fepiano (iii)

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Edição nº 3 - Junho de 2013

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  • n 3 junho 2013 distribuio gratuita Periodicidade: mensal www.fep.up.pt

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    Tiago Devesa, o melhor aluno da FEP fala-nos do seu percurso acadmico

    Pags 4-5

    Edifcio das ps-graduaes

    Pgina 2

    Erasmus na FinlndiaIsabel S, aluna que esteve, no passado semestre, na University of Tampere, fala-nos da experincia por terras nrdicas.

    Pginas 10 e 11

    A faculdade vista de foraFep mantm rumo de exigncia e qualidadeAs opinies de fi guras ilustres

    Pgina 6

    Por detrs dos rostos conhecidosConversa Fiada, promovida pelo EXUP (Experience Upgrade Program), no Salo Nobre, a propsito da comemorao dos 10 anos desta organizao da Academia de Competncias da FEP.O EXUP, que nos tem dado a conhecer, neste

    mbito, as diversas organizaes da Faculdade, surpreendeu-nos, desta vez, com um leque de fi guras pblicas convidadas para uma conversa em tom intimista: Jorge Gabriel, Eugnio Campos e Pedro Abrunhosa.

    Agenda CulturalPgina 8

    FEP Finance Club: S&P500 em mximos histricos subvalorizado ou sob apreciado?

    O S&P 500, o ndice de mercado baseado nas aces das 500 maiores empresas cotadas no mercado americano, renovou no passado ms de Maio os seus mximos histricos.

    Pg. 12

  • N 3 - junho 20132

    Na ltima edio, o FEPIANO deu a conhecer o edifcio principal da faculdade. No entanto, este no o nico que constitui a derradeira Faculdade de Economia do Porto. O edifcio das ps-graduaes , tambm, importante e muito utilizado at pelos alunos das licenciaturas. No s o edifcio principal que feito de histriasMARTA TISTA SANTOS

    Apesar de mais recente, este edifcio tambm foi alvo de alguns contratempos, at se formar aquilo que designamos, hoje, por Edifcio das Ps-Graduaes.

    Tudo comeou h mais de 20 anos, com um terreno de mais de 8000 m2, em que seria cons-trudo o Edifcio NET Novas Empresas e Tec-nologias.

    Durante muito tempo, o atual Bloco A (Bloco 400) era designado como BIC Business Inova-tion Center, um edifcio criado para servir como uma espcie de incubadora de novas empresas.

    No entanto, este projeto morreu com a construo do Europarque em Santa Maria da Feira, que, entre outras infra-estruturas, desen-volveu o Parque de Cincias e Tecnologia com esse objectivo (acolhimento e incubao empre-sarial e prestao de servios e apoio s empresas instaladas).

    O esqueleto do Bloco A ficou, ento, entre-gue a actividades pouco lcitas. Com o cresci-mento exponencial da Faculdade de Economia e

    com a criao de escolas de ps-graduaes da Universidade do Porto, foi reabilitado e inaugu-rado no final de 2005.

    Atualmente, este Bloco alberga os Servios de Informtica, Salas de Computadores para os alu-nos, 4 salas de aula e 1 gabinete (401, 402, 403, 404 e 406).

    Durante a obra, ocorreram alguns problemas um curto-circuito nas vsperas da inaugura-o provocou problemas nas bombas de gua e transformou numa autntica piscina uma zona do edifcio (debaixo do atual Bar das Ps-Gra-duaes), afogando as prprias bombas.

    J em 2005 se encontrava em fase de constru-o a 2 parte do Edifcio das Ps-Graduaes (na altura, designado por Ampliao da Facul-dade de Economia) os Blocos B (Bloco 500) e C (Bloco 600) que, na verdade, so 3 blo-cos projectado pelo Arq. Camilo Corteso. Entrou em pleno funcionamento em 2007, com mais salas de aula, gabinetes, 1 sala polivalente e 1 auditrio para 70 pessoas (69, mais precisa-mente!).

    Quando o projecto terminou, como no era possvel chamar os 4 blocos de BIC ou de Ampliao da Faculdade de Economia, e como j era utilizado, essencialmente, para aulas de mestrado e ps-graduaes, ficou, ento, como Edifcio das Ps-Graduaes.

    Agora, para acabar em beleza: sabiam que este edifcio construdo por cima de uma ribeira? Algum sabe o nome?

    SEM AMARRAS

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    A contrastar com os tempos actuais, Maio foi prdigo e presenteou-nos dias com sabor a Vero. Na verdade, as ondas de calor confundiram algumas pessoas. A desidratao tem des-tes inconvenientes. Iniciemos com os efeitos do calor sobre o actual ministro da Presidncia, Marques Guedes, que confun-diu o seu colega governamen-tal, Paulo Portas, com o lder do principal partido da oposio. Afi nal, no sou o nico a obser-var que h mais resistncia ao governo dentro do prprio go-verno do que na poltica efectu-ada por Antnio Jos Seguro. A meio da declarao de Marques Guedes, j esperava que este se equivocasse pela 2 vez to acertadamente como da 1 , afi rmando que o lder socialista, afi nal, era o brao direito de Pas-sos Coelho. Bem vistas as coisas, a declarao do ministro no assim to equvoca, como pri-meira vista nos possa parecer: Paulo Portas qualifi cou-se como um homem de uma palavra e referiu que era politicamen-te incompatvel com a TSU dos pensionistas, por razes de justia social, impacto econmico e, at, de prudncia jurdica. Ainda assim, decidiu aceit-la em conselho de ministros. Se j cmico ver um ministro a classifi car como errada uma medida assinada tambm por si, ainda mais jocoso v-lo a consentir a mesma, depois de garantir que no o faria.

    E , assim, de medida em medida poltica (de corte), da-quelas que so criticadas pelos mesmos que as lanam, que o pas anda. [Mas ele anda?] Ali-s, manca. [Chega a tanto?] Permanecemos, claramente, a coxear, aps o fi m da 7 ava-liao da Troika, e, segundo o nosso Presidente da Repbli-ca, no fosse a inspirao da Nossa Senhora de Ftima, do 13 de Maio, hoje estaramos estticos (e ligados mqui-na). Cavaco Silva, com fortes convices religiosas, e aps verifi car que nada se tem resol-vido, neste pas, por via de um bom domnio da cincia (pol-tica, matemtica, etc.), decidiu virar-se para a f. Quem no foi na mesma onda religiosa de Cavaco Silva foi o escritor Miguel Sousa Tavares. Este acabara de lanar um novo ro-mance e, agora, v-se envolto noutro, judicialmente, por ter apelidado o P.R. portugus de palhao. Por via de um an-tigo (e confi vel) Dicionrio

    Prtico Ilustrado que desco-bri, em minha casa, verifi quei que a palavra palhao designa uma personagem cmica que tem inteno de divertir o pblico e provocar o riso, em especial no circo. Obviamente, no dei-xarei expressa a minha opinio sobre o enquadramento do che-fe de Estado nacional na defi ni-o apresentada, apesar de crer que o Portugal contemporneo assemelha-se a um circo in-competente (j que todos ns espectadores compramos, a cada dia, um bilhete mais caro para assistirmos a um espect-culo em que nos rimos cada vez menos).

    O ms precedente fi cou, igualmente, marcado pela estu-pefaco. Assisti a uma situao que jamais pensei contemplar: Jesus de joelhos, enquanto o Papa danava [num dos ca-marotes do Estdio do Dra-go]. Passados uns dias, assisti a outro episdio cmico: a equipa Invicta preparava-se para festejar o tricampeonato de futebol e, um pouco por todo o pas, sentia-se o apoio ao primeiro-ministro tanto se queixam da sua poltica e todos gritavam pelo Passos. Sem efeito, dado que o F.C. Porto, contra as previses e os festejos antecipados que se fi -zeram sentir, garantiu um ano tri-turador com os ttulos de campeo nacional em Andebol, Futebol e Hquei. [O Liedson, fi nalmente, cumpriu o sonho de se tornar campeo nacional e nunca teve de trabalhar to pouco para isso.] A felicida-de de uns a infelicidade de outros e o Benfi ca viu escapar por entre os dedos, para alm do campeonato, a Liga Europa frente a um Chelsea algo sortu-do. E, como nada sufi ciente-mente mau para que no possa fi car pior, o Jamor contemplou a festa vimaranense. Em tanta mar de azar, os benfi quistas s tm de dar um desconto equipa dois, nunca , na me-dida em que no foi por falta de empenho que se viram de mos a abanar.

    Por fi m, gostaria de pres-supor uma fase de sucesso, a todos os estudantes da FEP, nesta poca de exames que se avizinha e, sendo esta a ltima edio do Jornal no presente ano lectivo, desejar a todos os elementos que compem (ou compuseram) a Faculdade de Economia do Porto um Vero sereno e divertido. At Setem-bro, Fepianos!

    Contrariedades de um circo

    HISTRIAS DA FEP

    O outro lado da FEP

  • 3N 3 - junho 2013

    MARIA SOUSA E MARTA TISTA

    Estamos na recta final de mais um ano acadmico: para uns o primeiro, para outros o seu ltimo

    A fase dos exames vai comear e, por muita vonta-de que tenhamos, sempre preciso um incentivo. No pretendemos recordar/retrospectivar o que foi a Se-mana da Queima das Fitas pois, como disse William Shakespeare, Conservar algo que possa recordar-te se-ria admitir que eu pudesse esquecer-te. E, como todos sabemos, esta semana inesquecvel!

    Assim, vamos apenas deixar-vos um feedback do que foi esta ltima edio do acontecimento mais impor-tante do ano.

    Antes de mais, no podemos esquecer a Imposio de Insgnias que antecede o incio desta semana.

    Esta cerimnia estudantil nica no cenrio acad-mico portugus. Com origem na Escola Mdico-Ci-rrgica do Porto, o costume seria retomado e aprofun-dado pela Universidade do Porto.

    No esquecendo os fitados e os grelados, esta ceri-mnia tem especial significado para os finalistas que cartolam. A FEP encheu-se de familiares, amigos, pa-drinhos e madrinhas que foram apoiar os estudantes neste momento nico.

    porta do Salo Nobre, aglomeravam-se os alunos que, ansiosos, verificavam a lista com os nomes e espe-ravam pela sua vez. Por um lado, a expectativa do mo-mento trazia-lhes a vontade de entrar mas, aps sarem do Salo Nobre, era notria a nostalgia nos seus olhos. Os seus percursos acadmicos estavam a chegar ao fim e, desse modo, muitos acontecimentos e memrias lhes vinham cabea.

    Depois, rodeados pelos seus mais prximos, aceita-vam de bom grado as bengaladas que lhes eram desferi-das. As cartolas eram, assim, quase desfeitas mas a boa disposio reinava.

    Um novo desafio estava agora a aproximar-se e, por muito que seja triste o momento de deixar a vida de estudante, o futuro esperava por eles!

    A Monumental Serenata marca o incio da semana da Queima e da ter um significado especial. O nome diz tudo e a imagem que fica desta noite magnfica o mar de estudantes que, de capa traada, ouvem respei-tosamente os acordes da guitarra e a voz dos fadistas.

    Realizado na Universidade Portucalence, contou

    com a presena do nosso fenomenal eCOROmia, que segundo os que assistiram conseguiu dar um final em grande a este encontro.

    Este ano marcado pela chuva, que muitos dizem ter abenoado a ocasio, foi, como sempre, um momento de grande animao. sempre uma fase de transio para todos os estudantes, principalmente para os caloiros que, passando a Tribuna, passam a pastranos.

    Mas, para acabar em beleza, como tradio, nada como ir ao banho nos Lees! Aqui todos somos iguais e a diverso e a garra so as palavras de ordem. A nossa bandeira ainda l continua, no cimo, a assinalar a presena desta grande casa!

    Este ano, a TAFEP esteve em grande neste Festival! No desprezando as restantes tunas presentes, temos de dar os parabns nossa Tuna que conseguiu arrecadar trs pr-mios: Melhor Pandeireta, Melhor Estandarte e 3 Melhor Tuna. Grande TAFEP!

    A Garraiada marca o fim desta fantstica semana para todos os estudantes! A FEP esteve l, de vermelho e bran-co, e foram muitos os corajosos a pegar o vitelo. A melhor claque foi a do ISMAI, mas para o ano estaremos l a exigir a desforra.

    O culminar de um ciclo

    CRDITOS: JOAQUIM MARTINS

  • N 3 - junho 20134

    Este ms, o Fepiano saiu dos gabinetes e foi ao encontro do melhor aluno da nossa Faculdade. Tiago Devesa, finalista da Faculdade de Economia do Porto, partilhou o seu brilhante percurso, ao longo dos ltimos trs anos. Com passagens pelo FICT e pela FJC, o estudante gaiense revela os segredos do seu sucesso e responde a questes de carcter pessoal.

    GONALO SOBRAL MARTINS E GUILHERME SOUSA

    Escolheste a FEP e Econo-mia, durante o secundrio foi uma opo entre muitas outras alternativas, ou nunca foi uma dvida? O que mais pesou na escolha da FEP?

    Durante o meu secundrio, tinha interesse por vrias reas, tendo saltado por vrias. Pri-meiro, comecei por querer ir para Fsica, mais tarde Direito, depois Filosofia e acabei por assentar em Medicina. No entanto, tinha co-legas que me falaram em Econo-mia e fui, literalmente, atrs deles. Inscrevi-me e preparei-me para o exame nacional de Economia e, prontamente, me apercebi que os contedos abordados pela rea me interessavam imenso. Portan-to, a minha escolha foi feita sob presso e sem grande racionalida-de. No entanto, apesar de me ter parecido uma deciso precipitada, acabou por correr muito bem.

    Alguma vez puseste em ques-to a tua escolha?

    As primeiras notas surpreen-deram-me pela negativa o que, a par do choque relacionado com a mudana, gerou em mim um desconforto que, numa fase ini-cial, me fez pensar em desistir do curso. Coloquei como hiptese mudar para Medicina, mas aca-bei por dar uma oportunidade a Economia e insistir por um ano. No final, j no havia hesitaes e apercebi-me que adorava isto.

    Como que descreves a tua adaptao faculdade?

    A minha entrada na FEP ocor-re quase em simultneo com a entrada na FJC (FEP Junior Con-sulting), o que facilitou imenso o processo de integrao, na medi-da em que encontrei um grupo de pessoas muito interessante que me deram bastante apoio.

    O que te supreendeu na FEP e, pelo contrrio, te desiludiu?

    No contemplo muita coisa que me tenha desiludido, mas di-ria que pontualmente o mtodo de ensino no incentiva as pessoas a pensar, a serem crticas e ana-lticas por si prprias. Por outro lado, apesar de, antes de ingressar aqui, j estar espera que a FEP tivesse tantas mentes incrveis, quando tive contacto com elas, fiquei ainda mais surpreendido com o potencial das mesmas.

    Como vs o curso de Econo-mia na preparao dos estu-dantes para o mercado de tra-balho e vida?

    Numa perspectiva de integrar o mercado de trabalho, o curso de Economia muito incompleto, o que no necessariamente mau, isto porque um curso intrinse-camente terico e, relativamente, curto. Em relao s outras com-ponentes (soft skills), hoje em dia extremamente necessrias, tm que ser conquistadas por outra via que no o curso. No entanto, jul-go que mesmo assim que tudo deve funcionar.

    Compara o Devesa do incio do curso com o atual, em ter-mos de organizao, dedicao ao curso...

    Nestes trs anos, tive oportu-nidade de contactar com pessoas com uma viso da vida diferente, mas, ao mesmo tempo, muito in-teligentes e competentes. Foram estas as pessoas que me fizeram sair do meu quadradinho e, tambm, me ajudaram a ver que para uma dada situao existem vrias resolu-es vlidas. Alm disso, a minha passagem pelo FICT, pela FJC e, especialmente, pelo prprio curso deram-me ferramentas que me se-ro muito teis no futuro.

    Se fosses agora mentor de um recm-chegado FEP, quais as dicas que lhe darias?

    O nico conselho que seria generalizvel era o de tentar co-nhecer ao mximo as suas foras e as suas fraquezas, para, assim, tentar adaptar, da melhor forma, a sua abordagem, bem como os seus objectivos aquilo que gos-ta e no gosta de fazer. Alguns conselhos que so mais espec-ficos, mas que tambm acredito que se poderiam aplicar maior parte das pessoas: em primeiro lugar, candidatar-se a algumas das organizaes de estudantes da FEP pessoalmente achei mais interessantes a FJC e o

    FICT, contudo diferentes pes-soas tero diferentes interesses. Como segundo ponto, a quem no se sinta muito confortvel com o ingls, aconselharia a tentar ultrapassar o mais rapi-damente essa dificuldade. Por ltimo, aconselho os alunos a ar-riscarem, a tentarem envolver-se no maior nmero de coisas dife-rentes h imensos concursos/eventos que acontecem na FEP: os 3 anos de curso passam mui-to depressa, por isso acho que importantssimo que o aluno se tente envolver no maior nme-ro de experincias possveis, por forma a conhecer-se melhor.

    Tiveste um percurso de 3 anos na FJC e FICT. Porque escolheste estas duas organi-zaes da nossa faculdade e o que delas tiraste?

    A primeira instituio para a qual entrei foi a FJC e cativou--me imenso por me oferecer uma experincia prtica e concreta. O facto de poder resolver problemas reais e de ser uma organizao totalmente gerida por estudantes fez-me acreditar que poderia po-tenciar o meu desenvolvimento, de um modo muito mais rpido. Em relao ao FICT, as minhas grandes referncias na faculdade tinham sido os criadores desta instituio. A par disso, verifi-quei que o crescimento que eles tinham com a participao em competies internacionais era exactamente o crescimento que eu queria ter. Na altura, pareceu--me que a FJC e o FICT seriam uma combinao ptima, por me permitirem um forte desenvolvi-mento pessoal, resolver casos reais e ter acesso a outras grandes opor-tunidades.

    Qual a imagem que a praxe deixa a um aluno que no a vive por dentro?

    Nunca foi algo que tenha des-pertado o meu interesse, pelo que no possuo um conhecimento detalhado sobre aquilo que so as actividades praxistas, para poder dar uma opinio relativamente aprofundada. No entanto, pare-ce-me positivo que um grupo se junte quando se sente bem dentro desse conjunto de pessoas, desde que no promova hostilidade para as pessoas que dela no fazem par-te. O caso da praxe, na FEP, nun-ca me pareceu fazer isso, pelo que penso que se as pessoas gostam de nela participar algo de positivo.

    Sempre tiveste o curso como prioridade ou, muitas vezes, re-lativizaste a sua importncia?

    A minha prioridade foi, desde sempre, aprender o mximo pos-svel, sendo que o curso era uma dessas vertentes de aprendizagem. Considerando isto, durante es-tes trs anos, tentei jogar com as produtividades marginais e com o custo-benefcio das diversas actividades e maximizar, assim, a minha aprendizagem. Por vezes, o curso saiu sacrificado. Tive de faltar a algumas frequncias, ou deixar de estudar, para partici-par noutras actividades. Todavia, tambm, j tive de recusar outros projectos para me poder concen-trar no curso. Em suma, nunca coloquei uma coisa frente da outra, mas tentei geri-las, como se estivessem lado a lado.

    Quais as caractersticas da tua personalidade que vs como oportunidades de melho-ria, ou mesmo fraquezas irre-mediveis?

    No sei se tenho espao sufi-ciente para responder pergunta! Algo em que tenho tentado tra-balhar nos ltimos anos a mi-nha abertura a opinies externas tinha a tendncia a ser muito agarrado minha forma de ver o mundo o que claramente um desperdcio. Apesar de ser um cli-ch acredito verdadeiramente que toda a gente tem algo para nos ensinar.

    Outro ponto, este que talvez seja um pouco irremedivel que no sou muito bom em si-tuaes sociais: sou uma pessoa bastante tmida e um pouco (ou muito) esquisito na forma de me exprimir (suponho que dizer coisas como tentei jogar com as produtividades marginais tam-bm no ajude).

    Adoro conhecer pessoas, aju-dar e ser ajudado simplesmente por vezes no sei como o fazer da melhor forma e dou a ideia de ser muito pouco emptico: quem me conhece sabe que no o fao por mal, mas com as restantes pessoas provavelmente passo uma ima-gem que penso no ser verdadeira.

    Como conseguiste gerir uma mdia alta, quando te vs en-volvido e sobrecarregado com atividades extracurriculares?

    Julgo que a estratgia que per-mite conciliar um bom desempe-nho no curso com a realizao de outras actividades perceber que nem sempre uma grande quan-tidade de estudo equivale a uma boa qualidade de estudo. Ou seja, estudar muito pode no ser uma boa estratgia. Alm disso, a orga-nizao do estudo, conhecer bem o sistema de avaliao em que es-tamos inseridos e perceber aquilo em que nos devemos focar so, tambm, factores com um papel

    relevante nos meus bons resulta-dos.

    Fazer o curso na Maior, parece-te vivel faz-lo sem ser presena assdua nas aulas?

    Pelo ponto de vista pessoal, no vejo uma grande correlao entre o nmero de aulas assistidas e o sucesso acadmico, em termos gerais. No entanto, h aulas que me parece vantajoso assistir. As-sim, julgo crucial que cada pessoa entenda quais so essas cadeiras e que consiga gerir, a partir da, o curso, tendo isso sempre em con-siderao.

    Prestes a terminar o curso, que balano fazes dos trs anos que viveste nesta faculdade?

    O curso muito curto e, por termos to pouco tempo, foram muitas as boas oportunidades que no pude agarrar. Ainda assim, consegui fazer muitas coisas in-crivelmente interessantes. A FEP disponibiliza um leque to vasto de alternativas, o que no acon-tece em igual proporo noutras faculdades, que natural que des-ponte uma certa frustrao.

    O que te arrependes de no ter feito durante estes trs anos?

    Sinceramente, no h nada de que me arrependa, por saber que no daria para concretizar outras coisas sem que tivesse de sacri-ficar algumas daquelas que fiz. Contudo teria adorado partici-par em mais debates da SdDUP, teria adorado passar por todas as organizaes da FEP e, tambm, gostaria de ter aprofundado ain-da mais os contedos leccionados nas cadeiras mas tal ter de ficar para daqui a uns anos.

    Qual o ponto que eleges como o mais alto da tua carrei-ra acadmica?

    Ter passado pela direco da FJC e do FICT, no por poder pr mais uma linha no meu C.V., mas por ter tido a oportunida-de de, colectivamente, definir o rumo de um grupo excepcional de pessoas e por perceber que ti-nha a confiana dessas pessoas to incrveis. A passagem pela direc-o permitiu-me conhecer os dois lados da barricada ser liderado e co-liderar o que acredito que me fez crescer imenso.

    Que outros interesses tens na tua vida?

    Gosto muito de literatura, fi-losofia, cincias naturais fsica, em particular e msica, apesar de no ter muito jeito.

    Para ti, o que vale a pena na vida?

    O facto de no fazermos tudo o queremos no presente saudvel, o que no faz sentido estar sem-

    ALUNO DA FEP, EM ENTREVISTA

    Cavaqueando com... Tiago De vesa

    O curso de Economia muito incompleto, o que no necessriamente mau.

  • 5N 3 - junho 2013

    JOS GUILHERME SOUSA

    O artista que ningum conhece

    Enquanto vinha ao mundo o primeiro indivduo, nascia num lugar no muito distante o pri-meiro artista. Nestes dois grandes acontecimentos da nossa Histria surge alguma indefinio, isto por-que esses historiadores astuciosos inventam definies distintas para o mesmo episdio do passado, con-seguindo, assim, numa tentativa de rendibilizar a oportunidade, obter duas pginas quando qualquer ma-temtico se sentiria capaz de dizer o mesmo em duas linhas. Quando pronunciei o surgimento do pri-meiro Homem, ou seja, do primei-ro Artista, no me referia a Ado, nem a Jesus Cristo. Queria somen-te dizer que todo o Homem nasceu Artista e que onde h Homem h Arte. Nada mais!

    Assim, no precisamos de procu-rar um indivduo abenoado pela inexistncia de tal veia artstica, dentro de si. Nascemos assim, no uns pobres coitados, mas predesti-nados a fazer arte. Se todo o Ho-mem artista, por que no vivemos irreversivelmente maravilhados?

    Ns, artistas, nascemos todos diferentes e dotados de capacidades nicas. No entanto, h habilida-des mais habituais, outras menos aperfeioadas. Assim anda a Arte, apenas aquilo que inovador o que traz consigo a ruptura e a mu-dana capaz de fascinar a gente que percebe de arte, esses dotados de muita sensibilidade. Lembro-me de perguntar minha professora de Educao Visual o porqu da obra de Joan Mir ser to valoriza-da - sinceramente, sentia-me capaz de fazer bem melhor -, ao que ela disse: Se no fosse ele, alguma vez pensarias fazer isto?. No por acaso que os grandes nomes da Arte surgem num perodo de fractura, podendo ser os responsveis pelo nascer de uma nova realidade. Por exemplo, Leonardo Da Vinci e Mi-guel ngelo, talvez os dois maiores gnios da nossa histria, inserem-se no Renascimento e so, de alguma forma, responsveis por retirar o Homem desse escuro que caracte-rizou a Idade Mdia.

    Provavelmente tenha definido o artista deste jeito, porque tenho, igualmente, essa ambio de ser um criador conhecido e reconhecido. No entanto, no vejo onde est o meu talento! A propsito, h pouco tempo atrs, li uma definio curio-sa de talento: Talent is bullshit. Parece-me bem! O tal dom que di-zem nascer connosco estimulado durante a vida, sobretudo na infn-cia e resulta de um processo a que se chama treino. No me parece ra-zovel pensar que Thomas Edison, que, um dia, disse ser necessrio 90% de trabalho e apenas 10% de talento para que qualquer inveno se concretizasse, tenha descoberto a frmula da lmpada na barriga da mam Nancy.

    Se tudo o que o Homem faz arte e se eu sou Homem, espero que tenham tido toda a sensibili-dade necessria para interpretar esta minha obra.

    ALUNO DA FEP, EM ENTREVISTA

    Cavaqueando com... Tiago De vesapre a sacrificar a vida em termos pessoais por troca de objectivos a longo prazo. O que vale a pena na vida algo subjectivo, um concei-to que muda consoante a pessoa e a experincia de vida da mesma. No meu caso, creio que conquis-tei um bom meio-termo, que me permite conciliar da melhor for-ma as vidas pessoal e profissional, o que me deixa muito satisfeito.

    No incio do terceiro, j tinhas sido admitido pela McKinsey. Como surgiu esta oportunidade prematura de trabalhar em consultoria estra-tgica e porqu deixar de lado, para j, um mestrado ou at doutoramento?

    A primeira deciso que tive de tomar foi comear, desde j, a trabalhar e no dar, por agora, continuidade aos estudos. A op-o pela McKinsey e por consul-toria estratgica surgiu porque tenciono continuar a aprender imenso. Fui atrs desse objectivo, candidatei-me e preparei-me para o processo de recrutamento, dado que era uma oportunidade que eu queria mesmo agarrar. Por outro lado, tambm, quis apressar este processo e tentei que ele decorres-se durante as frias para que no fosse uma preocupao durante o meu terceiro ano de faculdade o mais intenso em termos de traba-lho. Dito isto, o facto de ter sido recrutado numa fase relativamen-te precoce nada tem a ver com ca-ractersticas pessoais, mas com o facto de me ter candidatado mais cedo.

    Parece-te que terminado o curso devemos comear a tra-balhar?

    Depois dos trs anos, creio que crucial continuar a estudar. No entanto, esse estudo poder ficar adiado porque no me parece que, na nossa rea de Gesto, fa-zer o mestrado no imediato seja, a priori, uma necessidade. No meu caso, no vou continuar a estudar por agora, mas em trs anos ten-ciono realizar um MBA, que me parece um relativo substituto de um mestrado em Gesto.

    Porque temos na FEP uma percentagem mnima de es-tudantes a criar o seu prprio emprego?

    Em termos genricos (claro que cada um de ns ter o seu conjun-to de razes pessoal) diria que ser

    provavelmente injusto avaliar-mos essa percentagem olhando para o nmero de estudantes que se torna, ou no, imediatamente num empreendedor: Penso que no serei o nico a no me sentir preparado para, quer em termos de competncias quer em termos de maturidade, fundar a minha prpria empresa mal termine o curso ingressar numa empresa estabelecida e tentar aprender com os melhores e extrair lies valiosas de casos reais parece-me uma boa estratgia de mitigao de riscos futuros, mesmo para quem tenha essa veia empreendedora.

    Que Devesa podemos esperar daqui a 10 anos?

    No h um Devesa que eu ide-alize para daqui a 10 anos, apenas espero que, na prxima dcada, aprenda imenso e essa vontade se mantenha - e me torne uma pessoa cada vez mais completa.

    Faz parte dos teus planos estar por trs dos destinos do nosso pas?

    Assumindo que estamos a falar de poltica, confesso que uma rea de que gosto muito, mas que gosto muito em termos tericos: aprecio cincia poltica interes-so-me por Arrow, por Condorcet e por Aristteles. A vertente prti-ca da poltica algo que j no me atrai tanto, no por algo intrn-seco a ela mas, antes, pela forma como costuma ser feita. Dito isto,

    no algo que eu ponha de parte, a priori, mas penso que essa retri-buio ao pas, por aquilo que ele fez por mim e, como aluno uni-versitrio, pelo grande nmero de oportunidades que me foram sen-do proporcionadas pelo Estado, algo que eu tenciono fazer, s que no necessariamente num contex-to poltico.

    A organizao da FEP com-petition acontece no timing certo e que ter um impacto muito positivo na nossa facul-dade?

    O facto de a FEP acolher uma competio de resoluo de casos de negcio, a nvel internacional, ser extraordinrio. Diria que, nesta fase, a FEP recebeu uma das melhores notcias que poderia ter almejado. incrvel como em, somente, 3 anos o FICT tenha tido um crescimento to elevado e j tenha tornado a FEP a anfi-tri de uma grande competio. A sua organizao vai ao encon-tro da grande aposta na interna-cionalizao, por parte da nossa faculdade, e estou certo que as

    consequncias deste investimen-to sero muito positivas, no s para a FEP intitucionalmente mas tambm para como forma de motivar os estudantes a envolve-rem-se neste tipo de iniciativas e quererem, eles prprios, tomar as rdeas deste tipo de projeto.

    Acreditas no talento que se diz surgir nascena?

    No me parece inaceitvel a priori acreditar que possa haver factores genticos que favoream certos indivduos. Se quisermos ser menos restritivos do que nascena considero tambm que o ambiente no qual nos desenvol-vemos ter provavelmente efeitos no negligenciveis nas nossas ca-pacidades. Mas parece-me que, no mximo, todos estes eventos sero apenas complementares a elemen-tos que derivam da escolhas pes-soais, como a dedicao e esforo. Agora, determinar at que ponto que a propenso dedicao e ao esforo no em si mesma algo que deriva de elementos externos ao indivduo j levanta uma srie de outras questes

    No fazermos tudo o que queremos no presente saudvel.

    CITAES MAIS MARCANTES

    Momento: Comear a namorar

    Cidade: Depende de quem l estiver

    Livro: 1984: Orwell ou Retrato de Dorian Gray: Wilde

    Filme: Laranja Mecnica

    Banda: Pink Floyd

    Msica: Difcil! Reptilia dos The Strokes

    Prato: Esparguete bolonhesa

    Bebida: Caf

    Sonho: Escrever um livro

    Hobby: Tocar guitarra, apesar de no ter grande jeito

    Meio de Transporte: Metro

    Desporto: Correr para apanhar o metro

    Citao: To define is to limit: Oscar Wilde

  • N 3 - junho 20136

    MARIA SOUSA

    Acredito que a FEP continua a ser uma instituio muito exigente, o que permite que os licenciados saiam com uma composio tcnica apurada e profunda. Esta opinio foi manifestada por Miguel Soro, economista formado na FEP. O diretor do centro de empresas do BES foi um dos gestores que se pro-nunciou sobre a preparao dos licencia-dos da Faculdade de Economia do Por-to, quando estes iniciam as suas carreiras profissionais. Essa componente no me parece, todavia, que seja devidamente salpicada com uma aproximao vida empresarial. Na verdade, seria muito inte-ressante que a FEP criasse um programa com a comunidade empresarial regional

    (numa primeira fase) que pudesse albergar os estudantes, mesmo antes do final do seu curso, para que a aplicabilidade da formao fosse conquistada desde logo, acrescenta Miguel Soro.

    Na perspetiva de Antnio Cunha, licen-ciado em Gesto pela FEP e presidente da delegao norte da Ordem dos Economis-tas, a preparao muito boa, fruto da boa base de conhecimentos tericos e, tambm, de algumas noes prticas do que a rea-lidade empresarial. Temos que estar cientes de que a entrada no mundo do trabalho um processo de aprendizagem, pelo que no podemos esperar que um recm-licen-ciado saia da Faculdade a saber-fazer. importante que a Faculdade o ensine a sa-ber-saber e, tambm, a saber-estar. Nesses aspetos, a FEP tem demonstrado ser capaz.

    Outra questo abordada pelos economistas e gestores que foram ouvidos refere-se s vertentes dos cursos de Economia e Ges-to, que consideram importantes para as necessidades das organizaes. Miguel Soro conhece, com mais profundidade, o curso de Economia. Tratando-se de um curso mais generalista, permite, ao licenciado, ab-sorver uma formao importante em reas diversas, o que permite um maior leque de oportunidades em termos de carreira pro-fissional. Todavia, esta falta de especializa-o coloca o licenciado pouco preparado, partida, para uma atividade ou funo em concreto.

    A ligao vida profissional o campo de atuao de algumas organizaes de estu-dantes da FEP, como o caso da FJC. An-tnio Teixeira Lopes, presidente da ARAN (Associao Nacional do Ramo Autom-vel), avalia de forma positiva, e recomen-da, o trabalho realizado pelos estudantes da FEP. O trabalho foi feito e com bons resultados, que era o que me interessava. Gostei do trabalho efetuado por eles. Toda a experincia que um jovem licenciado pos-

    sa ter, toda a possibilidade de contacto com a realidade que vai enfrentar ser positiva. Acho que muito bom o caso da FJC, por dar, aos jovens, uma noo do que a reali-dade exterior. O que seria importante que as pessoas que andam na universidade tives-sem, j, na prpria universidade, adaptadas realidade. A FEP Junior Consulting um bom exemplo de como os estudantes uni-versitrios podem comear, durante a vida acadmica, a ter contacto com o mundo e, assim, sarem preparados para o lugar que vo ocupar.

    Antnio Cunha indicou, ainda, aquelas que considera como sendo as reas de for-mao mais relevantes num profissional: Sem dvida que um bom conhecimento tcnico (o saber-saber) um requisito para se ser um bom profissional. O domnio de disciplinas, como a Contabilidade (a linguagem das organizaes), as Finanas Empresariais (a tesouraria das organizaes) e o Marketing (a fonte de receita das orga-nizaes), a base para formar profissionais que acrescentem valor s organizaes onde venham a colaborar.

    A FACULDADE VISTA DE FORA

    FEP mantm rumo de exigncia e qualidade

    Nas reas de Economia e Gesto (onde a Capgemini recruta, essencialmente, para a unidade de Consultoria), os licenciados da FEP encontram-se ao nvel dos licenciados das restantes boas universidades portuguesas (Universidade Catlica Portuguesa, Uni-versidade Nova de Lisboa e Universidade de Coimbra). Possuem um nvel de conheci-mento tcnico elevado, uma parte significativa at j tem alguma experincia profissional sumria (obtida atravs de estgios de Vero ou curriculares), mas necessitam de apoio na aplicao dos conhecimentos reunidos na universidade ao dia-a-dia de uma empresa. Como maior lacuna, salientava a comunicao (verbal e escrita) adaptada ao meio em-presarial.Contudo, especialmente determinante o desenvolvimento de competncias de carcter pessoal e interpessoal, podendo, neste campo, as universidades assumir um papel de destaque: comunicao verbal e escrita, capacidade de persuaso, tomada de decises e resoluo de problemas, organizao do tempo e definio de prioridades de trabalho, capacidade de delegao de tarefas, trabalho sob presso, motivao de colabo-radores, entre outros. Por ltimo, numa economia cada vez mais global, essencial para os futuros profissionais, uma maior exposio a lnguas e culturas, pelo que o incentivo a intercmbios internacionais devem ser prioritrios ainda no decorrer da vida acadmica.

    Vanessa Loureiro Senior Manager Capgemini

    Na minha opinio, os licenciados da Faculdade de Economia do Porto saem muito bem, com uma forte capacidade de adaptao e de enfrentar dificuldades, sendo os que menos dificuldades tm em conseguirem entrar no mercado de trabalho.Antnio Monteiro, presidente do Conde Ferreira, presidente da associao de antigos alunos da FEP

    J tens planos para este Vero? No?! Descobre o que h por a! Quem espera terminar o estudo para procurar servio, fica numa tremenda desvantagem. O importante manter-se em atividade. Para quem no conseguir nem estgio, nem servio temporrio, uma boa opo prestar servios voluntrios em projetos sociais. Fica bem no currculo.

    Max Gehringer, Consultor empresarial

    ALICE MOREIRA CAROLINA REIS E INS VANCONCELOS

    O estgio um processo de aprendizagem indispensvel a quem deseja estar preparado para enfrentar os desafios da carreira profissional, uma vez que constitui uma oportunidade de assimilar a teoria e a prtica, bem como de conhecer a realidade laboral da profisso que se pretende exercer no futuro. Nesta experincia, so indiscutveis os benefcios e as vantagens intrnsecas. As aulas tradicionais, em sala de aula, ensinam conceitos e teorias que so necessrias ao futuro profissional, mas a experincia permite assimilar os contedos leccionados de forma mais eficaz. Formas de candidatura a um estgio de vero Candidatura em resposta a um anncioO candidato responde a um anncio ou programa de recrutamento para estgios de vero. Candidatura espontneaO candidato auto-prope-se, enviando a candidatura espontnea empresa onde gostaria de ingressar, clarificando que se trata de uma candidatura que surge no por resposta a um anncio, mas sim face ao interesse do candidato na entidade.Passos para ingressar num estgio de vero com sucesso:1. Definir objectivos

    O que pretendo ao efetuar um estgio de vero?Porque que faz sentido integrar um estgio de vero?2. Fazer um bom levantamento dos programas e entidades existentes aconselhvel ter um bom conhecimento de todos os programas existentes antes de efetuar candidaturas, de modo a escolher o que melhor se enquadra no perfil e nos objectivos do candidato.3. Elaborar um Curriculum Vitae (CV) e uma carta de apresentaoNesta etapa, importante ter em considerao que estes documentos representam a primeira impresso junto das empresas, sendo, por isso, de extrema importncia o cuidado com a sua redao, no esquecendo a valorizao das aptides do candidato.Alm disso, deve, ainda, explicitar-se o que motiva a candidatura entidade em causa e, se possvel, rea em que se pretende que seja feito o estgio.4. Fazer candidaturaDepois dos objectivos e metas traadas e do CV completo, deve-se realizar a candidatura.5. EntrevistaNa preparao da entrevista deve-se: Obter, sempre, o maior nmero de informaes possveis (nomeadamente, atravs de gabinetes como o SEREIA, Internet ou colegas); Ter todos os cuidados com a imagem, postura, apresentao (Raramente tens uma segunda chance de causar uma boa primeira impresso., Robert Wong, presidente da Korn Ferry); Preparar muito bem as motivaes e as informaes do currculo (de modo a promover e a demonstrar at que ponto que o

    candidato se distingue dos restantes); Demonstrar conhecimento sobre a empresa (posicionamento no mercado, reas de incidncia, sector, produtos); Adaptar a entrevista empresa e ao facto de se tratar de um estgio de vero.Formas de acesso a estgios de vero:PEJENE Programa de Estgios de Jovens Estudantes do Ensino Superior nas EmpresasO PEJENE cria uma relao direta entre a Escola e a Empresa/Organizao, atravs do desenvolvimento de projetos conjuntos de formao em local de trabalho, ainda durante o perodo de estudo dos jovens.Este Programa visa colocar os jovens em empresas no perodo de interrupo das suas atividades lectivas de vero, estando ligado a diversas entidades de acolhimento dos estgios, nomeadamente de instituies financeiras e instituies sem fins lucrativos. Este estgio tem a durao de 2 a 4 meses.Para alm disto, aos jovens estagirios do PEJENE atribudo um Certificado de Estgio, emitido conjuntamente pela Fundao da Juventude e por todas as entidades copromotoras do Programa.Para proceder candidatura, basta aceder ao site: www.fjuventude.pt/pejene2013 e preencher o formulrio relativo candidatura para estudantes, sendo que estas j iniciaram a 2 de maio.Bolsa de emprego na FEPA Bolsa de Emprego dirige-se a todos os alunos da FEP e tem como objectivo principal estabelecer uma ligao direta entre Estudantes/Diplomados da FEP e Entidades Empregadoras.Para um estudante ou diplomado pela FEP, o registo na bolsa de emprego permite: Consultar anncios de oportunidades

    profissionais; Divulgar o Curriculum Vitae (portugus e/ou ingls) face a entidades empregadoras; Realizar candidaturas espontneas a entidades interessadas em profissionais de Economia/Gesto.Para isso, apenas necessrio efetuar o registo em http://www2.fep.up.pt/bolsadeemprego/ e preencher com os dados que so pedidos, anexando o CV. na Bolsa de Emprego que so divulgadas as ofertas, nomeadamente relativas aos estgios de vero.Estgios relacionados com o curso de Gesto/Economia:Estgios em gabinetes de contabilidadeDiversos gabinetes de contabilidade esto abertos a enquadrar alunos em estgios de vero.Estgios bancriosInstituies como: Santander Totta, Caixa Geral de Depsitos, Banco Esprito Santo, Banco Popular, Banco de Portugal, Caixa de Crdito Agrcola mostram disponibilidade para inserir jovens em estgios de vero, quer sejam realizados segundo Resposta a Anncio, quer sob a forma de Candidatura Espontnea.Estgios em empresasEmpresas como EDP, SONAE, LIDL, REPSOL, LOREAL, entre outras. Muitas destas presentes no Porto de Emprego, aceitam integrar alunos em estgios de vero, estando, muitas vezes, ao alcance de uma candidatura online ou mediante autoproposta dos estudantes.

    Agradecimentos:Ana Matos - (Unidade de Aconselhamento e Carreira - SEREIA)

  • 7N 3 - junho 2013

    Por detrs dos rostos conhecidosMATILDE CARDOSO

    A tarde do dia 15 de Maio foi dedicada a uma sesso especial do Conversa Fiada, promovida pelo EXUP (Experience Upgrade Program), no Salo Nobre, a propsito da comemorao dos 10 anos desta organizao da Academia de Competncias da FEP.O EXUP, que nos tem dado a conhecer, neste mbito, as diversas organizaes da Faculdade, surpreendeu-nos, desta vez, com um leque de figuras pblicas convidadas para uma conversa em tom intimista: Jorge Gabriel, Eugnio Campos, Pedro Abrunhosa e Fernando Alvim (o ltimo, por intermdio de uma entrevista gravada).Jorge Gabriel

    O apresentador de televiso levou-nos numa viagem pela sua experincia profissional. Inicial-mente, foi reprter desportivo, o que lhe deu o engenho necess-

    rio alm da arte para, mais tarde, trabalhar no grande ecr. Contudo, confessou: vivi com [outro] sonho e transportei-o at aos 36 anos, quando, finalmen-te, consegui treinar o Arouca, por mrito. Ressalvou que, para isso, estudou e obteve reconhe-cimento: sem equivalncias e feito durante a semana.

    A propsito desta conquista pessoal, refletiu sobre a impor-tncia do sonho para a huma-

    nidade O problema da hu-manidade ver as pessoas como nmeros, quando as pessoas so muito mais do que nmeros. Reconhece, por outro lado, que as pessoas nem sempre adoptam uma postura ativa e interventi-va na sociedade, afirmando que a responsabilidade por aqui-lo que acontece no nosso pas no somente dos governantes; cada um de ns tem uma gran-de parte da responsabilidade.

    Prosseguiu, partilhando al-guns acontecimentos que se tm destacado na sua vida pro-fissional, uns mais positivos do que outros. Considera o Agora ou Nunca como o programa da sua vida, sobretudo pelas aprendizagens que conquistou.

    Contudo, no deixou de par-tilhar que j fez alguns pro-gramas que lhe desagradaram como, por exemplo, o Big Show Sic ou O Bar da TV. A certa altura, confidencia que chorou e que chegou a pensar que a sua carreira tinha aca-bado por causa de um reality show, mas teve que lidar com estes trabalhos como se fossem a ltima Coca-Cola no deser-to, ironizou.

    A sua profisso j lhe permi-tiu momentos de maior con-tacto com o lado sentimental da vida, que considera serem incomensurveis monetaria-mente. Receber um pedido de um abrao num hospital das coisas que mais deixa o cora-o repleto, sobretudo quando preferido, por uma criana, a um presente do Pai Natal, confessou, enquanto apelava ao voluntariado.

    Quando questionado acerca da cultura e da sua importn-cia no nosso pas, aproveitou

    para defender que no basta oferecermos cultura. preciso ensinar, desde tenra idade, o significado de qualquer obra cultural. necessria uma pre-parao. Ningum vai gostar de cultura, se no a compreender. A chave, tanto para a difuso da cultura, como para a sua valori-zao, a educao, sendo que a televiso tambm tem muita responsabilidade nesta mat-ria.

    Jorge Gabriel foi desafiado a relacionar um limo, espar-guete e um livro com epis-dios da sua vida. Declarou-se um apreciador incondicional de qualquer um deles. O limo porque em todas as casas onde viveu havia limoeiros e sente, por isso, que esta rvore sempre o acompanhou; o esparguete, uma vez que, alm de gostar muito de o comer, diz-se capaz de o usar na confeco de mui-tos pratos diferentes; por fim, o livro por ser, segundo ele, a forma mais porttil de conhe-cimento.

    Eugnio Campos

    Eugnio Campos um empre-srio de sucesso, tendo fundado uma marca portuguesa que se dedica criao, fabrico e comer-cializao de joias.

    Em conversa, contou de que forma que este mercado tem evoludo em Portugal, consta-tando mudanas assinalveis.

    H cerca de 20 anos, exis-tia, praticamente, uma nica marca, facilmente identific-vel pelo facto de todas as joa-lharias terem o mesmo nome. Alm disso, os clientes procu-ravam, sobretudo, o clssico, o tradicional, no havendo lugar ao consumo da criatividade. Hoje em dia, pelo contrrio, predomina a busca pelo ori-ginal, irreverente e distinto.

    perante o novo comporta-mento dos consumidores que o empresrio reconhece a im-portncia e, at, a necessidade do marketing para o sucesso de um negcio, ainda que confesse que a Eugnio Campos j era uma grande empresa antes de ser constituda como marca.

    Quando iniciou o seu proje-to, deparou-se com algum ceti-cismo por parte das joalharias em que procurava vender os seus artigos, por se tratar de uma marca portuguesa ti-nham vergonha de ter uma pea portuguesa na montra, revelou. Atualmente, apresenta as suas joias em feiras e expo-sies internacionais, sendo a marca exibida como Eugnio Campos Porto, facto que

    considera como uma das suas maiores conquistas.

    Terminou a sua interveno, apelando ao trabalho, serie-dade e ambio pela exceln-cia o sucesso surge sempre com o trabalho; a inovao e o dinamismo surgem a partir da necessidade.

    Pedro AbrunhosaO artista conversou num estilo

    muito prprio, dando a conhecer o seu percurso, bem como a sua viso poltica sobre Portugal.

    O gosto pela msica tem, provavelmente, origem no fac-to de ter nascido numa fam-lia tradicional burguesa com hbitos musicais. Ainda assim,

    comeou por estudar engenha-ria qumica, porque os cursos tradicionais eram as cincias e as letras. O problema, con-ta, que ns escolhemos as vocaes, mas nem sempre as vocaes nos escolhem a ns. Simultaneamente, frequentou o curso superior de msica e, quando teve que optar entre as duas reas de formao, a m-sica j o tinha escolhido. No entanto, confessa: Num pas que tinha acabado de sair de uma revoluo, que carecia de grandes desenvolvimentos em termos de infraestruturas, sa-de, cultura, justia, escolher o curso de msica foi um risco que s foi corrido por paixo. [Alm disso,] a minha vida no fazia sentido sem o imaterial.

    Precisava da humanizao da atividade que exercia, do con-tacto com o pblico, que no conseguia ao trabalhar numa fbrica. Acabou por estudar na Hungria, na Academia de M-sica de Budapeste, que, segun-do ele, era a maior do mundo.

    Pedro Abrunhosa quis dei-xar claro que no cantor, mas antes escritor de msica. Eu no canto muito bem; escrevo,

    componho bem, comentou. Um compositor que escre-ve, especialmente, sobre a dor por ser mais potica do que a alegria. Manifestou, contudo, que nem sempre as suas letras so interpretadas da forma que pretendia quando as escreveu. A esse propsito, acrescentou, ainda, que escrever msica um ato solitrio, introspetivo, que depois anda nas vozes do pblico. So ambientes muito distintos.

    Pronunciou-se sobre o suces-so, referindo que este dissoci-vel da qualidade: O sucesso o resultado comercial, que di-ferente do reconhecimento e da felicidade que a prpria pessoa retira de um trabalho bem feito e da dedicao que imprime. Por outro lado, defendeu que, sobretudo numa profisso como a sua, o sucesso no pode ser momentneo, ou seja, tem que corresponder s expectativas que se vo criando no pblico.

    No se revelou apreciador de prmios, que associa a revistas cor-de-rosa e a lobbies No sei onde esto os meus prmios. Os prmios apenas deixam con-tente quem os entrega.

    A conversa no terminou sem, antes, Pedro Abrunhosa tocar um tema seu, confessan-do que o que me d mais gozo com roupa vestida escrever msica.

    Uma iniciativa interessante, que permitiu aprendizagens pela partilha de experincias e de vivncias. Afinal, rostos diferentes transpareceram perspetivas diversas, que refletem o mundo plural que conhecemos.

  • N 3 - junho 20138

    Agenda Cultural FITEI 201329 de maio a 10 de junho, Praa D. Joo I (entre outros locais)

    O Festival Internacional de Teatro de Expresso Ibrica, um dos maiores eventos portugueses dedicado s artes de palco, est de regresso cidade do Porto. Entre as vrias novidades da 36 edio, destaque para a apresentao, ao pblico portugus, de algumas das melhores peas do teatro brasileiro e da presena de Maria Bethnia, no mbito das celebraes do Ano do Brasil em Portugal.

    III Jazz na Ordem7 e 14 de junho, 21h30, Seco Regional Norte da Ordem dos Mdicos | Entrada livre

    A terceira edio do Jazz na Ordem dedicada aos grandes clssicos norte-americanos. Este ano, os programadores convidados so os investigadores do Centro de Estudos de Jazz, que nos presenteiam, a 7 de junho, com reportrio de Cole Porter e, a 14 de junho, com reportrio de Lee Morgan.

    Serralves em Festa8 a 9 de junho, 8h de Sbado s 24h de Domingo, Serralves | Entrada GratuitaA 10 edio do Serralves em Festa realiza-se a 8 e 9 de junho, durante 40 horas consecutivas. Este o maior festival de expresso artstica contempornea em

    Portugal e um dos maiores da Europa, com centenas de eventos a decorrer nos vrios espaos de Serralves e, tambm, em alguns locais da cidade do Porto.

    Festival Positive Vibes28 e 29 de junho, Praia Fluvial do Areinho - Oliveira do Douro

    Diferente, personalizado, colorido, alternativo e abrangente. O festival de vibraes positivas est de volta. O cartaz musical conta com Anthony B, Richie Campbell, UB40, Expensive Soul, Million Stylez, Pow Pow Movement, Dengaz, Xibata & Celebration Sound, Skalibans, Dirty Skankbeats, Chapa Dux, AYO, General Levy e Jimmy P.

    Muse10 de junho, 20h (abertura de portas 16h), Estdio do Drago | Bilhetes, 56 a 90JOs Muse vm a Portugal apresentar a

    The 2nd Law Tour, num concerto nico, no Porto. A maior banda do rock britnico da atualidade atua, dia 10 de junho, no Estdio do Drago. Conhecidos e reconhecidos pelas estrondosas produes que usam nos concertos, os Muse so, indiscutivelmente, uma das melhores bandas ao vivo da atualidade, com espetculos de intensidade mxima do princpio ao fim.

    Concertos da Serra de Pilar21, 22, 28, 29 de junho, Vila Nova de Gaia

    Os Concertos de Vero na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, esto de regresso em junho. A monumentalidade da Serra do Pilar, Patrimnio da Humanidade, vai ser palco de momentos musicais inesquecveis, contando com nomes como Joo Pedro Pais, Mafalda Veiga e Rui Veloso.

    Circuito da BoavistaGrande Prmio Histrico, 21 a 23 de junho / WTCC, 28 a 30 de junho

    De dois em dois anos, este circuito urbano, com caractersticas nicas, faz as delcias no s dos amantes de corridas e de carros, mas tambm de todos quantos no querem perder a oportunidade de ver a cidade cheia de vida e de charme mais ainda do que o habitual , num reencontro com o seu passado, mas fortemente marcado pelo ritmo e pela animao dos dias de hoje.

    Na Sucia, a prostituio ile-gal, usar o servio de prostituio no .

    Na Columbia (Pensilvnia), proibido cantar no chuveiro.

    No Camboja, proibido o uso de pistolas de gua para as celebraes de passagem de ano. Noutras datas, no h esse pro-blema.

    Na Austrlia (Victoria), so-mente electricistas podem trocar lmpadas.

    Na Arbia Saudita, apesar de as mulheres terem conquistado o direito ao voto, o mesmo no aconteceu em relao condu-o. No cumprir esta legislao pode custar condutora uma pena de priso e mesmo depor-tao.

    EVENTOS A NO PERDER

    LEIS ECONMICAS BIZARRASANDR SILVA

    O cd, o vinil, o discman, o gira-discos, a msica no seu formato fsico e palpvel j no existe. Esta tendncia notvel em to-das as formas de expresso artstica, embo-ra bastante mais significativa no universo musical. J no se l um livro mas vai-se ao iPad navegar nos e-books. J no se compram DVDs mas sacam-se filmes da internet e certamente j no se compram CDs, quando se pode ouvir discografias completas na internet. Este fenmeno tem vantagens e desvantagens, mas certamente permite uma maior fluncia e partilha da

    cultura entre todas as camadas da socieda-de.

    Esta banalizao da cultura traz inme-ros benefcios. Se do lado do consumidor se obtm mais facilmente o pretendido e se, se tem muita mais informao e variedade na altura da escolha, do lado do produtor existe muito mais facilidade na divulgao do pro-duto e a entrada no mercado torna-se mais facilitada, surgindo os chamados artistas independentes que fazem da internet a sua prpria editora.

    O mercado mudou, os artistas adaptaram-

    -se, perderam-se receitas dum lado mas pro-vavelmente ganharam-se noutro, o que se perdeu no meio disto tudo? Uma histria. Uma histria proveniente de pr um disco a tocar e ouvi-lo do incio ao fim. Um senti-mento. O de sentir o cheiro dum livro novo, o tacto ao mudar de pgina. E a essncia? Essa continua l certamente de forma dife-rente, mas sempre com a fora de nos fazer perder para nos encontrarmos noutro stio, noutro lugar. E os que lem o que escreve,/ Na dor lida sentem bem,/ No as duas que ele teve,/ Mas s a que eles no tm.

    J no se contam histrias musicais

  • 9N 3 - junho 2013

    Classificaes - DesportoGrupo A - Classificao da FEP LEAGUE

    Equipa Jogos Vitrias Empates Derrotas GM GS DG Pontos

    JAS 10 9 1 67 17 50 28

    XERIFES 10 9 1 63 17 46 27

    Naite 2.0 10 7 1 2 72 19 53 22

    CTT 10 6 1 3 53 29 24 19

    Siga Maluco 10 5 2 3 31 22 9 17

    TAFEP SAD 10 4 3 3 60 24 36 15

    IPM 10 3 2 5 24 37 -13 11

    Jungle Speed 10 2 8 30 123 -93 6

    No mais impostos! 10 1 1 8 8 32 -24 4

    TAFEP SMMM 10 1 1 8 27 97 -70 4

    New Team 10 1 9 28 49 -21 3

    (Classificao oficial dados disponibilizados pela Associao de Estudantes)

    Grupo B Classificao da FEP LEAGUEEquipa Jogos Vitrias Empates Derrotas GM GS DG Pontos

    Atltico Atum 10 9 1 49 15 34 28

    Jocivalter 10 9 1 54 15 39 27

    Prescritos 10 6 2 2 48 25 23 20

    Quimquipa 10 6 1 3 78 33 45 19

    70 m 10 6 1 3 44 21 23 19

    ADR MAMUTES 10 4 1 5 34 57 -23 13

    Team Rocket 10 3 1 6 41 36 5 10

    Talhantes 10 3 1 6 19 48 -29 10

    Fepalicos 10 3 7 27 33 -6 9

    Z's 10 2 8 14 44 -30 6

    eCOROballA.M.U.S. 10 10 8 87 -79 0

    (Classificao oficial dados disponibilizados pela Associao de Estudantes)

    AFONSO VIEIRA

    FEP LEAGUE - Grupo AMelhores Marcadores

    Nome Equipa Golos

    Jos Perez JAS 45

    Ricardo Pinto Naite 2.0 18

    Jos Pedro Naite 2.0 14

    Guilherme Sousa Naite 2.0 12

    Pedro Nunes Naite 2.0 11

    (Dados oficiais disponibilizados pela Associao de Estudantes)

    FEP LEAGUE - Grupo BMelhores Marcadores

    Nome Equipa Golos

    Diogo Maia Quimquipa 28

    Tiago Char Jocivalter 23

    Joo Silva Atltico Atum 10

    Joo Santos Fepalicos 9

    Afonso Menezes Atltico Atum 7

    (Dados oficiais disponibilizados pela Associao de Estudantes)

    A DERRADEIRA FINAL DA FEP LEAGUEPrescritos VS CTT ou Jocivalter

    A DERRADEIRA FINAL DA FEP CUPAtltico Atum VS Prescritos ou Xerifes

  • N 3 - junho 201310

    ANA MARTA SILVA CAROLINA SILVA

    Qual foi o critrio que te fez escolher a Finlndia como des-tino para ERASMUS?

    Em primeiro lugar, queria mui-to estar num pas nrdico, j tinha estado na Sucia a passar frias e gostado bastante. Ora, dos acor-dos de mobilidade da FEP em economia, a Finlndia era a nica opo. Para alm disso, em termos de burocracia que seria necessrio tratar achei que sendo a Finlndia um pas to organizado este aspe-to seria facilitado, o que realmente aconteceu. A escolha da Univer-sidade em Tampere resultou do facto de esta ser uma cidade de estudantes com um enorme esp-rito de ERAMUS e ter uma oferta de disciplinas lecionadas em ingls bastante diversificada.

    Quais foram as maiores di-ferenas e semelhanas que sentiste entre o estilo de ensi-no finlands e o portugus? visvel a eficcia pela qual so reconhecidos?

    Semelhanas nenhuma. Em termos de diferenas, existe um mtodo de trabalho muito mais prtico, porque implica fazer v-rios trabalhos, pesquisas, procurar livros, etc. A carga horria tam-bm muito diferente da nossa. Por exemplo, durante uma sema-na tnhamos apenas aulas de duas cadeiras, com cada aula a poder durar quatro horas. Passadas duas semanas, entregavam-se os traba-lhos e conclua-se, assim, essas ca-deiras. No fundo, acho que, com este mtodo, se acaba por despen-der menos tempo com o curso, no existe aquela presso de ter um exame no fim e considero que, assim, se aprende de uma forma muito mais inovadora e apelativa.

    Em relao aos docentes, como que os descreverias?

    Estavam bastante atualizados, independentemente da idade, e conseguiam converter uma disci-plina partida menos interessante numa experincia enriquecedo-ra e apelativa, atravs do estudo de empresas conceituadas. Por exemplo, tive uma professora que, apesar de estar no fim da carreira, apresentava, nas aulas, casos pr-ticos relativos a empresas como a Ryanair, a Apple e a Rovio Mobile (que desenvolveu o jogo Angry Birds) e muitas das aulas eram em horrio ps-laboral, porque os professores durante o dia tra-balhavam no mercado empresa-rial. Com efeito, o conhecimento que nos transmitiam era bastante apoiado por situaes concretas que nos permitiam perceber me-lhor a sua utilidade.

    Como que o ritmo de tra-balho nesta faculdade?

    O ritmo de trabalho mais disperso porque, ao contrrio do que acontece na Fep, no existe uma poca de exames. Alis, esse conceito nem existe. Por isso, em vez de se ter 6 cadeiras ao mesmo tempo, tenho, por exemplo, 2 em cada ms e, portanto, focamo-nos intensivamente nelas e vamos gra-dualmente concluindo-as. Em re-lao aos alunos, estes so muito autnomos, podem escolher as cadeiras que pretendem estudar e isso permite que terminem o cur-so com um perfil mais direcionado para uma determinada rea, aquela que mais lhes interessa e ainda pos-sibilita que cada um tenha uma li-cenciatura nica, o que distintivo no mercado de trabalho.

    Foi possvel compatibilizar o teu horrio escolar com atividades extracurriculares?

    Sim, deu perfeitamente para conciliar! Tive oportunidade de viajar imenso, conhecer muito bem a cidade onde estava e, ain-da, participar em tudo o que eram atividades de ERAMUS. Acima de tudo, notava-se uma enorme preocupao connosco e isso fa-zia-nos sentir bem. Era tambm visvel um grande orgulho e em-penho em ser uma faculdade in-ternacional.

    Como o sistema de avaliao desta faculdade? complicado obter resultados elevados? Sentiste que havia abertura dos professores para esclarecer dvidas que surgissem?

    Sim, era difcil obter resultados elevados. Eu fui fazer melhoria a trs cadeiras para poder acabar com A, ou seja, 5, porque a escala de avaliao de 1 a 5, mas 1 j significa aprovado, ou seja, quem no passa aparece na pauta como reprovado. Assim, a nota mdia l um trs, por isso, tirar 5, que era o que eu precisava para, na Fep,

    poder ter uma boa nota depois das regras de equivalncia e converso, exigiu esforo e trabalho. Os alu-nos de ERASMUS eram tratados de igual modo aos finlandeses, at porque no havia cadeiras s para ns e chegvamos a representar metade das turmas. Como conse-quncia, o rigor e a exigncia eram iguais, independentemente da na-cionalidade.

    Em relao aos professores, eram extremamente disponveis, vontade e os finlandeses tm uma relao muito prxima com eles, no havendo formalismos no trato. Para alm disso, respon-diam aos emails no prprio dia, o mais tardar no segundo. Eram, at, capazes de ligar para o meu telemvel, preocupados por estar a demorar a responder.

    A Finlndia um pas bilingue cujas lnguas oficiais so o sueco e o finlands, havendo formao, em ambas, em todos os nveis de ensino. Assim, era obrigatrio frequentar um curso de sueco ou finlands? As aulas eram todas leccionadas em ingls?

    No, e as aulas que eu escolhi eram todas em ingls.

    A University of Tampere uma faculdade dinmica? Es-tavam sempre a desenrolar-se eventos que te despertavam interesse?

    Imenso, e ns, enquanto alunos de ERASMUS, ramos sempre informados. A informao di-vulgada a todos os alunos tinha sempre uma parte em finlands e outra em ingls. Lembro me de ter ocorrido um evento TEDx e vrias palestras em ingls. Neste aspeto, a faculdade era impecvel.

    Contactaste com pessoas de diversos pases e continentes?

    Sim, havia vrios alunos estran-geiros, de vrios programas de mobilidade, para alm de ERAS-MUS. Muitos brasileiros, chine-ses, sul coreanos, alguns canadia-nos e, tambm, norte americanos.

    Existia uma ESN (Erasmus Student Network)? Era eficien-te a organizar atividades de sociabilizao e excurses para cidades prximas?

    Havia vrias: uma em Tampere, outra em Helsnquia e havia, ain-da, a geral, a da Finlndia, que or-ganizava muitas viagens. Por exem-plo, eu fui Lapnia, terra do Pai Natal, e aos fiordes na Noruega. No entanto, havia mais duas outras organizaes em Tampere que no eram ESN: uma era como uma associao de estudantes e a outra era uma associao dos alunos in-ternacionais e tambm promoviam vrias viagens e atividades.

    Quando chegaste faculda-de, foi-te imediatamente aloca-do um aluno, a fim de te ajudar com tudo aquilo que precisas-ses?

    Sim, tive uma buddy, que me foi buscar ao aeroporto de carro, que era muito simptica. Trouxe--me um saquinho com chocolates finlandeses, flyers da cidade e um mapa e j tinha levantado a cha-ve do meu apartamento. Depois, mostrou-me os vrios locais que era importante conhecer, como supermercados e a faculdade. Por acaso, vrias pessoas se queixavam dos seus buddies porque, como finlandeses, no eram pessoas muito empticas, muito afveis e, se no procurssemos por eles, eles tambm no tomavam a ini-ciativa de vir nossa procura. Ou seja, eles no eram proactivos em nos convidar para tomar um caf ou para conhecermos os seus ami-gos, mas, se precisssemos ou lhes pedssemos alguma coisa, eles es-tavam sempre disponveis.

    EM ENTREVISTA COM ISABEL S

    Erasmus na FinlndiaNesta edio, o Fepiano foi entrevistar Isabel S, uma aluna do terceiro ano da licenciatura em Economia, que esteve, no passado semestre, na Finlndia, na University of Tampere. A escolha deste destino deve-se ao facto de ser um pas mundialmente reconhecido pelo seu sistema de ensino igualitrio e eficaz e, tambm, por este ser considerado uma das razes de sucesso da Finlndia.

  • 11N 3 - junho 2013

    EM ENTREVISTA COM ISABEL S

    Erasmus na Finlndia

    Foste bem acolhida pelos res-tantes estudantes da faculda-de? Eles incluam-te nas suas atividades?

    No, alis eu no trago nenhum amigo finlands. Eles vivem mui-to no seu mundo e como ns, estrangeiros, tambm ramos muitos, no sentamos tanto o in-centivo de tentar criar uma relao com eles. E, a partir do momen-to que eu vivia numa residncia de cinco andares em que todos os alunos eram de ERASMUS e estava numa turma de gesto em que 120 alunos faziam parte de programas de mobilidade, sabia que, se fosse sozinha cantina, ia encontrar algum que eu conhe-cesse. Ou seja, como estvamos, realmente, em grande nmero naquela faculdade e dvamo-nos muito bem, isso no me motivou a interagir mais com os finlande-ses e ficar a conhecer a sua cultura.

    Os Finlandeses usufruem de ensino gratuito e tambm da comparticipao do Estado em vrias despesas. Tiveste algum apoio financeiro?

    Sim, tive a bolsa de Erasmus da reitoria do Porto, cujo valor era dos mais elevados, pois a Finln-dia considerado um dos pases mais caros.

    Em termos de alojamento, a universidade disponibiliza-va algum tipo de acomodao especfica para estudantes em ERASMUS?

    Sim, na Finlndia h uma as-sociao especfica que trata da

    acomodao de todos os estudan-tes estrangeiros e funciona muito bem. Assim sendo, em Maio pa-guei logo uma cauo e foi-me rapidamente atribuda casa e en-viado por correio o contrato, com uma renda muito barata, tendo em conta o pas. Claro que vivia num quarto pequenino s com o neces-srio, mas para quatro meses era mais do que suficiente. Para alm disso, ficar numa residncia era uma vantagem porque muitas das festas e encontros antes das festas eram nas cozinhas da residncia e o facto de estar rodeada de pessoas de diferentes pases fazia com que houvesse um enriquecimento cul-tural muito grande. Assim, acho que a faculdade, ao disponibilizar uma residncia s para alunos de programas de mobilidade, favore-ce imenso o processo de integra-o e de conhecimento de outras culturas.

    Consideras que Tampere uma cidade rica em eventos culturais?

    Tem eventos culturais, mas no no Inverno. A cidade no Inverno morre muito, mas no Vero h uns festivais de jazz e de outros g-neros de msica. Enquanto estive l, prximo do natal, organizaram aqueles mercadinhos tpicos e che-guei a ir ao cinema, algumas vezes.

    E a nvel de animao notur-na, h diversidade de estilos e durante toda a semana? um ambiente agradvel?

    Sim, havia imensa variedade, por exemplo, discotecas mais al-

    ternativas, outras que passavam a msica da rdio, um barzinho que tinha msica ao vivo dois dias por semana, etc. E esta ani-mao acontecia durante toda a semana e os finlandeses tambm usufruam, no saam s ao fim--de-semana. Na Finlndia, a partir do momento que comea a ficar uma temperatura muito baixa, obrigatrio as pessoas entrarem nas discotecas com um casaco que os seguranas conside-rem suficientemente quente, pois h muitas pessoas que saem das discotecas embriagadas e, como est muito frio, morrem de hi-potermia caso adormeam num stio descoberto. Em relao ao ambiente das discotecas era sem-pre bom, porque quando saamos ia todo o grupo de ERASMUS, o que constitua quase 90% da lotao das mesmas.

    A Finlndia faz fronteira com a Sucia, a Noruega, a Rssia e a Estnia. Conseguiste visitar algum destes pases?

    Visitei Tallinn, a capital da Es-tnia. Primeiro fui at Helsnquia e depois fui de l at Tallinn de barco. Fiquei trs dias em Tallinn e fui para l com amigos.

    Fui tambm a Riga, capital da Letnia, visitar uns amigos da FEP que estavam l em ERAS-MUS. Estive l cerca de cinco dias... Fui ainda Lapnia e fiquei l durante uma semana.

    O problema na Lapnia que as pessoas esto completamente isoladas e isso assustou-me um pouco. Por exemplo, o hospital

    mais prximo com capacidades cirrgicas situava-se a 500km.

    Em situaes do quotidiano sentiste que a lngua foi um grande entrave ou achaste que as pessoas estavam receptivas a falar tambm em ingls para que conseguisses comunicar?

    Esse aspeto foi impressionante, toda a gente sabia falar fluente-mente ingls. Quando amos ao supermercado, as senhoras da cai-xa conseguiam sempre perceber o que ns estvamos a perguntar, o que ajudava imenso.

    Quando estive l tive um pro-blema de sade e fui internada durante cerca de uma semana. O facto de todo o pessoal do hospital saber falar correctamente ingls, desde os mdicos aos enfermeiros, foi ptimo.

    sabido que o custo de vida na Finlndia bastante supe-rior ao portugus. Achaste esta diferena bastante significati-va? Como que possvel evi-tar um encarecer contnuo da estadia?

    significativa e nota-se bas-tante a nvel de supermercado. Mas havia uma coisa muito boa, porque na Finlndia h bastante respeito pelos estudantes e pela educao. Por isso, na maioria dos restaurantes de esquina, do gne-ro de kebabs , tnhamos sempre descontos. Tambm as refeies na universidade eram muito ba-ratas, mais at que aqui na FEP. Nos transportes, os estudantes tambm conseguiam sempre um preo mais barato. Relativamente ao alojamento, ramos tambm beneficiados porque pagvamos uma renda baixssima estando numa residncia.

    So conhecidas bastantes ideias pr-concebidas em re-lao populao dos pases nrdicos. Quais foram as prin-cipais diferenas que sentiste a nvel profissional e pessoal em relao aos portugueses?

    Primeiro, acho que h uma ideia muito errada acerca do povo nrdico. Na Finlndia, eram mui-to simpticos e estavam sempre disponveis. Se precisarmos de alguma coisa, esto logo nossa disposio.

    A nvel profissional, mais es-pecificamente com os outros es-tudantes com quem convivi, no acho que sejam muito mais de-dicados nem mais estudiosos que ns. Alis, at estudavam menos que ns. A grande diferena que eles no tm a mesma presso que ns temos porque sabem que mal acabem o curso vo arranjar em-prego ao contrrio do que aconte-ce em Portugal.

    Qual foi a experincia mais marcante que viveste?

    No sei, talvez a viagem La-pnia tenha sido a viagem mais marcante. No posso dizer que tenha sido a viagem que mais gos-tei e em que me diverti mais mas foi a experiencia mais caricata. Por exemplo, ida para l, durante a viagem de autocarro, eu deixei as lentes de contacto na mala porque amos a dormir e, quando para-mos, eu fui busc-las e estavam congeladas ( tal era o frio).

    Agora que j deves ter tido tempo para reflectir sobre todo o teu percurso na Finlndia, achas que valeu a pena? Se soubesses o que sabes hoje, voltavas a escolher a mesma faculdade?

    Sem dvida nenhuma. Acho que foi uma escolha ptima a nvel de calendrio escolar porque quan-do cheguei, em Dezembro, ainda pude fazer exames a cadeiras que no tinha tido equivalncia e por isso no tive de deixar nada para trs. Tambm no aspeto do aloja-mento foi muito bom porque era muito barato e super organizado.

    As pessoas eram muito simp-ticas, a cidade tinha uma vida de ERASMUS muito boa, alis at deve ser das cidades com maior am-biente internacional, o que nos pro-porciona uma experincia tima.

    O clima na altura em que l estiveste muito frio, sentiste muita dificuldade em suport--lo?

    No, de todo. Alis, acho que passo mais frio c do que l. Os estabelecimentos esto sempre com aquecimento. Na residncia andava de t-shirt e podia calar havaianas que no tinha frio. Na faculdade tambm estava sempre calor.

    Consideras que a Finlndia um bom local para um incio de carreira? Conseguias viver l mais tempo?

    Acho que no, a no ser algum que queira ficar a viver na Finlndia. O primeiro entrave lngua, porque para se trabalhar l tem de se domi-nar o finlands, o que muito dif-cil. Depois, a poltica econmica da Finlndia muito fechada. Eles tm muita preferncia para consumir os produtos deles embora no tenham vantagens comparativas. Por isso, para quem quer uma carreira inter-nacional, no um bom pas para a construir.

    Por fim, queres dar algum conselho aos alunos que se candidataram a esta faculdade ou que o planeiam fazer?

    A faculdade tem tudo para ofe-recer, mas ns temos que ser or-ganizados. Em termos de estudos, vo ter que trabalhar muito, mas vo aprender imenso e de uma maneira muito mais prtica do que que aprendem na FEP.

    Excelncia na mobilidade da FEPA partir do ranking de 2012 da European Business School, estabelecido pelo Financial Times, preparmos uma lista das melhores faculdades, com as quais a FEP tem acordos de mobilidade, no mbito do programa ERASMUS, que apresentamos a seguir.

    1. IE University, Espanha (Gesto) - (1)2. Stockholm School of Economics in Riga, Letnia (Economia) - (20)3. University of Kozminski, Polnia (Gesto) - (37)4. Warsaw School of Economics, Polnia (Economia) - (76)5. Sabanci University, Turquia (Gesto) - (77)6. University of Economics Prague, Repbica Checa (Economia) - (78)7. Corvinus University Budapest, Hungria (Economia) - (79)

    A organizao deste ranking parte da avaliao de um conjunto de indicadores preponderantes na vida de um estudante alm fronteiras: o preo de arrendamento de um quarto, o nvel de segurana e os gastos de alimentao e de deslocao.Comear-se- pelo grau de segurana dos pases de destino. Tal deve-se ao facto de, para quem apenas recentemente pensou neste assunto e se encontra a transmitir a ideia aos familiares, este poder ser um argumento bastante til, quando se trata de amenizar as preocupaes tantas vezes expressas nas questes E vais sozinho/a? No ser perigoso ir

    para um pas desconhecido?.A fim de se estabelecer este ranking, foi utilizado o ndice de Paz Global de 2012, que faz referncia a 158 pases (com populao superior a 1 milho ou rea superior a 20 mill km quadrados) e que se baseia na anlise de 23 indicadores, abrangidos por trs temas: conflitos internos e com o exterior, segurana social e assuntos militares. Este ndice produzido pelo Instituto para a Economia e Paz (IEP).Ranking com as parcerias para a licenciatura em Gesto:

    1. Dinamarca;2. Eslovnia;3. Finlndia;4. Alemanha;5. Polnia.Ranking com as parcerias para a licenciatura em Economia:1. Dinamarca;2. Canad;3. ustria;4. Eslovnia;5. Finlndia.

    Nota: No ndice de Paz Global de 2012 no esto includos o Luxemburgo e a Letnia, pases com os quais a FEP tambm tem parcerias estabelecidas. Assim sendo, a sua no incluso nos rankings em nada est relacionada com as caractersticas de paz e de segurana destes.

  • N 3 - junho 201312

    TIRAGEM DESTA EDIO:400

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    COORDENADORES DA EDIO / REDAO

    JOO SEQUEIRACAROLINA REISALICE MOREIRA CAROLINA SILVA MARIA DE SOUSA MARTA SANTOS MARTA SILVA MATILDE CARDOSOANDR SILVAAFONSO VIEIRA INS VASCONCELOSGONALO MARTINS

    APOIOS:

    70 metros

    A soluo do desafi o do ms anterior

    encontra-se disponvel no nosso Facebook:

    www.facebook.com/jornal.fepiano

    Uma capicua um nmero cuja leitura a mesma quando feita da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita. Por exemplo, 121 e 321123 so capicuas. Existe algum nmero, maior do que um, que divida todas as capicuas de quatro algarismos?

    soluo no prximo nmero

    CRISTIANO PEREIRA LUS COSTA

    O S&P 500, o ndice de mer-cado baseado nas aces das 500 maiores empresas cotadas no mercado americano (EUA), re-novou no passado ms de Maio os seus mximos histricos. O ndice tem vindo a subir desde 2009, e conta com uma evoluo muito semelhante aos perodos anteriores s bolhas tecnolgica (2001) e imobiliria (2007).

    Num perodo em que a eco-nomia americana cresce a nveis anmicos e as perspetivas de fu-turo das suas empresas no so de todo muito otimistas, esta performance bolsista, num mo-

    mento em que o S&P500 est em mximos de sempre, abre espao para o aceso debate entre anlise tcnica e anlise fundamental.

    A anlise fundamental consiste no estudo da actividade de uma empresa, do sector em que est inserida e da economia em geral, projectando as previses de evo-luo de todos estes factores de forma a tentar perceber-se qual o valor intrnseco da empresa e, consequentemente, da aco.

    A anlise tcnica limita-se a se-guir o desempenho de uma aco no mercado e, atravs do estudo dessa evoluo, procurar perceber qual o rumo que a aco pode to-mar. O facto do comportamento das massas obedecer a determina-dos padres tcnicos, e com base no desempenho passado, poss-vel tentar perceber qual o futuro de uma dada aco.

    O que podemos estar a assistir um confronto entre prazos. O va-

    lor das empresas depende exclusi-vamente da sua capacidade de gerar cash-fl ows para os seus accionistas, e no longo prazo, as cotaes de-vem mover-se em funo da anlise fundamental das empresas. Atravs do research que o FEP Finance Club realiza para a execuo dos seus Daily e Weekly Reports, en-tendemos que as notcias prove-nientes da terra do Tio Sam no justifi cam a evoluo recente do S&P 500. Todavia, e talvez por no

    curto prazo os investidores verem na anlise tcnica uma arma po-derosa para a tomada de decises, poderemos estar a assistir a uma ex-plorao de uma bolha por parte da generalidade dos agentes.

    Resta-nos esperar, em cadeira de orquestra, pelo desenrolar dos acontecimentos dos prximos meses. As lies que podemos ti-rar da Histria que, quando os EUA tossem, a Europa tem uma gripe.

    FEP Finance Club: S&P500 em mximos histricos subvalorizado ou sob apreciado?

    Maio

    Bom econoMSAs palavras alugar e arrendar so, muitas vezes, usadas, indistintamente, como sendo sinnimas. Basta um pequeno passeio por uma zona urbanizada e, facilmente, se encontra um apartamento, onde um cartaz de cores garridas e com letras garrafais anuncia ALUGA-SE, enquanto que, na casa vizinha, a preferncia do proprietrio recai sobre o ARRENDA-SE.Uma consulta ao dicionrio de Lngua Portuguesa permite fazer uma distino nesse uso generalizado. Em linguagem tcnica, alugar refere-se ao uso de um bem mvel, por um tempo determinado, tendo como contrapartida um pagamento. Por sua vez, arrendar pressupe obter ou ceder o uso de um bem imvel por prazo, consoante um determinado preo.O artigo 1023 do Cdigo Civil declara que A locao diz-se arrendamento, quando versa sobre coisa imvel e aluguer, quando incide sobre coisa mvel..

    GUILHERME SOUSA

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