farmácia-clínica
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Professora: Jaqueline Rocha
CONCEITO
A Farmácia Clínica é a área do currículo farmacêutico que lida com a atenção ao paciente com ênfase na farmacoterapia. A Farmácia Clínica procura desenvolver uma atitude orientada ao paciente. A aquisição de novos conhecimentos é conseqüência do desenvolvimento de habilidades de comunicação interprofissional e com o paciente.
Professora: Jaqueline Rocha
IMPORTÂNCIA Alta incidência de erros de medicação;
Alta incidência de reações adversas a medicamentos;
Alta incidência de interações medicamentosas;
Incompatibilidades em misturas intravenosas;
Iatrogenias;
Subutilização de recursos humanos;
Desperdício de medicamentos;
Altos custos de medicamentos no hospital.
Professora: Jaqueline Rocha
Atividades de Caráter Multiprofissional
• Seleção de Medicamentos;
• Estudos de Utilização de Medicamentos;
• Farmacovigilância;
• Nutrição Parenteral;
• Controle da Infecção Hospitalar;
• Educação em Saúde;
• Farmácia Clínica.
Professora: Jaqueline Rocha
Funções do Farmacêutico na Farmácia Clínica
• sistematizar a orientação farmacêutica tanto para o paciente de segmento ambulatorial como para o paciente internado no acompanhamento diário e alta hospitalar;
• efetuar anamnese farmacêutica com foco na farmacoterapia do paciente (interação medicamentosa, adequação de posologia e horários de administração, registro de reações adversas);
Professora: Jaqueline Rocha
• monitorizar o tratamento medicamentoso (custo/benefício) em parceria com o Laboratório Clínico e de Pesquisa, sob os aspectos farmacocinéticos e de biodisponibilidade;
• assessorar o médico e a equipe multiprofissional nas informações farmacológicas e nos protocolos de pesquisa que envolvam a utilização de medicamentos, garantindo o armazenamento e a dispensação correta conforme a randomização, o controle e o acompanhamento individualizado do paciente quanto à aderência ao tratamento;
Professora: Jaqueline Rocha
• Participar nos programas de controle de infecção hospitalar, suporte nutricional, padronização de medicamentos, farmacovigilância, prevenção e tratamento do abuso de drogas;
• Elaborar material educativo como suporte na mudança de conceitos, comportamentos e atitudes frente à saúde, à doença e ao uso seguro e correto dos medicamentos.
Professora: Jaqueline Rocha
Registro de Erros
TIPOS DE ERROS
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%
Tip
os d
e E
rro
s
Informação no rótulo
Dispensação- ident if icação
Prescrição- diluente t ipo
Prescrição- estrutura tasy
Prescrição - diluente volume
Prescrição- tempo infusão
Erro preparo/ via
Erro preparo/ troca medicamento
Erro de preparo diluente/volume
Administração- tempo infusão
Omissão de dose/dose ausente
Dose impropria subdose
Dose imprópria dose extra
Dose imprópria/ sobredose
Prescrição-via
Administração- via
Fonte: H O S P I T A L E R A S T O G A E R T N E R
Professora: Jaqueline Rocha
Registro de Erros
Responsável pelo erro
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Farmacêutico- serviço
Farmacêutico-residente
Médico-serviço
Médico-residente
Técnico de farmácia
Enfermeiro
Equipe informática
Fonte: H O S P I T A L E R A S T O G A E R T N E R
Professora: Jaqueline Rocha
Registro de Erros
RESPONSÁVEL PELA IDENTIFICAÇÃO
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%
1
Título do eixo Y
Residente
Técnico de farmácia
Técnico de enfermagem
M édico-serviço
Farmacêutico-serviço
Enfermeira- serviço
Assistente administrativo
Fonte: H O S P I T A L E R A S T O G A E R T N E R
Professora: Jaqueline Rocha
Registro de Erros
CONSEQUENCIA DO ERRO
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
Sem consequencias/ Erro
bloq. Farmacia
Sem consequencias/ Erro
bloq. Enfermagem
Sem conseq. Não aparec.
Problemas fisico/quimicos
Aparecimento problemas
fisico quimicos
Paciente recebeu
medicamento
Paciente não recebeu
medicamento
Transtornos administrativos
Demora atendimento
Fonte: H O S P I T A L E R A S T O G A E R T N E R
Professora: Jaqueline Rocha
Evolução da Relação Médico-Farmacêutico
Tradicionalmente Atualmente Futuramente
Relação médico-
farmacêutico
Recebe as prescrições médicas, não há questionamento
Recebe as prescrições médicas, há envolvimento para garantir a farmacoterapia adequada
Membro da equipe multidisciplinar, de atenção ao paciente, totalmente envolvido com o processo farmacoterapêuti-co
Função principal do farmacêutico
Preparar a medicação prescrita
Assegurar que a prescrição está adequada ao paciente
Garantir farmacoterapia adequada ao paciente
Professora: Jaqueline Rocha
Pré-Requisitos para Implementação de um Programa de Farmácia Clínica Hospitalar
• Pré-Requisitos Primários:
- Visão Gerencial;
- Sistema de Distribuição de Medicamentos;
- Tempo para a Prática Clínica Farmacêutica;
- Relacionamento Interprofissional.
Professora: Jaqueline Rocha
Tira de Dose Unitária e Conferência da Tira pelo Farmacêutico
Fonte: CAVALLINI & BISSON. Farmácia Hospitalar. Um enfoque em
sistemas de saúde.
2002.
Professora: Jaqueline Rocha
Kits Cirurgia
Fonte: CAVALLINI & BISSON. Farmácia Hospitalar. Um enfoque em sistemas de saúde.
2002.
Professora: Jaqueline Rocha
Pré-Requisitos para Implementação de um Programa de Farmácia Clínica Hospitalar
• Pré-Requisitos Secundários:
- Centro de Informações sobre Medicamentos;
- Serviço de Farmacocinética Clínica;
- Serviços Farmacêuticos Clínicos (Classe I, Classe II, Classe III, Classe IV, Farmacêuticos Clínicos Prescritores).
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 1
J.M.S., 47 anos, submetida à quimioterapia neoadjuvante com cisplatina, passou a apresentar após duas semanas alterações dos níveis séricos de creatinina; sugerindo um quadro de nefropatia decorrente da quimioterapia. Justifique o que aconteceu neste caso clínico e quais são as conseqüências ao funcionamento renal.
Consulte o artigo: ANTUNES, Lusânia Maria Greggi; BIANCHI, Maria de Lourdes Pires. Antioxidantes da dieta como inibidores da nefrotoxicidade induzida pelo antitumoral cisplatina. Rev. Nutr. , Campinas, v. 17, n. 1, 2004 . Disponível em: www.scielo.br.
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 2M.M.A.P, sexo feminino, 65 anos, parda, foi internada em serviço de clínica médica hospitalar. Referia adinamia, fadiga e anorexia há 4 anos, evoluindo com palidez e dispnéia progressivas. Há um ano apresentava edema de membros inferiores ascendente e aumento de volume abdominal associado a urina espumosa. Nos últimos seis meses evoluiu com episódios diarréicos intermitentes. Exames laboratoriais revelaram: Dosagem de Vitamina B12 =312pg/mL; ácido fólico =2,45 ng/mL; estudo ferropéxico com ferritina 140,88 ng/mL, ferro sérico 29ug/100 mL, Creatinina 1,21 mg/dL chegando a 2,3 mg/dL após quatro meses. Sumário de urina com proteinúria (3+), hemácias mal preservadas e cilindros granulosos e hialinos. O clearance da creatinina era 52,4 mL/min, com diminuição progressiva para 11,5 mL/min em seis meses; proteinúria de 2938 mg/24h. Eletroforese de proteína sérica com hipoproteinemia e hipoalbuminemia, inversão da relação albumina/globulina. O quadro revela anemia de longa evolução que se associou posteriormente a uma glomerulopatia manifestada por proteinúria, cilindrúria e perda de função renal. A paciente relatou automedicação com o fármaco metotrexato, por suspeita de artrite reumatóide. Discuta este caso clínico, considerando as conseqüências da automedicação com metotrexato, bem como farmacoterapia recomendada.
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 3
Na infusão intravenosa F=1; para a terapia oral, consideram-se os seguintes dados:
- durante a administração oral, a disponibilidade sistêmica de digoxina (comprimido) é de dois terços (0,67);
- a dose administrada é de 0,25mg (250.000ng) a cada 24 horas;- a depuração total num homem de 70kg com função renal normal é de
120mL/min (7200 ng/mL/h);
Calcule a Css (ng/mL); e também a Css quando a depuração cai à metade, devido à presença de insuficiência renal.
O que acontecerá na interação medicamentosa de digoxina com um diurético de alça, especialmente quando há alteração na depuração? Qual deve ser a conduta farmacoterápica?
Fórmula: Css=F.doseCL.T
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 4Mulher, 53 anos, caucasiana, índice de massa corporal 23,87 kg/m2 (eutrófica),
não-fumante, com diagnóstico de esquizofrenia indiferenciada (Classificação Estatística Internacional de Doenças, Vol. 10, ou CID-10), iniciada aos 23 anos. Faz uso de antipsicóticos há 30 anos, incluindo haloperidol (dose média de 10 mg) e sulpirida (dose média de 1.200 mg), além de biperideno (dose média de 2 mg). Iniciou o uso de lítio no ano de 2001 (dose média de 600 mg), sendo mantidas as demais medicações. Há 18 meses, faz uso de clozapina 100 mg. Entrou na menopausa aos 47 anos. Conforme pesquisa de prontuário do hospital, em 12/09/97, foi registrada prolactina de 264 ng/dl e thyroid stimulating hormone (TSH) de 2,47 µUI/mL; em 27/08/99, follicle stimulating hormone (FSH) de 96,1 miliUI/mL, LH de 37,4 miliUI/mL e estradiol de 31,0 pg/mL. No ano de 2002, a paciente apresentou hipotiroidismo por uso de lítio e, após a suspensão, ficou eutireóidea. A solicitação da densitometria óssea ocorreu após verificação de hiperprolactinemia causada pelos antipsicóticos e conseqüente efeito deletério no osso por hipogonadismo. Os resultados demonstraram osteopenia da coluna e no fêmur proximal total. Discuta o que ocorreu neste caso clínico, considerando a farmacoterapia.
Consulte o artigo: GUIMARAES, Lísia Rejane et al . O impacto dos agentes antipsicóticos na densidade mineral óssea de pacientes esquizofrênicos. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul , Porto Alegre, v. 28, n. 3, 2006 . Disponível em: <http://www.scielo.br
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 5• Uma mulher, com 55 anos de idade, previamente saudável, iniciou
tratamento para depressão. Cinco meses após deixar de fumar, desenvolveu sintomas depressivos (anedonia, disfunção sexual, humor depressivo e perda de peso). A paciente vinha utilizando metildopa e diuréticos tiazídicos de modo contínuo há vários anos para tratamento de hipertensão arterial sistêmica. Não existia qualquer evidência de doença biliar, endocrinológica ou consumo de bebidas alcoólicas.
• O tratamento para depressão foi iniciado com paroxetina, sem remissão significativa dos sintomas. Posteriormente, foram prescritos mirtazapina e diazepam, também sem resposta significativa. As drogas descritas foram suspensas e a sertralina foi iniciada na dose de 50 mg/dia. Após um mês, houve melhora dos sintomas e a paciente prosseguiu por três meses utilizando metildopa, diurético tiazídico e sertralina.
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 5 (Continuação)• Evoluiu, subitamente, com episódio de dor abdominal e foi
admitida em uma unidade de emergência. Os resultados laboratoriais eram: hemoglobina 13,1 g/dl (normal 10-12 g/dl), leucócitos 9,2X10³ u/mm³ (normal 5-10X10³ u/mm³), sódio 150 mmol/l (normal 140-148 mmol/l), potássio 3,5 mmol/l (normal 3,4-5,3 mmol/l), cálcio 7,8 mmol/l (normal 8,5-10 mmol/l), AST 54 U/l (normal 15-37 U/l), ALT 100 U/l (normal 30-65 U/l), fosfatase alcalina 131 U/l (normal 50-136 U/l) e amilase sérica 708 U/l (normal 29-115 U/l). A ultrassonografia abdominal evidenciava um pâncreas congesto.
• Discuta o que ocorreu neste caso clínico.• Consulte o artigo: MALBERGIER, André; OLIVEIRA JUNIOR,
Hercílio Pereira de. Sertralina e pancreatite aguda: relato de caso. Rev. Bras. Psiquiatr. , São Paulo, v. 26, n. 1, 2004 . Disponível em: http://www.scielo.br/
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 6
• Deseja-se uma concentração plasmática de equilíbrio estável da teofilina de 15mg por litro (ou 15 mcg por mL) para aliviar a asma brônquica aguda, em um paciente de 68kg. Utilizando a depuração média fornecida pela literatura, que é de 0,65 mL/min/kg, para paciente não fumante. O fármaco será administrado por infusão intravenosa, onde F=1.
• Calcule a freqüência das doses na administração. A partir deste resultado e considerando que quase todas as preparações intravenosas de teofilina são encontradas na forma do sal etilenodiamina (aminofilina), que contém 85% de teofilina, qual será a taxa de infusão por hora?
• Freqüência das doses= Alvo.CL/F
Professora: Jaqueline Rocha
CASO CLÍNICO 7Plano Terapêutico em UTI: PrescriçãoDolbutamina 1 amp + 230mL SF (0,9%) EV;Noradrenalina 4 amp + 234mL SF EV;Vancomicina 1g EV 4/4 dias;Midazolam 50mg 3 amp + 120mL SF EV;Fentanil 50mL EV;Metilprednisona 125mg EV 8/8h;Heparina cálcica 5000U SC 8/8h;AAS 100mg 1/dia;Atovastatina 10mg 1/dia (à noite);Gluconato de cálcio 10% 1 amp + 50mL SF EV 6/6h;Ranitidina 2:18 EV 8/8h;Glicemia capilar 6/6h;Insulina SC;Nebulização com 3mL SF 0,9% + Berotec® 8 gts + Atrovent® 30 gts
8/8h.