre vernier nos permite, através do nônio, medir valores fracionários de maior sensibilidade, e no primeiro passo devemos conhecer a aproximação do instrumento.

ne a

161 e

n = 8 divisões

Substituindo os valores na fórmula temos:

8 16 1 a

128 1" a

8 1 x

161 a

0 4 8 1/128 in

Leitura = 7

7 8

1” 4

Page 51: APOSTILA FERRAMENTARIA

50

Assim, uma divisão do nônio vale: 128

"1

Duas divisões do nônio valem 641" ou

128"2

, e assim por diante. Observe a figura

3.21.

Fig. 3.21 - Seqüência de divisões do nônio

Assim sendo, quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala fixa, a leitura da medida será 1/128" (fig. 3.22).

Com segundo traço 1/64" (fig. 3.23), com o terceiro traço 3/128" (fig. 3.24), e assim sucessivamente.

Fig. 33, 34 e 35

Na figura 3.25, o quarto traço do nônio coincide com o da escala fixa. A leitura da medida é:

1284

1281

1281

1281

1281

Simplificando, teremos 32"1

0

0

1”128

0

0

1”64

0

0

3”128

Fig. 3.22 - Leitura em 1/128" Fig. 3.23 - Leitura em 1/64" Fig. 3.24 - Leitura em 3/128"

0 4 81/128 in

0

0 1

Fig. 3.25 - Medida em polegada fracionária

0

1” 128

4

Nônio

80 4 8

1” 64

3” 128

1” 32

5” 128

3” 64

7” 128

1” 16

Page 52: APOSTILA FERRAMENTARIA

51

0 4 81/128 in

0

4 5

Fig. 3.26 - Soma de leituras da escala fixa e do nônio

Na figura 3.26, temos:

Leitura da escala fixa 128324

414 " "

Leitura do nônio 128

"1

A soma das duas leituras será: 128334

1281

128324 " " "

3.6.2 – PROCESSO DE COLOCAÇÃO DA MEDIDA NO CALIBRE VERNIER

1o Exemplo:

Coloque no calibre vernier a medida de 33/128".

Divide-se o numerador da fração pelo último algarismo do denominador.

41833

O quociente encontrado será o número de traços a se deslocar na escala fixa. O resto será o número de traços do nônio, que coincide com um traço da escala fixa, utilizando-se o denominador da fração.

Quatro traços na escala fixa mais um traço no nônio, utilizando-se o denominador da fração original. Observe a fig. 3.27.

Fig. 3.27

0

33”128

0

Page 53: APOSTILA FERRAMENTARIA

52

2o Exemplo

Coloque no calibre vernier a medida de 45/64".

Divide-se 45 pelo último algarismo do denominador (4) e teremos como quociente 11 que é o número de traços a se deslocar na escala fixa. O resto encontrado será a concordância do nônio, utilizando o denominador da fração pedida (1/64).

Fig. 3.28 - Colocação de medida no calibre vernier

3.6.3 – PROCESSO PARA A LEITURA DE MEDIDAS NO CALIBRE VERNIER

1o Exemplo:

Leia a medida da figura 3.29.

Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio pelo último algarismo do denominador da coincidência do nônio. O resultado da multiplicação soma-se ao numerador, repetindo-se o denominador da coincidência do nônio.

Na figura 3.29 temos:

Número de traços na escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio 6.

Coincidência do nônio 128

1

Último algarismo do denominador da coincidência 8.

Multiplicando 6 por 8 e mantendo o denominador ao resultado temos:

12849

1281

12848

0

0

45”64

1

0

0

49”128

Fig. 3.29

Page 54: APOSTILA FERRAMENTARIA

53

2o Exemplo:

Leia a medida da figura 3.30:

Fig. 3.30

Multiplica-se 9 traços ultrapassados pelo zero do nônio pelo último algarismo do denominador da coincidência, 4. O resultado soma-se ao valor encontrado na coincidência do nônio.

9 x 4 = 36

64

37" 641

6436

3o Exemplo:

Leia a medida da figura 3.31

Fig. 3.31

A medida é 3213

Multiplica-se 6 traços ultrapassados pelo zero do nônio pelo último algarismo do

denominador da coincidência do nônio. A coincidência é 32"1

.

0 1

0

9

+ 1

64

x

= 37” 64

Concordância do nônio.

Leitura da medida. Número de traços da

escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio.

0

0

6

+ 1

32

x

= 13” 32

Concordância do nônio.

Leitura da medida. Número de traços

da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio.

Page 55: APOSTILA FERRAMENTARIA

54

6 x 2 = 12

32

13" 321"

32"12

4o Exemplo:

Leia a medida da figura 3.32.

Fig. 3.32

São 4 traços ultrapassados pelo zero do nônio na escala fixa.

A coincidência é 128

"7

O último algarismo do denominador da coincidência é 8.

Multiplica-se 4 x 8 = 32

Soma-se 12839"

1287"

128"32

Em medidas como a do exemplo acima, abandonamos a parte inteira e fazemos a contagem dos traços, como se iniciássemos a operação. No final, incluímos a parte inteira antes da fração encontrada.

A medida é: 12839" 1

3.7 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

Medir diâmetro externo é uma operação freqüentemente realizada pelo mecânico (fig. 3.33), a qual deve ser feita corretamente, a fim de se obter medida precisa sem se danificar o instrumento.

Fig. 3.33 - Visualização de medição de diâmetro externo

0 1” 2”

0 8

2”

AGORA, VOCÊ PODERÁ OBSERVAR A UTILIZAÇÃO DO CALIBRE VERNIER.

Page 56: APOSTILA FERRAMENTARIA

55

Para que você possa executar este processo corretamente fique atento a alguns procedimentos importantes:

Segure o calibre vernier, utilizando a mão direita. Abra o calibre vernier a uma abertura maior que o diâmetro da peça a ser

medida. Encoste o centro do encosto fixo em uma das extremidades do diâmetro da

peça. Feche o calibre suavemente até que o encosto móvel toque a outra

extremidade do diâmetro. Faça a leitura da medida. O calibre deve ser aberto e a peça retirada, sem que os encostos a toquem.

MEDIDAS EXTERNAS

A peça deve ser colocada o mais profundamente possível entre os bicos de medição para evitar desgastes nas pontas.

MEDIDAS INTERNAS

As orelhas devem ser colocadas o mais profundamente possível. O calibre deve estar sempre paralelo à peça que está sendo medida.

Fig. 3.34

Fig. 3.35

TIPOS DE ME DIDAS

PROCEDIMENTOS IMPORT ANTE S.

Page 57: APOSTILA FERRAMENTARIA

56

LEMBRETE IMP ORTANT E!

MEDIDAS DE PROFUNDIDADE

Apoia-se o calibre corretamente, evitando que ela fique inclinada.

3.8 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

Limpar bem o calibre antes do uso, a fim de eliminar sujeira

depositada, especialmente nas superfícies de medição.

Não forçar o calibre vernier ao colocá-lo e retirá-lo da peça.

Não deixar o calibre vernier em contato com outras ferra-mentas.

Limpar bem o calibre vernier após o uso.

Guardar o instrumento em estojo apropriado.

Fig. 3.36

Page 58: APOSTILA FERRAMENTARIA

57

3.9 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) Escreva nos espaços, ao lado, a leitura da medida. Nas figuras, o menor valor da escala fixa é 1 milímetro e o nônio tem 10 divisões.

VAMOS AVALIAR A S UA APRENDIZAGEM? ENTÃO, FAÇA AS TAREFAS PROPOSTAS.

1

2

3

4

5

6

7

8

3

1 2

4

5 6

7 8

Page 59: APOSTILA FERRAMENTARIA

58

II) Nas figuras a seguir, o menor valor da escala fixa é 1 milímetro e o nônio tem 20 divisões.

1) Leitura: .......................................... 2) Leitura: ..........................................

3) Leitura: .......................................... 4) Leitura: ..........................................

5) Leitura: .......................................... 6) Leitura: ..........................................

7) Leitura: .......................................... 8) Leitura: ..........................................

Page 60: APOSTILA FERRAMENTARIA

59

espaços ao lado, a leitura das medidas nas figuras ilustradas.

i) Leitura: .......................................... j) Leitura: ..........................................

k) Leitura: .......................................... l) Leitura: ..........................................

m) Leitura: .......................................... n) Leitura: ..........................................

o) Leitura: .......................................... p) Leitura: ..........................................

0,05 0,05

0,05

1/50 mm

0,05

1/50 mm

1/50 mm 1/50 mm

9) Leitura: .......................................... 10) Leitura: ..........................................

11) Leitura: .......................................... 12) Leitura: ..........................................

1) Leitura: .......................................... 2) Leitura: ..........................................

3) Leitura: .......................................... 4) Leitura: ..........................................

III) Nas figuras a seguir o menor valor da escala fixa é o milímetro e o nônio tem 50 divisões.

Page 61: APOSTILA FERRAMENTARIA

60

5) Leitura: .......................................... 6) Leitura: ..........................................

7) Leitura: .......................................... 8) Leitura: ..........................................

9) Leitura: .......................................... 10) Leitura: ..........................................

1/50 mm 1/50

mm

1/50 mm 1/50

mm

1/50 mm 1/50

mm

Page 62: APOSTILA FERRAMENTARIA

61

IV) As figuras abaixo ilustram medidas do calibre vernier em polegadas. Escreva, nos

espaços ao lado, a leitura das medidas nas figuras ilustradas.

4 8 1/128 inch 0

10 11

4 8 1/128 inch 0

7 8

3

3 4

4

4 8 1/128 inch 0

4 5

4 8 1/128 inch 0

1 2

5

6

5 6

1 2

4 8 1/128 inch 0 7

8 6

4 8 1/128 inch 0

7 8

4 8 1/128 inch 0

5 6

4 8 1/128 inch 0

3 4

9

10

9 10

11

12 5

4 8 1/128 inch 0

2

4 8 1/128 inch 0

11 12

4 8 1/128 inch 0

7 8

13

14 9

4 8 1/128 inch 0

13 14

0 1 0 1

4 8 1/128 inch 0 4 8

1/128 inch 0

1 2

1

2

RESPOSTAS

Page 63: APOSTILA FERRAMENTARIA

62

V) Leia cada uma das medidas em polegadas fracionária e escreva a medida na linha

abaixo de cada desenho.

1/128in 1/128in

1) Leitura:.......................................... 2) Leitura:..........................................

3) Leitura:.......................................... 4) Leitura:..........................................

5) Leitura:.......................................... 6) Leitura:..........................................

1/128in

1/128in

1/128in

1/128in

Page 64: APOSTILA FERRAMENTARIA

63

UNIDADE 4 MICRÔMETRO

4.1 – IDENTIFICAÇÃO E NOMENCLATURA

4.2 – FINALIDADES

4.3 – TIPOS E APLICAÇÕES

4.4 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

4.5 – LEITURA DO MICRÔMETRO EM POLE-GADA

4.5.1 – LEITURA DA ESCALA FIXA

4.5.2 – LEITURA DO TAMBOR

4.5.3 – LEITURA DO NÔNIO

4.6 – LEITURA DO MICRÔMETRO EM MILÍME-TROS

4.6.1 – LEITURA DO TAMBOR

4.6.2 – LEITURA DO NÔNIO

4.7 – AFERIÇÃO DO MICRÔMETRO

4.8 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

4.6 – LEITURA DO MICRÔMETRO EM MILÍME-TROS

4.7 – AFERIÇÃO DO MICRÔMETRO

Page 65: APOSTILA FERRAMENTARIA

64

4.8 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

4.8.1 – PROCESSO DE UTILIZAÇÃO

4.8.2 – MEDIÇÃO DO DIÂMETRO EXTERNO

4.8.3 – UTILIZAÇÃO DO MICRÔMETRO DE ME-DIDA INTERNA

4.8.4 – UTILIZAÇÃO PARA MEDIR O DIÂMETRO INTERNO DO TUBO

4.8.5 – MEDINDO O DIÂMETRO EXTERNO DE UMA ROSCA

4.9 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

4.10 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Page 66: APOSTILA FERRAMENTARIA

65

PARA QUE SERVE O MICRÔMETRO?

1

6 8

34 5 72

UNIDADE 4

MICRÔMETRO

4.1 – IDENTIFICAÇÃO E NOMENCLATURA

São instrumentos largamente empregados nas indústrias mecânicas, os quais permitem medir, por leitura direta, quando a aproximação das medidas nas peças tem de ser mais precisa do que permite o calibre vernier .

O funcionamento do micrômetro assemelha-se ao princípio do deslocamento de um parafuso, no sentido longitudinal, quando ele gira em uma porca. Todos eles funcionam baseados no mesmo princípio, são usados e lidos da mesma maneira, tanto os micrômetros, em polegadas, como os micrômetros, em milímetros, mudando apenas os valores das divisões.

A nomenclatura dos micrômetros é apresentada pela figura 4.1, observe-a:

Fig. 4.1 - Nomenclatura do micrômetro

1 - ferradura 2 - contatos 3 - haste

4 - trava 5 - escala fixa

6 - tambor com escala móvel 7 - catraca 8 - punho

4.2 – FINALIDADES

Em um calibre vernier, pode-se fazer medidas com uma aproximação de 1/128 polegada. Este grau de aproximação, entretanto, não será suficiente para os serviços chamados de alta precisão.

O QUE É UM MICRÔMETRO?

Page 67: APOSTILA FERRAMENTARIA

66

Para medidas rigorosas que exigirem alta precisão devemos utilizar o micrômetro.

4.3 – TIPOS E APLICAÇÕES

Podemos encontrar os micrômetros de vários tipos, a conhecer:

MICRÔMETRO EXTERNO

Fig. 4.2

MICRÔMETRO COM ARCO PROFUNDO

Utilizado para medição de chapas.

Fig. 4.3

MICRÔMETRO COM DISCO

Utilizado para medição de papel, de cartolina, couro e borracha. Também é empregado para a medição de engrenagem.

Page 68: APOSTILA FERRAMENTARIA

67

Fig. 4.4

MICRÔMETRO COM BATENTE CILÍNDRICO

Utilizado para medir a espessura de paredes de tubos.

Fig. 4.5

MICRÔMETRO PARA MEDIR PAREDE DE TUBOS

Fig. 4.6

Page 69: APOSTILA FERRAMENTARIA

68

MICRÔMETRO PARA MEDIR ROSCAS

Fig. 4.7

MICRÔMETRO DE PROFUNDIDADE

Utilizado para medir profundidade de furos, ranhuras, canais de chavetas, etc. vem acompa-nhado com haste de vários comprimentos que são introduzidas em um furo existente no centro da base.

Fig. 4.8

MICRÔMETRO PARA MEDIDAS INTERNAS

Os micrômetros internos podem ter várias aplicações, utilizando-se o conjunto de hastes intercambiáveis.

Fig. 4.9

4.4 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

A construção do micrômetro se baseia no princípio do parafuso, que avança ou recua

uma distância correspondente a uma volta completa do passo do parafuso micrométrico.

COMO FUNCIONA UM MICRÔMETRO?

Page 70: APOSTILA FERRAMENTARIA

69

A escala fixa dispõe de uma graduação longitudinal de uma polegada de comprimento, dividida em 40 partes iguais. Daí, concluímos que cada divisão equivale a 1/40 da polegada, que corresponde a 25 milésimo da polegada (0,025").

O tambor possui uma escala (móvel) dividida em 25 partes iguais; conseqüentemente,

cada divisão equivale a um milésimo da polegada de avanço da haste (0,001").

Fig. 4.10 A haste do micrômetro (Veja a fig. 4.10, na qual é preso o tambor) é roscada e

atarraxada em uma porca fixa de maneira que, se dermos uma volta completa no tambor, haverá um deslocamento, avanço ou recuo, na haste do micrômetro igual a 25 milésimo da polegada (0,025").

4.5 – LEITURA DO MICRÔMETRO EM POLEGADA

4.5.1 – LEITURA DA ESCALA FIXA

Estando o micrômetro fechado, se dermos uma volta completa no tambor, teremos um deslocamento no parafuso micrômetro igual ao seu passo (0,025"), aparecendo o primeiro traço na escala fixa (fig. 4.11 ( a )). A leitura da medida será 0,025". Dando-se duas voltas completas, aparecerá o segundo traço: a leitura da medida será 0,050"(fig. 4.10 ( b )), e assim sucessivamente.

DIFERENTES LEITURAS DO MIC RÔMETRO

Fig. 4.11

Page 71: APOSTILA FERRAMENTARIA

70

Fig. 4.13

4.5.2 – LEITURA DO TAMBOR

Sabendo-se que uma volta do tambor equivale a 0,025", tendo o tambor 25 divisões (fig. 4.11(a )), conclui-se que cada divisão do tambor equivale a 0,001".

Uma volta do tambor = 0,025" Número de divisão do tambor = 25

Cada divisão do tambor = 0,001" 25

0,025

Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de

referência da escala fixa, a leitura será 0,001" (fig. 4.12 (a )), o segundo traço 0,002" (fig. 4.12 (b)) e o vigésimo quarto traço 0,024" (fig. 4.12 (c )).

Fig. 4.12

Sabendo-se a leitura da escala fixa e a do tambor, podemos ler qualquer leitura registrada no micrômetro.

Para efetuarmos a leitura, soma-se a leitura da escala fixa com a do tambor:

0,225" + 0,012" = 0,237" (fig. 4.13)

Para efetuarmos a leitura do micrômetro, soma-se a leitura da escala fixa com a do tambor.

A figura 4.14 é um exemplo:

Fig. 4.14

Escala fixa 0,675" Tambor 0,019" Leitura 0,694"

Page 72: APOSTILA FERRAMENTARIA

71

Fig. 4.16

Exercício de fixação:

Leia as medidas e escreva-as nas linhas abaixo de cada figura.

Veja se acertou. As respostas corretas são:

Na figura 4.15 (a ), 0,214" e na figura 4.15 ( b ), 0,352".

4.5.3 – LEITURA DO NÔNIO

No micrômetro, além das graduações normais que existem na escala fixa e no tambor, há também um nônio com dez divisões. Para utilizarmos micrômetros possuidores de nônio (fig. 4.16 ), precisamos conhecer a aproximação do instrumento.

ne a

a = aproximação e = menor valor da escala do tambor = 0,001 n = número de divisões do nônio = 10 divisões

Fig. 4.15 (a) e (b)

Page 73: APOSTILA FERRAMENTARIA

72

Fig. 4.18 Fig. 4.19

a = 0,0001" 10

0,001"

Cada divisão do nônio é igual a um décimo milésimo da polegada.

Para medir, basta adicionar as leituras da escala fixa longitudinal, do tambor e do nônio.

Como exemplo, observe as fig. 4.17 (a ) e ( b ):

Fig. 4.17 ( a ) e ( b )

Fig. 4.17 (a ) e ( b )

Veja se acertou. As respostas corretas são:

a) 0,4366" e b) 0,0779"

4.6 – LEITURA DO MICRÔMETRO EM MILÍMETROS

A escala fixa dispõe de graduação longitudinal de 25 milímetros de comprimento dividida em 50 partes iguais. Daí, concluímos que cada divisão da escala corresponde a 0,5 de milímetro.

Estando o micrômetro fechado, dando uma volta no tambor, termos deslocamento na haste igual ao passo do parafuso micrométrico (0,50mm), aparecendo o primeiro traço na escala fixa. A leitura será 0,5 milímetro. Dando-se duas voltas completas, aparecerá o segundo traço, e a leitura será 1,00 milímetro. E assim sucessivamente, como mostram as figuras 4.18 e 4.19.

Escala fixa 0,4250" Tambor 0,0110" Nônio 0,0006" Total 0,4366"

Page 74: APOSTILA FERRAMENTARIA

73

(a) (b) (c)

Exercício de fixação:

Faça a leitura e escreva as medidas nos espaços abaixo:

Veja se acertou. As respostas corretas são: a) 3,00mm

b) 42,97mm

4.6.1 – LEITURA DO TAMBOR

Sabendo-se que uma volta do tambor equivale a 0,50mm, tendo o tambor 50 divisões, concluímos que cada divisão equivale a 0,01mm.

Uma volta do tambor = 0,050mm Número de divisão do tambor = 50

Cada divisão do tambor = 0,01mm 50

0,50

Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência da escala fixa, a leitura será 0,01mm (fig. 4.20 (a )), o segundo traço 0,02mm (fig. 4.20 (b)) e o quadragésimo nono traço 0,49mm (fig. 4.20 ( c )).

Sabendo-se a leitura das escala fixa e do tambor, podemos ler qualquer medida registrada no micrômetro.

Fig. 4.20 (a), (b) e (c)

Page 75: APOSTILA FERRAMENTARIA

74

Exemplo:

Para efetuarmos a leitura da medida, somamos a leitura da escala fixa com a do tambor.

Faça a leitura e escreva a medida na linha abaixo:

Solução do exemplo acima:

2,5mm (escala fixa) 0,14mm 2,64mm

Veja se acertou. A resposta correta é: 10,37mm.

4.6.2 – LEITURA DO NÔNIO

Para os micrômetros possuidores de nônio precisamos conhecer a aproximação do instrumento.

ne a

a = aproximação e = menor valor da escala do tambor = 0,01 n = número de divisões do nônio = 10 divisões

a = 0,001mm 10

0,01mm

Além da graduação normal da escala fixa, estão gravados os traços correspondente

ao nônio.

Se giramos o tambor até que o primeiro traço coincida com o nônio, a medida será 0,001mm (fig. 4.21 (a)), o segundo será 0,002mm (fig. 4.21(b)) e o quinto 0,005 mm (fig. 4.21(c)).

Page 76: APOSTILA FERRAMENTARIA

75

Fig. 4.21 (a), (b) e (c)

Para a leitura das medidas dos micrômetros que possuem nônio, procedemos da

seguinte forma:

leitura dos milímetros e décimos na escala fixa;

leitura dos centésimos no tambor;

leitura dos milésimos com auxílio do nônio, verificando qual dos traços do nônio coincide com o traço do tambor.

PROCEDIMENTOS IMPORT ANTE S

Page 77: APOSTILA FERRAMENTARIA

76

Leitura:

35,500mm 0,110mm __0,006mm 35,616mm

A leitura final será a soma dessas três leituras parciais.

1o exemplo - Observe a fig. 4.22.

Fig. 4.22

A fig 4.23 representa o 2o exemplo.

Fig. 4.23

4.7 - AFERIÇÃO DO MICRÔMETRO

Antes de iniciarmos a medição de uma peça, devemos fazer a aferição do instrumento. Após a limpeza, faz-se o fechamento do micrômetro, através da catraca, observando-se a concordância do início da escala fixa com o zero do tambor.

4.8 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA

A aplicação do micrômetro para diâmetros externos requer cuidados especiais, não só para obtenção de medidas precisas, como para a conservação do instrumento. Portanto, fique atento a alguns passos importantes:

4.8.1 – PROCESSO DE UTILIZAÇÃO

1o PASSO

Faça a limpeza dos contatos e: utilize uma folha de papel limpo; abra o micrômetro;

Leitura:

6,000 0,040 0,003 6,043

AGORA, VOCÊ PODERÁ ACOMPANHAR PASSO A PASSO A UTILIZAÇÃO DO MICRÔMETRO.

Page 78: APOSTILA FERRAMENTARIA

77

Fig. 4.24

Fig. 4.25

feche o micrômetro, através da catraca, até prender a folha do papel; retire a folha do papel por baixo.

2o PASSO Feche o micrômetro, usando apenas a catraca. Observe a concordância da escala fixa com o tambor.

3o PASSO Faça a medida e: gire o tambor a uma abertura maior que a medida da peça; apóie o micrômetro na palma da mão esquerda;

prenda a peça entre os dedos indicador e médio;

encoste o contato fixo em uma das extremidades do diâmetro da peça; feche o micrômetro, suavemente, usando apenas a catraca; anote a medida;

abra o micrômetro e retire a peça sem que os contatos a toquem.

Page 79: APOSTILA FERRAMENTARIA

78

Fig. 4.27

Fig. 4.28

4.8.2 – MEDIÇÃO DO DIÂMETRO EXTERNO

Fig. 4.26

4.8.3 – UTILIZAÇÃO DO MICRÔMETRO DE MEDIDA INTERNA

4.8.4 – UTILIZAÇÃO PARA MEDIR O DIÂMETRO INTERNO DO TUBO

Page 80: APOSTILA FERRAMENTARIA

79

LEMBRETE IMPORTANT E!

Fig. 4.29

4.8.5 – UTILIZAÇÃO PARA MEDIR O DIÂMETRO PRIMITIVO DO TUBO

4.8.6 – MEDINDO O DIÂMETRO EXTERNO DE UMA PEÇA

4.9 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

Evitar contatos com outras ferramentas. Evitar choques e quedas. Evitar danificar entalhes prejudicando a sua escala. Limpar o micrômetro, secando-o com pano limpo e macio, após o

uso. Guardar o micrômetro destravado, com os contatos ligeiramente

afastados.

Fig. 4.30

Page 81: APOSTILA FERRAMENTARIA

80

4.9 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) Escreva nos espaços ao lado das figuras, a leitura da medida do micrômetro para

medição em milésimo da polegada.

AGORA, REALIZE OS EXERCÍCIOS ABAIXO PARA AVALIAR SUA APRENDIZAGEM.

Page 82: APOSTILA FERRAMENTARIA

81

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

9 10

11 12

13 14

15 16

17 18

19 20

Page 83: APOSTILA FERRAMENTARIA

82

II) Escreva nos espaços ao lado de cada figura a leitura da medida do micrômetro para medida em milímetro.

Page 84: APOSTILA FERRAMENTARIA

83

Page 85: APOSTILA FERRAMENTARIA

84

Page 86: APOSTILA FERRAMENTARIA

85

UNIDADE 5 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS

5.1 – ROSCA

5.1.1 – SISTEMAS DE ROSCA

5.1.2 – CARACTERÍSTICAS DA ROSCA

5.1.3 – TIPOS E APLICAÇÕES DA ROSCA

5.2 – MACHO DA ROSCA

5.2.1 – IDENTIFICAÇÃO E FINALIDADE DO MACHO DA ROSCA

5.2.2 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA DO MACHO DA ROSCA

5.2.3 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO DOS MACHOS DE ABRIR ROSCAS

5.3 – TARRAXA DE ROSCAR

5.3.1 – IDENTIFICAÇÃO DA TARRAXA DE ROSCAR

5.3.2 – FINALIDADE DA TARRAXA DE ROSCAR

5.3.3 – TIPOS DE TARRAXA DE ROSCAR

5.3.4 – ACABAMENTO DA ROSCA

5.3.5 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA TARRAXA

5.3.6 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO DA TARRAXA

5.4 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Page 87: APOSTILA FERRAMENTARIA

86

Page 88: APOSTILA FERRAMENTARIA

87

UNIDADE 5 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCA

5.1 – ROSCA

A rosca é constituída de uma saliência (filete) helicoidal que se desenvolve, externa ou internamente, com uma inclinação constante, em uma superfície cilíndrica. As saliências são também chamadas de cristas, fios e filetes de rosca.

As roscas são confeccionadas em máquinas cujo torno mecânico é a principal, podendo ser feitas manualmente com auxílio de ferramentas denominadas machos e tarraxas.

As roscas são de grande importância nas construções mecânicas. Se você já teve oportunidade de ajudar o reparo do motor de uma lancha ou de um automóvel estará lembrado que retirou e recolocou dezenas de peças, porcas, parafusos, estojos, etc.

As roscas são usadas para união de peças nas montagens e desmontagens de instalações por meio de parafusos, porcas, estojos.

As medidas dessas peças são feitas em polegadas ou em milímetro.

Fig. 5.1 - Tipos de porcas e parafusos

5.1.1 – SISTEMAS DE ROSCA

Sistema de rosca é uma padronização de normas indispensáveis à construção da rosca.

Assim, o sistema prevê diâmetro externo, número de fios por unidade de medida, perfil, as características principais de um determinado sistema. Desse modo, podemos construir qualquer tipo de rosca.

O QUE É UMA ROSCA?

Page 89: APOSTILA FERRAMENTARIA

88

Fig. 5.2 - Rosca Whitworth

Para que se possa ter uma idéia da importância de um sistema de rosca, basta lembrar que parafusos com um mesmo diâmetro externo, mesmo número de filetes por polegada, mesmo perfil triangular são diferentes, por um ter sido construído pelo sistema internacional e outro pelo sistema inglês.

Dos vários sistemas existentes o mais antigo é, sem dúvida, o sistema inglês. Foi aprovado na Inglaterra em 1841, e está em uso até hoje.

5.1.2 – CARACTERÍSTICAS DA ROSCA

PERFIL TRIANGULAR

Esse tipo de filete é quase e exclusivamente usado em parafuso de fixação, uniões e tubos.

PERFIL TRAPEZOIDAL

Usados nos órgãos de comando de máquinas operatrizes (para de movimentos suaves e uniformes) nos fusos e prensas de estamparia.

PERFIL QUADRADO

Usados em parafusos de peças sujeitas a grandes esforços.

QUANTO AO PERFIL, QUAIS SÃO OS TIPOS DE ROSCA MAIS UTILIZADAS ?

Fig. 5.3 - Rosca acme

Page 90: APOSTILA FERRAMENTARIA

89

Fig. 5.4 - Desenho e proporções de uma rosca quadrada

O sentido da hélice (filete) pode ser para a direita ou para a esquerda.

ROSCA DIREITA

Um parafuso tem rosca direita quando, para penetrar numa porca, é preciso girá-lo no sentido dos ponteiros de um relógio.

Fig. 5.5 - Rosca direita

ROSCA ESQUERDA

Um parafuso tem rosca esquerda quando, para penetrar numa porca, é preciso girá-lo no sentido contrário ao movimento dos ponteiros de um relógio.

Fig. 5.6 - Rosca esquerda

Citaremos apenas os diâmetros externos e internos (diâmetros maior e menor na

figura).

QUANTO AO SENTIDO DAS ROSCAS, COMO ELAS PODEM SE R?

CONHEÇA OS DIÂMETROS DAS ROS CAS.

Page 91: APOSTILA FERRAMENTARIA

90

Fig. 5.7 - Rosca sem fim

Passo é a distância tomada paralelamente ao eixo entre dois filetes consecutivos, e é

normalmente indicado pela letra P.

O passo de rosca é geralmente indicado pelo número de fios ou filetes existentes em uma polegada, ou distância entre dois filetes consecutivos tomada em milímetros.

Para saber o passo de uma rosca, utiliza-se o calibre de rosca, que é uma ferramenta semelhante a um canivete com muitas lâminas, todas elas dentadas com diferentes números de dentes, tendo em cada lâmina gravado o passo correspondente à rosca em que o dentado se adapte perfeitamente ao parafuso que se deseja medir.

Fig. 5.8 - Como medir passo de rosca Fig. 5.9 - Calibre para medir passo de rosca

A medida compreendida entre um filete e outro é denominada passo da rosca. O passo pode ter sentido helicoidal para a direita ou para a esquerda. Quando para a direita, diz-se rosca direita. Quando para a esquerda, diz-se rosca esquerda.

5.1.3 – TIPOS E APLICAÇÕES DA ROSCA Existe uma variedade de roscas. Todas elas se baseiam no sistema Whitworth. Para

cada rosca existe um diferente tipo de aplicação.

ROSCA WHITWORTH

São roscas de origem inglesa, designadas pela letra “W” ou “SW”, que quer dizer Sistema Whitworth. Seus parafusos têm por medida a polegada. Seus filetes são formados por um prisma triangular cuja seção é um triângulo no qual o vértice é um ângulo de 55o .

O QUE É PASSO DE ROSCA?

DIÂ

ME

TRO

MEN

OR

DIÂ

ME

TRO

DO

FU

RO

DIÂ

ME

TRO

MA

IOR

Page 92: APOSTILA FERRAMENTARIA

91

Se um macho o tarraxa, tem estampado ¼” – 20 BSW. Significa que o macho possui uma rosca de 20 fios por polegada e que o diâmetro externo (maior) é de ¼ da polegada.

Fig. 5.10 - Ângulos do perfil de 55o

ROSCA AMERICANA

Seu perfil é formado por um triângulo equilátero e seus vértices formam um ângulo de 60o. O passo é medido em número de fios por polegada. A rosca americana foi dividida em dois grandes grupos: a rosca grossa (National Coarse, NC) e a fina (National Fine, NF). A NC é usada para trabalhos pesados, e a NF para trabalhos mais finos. O perfil é o mesmo e a única diferença existente entre um grupo e o outro é no passo ou número de fios por polegada.

ROSCA MÉTRICA

Tem suas dimensões expressas em milímetros. O seu perfil é formado por um triângulo equilátero e seu vértice forma um ângulo de 60o e o seu passo é medido em milímetros.

Fig. 5.11 - Rosca métrica com perfil de triângulo equilátero

5.2 – MACHO DA ROSCA

5.2.1 – IDENTIFICAÇÃO E FINALIDADE DO MACHO DA ROSCA

São ferramentas de corte construídas de aço carbono ou aço especial, com rosca similar a um parafuso com três ou quadro canais longitudinais, que formam as arestas cortantes.

Um dos seus extremos termina com uma espiga de forma quadrada para fixar o desandador.

Page 93: APOSTILA FERRAMENTARIA

92

Fig. 5.12 - Três machos de um jogo diferenciando-se somente nas pontas

Os machos são, geralmente, fabricados em jogos de três unidades, sendo dois com pontas cônicas e um totalmente cilíndrico.

A conicidade do macho no 1 é mais acentuada que a do no 2, a fim de facilitar o início da rosca e a introdução progressiva dos três machos.

O macho no 3 é o macho acabador, é o responsável pela forma da rosca. Não tem sua ponta cônica, é muito empregado quando se quer abrir rosca até o fundo de um furo cego.

Os machos são ferramentas fabricadas para abrir manualmente roscas internas. Para isso, o operador terá de usar um recurso de um dispositivo denominado “desandador de macho”.

Fig. 5.13 - Desandador de macho

O macho é capaz de penetrar, pouco a pouco, por meio de movimento de rotação que

lhe transmite o desandador, permitindo a construção de uma rosca em um furo previamente executado em medida conveniente.

Fig. 5.14 - Início da operação de roscar e depois da partida

Page 94: APOSTILA FERRAMENTARIA

93

5.2.2 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA DO MACHO DA ROSCA

A preparação do furo para abrir a rosca consiste na escolha do diâmetro da broca com a qual se vai furar a peça para depois passar o macho.

Ao abrir a rosca deve-se utilizar a tabela da página 99, para encontrar o diâmetro adequado da broca.

Caso não se disponha da tabela, o diâmetro do furo para abrir uma rosca pode ser calculado pela fórmula:

donde:

D = diâmetro do furo em milímetro d = diâmetro externo da rosca em milímetro t = profundidade da rosca Exemplo:

Calcule o diâmetro do furo para fazer uma rosca com um macho, sabendo-se que o diâmetro da rosca é 10mm e o seu passo 1,25mm.

Solução:

D = diâmetro do furo procurado d = diâmetro da rosca 10mm P = passo da rosca 1,25mm t = profundidade da rosca calculada pela fórmula t = P x 0,64 0,64 = constante t = 0,64 x 1,25 = 0,8mm Portanto a profundidade é de 0,8mm Aplicando a fórmula, teremos: D = d – 1,6t D = 10 – 1,6 x 0,8 D = 10 – 1,28 = 8,72mm

O furo para passar o macho de rosca de 10mm deverá ser de 8,72mm.

OPERAÇÃO DE ROSCAR COM MACHO E DESANDADOR

O desandador funciona como uma alavanca. Quanto maior for o comprimento dos braços, menor será o esforço para penetração do macho na peça.

Uma vez a peça devidamente furada e escolhido corretamente o desandador, o macho é fixado no desandador e a peça é presa em um torno de bancada.

D = d – 1,6t

VOCÊ S ABE UT ILIZAR UM MACHO DE ROSCA?

Page 95: APOSTILA FERRAMENTARIA

94

VAMOS CONHECER O PROCE DIMENTO DE EX ECUÇÃO DE ROSCA COM MACH O E DESANDADOR?

Segurando o desandador com ambas as mãos, deve-se girar o macho e fazê-lo penetrar no furo. É necessário, a princípio, certa pressão nos braços do desandador, para que as arestas cortantes do macho ataquem a parede do furo, penetrando no metal. É necessário manter a perpendicularidade do macho em relação à peça. Isto é feito com um pequeno esquadro, como ilustra a figura abaixo.

1o) Fixe a peça no torno de bancada e mantenha o furo na posição vertical.

Fig. 5.15 - Perpendicularidade do macho

2o) Introduzindo o macho no 1 no furo da peça, inicie o corte, fazendo uma ligeira pressão vertical, utilizando uma boa lubrificação.

3o) Se for necessário, verifique a perpendicularidade da peça.

4o) Ao perceber que as arestas cortantes do macho estão penetrando no metal, imprime-se uma rotação no desandador, mantendo-se sempre uma boa lubrificação. Deve-se ter o cuidado de girar o desandador uma volta à direita e meia volta à esquerda para limpar os canais do macho do material retirado (rebarbas), até completar o corte com o macho no 1. Em seguida, passe os machos de no 2 e no 3 até terminar a rosca.

Fig. 5.17

Fig. 5.16 - Cone de entrada

Page 96: APOSTILA FERRAMENTARIA

95

LEMBRETE IMPORTANTE!

5.2.3 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO DOS MACHOS DE ABRIR ROSCAS

Mantenha os machos isolados das outras ferramentas. Passe uma leve camada de óleo fino para evitar ferrugem. Evite quedas ou choques nos machos. Limpe os machos após o uso. Mantenha bem guardados em estojos apropriados.

5.3 – TARRAXA DE ROSCAR

5.3.1 – IDENTIFICAÇÃO DA TARRAXA DE ROSCAR

Tarraxas são ferramentas de corte constituídas de aço especial, com roscas temperadas e retificadas.

As tarraxas têm forma de uma porca com quatro canais internos que formam arestas cortantes e permitem a saída do material que se desprende.

Geralmente, as tarraxas possuem, na parte cilíndrica, dois furos. Um serve para fixar a tarraxa no desandador e outro, no sentido da espessura, que permite a regulagem da profundidade do corte, através de um parafuso alojado no seu interior.

Fig. 5.18 - Tarraxas com forma de uma peça com filetes internos

5.3.2 – FINALIDADE DA TARRAXA DE ROSCAR

As tarraxas são utilizadas para abrir, manualmente, roscas externas, em peças cilíndricas de determinados diâmetros, tais como parafusos, estojos e tubos. Para isso, o operador terá de utilizar o recurso de um dispositivo denominado desandador para tarraxa. O desandador para tarraxa é também chamado de tarraxa, porta-tarraxa, como também a tarraxa é chamada de cossinete.

O QUE É TARRAXA DE ROSCAR?

PARA QUE SERVE A TARRAXA DE ROSCAR?

Page 97: APOSTILA FERRAMENTARIA

96

Fig. 5.20 - Tarraxa redonda ajustável

Fig. 5.21 - Tarraxas de abrir roscas de grande diâmetro

A tarraxa não cortará com facilidade, sem que antes a ponta do vergalhão, onde se vai iniciar a rosca, seja chanfrada. Esse chanfro pode ser executado com a lima ou no esmeril, fazendo-se um ligeiro cone na extremidade da haste que se vai roscar.

5.3.3 – TIPOS DE TARRAXA DE ROSCAR

Existem tarraxas com vários formatos.

TARRAXA REDONDA

Esses tipos podem ser empregados para abrir roscas com diâmetros com até 52mm de uma só passada. São muito rígidos e asseguram um roscado limpo.

TARRAXA REDONDA AJUSTÁVEL

Esses tipos de tarraxa diferen-ciam-se do tipo redondo por ter uma fenda radial que a torna ligeiramente ajustável. Por meio de um parafuso cônico, pode-se alargar um pouco a fenda, para abrir roscas em hastes de diâmetro um pouco maior do que o diâmetro especificado para a rosca.

Algumas tarraxas são providas de guias, que ajudarão a manter o corte e manter a

rosca centrada.

Outras tarraxas são feitas em duas partes, as quais são removíveis, substituíveis e ajustáveis. São tarraxas para abrir roscas de grande diâmetro. Esses tipos são ilustradas nas figuras abaixo.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE TARRAXA DE ROSCAR?

Fig. 5.19 - Cossinete inteiro

Page 98: APOSTILA FERRAMENTARIA

97

Fig. 5.22 - Diferença entre uma tarraxa redonda e uma porca tarraxa

As porcas tarraxas, às vezes, são confundidas com as tarraxas redondas. As primeiras são empregadas para limpar roscas já existentes, enquanto as segundas são empregadas para abrir roscas externas.

5.3.4 – ACABAMENTO DA ROSCA

O acabamento da rosca depende da folga existente entre as partes atarraxadas.

Acabamento números 1 e 2 são usados em construções de porcas de precisão.

Acabamento número 3 (médio) é empregado em máquinas em geral, como porcas, parafusos, estojos, etc.

Se um parafuso ou porca atarraxarem justos à mão, provavelmente temos um acabamento no 3; porém, se for necessário o uso de uma chave para atarraxar, em que não seja preciso empregar muito esforço, teremos um acabamento no 4. Esse acabamento é usado em mecanismos que exigem montagem mais perfeita e segura.

Para o acabamento, as tarraxas possuem um parafuso que permite a regulagem do corte.

5.3.5 – UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA TARRAXA

A fim de facilitar o início do corte, a rosca da tarraxa apresenta uma pequena conicidade na entrada, abrangendo cerca de três filetes. Estes são os filetes que produzem efetivamente o corte de debaste. Os demais filetes se destinam a dar acabamento à rosca e guiar a tarraxa durante o seu avanço.

O desandador funciona como uma alavanca. Na sua parte central, há um alojamento onde é adaptada a tarraxa, que é presa por meio do parafuso de fixação.

Ao abrir uma rosca, deve-se iniciar o corte com a face chanfrada da tarraxa, isto é, com a face que apresenta uma pequena conicidade na entrada, virando a outra face quando for necessário abrir a rosca até o final ou existir algum obstáculo que impeça de fazer com o lado cônico.

1o) Ajuste a tarraxa no desandador (porta-tarraxa). Com a parte cônica maior da tarraxa virada para fora.

2o) Fixe a haste cilíndrica na posição vertical e devidamente chanfrada, no torno de bancada, tendo o cuidado de marcar no material o comprimento da rosca.

COMO UT ILIZAR A T ARRAXA?

COMO É FEIT A A OPERAÇÃO DE ABRIR ROSCA COM A TARRAX A?

Page 99: APOSTILA FERRAMENTARIA

98

LEMBRETE IMPORTANTE!

3o) Se necessário, verifique a perpendicular.

Fig. 5.23 - Processo de perpendicularidade

4o) Introduza a tarraxa na extremidade da haste e inicie o corte, fazendo uma ligeira pressão vertical no desandador, utilizando uma boa lubrificação.

Fig. 5.24 - Processo de roscado

5o) Ao perceber que as arestas de corte estão penetrando no material, deve-se

imprimir uma rotação no desandador, mantendo-se uma boa lubrificação. Deve-se também ter o cuidado de girar o desandador uma volta à direita e meia volta em sentido contrário para limpar a tarraxa das rebarbas retiradas do material, procedendo assim até o final.

5.3.6 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO DA TARRAXA

Mantenha as tarraxas isoladas das outras ferramentas. Evite quedas e choques nas tarraxas. Passe uma leve camada de óleo fino para evitar ferrugem. Limpe as tarraxas após o uso. Mantenha as tarraxas acondicionadas em estojos

apropriados.

PODE-SE USAR PARA O FERRO E O AÇO UMA MISTURA DE ÓLEO SOLÚVEL NA PROPORÇÃO DE 8 PARTE DE ÓLEO POR UMA DE ÁGUA PARA LUBRIFICAÇÃO.

Page 100: APOSTILA FERRAMENTARIA

99

A tabela a seguir apresenta o Sistema Americano e como base de explicação temos: 1a coluna.............. – indica o diâmetro do macho.

2a e 3a colunas.... – indicam o número de fios por polegada.

4a coluna............. – indica o diâmetro da broca em polegada para passar o macho.

5a coluna............. – indica o diâmetro da broca em milímetro para passar o macho.

Diâmetro Nominal em Polegada

Número de fios Brocas

NC NF Polegada mm

1/16 3/32 1/8

64 48 40

- - -

3/64 5/64 3/32

1,2 1,85 2,6

5/32 32 -

- 36

1/8 1/8

3,2 3,25

3/16 24 -

- 32

9/64/32 3,75 4

7/32 24 -

- 32

11/64 3/16

4,5 4,8

1/4 20 -

- 24

13/64 13/64

5,1 5,3

5/16 18 -

- 24

1/4 17/64

6,5 6,9

3/8 16 -

- 24

5/16 21/64

7,9 8,5

7/16 14 -

- 20

3/8 25/64

9,3 10

1/2 12 -

- 13

27/64 27/64

10,5 10,5

9/16 12 -

- 18

31/64 33/64

12 13

5/8 11 -

- 18

17/32 37/64

13,5 14,5

11/16 11 -

- 16

19/32 5/8

15 16

3/4 11 -

- 16

21/32 11/64

16,5 17,5

7/8 10 -

- 14

49/64 13/16

19,5 20,5

1 8 -

- 14

7/8 15/16

22,5 23,5

1 1/8 7 -

- 12

1 3/64 1 3/64

25 26,5

1 1/4 7 -

- 12

1 7/64 1 11/64

28 29,5

1 3/8 6 -

- 12

1 13/64 1 19/64

31 33

1 1/2 6 -

- 12

1 11/32 1 27/64

34 36

Page 101: APOSTILA FERRAMENTARIA

100

5.4 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) Coloque entre parênteses a letra "C" para as proposições certas e a letra "F" para as proposições erradas.

1) As roscas são confeccionadas principalmente no torno mecânico. ( )

2) As rocas são usadas em união de peças, nas montagem e desmontagem de instalações mecânicas. ( )

3) Um parafuso com rosca esquerda penetra numa porca girando no sentido contrário das dos ponteiros de um relógio. ( )

4) Passo de um parafuso é a distância em milímetro entre dois filetes consecutivos da rosca. ( )

5) A rosca triangular é quase exclusivamente utilizada para peças sujeitas a grande esforço. ( )

II) Marque a opção correta.

1) A rosca é constituída de uma saliência (filete) que se desenvolve:

(a) na superfície de uma peça.

(b) em um torno mecânico.

(c) em um torno de bancada.

(d) Em uma superfície cilíndrica.

2) Os parafusos com rosca whitworth (W) têm por medida:

(a) o milímetro. (b) o grau. (c) a polegada. (d) o centímetro.

3) O ângulo dos vértices da rosca "Americana" mede:

(a) trinta graus. (b) sessenta graus (c) cinqüenta e cinco graus. (d) vinte e nove graus.

VAMOS AVALIAR A SU A APRENDIZAGE M? ENTÃO FAÇA AS T AREFAS PROPOSTAS.

Page 102: APOSTILA FERRAMENTARIA

101

4) O perfil da rosca métrica é formada por um(a):

(a) Triângulo equilátero. (b) Triângulo isósceles. (c) Perfil quadrado. (d) Polegada.

5) As dimensões da rosca americana são expressas em:

(a) graus. (b) milímetros. (c) centímetros. (d) polegadas.

II) Preencha as lacunas.

1) A rosca é constituída de filete helicoidal com uma inclinação constante em um(a) ________________ cilíndrica.

2) As rocas podem ser feitas manualmente com auxílio de ferramentas denominadas ______________________ e __________________________.

3) Passo da rosca é a distância tomada _____________________ ao eixo entre dois filetes consecutivos.

4) O macho no 3 é denominado de macho ____________________, é o responsável pela forma final da rosca.

5) Para abrir roscas manualmente com o macho, o operador usa o recurso de um dispositivo denominado _________________________.

Page 103: APOSTILA FERRAMENTARIA

102

IV) Associe a coluna da esquerda com a coluna da direita.

( 1 ) Rosca externa

( 2 ) Calibre de rosca

( 3 ) Macho

( 4 ) Torno de bancada

( 5 ) Chanfro

( 6 ) Parafuso cônico

( 7 ) Porca tarraxada

( ) Empregada para limpeza de roscas já existente.

( ) Utilizado para alargar a fenda da tarraxa a fim de abrir rosca em haste com diâmetro maior que o especificado na tarraxa.

( ) Pequena comicidade na extremidade da haste que se vai abrir a rosca.

( ) Utilizado para manter a peça fixada em posição vertical.

( ) Utilizado para abrir rosca interna manualmente.

( ) Utilizado para saber o passo da rosca.

( ) Rosca aberta em uma haste cilíndrica.

( ) Dispositivo utilizado para girar a tarraxa.

Page 104: APOSTILA FERRAMENTARIA

103

UNIDADE 6 CONTADORES DE ROTAÇÃO

6.1 – IDENTIFICAÇÃO

6.2 – TIPOS

6.3 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

6.4 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Page 105: APOSTILA FERRAMENTARIA

104

Page 106: APOSTILA FERRAMENTARIA

105

UNIDADE 6

CONTADORES DE ROTAÇÃO

6.1 – IDENTIFICAÇÃO

Contadores de rotação são aparelhos constituídos com dispositivos que permitem medir o número de rotações, a cada momento de uma máquina, de um motor, de um eixo ou outra peça qualquer sujeita a um movimento giratório. Esse movimento é a velocidade do eixo, e é medida em rotações por minuto (r.p.m.).

6.2 – TIPOS DE CONTADORES

TACÔMETROS

Os tacômetros, em sua maioria, são fixados aos equipamentos onde são utilizados. Eles são ligados às turbinas, eixos propulsores, motores, etc. Para que se tenha conhecimento permanente das suas velocidades o tipo mais simples é o que se baseia na força centrífuga. Utiliza o efeito causado pela força centrífuga1, que agindo sobre dois pesos, que ao se abrirem, vai comandar um sistema hidráulico que, por seu lado, determina o movimento do eixo que controla a quantidade de combustível injetada no cilindro, conseguindo com isso a velocidade do motor e causando o deslocamento de um ponteiro sobre o mostrador graduado.

A figura 6.1 mostra um desenho esquemático desse tipo de tacômetro.

Fig. 6.1 - Tacômetro em desenho esquemático 1 Força que age em sentido oposto ao centro.

O QUE SÃO OS CONTADORES DE ROTAÇÃO?

QUAIS SÃO OS TIPOS DE CONT ADORES DE ROT AÇÃO?

Page 107: APOSTILA FERRAMENTARIA

106

DISPOSITIVOMECÂNICO

SISTEMA DE ENGRENAGENSREDUTORAS

TURBINA

MAMÔMETRO

REDE DE VAPOR

MANÔMETRO

MANÔMETROTACÔMETRO

DINAMÔMETRO

GERADOR

A figura 6.2 ilustra um tacômetro instalado em

um gerador de eletricidade, para medir o número de rotações por minuto (r.p.m.) do seu eixo.

Fig. 6.2 - Tacômetro numa instalação real

A rede do vapor gerado pela caldeira vai acionar a turbina em alta rotação. Um sistema de engrenagens redutoras de velocidade instalado na a turbina faz girar o eixo do gerador, que através de um dispositivo mecânico transmite a r.p.m., que vai ser registrada no mostrador do tacômetro.

Fig. 6.3 - Sistema de rede de vapor

Page 108: APOSTILA FERRAMENTARIA

107

DINAMÔMETRO – aparelho destinado a medida de uma força.

MANÔMETRO – instrumento próprio para medir a pressão do vapor e dos gases.

TURBINA – dispositivo mecânico no qual a energia de um fluido (água, vapor, gás, etc.) faz girar um eixo ou uma roda.

TAQUÍMETROS

Os taquímetros são contadores de rotações geralmente portáteis e são também utilizados para medir a r.p.m. de equipamentos que tenha movimento de rotação.

Fig. 6.4 - Taquímetro

São aparelhos de precisão acondicionados em estojos portáteis.

Geralmente possuem hastes de diferentes pontas que serão utilizadas dependendo do tipo do eixo que se vai medir. Essas hastes são encostadas ao eixo em movimento, e um conjunto de engrenagem vai transmitir o movimento ao ponteiro, que indica as rotações no mostrador.

Existem vários tipos de hastes, cada uma para tipos de eixos diferentes. As pontas em forma de cone e as pontas de vácuo são as que mais normalmente são fornecidas com o instrumento.

As pontas de vácuo são as que mais se adaptam a eixos de extremidade lisa. A ponta cônica é melhor para se trabalhar em eixos em cuja extremidade existe um furo de centro.

Quando se usa contador de rotações, deve-se considerar o fator tempo. Pode-se usar o ponteiro dos segundos de um relógio para melhor medir as rotações, porém é mais conveniente que se use um cronômetro.

Cronômetro é um relógio de precisão, fabricado segundo rigoroso padrões internacionais de exatidão.

É um instrumento mecânico ou elétrico que permite medir, com precisão intervalos de tempo.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER:

Page 109: APOSTILA FERRAMENTARIA

108

LEMBRETE IMPORTANTE

6.3 – NORMAS DE CONSERVAÇÃO

Deve-se manter os taquímetros isolados de outras ferramentas. Mantenha-os limpos após o uso. Mantenha-os acondicionados em estojos apropriados.

Page 110: APOSTILA FERRAMENTARIA

109

6.4 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) Coloque entre parênteses a letra "C" para as proposições certas e a letra "F" para as proposições erradas.

1) O tacômetro pode ser utilizado para medir o número de rotações de um eixo. ( )

2) Os taquímetros são contadores de rotações portáteis. ( )

3) Força centrífuga é a força orientada no sentido do centro. ( )

4) Os taquímetros são utilizados para medir a força centrífuga de um motor. ( )

5) A velocidade do eixo de um motor é medida em rotações por minuto. ( )

II) Preencha as lacunas abaixo.

1) Contadores de rotações são aparelhos que permitem medir o (a) __________________ de rotações a cada momento.

2) As rotações de um eixo ou de um motor são ____________________ em r.p.m.

3) Taquímetros são aparelhos de _________________ acondicionados em estojos portáteis.

III) Marque a opção correta.

1) Os aparelhos utilizados para conhecimento constante da velocidade de um motor são

denominados:

(a) propulsores.

(b) turbogeradores.

(c) cronômetro.

(d) tacômetro.

2) As pontas das hastes do taquímetro que mais se adaptam a medir rotações de um eixo cuja extremidade possui um furo é:

(a) lisa.

(b) vácuo.

(c) cilíndrica.

(d) cônica.

AGORA, VOCÊ TERÁ A OPORTUNIDADE DE AVALIAR A SUA APRENDIZAGEM. APROVEITE BEM ESTE MOMENTO.

Page 111: APOSTILA FERRAMENTARIA

110

3) O tipo de tacômetro apresentado no nosso manual de consultas se baseia:

(a) no vácuo.

(b) na hidráulica.

(c) na força centrípeta.

(d) na força centrífuga.

IV) Responda às perguntas a seguir.

1) Em que se baseia o tipo mais simples de tacômetro mencionado no nosso manual de consulta?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2) Qual é o dispositivo do taquímetro que indica a velocidade do eixo mostrador de rotações?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

V) Numere a coluna da direita de acordo com a esquerda.

( 1 ) Haste cônica

( 2 ) Tacômetro

( 3 ) r.p.m.

( 4 ) Tempo

( 5 ) Centrífuga

( 6 ) Cronômetro

( ) Instrumento de precisão que permite medir, com precisão, o intervalo de tempo.

( ) Força que age em sentido oposto ao centro.

( ) Fator que se deve considerar quando se usa o contador de rotações.

( ) Usada como medida de velocidade de uma peça sujeita a um movimento giratório.

( ) Aparelho fixado às turbinas, a eixos propulsores e a motores de navios para que se tenha conhecimento constante de suas velocidades.

( ) Tipo de haste do taquímetro utilizada em eixo cuja extremidade possui um furo de centro.

( ) Força que age no sentido do centro.

Page 112: APOSTILA FERRAMENTARIA

111

UNIDADE 7 GABARITOS

7.1 – UNIDADE 1.0

7.2 – UNIDADE 2.0

7.3 – UNIDADE 3.0

7.4 – UNIDADE 4.0

7.5 – UNIDADE 5.0

7.6 – UNIDADE 6.0

Page 113: APOSTILA FERRAMENTARIA

112

Page 114: APOSTILA FERRAMENTARIA

113

UNIDADE 7 GABARITOS

7.1 – UNIDADE 1.0

I) Leitura das medidas ilustradas.

1 – 8

7" 1

2 – 8

5"

3 – 4

3" 1

4 – 8

7"

5 – 43"

6 – 169" 1

7 – 83" 1

8 – 4

1" 1

9 – 16

11" 1

Page 115: APOSTILA FERRAMENTARIA

114

10 – 2

1" 3

11 – 16

13"

12 – 43"

13 – 169" 1

14 – 3217"

15 – 33mm 16 – 53mm 17 – 29mm 18 – 30mm 19 – 34mm 20 – 40mm

Page 116: APOSTILA FERRAMENTARIA

115

7.2 – UNIDADE 2.0

I) Opções corretas. 1) d 2) c 3) b 4) b 5) d

II) Lacunas.

1) pernas

2) pontas

3) articulação

III) Respostas às perguntas.

1) Compasso de centrar do hermafrodita.

2) Em esmeril ou em pedra de afiar.

IV) Associação de colunas

( 5 ) - ( 4 ) - ( 3 ) - ( 6 ) - ( 1 ) - ( 2 ) - ( - )

Page 117: APOSTILA FERRAMENTARIA

116

7.3 – UNIDADE 3.0

I) Leitura das medidas.

1 – 0,9mm 2 – 20,2mm 3 – 26,2mm 4 – 73,6mm 5 – 106,5mm 6 – 122,7mm 7 – 48,3mm 8 – 99,4mm II) Leitura das medidas. 1 – 4,00mm 2 – 4,50mm 3 – 32,70mm 4 – 78,15mm 5 – 59,30mm 6 – 125,80mm 7 – 23,35mm 8 – 11,05mm 9 – 2,55mm 10 – 107,35mm 11 – 94,10mm 12 – 0,35mm

Page 118: APOSTILA FERRAMENTARIA

117

III) Leitura das medidas. 1 – 11,00mm 2 – 16,02mm 3 – 15,34mm 4 – 16,54mm 5 – 31,94mm 6 – 93,48mm 7 – 71,76mm 8 – 49,24mm 9 – 41,20mm 10 – 55,52mm

IV) Leitura das medidas.

1 – "

321

2 – "

81

3 – "

41 7

4 – "

161 10

5 – "

6411 1

6 – "

41 4

7 – "

6457

Page 119: APOSTILA FERRAMENTARIA

118

8 – "

3225 5

9 – "

128119 2

10 – "

32275

11 – "

6439 4

12 – "

3217 1

13 – "

6443 4

14 – "

647 7

V) Leitura das medidas.

1 – "

321

2 – "

81

3 – "

161 10

4 – "

6411 1

5 – "

12859

6 – "

163

Page 120: APOSTILA FERRAMENTARIA

119

7.4 – UNIDADE 4.0

I) Leitura das medidas em polegadas.

1 – 0,175" 2 – 0,238" 3 – 0,3313" 4 – 0,1897" 5 – 0,031" 6 – 0,468" 7 – 0,0602" 8 – 0,4766" 9 – 0,075" 10 – 0,025" 11 – 0,300" 12 – 0,359" 13 – 0,544" 14 – 0,301" 15 – 0,287" 16 – 0,667" 17 – 0,119" 18 – 0,446" 19 – 0,500" 20 – 0,058" II) Leitura das medidas em milímetros. 1 – 3,00mm 2 – 42,97mm 3 – 3,930mm

Page 121: APOSTILA FERRAMENTARIA

120

4 – 1,586mm 5 – 53,08mm 6 – 2,078mm 7 – 0,349mm 8 – 18,61mm 9 – 7,324mm 10 – 8,382mm 11 – 11,222mm 12 – 6,51mm 13 – 63,21mm 14 – 26,668mm 15 – 0,42mm 16 – 0,99mm

Page 122: APOSTILA FERRAMENTARIA

121

7.5 – UNIDADE 5.0

I) Proposições certas e erradas.

1 - C

2 - C

3 - C

4 - C

5 - F

II) Opções corretas.

1 - d

2 - c

3 - b

4 - a

5 - d

III) Lacunas.

1 - Superfície

2 - Machos e tarraxas

3 - Paralelamente

4 - Acabador

5 - Desandador para macho

IV) Associação de colunas.

( 7 ) - ( 6 ) - ( 5 ) - ( 4) - ( 3) - ( 2) - ( 1 ) - ( )

Page 123: APOSTILA FERRAMENTARIA

122

7.6 – UNIDADE 6.0

I) Proposições certas e erradas.

1 - ( C )

2 - ( C )

3 - ( F )

4 - ( F )

1 - ( C )

II) Lacunas.

1 - Número

2 - Medidas

3 - Precisão

III) Opções corretas.

1 - d

2 - d

3 - d

IV) Respostas.

1 - Se baseia na força centrífuga.

2 - Ponteiro.

V) Associação de colunas.

( 6 ) - ( 5 ) - ( 4 ) - ( 3 ) - ( 2 ) - ( 1 )

Page 124: APOSTILA FERRAMENTARIA

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BIBLIOGRAFIA

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