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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO REGULAMENTO DE LICENÇAS FEDERATIVAS 18 DE JANEIRO DE 2012

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIROFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIROFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIROFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO

REGULAMENTO

DE

LICENÇAS FEDERATIVAS

18 DE JANEIRO DE 2012

2

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO

REGULAMENTO DE LICENÇAS FEDERATIVAS

Preâmbulo

O Regulamento de Licenças Federativas é um dos regulamentos estruturantes

da actividade da F.P.T., uma vez que define e regulamenta os parâmetros de

atribuição das diversas Licenças Federativas que permitem a prática das

modalidades tuteladas pela F.P.T. e estabelece o âmbito de cada uma.

Dentro deste quadro, decidiu-se congregar neste Regulamento todas as

matérias atinentes às Licenças Federativas quer se trate de Licenças para a prática

de tiro desportivo com armas de fogo e armas de ar comprimido de aquisição

condicionada, ou se trate da Licença para a prática de tiro desportivo com armas

de ar comprimido de aquisição livre.

Nesse sentido, introduziu-se neste Regulamento a Licença Federativa que

permite, exclusivamente, a prática de tiro com armas de ar comprimido de

aquisição livre (Licença Federativa TAC), tendo em vista a captação de um vasto

leque de atletas que pretendem iniciar-se no tiro desportivo praticando,

exclusivamente, tiro com armas de ar comprimido de aquisição livre, e incentivar a

prática das atinentes disciplinas olímpicas.

Acresce que a iniciação no tiro desportivo pela prática do tiro com armas de ar

comprimido de aquisição livre, vai permitir uma melhor formação dos atletas de

tiro desportivo que, no futuro, queiram iniciar-se no tiro desportivo com armas de

fogo, ou com armas de ar comprimido de aquisição condicionada, permitindo-lhes

cimentar os conhecimentos necessários para se habilitarem ao exame de acesso às

licenças A e D.

Introduziu-se também neste Regulamento toda a matéria relativa aos cursos e

exames de tiro MLAIC e IPSC, que permitem a prática dessas disciplinas,

respectivamente, aos titulares das Licenças Federativas B e C.

Reestruturou-se, explicitou-se e ampliou-se a matéria da regulamentação das

licenças, vertendo-se no Regulamento algumas das normas legais ainda não

transcritas para o mesmo, especificando as disciplinas, e respectivas pontuações,

3

que permitem, cumpridos os restantes requisitos, o acesso às Licenças Federativas

B e C, excluindo-se, por incongruente, do leque das disciplinas que permitem o

acesso à Licença Federativa C, as disciplinas praticadas com armas de ar

comprimido.

Por último, fixou-se um quadro de taxas das Licenças Federativas que,

conjugado com as novas taxas de inscrição em provas, vai permitir um aumento

substancial da prática de tiro desportivo com armas de ar comprimido de

aquisição livre e assim incentivar o desenvolvimento das modalidades olímpicas

praticadas com esse tipo de armas.

Capítulo I

Das Licenças em Geral

Artigo 1º

Emissão de Licença Federativa

1. Por cada Atleta de tiro desportivo regularmente inscrito na Federação

Portuguesa de Tiro (FPT), será emitida e entregue uma Licença Federativa (LF),

pessoal, intransmissível, válida até ao último dia do ano civil em que foi

concedida.

2. Da Licença constarão, obrigatoriamente, o nome e o Clube do Atleta de tiro

desportivo, a época desportiva a que se reporta, o número e o tipo de Licença

Federativa e, no caso das Licenças Federativas dos tipos A, B, C e D, o número da

Licença de Tiro Desportivo.

Artigo 2º

Dos Direitos dos Titulares de Licença Federativa

Com excepção das provas internacionais organizadas sob a égide da FPT, apenas

os Atleta de tiro desportivo titulares de LF em vigor, cujos Clubes se mostrem

4

regularmente inscritos na FPT, poderão participar nas provas do calendário oficial

da FPT que o seu tipo de licença federativa permita.

Artigo 3º

Tipos de Licenças Federativas

1. Para a prática de tiro desportivo, no âmbito da FPT, serão emitidas Licenças

Federativas para a prática de tiro desportivo com armas de ar comprimido de

aquisição livre e para a prática de tiro desportivo com armas de fogo e com

armas de ar comprimido de aquisição condicionada.

2. A Licença Federativa para Tiro Desportivo com Armas de Ar Comprimido de

aquisição livre (Licença Federativa TAC), será passada aos cidadãos que,

aprovados em exame prévio realizado pela FPT, pretendam, exclusivamente,

praticar tiro desportivo com armas de ar comprimido de aquisição livre.

3. As Licenças Federativas para a prática de tiro desportivo com armas de fogo e

com armas de ar comprimido de aquisição condicionada, são de quatro tipos:

a) Tipo A – concedida a todos os que pretendam praticar tiro desportivo de

competição com armas de fogo ou com armas de ar comprimido de

aquisição condicionada, que obtenham aprovação no exame de acesso à

Licença A;

b) Tipo B – concedida aos atletas de tiro desportivo, inscritos regularmente na

FPT, que cumpram o disposto no art.º 8º do presente Regulamento.

c) Tipo C – concedida ao Atleta de tiro desportivo, inscritos regularmente na

FPT, que cumpram o disposto no art.º 10º do presente Regulamento.

d) Tipo D – concedida a todos os que pretendam praticar tiro desportivo de

recreio com armas de fogo ou com armas de ar comprimido de aquisição

condicionada, que obtenham aprovação no exame de acesso à Licença D.

Capitulo II

Das Licenças em Especial

Secção I

Da Concessão das Licenças

5

Artigo 4º

Da Inscrição Provisória para acesso às Licenças TAC, A e D

1. Todos os cidadãos que pretendam praticar tiro desportivo no âmbito da FPT,

pela primeira vez, terão que efectuar uma inscrição provisória, para poderem

aceder aos exames de acesso às licenças TAC, A e D.

2. Se esses cidadãos forem menores de 18 anos, o pedido de inscrição provisória

na FPT terá que ser acompanhado de uma autorização de quem exerce o poder

paternal sobre os mesmos, em que expressamente autorize a prática de tiro

desportivo.

3. A inscrição provisória na FPT para acesso ao exame à licença TAC, só é

permitida a cidadãos maiores de 10 anos.

4. A inscrição provisória para acesso aos exames às licenças A ou D, só é permitida

a cidadãos maiores de 14 anos.

Artigo 5º

Das Licenças Provisórias do Tipo A ou D

1. Aos cidadãos que forem aprovados nos exames de acesso às Licenças

Federativas A ou D, será emitida uma Licença provisória do tipo A ou D,

respectivamente, que só se converterá em definitiva quando for concedida ao

seu titular Licença de Tiro Desportivo, nos termos da Lei 42/2006, de 25 de

Agosto.

2. A concessão da Licença provisória A ou D, não permite ao seu titular a prática de

tiro desportivo com armas de fogo ou com armas de ar comprimido de aquisição

condicionada.

3. Os titulares das Licenças provisórias A ou D, podem praticar tiro desportivo com

armas de ar comprimido de aquisição livre.

Artigo 6º

Do exame de acesso à Licença Federativa TAC

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1. Os exames de acesso à Licença Federativa TAC terão, em regra, uma

periodicidade trimestral, e serão presididos por um elemento nomeado pela

Direcção da FPT, que a representa para todos os efeitos.

2. O exame, a que se refere o número anterior, versará sobre normas elementares

de utilização e segurança das armas de ar comprimido.

3. O exame será oral e terá uma componente de prática de manuseamento de uma

arma de ar comprimido.

4. A FPT emitirá um documento contendo as perguntas tipo do teste oral.

Artigo 7º

Do exame de acesso às Licenças Federativas dos Tipos A e D

1. Os exames de acesso à Licença Federativa A e D terão, em regra, uma

periodicidade trimestral, e serão presididos por um elemento nomeado pela

Direcção da FPT, que a representa para todos os efeitos.

2. O exame versará sobre as seguintes matérias:

a) Regime jurídico das armas e suas munições;

b) Regulamentação da utilização das armas para fins desportivos;

c) Segurança no manuseamento;

d) Noções de balística e de balística de efeitos.

3. O processo de avaliação é composto pelas seguintes fases, sucessivas e

eliminatórias:

a) Teste escrito sobre as matérias constantes do número 2;

b) Teste prático de manuseamento, tendo o candidato de executar

correctamente as operações de segurança, de carregar e descarregar uma

pistola e uma carabina de calibre .22 LR, apontar numa direcção segura,

colocar a arma em segurança, verificar a câmara e pousar a arma aberta e

apontada igualmente numa direcção segura.

c) Teste prático de execução técnica, verificando se o candidato é capaz de

executar, em segurança, uma concentração de 10 tiros com 20 cm de

diâmetro, à distância de 10 metros, usando uma pistola de ar comprimido

de aquisição livre, ou de 10 cm de diâmetro, nas mesmas condições,

7

utilizando uma carabina de ar comprimido de aquisição livre com miras

abertas, diopter ou óculo.

4. A instrução prévia dos candidatos, a sua apresentação nos locais determinados

para os exames, bem como a cedência da arma de ar comprimido para

efectuarem o teste prático de execução técnica, é da responsabilidade dos

respectivos Clubes.

5. As datas e local dos testes, bem como a lista dos candidatos são, nos termos da

Lei, previamente comunicados à DN/PSP, que nomeará um elemento para

acompanhar a realização dos testes e garantir o cumprimento da Lei.

6. O exame escrito constará de um teste de escolha múltipla, com 16 perguntas

distribuídas pelos 4 grupos, com o valor de 1,25 pontos cada, tendo o candidato

de obter 15 valores, correspondentes a 75% do total.

7. O exame dos candidatos menores de 18 anos, será delineado por forma a se

adequar às atinentes características etárias.

8. A FPT emitirá um documento contendo as perguntas tipo sobre as várias

matérias que os candidatos poderão encontrar nos testes de exame.

Artigo 8º

Da Concessão da Licença Federativa Tipo B

1. Poderá ser concedida a Licença Federativa do Tipo B, aos atletas de tiro

desportivo, maiores de 18 anos que, cumulativamente, preencham os seguintes

requisitos:

a) Sejam titulares da LF Tipo A há, pelo menos, dois anos civis completos;

b) Tenham participado, em cada uma das duas anteriores épocas desportivas,

em pelo menos duas provas do calendário oficial da FPT, homologadas pela

Direcção da FPT;

c) Não tenha sido alvo, no período de 2 anos antes do pedido de concessão da

Licença B, de sanção federativa por violação de regras de segurança ou por

práticas anti-desportivas.

d) Tenham obtido, pelo menos numa prova do calendário oficial da FPT, cujos

resultados tenham sido homologados pela Direcção da FPT, uma pontuação,

igual ou superior, a uma das seguintes:

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i. Pistola de Ar Comprimido (PAC):

1) Homens seniores e homens juniores (60 tiros) – 420 pontos

2) Senhores seniores e senhores juniores (40 tiros) – 280 pontos

ii. Pistola Standard ou Pistola Sport – 420 pontos

iii. Pistola Livre - 400 pontos

iv. Pistola de Velocidade - 420 pontos

v. Carabina de Ar Comprimido (CAC):

1) Homens seniores e homens juniores (60 tiros) – 420 pontos

2) Senhoras seniores e senhoras juniores (40 tiros) – 280 pontos

vi. Carabina de Ar Comprimido (CCART) – 290 pontos

vii. Carabina de Ar Comprimido (Field Target) – 50 pontos

viii. Carabina de Bala .22lr (CD 50m) – 420 pontos

ix. Carabina de Bala .22lr (3x40 50m) – 840 pontos

x. Carabina de Bala .22lr (3x20 50m) – 420 pontos

xi. Carabina Standard (recreio)

1) Em pé – 500 pontos

2) Deitado – 520 pontos

xii. Carabina de Bala .22lr (BR50):

1) Light Varmint – 180 pontos

2) International Sporter – 185 pontos

3) Unlimited – 190 pontos

xiii. Silhuetas Metálicas (Carabina .22LR) - 4 pontos

xiv. Arma curta de recreio 25m – 210 pontos

Artigo 9º

Curso e exame de acesso à prática de tiro com armas de carregamento pela boca

1. Os atletas de tiro desportivo que pretendam praticar tiro com armas de

carregamento pela boca (Tiro MLAIC), têm que obedecer aos seguintes

requisitos cumulativos:

a) Sejam maiores de idade;

b) Sejam titulares de Licença Federativa do Tipo B;

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c) Tenham frequentado um Curso de Formação (Tiro MLAIC), ministrado por

formador credenciado pela FPT;

d) Tenham obtido aprovação no exame de Tiro MLAIC.

2. O Curso de Formação referido no número 1, terá os seguintes conteúdos:

a) Conhecimento dos regulamentos do MLAIC;

b) Conhecimento dos regulamentos da FPT para o Tiro MLAIC;

c) Conhecimentos e aplicação dos procedimentos de segurança;

d) Conhecimento e aplicação dos procedimentos de carregamento, utilização e

descarregamento das armas;

3. O exame de Tiro MLAIC terá as seguintes componentes:

a) Parte Teórica:

i. 25 Questões sobre as regras do MLAIC;

ii. Duração de 45 minutos;

iii. Teste de escolha múltipla.

b) Parte Prática:

i. Carregamento de armas curtas e longas em qualquer um dos sistemas

de ignição;

ii. Tiro com arma curta a 25m e com longa a 50m;

iii. Resolução de problemas (falha de ignição, falta de pólvora, etc).

4. A aprovação no exame depende da obtenção cumulativa dos seguintes

resultados:

a) 80% de respostas certas na prova teórica;

b) Nota de apto no carregamento e tiro com armas;

c) c)Nota de apto na resolução de problemas.

5. Os cursos de formação poderão ser organizados por iniciativa da FPT, e

mediante autorização da FPT, pelas Associações Regionais de Clubes ou Clubes.

6. A prova da frequência do Curso de Formação referido no n.º1, será

documentada por diploma emitido pela entidade organizadora do curso,

devidamente assinado pelo formador que o ministrou.

7. Os exames realizar-se-ão, pelo menos duas vezes por ano, em data e local a

designar pela Direcção da FPT, que definirá o número de candidatos a admitir a

cada exame, as taxas devidas e o prazo para inscrição no mesmo.

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Artigo 10º

Da Concessão Licença Federativa Tipo C

1. Poderá ser concedida a Licença Federativa do Tipo C, aos atletas de tiro

desportivo, maiores de 18 anos que, cumulativamente, preencham os seguintes

requisitos:

a) Sejam titulares da LF Tipo B há, pelo menos, dois anos civis completos;

b) Tenham participado, em cada uma das duas anteriores épocas desportivas,

em pelo menos duas provas do calendário oficial da FPT, homologadas pela

Direcção da FPT;

c) Não tenha sido alvo, no período de 3 anos antes do pedido de concessão da

Licença C, de sanção federativa por violação de regras de segurança ou por

práticas anti-desportivas.

d) Tenham obtido, pelo menos numa prova do calendário oficial da FPT, cujos

resultados tenham sido homologados pela Direcção da FPT, uma pontuação,

igual ou superior, a uma das seguintes:

i. Pistola Standart, Pistola de Percussão Central ou Pistola Sport – 480

pontos

ii. Pistola Livre - 460 pontos

iii. Pistola de Velocidade – 480 pontos

iv. Carabina de Bala .22lr (CD 50m) – 480 pontos

v. Carabina de Bala .22lr (homens 3x40 50m) – 960 pontos

vi. Carabina de Bala .22lr (senhoras 3x20 50m) – 480 pontos

vii. Carabina Standard (recreio):

1) Em pé – 520 pontos

2) Deitado – 540 pontos

viii. Carabina de Bala .22lr (BR50):

1) Light Varmint – 190 pontos

2) International Sporter – 195 pontos

3) Unlimited – 200 pontos

ix. Carabina de percussão central:

1) CD 300m – 450 pontos

2) 3x20 300m – 400 pontos

x. Silhuetas Metálicas (Carabina .22lr) 8 pontos

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xi. MLAIC

1) Kuchenreuter - 82 pontos

2) Mariette - 82 pontos

3) Vetterli - 84 pontos

Artigo 11º

Curso e exame de acesso à prática de tiro dinâmico

1. Os atletas de tiro desportivo que pretendam praticar tiro dinâmico (Tiro IPSC),

têm que obedecer aos seguintes requisitos cumulativos:

a) Sejam maiores de idade;

b) Sejam titulares de Licença Federativa do Tipo C;

c) Tenham frequentado um Curso de Formação (Tiro IPSC), ministrado por

formador credenciado pela FPT;

d) Tenham obtido aprovação no exame de Tiro IPSC.

2. O Curso de Formação referido no número 1, terá os seguintes conteúdos:

a) Conhecimento dos regulamentos da IPSC;

b) Conhecimento dos regulamentos da FPT para o Tiro IPSC;

c) Conhecimentos e aplicação dos procedimentos de segurança;

d) Conhecimento das vozes de comando;

e) Conhecimento do sistema de pontuação;

f) Conhecimento da utilização da arma;

g) Conhecimento da utilização do equipamento.

3. O exame de Tiro IPSC terá as seguintes componentes:

a) Parte Teórica:

i.25 Questões sobre as regras da IPSC;

ii.Duração de 45 minutos;

iii.Teste de escolha múltipla.

b) Parte Prática:

i. Manejo da arma com e sem vozes de comando

ii. Realização de uma pista curta:

1) Uma posição de tiro

2) Quatro alvos clássicos

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3) 10 metros de distância

4) Dois tiros por alvo

5) Início com a arma em Ready no coldre

6) Pontuação Virgínia

iii. Realização de uma pista média:

1) Três posições de tiro

2) Oito alvos clássicos

3) Três alvos a 15 metros, três alvos a 10 metros e dois alvos a 5

metros

4) 7,5 metros de distância entre cada posição de tiro

5) Deslocação ao longo de uma Linha de Penalidade paralela ao pára-

balas principal.

6) Dois tiros por alvo

7) Início com a arma em Ready no coldre

8) Pontuação Comstock

4. A aprovação no exame depende da obtenção cumulativa dos seguintes

resultados:

a) 80% de respostas certas na prova teórica;

b) Nota de apto no manejo da arma com e sem vozes de comando;

c) Hit factor igual ou superior a 1,2, na realização da pista curta;

d) Hit factor igual ou superior a 1,2, na realização da pista média.

5. Os cursos de formação poderão ser organizados por iniciativa da FPT, e

mediante autorização da FPT, pelas Associações Regionais de Clubes ou Clubes.

6. A prova da frequência do Curso de Formação referido no n.º1, será

documentada por diploma emitido pela entidade organizadora do curso,

devidamente assinado pelo formador que o ministrou.

7. Os exames realizar-se-ão, pelo menos duas vezes por ano, em data e local a

designar pela Direcção da FPT, que definirá o número de candidatos a admitir a

cada exame, as taxas devidas e o prazo para inscrição no mesmo.

Artigo 12º

Dos Membros das Forças Armadas e das forças e serviços de segurança ou equiparadas

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1. Os Membros das Forças Armadas e forças e serviços de segurança, ou

equiparadas por lei, podem aceder directamente à Licença Federativa tipo C,

independentemente da titularidade de outras Licenças Federativas.

2. A emissão dessa Licença está sujeita a aprovação prévia em exame efectuado

pela FPT.

3. A emissão da Licença C, não permite aos seus titulares a prática de modalidades

ou disciplinas que estejam sujeitas à prévia aprovação nos atinentes exames,

sem que obtenham a aprovação nos mesmos.

4. O exame referido no n.º 2, será realizado nos termos do disposto no art.º 7º.

Secção II

Do âmbito das Licenças

Artigo 13º

Licença Federativa TAC

A Licença Federativa TAC permite, exclusivamente, a prática de tiro desportivo

com armas de ar comprimido de aquisição livre, nas modalidades de PAC, PAC 5

tiros, CAC CCART, Runing Target, Field Target e BenchRest.

Artigo 14º

Licença Federativa do Tipo A

A LF do Tipo A permite a prática do tiro desportivo de precisão, em que se

utilizam revólveres, pistolas ou carabinas de ar comprimido, de aquisição livre e de

aquisição condicionada, de calibre até 5,5 mm e de revólveres, pistolas ou

carabinas de calibre até .22, desde que a munição seja de percussão anelar.

Artigo 15º

Licença Federativa do Tipo B

14

1. A LF do Tipo B permite a prática das disciplinas de tiro desportivo de precisão,

referidas nos art.ºs 13º e 14º, e as em que se utilizem carabinas de calibre entre

6mm e 8 mm e pistolas e revólveres dos calibres .32 S&W Long Wadcutter ou

.38 Special Wadcutter com comprimento total não inferior a 220mm.

2. Os titulares da Licença Federativa do Tipo B, que tenham sido aprovados em

exame de Tiro MLAIC, homologado pela Direcção da FPT, poderão ainda

praticar modalidades de tiro desportivo com armas de carregamento pela boca

(Tiro MLAIC).

Artigo 16º

Licença Federativa do Tipo C

1. A LF do Tipo C permite a prática das disciplinas de tiro desportivo de precisão,

referidas nos art.ºs 13 a 15º, e ainda a prática das disciplinas de Tiro de Precisão

em que se utilizem pistolas ou revólveres dos calibres até 11,4mm ou .45.

2. Os titulares da Licença Federativa do Tipo C, que tenham sido aprovados em

exame de Tiro MLAIC, homologado pela Direcção da FPT, poderão ainda

praticar modalidades de tiro desportivo com armas de carregamento pela boca

(Tiro MLAIC).

3. Os titulares da LF do Tipo C, que tenham obtido aprovação em exame de tiro

dinâmico (IPSC), homologado pela Direcção da FPT, podem ainda praticar tiro

dinâmico, utilizando pistolas ou revólveres dos calibres até 11,4mm ou .45.

Artigo 17º

Licença Federativa do Tipo D

A LF do Tipo D permite a prática do tiro desportivo de recreio, em que se

utilizam revólveres, pistolas ou carabinas de ar comprimido, de aquisição livre e de

aquisição condicionada, de calibre até 5,5mm, bem como de revólveres, pistolas ou

carabinas de calibre até .22, desde que a munição seja de percussão anelar, e ainda

de espingardas de cano de alma lisa de calibre até 12 mm.

Secção III

15

Da renovação, revogação, caducidade, suspensão das Licenças Federativas

Artigo 18º

Da renovação das Licenças

1. A renovação da Licença Federativa TAC não está condicionada à participação em

qualquer competição oficial.

2. A renovação das Licenças Federativas dos Tipos A e D está dependente da

participação pelo seu titular, em cada época desportiva, numa prova do

calendário oficial da FPT, homologada pela Direcção da FPT.

3. A renovação das Licenças Federativas dos Tipos B e C está dependente da

participação, pelo seu titular, em cada época desportiva, em duas provas do

calendário oficial da FPT, homologadas pela Direcção da FPT.

4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os titulares da Licença Federativa

do Tipo C, que estejam habilitados para a prática de tiro dinâmico e queiram

participar em provas dessa modalidade na época desportiva seguinte, têm que

participar na época desportiva anterior em pelo menos duas provas de tiro

dinâmico com 8 ou mais pistas, que tenham sido homologadas pela Direcção da

FPT, ou em provas internacionais registadas no calendário oficial da IPSC, com

excepção dos atletas de tiro desportivo veteranos, que apenas têm que

participar em pelo menos numa dessas provas.

5. O não cumprimento do disposto no número anterior, implica a caducidade da

validade do exame de tiro dinâmico (Tiro IPSC).

6. Os titulares das Licenças Federativas dos Tipos B e C, que não cumpram com o

disposto no n.º3, mas tenham efectuado uma prova do calendário oficial da FPT,

transitam, respectivamente, para a Licença Federativa tipo A e B.

7. Nos casos devidamente justificados, a Direcção da FPT pode, por decisão

fundamentada, renovar as licenças acima referidas sem que o seu titular tenha

realizado as provas do calendário oficial da FPT necessárias para a renovação da

respectiva licença ou para manutenção da validade do exame de tiro dinâmico.

Artigo 19º

16

Da Suspensão das Licenças Federativas

1. As Licenças Federativas podem ser suspensas pela Direcção da F.P.T., nos

seguintes casos:

a) Quando seja imputável ao Atleta de tiro desportivo, arguido em processo

disciplinar, infracção grave que possa conduzir à revogação da Licença

Federativa;

b) Quando o titular de Licença Federativa, não apresente o atestado do exame

médico-desportivo a que se refere o Despacho 11318/2009, do Secretario

de Estado da Juventude e Desporto, publicado no D.R. 2ª Série, de 08 de

Maio de 2009, até ao final do mês seguinte ao do seu aniversário;

c) Em outros casos previstos na Lei ou em Regulamento Federativo.

Artigo 20º

Da Caducidade das Licenças Federativas

1. As licenças federativas caducam quando:

a) Não sejam renovadas até à data do seu termo;

b) Não seja emitida ou cesse, por qualquer motivo, a licença de tiro desportivo

referida na alínea a) do artigo 3.º da Lei 42/2006 de 25 de Agosto;

c) Ocorra a dissolução do Clube em que o titular se mostre filiado, sem que

este se transfira para um outro, dentro dos 30 dias subsequentes.

Artigo 21º

Da Revogação das Licenças Federativas

1. As Licenças Federativas podem ser revogadas nos seguintes casos:

a) Se o seu titular for alvo de sanção disciplinar federativa por violação grave

das regras de segurança ou por práticas anti-desportivas graves;

b) Se o seu titular não tiver cumprido as determinações legais relativas à sua

manutenção;

c) Se o seu titular cessar a actividade desportiva;

d) Em outros casos previstos na Lei ou em Regulamento Federativo.

17

Artigo 22º

Da interrupção da prática de tiro desportivo

1. Sem prejuízo do disposto nos artigos 18º a 21º, os Atletas de tiro desportivo que

interrompam temporariamente, e justificadamente, a prática regular da

modalidade, mas que continuem a manter a sua situação regularizada junto da

Federação Portuguesa de Tiro, manterão o direito, quando cesse a interrupção,

à licença federativa de que eram titulares à data da interrupção temporária.

2. A interrupção temporária não pode estender-se para além duas épocas

desportivas, e o impedimento temporário deve ser comunicado à FPT logo que

ocorra.

Capitulo III

Das taxas

Artigo 23º

Das taxas

1. As taxas a cobrar pela emissão das Licenças Federativas, por cada época

desportiva, são as seguintes:

a) Licença TAC - €10;

b) Licença A e D - €25;

c) Licença B - €25;

d) Licença C - €25.

2. As taxas das Licenças Federativas A e D serão reduzidas, nos seguintes casos:

a) A devida pela emissão da Licença Federativa D, será reduzida para €12,5,

quando requerida pelos titulares das Licenças Federativas A, B ou C;

b) A devida pela emissão da Licença Federativa A, será reduzida a €12,5,

quando requerida por titular da Licença Federativa D.

3. Os atletas juniores estão isentos do pagamento de taxa de licença federativa.

Capitulo IV

18

Disposições finais e transitórias

Artigo 24º

Direitos adquiridos

Os atletas de tiro desportivo mantêm os direitos adquiridos ao abrigo do

anterior Regulamento de Licenças.

Artigo 25º

Norma Revogatória

É revogado o anterior Regulamento de Licenças da FPT.

Artigo 26º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor, na data da publicitação na página

oficial de internet da FPT da sua aprovação pela Direcção da FPT.