fatec poderÁ ter braÇo de parque tecnolÓgico€¦ · pertando vontades e ampliando a...

8
Cruzeiro, 19 de Março de 2016 - Ano 2 - nº 40 - Circulação Cruzeiro e Região R$ 1,00 CALÇADÃO | CRUZEIRO /SP CAFÉ COLONIAL AOS DOMINGOS A PARTIR DAS 16 HORAS Pão de queijo, tortas, sucos, broas, coissant, bolos... SELF SERVICE Na terça-feira (15), a prefeita Ana Karin e a diretora da FATEC, Hirene Heringer, retomaram em São José dos Campos as tratativas para a instalação de extensão do Parque Tecnológico em Cruzeiro. Karin e Hirene devem agendar encontro de empresários nas próximas semanas para apresentação do projeto. Página 03 FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO Extrovertida, do samba, do pagode, do carnaval, mulher de vanguarda, Dona Maria Cruz faleceu na segunda-feira (14) aos 81 anos de idade, vítima de acidente de trânsito. Trabalho e diversão definem o perfil de uma das personalidades mais queridas de Cruzeiro. Página 04 82 anos de idade 63 anos de estrada De Cruzeiro, o mais antigo dos motoris- tas. Do Brasil, um dos raros recordistas de tempo na estrada. Re- portagem especial de O IMPACTO resume a trajetória de José de Oliveira Guimarães. Aos 82 anos de idade, ele continua no trecho e completa 63 anos de profissão no dia 25 de março. Página 08 Samba pede passagem no Céu Morre Maria Cruz Mateus Leite, de 25 anos, morreu no presídio de Potim. A causa é inves- tigada. A hipótese de suicídio teria sido insinuada numa mensagem enviada à ex-namorada. Página 04 Em mensagem, preso teria insinuado suicídio De 15 anos, morreu com cinco tiros Daniel Henrique Nunes. O ado- lescente possuía regis- tro de envolvimento em assaltos, arrombamen- tos e furtos. Crime pode ter sido encomendado. Página 04 Menor do crime morre baleado Bancadas na Câmara mudam com janela política Perto do fim da janela política, ao menos quatro vereadores poderão mudar de partidos até o final de março. Marciano assina com o PROS, Sérgio Antônio aderiu ao PRB. Thales Gabriel estuda ingresso no Solidariedade. Mário Notharangelli deverá deixar o PT. Charles Fernandes deve trocar o PDT pelo PR. Página 05 Museu coleciona mentiras e injustiças Por que os nomes de Joaquim Ferreira da Silva, de Fortunata Joaquina e de Antônio Teles de Castro praticamente desapa- receram da história? Fique sabendo em Reconstruindo a História, reportagem es- pecial sobre os 145 anos de fundação de Cruzeiro. Página 07 SUPER PROMOÇÃO Av. Jorge Tibiriçá, 1099 (Rua 3) Cruzeiro-SP CIMENTO CSN CPIII 50 KG À VISTA R$ 16,90

Upload: others

Post on 06-Oct-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

Cruzeiro, 19 de Março de 2016 - Ano 2 - nº 40 - Circulação Cruzeiro e Região R$ 1,00

CALÇADÃO | CRUZEIRO /SP

CAFÉ COLONIALAOS DOMINGOSA PARTIR DAS

16 HORASPão de queijo, tortas, sucos,

broas, coissant, bolos...

SELF SERVICE

Na terça-feira (15), a prefeita Ana Karin e a diretora da FATEC, Hirene Heringer, retomaram em São José dos Campos as tratativas para a instalação de extensão do Parque Tecnológico em Cruzeiro. Karin e Hirene devem agendar encontro de empresários nas próximas semanas para apresentação do projeto. Página 03

FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO

Extrovertida, do samba, do pagode, do carnaval, mulher de vanguarda, Dona Maria Cruz faleceu na segunda-feira (14) aos 81 anos de idade, vítima de acidente de trânsito. Trabalho e diversão definem o perfil de uma das personalidades mais queridas de Cruzeiro. Página 04

82 anos de idade63 anos de estrada

De Cruzeiro, o mais antigo dos motoris-tas. Do Brasil, um dos raros recordistas de tempo na estrada. Re-portagem especial de O IMPACTO resume a trajetória de José de Oliveira Guimarães. Aos 82 anos de idade, ele continua no trecho e completa 63 anos de profissão no dia 25 de março. Página 08

Samba pede passagem no Céu

Morre Maria Cruz

Mateus Leite, de 25 anos, morreu no presídio de Potim. A causa é inves-tigada. A hipótese de suicídio teria sido insinuada numa mensagem enviada à ex-namorada. Página 04

Em mensagem, preso teria insinuado suicídio

De 15 anos, morreu com cinco tiros Daniel Henrique Nunes. O ado-lescente possuía regis-tro de envolvimento em assaltos, arrombamen-tos e furtos. Crime pode ter sido encomendado. Página 04

Menor do crime morre

baleado

Bancadas na Câmara mudam com janela política

Perto do fim da janela política, ao menos quatro vereadores poderão mudar de partidos até o final de março. Marciano assina com o PROS, Sérgio Antônio aderiu ao PRB. Thales Gabriel estuda ingresso no Solidariedade. Mário Notharangelli deverá deixar o PT. Charles Fernandes deve trocar o PDT pelo PR. Página 05

Museu coleciona mentiras e injustiças

Por que os nomes de Joaquim Ferreira da Silva, de Fortunata Joaquina e de Antônio Teles de Castro praticamente desapa-receram da história? Fique sabendo em Reconstruindo a História, reportagem es-pecial sobre os 145 anos de fundação de Cruzeiro. Página 07

SUPERPROMOÇÃO

Av. Jorge Tibiriçá, 1099 (Rua 3) Cruzeiro-SP

CIMENTO CSNCPIII50 KG

À VISTAR$ 16,90

Page 2: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

19 de Março de 2016• 2 O IMPACTO da Notícia

• Editor Responsável – Paulo Antônio de Carvalho• Comercial – Silvana Carvalho• Fotos – Daniella Cruz

EXPEDIENTEEmpresa Paulo Antônio de CarvalhoCNPJ 20.813.130/0001-50

Rua José Florindo Coelho, 409 - Cruzeiro | SP - Cep.- 7712620 - Telefone – (12) 3145-2709

VEM AÍ !

Marcelo de Elias

Marcelo de Elias é palestrante especializado em mudanças e gestão de pessoas. É professor de MBAs e escritor. Saiba mais em: www.marcelodeelias.com.br

“A vida é curta para ser pequenaHá algumas frases que nos

perseguem... Creio que este não é um privilégio apenas meu, mas de muitas pessoas que acolhem pensamentos alheios em seu íntimo e estes começam a dia-logar com o nosso pensar, com o nosso estado de espírito des-pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância ou sequer tínhamos visto.

A frase que vem remodelando minha ótica e maneira de estar no mundo foi escrita por Benjamin Disraeli, político e escritor britâ-nico que faleceu em 1881: “A vida é muito curta para ser pequena.”

Essa frase, fortemente repeti-da pelo meu ex-professor Mário Sérgio Cortella nós faz pensar sobre a intensidade da vida e a longevidade.

A vida possui uma brevidade anunciada com a qual não pode-mos brincar, da qual não pode-mos nos descuidar. E trabalhar com pessoas, desenvolvendo-as e com elas crescendo, traz um imperativo temporal: fazer com que suas vidas sejam ressignifi-cadas a partir dos treinamentos, palestras, workshops que parti-

lhamos juntos.Sim, juntos, porque a máxima

do Pequeno Príncipe também rege meus princípios, qual seja, quando estamos com alguém deixamos algo de nós e levamos algo do outro. Esta troca é uma construção mútua em que preva-lece uma verdade que é o desejo de contribuir com o processo de crescimento de uma pessoa, de uma equipe, de uma organização o que impacta uma sociedade. Aqui não se pode aceitar peque-nezes.

Assim, quando temos o privi-légio de participar de um proces-so de descobertas e de constru-ção de certezas, me asseguro de estar realmente na profissão certa, florindo onde fui plantada para que outras florescências se deem de modo pleno, mudando, reconquistando seu espaço ou abrindo novas possibilidades de conviver e desenvolver perspec-tivas para si e para quem terá a pessoa desenvolvida como gestor, par ou liderado. Por início, pois por fim encerraria o diálogo que aqui estamos principiando a tecer, nos valemos de Peter M. Senge que pontua no livro A quinta disciplina: “Criar um

ambiente em que as pessoas possam crescer começa em ter um objetivo que valha o compro-misso das pessoas”.

Que comecemos com o ob-jetivo de não reduzir a vida a restrições habitualmente cotidia-nas, mas antes, de ampliá-la em potencialidade para que nossa atitude possa impactar de modo positivo mais um, outros mais, tantos outros dispostos a crescer, a ser pessoas mais humanas.

Eduardo Ferreira de Castro.

Especialista em Educação com ênfase em Gestão Educacional. Diretor de Escola e Consultor Educacional.

Jogos Cooperativos – trabalho de equipe!Os jogos cooperativos, muito

praticados em várias instituições de ensino, são dinâmicas de gru-po que têm por objetivo despertar a consciência de cooperação e promover efetivamente a ajuda entre as pessoas. Desenvolver a cooperação nas crianças e jovens através dos jogos co-operativos, além de ajudá-los a construir esse conceito tão importante, fará com que sejam pessoas mais felizes, corajosas, confiantes, amorosas, criativas e cooperadoras. Para Fábio Otuzzi Brotto, “jogando por inteiro podemos desfrutar da inteireza uns dos outros e descobrir o jogo como um extraordinário campo para a RE-Creação pessoal e coletiva”.

É fundamental ressaltar que os Jogos Cooperativos podem ser muito salutares nas aulas de Educação Física, destacadamen-te porque vão ao encontro dos movimentos atuais da Educação que apontam para uma escola na qual valores como a partici-pação, inclusão, solidariedade e

cooperação estejam presentes com maior frequência.

O grande desafio dos Jogos Cooperativos é estabelecer no-vas formas de relacionamento e aprender a enxergar o outro como parceiro e não mais como adversário. Neste sentido, pro-fessores e educadores físicos abraçaram esta nova metodolo-gia para oportunizar aos alunos

– crianças e jovens – o seu de-senvolvimento integral, incluindo, assim, o aprimoramento de sua capacidade colaborativa.

É importante que as famílias conheçam melhor esta metodolo-gia. Que entendam a importância dos jogos cooperativos para o desenvolvimento da criança e do jovem no processo educativo.

De modo geral, a aceitação e aprovação dos alunos é muito grande. Vale lembrar, ainda, que o aluno que não desejar participar da atividade por algum motivo sempre será respeitado, entendendo que cada um tem o seu tempo e o seu ritmo de aprendizagem. Nestes casos, normalmente, os alunos atuam como observadores e podem colaborar com o professor no aprimoramento da atividade.

Enfim, a percepção mais efeti-va é a de que os Jogos Coopera-tivos têm sido muito importantes no desenvolvimento das crianças e jovens que participam de ma-neira alegre e descontraída das atividades propostas.

Na última semana, depois de receber solicitação do Fundo So-cial de Solidariedade de Cruzei-ro, a direção da Escola de Ensino Integral “Oswaldo Cruz” propôs aos alunos líderes e vice-líderes de turma a realização de uma Campanha Solidária com o obje-tivo de mobilizar todos os alunos da escola para a arrecadação de alimentos não perecíveis, que seriam doados às famílias mais necessitadas da cidade, por meio do Fundo Social.

Num grande exemplo de so-lidariedade, os líderes e vice--líderes saíram a campo e mobi-lizaram seus colegas de turma na busca de alimentos que seriam doados ao Fundo Social para serem repassados às famílias carentes. Esse movimento soli-dário resultou numa arrecadação muito significativa de mais de 108kg de alimentos em apenas uma semana. Foram 32kg de

Alunos da EE “Oswaldo Cruz” dão exemplo de solidariedade!

feijão, 28kg de açúcar, 18kg de macarrão, 12kg de trigo, 7kg de arroz, 4½kg de farinha, 7 latas de óleo, 8 latas de molho de tomate, 1 lata de ervilha, 1 lata de milho verde e 1 pote de tempero.

Depois deste belo exemplo de postura solidária dos alunos da EE “Oswaldo Cruz”, os alimentos arrecadados foram entregues no último dia 16, quarta-feira, às representantes do Fundo Social de Solidariedade, Elisabeth Fer-reira e Priscila Barroso, que em nome da Presidente Sra. Edna

Ferreira Dias, agradeceram muito aos alunos pela grandeza e nobreza desta ação solidária. Fizeram questão de destacar que a escola “Oswaldo Cruz” sempre se fez parceira em ações como esta e que, não sendo diferente desta vez, deu mais uma grande lição de amor ao próximo. Eliza-beth Ferreira agradeceu ainda a direção e toda equipe escolar pelo apoio.

Os alunos presentes na entre-ga dos alimentos ficaram felizes em poder ajudar e manifestaram o sentimento satisfação pela oportunidade que tiveram de desenvolver esta grande ação solidária.

Estavam presentes na entrega o Diretor da Escola, Prof. Eduar-do Castro, a Supervisora de En-sino, Profª Thaís Lanza Brandão, e os coordenadores Prof. Márcio Ferreira e Profª Juçara Santos.

Assessoria de Comunicação.EE “Oswaldo Cruz” – Cruzeiro/SP.

Vicentina Siqueira, ganhadora da promoção Natal Com Tudo a Bordo, curtindo seu passeio no navio Soverign!

Não deixe de participar de nossas promoções, o próximo ganhador pode ser você.

Casa Brasileira a maior!

PARA

SUA

FESTA Rua Plínio Moreira, 124, ao lado do Bar do Tiãozinho

Vila Paulo Romeu - Cruzeiro /SP

Tel.: (12) 3144-3687 | (FAX) (12) 3145-2968

ALUGUEL DE MESAS E FREEZER

DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS

ADEGAPRIMAVERA

CARVÃO E GELO

A crise atingiu você?Jorge Luiz Conde

Jorge Luiz Conde é Professor U n i v e r s i t á r i o e C o n s u l t o r Organizacional

Chega o final de ano e é sem-pre a mesma ladainha por parte de muitos empresários: “Espero que o ano que vem seja diferen-te...”, “As coisas precisam melho-rar....”, “Tomara que o governo dê um jeito no país....”. Estas pessoas estão sempre a esperar que a crise passe para que eles possam prosperar e os seus ne-gócios deem uma alavancada. O problema é a mania de achar que a crise existe tal qual o dragão da inflação e outros animais incorpo-rados ao cotidiano. A saída é uma só: vamos parar com essa crise!

Está na pauta do dia: a crise dificulta a vida dos brasileiros. Avolumam-se os casos das em-presas que tiveram de fazer grandes demissões, abandonar um segmento de atuação ou até fechar operações. O negócio da propaganda não foge à regra. A história é a mesma com cada profissional ou empresário que encontro: vivemos um período de crise. No entanto, discordo. Em crise estão os que não en-tenderam que vivemos uma nova realidade.

Aqueles que não se conscien-tizaram de que o novo cenário exige mudanças na maneira como exercemos nossa função pagarão o custo da “síndrome da adolescência”. Trata-se da dificuldade que o adolescente tem de aceitar que interage com uma realidade diferente daquela de quando era criança e que, diante dela, terá de abandonar

determinadas atitudes e assumir outras. Por não compreender esse momento, entra em crise e tende a transferir para fora de si as razões das dificuldades que encontra para se inserir nessa nova etapa de sua vida. Esse paralelo ajuda a explicar o que está acontecendo com a atividade empresarial. O Brasil ainda é um mercado gigante, que oferece oportunidades únicas e onde tudo está praticamente por ser feito. É nesse Brasil que milhares de em-presas precisam manter fábricas produzindo, lojas com as portas abertas, intensificando relações comerciais, satisfazendo e fideli-zando clientes. É preciso, porém, ter consciência de que a forma como devemos exercer nosso talento tem que estar sincroni-zada com o presente, não com o passado. Devemos ter coragem de abrir mão de velhos conceitos e assumir que nossas competên-cias são úteis e tem valor inques-tionável quando comprometidas com o que os clientes precisam. Como finalidade, a propaganda hoje não vale coisa alguma, mas como instrumento de ativação de negócios e meio para que empresas criem vínculos ativos com seus clientes é insubstituível. É com esse pragmatismo que devemos administrar nossas em-presas e carreiras: modernizando a gestão de negócios, revendo práticas, processos e até mesmo algumas funções que, dentro das organizações, estão caducando

por não agregarem mais valor ao serviço que prestamos. Esses são tempos difíceis? Sem dúvidas. Existe um cenário estagnado e nuvens estranhas no horizonte? Sim! Mas também são tempos estimulantes, desafiadores e car-regados de chances de sucesso para aqueles que, ao contrário de transferirem suas dificuldades para o mercado ou governo, tive-rem a capacidade de evoluir. Em crise estão aqueles que ficaram presos aos conceitos do passado. Em crise estão aqueles que prefe-rem ficar reclamando da vida, do governo, da economia, da família, do cachorro e de todos. O povo no lado oriental do planeta sa-biamente preconiza que na crise surgem oportunidades únicas de crescimento. Precisamos apren-der esta lição. Que venha 2015! E sem crises, OK?

■ Areias■ Arapeí■ Bananal■ Cachoeira Paulista■ Cruzeiro■ Lavrinhas■ Piquete■ Queluz■ S. J. Barreiro■ Silveiraswww.nossaregiaoemfoco.blogspot.com

Tel.: (12) 3145-2709PARA ANUNCIAR

Page 3: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

19 de Março de 2016 • 3O IMPACTO da Notícia

Av. Jorge Tibiriçá, 1099 | (Rua 3) Cruzeiro-SP

O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) reajustou em 18,30 por cento a tarifa de consumo, segundo informou na terça-feira (15) diretor Luiz Horta. O reajuste tem efeito retroativo a primeiro de março. A tarifa mínima passa para R$ 18,84 (equivalente ao consumo de 10 mil litros/mês). O valor equivale à metade do cobrado em outras cidades da região.

“O reajuste visa à recompo-sição do equilíbrio econômico e financeiro do órgão, a fim de garantir sustentabilidade e condições de normalidade nas atividades de operação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água, de es-gotamento sanitário, bem como a realização dos investimentos necessários em ampliações, melhorias e atualização da infraestrutura existente, para garantir o atendimento da po-pulação”, explicou o diretor do SAAE.

A tarifa de água e esgoto não era reajustada em Cruzeiro desde janeiro de 2014. O índice de 18,30 por cento leva em consi-deração a inflação apurada pelo

SAAE, setor Operacional

Mesmo com reajuste, água em Cruzeiro continua a mais barata da região

IPC-FIPE entre janeiro daquele ano e dezembro de 2015.

Luiz Horta lembra que, em 2015, o prefeito em exercício, Rafic Simão, chegou a editar decreto prevendo reajuste de 70 por cento. No entanto, em outu-bro, logo após ter reassumido a Prefeitura, Ana Karin anulou o decreto por considerar abuso o índice proposto por Rafic.

“Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”, justificou o diretor ao assegurar que o novo índice (18,30%) retrata o índice infla-cionário de dois anos.

MAIS BARATAMesmo com o reajuste, a tarifa

de água em Cruzeiro continua a mais barata da região. “Um dado deve ser levado em con-sideração. No Rio do Braço, o SAAE capta água para Cruzeiro no mesmo lugar onde a SABESP capta para Lavrinhas. Apesar de a água ser da mesma qualidade, a diferença nos preços cobrados chama atenção. Enquanto o SAAE cobra R$ 18,84 por 10 mil litros, a SABESP cobra R$ 37,19 pelo mesmo volume em Lavrinhas”, revelou Horta

Os deputados Padre Afonso Lobato (PV) e Gil Lancaster (DEM), representantes da subco-missão de Saúde da Assembleia Legislativa realizaram nesta segunda-feira, 14, uma visita a santas casas e hospitais do Vale do Paraíba.

O objetivo, segundo Padre Afonso, foi tomar conhecimento da situação atual desses estabe-lecimentos, para obter subsídios e formular propostas de melhoria que serão encaminhadas ao governo do Estado. Os parla-mentares também buscavam informações sobre o potencial das santas casas para atender à demanda de alta complexidade da região do Vale Histórico.

A visita começou pelo Pronto Socorro Municipal de Taubaté, onde os parlamentares foram recebidos pela diretora Rosa Celano e pelo secretário de Saúde local, João Ebran. Eles tiveram acesso às dependências do PSM e puderam observar as dificuldades enfrentadas pelos pacientes ali atendidos.

“Constatamos mais uma vez que o principal problema é a falta de hospital de retaguarda, para o qual possam ser encaminhados

Os deputados Gil Lancaster e Afonso Lobato ao lado de Maurian Beatriz Triches, interventora da Santa Casa de Cruzeiro

Deputados visitam santas casas e hospitais do Vale do Paraíba e vão encaminhar

demandas ao governo do EstadoPADRE AFONSO LOBATO (PV) E GIL LANCASTER (DEM) ESTAVAM REPRESENTANDO A

SUBCOMISSÃO DE SAÚDE DA ASSEMBLEIA DE SP

os casos de clínica médica, que necessitam de internação, isto é, faltam leitos”, disse Padre Afonso. No momento da visita havia 42 pacientes à espera de internação e 13 aguardando por vaga em UTI; à tarde, no Pronto Atendimento do Hospital Regio-nal, a fila era de seis pacientes para UTI.

Os deputados também visita-ram as santas casas de Cruzeiro e Lorena e iriam à santa casa de Guaratinguetá, mas por conta do

horário a agenda foi cancelada e eles foram direto ao Hospital Re-gional, novamente em Taubaté.

Reunidos com a direção da-quele estabelecimento, eles tomaram conhecimento das suas necessidades para concretizar projeto de ampliação do núme-ro de leitos. “Vamos levar ao secretário da Saúde a proposta de criação de pelo menos mais 20 leitos de UTI, sendo dez no Hospital Regional e os demais no Hospital Universitário”, afirmou.

A prefeita Ana Karin (PRB) e diretora da FATEC, Hirene Heringer, retomaram na manhã de terça-feira (15) as tratativas para a instalação em Cruzeiro da unidade de extensão do Parque Tecnológico de São José dos Campos. Durante o encontro com Marco Antônio Raupp, di-retor geral do órgão, a prefeita Ana Karin traçou o perfil das in-dústrias de Cruzeiro e ressaltou a importância da extensão também para as cidades da região.

“Nós iniciamos esses entendi-mentos na primeira fase de meu governo, porém as tratativas foram interrompidas durante o período em que permaneci afas-tada. Agora, estamos com esse assunto em nossa pauta porque entendermos que o desenvolvi-mento regional está diretamente ligado ao avanço tecnológico”, disse Ana Karin.

A diretora da FATEC, Hirene Heringer, informou ao final do en-contro em São José dos Campos que será agendado um workshop em Cruzeiro nos próximos me-ses, com o objetivo de expor aos empresários locais e regionais a importância do parque. “A gente está retomando esse processo, vamos ter uma reunião na FATEC para avançarmos nesse assun-to”, disse Hirene Heringer.

O AVANÇOO Parque Tecnológico cons-

titui um elemento importante do planejamento estratégico e de inovação para a cidade e região. Atua como agente promotor da interação e cooperação entre ins-tituições de ensino e pesquisas, empresas de base tecnológica, governos e entidades de fomento e investimento, o que propicia empregos e a geração de renda para a cidade. É administrado pela Associação Parque Tecno-lógico - São José dos Campos.

O Parque Tecnológico de São José dos Campos é um empre-endimento para a promoção de ciência, tecnologia e inovação.

Faz parte do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, sendo o primeiro a receber o status definitivo no sistema, e é um dos parques tecnológicos mais avançados do Brasil

O parque possui centros de desenvolvimento tecnológicos nas áreas de energia aeronáuti-ca, saúde, e recursos hídricos e saneamento ambiental e possui um centro empresarial com empresas atuantes nos setores de tecnologia da informação e comunicação, instrumentação eletrônica, geoprocessamento, aeronáutica, e biomedicina.

Os Centros Empresariais tem como objetivo atrair empresas de base tecnológicas e criar um ambiente de sinergia com ênfase para a inovação, favorecendo o crescimento de novos empreen-dimentos.

O Centro Empresarial I abriga 25 empresas de pequeno e mé-dio porte que atuam nos setores de tecnologia da informação e co-municação (TIC), instrumentação eletrônica, geoprocessamento, aeronáutica e biomedicina. Está em fase de construção o Cen-tro Empresarial II que deverá abrigar cerca de 50 empresas e laboratórios.

Parque Tecnológico poderá ser implantado em Cruzeiro

Moradores de cinco bairros em Piquete sofreram com as for-tes chuvas de quarta-feira (16). De acordo com a Defesa Civil, o Rio Piquete transbordou e cau-sou inundação em várias casas. Vila Celeste, Vila Esperança, Alto da Bela Vista e Vila Cristina foram as mais afetadas. Nas residên-cias, o nível da água alcançou 70 cm. No centro, a Avenida Major Pedro mais parecia rio.

O temporal durou cerca de três horas, segundo a Defesa Civil do município. O índice pluviométrico chegou a 81 milí-metros. O Corpo de Bombeiros foi acionado em função da queda de duas árvores sobre linhas de transmissão de energia.

Na manhã de quinta-feira,

Chuvas inundam ruas em Piquete

equipes da Prefeitura e mora-dores realizam o trabalho de limpeza de vias públicas e dos

imóveis afetados. A Prefeitura de Piquete informou eu que não houve vítimas.

A prefeita de Cruzeiro-SP, Ana Karin Dias de Almeida Andrade esteve em São Paulo na tarde desta quarta-feira (16 de março) para assinatura de um convênio com o Governo do Estado para implantação do programa ‘Cidade Legal’.

A iniciativa tem o objetivo de acelerar e desburocratizar o processo de regularização e averbação de unidades ha-bitacionais. Por meio dele, a Secretaria de Estado da Habi-tação oferece apoio técnico às prefeituras para a regularização de parcelamento do solo e de núcleos habitacionais, públicos ou privados, para fins resi-denciais, localizados em área urbana ou de expansão urbana.

“Há muitos anos a população de Cruzeiro-SP, que mora em áreas irregulares, buscavam esta oportunidade e agora com esta assinatura terão a opor-tunidade de regularizar suas moradias. Jamais medi esfor-

Prefeita Ana Karin assina convênio para implantação do programa “Cidade Legal”

Projeto pretende agilizar e desburocratizar as ações e os processos de regularização fundiária e núcleos habitacionais

ços para que esta ação fosse implementada e hoje colhemos o fruto do nosso trabalho sério e transparente, visando sempre o bem estar e qualidade e vida de nossos munícipes”, disse a chefe do Executivo.

O secretario de Estado da Habitação, Rodrigo Garcia

recebeu a prefeita Ana Karin para assinatura do documento e fez questão de destacar o empenho do Executivo, princi-palmente em questões sociais e de moradia.

O secretário explicou todo esse processo de regularização latifundiária. “Estamos assinan-do convênio com a cidade de Cruzeiro, é um momento histó-rico que vai contribuir também para cidade e apoiar a prefeita Ana Karin, para que a gente possa regularizar a vida das fa-mílias que moram em situação irregular”, disse Garcia.

Rodrigo Garcia também des-tacou a importância do projeto, e afirmou que a parceria com a prefeita Ana Karin vai mapear a cidade e definir os bairros que serão assistidos com o projeto. “Tão importante como construir novas casas, é dar segurança legal para quem já tem moradia. E em parceria com a cidade vamos definir os bairros que serão atendidos, justamente para atender a população de Cruzeiro”, finalizou o secretário.

Page 4: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

19 de Março de 2016• 4 O IMPACTO da Notícia

POLÍCIA

Realização: SENAR/SP e Sindicato Rural de Cruzeiro e Lavrinhas

SINDICATO RURAL DE CRUZEIRO E LAVRINHASRua José Abílio Ferreira 328, Cruzeiro /SP - CEP:12710-21

Tel.: (12) 3144-1550 - E-mail: [email protected]

CURSOS INTEIRAMENTE GRATUITOSPOUCAS VAGAS !!! GARANTA JÁ A SUA !!!

MAIORES INFORMAÇÕES:3144-1550

Inscrições abertas aproveitem!!!Vagas Limitadas!!!

NO BALCÃO DE QUEIXAS DA POLÍCIAChumbo trocado não dói

Lucy é uma mulher simpática. Apesar do pouco atributo físico, se veste bem, exibe refinadas jóias e vive rodeada de amigas da chamada alta sociedade. Ela e o marido Dalton formam casal de expressão. Da casa e dos dois filhos adolescentes ela cuida. A empresa da família, Dalton ad-ministra. A casa é luxuosa com tudo que a riqueza é capaz de oferecer.

Contudo, a aparência de casal perfeito tem data de validade. Certo dia, Lucy atende ao tele-fone. Voz feminina alerta que Dalton teria um caso com uma das melhores amigas dela. Lucy desliga sem ao menos demons-trar interesse pela informação. Observando o comportamento do marido, Lucy mantém inabalável confiança.

Verão de 2011, sexta-feira, fim de tarde. A mesma voz está no telefone. “Sabe onde fica o motel (...)? Seu marido está lá”. Não poderia ser verdade, imagina. Ela e Dalton têm um programa a sós na noite que se aproxima. Mesmo desacredi-tando, Lucy parte para o motel, postando-se a certa distância da portaria por quase uma hora, até perceber a saída do carro do marido. Resta identificar a mulher que o acompanha. Isso

ficaria para depois.Lucy não passa recibo. Mais tarde, con-forme combinado, o casal sai para jantar. Lucy faz questão de fechar a noite num motel. O marido tenta desviar o foco. Ela insiste e escolhe o mesmo onde Dalton esteve com a amante algumas horas antes. Com a esposa, talvez por abalo psico-lógico, Dalton fracassa no dever de marido naquela noite. O can-saço “de um dia estressante é a desculpa” diante da impotência.

Passam semanas até a ver-dade surgir. De fato, o caso de Dalton é com uma das melhores amigas de Lucy. Mesmo após a descoberta, ela não passa reci-bo, porém não deixa de revidar. Lucy arruma um amante. “Chum-bo trocado não dói”, diz o velho ditado, mas em Dalton doeu. Nas coincidências das voltas que o mundo dá, o destino coloca os quatro frente a frente.

Inverno de 2011, sexta-feira, fim de tarde. Dalton está saindo do motel com a amante no mo-mento em que percebe o carro de Lucy no acesso de entrada. A amante também vê. Dalton não se contém de raiva, decide retornar ao motel. Na garagem da suíte, ele flagra a esposa. O amante de Lucy é o marido da amante de Dalton. Lucy quis

fosse assim, troco para os dois.A discussão, iniciada no motel,

toma a noite de Lucy e Dalton em casa. Espancada, Lucy busca a proteção da lei Maria da Penha no balcão do Plantão Policial. Dalton também se defende como pode. Enquanto corre o inquérito, o casal se mantém debaixo do mesmo teto. A separação seria o caminho natural. No entanto, a divisão do rico patrimônio gera forte entrave. Muito, ela e ele herdaram dos pais, além da gorda fatia construída pelos dois na comunhão de bens.

Passado o clima de revolta, o conselho nada comum de outra amiga do casal apela para o consenso. “Por que acabar com o casamento e dividir o patrimô-nio? Sejam racionais! Não seria melhor cada um manter seus “casinhos”, sem separação e sem divisão de bens?”, observou a amiga.

E não é que Lucy e Dalton decidiram cancelar o processo de divórcio e seguir o conselho da amiga? Cada um na sua, sob o mesmo teto, a vida segue para os dois.

E o outro casal, como ficou? Também topou.

(os nomes desse episódio são fictícios)

Dois motoristas embriagados foram flagrados na blitz realizada na região da Praça Antero Neves Arantes na noite de sábado (12). Comandada pelo Tenente Cas-sela, da 4ª da PM, a Operação Direção Segura Integrada (ODSI) contou com mais de 50 agentes entre policiais militares, civis e do DETRAN. O balanço aponta cer-ca de 100 fiscalizados, diversas multas aplicadas e em torno de 150 pessoas abordadas.

Um dos motoristas flagrados teve confirmado o índice alcoóli-co apurado pelo bafômetro e foi multado. Outro foi removido ao Plantão Policial depois da recusa ao teste. As operações seguirão nos próximos finais de semana no centro e nas regiões de maior concentração de pessoas nos bairros da cidade, revelou ao Tenente Cassela.

“Informo que as operações de grande proporção ocorrerão frequentemente aos finais de

PM comanda blitz no centro de Cruzeiro

semana e em datas surpresas visado a garantir a paz e a ordem pública”, afirmou Cassela.

A operação foi elogiada por populares. “Depois de a polícia ter realizado duas blitz no entorno da praça, o local está mais tran-quilo”, disse o metalúrgico Flávio Oliveira, de 42 anos. “Dava medo passar aqui porque era gente

mal encarada, usando drogas. Afinal, a praça é da família e não de vagabundos”, acrescentou o operário ao ser ouvido pelo O IMPACTO.

“Parabéns ao comando da PM”, afirmou o comerciante Pau-lo Rodrigues Freitas, de 39 anos. Ele, a esposa e duas crianças estavam num dos veículos abor-dados. “Isso é bom porque inibe os irresponsáveis que pilotam motos ou dirigem carros estando embriagados. Parabéns”, disse Paulo.

Lucélia Campos, de 25 anos, também comentou a ação po-licial. “Tomara que a PM faça sempre esse trabalho. Peço que as batidas policiais também se estendam aos bairros. Esses engraçadinhos que empinam motos, dirigem com o som alto têm que saber que colocam ou-tras pessoas em risco ou causam incômodos”, afirmou Lucélia ao parabenizar o trabalho da Polícia Militar.

Rua Afonso Pena, 172 - Centro - Cruzeiro /SP

CANTINHO DO ARTESANATOÓtima opção

para você presentear

em todas as ocasiões tudo

feito a mão e com muito

carinho para a sua família

FONE: (12) 31 432097

De 15 anos, Daniel Henrique Nunes foi assassinado com cinco tiros no final da tarde de sábado, no Mavisou, em Lavrinhas. Segundo a Polícia Civil, o adolescente estava envolvido com a criminalidade havia dois anos. Não há dúvi-das de crime encomendado por vingança ou acerto de contas

Adolescente envolvido com crime morre baleado no Mavisou

com bandidos.Daniel Nunes estava na Rua

André Ângelo de Andrade, no Mavisou, no momento em que foi surpreendido por um moto-queiro. De acordo com as ver-sões, o atirador sequer parou a moto antes de efetuar os dis-paros. Do veículo em trânsito, ele mirou e acertou cinco tiros

nos braços, no peito e na cabe-ça da vítima. O menor morreu antes da chegada do socorro. Testemunhas informaram que a moto é de cor vermelha.

De acordo com a investiga-ção, Daniel possuía registros em inquéritos pol iciais por assaltos, arrombamentos de residências e furtos.

A investigação da Polícia Civil aguarda exames de labo-ratório para definir o inquérito que apura a morte de Mateus Leite, de 25 anos, no Presí-dio de Potim. Sem marcas de violência, Mateus morreu na madrugada de quinta-feira (10). Envenenamento seria uma das causas investigadas.

Em 2014, Mateus Leite foi acusado de tentar matar a na-morada, de nome não revelado, durante uma festa no Itagaçaba. Segundo amigos comentaram durante a semana, apesar do atentado, Mateus mantinha con-

tatos com a ex-namorada. Há a suposição de que, numa das mensagens enviadas poucos dias antes de morrer, Mateus teria afirmado que “faria algo que ela jamais esqueceria”.

Ainda de acordo com relatos, o jovem apresentava sintomas de depressão. Sem marcas de violência, a investigação não descarta a possibilidade de o preso ter ingerido alguma subs-tância química. Nesse caso, os exames laboratoriais indicarão se houve o consumo de veneno ou se a morte foi motivada por causas naturais.

Jovem morto em presídio teria insinuado suicídio

Era do samba, era do trabalho, era do respeito, era de vanguar-da. Com esse perfil, Dona Maria Cruz pediu na segunda-feira (14) passagem para levar mais ale-gria ao Céu. Aqui ficaram a tris-teza, a saudade e as lembranças de uma das personalidades mais queridas de Cruzeiro. No dia 29 de junho, dia de São Pedro, de festa e de muito foguetório, Maria completaria 82 anos bem vividos de trabalho sem abrir mão do que a vida pode oferecer de melhor, a alegria.

Quem conheceu Maria Cruz na Vila Loyelo, nas rodas de sam-ba, nas passarelas do carnaval em Cruzeiro, no Rio de Janeiro e em Guaratinguetá certamente guardará a lembrança de uma se-nhorinha que jamais aparentava a idade que carregava. Carioca, Maria veio com a família para Cruzeiro há muito tempo.

Foi na Vila Loyelo que a famí-lia enraizou e proliferou. Como a Vila Loyelo é o berço do samba cruzeirense, cabe bem a per-gunta: quem chegou primeiro, a família de Maria ou o samba? Não é difícil encontrar a resposta. O gingado carioca contagiou a vila. Em meados da década de 1970, gente como Maria Cruz, Manequinho e vários outros le-varam para a avenida a Unidos da Vila Loyelo. A partir daí, outras surgiram. Pena que o carnaval de rua acabou, mas a memória da Unidos é latente.

Quantas escolas de samba há no Rio de Janeiro? São mui-tas. Pois bem. Dona Maria Cruz conheceu todas as quadras de ensaio, onde sempre foi recebida com carinho especial. “Na quadra da Mangueira, a tia Maria tinha até o cantinho dela reservado”, conta o sobrinho Marcelo Cruz. A última vez foi em dezembro de 2015, momento registrado na foto onde Maria aparece ao lado de uma turista inglesa e de Marcelo. Na ala das Baianas, perdeu-se a conta de quantas vezes desfilou no Rio de Janeiro e na Embaixada do Morro, em Guaratinguetá.

Mãe, avó, tia, amiga. Tudo se

No Céu, dona Maria Cruz pede passagem para a alegria

resume numa única definição: “mãezona”, tamanha a dedicação à família e aos amigos. Gostava de ser tratada com respeito, assim como tratava aos outros. “Trabalho e diversão são duas palavras que definem a tia Ma-ria”, ressalta Marcelo Cruz. “Ela sempre dizia que a gente tem que trabalhar, mas sem abrir mão de viajar, de conhecer novos luga-res, de fazer novas amizades e se divertir”, lembra Marcelo. Tal-vez essa a receita para tamanha longevidade e jovialidade.

Para nós, ficam a saudade, o sorriso radiante e, acima de tudo, as boas lembranças. Não se pode dizer que a vida termi-nou. Se pode afirmar que foi uma vida bem vivida. No Céu, à essa hora, Maria está reencontrando velhos amigos e parentes, está contagiando o Céu com sua es-pontaneidade e , não duvidem, já deve estar ensinando São Pedro

a sambar.O ACIDENTE

Sábado, perto das 23 horas. Acompanhada de uma das filhas, Maria Cruz havia acabado de sair do Boteco do Samba e seguia para o baile da Terceira Idade. Na Vila Loyelo, ela saltou uma poça d’água rente a calçada para fazer a travessia da rua e acabou atropelada por um motoboy. Em estado grave, com traumatismo craniano, Maria Cruz deu entrada na emergência da Santa Casa, não resistiu a faleceu às 15 horas de segunda-feira (14).

O caso gera polêmica. Pane no aparelho de oxigênio teria agravado o estado de saúde da paciente. A secretária de Saú-de, Ana Inês Costa, descarta a possibilidade ao alegar que no momento do óbito não faltou oxi-genação. Ainda de acordo com as informações, a família pediu a apuração dos fatos.

Na quadra da Mangueira, Marcelo Cruz, turista inglesa e Maria Cruz

Page 5: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

19 de Março de 2016 • 5O IMPACTO da Notícia

Avenida Luiz Bittencourt, 1.135Itagaçaba, em Cruzeiro

Fone: 3144-2590

Tradição de mais de 30 anos. Família unidade para oferecer à sua família o melhor atendimento.

Converse com Maria Alice ou Arildo

Na sua empresa ou na sua casa, alta tecnologia em mármore personalizado.

Mármore e pedras

decorativas. Orçamento

sem compromisso.

O Sincomerciários de Cruzeiro realizou no dia internacional da mulher (08 de Março) na Associa-ção Cívica Feminina o tradicional café da manhã em homenagem as mulheres comerciárias. O evento é realizado anualmente na data em que se celebra as históricas batalhas das mulheres por direitos e participação na sociedade.

O Presidente Charles Fernan-des recebeu as mais de trezentas comerciárias que estiveram pre-sentes confraternizando e tendo um início de dia mais divertido na companhia de colegas e amigas

Sincomerciários de Cruzeiro homenageia mulheres com café da

manhã no dia internacional da mulher

do comércio.O dia internacional da mulher

foi criado para homenagear inúmeras personagens femini-nas que ao longo da história se manifestaram contra a discrimi-nação, desrespeito e submissão da mulher na sociedade. Tam-bém relembra triste eventos em que mulheres foram mortas ou agredidas.

O evento realizado em Cru-zeiro tem o intuito de manter hasteada a bandeira da mulher agora na luta por condições de trabalho e salários iguais, contra a discriminação e principalmente contra a violência.

LAJES CRUZEIROAVENIDA ROTARY CLUB, 2575 - FONE 3144-2495

TRADIÇÃO DE MAIS DE VINTE ANOS

O MELHOR EM LAJES TRELISSA E COMUM, BALAÚSTRES E POSTES COM QUALIDADE COMPROVADA DA EQUIPE DO PARDAL

O MELHOR SISTEMA DE PAGAMENTO DA REGIÃO

PAN ORAMA■ Com o fim da janela política, a Câmara de Cruzeiro poderá ter nova bancada de partidos. Do PDT, Sérgio Antônio dos San-tos foi para o PRB na segunda-feira (14). Ainda não está confirmada a migração de Thales Gabriel do PCdoB para o Partido da Solidariedade. Marciano desliga-se do PTB e ingressa no PROS. Mário Notharangeli dificilmente continuará no PT. Pode saltar para o PCdoB. Charles Fernandes deve trocar o PDT pelo PR.

■ As acomodações miram as eleições municipais de 2 de outubro. Dos dez vereadores, quatro se declaram pré-candidatos a prefeito. Sem respaldo no PDT, Sérgio Antônio encontrou cobertura no PRB da prefeita Ana Karin. Thales Gabriel tem dúvidas sobre a sigla par-tidária, mas certeza sobre a oficialização da candidatura. Marciano sabe que seria impossível garantir vaga de candidato a prefeito no PTB comandado por Beto do Renato. Para os três, agora o caminho da oficialização das candidaturas está livre.

■ Presidente da Câmara, Diego Miranda obteve na última sema-na o respaldo do comando do PSDB para viabilizar a candida-tura a prefeito nas convenções de julho. Os tucanos cogitavam, além de Diego, os nomes de Fábio Guimarães, de Manoel Amorim e de José Ponciano. Na sessão de segunda-feira, Miran-da lançou a pré-candidatura.

■ Fontes ligadas ao advogado Antônio Claret asseguram sua indisposição quanto a qualquer possibilidade de composição com o que chamam de figuras carimbadas da política local. Claret trabalha na formação de novo grupo político, por entender que a vez seria a da renovação.

■ Beto do Renato está convicto de que derrubará em Brasília a condenação de inelegibilidade determinada pela Justiça Elei-toral local e estadual. Em 2012, por não ter prestado contas da campanha de prefeito no pra-zo legal, Beto foi punido com oito anos de inelegibilidade. O processo está em fase final de avaliação no TSE.

■ Não é difícil imaginar como se-ria a campanha de 2016 com o tio Beto disputando com o sobrinho Thales a cadeira de prefeito.

■ Em Lavrinhas, José Luiz da Cunha deverá lançar a candidatura de Serginho da Farmácia. Os dois têm sido vistos juntos em vários lugares. Enquanto isso, o médico Sérgio Rugeri e o radialista Soares Leite disputam espaços nas bases de oposição a José Luiz. A campanha eleitoral de 2016 deverá ser a mais disputada de todos os tempos em Lavrinhas.

Os funcionários da empre-sa Iochepe Maxion, Linha de Rodas poderão ter o PPE – Programa de Proteção ao Em-prego suspenso com a vinda de alguns serviços da Maxion Wheels (divisão de Rodas) de Guarulhos. A transferência dos serviços ainda não tem data definida, porém terá início ainda este ano.

Com a crise automotiva, a empresa da grande São Pau-lo decidiu transferir parte da produção para fabricação em Cruzeiro, porém de início não há previsão de contratação de novos metalúrgicos. A expecta-tiva para novos funcionários é se houver um aquecimento no mercado automotivo.

De acordo com presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro, Jumar Batista da Silva, os metalúrgicos que

Crise faz com que Maxion de Guarulhos transfira serviço para Cruzeiro

saírem do PPE não perderão a estabilidade: “Quando fecha-mos o acordo garantimos que não haveria nenhuma demis-são até 30 de abril de 2017 e

isso permanecerá, mesmo que tenhamos que voltar ao horário sem a redução”.

(Assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos)

OS MELHORES COMUNICADORES ESTÃO NA RC VALE

Page 6: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

19 de Março de 2016• 6 O IMPACTO da Notícia

Por Wander Carvalho Bastos

WANDER BASTOS – Presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro e Lavrinhas.

Agronegócio brasileiro deve representar 10% do comércio mundial até 2018‏

Com participação atual de 7,04% no comércio mundial, o agronegócio brasileiro pode chegar a 10% até 2018. Essa foi a meta anunciada pelo Minis-tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF), esclarecendo que este cres-cimento será baseado em garan-tias sanitárias, produtividade e conquista de novos mercados.

As negociações comerciais e sanitárias serão realizadas com os 22 principais mercados inter-nacionais (que juntos represen-tam 75% da atividade comercial mundial), grupo do qual fazem parte parceiros tradicionais do Brasil e que compõem o cha-mado “Big 5”, considerados os cinco maiores importadores de alimentos no mundo: Estados Unidos, União Europeia, China,

Rússia e Japão.“Estamos com uma agenda

bastante arrojada e agressiva para negociar barreiras sanitárias com nossos parceiros, mas isso não exclui a possibilidade de esses mesmos países também firmarem acordos tarifários”, assinalou a ministra do MAPA, Kátia Abreu. Segundo ela, a perspectiva em atingir a meta dos 10% é real e conservadora.

Ainda de acordo com o MAPA, também fazem parte da lista de prioridades alguns mercados ainda pouco acessados, mas que apresentam alto potencial de importação. A Indonésia, por exemplo, pode aumentar as compras de produtos brasileiros em 15% até 2018, principalmente de açúcar e soja. Destacam-se também Arábia Saudita, Tailân-

dia, Egito e os Emirados Árabes Unidos.

Fonte: MAPA.

O entregador foi deixar uma televisão numa casa e o meni-ninho diz:– Oba! Oba! Uma TV nova! O pai que comprou, não foi, mãe?A mãe do menino responde:– Deixa de ser bobo, menino, fui eu que comprei. Se fosse esperar pelo seu pai, você nem tinha nascido.

Jo-a-quin-zinho chega e começa a conversar com seu pai:— Pai, eu estava andando pelo mato e vi uma cobra, mas nem me assustei, porque eu percebi que era filhote!— E como você sabia disso, meu filho?— É que ela estava o tempo todo brincando com um chocalho!

Um cidadão maduro estava malhando na academia, quando notou uma coisinha linda e deli-ciosa por perto, pensou:– huuummmm!, vou me dar bem.Ele perguntou ao “treinador” que também estava por ali:– Qual a máquina aqui que eu devo usar para impressionar aquela coisinha fofa ali?O personal olhou bem para o “Mi-neiro”, de cima a baixo, e disse:– Eu tentaria o caixa automático, no corredor de entrada!

O apresentador do circo anuncia:— Agora, a mulher mais corajosa do mundo vai se deitar dentro da jaula e este leão vai lambê-la inteirinha.O leão lambe, a plateia vibra. E o apresentador:— Tem alguém aí com coragem suficiente para fazer o mesmo?Lá no fundo ouve-se a voz do Cumpadi:— Eu tenho, mas tira o leão daí!

O avião decola e o piloto diz:– Senhores passageiros, podem tirar os cintos e tenham uma ótima viagem.Ele esquece o microfone ligado e fala pro copiloto:– Agora vou deixar no piloto automático, vou dar uma caga-da e depois comer a aeromoça novata.– A aeromoça, ouvindo aquilo se assusta, sai correndo pra avisar que o microfone estava ligado, mas tropeça na bengala de uma senhora e cai.A senhora olha pra ela e diz:– Calma minha filha, ele vai cagar primeiro…

A mulher acorda o marido no meio da noite e diz, emocionada:— Querido, sonhei que você estava me dando um colar de brilhantes! O que será que esse sonho quer dizer?E ele responde— Você vai saber no seu ani-versário…O aniversário chega, o marido entra em casa com uma caixa retangular, maravilhosamente decorada. A mulher se agarra ao pacote, rasga o papel, abre a caixa e dentro encontra um livro: “O Significado dos Sonhos”.

Uma mulher encontra uma Lâmpada de Aladin. Imediatamente a esfrega e, como e um passe de mágica sai um Gênio.A mulher olha o Gênio e lhe pede um desejo:– Quero que meu marido só tenha olhos para mim.– Que eu seja a única, que tome seu café da manhã, almoce e jante sempre ao meu lado, que me toque logo que se levante, que não me deixe nem para ir ao banheiro, que viaje sempre comigo.– Que cuide de mim, me contemple.– Que, se eu me afastar por um segundo, se desespere, e me diga a falta que lhe faço.– Que nunca me deixe só e me leve a todas partes com ele e… Zzzasssss…!Foi transformada em um Celular!

POLYCAR AUTOPEÇASRua Engenheiro Antônio Penido (Rua 2), 884 - Centro - Cruzeiro /SPFones – 31 443239 e 31 435668polycarautopeç[email protected] ou www.polycarautopeças.com.br

O MAIOR ESTOQUE DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA SEU CARRO.

E VOCÊ AINDA CONTA COM O ATENDIMENTO

PREFERENCIAL DA EQUIPE DO CARLINHOS.

TRADIÇÃO, QUALIDADE E OS MENORES PREÇOS COM DESCONTOS ESPECIAIS

Rua dos Carteiros, 284 – Cruzeiro /SPwww.sindmetalcz.com.brTel.: (12) 3144-1893

SINDICATO DOS METALÚRGICOS

DE CRUZEIRO59 ANOS AO LADO DO TRABALHADOR, HISTÓRIA DE GRANDES CONQUISTAS.

Histórias hilariantes de um chaveiro(histórias verídicas)

O Juiz tem pressaO chaveiro ainda se prepa-

ra para o café da manhã com a família no momento em que a companhia de seguros emite o alerta. A chamada é do tipo ur-gência urgentíssima. Num ho-tel, em Guaratinguetá, um Juiz de Direito aguarda ansioso a presença de um técnico para sanar problema no sistema de ignição do veículo.

Ser prestador de serviços para companhia de seguro exige estar disposto às con-vocações a qualquer hora, de madrugada, nos feriados, nos finais de semana e mesmo nos momentos de lazer. Acaba se tornando rotina ter que sair às pressas. Quem precisa de so-corro quer logo ser atendido.

No hotel de Guaratinguetá o Juiz está aflito. A agenda do magistrado é corrida, ainda mais naquele dia em que importante sessão de júri o

aguardava. Depois de meia hora da chamada de emergência, o Chaveiro se põe num cenário inusitado. Eram três veículos, todos pretos, importados e blindados. No entorno, homens de ternos pretos exibem arma-mento pesado. É a equipe de segurança do magistrado.

“Esse não é qualquer um. Deve ser algum figurão do Judiciário”, pensa o Chaveiro. “Quanto tempo você leva para sanar o problema?”, indaga o Juiz. “Depende do problema. Esse carro é importado, o siste-ma é bem sofisticado”, explica o Chaveiro.

Não mais que meia hora leva a conclusão do trabalho. Testado e aprovado, o motorista do Juiz ainda levanta dúvidas. “Tudo bem aí? Não vai voltar o pro-blema? Essa viagem não pode ser interrompida. O doutor (...) precisa estar no Rio de Janeiro

antes do meio dia”, afirma o condutor. “O trabalho está ga-rantido”, responde o Chaveiro.

Ao entrar no carro, o Juiz faz questão agradecer a agili-dade e presteza do Chaveiro. “Liga a TV hoje à noite. Você certamente me verá e enten-derá minha pressa”, disse o Juiz durante o aperto de mãos com o Chaveiro. A comitiva do Juiz segue viagem.

Mais tarde, o Chaveiro assiste no Jornal Nacional a condenação de uma dos maiores traficantes do País. No centro da mesa do Tribunal está o Juiz que horas antes esteve com o Chaveiro em Guaratinguetá.

Residente no Rio de Janei-ro, o Juiz teve que pernoitar em Guaratinguetá por questão de segurança. Afinal, no banco do réu estava Fernandinho Beira Mar.

■ 19/03 - CERVEJARIA DO GOR-DO - CAIO CESAR E DIEGO BALADA SERTANEJA (LORENA) 23H ■ 19/03 - CELEIRO - ONZE VINTE - 23H (RESENDE ) ■ 12/03 - ALDEIA COUNTRY - BANDA DALLAS - 23 H (CRU-ZEIRO ) ■ 20/03 - AERO MUSIC - BAILE DO CHEFE - MC MANEIRINHO 23H (RESENDE )

AGENDA DO SANNDRYNHO DJ■ 26/03 - CELEIRO - BIEL ( RE-SENDE ) 23 H ■ 26/03 - ESPAÇO SHOW DE BOLA - BAILE DE ALELUIA - BIG SHOW E SWING S.A ■ 09/04 - PAGODE DA RADIO RC VALE - ASSOCIAÇAO CIVI-CA - SWING S.A E BIG SHOW A PODEROSA ■ 10/04 - VACA LOCA - JORGE E MATEUS 23 H

Page 7: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

19 de Março de 2016 • 7O IMPACTO da Notícia

Na reportagem especial RE-CONSTRUINDO A HISTÓRIA, o Jornal O IMPACTO pesquisou fatos verídicos para homenagear Cruzeiro no mês em que a fun-dação do município completa 145 anos.

Na edição anterior, a repor-

RECONSTRUINDO A HISTÓRIACruzeiro esquece sua verdadeira certidão de nascimento (II – final)

tagem enfocou as origens do município, o porquê de Cruzeiro ignorar sua verdadeira certidão de nascimento, as mudanças impostas nos rumos da histó-ria, o Embaú e o Povoado da Estação.

Encerrando a série Cruzei-

ro – 145 anos de fundação, O IMPACTO publica preciosos de-talhes sobre o museu da cidade, mentiras e injustiças, o significa-do de Célula Mater, a dedicação de Fortunata aos escravos e os embates entre o Coronel Ferrei-ra e o Major Novaes.

Q u e m constituiu a Fazen-

da Boa Vista? Quem construiu o casarão hoje chamado de museu? Para as duas perguntas, a resposta sugere o nome do Major Manoel de Freitas Novaes. Puro engano. A falsa impressão é justificada pela ausência de infor-mações claras sobre as origens e o desenvolvimento da fazenda. A omissão de dados e o exage-rado puxa-saquismo de alguns historiadores induziram muitos a acreditar na versão mentirosa de que o Major Novaes feito tudo.

Que fizeram dos registros fundamentados sobre o Coronel Joaquim Ferreira da Silva? Aon-de foram parar as lembranças de Dona Fortunata Joaquina dos Nascimento e do Capitão Antônio Dias Teles de Castro? Pouco ou quase nada a história de Cruzeiro foi capaz de reconhecer sobre a importância dos três.

Segunda metade do século XVIII (18). O Coronel Joaquim Ferreira da Silva compra sítios nas margens do Rio Paraíba, a cerca de oito quilômetros do Em-baú. Somando um sítio ao outro, Joaquim Silva forma a grande extensão da fazenda que ele batiza de Boa Vista. Nela. O rico fazendeiro forma grande cafezal, o produto agrícola mais cobiçado de então.

■ 1815. Com mais de 40 anos, Joaquim Ferreira da Silva casa--se com Fortunata Joaquina dos Nascimento, de 15 anos, filha de fazendeiro no Embaú. Perto de 1935, Joaquim é morto a facadas na margem do Paraíba. Logo após a morte do marido, Fortunata nomeia seu inventa-riante o Capitão Antônio Dias Teles de Castro, outro importante fazendeiro. De inventariante, pouco tempo avança até que Teles de Castro se case com a rica viúva. Recai sobre Fortunata e o novo marido a suposição de mandantes do assassinato de Joaquim da Silva. Todavia, nada fica provado.

■ 1840. Antônio Teles de Castro manda construir o ca-

Museu tem nome de quem encontrou tudo pronto

sarão da Fazenda Boa Vista, o atual museu da cidade. Pouco antes de 1860 (provavelmente em 1858), termina a história de Antônio e Fortunata. Viúva pela segunda vez, analfabeta, sem filhos e sem nenhuma vocação para administrar os negócios do café, Fortunata enfrenta a deca-dência econômica da Fazenda Boa Vista.

Por toda a região, corre a notí-cia sobre a viúva sem herdeiros, dona de escravos, de amplo ca-fezal e de terras a perder de vista - do Itagaçaba ao Entre Rios; do Rio do Lopes ao Rio Piquete, na Barra do Embaú.

Para quem Fortunata deixaria a imensa herança? Não faltam olhos de cobiça a compor a fila de interessados na rica viúva da Boa Vista. Surge, então, o nome do jovem Manoel de Frei-tas Novaes. Fortunata é amiga íntima de Dona Clara, a mãe de Manoel. Assim, a aproximação torna-se fácil.

Manoel Novaes também é viúvo, filho de família rica em Queluz, é ambicioso, perfil que o qualifica para assumir a Boa Vista. A mãe dele, Dona Clara, o aproxima de Fortunata. Nesse caso, difícil acreditar em casa-mento por amor. Fortunata conta 65 anos de idade, está combalida por doença e Manoel Novaes, no auge da juventude, soma apenas 34 anos no momento do enlace. Dá o que falar a impressão de

“golpe do baú”. Será que alguém de 34 anos casaria por amor com alguém de 65 fosse ela uma pobretona? Daí a suposição de “golpe do baú”.

■ 1874. No nono ano do terceiro casamento, Fortunata falece aos 74 anos e deixa toda sua herança para o Major Manoel de Freitas Novaes. Viúvo pela segunda vez, Novaes casa-se com Eva Maria Ferraz.

■ 1898. 13 de agosto. Major Novaes morre aos 69 anos. Dos herdeiros diretos aos indiretos, a Fazenda Boa Vista é dividida ao longo de décadas, restando apenas o casarão e o pátio em seu entorno.

■ 1969. Por interferência do deputado Nesralla Rubez, o governo do Estado decreta o tombamento do casarão e o transforma em Museu Histórico e Pedagógico Major Novaes.

Por que não o museu com o nome de Joaquim Ferreira da Silva, o primeiro dono da fazen-da, ou de Fortunata ou ainda de Antônio Teles de Castro, aquele que construiu o casarão?

Por conta da bajulação à Dona Tita, neta do major, e ao interesse político de Nesralla Rubez, foi sepultada a verdadeira história vivida por Joaquim, Fortunata e Antônio. Tamanha injustiça deu ao museu da cidade o nome de quem pegou tudo pronto. Ficou com a fama quem menos merecia.

1

D e a c o r d o com a de-

finição da língua portuguesa, Célula Mater significa célula mãe na constituição familiar ou ponto inicial de uma comunidade. Na aplicação relacionada aos mu-nicípios devemos considerar o fator principal de sua origem. Na maioria dos casos, os aglomera-dos urbanos (cidades) surgiram no entorno de templos religiosos.

Na região, as cidades de Lo-rena, Guaratinguetá e Taubaté são exemplos das influências exercidas pelas igrejas católicas. No caso de Cruzeiro, por ter sido formada por dois núcleos urba-nos, podemos considerar a Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição, no Embaú, como a primitiva e a Estação Central como a segunda célula mater.

No entanto, por simples ques-tão de bajulação ao poderio financeiro dos herdeiros do Major Novaes, alguns historiadores firmaram opinião atribuindo ao casarão da Fazenda Boa Vista o rótulo de célula mater. A versão é

2 descabida, mais uma das grandes mentiras acerca das origens de Cruzeiro. O casarão jamais pode-ria ser citado como Célula Mater porque em nada influenciou no surgimento do município, tampou-co exerceu qualquer influência quanto ao crescimento da cidade.

PRIMEIRA CÉLULA – Em 1781, ainda uma vila rural do município de Nossa Senhora da Piedade de Hepacaré (Lorena), o Embaú contava 360 morado-res. Para as missas dominicais, os fiéis católicos tinham que se deslocar até Lorena.

Partiu do fazendeiro João Fer-reira da Encarnação a doação de 200 braças de suas terras para a construção da Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição. Comandadas pelo Sargento--Mor Antônio Lopes da Lavra, as obras foram iniciadas em 1781 e concluídas seis anos depois. A missa inaugural ocorreu em 7 de outubro de 1787.

Nos arredores da igreja, ocor-reu a expansão urbana do Em-baú. Pesou nessa fase de evolu-ção o intenso fluxo de tropas de

exploradores e de comerciantes entre São Paulo, Minas e Rio. O Embaú, então, tornou-se uma das referências econômicas da região, sendo chamado de Capital dos Sertões.

Passados 84 anos desde a inauguração da igreja, o Embaú desmembrou-se de Lorena para a formação de novo município com o nome de Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro. A fundação é datada de 6 de março de 1871.

SEGUNDA CÉLULA – Após a inauguração da Ferrovia The Mins And Rio, no dia 22 de junho de 1884, novo povoado surgiu no entorno da Estação Central.Impulsionado pela ferrovia, o chamado Povoado da Estação do Cruzeiro cresceu a ponto de superar a cidade (Embaú).

Por conta dessa evolução, o governo do Estado decidiu trans-ferir a cidade do Embaú para a região da Estação Central no dia 2 de outubro de 1901. Dos quase 5.000 em 1871, a população che-gava a cerca de 10.000 no ano da transferência.

Casarão não pode ser considerado Célula Mater

3 “ F o i n e s t a cama que Dom Pe-dro II dor-

miu numa das vezes em que esteve em Cruzeiro”. Até há alguns anos, a versão colocava o casarão da Boa Vista como local de pernoite do imperador. Essa é mais uma das mentiras contadas durante décadas.

Dom Pedro nunca entrou no casarão. As visitas foram duas, em 24 de junho de 1882 e em 22 de junho de 1884. A primei-ra, para vistoria das obras da Ferrovia The Minas And Rio; a segunda, durante a inauguração da mesma estrada de ferro.

De acordo com o Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, durante a visita de 24 de junho de 1884, o imperador e seus convidados dormiram na residên-cia do engenheiro Herbert Hunt, no Morro dos Ingleses. No dia seguinte, a comitiva seguiu até o Grande Túnel.

As autoridades governamen-tais não dormiriam na Fazenda Boa Vista porque o casarão não possuía banheiros internos. A casa de Herbert Hunt, por outro lado, já contava com água enca-nada, aquecida em serpentina, banheira e todo conforto exigido pela Comitiva Imperial.

Na segunda visita, em 22 de junho de 1884, Pedro II e comi-tiva chegaram por volta das 12 horas. Em seguida à solenidade de inauguração da ferrovia, a comitiva seguiu rumo a Minas Gerais.

A ESPADA – No Programa

Cidade Contra Cidade, de Sílvio Santos, em 1969, Cruzeiro apre-sentou “espada de Dom Pedro II” como uma de suas relíquias históricas. Segundo as versões, a espada teria sido ofertada pelo imperador ao Major Novaes durante uma de suas visitas a Cruzeiro. No júri do programa, um historiador descartou o ins-trumento como original. Segundo ele, a espada seria de um dos soldados de Pedro II. Comum a Guarda Imperial possuir es-padas sobressalentes para tal finalidade.

Nas reportagens do Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, ór-gão que cobria todas as viagens do imperador, não há nenhum relato sobre a doação de espada nas duas vezes em que o impe-rador passou por Cruzeiro. O ato seria de importância significativa, digno de ser noticiado. O jornal não ignoraria.

O RELÓGIO – A única citação oficial faz referência a um relógio

inglês dado por Pedro II a Hen-rique Turner, o maquinista que conduziu a Maria Fumaça entre Passa Quatro e Três Corações no dia 22 de junho de 1884. De seu bolso, o imperador tirou um Patek Philippe e ofertou ao ma-quinista. O relógio é preservado pela família Turner.

A JABUTICABEIRA – “Numa das passagens por Cruzeiro, durante parada do trem na Es-tação Central para baldeação de passageiros, o Major Novaes mandou seus escravos arran-carem e carregarem um pé de jabuticaba até a janela do vagão onde viajava a Princesa Isabel”.

Contida na história da Fazen-da Boa Vista, a versão carece de fundamento. A Comitiva Imperial não viajava entre passageiros comuns. Os deslocamentos entre Rio e São Paulo ocorriam sempre em trens exclusivos, sem para-das nas estações entre as duas capitais, por simples questão de segurança.

Mentiras sem limitesResidência de Herbert Hunt, foto de 1882

Em 1969, logo após a criação do Condephaat (Conselho de Desenvolvimento Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) pelo governo do Estado, o casarão da Boa Vista foi o primeiro patrimônio tombado pelo órgão para a instalação do museu da cidade. O ato de desapropriação incluiu ainda todo o acervo interno do casarão.

Durante o processo de tombamento, a maior parte do acervo, a mais valio-sa, desapareceu. Constavam pratarias (talheres, taças, etc.) importadas da França, de Portugal e da Inglaterra, além de tapetes, imagens sacras, objetos considerados raros e móveis. Desses, restaram corroídas imagens santas e algumas camas e armários.

Quem saqueou? Não houve investigação a respeito, se ato de membros da própria família ou de ladrões especializados em furtos de antiguidades. O caso foi abafado.

4 Museu foi saqueado

Pouco antes de falecer, em 1874, Fortunata Joaquina pediu que seu corpo fosse sepultado na fazenda, onde morou durante 59 dos seus 74 anos. A sepul-tura seria ao lado do cemitério de escravos. Sobre ela, outro desejo, deveria ser

construída a Capela de Santa Fortunata. O desejo foi cumprido por Major Novaes no mesmo ano da morte de Fortunata.

Um século depois, em setembro de 1974, a capela acabou incendiada. Hoje, passados 42 anos, os restos mortais de Fortunata são mantidos sob os escombros da capela. Marcante desrespeito a uma das mulheres mais notáveis da história de Cruzeiro.

No casarão da fazenda, que Fortunata viu o marido Antônio Teles de Castro construir em 1840, tam-bém não há nada que lembre a imagem da grande mulher. Não há relatos, tampouco fotos de Fortunata. Tudo faz supor que a história da Boa Vista somente poderia ser contatada a partir do casamento do Major Novaes com Eva Maria Ferraz. O antes não deveria ser exaltado.

Garantem relatos não escritos por historiadores que Fortunata tratava os escravos da fazenda com amor e respeito. Preferia estar longe dos açoites mandados por seus maridos e implorava o fim dos troncos. Impedida à gestação por motivos naturais, a rica fazendeira tratava os filhos de escravos como se dela fossem.

Fato curioso o sobrenome do pardo Eliseo Teles de Castro. Filho da escrava Ritta, o jovem carregava o sobrenome do Capitão Antônio, o segundo marido de Fortunata. De acordo as versões não noticiadas, Fortunata teria permitido o registro, gerando a suposição de que Eliseo era, de fato, filho de Antônio com Ritta. Fortunata tratava o menino com carinho especial e Ritta jamais deixou de ser uma de suas mucamas de confiança.

5 O descaso com Fortunata, a "mãe" dos escravos

D e s -d e q u e chegou á Fazenda

Boa Vista, em 1865, quando se casou com Fortunata Joaquina, o Major Novaes tratou de impor seu estilo. Por um lado, conseguiu arrebanhar muitos simpatizantes. Por outro, colecionou disputas de divisas de terras com seus próprios irmãos, polemizou com engenheiros da Ferrovia The Minas And Rio, se pôs contra a desapropriação de parte da fazenda para a abertura das primeiras ruas do Povoado da Estação do Cruzeiro, mas não teve forças para derrotar seu principal inimigo, o Coronel José Joaquim Ferreira.

Republicano, o Coronel Fer-reira foi grande incentivador do crescimento do Povoado da Es-tação do Cruzeiro. Monarquista, o Major Novaes não tolerava perder terras para a abertura de novas ruas.

O principal embate entre os dois ocorreu a partir de 1890. Como Major Novaes se opunha duramente à expansão do povo-ado a partir da Rua 2, o Coronel Joaquim Ferreira conseguiu o go-verno do Estado a desapropria-ção para a abertura das ruas 3 e 4 e das paralelas entre as atuais Otávio Ramos e Othon Barcelos.

6 Os embates políticos entre Ferreira e Novaes

Foi uma das maiores disputas políticas da história de Cruzeiro. Ponto para o Coronel Ferreira. Efetuada a desapropriação em 1890, Novaes não aceitaria ta-manha derrota. Em meados de 1891, o major tratou de conse-guir com o governador Américo Brasiliense a edição de uma lei criando outro município. Dessa forma, o Povoado da Estação do Cruzeiro passou a se chamar município de Novaes. A verdade é que Novaes não queria perder domínio da terras, exigindo que os moradores pagassem aluguel dos lotes onde as casas eram construídas.

A cidade com o nome de Novaes pouco durou. Em 1892,

empossado governador, o Dr. Cerqueira César anulou o ato de criação do novo município, também a pedido do Coronel José Joaquim Ferreira. Inconfor-mado, Novaes ordenou a seus capangas que continuassem a demolir à noite as casas erguidas durante o dia no eixo das ruas 3 e 4, mesmo depois de ter recebido o valor da indenização.

Novaes havia adotado a me-dida a partir de 1888, sendo contido apenas em 1894, depois de um protesto da Câmara Muni-cipal e de ação da força policial de Lorena e de cachoeira Paulis-ta. Foram seis anos de martírio imposto aos novos moradores do povoado.

Page 8: FATEC PODERÁ TER BRAÇO DE PARQUE TECNOLÓGICO€¦ · pertando vontades e ampliando a consciência para o novo, para um ângulo da vida ao qual não havíamos dado tanto importância

19 de Março de 2016• 8 O IMPACTO da Notícia

Correção VisualLaboratório

ÓculosEstéticaConforto

Fabricação Própria

12 3144-4904 Rua Dom Bosco, 717Centro | Cruzeiro /SP

Avenida Theodoro Quartim Barbosa, 1221 Segundo Retiro - Cruzeiro /SP

MERCEARIA YAMASAKIO MELHOR DAS

HORTAS DA REGIÃO TODOS OS DIAS EM

SUA MESAQUALIDADE E TRADIÇÃO EM HORTIFRUTIGRANJEIROS

Tels.: (12)

3146-13573146-5411

Estrada PinheirosCapela do Jacu, s/n

Lavrinhas /SP

www.ranchodozejoao.com.br

CASA DE QUEIJOS

SANTA RITAAvenida Nesralla Rubez (Rua 4),

próximo do Mercado Velho

QUE DELÍCIACOM A TRADIÇÃO DE QUALIDADE

E OS MENORES PREÇOS

POUSADA E SALÃO DE FESTASVALE DAS ORQUÍDEAS

CHALÉS, CASA PARA GRUPOS, CAMPING,

LAGO, PISCINA E SALÃO DE FESTAS

PARA CASAMENTOS, ANIVERSÁRIOS E CONVENÇÕES.

CAPELA DO JACU, EM LAVRINHAS, EM PLENA NATUREZA

Reservas : (12) 3146-2181 – 99629-6767 ou 99777-4441

De Cruzeiro, com certeza. Do País, um dos mais antigos motoristas de que se tem regis-tro. Na sexta-feira, 25 de março, José de Oliveira Guimarães, o “Zé Macacão”, terá o privilégio de comemorar 63 anos de sua primeira carteira de habilitação, uma viagem que começou em 25 de março de 1953 que ele não sabe quando terminará. Motorista de taxi, de ônibus e de caminhão, José Guimarães toca a vida na estrada desde ainda jovem.

Nascido em 26 de novembro de 1933, em São José do Barrei-ro, José mora em Cruzeiro há 59 anos. Antes, residiu em São Pau-lo, Taubaté e Resende. Pouco antes dos 20 anos, deixou a terra natal para tentar a vida na capital paulista, onde trabalhou como operador de betoneira durante a construção de uma indústria. Não era o que almejava. Então, José tratou logo de passar no exame para motorista. Ainda em São Paulo, começou a profissão no volante de um taxi antes de se tornar motorista de ônibus.

Em Resende, anos depois, José Guimarães trocou o ônibus pelo caminhão de carroceria. Em 1955, embarcou em um cami-nhão tanque e especializou-se em cargas perigosas do segmen-to de combustíveis. Em 1957, firmou residência em Cruzeiro, casou-se. Dos dois filhos, um é engenheiro. O outro segue a profissão do pai. Há seis meses, José perdeu a esposa.

Nas estradas, José Guima-rães viu de tudo. Conta que não foi para muito longe. Por opção, para não ficar muito tempo longe da família, percorreu estradas do Paraná, de Minas, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Incontáveis, certamente, os acidentes que testemunhou, de muitas vidas que se perderam, de amigos que se foram.

Em 63 anos de profissão, José contabiliza apenas um acidente. Há pouco mais de vinte anos, na Dutra, próximo de Taubaté, um caminhão atravessou o canteiro central, ele ainda tentou desviar, mas seu caminhão acabou atin-gido pela carroceria do outro. “Não havia mureta entre as pis-tas, quando percebi, eu estava no meio do acidente”, conta o motorista que resultou ferido no joelho esquerdo. “Graças a Deus, apenas isso”.

Nas lembranças de sua longa história, José traz a recordação da primeira viagem no volante de um caminhão Studebaker, isso por volta de 1955. Por coincidência, na carroceria ele transportava bobinas de aço para a indústria paulista, aquela onde ele trabalhou como operador de betoneira durante a construção. “Quando me perguntaram sobre seu em sabia o endereço do destino da carga respondi que trabalhei na construção dessa fábrica.

82 anos de idade63 anos na estrada

Studebaker, Renault, Alfa - Romeo. Os modelos não estão mais nas estradas. Daquele tem-po, restam exemplares apenas nas garagens de colecionadores ou nos museus das indústrias. Foram caminhões de ponta no primeiro ciclo de modernização do transporte rodoviário brasilei-ro. José Guimarães dirigiu todos.

Num Alfa – Romeo, transpor-tando óleo combustível do Rio de Janeiro para a Vigor em Cruzeiro, que José Guimarães ganhou o apelido de “Zé Macacão”. Magro, de 1,83 de altura, ele vestia um uniforme estilo macacão. Um encarregado da Vigor resolveu batizá-lo com o apelido.

Em dias intercalados, José chegava a fazer duas viagens por dia entre Cruzeiro e Rio. “Eu pegava a estrada às 2 horas da madrugada. Quando era uma da tarde, já estava na Vigor. En-quanto o óleo era descarregado, eu almoçava em casa e logo estava novamente na estrada, no mesmo trajeto. Da segunda viagem, eu chagava em Cruzeiro perto das dez da noite”, lembra.

A EVOLUÇÃOCom tantos anos de profissão,

José Guimarães testemunhou a evolução dos caminhões e das rodovias. “Apenas quem teve a oportunidade de dirigir os ca-minhões de antigamente sabe como era grande o sofrimento. Não havia nenhum conforto. Câmbio seco, volante que exigia força nos braços e muito ruído”.

Num dos caminhões da Alfa – Romeo, José teve sequelas. “O motor era ao lado do motorista. Aquilo vibrava e o forte ruído me causou perda parcial de audição num dos ouvidos”, comenta José. “Os caminhões eram lentos, as viagens demoradas e cansativas. “Carregado, um caminhão não passava dos 50 por horas. Hoje, eles chegam a 140 e são mais confortáveis que muitos carros de passeio”.

As estradas também exigiam muita atenção. “Dirigi bom tempo quando a Dutra possuía pista simples e a maioria das estra-das ainda de terra”, lembra. À noite, o perigo de acidentes ainda maior, notadamente nos períodos de chuvas. “Hoje, as

rodovias são bem mais seguras e os caminhões evoluíram consi-deravelmente”.

José Guimarães também conta que os motoristas eram mais amigos e solidários. “Se um caminhão quebrasse, vários parceiros paravam para prestar socorro mesmo um não conhe-cendo o outro. Hoje não é assim. Se bobear, os caras param para roubar. Também não havia tanto furto de caminhões como agora”, ressalta José.

DEDICAÇÃO À ESPOSAHá 18 anos, Terezinha Oliveira

sofreu o primeiro AVC (Acidente Vascular Cerebral). Desde então, José decidiu reduzir o ritmo e a distância das viagens para que pudesse com ela estar todos os dias. O amor à esposa e o companheirismo estabeleceram o amparo à esposa como priori-dade absoluta.

José Guimarães buscou to-das as alternativas, inclusive em clínicas renomadas do Rio de Janeiro, para que a esposa se recuperasse. Ao todo, foram quatro acidentes vasculares até o falecimento de Terezinha em agosto de 2015.

A LISTA DIMINUIA poucos meses de completar

83 anos de idade, José colecio-na enorme relação de velhos companheiros de estrada. Dos antigos, a maioria faleceu, res-tando alguns poucos aposen-tados. “Eu tive companheiros que aposentaram, morreram, os filhos também foram motoristas e também já se aposentaram da estrada ou morreram”, lembra José Guimarães.

Tivesse como voltar 63 anos atrás, José de Oliveira Guima-rães certamente escolheria a es-trada para viver. “Eu não sei dizer se é um vício ou uma paixão. Só sei que o dia em que não estou na estrada eu acho ruim”.

Em novembro, no mês em que completa 83 anos de ida-de, vence mais um período da CNH de José. “Acho difícil eles renovarem a minha carteira para transporte de combustíveis, mas, se aceitarem, penso que vou con-tinuar. Caso contrário, vou fazer o que faço quando não viajo, vou ler livros”, finalizou José.

José Guimarães

José ao lado da esposa Terezinha José ao lado da esposa e de filhos