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FACULDADE PROJEÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS Bruna Rodrigues Damião Fernandes Raimundo Nonato DIREITO TRABALHISTA

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FACULDADE PROJEÇÃO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Bruna Rodrigues

Damião Fernandes

Raimundo Nonato

DIREITO TRABALHISTA

Taguatinga – DF

2012

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FACULDADE PROJEÇÃO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Bruna Rodrigues

Damião Fernandes

Raimundo Nonato

DIREITO TRABALHISTA

Trabalho de Avaliação do 3º semestre da disciplina de Direito Trabalhista do Professor Jarles.

Taguatinga-DF

2012

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3

1. ORGANIZAÇÃO SINDICAL......................................................................................................4

1.1 Convenção Coletiva............................................................................................................6

1.2 Dissídios Individuais e Coletivos.......................................................................................6

2. GREVE..........................................................................................................................................7

2.1 Lockout..................................................................................................................................9

3. JUSTIÇA DO TRABALHO.........................................................................................................9

4. SEGURIDADE SOCIAL...........................................................................................................11

CONCLUSÃO....................................................................................................................................16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................17

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa explicar alguns temas sobre o direito do trabalho.

Ele explica o que é uma organização sindical e para que serve. Assim como,

também explica o que é convenção coletiva, dissídios individuais e coletivos, o que é

greve e lockout. A Justiça do Trabalho é um órgão que defende tanto o trabalhador,

quanto o empregador e existem em todos os Estados, explicamos o que ela é e qual

é a sua jurisdição e sua organização. Também explicamos o que é seguridade social

e quais são os benefícios que a Carta Magna do nosso país declara que os cidadãos

possuem.

Todos sabem que os trabalhadores têm suas leis e que todos devem

trabalhar com carteira assinada, para assim garantir os seus direitos. A Constituição

Federal de 1988, ou seja, a Carta Magna relata todos os artigos referentes ao direito

dos cidadãos, principalmente no seu trabalho.

O trabalhador tem direito de fazer greve, desde que não seja abusiva.

Existem convenções que precisam ser respeitadas e levadas a sérios, assim como

os dissídios coletivos ou individuais, pois caso essas leis e convenções não sejam

respeitadas, assim como o direito do trabalhador temos a Justiça do Trabalho para

nos defender.

Também se deve ter em mente que o trabalho com carteira assinada

favorece o trabalhador para se aposentar ou ser segurado no caso de acidentes,

doenças, etc. Por isso, essa pesquisa procura relatar temas que favoreçam o

trabalhador e o empregador a conhecer melhor os seus direitos para que assim,

possam lutar por seus direitos e fazer valer a lei.

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1. ORGANIZAÇÃO SINDICAL

As instituições sindicais possuem natureza jurídica de associação de direito

privado e tendem à defesa e representação dos interesses da classe a qual

representam como buscar melhores condições para determinada classe de

trabalhadores que representa e no caso da classe de empregadores, buscar

defender seus interesses econômicos. Delgado (2009, p. 1216) declara que os

sindicatos dos trabalhadores são definidos como:

Sindicatos são entidades associativas permanentes, que representam trabalhadores vinculados por laços profissionais e laborativos comuns, visando tratar de problemas coletivos das respectivas bases representadas, defendendo seus interesses trabalhistas e conexos, com o objetivo de lhes alcançar melhores condições de labor e vida.

O significado de sindicato envolve a ideia de categoria, ela pode ser restrita

aos empregados, que é a categoria profissional ou relacionada aos empregadores

que é a categoria econômica. Aqui no Brasil, o sindicato, como pessoa jurídica de

direito privado necessita ter seu estatuto registrado no Cartório de Registro Civil de

Pessoas Jurídicas, como qualquer outra entidade associativa, tendo de se registrar

no Ministério do Trabalho apenas para adquirir personalidade sindical e

representatividade da categoria.

A representação de suas categorias ou profissões é a principal função das

organizações sindicais, tanto na esfera administrativa quando na judicial, podendo

agir em nome próprio em favor de terceiros ou mediante autorização de seus

representados, dependendo do caso.

As organizações sindicais, segundo Delgado (2009) dão ideia de unidade,

grupo, assim elas possuem força para lutar por seus objetivos e atuar na negociação

coletiva para fornecer melhores condições de trabalho. Ainda segundo o mesmo

autor, existem quatro critérios de agregação de trabalhadores a seus respectivos

sindicatos: os que agregam em vista da empresa a que se vinculam os

trabalhadores; os que agregam em função de sua categoria profissional; os que

agregam em função da profissão desempenhada e os sindicatos que se agregam

em função do ramo ou segmento empresarial de atividades.

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Quanto à agregação em função da empresa a que se vinculam os

trabalhadores, no Brasil esta forma é juridicamente inviável, pois a Constituição

Federal fixa o critério de categoria profissional para a estruturação dos sindicatos e

estabelece o município como base territorial mínima para a organização desses

entes, conforme declara o art. 8º, II, da CF. Já o critério de agregação por categoria

profissional foi albergado, e nestes termos, conforme explica o art. 511, § 2º, da

CLT, a categoria profissional é composta pela similitude de condições de vida

oriunda da profissão ou do trabalho em comum, em situação de emprego na mesma

atividade econômica ou em atividades econômicas similares. Este tipo de

associação é chamado de sindicato vertical, engloba a maioria dos empregados de

várias empresas na mesma base territorial e que possuam similaridade de

atividades econômicas.

Os sindicatos de categoria diferenciada exercem funções diferenciadas por

força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida

singulares, de acordo com o art. 511, § 3º, da CLT, sendo o caso dos professores,

músicos profissionais, aeronautas, aeroviários, etc. Com relação à agregação em

função do segmento empresarial, este critério visa a criação de sindicatos fortes,

detentores de abrangência territorial, e de sensível poder de negociação coletiva.

Como exemplo são os sindicatos do segmento industrial, comercial, agropecuário.

Portanto, as organizações sindicais servem para defender os direitos dos

trabalhadores e luta por melhores condições do trabalho.

1.1CONVENÇÃO COLETIVA

Convenção Coletiva de Trabalho é um acordo de caráter jurídico, pactuado

entre dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e

profissionais, tem como objetivo criar condições de trabalho para suas respectivas

representações. Segundo a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), artigo 611, a

Convenção Coletiva é:

o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam

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condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais do trabalho.

A Convenção Coletiva de Trabalho é decorrente da negociação entre as

partes, através de respectivas comissões de negociação, que são escolhidas e têm

o poder de negociação outorgado em assembleias convocadas para esta

finalidade. Ela determina obrigações e direitos para ambas as partes, que

necessitam ser respeitadas durante a sua vigência. Suas cláusulas não podem ferir

os direitos previstos na Lei, havendo pena de nulidade.

1.2 Dissídios Individuais e Coletivos

Os dissídios coletivos são ações propostas à Justiça do Trabalho por

pessoas jurídicas como os sindicatos, confederações de trabalhadores ou de

empregadores, federações, entre outros, defendem os interesses de todos os seus

filiados. Eles solucionam questões que não foram solucionadas pela negociação

direta entre os trabalhadores e empregadores. Podem ser de natureza econômica,

que regulamentam os contratos individuais de trabalho, por exemplo, cláusulas que

garantem estabilidades provisórias no emprego ou concedem reajustes salariais e

os de ordem jurídica, que são conhecidos como dissídios coletivos de direito que

buscam a interpretação de leis legais preexistentes que, resultam de acordo ou

dissídio coletivo.

Os dissídios são ajuizados no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), sendo

da competência do Juiz Vice-Presidente instruir, despachar e conciliar processos,

designar, presidir as audiências e extinguir processos sem julgamento do mérito ou

delegar a outro juiz esses atos.

Primeiramente, há uma audiência de conciliação e instrução, onde as partes

tentam um acordo que ponha fim ao dissídio. Nessa etapa, o juiz formula uma ou

mais propostas que visam à conciliação e no caso de acordo, homologa-se na seção

especializada em dissídios. Porém, se não houver acordo, o juiz passa para a fase

de instrução, na qual colhe informações para o julgamento. Portanto, a negociação e

a tentativa de conciliação são etapas que antecedem os dissídios coletivos.

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Segundo a Constituição Federal do Trabalho, a CLT e o Regimento Interno do

Tribunal superior do Trabalho, as partes só podem recorrer à justiça do trabalho,

depois de se esgotar as possibilidades de negociação ou acordo. Também fica a

critério da jurisprudência à extinção do processo, sem julgamento, se não se

comprovar o esgotamento das tentativas de negociação. Sendo assim, a decisão do

dissídio coletivo implica em novas condições de trabalho que poderão ser

estendidas a todos os trabalhadores da mesma categoria que atuam na jurisidição

do TRT onde a questão foi julgada.

2. GREVE

Segundo a Wikipédia é a cessação coletiva e voluntária do trabalho

realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios, como aumento de

salários, melhores condições de trabalhos ou para evitar a perda de benefícios, ou

seja, é a cessação coletiva e voluntária de qualquer atividade remunerada ou não,

para contestar contra algo.

A Constituição Federal de 1988 assegura ao trabalhador o exercício do

direito de greve, no artigo 9°:

É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. §1° A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. §2° Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

A Lei n° 7.783, de 28 de junho de 1989, atendendo à determinação

constitucional, dispôs sobre o exercício do direito de greve, definindo quais as

atividades essenciais, regulando o atendimento das necessidades inadiáveis da

comunidade e, entre outras providências, estabelecendo o que vem a ser o abuso

desse direito.

A palavra greve se originou de uma praça parisiense, conhecida como Place

de Grève, por ser um local onde se acumulavam gravetos trazidos pelo Rio Sena.

Nessa praça, trabalhadores sempre se reuniam e paralisavam seus serviços para

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protestar contra as más condições de trabalho. Amauri Mascaro define a greve como

um direito individual de exercício coletivo, que se manifesta como autodefesa, ou

seja, a greve é a suspensão ajustada e coletiva de trabalho, com o intuito de receber

do empregador determinada vantagem como, melhores condições de trabalho.

A greve exerce coação, sobre o empregador e também, sobre o legislador,

pois força a renovação do direito quando as normas em vigor não mais se

enquadram nas pretensões sociais.

A natureza jurídica da greve precisa ser avaliada, pois é necessário levar em

conta as leis do país onde se deu a sua deflagração, porque em ordenamentos

jurídicos, ela ainda é considerada ilícita. Atualmente prevalece a concepção da

natureza jurídica da greve como direito fundamental de caráter coletivo, isto é, um

direito do trabalhador.

Sendo assim, a suspensão do trabalho por uma só pessoa não constitui

greve, pois, é uma conduta de natureza coletiva, que se justifica pelo interesse de

um grupo de pessoas por uma determinada vantagem apta a satisfazer as

necessidades comuns. A greve não pode ser abusiva, ela precisa ser definida de

acordo com os sindicatos, com as categorias, etc. Pois por meio dela buscam-se

melhorias ou atendimento das necessidades dos trabalhadores.

2.1Lockout

De acordo com Amauri Mascaro Nascimento (2001, p. 903) lockout significa

“paralisação das atividades pelo empregador, como forma de solução de um conflito,

ato autodefensivo previsto em alguns sistemas jurídicos, simplesmente tolerado em

outros”. Já Delgado (2009, p. 1406) afirma que é:

é a paralisação provisória das atividades da empresa, estabelecimento ou seu setor, realizada por determinação empresarial, com o objetivo de exercer pressões sobre os trabalhadores, frustrando negociação coletiva ou dificultando o atendimento a reivindicações coletivas obreiras.

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O lockout não pode ser considerado um tipo de greve, pois inexiste conflito

de interesses entre os empregadores e os trabalhadores. Quanto à diferenciação

entre a greve e o lockout, sobretudo no que diz respeito às fundamentações éticas,

os autores aqui citados declaram que o lockout atinge, indistintamente, todos os

empregados da empresa, enquanto a greve cria para o trabalhador a livre escolha

entre trabalhar ou não, ou seja, ela é um valor ético que não tem a mesma

intensidade do lockout, que é uma manifestação do poder econômico. Mas, o

fechamento da empresa pelo empregador não caracteriza o lockout, mas, só aquele

que é usado para pressionar e prejudicar as negociações coletivas dos

trabalhadores. A falência ou o fechamento da empresa por autoridade administrativa

não caracteriza o lockout. O Brasil é país democrático e proíbe o lockout.

3. JUSTIÇA DO TRABALHO

O presidente Getúlio Vargas criou a Justiça do Trabalho, para assegurar os

direitos do trabalhador e do empregador. Ela serve para resolver os conflitos que

podem ocorrer entre trabalhadores e empregadores, quando não resolvidos, deve-se

ir para um tribunal, assim o caso será julgado, avaliado e assim se pode fazer um

acordo entre ambas as partes, caso não haja o processo se arrasta até a sentença

final. Portanto, a Justiça do Trabalho é um órgão judicial que auxilia as pessoas em

assuntos trabalhistas.

A jurisdição da vara do trabalho abrange um ou mais municípios. Cada vara compõe-se de um juiz do trabalho titular e um juiz do trabalho substituto. Compete às Varas do trabalho conciliar e julgar, em linhas gerais, os dissídios individuais oriundos das relações de trabalho. Os juízes do trabalho ingressam na magistratura como juízes substitutos (art. 654 da CLT) após aprovação em concurso público de provas e títulos realizado pelo Tribunal |Regional do Trabalho da região respectiva. (Fonte: registroparticular).

Ainda na Constituição Federal relata no:

Art. 112 da CF – redação nova EC 45/2004 dispõe que a “lei criará varas da justiça do trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

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Os órgãos da Justiça do Trabalho se dividem em varas de trabalho, Tribunais

Regionais do Trabalho, Tribunal superior do Trabalho e ainda existem os órgãos

auxiliares da Justiça do Trabalho que são: secretaria, distribuidor e a contadoria.

Secretaria – Diferentemente de como se utiliza na justiça comum, na Vara do trabalho usa-se a denominação de secretaria e não cartório. A Vara do Trabalho possui uma secretaria que, recebe petições, faz autuações e demais serviços determinados pelo Juiz (art. 711 da CLT).-Diretor de Secretaria: dirige a secretaria preparando os despachos para o juiz, cumprindo as determinações deste. (art. 712 da CLT)Nos Tribunais Regionais também terão secretarias, dirigidas por um secretário. (art. 718 da CLT) O secretário, exercerá a mesma função que exerce o diretor da secretaria da Vara, além de mandar os processos a conclusão do juiz presidente e da organização e manutenção de um fichário de jurisprudência do tribunal para consulta dos interessados.Oficiais de Justiça: desempenha os atos determinados pelo Juiz da vara do Trabalho. Regra geral fazem as citações nas execuções, mas podem também notificar testemunhas, traze-las à Juízo, ou fazer as citações nos processos de conhecimento onde haja problema de endereço, e outros.O Oficial de justiça na Vara do Trabalho e na Justiça Federal é também avaliador. O prazo pro oficial de justiça cumprir o mandado é de 9 dias. A avaliação deverá ser feita em 10 dias contados da penhora (normalmente a avaliação é realizada quando efetuada a penhora).Distribuidor: Existindo mais de uma vara na localidade, haverá um distribuidor. Os distribuidores podem fornecer recibos ou certidões da distribuição. Nos tribunais também há distribuidor, visando distribuir o mesmo número de processos para cada um dos juízes. Difere da Justiça comum, pois esta é por sorteio.Contadoria: O contador faz os cálculos de juros, correção monetária e outras determinações atribuídas pelo juiz. Deveria existir um contador por Vara, em algumas regiões está idéia já está sendo implementada.Ministério Público do Trabalho: “ … incumbência de defender a ordem pública, o regime democrático e os interesses indisponíveis da sociedade e dos indivíduos …”(art. 129 da CF)O MPT tem como “chefe” o Procurador Geral da Justiça do Trabalho. É um dos ramos do Ministério Público da União. O Procurador Geral do Trabalho é nomeado pelo Procurado Geral da República entre os integrantes da Procuradoria com mais de 35 anos de idade e cinco anos de carreira.A Procuradoria Geral do Trabalho atua perante o TST, através do Procurador Geral e dos subprocuradores-gerais.Junto aos Tribunais Regionais funcionam as procuradorias Regionais do Trabalho, compostas por procuradores regionais, nomeados por concurso público de títulos e provas. (Fonte: registroparticular)

Todas as procuradorias do trabalho possuem uma secretaria. A jurisdição da

Justiça do Trabalho está presente em todos os Estados e no Distrito Federal,

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defendendo os trabalhadores e os empregadores para melhor desenvolvimento das

leis trabalhistas no país.

4. SEGURIDADE SOCIAL

Segundo o site jurisway:

A Seguridade Social é uma política pública que tem como meta a proteção da cidadania. Ela engloba a Saúde, a Assistência Social e a Previdência Social. A saúde é garantida pelo SUS, Sistema Único de Saúde, e não depende de contribuição. A Assistência Social é administrada pelo Conselho Nacional de Assistência Social e também não depende de contribuição. Já a Previdência funciona como um seguro social, exclusivo para quem contribui, ou seja, visa garantir uma renda ao segurado-contribuinte quando este perder sua capacidade de trabalho por um dos "riscos sociais", como doença, invalidez, morte, idade avançada, desemprego, maternidade e reclusão. 

Segundo a Constituição Federal de 1988, a Seguridade Social é financiada

por toda a sociedade, sendo obrigação da mesma e de todos os entes federados

como a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios também deve financiá-

la. O artigo 194 da Constituição dispõe que a seguridade social compreende um

conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade,

destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência

social.

Os princípios da Seguridade Social são: universalidade da cobertura e do

atendimento, uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações

urbanas e rurais, seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e

serviços, irredutibilidade do valor dos benefícios, equidade na forma de participação

no custeio, diversidade na base de financiamento e caráter democrático e

descentralizado da Gestão Administrativa com a participação da comunidade, em

especial de trabalhadores, empresários e aposentados.

Quanto a previdência social existem três regimes previdenciários previstos

na Constituição Federal: o regime estatutário, o regime geral e o regime

complementar facultativo. O segurado especial está abrangido pelo Regime Geral da

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Previdência Social, podendo também optar por um regime complementar,

reafirmando que este é facultativo.

A previdência é o ato pelo qual se prevê ou se antecipa determinado fato,

no sentido de evitar-lhe danos ou males futuros. É a maneira de antecipar-se,

precaver-se contra um futuro que poderá trazer, a cada um de nós, resultados não

desejados. Sendo assim, ressalta que as regras sobre previdência estão definidas

nos arts. 201 e 202 da Constituição Federal de 1988:

Art. 201 (...):I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. § 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove

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exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. § 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. § 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. § 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. § 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindolhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. § 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. § 1° A lei complementar de que trata este artigo as segurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. § 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. § 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.

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§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.

A previdência social ajuda as pessoas, pois é uma técnica de proteção social

para a manutenção humana. Esses artigos citados beneficiam as pessoas, pois são

os benefícios previdenciários que os indivíduos possuem por lei. Desta forma, a

finalidade da Previdência Social é assegurar os meios imprescindíveis de

manutenção, não de subsistência, pois este é objetivo da assistência social.

A estrutura básica da Previdência social é:

• MPS – Ministério da Previdência Social;

• INSS – Instituto Nacional do Seguro Social;

• Dataprev – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social;

• Órgãos Colegiados.

O Ministério da Previdência Social coordena a política nacional de

Assistência Social. O sistema é descentralizado e participativo, com a colaboração

de estados e municípios, além de entidades e organizações privadas.

O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, é uma autarquia federal,

órgão da administração pública indireta, é um órgão executor que administra todos

os benefícios de segurados da previdência regido pelo Regime Geral da Previdência

social. O INSS concede e mantém os benefícios assistenciais pagos aos idosos e

deficientes físicos de baixa renda. O dinheiro para pagamento dos benefícios

assistências é proveniente do Fundo de Assistência Social, com recursos à conta do

Tesouro Nacional.

A Dataprev é uma empresa responsável por processar o pagamento dos

benefícios previdenciários e o recolhimento das contribuições sociais das empresas

e dos contribuintes individuais. O órgão também responde pelas informações

gerenciais e estatísticas e pela informatização dos diversos órgãos previdenciários.

Os órgãos colegiados, conforme o Decreto nº 6.417 de 31 de março de 2008

são três conselhos vinculados à Previdência Social: o Conselho Nacional de

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Previdência Social - CNPS, o Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS,

e o Conselho de Gestão da Previdência Complementar. Eles são responsáveis pela

coordenação da política da Previdência Social e pela gestão do sistema

previdenciário.

CONCLUSÃO

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O presente trabalho teve como foco o direito do trabalhador e assim explicou

sobre a convenção coletiva do trabalho, o dissídio coletivo ou individual, a greve, a

Justiça do trabalho, a seguridade social e o lockout, para que assim, possamos

conhecer melhor os nossos direitos e o que a Constituição Federal aborda sobre os

temas propostos.

Constatou-se que esse trabalho foi de grande valia, porque explica o direito

do trabalhador e a leis que regem esses direitos, o que facilita a compreensão dos

mesmos para lutar por nossos direitos e assim, explicarmos as pessoas que não

entendem nada sobre o tema sobre os mesmos.

A Justiça do Trabalho é um órgão que ajuda o trabalhador a se defender no

caso de problemas trabalhistas e assim lutar por seus direitos por meio de processo

ou que for necessário. A seguridade social é outro ponto importante para o

trabalhador, pois garante a sua aposentadoria ou seguro no caso de acidentes,

doenças, etc.; fazendo com que o trabalhador possa receber ajuda para sua

sobrevivência, enquanto afastado do trabalho. Portanto, os trabalhadores e

empregadores estão respaldados pela Carta Magna que favorece em seus artigos o

respeito a sua profissão, raça, etc.

Todo trabalhador deve trabalhar com carteira assinada para terem seus

direitos garantidos como a aposentadoria, o seguro desemprego, o auxílio doença,

etc. O direito do trabalho não é só o conjunto de leis, mas de normas jurídicas, entre

as quais os contratos coletivos, e não regula apenas as relações entre empregados

e empregadores num contrato de trabalho, mas vai desde a sua preparação com a

aprendizagem até as consequências complementares, como por exemplo, a

organização profissional. Por isso, é de fundamental importância para o trabalhador

se informar sobre os seus direitos, pois assim, ele terá um pouco de conhecimento

para lutar por seus direitos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das leis do trabalho.

CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. LAZZARI, João Batista. Manual de direito previdenciário. 3. ed. São Paulo: LTr, 2001.

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 8 ed. São Paulo: LTr, 2009.

_____ http://www.jurisway.org.br/v2/drops1.asp?iddrops=188

_____ http://pt.wikipedia.org/wiki/Greve

______http://registroparticular.wordpress.com/2009/08/21/organizacao-da-justica-do-trabalho/

MARTINS, Sergio Pinto. Direito da seguridade social. 7. ed. São Paulo : Atlas, 1997.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.