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FATORES MOTIVACIONAIS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: uma análise sobre a Universidade Federal de Roraima, sob a ótica dos Técnicos Administrativos. Jucilene Lima Peixoto Universidade Federal de Roraima Georgia Patrícia da Silva Ferko Universidade Federal de Roraima Jaqueline da Silva Rosa Universidade Federal de Roraima Este estudo tem como objetivo geral identificar os principais fatores que contribuem para a motivação, baseados na teoria de Herzberg, na Administração Pública, especificamente dos Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Roraima. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quali-quantitativa. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário semiestruturado adaptado. Este, por sua vez, foi aplicado a um total de 87 servidores, dentre os Técnicos Administrativos da UFRR. Os resultados da pesquisa mostram que, quanto aos fatores higiênicos ou extrínsecos, os que mais contribuem para a motivação desses servidores são os aspectos relacionados ao ambiente físico de trabalho e também os aspectos de relacionamento e comunicação. Quanto aos fatores motivacionais ou intrínsecos, a pesquisa constatou que os Técnicos Administrativos consideram-se comprometidos com o trabalho que desempenham e sentem orgulho do cargo que ocupam. Por outro lado, conclamam mais investimento em qualificação para melhor cumprir suas obrigações funcionais. Palavras-Chave: Motivação. Satisfação. Administração Pública. Serviço Público.

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FATORES MOTIVACIONAIS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: uma análise sobre a

Universidade Federal de Roraima, sob a ótica dos Técnicos Administrativos.

Jucilene Lima Peixoto

Universidade Federal de Roraima

Georgia Patrícia da Silva Ferko

Universidade Federal de Roraima

Jaqueline da Silva Rosa

Universidade Federal de Roraima

Este estudo tem como objetivo geral identificar os principais fatores que contribuem para a

motivação, baseados na teoria de Herzberg, na Administração Pública, especificamente dos

Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Roraima. Trata-se de uma pesquisa

descritiva com abordagem quali-quantitativa. Como instrumento de coleta de dados foi

utilizado o questionário semiestruturado adaptado. Este, por sua vez, foi aplicado a um total

de 87 servidores, dentre os Técnicos Administrativos da UFRR. Os resultados da pesquisa

mostram que, quanto aos fatores higiênicos ou extrínsecos, os que mais contribuem para a

motivação desses servidores são os aspectos relacionados ao ambiente físico de trabalho e

também os aspectos de relacionamento e comunicação. Quanto aos fatores motivacionais ou

intrínsecos, a pesquisa constatou que os Técnicos Administrativos consideram-se

comprometidos com o trabalho que desempenham e sentem orgulho do cargo que ocupam.

Por outro lado, conclamam mais investimento em qualificação para melhor cumprir suas

obrigações funcionais.

Palavras-Chave: Motivação. Satisfação. Administração Pública. Serviço Público.

1 INTRODUÇÃO

Os fatores motivacionais no ambiente de trabalho são alvos de constantes estudos e

análises nas organizações, seja pelo fato de possuírem um campo aberto das mais variadas

discussões acerca do comportamento humano, seja pela complexidade que assola esse tema.

Teorias como a da Hierarquia das Necessidades de Maslow, a Teoria dos Dois Fatores de

Herzberg, Teoria X e Y de McGregor, ou mesmo as teorias mais contemporâneas, já

buscavam e ainda buscam responder algumas questões acerca da motivação.

Quando o assunto referente é o estudo dos fatores motivacionais em ambiente de

trabalho relacionado à administração pública, porém, não se vê com tanta frequência e com a

mesma intensidade a quantidade de estudos quando comparados com aqueles voltados às

organizações privadas. Como afirma Rodrigues (2009), as pesquisas que abordam essa

temática no âmbito das organizações públicas ainda são muito incipientes, pois, segundo este,

a maioria das pesquisas que exploram esse tema ainda costuma limitar seu campo de estudo

ao ambiente de empresas privadas. Todavia, o referido autor ressalta que aos poucos isso vem

sendo modificado.

O que se percebe, entretanto, é que aos poucos esse tema voltado ao âmbito da

administração pública vem sendo cada vez mais explorado, devido à importância e impacto

que essa atividade pública exerce perante a sociedade em geral. Diferentemente das

organizações privadas, o serviço público possui algumas peculiaridades próprias que muitas

vezes contribuem e afetam no desempenho das atividades funcionais. Na Administração

Pública existem leis que garantem vantagens específicas ao servidor público, tais como

estabilidade no serviço público após o período de três anos de efetivo exercício, mediante

aprovação em estágio probatório, licenças para tratar de interesses particulares, afastamento

para capacitação, dentre outras.

No sentido de contribuir mais sobre esse assunto, este estudo tem como objetivo geral

identificar os principais fatores, baseados na teoria de Herzberg, que contribuem para a

motivação num órgão da Administração Pública, especificamente dos Técnicos

Administrativos da Universidade Federal de Roraima. A pesquisa apresentada possui

abordagem quali-quantitativa, de cunho descritivo, pois, segundo Gil (2010), a pesquisa

descritiva está voltada simplesmente a descrever os fatos tal como eles são.

A população-alvo dessa pesquisa são os Técnicos Administrativos da UFRR, que

consiste num total de 3151 servidores. A amostra utilizada foi a não probabilística por

conveniência, uma vez que esse tipo de amostra é empregado quando se deseja conhecer

informações de maneira rápida e de baixo custo financeiro, no qual se entrevistam pessoas

que se tem acesso direto e imediato (RICHARDSON, 2010). No total, foram pesquisados 100

Técnicos Administrativos, dentre vários cargos e em diversos setores, porém 13 respondentes

não preencheram completamente alguns itens do questionário, o que ocasionou a invalidação

desses. Dos 100 questionários aplicados2, a pesquisa conta com 87 válidos, ou seja, 87% dos

questionários, que serviram de base para a análise e discussão dos resultados.

Quantos aos instrumentos de coleta de dados, a pesquisa utilizou-se de diversos meios

de investigação, como a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, através de coleta de

dados sobre o quantitativo de Técnicos Administrativos existentes na UFRR, dados esses

fornecidos pela Diretoria de Administração de Recursos Humanos da UFRR (DARH), bem

como também fez uso de consulta às legislações vigentes relacionadas aos servidores

públicos.

1 O total de Técnicos Administrativos em exercício na UFRR é de 315, conforme dados fornecidos pela Diretoria

de Administração de Recursos Humanos – DARH da UFRR data de 18 de julho de 2013. 2 O período de referência da aplicação dos questionários foi o mês de novembro de 2013.

Além disso, foi utilizado um questionário adaptado de um Trabalho de Conclusão de

Curso, cujo tema é “Uma análise dos fatores motivacionais dos funcionários públicos

concursados e contratados da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal

de Taquari” (ARNT, 2010). Esse instrumento foi dividido em três blocos. O primeiro é

composto por sete itens que procuram saber o perfil sócio demográfico. O segundo bloco

busca conhecer os dados relacionados aos fatores higiênicos ou extrínsecos. O terceiro bloco

aborda as questões referentes aos fatores motivacionais ou intrínsecos, são as questões

relacionadas ao próprio cargo em si.

Este trabalho está estruturado em cinco seções: a primeira, a Introdução, a segunda

trata das principais teorias relacionadas à motivação. Na terceira apresenta-se o resultado e a

análise dos dados coletados; e por fim, finaliza-se com as considerações finais, seguidas das

Referências.

2 MOTIVAÇÃO E SUAS MÚLTIPLAS CONCEPÇÕES

Os primeiros estudos relevantes acerca da motivação no ambiente de trabalho

surgiram, de acordo com Bedran Júnior e Oliveira (2009), em meados do século XX, quando

os Estados Unidos, após o término da segunda guerra mundial, atravessavam um período de

grande crescimento econômico.

Para Vieira et al. (2011), os estudos acerca da motivação humana, apesar de estarem

inseridos mais especificamente nos estudos da Psicologia, são constantemente utilizados pelas

teoria administrativas para criar condições de aplicabilidade dos seus conceitos na vida

organizacional. As organizações, mediante as exigências cada vez maiores do mercado

externo, buscavam meios para melhorar e aumentar a eficácia operacional das indústrias, e

nesse sentido surgiram muitas teorias relacionadas à motivação no ambiente de trabalho.

Minicucci (1995) esclarece que o termo motivação vem da ação de mover, ou seja, é a

força que impulsiona o indivíduo para um objetivo. Ressalta o referido autor que ao estudar a

motivação humana é possível compreender os motivos do indivíduo, isto é, as condutas que

os levam a agir. Gil (2010) define motivação como a força que estimula as pessoas a agir.

Para ele, a motivação tem sempre origem numa necessidade e cada pessoa dispõe de

motivações próprias geradas por necessidades distintas. As pessoas não possuem a capacidade

de motivarem outras pessoas, porém, podem satisfazer as suas necessidades.

Para Spector (2006), a motivação pode ser vista sob diferentes perspectivas. Uma

dessas perspectivas é a motivação em relação à direção, intensidade e persistência de um

comportamento que uma pessoa mantém ao longo do tempo. Ele afirma que a direção está

relacionada à escolha de comportamentos específicos dentro de uma série de comportamentos

possíveis; já a intensidade refere-se ao esforço que uma pessoa produz para a realização de

determinada tarefa ou atribuição; e a persistência, por sua vez, está ligada ao contínuo

engajamento e empenho em determinado tipo de comportamento ao longo do tempo.

Sob outra perspectiva, Spector (2006) afirma que a motivação pode referir-se ao

desejo de alcançar, conseguir ou conquistar determinado objetivo, ou seja, é resultado dos

desejos, das vontades ou mesmo das necessidades de cada pessoa. Assim, a motivação está

presente em vários aspectos da vida, seja no trabalho, nos estudos ou mesmo na realização dos

sonhos. E sobre isso, Bergamini (2010) ressalta que os estudos da motivação têm sido

aplicados em todos os ramos da atividade humana, mas em especial, nas organizações.

Sabe-se que diversas teorias foram elaboradas para explicar a motivação. Segundo

Vieira et al. (2011) é possível classificar as teorias sobre motivação em duas abordagens

distintas: Teorias de Conteúdo e Teorias de Processo. As Teorias do Conteúdo relacionam-se,

principalmente, com aquilo que está dentro de um indivíduo ou do ambiente que o envolve e

que sustenta seu comportamento; são consideradas teorias estáticas e descritivas; e as Teorias

de Processo propõem uma opção mais dinâmica, pois apresentam uma compreensão dos

processos cognitivos ou de pensamento das pessoas e que influenciam o seu comportamento.

Para Leal (2012), dentre as teorias do Conteúdo, as duas mais importantes desse grupo

são: as Teorias da Hierarquia das Necessidades, de Maslow, e a Teoria dos Dois Fatores, de

Herzberg. E, dentre as teorias mais importantes do grupo das Teorias do Processo estão:

Teoria da Equidade, de Adams, Teoria da Expectativa, de Vroom, e Teoria do

Estabelecimento de Objetivos, de Locke. Além dessas teorias, Soares (2003) destaca também

a teoria X e Y, de McGregor como um importante estudo pertencente à classe das teorias

centradas no Conteúdo, visto que essa teoria também procura explicar os motivos que fazem

as pessoas agir.

Leal (2012) resume a diferença e importância em estudar esses dois grupos da seguinte

maneira: teorias de conteúdo para explicar “o que motiva” e as teorias de processo para saber

“como motivar” as pessoas. Adiante será feita uma abordagem de algumas dessas teorias

sobre a motivação.

A teoria da motivação segundo Abraham H. Maslow é baseada no fato de que as

necessidades humanas podem ser hierarquizadas, ou seja, distribuídas em escala de

importância para as pessoas. Muitos estudiosos do assunto, dentre eles Sampaio (2005) e

Maximiano (2011), têm demonstrado essa hierarquia das necessidades de Maslow através da

pirâmide das necessidades, que pode ser representada da seguinte maneira:

Figura 01 – Pirâmide que representa a hierarquia das necessidades humanas.

Fonte: Adaptada de Maximiano (2011) e Sampaio (2005)

Os três primeiros grupos são definidos por Maslow como necessidades de carência, ou

necessidades de ordem inferior, pelo fato de que essas necessidades devem ser satisfeitas para

que o indivíduo se sinta saudável e seguro, enquanto os dois últimos grupos referem-se às

necessidades de crescimento, ou necessidades de ordem superior, visto estarem relacionadas

ao desenvolvimento e à realização do potencial de cada pessoa (ROBBINS, 2005).

A teoria de Maslow influenciou muitos estudos ao redor do mundo, mas também

obteve muitas críticas. Dentre essas críticas é possível destacar as mais relevantes, como o

universalismo da Pirâmide, o funcionamento do modelo e o modelo hierárquico das

necessidades (SILVEIRA, 2006). Quanto ao universalismo da pirâmide, as críticas

questionam o fato de todos os homens hierarquizarem suas necessidades da mesma maneira.

Para ele, da leitura minuciosa das obras de Maslow percebe-se algumas exceções a essa regra,

o que permite perceber a flexibilidade dessa teoria quanto à universalidade. Uma dessas

exceções à regra que tornam o modelo motivacional de Maslow mais flexível está relacionada

à possibilidade de haver uma inversão de necessidades, ou seja, as necessidades de nível

superior podem ser satisfeitas sem haver a exigência de satisfação das necessidades de nível

inferior (SILVEIRA, 2006).

De acordo com a Teoria de Frederick Herzberg, a motivação das pessoas para o

trabalho depende de dois fatores relacionados, são eles: fatores higiênicos e fatores

Auto realização

Estima

Sociais

Segurança

Fisiológicas

motivacionais. Segundo essa teoria, os fatores envolvidos na produção da satisfação e

motivação no trabalho são diferentes dos fatores envolvidos na insatisfação (FALLER, 2004).

Segundo Rodrigues (2009), os fatores higiênicos são caracterizados como aqueles

localizados no ambiente externo da organização. Estão relacionados às condições físicas do

ambiente de trabalho e abrange todos os benefícios que a organização oferece aos seus

empregados, tais como salários, benefícios sociais, políticas da organização, clima

organizacional, condições de trabalho, status, segurança. Esses fatores são definidos como

higiênicos pelo fato de serem apenas preventivos, ou seja, apesar de não gerarem motivação, a

falta deles na organização gera a insatisfação para os empregados.

Para Herzberg, os fatores motivacionais estariam relacionados a fatores internos e

referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e às atividades relacionadas com o cargo em si,

são provenientes da posição ocupada pelo empregado na organização (FALLER, 2004).

Segundo o autor, o enriquecimento do cargo traz efeitos altamente desejáveis como aumento

da produtividade e redução do absenteísmo. Sua presença produz motivação, enquanto sua

ausência não produz satisfação.

De acordo com a Teoria Dos Dois Fatores, somente os fatores intrínsecos produzem a

satisfação com o trabalho. Ou seja, apenas o trabalho em si e os fatores que lhe são

diretamente relacionados podem motivar as pessoas. Ao passo que os fatores extrínsecos não

fazem a pessoa sentir-se satisfeita com o trabalho, apenas reduzem a insatisfação

(MAXIMIANO, 2009).

Sobre a satisfação/insatisfação definida por Herzberg, Maximiano (2009, p.239)

afirma que “nas palavras de Herzberg, o oposto de satisfação não é insatisfação, mas não

satisfação, o oposto de insatisfação não é satisfação, mas não- insatisfação”.

O quadro a seguir, resume as principais características verificadas por Herzberg e foi

baseado de acordo com os escritos de Hampton (2005) e Maximiano (2009):

Quadro 01 - das Principais características dos fatores motivacionais e dos fatores higiênicos

Fatores de Motivacionais ou intrínsecos Fatores higiênicos ou extrínsecos

Realização Administração e política da Companhia

Reconhecimento Supervisão

O trabalho em si Relacionamento com o supervisor

Avanço Condições de trabalho

Possibilidade aprendizagem e crescimento Salário

Exercício da responsabilidade Relacionamento com os colegas

Desafios Vida Pessoal

Relacionamento com os subordinados

Status

Segurança

Fonte: Elaborada a partir dos escritos de Hampton (2005) e Maximiano (2009).

De acordo com Zanelli et al. (2011), a conclusão sobre a Teoria da motivação de

Herzberg é que o contrário de satisfação não é a insatisfação, mas sim a não-satisfação, do

mesmo modo que o oposto da insatisfação não é a satisfação, mas a não-insatisfação. Dessa

forma, as condições ambientais de trabalho, como o salário, condições de trabalho e

relacionamento com os colegas não são fatores capazes de motivar as pessoas, porém

requerem atenção dos dirigentes organizacionais pelo fato de sua ausência gerar a insatisfação

no ambiente de trabalho.

Assim, para Herzberg, a forma de atenuar a insatisfação numa organização seria

através da atuação dos gestores nos fatores higiênicos, buscando atender a necessidade de

seus colaboradores. Todavia, se o objetivo da organização é motivar esses trabalhadores, a

atuação da gestão deve ser nos fatores motivacionais, ligados ao conteúdo do trabalho.

Somente dessa forma seria possível motivar os colaboradores, pois assim, estariam criando

condições organizacionais capazes e apropriadas para a motivação desses trabalhadores

(BEDRAN JUNIOR; OLIVEIRA, 2009).

Douglas McGregor propôs duas visões distintas de administrar: de um lado, um estilo

baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática, denominada como Teoria X; e de

outro lado, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento

humano, rotulado de Teoria Y (VIEIRA et al., 2011). McGregor descreve a teoria

administrativa tradicional como aquela correspondente às propostas da Escola de

Administração científica. Na ideologia da Teoria X, ele afirma que o ser humano é avesso ao

trabalho e o evitará sempre que possível, e em decorrência disso, a administração precisa

desenvolver mecanismos de incentivo à produtividade no trabalho como a intervenção e o

controle gerencial (MOTTA; VASCONCELOS, 2006).

Segundo Faller (2004), para a Teoria X, a maioria das pessoas precisa ser controlada e

dirigida para que se esforce no sentido de prosseguir e alcançar os objetivos organizacionais.

As pessoas têm pouco espírito de iniciativa, pouca capacidade criativa, e preferem ser

dirigidas a assumirem responsabilidades.

A Teoria Y, ao contrário da Teoria X, é um estilo mais moderno de administração, a

qual permite um ambiente de gestão favorável à concretização potencial dos funcionários,

visto que, afasta os obstáculos e encoraja o crescimento na organização. Essa teoria

fundamenta-se nos pressupostos de que: o ser humano não tem aversão ao trabalho e nem o

evita, pois trabalhar é uma atividade natural e uma fonte de satisfação; não é necessário

controlar o empregado, pois o ser humano está disposto a se autocontrolar; as pessoas não

evitam responsabilidade; a motivação e a capacidade para assumir responsabilidade são

aspectos comuns a todos os indivíduos (GALHANAS, 2009).

Motta e Vasconcelos (2006) resumem a Teoria X e Y de McGregor da seguinte

maneira: enquanto na Teoria X as pessoas são preguiçosas, indolentes, tendentes a evitar o

trabalho, não possuidoras de iniciativa, e evitam assumir responsabilidades, na Teoria Y as

pessoas gostam do trabalho que exercem e são esforçadas e dedicadas, consideram o trabalho

como algo natural a ser realizado, podem se autocontrolar e assumir responsabilidades, além

disso, são criativas e competentes.

2. 1 MOTIVAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Para falar em motivação dos servidores públicos, é necessário esclarecer o que vem a

ser servidor público e definir de acordo com as teorias e a legislação vigente o que vem a ser

servidor público de caráter efetivo. A Constituição Federal de 1988 não traz expressamente o

conceito de servidor público, porém a Lei Complementar Federal 8.112/90 (lei que instituiu o

regime jurídico dos servidores públicos civis da União) tem sido um instrumento de

parâmetro normativo que tem influenciado muitos municípios e Estados brasileiros, traz no

seu texto claramente esse conceito. De acordo com a referida lei no seu artigo 2º servidor

público é a pessoa legalmente investida em cargo público. E, de acordo com o artigo 3º da Lei

Complementar 8.112/90 cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades

previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Servidores públicos de acordo com Meirelles (2009) podem ser classificados da

seguinte maneira: servidores públicos em sentido amplo – são todos os agentes públicos que

vinculam-se à Administração Pública, direta ou indiretamente, sendo regidos por regime

jurídico, contrato especial ou pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Esses servidores

em sentido amplo podem ser classificados em quatro grupos menores: agentes políticos,

empregados públicos, contratados por tempo determinado (temporários) e, por fim, os

servidores públicos em sentido estrito ou estatutários.

Os servidores públicos em sentido estrito; podem ainda ser subdivididos em dois

grupos: servidores efetivos (objeto dessa pesquisa) e servidores comissionados. Os Servidores

Públicos efetivos são aqueles que ingressaram no serviço público mediante concurso público

e que, portanto, podem adquirir a estabilidade após 03 (três) anos de efetivo exercício. Esses

servidores também são chamados de estatutários, pois são regidos por um estatuto legal,

responsável por disciplinar seus principais direitos e deveres em prol da Administração

Pública (MEIRELLES, 2009).

Ainda de acordo com a lei 8.112/90 os servidores públicos possuem algumas

peculiaridades em relação aos outros trabalhadores da iniciativa privada, tais como:

a) Ingresso no serviço público mediante aprovação em concurso público de

provas ou de provas e títulos, mediante o preenchimento dos devidos requisitos

legais;

b) Estágio probatório por um período de 03 anos, nos quais serão avaliados os

quesitos de: assiduidade, pontualidade, disciplina, capacidade de iniciativa,

produtividade e responsabilidade;

c) Estabilidade no cargo após um período de 03 anos de efetivo exercício após

aprovação em estágio probatório, o qual só perderá: em virtude de sentença

judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo disciplinar, e

mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, ambos

assegurados o contraditório e a ampla defesa;

d) Licenças do serviço público: por motivo de doença em pessoa da família; por

motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; para o serviço militar; para

atividade política; para tratar de interesses particulares; e para desempenho de

mandato classista;

e) Afastamento para: servir outro órgão ou entidade; exercício de mandato

eletivo; participação em programa de pós-graduação strictu sensu; e

f) Regime Próprio de Previdência.

Da leitura da lei, percebe-se que são muitas as atribuições próprias dos servidores

públicos. O regime jurídico único destaca também os deveres e as vedações impostas aos

servidores públicos. São alguns dos deveres impostos aos servidores públicos: Exercer com

zelo e dedicação as atribuições do cargo; ser leal às instituições a que servir; observar as

normas legais e regulamentares; ser assíduo e pontual ao serviço; e tratar com urbanidade as

pessoas.

Esclarecidos os principais conceitos e características da lei relacionadas aos servidores

públicos, será demonstrado a seguir os ideais acerca da motivação no serviço público, sua

importância e contribuição para a prestação de um serviço público mais eficiente.

O fato é que nos últimos o serviço público anos vem atraindo o interesse de muitas

pessoas. Nunes et al. (2008) destacam algumas sugestões das possíveis razões para o interesse

dessas pessoas em ingressar no serviço público. São apontadas como razões, dentre elas: a

elevação nas taxas de desemprego no setor privado; menor discriminação no processo seletivo

quanto à idade, ao sexo e à universidade de formação; não exigência de experiência prévia e a

não utilização de critérios estereotipados, tais como boa aparência.

Com relação ao quesito estabilidade, Nunes et al. (2008) indicam que houve uma

mudança na mentalidade dos servidores. Ao aplicar uma pesquisa junto a alguns servidores

públicos ele constatou que a maioria das pessoas entrevistadas indicou a estabilidade e a

imagem da organização somente como fatores que as motivaram a participar do concurso

público. Esses fatores foram primordiais para motivarem no momento do ingresso, mas não

num momento posterior, uma vez que os pontos positivos destacados como motivacionais por

grande parte dos entrevistados, após o seu ingresso, foram: a chance de construir uma carreira

e a oportunidade de treinamento e desenvolvimento (NUNES et al., 2008)

Ainda de acordo com Nunes et al. (2008), a estabilidade no serviço público não

constitui um fator motivacional, pois na medida em que o tempo passa e o servidor público

habitua-se com seu ambiente de trabalho, isso afeta o comprometimento e as intenções dos

servidores, mudando suas expectativas em relação à organização. Sendo, por outro lado, o

fator oportunidade de treinamento e desenvolvimento bastante apontados como pontos

positivos em se trabalhar numa organização pública.

Com relação aos quadros técnicos, gerenciais e operacionais, a gestão de pessoas no

setor público carece da existência de um sistema de incentivos para o servidor, visto que a

maioria dos órgãos da administração pública não possui uma política de formação voltada ao

treinamento e desenvolvimento profissional, o que certamente contribuiria para o aumento da

eficiência e da eficácia no âmbito do serviço público (VIEIRA et al., 2011).

Sobre algumas formas e métodos de motivação que podem ser desenvolvidas no

serviço público, Difini (2002) apresenta dez ações motivacionais que podem influenciar a

motivação dos servidores numa organização, as quais são:

a) Manter uma boa comunicação na organização, identificando seus objetivos e as

funções de cada servidor;

b) Criar condições de trabalhos apoiadoras (treinamento espaço físico e

tecnologia);

c) Estimular metas personalizadas;

d) Estimular tarefas mentalmente desafiadoras;

e) Criar condições de conversas amigáveis ou relacionamentos informais;

f) Buscar a participação dos servidores, escutando opiniões e sugestões;

g) Manter constantemente feedback das chefias;

h) Criar oportunidades para crescer profissionalmente;

i) Vincular recompensas (financeiras ou não) ao desempenho; e

j) Reduzir as desigualdades existentes entre as atividades e resultados dos

servidores.

Vieira et al. (2011) destacam que é difícil um servidor público ser motivado

intrinsecamente no ambiente de trabalho se não tem o mínimo necessário de conforto para

desempenhar um bom trabalho. Reforçando assim, mais uma vez, a teoria dos fatores

motivacionais de Herzberg, a qual afirma que os fatores extrínsecos como salário, boas

condições de trabalho, relacionamentos com os colegas são importantes quando se tem a

intenção de reduzir a insatisfação, apenas. Porém, os fatores motivacionais sãos os fatores

intrínsecos, relacionado diretamente ao trabalho em si (MAXIMIANO, 2009).

No serviço público cada servidor busca normalmente, por meio de seu trabalho, uma

oportunidade de realizar as suas potencialidades. Sobre a motivação no serviço público Vieira

et al. (2011) descrevem: É através do trabalho que se consegue reconhecer o próprio valor e,

consequentemente, equilibrar expectativas e sentimentos de autoestima. À medida

que o trabalho no setor público satisfaz às necessidades de autodesenvolvimento das pessoas, a motivação fica cada vez mais forte. Em suma, parece que a ideia de

motivação no serviço público não está tão distante da realidade, mas os

administradores públicos devem se conscientizar de que sua missão é muito maior

do que simplesmente desempenhar uma tarefa almejando uma recompensa ao final.

É definir suas próprias metas pessoais para estimular seu crescimento profissional e,

consequentemente melhorar a imagem da Administração Pública no país (VIEIRA

et al, p.17, 2011).

Assim, a motivação na Administração Pública está diretamente relacionada ao

trabalho desempenhado pelos servidores. Um servidor motivado é capaz de oferecer um

serviço melhor. Afonso e Rocha (2010) ressaltam a importância que a capacidade e a

motivação dos servidores têm sobre a qualidade da prestação de serviços, uma vez que um

servidor público motivado não só contribui para a melhoria da qualidade no serviço prestado,

mas também aumenta a produtividade na organização.

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

3.1 Considerações iniciais

A UFRR, no decorrer desses anos, após a sua implantação em 1989, vem passando por

um processo de grande expansão tanto em oferta de cursos de graduação e pós-graduação,

como no crescimento da composição de servidores efetivos devido à demanda pelo serviço

oferecido pela instituição. O número de Técnicos Administrativos e de professores efetivos

aumentou nos últimos anos. Atualmente a UFRR conta com um total de 315 Técnicos

Administrativos, 388 docentes efetivos do magistério superior e 88 docentes do magistério do

ensino básico, técnico e tecnológico3.

Como forma de acompanhar todo esse crescimento no quadro de servidores públicos

da UFRR, foi criada em 28 de novembro de 2012, no âmbito da estrutura organizacional da

instituição, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas – PROGESP, que, de acordo com a resolução

nº27 do Conselho Universitário (CUNI), é o órgão responsável pelo planejamento,

coordenação, orientação e execução das atividades de administração de pessoal e de recursos

humanos da universidade.

No âmbito da PROGESP existem duas diretorias que foram criadas exatamente para

atender às necessidades dos servidores da UFRR. As quais são: Diretoria de Desenvolvimento

do Servidor – DDS e Diretoria de Saúde e Assistência Social – DSAS.

A DDS é subdividida em três coordenações, a saber: Coordenação de Atenção à

Qualidade de Vida – CAQVS; Coordenaçã- o de Capacitação do Servidor – CAPS e

Coordenação de Avaliação e Desempenho – CADES. A DDS é, portanto, o órgão responsável

pelo desenvolvimento do servidor da UFRR, baseado no tripé: capacitação, qualificação

profissional e programas de qualidade de vida.

A DSAS, por sua vez, possui três coordenações, as quais são: Coordenação de Saúde –

CS; Coordenação de Assistência Social e Psicológica – CASP; e a Coordenação de Apoio ao

Subsistema Integrado a Atenção à Saúde do Servidor – CAS.

Sobre o Plano de Carreira dos Cargos de Técnico-Administrativos, este foi instituído

pela lei nº. 11.091/2005 e está estruturado em 5 (cinco) níveis de classificação (A, B, C, D e

E), com 4 (quatro) níveis de capacitação cada. Segundo a lei, o servidor poderá adquirir a

Progressão por Capacitação Profissional, que é a mudança de nível de capacitação, no mesmo

cargo e nível de classificação, decorrente da obtenção pelo servidor de certificação em

Programa de Capacitação, compatível com o cargo ocupado, mediante carga horária mínima

exigida, respeitado o período de 18 (dezoito) meses entre cada nível de capacitação.

Ainda de acordo com lei nº. 11.091/2005, o servidor que possuir educação formal

superior ao exigido para o cargo do qual é titular, receberá um valor correspondente ao

Incentivo à Qualificação Profissional. Essa lei foi alterada recentemente pela lei nº.

12.772/2012 e, em janeiro de 2013, passou a vigorar com novos percentuais, conforme o

quadro 2, a seguir:

Quadro 2 - Incentivo à Qualificação

Nível de escolaridade formal

superior ao previsto para o

Área de conhecimento

com relação direta

Área de conhecimento com

relação indireta

3 Dados fornecidos pela Diretoria de Administração de Recursos Humanos da UFRR.

exercício do cargo (curso

reconhecido pelo Ministério da

Educação)

Ensino fundamental completo 10% -

Ensino médio completo 15% -

Ensino médio profissionalizante ou

ensino médio com curso técnico

completo

20% 10%

Curso de graduação completo 25% 15%

Especialização, com carga horária

igual ou superior a 360h

30% 20%

Mestrado

52% 35%

Doutorado 75% 50%

Fonte: Lei nº11091, Brasil (2005), alterada pela lei nº12772, Brasil (2012).

Quanto ao perfil sócio demográfico dos Técnicos Administrativos, da pesquisa ora

apresentada, da UFRR, foi elaborado a partir das respostas referentes ao sexo, idade, estado

civil, escolaridade e tempo de trabalho na UFRR. Identificou-se que o gênero predominante

dos Técnicos Administrativos corresponde ao do sexo feminino, com uma porcentagem

significativa de 68,97%. Quanto à faixa etária dos servidores, percebe-se que a maioria dos

Técnicos Administrativos é jovem, visto que 36,78% ainda estão na idade correspondente

entre 18 e 29 anos. E a segunda maior categoria está na faixa etária de 30 a 39 anos, com um

percentual de 29,89%.

A pesquisa demonstrou que 44,83% dos Técnicos Administrativos são casados ou

vivem com seus parceiros. Os solteiros correspondem a 39,08% dos entrevistados. Já o índice

de servidores viúvos é relativamente pequeno, visto que corresponde a um percentual de

1,15%.

Sobre a escolaridade, verifica-se um fato interessante. O número de servidores que

responderam possuir Pós-Graduação (especialização, mestrado e doutorado) é significativo,

consistindo num percentual de 56,32%, ou seja, mais da metade dos entrevistados. O número

de respondentes que declararam possuir apenas o nível fundamental e médio, por sua vez, é de

apenas 4,6%, considerando a soma dos dois níveis. Essa quantidade expressiva de servidores

com nível de escolaridade muitas vezes até acima do que o cargo exige, justifica-se pela

existência de políticas de incentivo à qualificação estabelecida no Plano de Carreiras dos

Cargos de Técnicos Administrativos em Educação, instituído pela lei nº11091/2005.

Com relação aos cargos dos Técnicos Administrativos, a maioria corresponde ao de

Assistente em Administração, com um percentual de 22,99%, e em seguida o cargo de

Auxiliar em Administração, com 13,79%. Verifica-se que a soma destes dois cargos

corresponde a um total de 36,78%. Esses dois cargos são a maioria no âmbito da UFRR, visto

que estão presentes em quase todos os setores da instituição, são cargos de nível

intermediário.

Dos respondentes da pesquisa, 25,29% afirmaram possuir cargo de direção, chefia ou

assessoramento. No âmbito da UFRR os cargos de chefia são atribuídos aos Pró-Reitores,

Diretores e Coordenadores.

Com relação ao tempo de trabalho, depreende-se dos dados um fato interessante, pois

observa-se que o maior percentual é o de Técnicos Administrativos que ainda estão em

estágio probatório, visto que somando os que correspondem ao período de um até três anos

incompletos mais os que responderam que possuem menos de um ano é de 40,23%.

3.2 Considerações acerca dos fatores higiênicos ou extrínsecos

A seguir são apresentados os resultados referentes aos fatores higiênicos, localizados

no ambiente externo da organização, relacionados às condições físicas do ambiente de

trabalho, aos aspectos funcionais, de relacionamento e de comunicação (RODRIGUES,

2009).

Sobre o ambiente físico de trabalho na UFRR, a pesquisa buscou identificar o que os

Técnicos Administrativos consideram a respeito do espaço físico, equipamentos utilizados,

iluminação, refrigeração, limpeza e higiene no ambiente de trabalho e ainda os itens de

conforto como café, água e outros.

Com relação ao Espaço Físico, 39,08% dos Técnicos Administrativos consideram-se

muito satisfeitos com o espaço físico em que estão trabalhando, ou seja, a maioria em termos

percentuais. Já os que responderam estar um pouco satisfeitos com este item constituem uma

parcela de 37,93% de servidores. Interessante é observar que os que afirmaram estar nada

satisfeitos, um pouco insatisfeitos, ou simplesmente são indiferentes a esse aspecto

representam um percentual relativamente baixo, consistindo apenas 5,75%, 8,05% e 9,20%,

respectivamente.

Em se tratando dos Equipamentos Utilizados, observa-se que 44,83% dos Técnicos

Administrativos pesquisados responderam estar muito satisfeitos com relação aos materiais de

apoio utilizados no ambiente de trabalho; 31,03% estão um pouco satisfeitos e 19,54%

afirmaram ser indiferentes. Por outro lado, apenas 1,15% respondeu estar nada satisfeito com

esse quesito e 3,45% consideraram-se um pouco insatisfeito com os equipamentos utilizados.

Com relação à Iluminação no ambiente de trabalho, novamente verifica-se que a

maioria dos Técnicos Administrativos considera-se muito satisfeita, correspondendo a um

percentual de 52,87% dos respondentes. Os que se consideram um pouco satisfeitos são

26,44%, os que são indiferentes ou estão um pouco insatisfeitos são 10,34%, cada. Destaca-se

quanto à iluminação, nenhum dos servidores pesquisados respondeu estar nada satisfeito com

este aspecto no seu local de trabalho.

Quanto à Refrigeração, salienta-se que este foi o item que teve o maior percentual de

respondentes que se declararam estar muito satisfeitos, consistindo num total de 59,77%. Os

que se consideram um pouco satisfeitos são 28,74%, os que responderam ser indiferentes ou

estão um pouco insatisfeitos consistem num percentual de 10,34%, cada. Ninguém, dentre os

servidores pesquisados, declarou-se nada insatisfeito.

Quanto ao Item Limpeza e Higiene, 51,72% dos Técnicos Administrativos

responderam estar muito satisfeito, 27,59% afirmaram que estão um pouco satisfeitos, 9,20%

responderam ser indiferentes, 11,49% declararam-se um pouco insatisfeitos, e nenhum

servidor respondeu estar nada satisfeito.

E, por fim, finalizando o tópico sobre o ambiente físico de trabalho, foi abordado na

pesquisa o que os servidores consideram sobre os itens de conforto ofertados pela instituição.

Ressalta-se que este foi o item sobre ambiente físico que teve menor percentual de servidores

que se declararam estar muito satisfeitos, em comparação aos itens anteriores. Destaca-se que

18,30% declararam-se um pouco insatisfeitos e 10,34% responderam estar nada satisfeitos, o

que totaliza um percentual de 28,73%, somando essas duas categorias. Os que afirmaram estar

muito satisfeito são 33,33%, os indiferentes correspondem a 12,64% e 25,29% responderam

estar um pouco satisfeitos.

Percebe-se que a UFRR, sob a ótica dos Técnicos Administrativos, possui um

ambiente físico favorável que pode contribuir para a motivação dos Técnicos Administrativos,

pois, segundo a teoria de Herzberg o ambiente físico é considerado um dos fatores higiênicos

de satisfação externa, desde que atendidas às condições mínimas de trabalho, ou seja, mesmo

não sendo um dos fatores motivacionais, a ausência de um bom ambiente pode comprometer

o processo de trabalho. São condições necessárias, mas não suficientes para motivar

(MOTTA; VASCONCELOS, 2006).

3.3 Considerações sobre os aspectos funcionais

Os aspectos funcionais que esse objeto de estudo abordou estão relacionados às

seguintes categorias: salário, benefícios, incentivos educacionais, horário de trabalho,

treinamento recebido e incentivo à participação em cursos, congressos e outros.

Sobre o salário, a pesquisa mostra que 31,03% dos servidores encontram-se um pouco

satisfeitos, o que corresponde à maioria dos Técnicos entrevistados. 25,29% afirmaram que

estão um pouco insatisfeitos, 18,39% responderam estar nada satisfeitos, 12,64%

responderam ser indiferentes quanto a esse item e 11,49% confirmaram estar muito

satisfeitos. Observa-se que quanto ao salário, o percentual de respondentes que se declararam

muito satisfeito é relativamente baixo, 11,49%, isso quando comparado às respostas dos

Técnicos Administrativos para os itens do bloco anterior, sobre o ambiente físico, em que a

maioria dos servidores se considerou muito satisfeita para todos os itens.

Em relação aos benefícios, este foi o item desse bloco, que obteve maior percentual de

respondentes que se consideraram pouco insatisfeito, correspondendo a 27,59%. Os que se

consideraram um pouco satisfeitos foram 25,29% dos entrevistados. Os que responderam ser

indiferentes quanto ao item sobre benefícios foram 19,54%, igualmente o percentual dos que

se declararam nada satisfeitos.

Ao analisar os dados referentes a salário e benefícios, o que se constata, é que esses

dois itens são os que menos satisfazem os servidores, dentre os fatores higiênicos. O número

de servidores que responderam estar satisfeitos com esses dois quesitos é relativamente baixo

em comparação com outros fatores como treinamento recebido, incentivo à participação em

cursos e até mesmo o horário de trabalho.

Com relação aos incentivos educacionais, a maioria dos Técnicos Administrativos

respondeu se sentir um pouco satisfeita com esse item. Sendo esse percentual correspondente

a 35,63%. Em seguida, com 25,29% foram os que responderam estar muito satisfeitos com

incentivos educacionais. Apenas 9,20% dos respondentes afirmaram que estão nada satisfeitos

com esse item.

Sobre a análise dos dados referentes ao horário de trabalho, foi verificado que a

maioria dos respondentes se considerou um pouco satisfeita, sendo um percentual de 32,18%.

Cabe destacar aqui que o horário de trabalho normal na UFRR é de oito horas diárias, o que

corresponde a 40 horas semanais. O percentual de técnicos que responderam estar muito

satisfeitos com o horário de trabalho é de 18,39%. Ao aplicar a pesquisa na UFRR, foi

verificado que alguns técnicos só responderam estar um pouco insatisfeitos pelo fato de o

horário de trabalho na UFRR não ser de seis horas corridas, como ocorre em alguns órgãos

estaduais e municipais, pois segundo eles seria mais vantajoso e econômico para a instituição.

Sendo assim, os que responderam que não estão nada satisfeitos com o horário de trabalho

corresponde a 14,94%, e os que se consideraram um pouco insatisfeitos foram 17,24% dos

respondentes.

Em se tratando de treinamento recebido, ressalta-se que esse foi o item sobre os

aspectos funcionais que obteve o maior percentual de Técnicos que responderam estar um

pouco satisfeitos, consistindo num percentual de 39,08% de servidores. 20,69% dos

respondentes afirmaram estar muito satisfeitos com os treinamentos. Apenas 9,20%

responderam estar nada satisfeitos com esse item.

Sobre os incentivos à participação em cursos e congressos, 35,63% afirmaram estar

um pouco satisfeitos, 19,54% responderam estar muito satisfeitos. 17,24% consideraram-se

um pouco insatisfeitos e 11,49% responderam estar nada satisfeitos.

Assim, ao fazer uma análise geral desse conjunto de itens sobre os aspectos

funcionais, constata-se que a maioria dos Técnicos Administrativos da UFRR sente-se um

pouco satisfeita com relação aos incentivos educacionais, treinamentos recebidos e

participação em cursos e congressos. O mesmo não ocorre com fatores relacionados aos

benefícios e salário recebidos pelos servidores.

Assim, ao verificar a média aritmética dos aspectos funcionais, percebe-se que quanto

aos itens relacionados ao salário e benefícios, são os itens onde se concentram as menores

médias, sendo essas abaixo de três. Diferentemente dos itens relacionados aos incentivos

educacionais, horário de trabalho, treinamentos recebidos e incentivos à participação em

cursos e congressos. Isso ocorre, dentre outros fatores, devido ao fato de que a organização

pesquisada ser uma fundação pública ligada à área da educação, que acaba por influenciar as

políticas de gestão da instituição, e, consequentemente, influencia também os servidores que

nela estão inseridos.

3.4 Considerações sobre os aspectos de relacionamento e comunicação

A respeito dos aspectos de relacionamento e comunicação, os resultados da pesquisa

mostram que esse é o conjunto de itens que mais obteve percentuais de servidores que se

consideraram muito satisfeito.

Ao analisar os dados da pesquisa, percebe-se que quanto ao relacionamento com os

colegas o percentual de servidores que declararam estar muito satisfeitos foi de 62,07%,

enquanto que, por outro lado, os que afirmaram estar nada satisfeitos foram apenas 1,15%.

Sobre o relacionamento com chefia/supervisão, a maioria dos servidores respondeu

que está muito satisfeita com esse item, correspondendo a um percentual de 60,92%. Os que

afirmaram estar um pouco satisfeitos foram 24,14%. Em contrapartida, os se consideraram

nada satisfeitos foram apenas 2,30%, e os responderam estar um pouco insatisfeitos apresenta

um percentual de 3,45%.

Os resultados da pesquisa mostram que quanto ao relacionamento com subordinados, a

maioria dos servidores respondeu estar muita satisfeita, apresentando um percentual de

44,83%. Em seguida, os que responderam que este item não se aplica a eles, ou seja, que não

possuem subordinados sob a sua supervisão, corresponde a um percentual de 29,89% de

servidores.

Questionados sobre a facilidade de acesso à chefia/supervisão, a maioria dos Técnicos

respondeu não possuir muitas dificuldades, uma vez que 60,92% afirmaram estar muito

satisfeitos. Apenas 1,15% dos servidores responderam estar nada satisfeitos com esse item.

Em relação à comunicação com a chefia/supervisão, 57,47% dos servidores afirmaram

estar muito satisfeitos com esse aspecto. 25,29% consideraram-se um pouco satisfeito e

apenas e apenas 1,15% dos Técnicos responderam estar nada satisfeito com a comunicação

com a chefia/supervisão.

E por fim, finalizando o conjunto de itens sobre os aspectos funcionais, foi

questionado aos Técnicos sobre a comunicação destes com os demais setores da UFRR. Cabe

ressaltar que este foi item que obteve menor percentual de servidores que se declararam muito

satisfeito nesse conjunto de itens. Os que afirmaram estar muito satisfeitos foram 40,23% dos

servidores. Em seguida, os que responderam estar um pouco satisfeitos, apresentando um

percentual de 35,63%.

Assim, percebe-se que nesse conjunto de itens, a maioria dos servidores se considera

satisfeita com relação aos aspectos de relacionamento e comunicação.

3.5 dentificando aspectos que mais motivam os Técnicos Administrativos da UFRR

Os resultados da pesquisa mostram que, em primeiro lugar, o item mais valorizado

para os Técnicos, enquanto servidores públicos é o fato de possuírem estabilidade no serviço

público. Esse item foi mencionado por 78,16% dos servidores entrevistados. Em segundo

lugar está a opção referente ao salário, com 65,52% de respondentes.

Em terceiro lugar, como item que motiva os servidores, está o plano de carreira, uma

vez que 44,83% dos servidores pesquisados marcaram essa opção.

Os itens que menos motivam os servidores públicos, de acordo com os dados da

pesquisa, são os relacionados ao status do cargo, que obteve um percentual 12,64% e o

referente ao reconhecimento da chefia, com uma porcentagem de 16,09%.

Percebe-se que, quanto aos fatores motivacionais, a maioria dos Técnicos

Administrativos da UFRR não concorda totalmente que seu trabalho seja motivador e

instigante e nem atende aos seus objetivos pessoais, possuem planos de um dia sair da UFRR

para continuar sua carreira profissional, não acreditam que o salário seja compatível com as

suas responsabilidades, não se sentem totalmente realizados com o trabalho que

desempenham e não se consideram totalmente valorizados como servidores. Por outro lado,

sentem-se comprometidos com o trabalho que desempenham, não concordam que o salário

seja o principal motivo que os levem a trabalhar na UFRR, e sim a estabilidade; sentem

orgulho do cargo que ocupam e pretendem se qualificar mais para melhor cumprir suas

funções.

Nesse tópico, serão destacadas as principais respostas dos servidores sobre o que mais

os motivam a trabalhar na UFRR, baseando-se naquelas que foram as mais frequentes e

também naquelas específicas sobre a UFRR como instituição de ensino superior.

Outro aspecto muito mencionado pelos servidores como um fator motivacional é o

relacionamento com os colegas de trabalho e o bom ambiente que a UFRR proporciona,

conforme pode-se perceber pelas respostas, a seguir, de alguns servidores, quando

questionados sobre o que mais os motivam a trabalhar na UFRR:

“As pessoas com quem eu trabalho”.

“O ambiente de trabalho interno entre os funcionários”.

“Por que a UFRR é a minha segunda casa”

“O Ambiente de trabalho na UFRR é o melhor dentre todos os órgãos públicos de

Roraima”.

O fato de o local de trabalho ser uma instituição federal de educação superior,

também fez com que muitos servidores destacassem os incentivos educacionais como um dos

aspectos que os motivam, o que de certa forma contribui para que os servidores tenham mais

capacitação, treinamentos e incentivos, conforme se percebe nas respostas dos seguintes

servidores:

“A proximidade com as atividades científicas desenvolvidas na instituição”.

“Por ser uma instituição federal de respeito e por estar ligada ao âmbito

educacional”.

“O importante papel da instiuição na comunidade, sendo, portanto, uma honra fazer

parte da equipe da UFRR”.

“É um canal para o servidor crescer profissionalmente através dos cursos de

capacitação”.

Muitos servidores também destacaram o status do cargo como um fator que os

motivam, muitas vezes pelo fato de ser de nível superior e por fazer parte de um órgão

federal:

“Sinto orgulho do cargo que ocupo e também por fazer parte do quadro funcional de

uma Instituição Federal de nível superior”.

“Ser um emprego federal de nível superior”.

Ao fazer uma análise sobre as respostas dos Técnicos Administrativos, verifica-se que

a maioria delas foram direcionadas não exatamente aos fatores motivacionais descritos por

Herzberg, como aqueles voltados à realização profissional, o trabalho em si, o

reconhecimento, a responsabilidade e o crescimento, mas foram destacados aspetos ligados

aos fatores higiênicos como a estabilidade, relacionamento com os colegas e o status que o

cargo representa (HAMPTON, 2005).

Em relação aos aspectos que mais entristecem os servidores da UFRR, constatou-se, a

partir da análise das respostas, que a maioria dos Técnicos Administrativos destacam o fato de

não se sentirem valorizados como servidores públicos, muitas vezes não tendo seus trabalhos

devidamente reconhecidos, conforme pode-se constatar nas respostas de alguns servidores, a

seguir:

“Trabalhar com muita dedicação e orgulho e não ser reconhecida e valorizada”.

“A desvalorização do Técnico Administrativo em geral”.

“A falta de valorização das atividades que desenvolvemos, pois temos muitas

responsabilidades, até mesmo atribuições que não são do meu cargo”.

Outros servidores complementaram que o que mais os deixa triste em ser do quadro de

servidores da UFRR é o fato de a valorização e reconhecimento dos Técnicos Administrativos

muitas vezes ocorrer não pela competência profissional, mas por outras maneiras:

“A falta de valorização e de perspectiva de crescimento profissional baseado no meu

currículo. Só sobre na hierarquia quem “puxa saco” e quem acata tudo sem questionar”.

“A valorização do servidor não ser por sua competência, mas pela amizade”.

Outros aspectos relevantes destacados pelos Técnicos Administrativos são, além do

fato de o salário não ser compatível com as suas responsabilidades, a jornada de trabalho

excessiva, pois muitos consideram que a carga horária de oito horas diárias poderia ser

reduzida para seis horas corridas, tal como ocorre em órgãos do poder judiciário ou

legislativo, conforme verifica-se nas seguintes respostas:

“Ter que cumprir 40 horas semanais, quando sei produziríamos mais em 30 horas,

pois o corpo precisa de descanso e também precisamos nos qualificar”.

“Falta tempo livre para tratamento de assuntos pessoais”

Dessa forma, percebe-se que com relação aos aspectos que mais entristecem os

Técnicos Administrativos da UFRR são, além dos aspectos relacionados ao salário e horário

de trabalho, a desvalorização profissional e a falta de reconhecimento dos servidores.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que o objetivo geral desse trabalho foi identificar os principais fatores

motivacionais que contribuem para a motivação dos Técnicos Administrativos da UFRR,

conclui-se que quanto aos fatores higiênicos ou extrínsecos ligados ao ambiente físico de

trabalho, a maioria dos Técnicos Administrativos não se sente insatisfeita com relação ao

espaço físico, equipamentos utilizados, iluminação, refrigeração, limpeza e higiene, pois a

maioria dos respondentes se considerou muito satisfeita quanto a esses aspectos. Entretanto,

com relação aos aspectos funcionais (salário, benefícios, horário de trabalho, treinamento

recebido e incentivo a participação em cursos e outros) o mesmo não ocorre, visto que a

maioria dos servidores considera-se apenas um pouco satisfeita. Vale ressaltar que os itens

salário e benefícios foram os que obtiveram menores médias nesse conjunto de itens sobre os

aspectos funcionais.

Ainda em relação aos fatores higiênicos, pode-se concluir que quanto aos aspectos de

relacionamento e comunicação, a UFRR possui um ambiente bastante amistoso, pois segundo

os Técnicos Administrativos, estes se sentem muito satisfeitos com os relacionamentos que

possuem na instituição, tanto com a chefia quanto com os colegas de trabalho.

Com relação aos fatores motivacionais, constatou-se que os Técnicos Administrativos

da UFRR não se sentem totalmente satisfeitos, pois de acordo com os dados da pesquisa, a

maioria afirmou não estar totalmente realizada com o trabalho, não o consideram motivador e

instigante, possuem planos de sair da UFRR para continuar a carreira profissional, não se

sentem totalmente valorizados como servidores e não acreditam que o trabalho que

desempenham atende aos seus objetivos pessoais. Mesmo com tudo isso, a maioria dos

servidores ainda sim sente orgulho do cargo que ocupa, sente-se comprometida com o

trabalho e pretende se qualificar mais para melhor cumprir suas obrigações.

Ressalta-se ainda que, quando questionados sobre o que mais os motivam a trabalhar

na UFRR, a maioria foi enfática em afirmar que o principal fator de atração no serviço

público é a estabilidade, mais importante até que outros aspectos como salário e plano de

carreira.

Recomenda-se também que instituição pesquisada invista na valorização dos Técnicos

Administrativos como servidores públicos, visto que, esse foi o principal fator alegado pelos

respondentes, quando questionados sobre o que mais os entristecia em ser do quadro de

servidores da UFRR.

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