faculdade integrada da grande fortaleza – fgf … · contribuição no processo educacional, no...

79
FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF Curso de Licenciatura Plena em Química O Ensino de Química e o Cotidiano: Tendências Atuais Marciano Rocha Ribeiro Filho Igaporã - Bahia 2008

Upload: habao

Post on 12-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF

Curso de Licenciatura Plena em Química

O Ensino de Química e o Cotidiano: Tendências Atuai s

Marciano Rocha Ribeiro Filho

Igaporã - Bahia

2008

Page 2: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

Marciano Rocha Ribeiro Filho

O Ensino de Química e o Cotidiano: Tendências Atuai s

Monografia apresentada ao Curso de Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes na Área de Licenciatura em Química, da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza - FGF, ponto de Presença de Porteirinha-MG, sob a orientação da Profª. Ana Cristina Facundo de Brito.

Igaporã - Bahia

2008

Page 3: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

Monografia apresentada como requisito necessário para a

obtenção do grau de Licenciado, do Curso de Programa

Especial de Formação Pedagógica de Docentes na Área de

Licenciatura em Química, da Faculdade Integrada da Grande

Fortaleza - FGF.

_________________________________________ Marciano Rocha Ribeiro Filho

Monografia aprovada em ............/.........../.................

_________________________________________ Profª. Ana Cristina Facundo de Brito Orientadora

_________________________________________ Profª. Célia Diógenes Coordenadora do Curso

Page 4: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

DEDICATÓRIA

A Deus, centro inefável para quem se direcionam e se fundem todas as

ciências, artes e verdades superiores.

Aos meus queridos filhos e esposa por aceitar a privação de muitas coisas

em função da necessidade de dedicação a esse curso.

À minha mãe e, especialmente ao meu pai que sempre se preocupou com

as minhas caminhadas e estudos, e teve a oportunidade de me ver começar este

curso, mas que não mais está entre nós para presenciar a conclusão do mesmo.

Um grande abraço pai. Sei que onde estiver continuará olhando sempre por todos

nós.

Page 5: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

AGRADECIMENTOS

Esta monografia resultou de uma somatória de eventos aos quais sou

bastante grato.

Agradeço a toda equipe da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza que,

mesmo à distância, sempre souberam transmitir grandes oportunidades de avanços

e novos conhecimentos.

Agradeço à minha família, que durante todo este tempo sempre me

incentivou a prosseguir para a conclusão deste curso.

E, finalmente, agradeço a Deus, fonte inesgotável de apoio para superação

dos mais variados obstáculos.

Page 6: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

“Nosso conhecimento nasce da dúvida e se alimenta da incerteza. Precisamos

aprender a viver no repouso do movimento e na segurança da incerteza”.

Hilton Japiassú

Page 7: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

RESUMO

Este trabalho surge da necessidade de se estudar o papel da química, como

contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do

educando. Desta forma, o objetivo deste estudo é apontar uma proposta pedagógica

para o ensino de química, a partir de dois tipos de métodos: o dialógico sob o

enfoque de Luckesi e o método freireano para que o educando possa desenvolver

os conhecimentos práticos na disciplina química. Pretende-se demonstrar que é

possível despertar um maior interesse nesta disciplina por parte do aluno. A

metodologia do estudo pautou-se na visão de ensino, métodos e técnicas de Luckesi

e Freire. Trata-se de um estudo descritivo para a proposição pedagógica de um

estudo de química mais voltada à realidade do aluno. Justifica-se a realização desse

estudo com base no pressuposto de que a química e seus conteúdos são

conhecimentos práticos e convivem no cotidiano das pessoas que muitas vezes

desconhecem ou não se questionam sobre o seu papel na sociedade atual. Os

resultados elencados demonstraram que o docente tem um leque de opções

metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de

introduzir um tema político, de cunho social e cultural e encontrar sua forma mais

adequada de integrar muitos procedimentos metodológicos que poderão ser

possíveis a partir da criatividade do docente. Mas também é importante que as aulas

sejam voltadas à realidade social do educando.

PALAVRAS-CHAVE: Química, Proposta Pedagógica, Conhe cimentos, Métodos, Técnicas, Realidade Social

Page 8: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

ABSTRACT

This work appears of the necessity of if studying the paper of chemistry, as

contribution in the educational process, daily or the practical reality of educating. Of

this form, the objective of this study is to point a proposal pedagogical with respect to

the chemistry education, from two types of methods: the dialógico under the

approach of Luckesi and the freireano method so that educating can develop the

practical knowledge in disciplines chemistry. It is intended to demonstrate that it is

possible to awake a bigger interest in this disciplines on the part of the pupil. The

methodology of the study was pautou in the vision of education, methods and

techniques of Luckesi and Freire. One is about a descriptive study for the

pedagogical proposal of a study of chemistry more directed to the reality of the pupil.

It is justified on the basis of accomplishment of this study the estimated one of that

chemistry and its contents are practical knowledge and coexist in the daily one of the

people who many times are unaware of or they are not questioned on its paper in the

current society. The elencados results had demonstrated that the professor has a fan

of metodológicas options, of possibilities to organize its communication with the

pupils, to introduce a subject politician, of social and cultural matrix and to find its

form more adequate to integrate many metodológicos procedures that could be

possible from the creativity of the professor. But also it is important that the lessons

are come back to the social reality of educating.

PALAVRAS-CHAVE: Pedagogical Chemistry, Proposal, Kn owledge, Methods, Techniques, Social Reality

Page 9: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

CAPÍTULO I - O CONHECIMENTO DE QUÍMICA NO COTIDIANO ESCOLAR

ASSOCIADO A REALIDADE DO ALUNO ............................................................ 13

1.1 Aspectos da formação do leitor crítico ............................................... 13

1.2. Aspectos da vivência prática no Ensino de Química ......................... 13

1.3. A leitura como descoberta e consciência do mundo ........................... 14

1.4. A formação do Educador em Química ............................................... 16

CAPÍTULO II - O ENFOQUE HISTÓRICO-CRÍTICO NO ENSINO-APRENDIZAGEM

DE QUÍMICA .......................................................................................................... 21

2.1 A importância de um enfoque crítico .................................................... 21

CAPÍTULO III - ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DA DISCIPL INA QUÍMICA

NO ENSINO MÉDIO ............................................................................................. 26

3.1 Uma reflexão....................................................................................... 26

CAPÍTULO IV - PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE

QUÍMICA ................................................................................................................ 32

4.1 Proposta Pedagógica .......................................................................... 32

4.2 Diagnóstico das dificuldades de interpretação do texto de química .... 37

4.3 Métodos Luckesi e Paulo Freire em Química...................................... 38

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 54

ANEXOS ................................................................................................................ 58

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Nível de escolaridade dos Professores de química............................... 33

Figura 2 - Dificuldade dos professores em relação aos conteúdos de química..... 34

Page 10: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

Figura 3 - Dificuldade dos professores para realização de aulas práticas............. 34

Figura 4 - Você gosta de estudar química?........................................................... 35

Figura 5 - Grau de influência de alguns fatores no ensino de química.................. 35

Page 11: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

10

INTRODUÇÃO

Um estudo realizado por Silva e Del Pino (2003) demonstrou que os alunos de

ensino médio têm dificuldades de compreensão dos fenômenos que constituem a

ciência química. As suas dificuldades repousam nas limitações do ensino-aprendizagem

em estimular a curiosidade do educando para compreender a dimensão da disciplina na

prática e vivência de sua realidade no cotidiano. No âmbito da escola básica, os

educadores utilizam poucas metodologias aplicadas na prática que dimensionem

experiências ou que correlacionem tais conhecimentos com a bagagem cultural do

aluno.

Este trabalho surge da necessidade de se estudar o papel da química, como

contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando.

Desta forma, o objetivo deste estudo é apontar uma proposta pedagógica para o ensino

de química, a partir de dois tipos de métodos: o dialógico sob o enfoque de Luckesi e o

método freireano1 (Paulo Freire) para que o educando possa desenvolver habilidades e

conhecimentos práticos na disciplina química. Pretende-se demonstrar que é possível

utilizar alguns conhecimentos de química no cotidiano do aluno, despertando deste

modo um maior interesse nesta disciplina.

Justifica-se a realização desse estudo com base no pressuposto de que a

química e seus conteúdos são conhecimentos práticos e convivem no cotidiano das

pessoas que muitas vezes desconhecem ou não se questionam sobre o seu papel na

sociedade atual.

Percebemos que o ensino de química tem se reduzido à transmissão de

informações, definições e leis isoladas, sem qualquer relação com a vida do aluno,

exigindo deste quase sempre a pura memorização restrita a baixos níveis cognitivos.

Transforma-se muitas vezes a linguagem química, uma ferramenta, no fim último do

conhecimento.

Constata-se que através dos livros didáticos que os termos científicos têm seu

conteúdo semântico ou sua estrutura sintática modificada (por supressão, generalização

1 Paulo Freire criou um método de ensino baseado em duas as categorias: conscientização e diálogo se constituem nas bases sobre o qual se aporta o Método Freireano que defendia consciência política e o uso de materiais e textos extraídos da vida cotidiana dos alunos.

Page 12: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

11

ou reconstrução), podendo, inclusive ser esvaziados de seu contexto e muitas vezes o

professor utiliza o livro didático como instrumento de forma a dar ênfase somente aos

aspectos teóricos, sem nortear a curiosidade do educando para os conhecimentos

práticos que a química poderá proporcionar em seu cotidiano.

Nesse sentido, parece interessante refletir sobre algumas relações entre

conhecimento e prática educacional para se discutir a necessidade de um método de

ensino e de comunicação presentes no processo de formação de professores. A união

entre conhecimento e prática exige formação por parte do educador, não apenas

conhecer a química, mas outros saberes possíveis que permitam articular novas

metodologias de ensino.

A motivação para a escolha do tema centrou-se no pressuposto de que os

textos científicos no ensino de química no ambiente escolar, a partir do uso de

processos de ensino teórico-práticos favorece uma aprendizagem que possa ser útil na

vida cotidiana. A preocupação é tornar essa disciplina mais próxima da realidade e

auxiliar o educando a explorar os conteúdos de forma a serem úteis na vida social e

profissional.

A realização deste estudo aponta a problemática de que tanto o educador em

início de formação como o aluno tem dificuldades de aproximar a leitura de um contexto

social, histórico e cultural, quando se trata de texto com conteúdos de química.

O primeiro capítulo enfoca a necessidade de se colocar o ensino-aprendizagem

integrado com a prática cotidiana, mencionando aspectos da vivência prática, bem como

a importância da leitura como ferramenta de descobertas. Enfoque especial é dado

também no que diz respeito à formação continuada dos educadores em química, com

utilização de técnicas e métodos que estimulem a inovação.

O segundo capítulo apresenta um enfoque histórico-crítico no ensino-

aprendizagem de química, fazendo uma análise do saber produzido historicamente e a

sua relação com as atuais tendências de transformação.

O terceiro capítulo explora o livro didático na disciplina química, relacionando os

mesmos com as tendências atuais, discutindo seus conteúdos e, para tal, utiliza-se da

análise de algumas coleções comumente utilizadas no ensino médio das nossas

escolas.

Page 13: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

12

O quarto capítulo faz uma reflexão acerca de algumas propostas metodológicas

para o ensino de química e a importância da busca por mecanismos de interpretação de

textos com a finalidade de facilitar o trabalho do educador e do processo ensino-

aprendizagem.

As conclusões refletem sobre o ensino de química e a necessidade do uso de

métodos e técnicas de ensino para facilitar a compreensão dos textos didáticos

utilizados no cotidiano escolar do Ensino Médio.

Page 14: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

13

CAPÍTULO I

O CONHECIMENTO DE QUÍMICA NO COTIDIANO ESCOLAR ASSO CIADO Á

REALIDADE DO ALUNO

1.1 Aspectos da formação do leitor crítico

Os professores do Ensino Médio necessitam colocar o ato de ensino-

aprendizagem em consonância com a prática cotidiana, como um comprometimento no

processo de formação para a dinamização do conhecimento e as formas de atuar

criticamente sobre o conhecimento.

Os livros, de modo geral, expressam a forma pela qual seus autores vêem o

mundo; para entendê-los é indispensável não só penetrar em seu conteúdo básico, mas

também ter sensibilidade e espírito de busca, para identificar, em cada texto lido, os

diversos níveis de significação e de interpretações das idéias expostas por seus autores.

Já se tomou antológica e obrigatória, quando se trata de leitura, a concepção de

Freire (1984), para quem “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”; contudo,

torna-se necessário ir mais além, refiro-me que a leitura do mundo precede sempre a

leitura da palavra e desta implicam a continuidade da leitura daquele. De alguma maneira,

porém, podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida

pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de ‘escrevê-lo’ ou de ‘reescrevê-lo’, quer

dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente”.

O processo de ler implica vencer as etapas da decodificação, da intelecção, para

se chegar à interpretação e, posteriormente, à aplicação. A decodificação é uma

necessidade óbvia, tarefa que qualquer pessoa alfabetizada pode empreender; pois

consiste apenas na “tradução” dos sinais gráficos em palavras.

Na visão de Candau (1983) “cabe ao educador refletir sobre a realidade teoria-

prática e teoria não isoladamente, e encontrar nas técnicas de leitura em sua totalidade,

complexidade e problemática, na perspectiva concreta da experiência de aprendizado”.

1.2 Aspectos da vivência prática no Ensino de Quími ca

Page 15: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

14

A proposta de Educação dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs procura

valorizar a realidade social e a vivência prática com a finalidade de utilizar alguns

conhecimentos de química com base em conhecimentos que possam se converter em

prática. O conhecimento se refaz na medida em que é repassado e transformado.

(Souza e Oliveira; 2005)

Nesse sentido o ensino de química não poderia ser diferente, pois muitas vezes

fica-se exposto aos conteúdos que pouco tem a ver com a realidade do aluno, apesar de

termos à nossa disposição meios que poderiam facilitar a compreensão e contribuir nas

atividades cotidianas.

É necessária a mediação do conhecimento pelo professor, cuja principal função

é trabalhar as concepções prévias dos alunos, adotando estratégias de ensino, onde

haja maior interatividade entre professor e aluno, dando voz aos alunos. A utilização de

inúmeros recursos didáticos possibilita uma mudança na transmissão de conteúdos

onde o aluno passa a participar efetivamente. O grande desafio dos educadores é uma

docência comprometida com a prática, a partir do ensino da química como disciplina que

pode se transformar em conhecimento. (Romanelli e Justi, 1998)

O ensino de química através do educador deverá ser aplicada de forma a

contribuir para a compreensão da realidade e utilizar a bagagem cultural do educando.

1.3 A leitura como descoberta e consciência do mund o

Como base teórica fundamental ao discente, a contribuição da leitura como forma

inerente à comunicação nas relações dialógicas no conjunto de manifestações exteriores

ao indivíduo, se concretiza na forma de vivências e experiências cotidianas no universo da

leitura.

Neste contexto Freire (1997) reflete que “linguagem e realidade se prendem

dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a

percepção das relações entre o texto e o contexto”.

Tomando como foco o ato de ler enquanto experiência individual, este não deixa

de constituir, ao mesmo tempo, uma experiência social, uma vez que envolve

pensamento e linguagem, cuja gênese é marcadamente social.

Page 16: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

15

O conhecimento dessas teorias, sem dúvida, pode levar o professor a repensar a

situação sobre as implicações sociais na formação da mente e as conseqüências desse

processo ativo na subjetividade característica do envolvimento com o ato de ler.

O movimento dinâmico da leitura do mundo é um dos aspectos centrais

carregados de significação e, portanto, de experiência existencial e não da experiência

do educador. Na concepção de Freire (1997), a representação do significado da leitura é

um ato particular entre o sujeito e o conhecimento e só depois, o sujeito realiza a

internalização da leitura e do mundo, correlacionando-as com sua vivência.

Por isso, a importância do ato de ler evoca um profundo papel político da ação

educativa e, como tal, exige posturas conscientes e coerentes dos educadores e da

escola. Neste contexto, parte-se do princípio de que, na perspectiva discursiva dos

textos, os sentidos sempre podem ser outros em que se disfarçam as ideologias

dominantes. Há, entretanto, em todo discurso, uma relação tensa, considerando-se que

as ações educativas neste contexto representam uma função política, o que

necessariamente submete o profissional a um constante exercício de reflexão e de

consciência de seu papel social.

A leitura também se constitui numa completa relação com o mundo, do ponto de

vista da realidade e sua natureza política. A relação entre a educação enquanto

subsistema e o sistema maior são relações dinâmicas contraditórias. As contradições

que caracterizam a sociedade como está sendo, penetram a intimidade das instituições

pedagógicas em que a educação sistemática se dá alterando o seu papel ou o seu

esforço reprodutor da ideologia dominante.

Assim, o papel social da escola é assumir uma postura política, e ser coerente

com a prática. A opção de educadores críticos pode alavancar as mudanças sociais, na

ação transformadora do real. Ao mesmo tempo o educador deve estar estimulando e

desafiando, com a capacidade de fazer, de pensar, de saber e de criar problemas.

O docente necessita estar preparado para dispor de atitudes pedagógicas e

habilidades tecnológicas a fim de intervir com base em conhecimentos atualizados,

favorecendo ao aluno uma relação mais concreta entre o curso e os conteúdos

aplicados. Desta forma seu conhecimento será dimensionado para a realidade do

Page 17: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

16

mercado e o exercício profissional em um determinado campo de atuação, conseguindo

assim atender à demanda de um mercado flexível e ágil.

1.4 A formação do Educador em Química

O ensino da disciplina química no ambiente escolar reflete a necessidade de

propostas para o Ensino Médio que dimensionem a renovação pela qual passa essa

área do conhecimento. Ao mesmo tempo, partindo-se de uma concepção de que a

química é um conhecimento dinâmico e tem uma intensa relação com o cotidiano, os

cursos de formação continuada deverão apresentar técnicas e métodos que estimulem a

inovação, além de novas competências teórico-práticas.

Ferretti (1997) considera que “a noção de competência representa a atualização

do conceito de qualificação, tendo em vista a adequação às novas tendências no quadro

de mudanças educacionais”. As competências representam as novas exigências

educativas que configuram na conjuntura da formação de professores e educação

continuada.

Assim, entende-se que a dimensão conceitual da qualificação é o que se refere

justamente, à formação e ao diploma, portanto, ao nível de domínio dos conceitos e do

conhecimento. Contudo, o diploma não é garantia de competência. Mas o conceito de

competência é mais abrangente e envolve outras dimensões que se caracterizam pelo

domínio de táticas, experiências pessoais, comportamentos sociais e interpessoais que

possam produzir resultados positivos no cotidiano escolar.

Neste contexto, Ramos (2001) analisa que as competências não se deduzem

automaticamente aos saberes, a profissionalização de educador requer a construção de

competências que coloca em causa os conteúdos da formação.

Conforme Ferreira (2003), a perspectiva do ensino de química exige mudanças

que estimulem o pensar prático em face de uma realidade em permanente mudança que

exige uma constante formação do educador em serviço.

Nesse sentido, a pesquisa é relevante por que terá como centro e fenômeno de

estudo “a formação continuada do educador” mantendo-se a idéia predominante de uma

Page 18: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

17

pesquisa, em especial direcionada aos professores de química em ações de formação

continuada que acontecem em situações e espaços específicos institucionalizados.

As mudanças no processo educacional trouxeram novos desafios aos

educadores químicos no contexto da construção de novas competências e uma

constante dinâmica de relações e experiências mútuas na construção do conhecimento

no cotidiano escolar que gera a necessidade de um trabalho mais qualitativo.

Nesse contexto, a finalidade da pesquisa se constitui na busca de respostas aos

questionamentos de análise prática que se referem a real conjuntura da transformação

identificada pelo educador nos cursos de formação continuada e sua importância na

reconstrução de sua profissionalidade, diante dos novos desafios que requerem a

constituição de uma identidade no fortalecimento das perspectivas no campo

educacional.

O estudo a ser realizado é relevante na busca de um contexto prático e vivencial

dos educadores que passaram pela formação continuada e na avaliação dos benefícios

da formação quanto às experiências vividas e sua correlação com o cotidiano escolar.

A concepção do ensino de química nos PCNs representa a idealização de um

tipo de proposta educativa que deve envolver uma boa formação do educador para

contextualizar os procedimentos pedagógicos com base em um amplo caminho pelas

demais disciplinas.

Considerando-se que conforme Martônio (2001), “a química deve ser vista como

uma disciplina com base histórica que permitiu o desenvolvimento das civilizações,

determinando maneiras diferenciadas no modo de viver”. Nesse contexto, o educador

não pode negar essa conjuntura que transpõe claramente o ensino científico de química

para a noção de tempo, cultura e evolução social.

Assim, na base do estudo, é fundamental que o educador possa estar

estabelecendo essa correlação que existe de forma a permitir ao educando identificar a

inter-relação entre a história e outras disciplinas e o surgimento da química no universo

educacional.

Page 19: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

18

Partindo-se de uma análise social e histórica do contexto educativo, a química é

uma disciplina fundamental por que se insere diretamente nas ações e nos recursos

utilizados nas diversas atividades diárias das pessoas.

Segundo Bizzo (2002), “o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é

indispensável para que se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou

assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais, por

exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao alcance de

todos”.

Os educandos devem conhecer os conteúdos didáticos de cunho científico e

suas várias faces que a disciplina envolve, nos aspectos ambientais, econômicos,

sociais, políticos, culturais e éticos que são realizados através da leitura de textos e

aulas expositivas.

Um dos aspectos preocupantes no ensino da química é a forma de lidar com o

texto científico nos mecanismos de leitura. Assim, constata-se que esse tipo de leitura é

mais complexo e exige do educador uma atuação mais sistemática.

Nesse processo, exigem a leitura e a interpretação do texto com base nas

estratégias para a compreensão mais profunda ou globalizante de sua mensagem,

assim como a discussão da problemática que envolve a mensagem textual.

Conforme Kleiman (2000) esse processo de interpretação envolve “múltiplos

processos cognitivos em um conjunto de processos, atividades, recursos e estratégias

mentais próprios do ato de compreender”. Ainda Andrade (2003), expõe:

O processo de transmissão/aquisição de cultura, apesar de todo o avanço tecnológico observado na área de comunicações, ainda é fundamentalmente realizado através da leitura (...). Há, contudo, os alunos que não gostam de leitura. O fato é que os estudantes não estão habituados a encarar a leitura como um processo mais abrangente, que envolva o leitor com o autor, não conseguindo prestar atenção, entender e analisar o que lêem.

Assim, a importância da leitura é fundamental para o aluno conhecer o mundo,

através das mudanças tecnológicas e científicas. O ensino de leitura nesse caso

envolve, a necessidade do educador incorporar uma técnica ou procedimento que possa

facilitar a compreensão dos textos (significância, delimitação de suas dimensões,

análise da materialização lingüística, as intenções e objetivos do autor) para a

Page 20: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

19

formulação de pressupostos sobre a temática que envolve a apreensão do texto em

estudo.

A predominância de um modelo de teoria adjacente ao ensino da química deve

também estar voltada para a experiência obtida através da leitura. Assim no processo

textual, o educador precisa incentivar o educando a questionar o texto, o problema da

validade de enunciados universais, as definições e conceitos apresentados.

No contexto educacional, a prática social comum a professores e alunos pode

apresentar diferentes níveis de conhecimento e experiência desta prática social que é

muito enriquecedora para ambos. A partir da prática política, é fundamental a inserção

da problematização para identificar que questões precisam ser resolvidas dentro da

prática social e que conhecimentos é preciso dominar para resolver estes problemas.

Neste processo, a instrumentalização se constitui da apropriação dos

instrumentos teóricos e práticos necessários à solução dos problemas identificados, que

depende da transmissão dos conhecimentos do professor para que essa apropriação

aconteça, já que esses instrumentos são produzidos socialmente e preservados

historicamente.

A catarse2 do conteúdo, a partir das experiências vivenciadas e dos

instrumentos culturais, como forma elaborada de entender a transformação social, tendo

como ponto de partida à prática social e a mediação da ação pedagógica.

A química é uma ciência que está inserida no processo produtivo através dos

procedimentos tecnológicos e por serem comumente fruto de experimentação está

sempre trazendo novos usos e melhorando a qualidade de vida na sociedade.

O conhecimento químico é evolutivo e precisa ser identificado pelo aluno como

integrado diretamente a vários processos de trabalho envolvendo o uso de matéria-

prima como os recursos naturais.

2 Esta é a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a realidade social do conteúdo que foi trabalhado, chega agora à síntese, que é o momento em que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram a construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p.80-81), “o momento cartático pode ser considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é ai que se realiza pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem da síncrese à síntese”. É o momento que se assemelha a um grito de gol. É a conclusão de todo um trabalho, mas que deverá continuar sempre em construção, através dos tempos e de novos conhecimentos.

Page 21: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

20

Nesse contexto, apresenta uma correlação direta com áreas como a geografia,

a história, a ecologia e o meio ambiente, dentre outras, como temas transversais. Assim,

o estudo de textos de química exige planejamento para que o educador possa explorar

as várias nuances que o texto poderá produzir em correlação com outras disciplinas

para enriquecer o ensino.

O enfoque crítico aponta para a necessidade de tratar de aspectos gerais que

envolvem a presença e a importância da química na vida moderna, seus benefícios e as

limitações de seu uso.

Page 22: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

21

CAPÍTULO II

O ENFOQUE HISTÓRICO-CRÍTICO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA

2.1 A importância do enfoque crítico

Compreende-se que a pedagogia histórico-crítica em relação à educação

escolar, exige implicações como a identificação das formas mais desenvolvidas em que

se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de

sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como as

tendências atuais de transformação; a conversão do saber objetivo em saber escolar de

modo a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares, a partir da

identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos docentes e

educandos, o que se constitui numa visão de mundo crítica e engajada na

transformação da escola em espaço de reflexão, desvelamento de uma realidade e sua

correlação com a concretude cotidiana.

Assim, cabe aos docentes utilizar forma específica e metódica: a comunicação

como linguagem crítica em sala de aula, de preferência que ela esteja inserida em um

projeto didático-pedagógico maior, com um grau intensivo de regulação a fim de obter

os objetivos esperados no processo de aprendizagem.

Cabe ao docente superar a tentativa normal na sala de aula de homogeneizar

as formas de transmissão de conhecimento, esperando que todos tenham exatamente o

mesmo grau de intensidade de prazer de aprender, de facilidade de apreensão, de grau

de interação com o tema abordado, sendo que os comportamentos de nossos alunos

são tão diferentes, assim como o conjunto de conhecimentos adquiridos de forma

empírica nos relações sociais extra-classe.

As estratégias que podem dar excelentes resultados partem da escolha de

como abordar um tema que seja de importância central, como é o caso das disciplinas

que possuem uma forte influência histórico-sociológica, no sentido de sensibilizar o

educando a perceber a realidade em sua volta, como as desigualdades sociais dentro

da própria instituição.

O sistema capitalista e a cultura ocidental buscam ultrapassar a particularidade

na construção de uma mesma célula ideológica, da qual a escola está inserida como

Page 23: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

22

instrumento de reprodução do sistema vigente. Assim, caberá ao docente avaliar as

formas de superar a premissa maior que vincula a objetividade à neutralidade.

A proposta da pedagogia histórico-crítica, sob o enfoque de uma política

socialista, pode superar o ensino de química fragmentário e desvinculado da realidade,

existentes na escola, que impedem a participação e a democratização em todos os

pontos e paradigmas que devem ser superados para a reformulação de novas ações.

Desta forma, o professor deve se indagar de que forma está contribuindo para

ultrapassar os entraves que são percebidos pela resistência de mudanças frente às

situações emergentes na escola.

Uma das alternativas é a superação do acentuado caráter técnico do texto e sua

substituição pela análise centrada em vários enfoques (objetivos, delimitação, bases de

fundamentação, etc.).

Nesse aspecto, compreende-se que não é apenas no cotidiano escolar que a

realidade deve perpassar para o ensino fazer sentido, mas o ensino deve inserir os

movimentos características da convivência histórico-social que são determinados por

fatores econômicos, sociais e políticos.

A proposta da superação dos paradigmas tradicionais é uma forma de evitar os

aspectos corporativistas que impedem a escola de pensar coletivamente os propósitos

educativos, das diferentes realidades presentes no contexto escolar. Daí, porque a

importância da construção coletiva do projeto político pedagógico interdisciplinar para

tornar as disciplinas mais conectadas e o estudo mais globalizado.

É possível a construção de um trabalho educativo integrado e coletivo na

possibilidade de gerar educandos críticos e conscientes, a partir de um ensino que

permita a expressão de todas as falas, nas formas democráticas e mais transparentes

na condução da escola.

A nova proposta pedagógica com base histórico-crítica pode ajudar a

implementar a melhoria do ensino de química, a partir do uso de textos científicos. Para

Candau (1983), uma atuação conjunta dos atores educativos na escola poderá

favorecer uma ação educativa que permita ao educando apreender os mecanismos da

Page 24: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

23

leitura e da interpretação. Acredita-se que somente através da construção de um projeto

político-pedagógico, buscando superar as relações de isolamento das disciplinas, a

partir da organização do trabalho escolar no ponto de vista ético e político, o ensino de

química se tornará efetivamente qualitativo.

Levando-se em consideração que a escola historicamente herdou todas as

conjunturas de poder, hierarquia e privilégios, a pedagogia histórico-crítica tem grande

fundamento em relação à educação escolar implicando a identificação das formas mais

desenvolvidas de técnicas de ensino que explorem as potencialidades dos alunos.

Nos dias atuais, quando o contexto educativo exige tanto do docente, não se

pode deixar de repensar as práticas sociais, no âmbito da escola, que sejam

comprometidas com uma abordagem educativa valorizadora da formação política.

Atualmente, a conjuntura social e política impõem verdadeiros desafios educativos em

relação ao papel do professor como mediador do conhecimento e da formação de

consciências.

Nesse contexto, Gramsci (1995) afirma que a ação do educador, como prática

educativa, tem um caráter intelectual, na prática efetiva das mudanças positivas em

relação à função social em uma sociedade de classes.

O aspecto mais relevante para uma mudança qualitativa na escola, é o

educador ter firmeza e coragem para empreender debates e discussões político-sociais,

organizar e estimular o comprometimento com os aspectos sociais em relação ao

caráter formativo para um âmbito pedagógico que incorpore o caráter político da prática

pedagógica.

A visão do processo histórico deve ser amplamente inserida no contexto

escolar, por que a educação requer do educador uma postura comprometida com a

formação da consciência de que para centrar-se no conteúdo e na prática da formação

política deve haver engajamento e predisposição para lutar contra o sistema de

produção que contribui para as desigualdades e exclusões sociais.

Para Saviani (2000), na realização de uma reflexão para a mudança, o docente

deve antes de tudo compreender as diferentes modalidades de educação e, em

contrapartida, um profundo conhecimento da escola.

Page 25: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

24

A análise do papel de educador, sob o ponto de vista da dialética e das

mistificações ideológicas pode ser a condição fundamental para que sejam analisadas

as correntes ideológicas que se mesclam no cotidiano escolar e que necessitam de uma

certa consciência social.

O caráter ambíguo da educação e a forma como o erro e a verdade se

confundem face aos múltiplos aspectos ideológicos que perpassam as relações internas

da escola, estão profundamente arraigadas no processo histórico e cultural da

sociedade.

Para Giroux (1997), a questão essencial é o desenvolvimento de uma

linguagem, através da qual os educadores e outros possam desvelar e compreender o

relacionamento entre ensino escolar, as relações sociais mais amplas que o informam e

as necessidades e competências historicamente construídas que os estudantes trazem

para a escola.

No ensino de química, a ação docente deverá buscar constituir o entendimento

de que o processo de produção do conhecimento da disciplina envolve também outros

aspectos relevantes como a tecnologia e a atividade humana.

Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de química,

possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do

conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa

argumentar e se posicionar criticamente.

Uma compreensão crítica deste relacionamento torna-se necessária para que os

educadores reconheçam como a cultura escolar dominante está implicada nas práticas

hegemônicas que muitas vezes silenciam os grupos subordinados de estudantes.

É fundamental aos educadores, uma linguagem crítica para ajudar os

educandos a compreender o ensino como uma forma de política cultural, isto é, como

um empreendimento pedagógico que considera com seriedade as relações de raça,

classe, gênero e poder na produção e legitimação do significado e experiência.

Como podem os educadores construir um projeto pedagógico que legitime uma

forma crítica de prática pedagógica no ensino de química? De que forma os professores

Page 26: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

25

podem trabalhar para apoiar uma pedagogia responsável pela formação crítica do

aluno?

A pedagogia crítica se incorpora também nos pressupostos teóricos de Saviani

(1991), no que concerne a uma visão de pedagogia histórico-crítica que reconheça e

combata a exclusão social, o poder dominante e a ideologia que operam como aparatos

de dominação nos conteúdos, trazendo uma compreensão da realidade do discurso.

Nesse contexto, é necessária a leitura de textos e a utilização de mecanismos que

permitam a análise da realidade social.

Matui (1996) considera que o educador deve ter uma postura afetiva e estar em

constante diálogo com seus alunos. Entende-se que esse diálogo perpassa

necessariamente pela reflexão sobre seus objetivos a partir de correlações com a

vivência diária em sala de aula. Para que as relações construídas na escola sejam

enriquecedoras é essencial o diálogo aberto para criar um ambiente, no qual os

questionamentos, debates e discussões tornem-se uma constante, acabando com a

passividade e apatia, possibilitando assim, a formação de um indivíduo crítico e

consciente.

A pedagogia libertadora e humanizadora inserida no método dialógico se

manifesta nas teorias que contribuem para o senso crítico e uma visão mais abrangente

dos aspectos políticos que envolvem a educação, a partir de características que

permitem enfoques que contribuem para alargar o campo do conhecimento.

Page 27: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

26

CAPÍTULO III

ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DA DISCIPLINA QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

3.1 Uma reflexão

Os livros didáticos têm sido, ao longo de nossa tradição cultural, um poderoso

instrumento de seleção e organização de conteúdos e métodos de ensino. Em muitos

casos, os livros didáticos se constituem no único material de apoio didático disponível

para alunos e professores.

A análise realizou-se em três diferentes coleções de Química para o Ensino

Médio, conhecidas como: Química/Ricardo Feltre, da Editora Moderna; Série Novo

Ensino Médio, da Editora Ática e Química e Sociedade, da Editora Nova Geração.

Analisando os sumários (anexo I) dos livros das três coleções, é possível

perceber que não existe uma diferença muito significativa quanto à seqüência de

abordagem dos assuntos. A análise mostra que os conteúdos aparecem numa

seqüência logicamente organizada e que se repete na maioria dos livros desta

disciplina.

A diferença básica recai sobre a forma de abordagem desses conteúdos:

- A Série Novo Ensino Médio da Editora Ática trabalha os conteúdos de forma

direta sem a preocupação de relacionar os mesmos com a vivência prática do aluno.

- A coleção Química / Ricardo Feltre da Editora Moderna trabalha os conteúdos

de forma mais detalhada, com um grande número de tópicos vinculados aos temas em

discussão, além de atividades práticas e de pesquisa.

- A coleção Química e Sociedade da Editora Nova Geração se diferencia na

forma de apresentação dos conteúdos pelo fato de utilizar, na abordagem da cada

unidade, um tema social. Utiliza também algumas atividades práticas.

A coleção Química/Ricardo Feltre é apresentada em três volumes divididos em

capítulos. Cada capítulo, por sua vez, aparece divido em tópicos. No final de cada tópico

são feitas revisões das idéias principais seguidas de exercícios. Nos capítulos são

Page 28: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

27

colocados também boxes com curiosidades e aplicações da química, pequenas

biografias de cientistas e sugestões de atividades práticas e leituras.

A Série Novo Ensino Médio é uma versão em volume único. Os assuntos são

divididos em três partes e estas subdivididas em módulos com apresentação da teoria

seguida de exercícios resolvidos e exercícios propostos. O livro trás ainda algumas

questões de provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

A coleção Química e Sociedade, apresentada em volume único, é dividida em

nove unidades que se aglutinam em torno de um tema social central. Os conteúdos são

trabalhados em tópicos que envolvem notícias da atualidade, além de exercícios,

sugestões de atividades e leituras complementares.

A coleção Química/Ricardo Feltre engloba a introdução de conteúdos buscando

a simplificação da teoria através da articulação dos fatos do cotidiano. Os boxes tratam

de temas relativos ao cotidiano pessoal e profissional, relacionando o conhecimento

científico e tecnológico com o conhecimento químico e com o contexto social mais

amplo. Também são sugeridas atividades práticas e de pesquisa além de exercícios,

leitura e questões sobre a leitura. A coleção não traz uma tabela periódica para

consultas.

A Série Novo Ensino Médio é bastante compacta, apresenta uma organização

seqüencial de conteúdos, sendo pouco contextualizada, levando o aluno à memorização

de fórmulas e conceitos e repetição de exercícios. Não traz o gabarito com as respostas

dos exercícios propostos e nem as referências bibliográficas.

Na coleção Química e Sociedade, os conteúdos são apresentados em módulos

editorados e diagramados sob a forma de revistas. A organização dos módulos dessa

coleção, diferentemente dos demais, é em torno de um tema central. Por exemplo, o

primeiro módulo é baseado no tema Lixo e o segundo, no tema Poluição Atmosférica.

Cada módulo é organizado em capítulos que introduzem os conteúdos químicos a partir

de textos amplos relacionados ao assunto central intitulado Tema em Foco. Ao longo

dos capítulos são propostos exercícios com perguntas para reflexão sobre o texto ou

sobre as imagens, nos quais questões são levantadas e relacionadas com outros

conhecimentos disciplinares, além de atividades práticas relacionadas ao conteúdo

estudado, denominadas Química na Escola. A estrutura em módulos em si aponta para

Page 29: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

28

a flexibilização das unidades de conteúdos, pois os professores são mais estimulados a

utilizar os módulos na ordem que julgarem conveniente. O livro não traz uma tabela

periódica para consultas.

O livro de Ciências deve propiciar ao aluno uma compreensão científica,

filosófica e estética de sua realidade (Vasconcellos, 1993).

Na perspectiva citada por Vasconcellos, o livro didático tem uma função

importante. Mas para que ele propicie uma compreensão científica, filosófica e estética

da realidade deve ser muito bem elaborado – e não é o que se percebe nos livros

didáticos de química. Divulgados no ano 2000, os Parâmetros Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio (PCNEM) trazem uma proposta de trabalho para tornar o ensino

efetivo, focando principalmente a formação do cidadão. Um dos objetivos é desenvolver

competências que possibilitem uma visão de mundo atualizada, capacidade de

compreensão das problemáticas abordadas pelos meios de comunicação e a ação e

relação do ser humano com seu meio social e suas tecnologias. Os PCNs não são

regras impostas para dizer o que os professores devem ou não fazer. Muito menos

podem ser chamados de proposta curricular ou programa curricular. São, isto sim,

parâmetros que podem proporcionar subsídios para melhorar a educação, apontando e

sugerindo possibilidades de trabalho, levando os profissionais da educação, professores

e comunidade escolar a refletir sobre por que e para que ensinar. (Brasil, 1999).

Os PCNs são resultado de muita pesquisa realizada nas escolas brasileiras sobre

o desempenho dos alunos e as práticas pedagógicas dos professores. Esses

documentos (Brasil, 1998) definem Ciência como uma elaboração humana para a

compreensão do mundo. Seus procedimentos visam estimular uma postura reflexiva e

investigativa sobre os fenômenos da natureza e de como a sociedade nela intervém,

utilizando seus recursos e criando uma nova realidade social e tecnológica.

Um dos eixos norteadores da Proposta Curricular para o Ensino de Química

presente nos PCNs é a contextualização, que se refere à abordagem dos conteúdos

químicos a partir de temas cotidianos. A contextualização deve dar significado aos

conteúdos e facilitar o estabelecimento de ligações com outras áreas de conhecimento,

possibilitando, juntamente com os temas transversais – que servem para ampliar o

conhecimento do aluno fazendo com que as discussões de sala de aula ultrapassem os

limites da disciplina e se ampliem para um universo cada vez maior – incluir questões e

Page 30: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

29

temas da realidade local ou regional, como ética, meio ambiente, saúde, orientação

sexual etc. em aulas de Ciências, tornando o ensino de maior significação para o

educando, pois faz uma ponte entre teoria e prática, o que é previsto na Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional - LDB e nos PCNs (Brasil, 1998).

Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa, em primeiro lugar,

assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto. (...) O

tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o

aluno da condição de espectador passivo (Brasil, 1998).

Essa citação leva à reflexão sobre a importância da contextualização na

motivação dos educandos. Desse modo, com a implantação do programa de distribuição

gratuita de livros didáticos nas escolas públicas pelo Ministério da Educação, e mais,

com a implantação do critério avaliativo para seleção de tais obras, houve uma série de

esforços por parte de autores e editoras para enquadrar as coleções dentro das

exigências do Ministério da Educação e Cultura - MEC.

Entretanto, um dos problemas originados dessa busca por enquadrar as coleções

aos critérios sugeridos pelo MEC diz respeito a como os livros didáticos entendem a

“contextualização”. Os atuais materiais didáticos, como livros didáticos e apostilas, com

conteúdos selecionados pelos autores e que parecem, na maioria das vezes, copias de

outros livros no que se refere à seleção de conteúdos, freqüentemente não estão em

acordo com as novas tendências educacionais tais como interdisciplinaridade,

contextualização, tecnologia etc. Nos livros didáticos, muitos autores entendem a

contextualização como mera exemplificação de situações cotidianas que ilustrem

aplicações do conhecimento químico. Muitas vezes citam acontecimentos do dia-a-dia

para “ilustrar” algum tópico do conteúdo estudado em sala de aula, como se isso

bastasse para ser considerado “ensino contextualizado”.

A exploração de novidades científicas pelos meios de comunicação acaba por

criar uma demanda no contexto escolar para que professores e materiais didáticos

estejam sempre atualizados.

O mundo contemporâneo é altamente tecnológico; para compreendê-lo, é função

da escola, principalmente dos programas de Ciências Naturais e Sociais e de Física,

Química e Biologia, incluir no seu currículo os assuntos relevantes para a formação de

um cidadão esclarecido sobre o que o cerca.

Page 31: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

30

Na busca por um material contextualizado e atualizado, os livros didáticos de

Ciências vêm inserindo de maneira crescente textos e imagens originalmente publicados

em revistas e jornais de divulgação científica, incorporando temas de discussão da

sociedade como clonagem, transgênicos e outros apontados por Auler, Strieder &

Cunha (1997), quando citam temas como efeito estufa, destruição da camada de ozônio,

poluição ambiental generalizada, chuva ácida, água potável e a questão energética.

O efeito estufa, por exemplo, presente em alguns livros didáticos é em geral

apresentado de maneira pouco criativa como “leitura complementar” ou “caixas de

texto”. Em grande parte, os textos utilizados com a principal função de promover a

atualização de conteúdos acabam por não estabelecer conexões com as demais partes

do livro. Os textos de divulgação científica “possuem características que ilustram um tipo

de texto cujos objetivos e composição são distintos daqueles que materializam o

discurso científico escolar, particularmente os livros didáticos de Ciências” (Auler;

Strieder & Cunha, 1997). Portanto, é necessária a adaptação desses textos sem alterar

significantemente sua estrutura e sem causar fragmentação das idéias.

Dessa forma, percebe-se que é necessária uma discussão ampla e conceitual

sobre conceitos como contextualização, interdisciplinaridade, tecnologia etc. É

fundamental uma formação que permita ao professor diferenciar contextualização de

exemplificação, por exemplo, para que esse professor possa analisar criticamente os

materiais didáticos que utiliza, pois o livro didático é ainda a fonte de acesso ao ‘saber

institucionalizado’ de que dispõem professores e alunos e constitui o centro do processo

de ensino-aprendizagem em todos os graus de ensino no cenário atual da educação

brasileira.

Para os professores que trabalham no ensino fundamental e médio ou pesquisam

a realidade desses níveis educacionais, é evidente a influência que o livro didático

exerce no ambiente escolar. Por essas e outras razões, analisar a qualidade do livro

didático passou a ser o foco de muitos educadores. Mas que qualidade é essa que se

avalia nos livros didáticos? Vários níveis de respostas podem ser dados para essa

questão. Num primeiro nível, pode-se pensar em qualidade do livro didático enquanto

objeto material. Outro nível de análise é aquele que focaliza o livro didático enquanto

meio de comunicação. Há um bom tempo o livro didático brasileiro vem deixando de ser

livro-texto para incluir figuras, imagens e outros recursos que o tornam mais bonito e

colorido. Praticamente desapareceram os livros que tratam de determinado assunto com

amplitude e surgiram aqueles que reduzem o conhecimento a pequenas partes. Por fim,

Page 32: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

31

resta ainda outro nível de livro didático, que o analisa como instrumento capaz de levar

o aluno à aprendizagem.

As estratégias e táticas que podem dar excelentes resultados partem da escolha

de como abordar um tema para interagir na sala de aula. Assim, uma das competências

do professor deve ser o domínio de uma grande quantidade de estratégias e táticas para

empregá-las para uma instrução eficiente. Para isto, o professor depende de uma

formação e do uso direto do diálogo como ponte para a mediação pedagógica.

Mesmo num âmbito maior, se estivermos pensando em uma perspectiva de

inovações no ensino de Ciências que envolva elementos de uma discussão sobre as

relações Ciência, Tecnologia e Sociedade, a análise de materiais didáticos poderá ser

extremamente útil.

Page 33: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

32

CAPÍTULO IV

PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA

4.1 Propostas metodológicas

Os textos escolares são instrumentos fundamentais para ensinar e estudar

Ciências. Entende-se que não são escritos para apresentar o conhecimento científico,

mas sim adaptados para guiar os alunos na aquisição do conhecimento escolar.

Convertem-se para o docente num referencial direto dos conteúdos que desenvolve, dos

exemplos que utiliza, dos problemas que resolve e dos que propõe aos alunos.

A proposta metodológica apresentada neste estudo tem a finalidade de facilitar

o trabalho pedagógico do educador e a estimular o aluno a desenvolver suas

capacidades de leitura e interpretação. Compreende-se que o método é eficaz para

atingir esse objetivo na medida em que se buscam os mecanismos de interpretação dos

textos escolares no estudo de química.

O método se aplica para estabelecer as diretrizes gerais de domínio dos

conteúdos, sendo utilizado como recurso quando se impõe o interesse pela

compreensão da leitura que se reveste de uma importância maior porque se trata de um

componente da formação do educando que compete ao professor atender.

A compreensão deste processo envolve, entre outros, a codificação semântica,

aquisição de vocabulário, compreensão das idéias do texto, criação de modelos mentais

do texto e a compreensão do texto com base no contexto.

O objetivo da apresentação de uma proposta pedagógica no ensino de química

representa uma forma de contribuir para a melhoria do ensino. A escolha do método e a

técnica partiram da concepção de dialogicidade na concepção de Luckesi e o uso do

método Paulo Freire, a partir dos recursos sugeridos como o uso de palavras geradoras.

A visão Freireana de educação também está concentrada na visão de

dialogicidade e de reconhecer o espaço social e vivencial do educando sendo, portanto,

uma contribuição fundamental.

Page 34: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

33

A metodologia do estudo orientou-se pela pesquisa bibliográfica e exploratória

centrada nas contribuições teóricas de vários autores que realizaram artigos e livros

sobre os mecanismos de leitura e interpretação de texto, métodos e técnicas de ensino

para facilitar o pleno entendimento da mensagem textual. O método aplicado

compreendeu ainda a elaboração de questionários (Anexo II) aplicados a professores e

alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual José Rocha, localizado em Igaporã,

Estado da Bahia, com perguntas discursivas envolvendo a prática docente e aspectos

sociais e escolares. Portanto, o estudo tem a finalidade de conhecer as contribuições

científicas sobre o tema, tendo como objetivo analisar e interpretar as contribuições

teóricas existentes sobre o fenômeno pesquisado, com base descritiva das

características apresentadas pelos vários autores que fundamentaram a pesquisa.

Com os resultados obtidos no questionário apresentado na Figura 1 ficou

evidente que a maioria dos professores de química do Colégio Estadual José Rocha em

Igaporã-BA, não tem formação específica na área para ministrar aulas de química

(83,3%) e, mesmo os que têm (16,7%), não se reciclam e nem têm tempo para

proporcionar aos alunos aulas mais significativas, fazendo com que a aprendizagem

seja limitada, lenta e restrita a objetivos de baixo nível cognitivo.

16,7

66,6

16,7

Licenciado em química

Pós-graduado em outras áreas

Não-especializado

Figura 1 - Nível de escolaridade dos Professores de Química

Os professores têm consciência da importância deles na formação de cidadãos,

mas infelizmente a maioria não consegue romper com o sistema e optam por um ensino

tradicional, pautado pela utilização dos modelos oferecidos pelos livros didáticos mais

conservadores.

Os professores de química (66,7%) apresentaram alguma dificuldade com

relação ao conteúdo abordado em sala de aula como mostrado na Figura 2. Verifica-se

que um dos grandes problemas com relação ao ensino de ciências e em particular o

Page 35: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

34

ensino de química e suas tecnologias tem sido o baixo índice de professores habilitados

nas áreas específicas de atuação e, mesmo aqueles com formação específica estão

carentes de oportunidades de atualização de seus conhecimentos e de serem postos

em contato com tendências inovadoras para o ensino de química e suas tecnologias,

pois ao longo dos anos estes profissionais têm adotado metodologias que privilegiam a

aprendizagem por aquisição conceitual (aprendizagem mecânica), dificultando

consequentemente a assimilação e domínio dos conteúdos por parte dos alunos.

66,7

33,3Domínio dos conteúdos porfalta de conhecimentos prévios

Repasse aos alunos

Figura 2 - Dificuldade dos professores em relação aos conteúdos de química.

A dificuldade em abordar certos conteúdos de química poderia ser minimizada

com a utilização de aulas práticas, entretanto a grande maioria dos professores tem

dificuldades neste tipo de aula, provocada pela falta de conhecimentos específicos para

o trabalho de laboratório, infraestrutura e tempo para preparação das aulas. Os

resultados podem ser visualizados na Figura 3.

50

33,3

16,7Falta de conhecimentosespecíf icos para o trabalhode laboratório

Falta de roteiros

Falta de tempo para preparara aula

Figura 3 - Dificuldade dos professores para realização de aulas práticas.

Já no estudo realizado com os alunos da mesma escola, verificou-se que estes,

em sua grande maioria (70%), demonstram gostar de estudar química.

Page 36: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

35

70%

30%

Sim

Não

Figura 4 - Você gosta de estudar Química?

Estes consideram o estudo da química importante devido à marcante presença

desta disciplina em suas vidas, possibilitando um melhor conhecimento do mundo, e

pela necessidade na futura profissão. A existência de uma "prática comprovando a

teoria" e a facilidade de assimilação dos conceitos também os motiva. Em contrapartida,

alguns alunos consideram a disciplina desinteressante ou sem utilidade em sua vida

cotidiana. A forma como a matéria é apresentada e a dificuldade em sua assimilação,

desestimulam e contribuem para a falta de motivação. Observa-se que as justificativas,

tanto para a motivação quanto para a desmotivação demonstrada no ensino de química,

estão associadas a alguns fatores, como: necessidade/não necessidade;

facilidade/dificuldade e teoria/prática (forma como é apresentada).

55%

23%

22%

Professor

Interesse pela matéria

Forma como a matéria é apresentada

Figura 5 - Grau de influência de alguns fatores no ensino de química.

Consideramos que a presença destes opostos valida a análise do questionário,

sugerindo que a necessidade, a facilidade e a forma como o conteúdo é apresentado

são fatores que estimulam e motivam o aluno a estudar química, além da figura do

professor como elemento de grande significado no processo ensino-aprendizagem.

A dificuldade em relacionar a química escolar com a química do cotidiano, indica

que esta relação não é estabelecida de forma clara e sistemática. As observações

Page 37: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

36

realizadas levam ao questionamento acerca da validade dos fatores que motivam o

estudo da química. Consideramos que estes fatores são válidos, pois mostram aspectos

da disciplina ou de seu ensino, que agradam aos alunos e estão entre algumas das

sugestões fornecidas para a melhoria do ensino da química e que podem ser

alcançados na prática. Estes fatores, aliados à utilização das concepções prévias dos

alunos oriundas das relações sociais, podem levar a uma melhoria no ensino da

química. Entendemos esta melhoria como a possibilidade de nosso estudante, ao final

de seu curso, ter a capacidade de perceber e relacionar, de forma mais efetiva, os

conhecimentos químicos adquiridos na escola a aspectos de sua vida social e

profissional, rompendo a barreira existente entre o conhecimento escolar e o social.

Diante das observações realizadas é possível enumerar tópicos voltados para

minimizar a problemática em questão:

● Instituir no ensino de química uma docência aplicada com base na prática,

visando minimizar as dificuldades que limitam esses conhecimentos. Portanto, uma

forma de intervenção pedagógica pode ser um dos meios para facilitar o ensino de

química, enquanto ciências com a aplicação de conceitos, métodos e linguagens

próprias, relacionando os conhecimentos teóricos aos práticos;

● Possibilitar ao docente melhores condições de trabalho, com remuneração

digna e possibilidade de capacitação continuada;

● Definir um tipo de intervenção pedagógica com base em métodos e técnicas

para que os educandos possam ter um ensino-aprendizagem mais direcionado à sua

realidade social;

● Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do

ser humano com o meio ambiente. A química tem papel no sistema produtivo, industrial

e rural e muitos desses eixos deverão ser levados ao educandos em forma de exemplos

diretos que estabeleçam conexão com sua realidade;

● Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da

química e os aspectos sociopolítico-culturais.

Page 38: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

37

● Favorecer um ensino de química que poderá ser apresentado de forma

significativa de modo que o aluno reconheça e compreenda as transformações químicas

que ocorrem nos processos tecnológicos nos diferentes aspectos em diferentes

contextos e suas aplicações ambientais, sociais, políticas e econômicas;

● Desenvolver dinâmicas de grupo, além de experiências e aulas práticas com

base nos conteúdos;

● Apresentar os experimentos e oficinas através dos questionamentos e das

pesquisas realizadas;

O uso de diferentes recursos didáticos e estratégias de ensino contribuem para

um maior engajamento, participação e interesse dos alunos nas aulas, questionando,

opinando e agindo em situações problemas.

4.2 Diagnóstico das dificuldades de interpretação d o texto de Química

Conforme Kleiman (2001) é necessário ao educador identificar as dificuldades

dos alunos e analisar as formas de intervenção. Existem meios de diagnósticos práticos

que definem as dificuldades a partir da leitura de textos, desde os problemas de

vocabulário, semânticos e lingüísticos que exigem o desenvolvimento de habilidades

quantitativas, como efetuação de cálculos e resolução de problemas, desenvolvimento

de habilidades qualitativas, que devem ter estratégias de ensino relacionadas ao

aperfeiçoamento da linguagem.

Os meios de diagnóstico com os alunos podem ser realizados através de

interpretação de textos e de criação escrita. Essas estratégias permitem ao professor

identificar as dificuldades de compreensão na leitura e a capacidade vocabular do

educando. O diagnóstico é importante por que se constitui em um instrumento para a

descoberta de limitações a serem sanadas no cotidiano escolar.

A identificação de níveis de compreensão de leitura em textos que utilizem

linguagem científica e na sua relação com o rendimento escolar do aluno nesta área

específica do conhecimento depende basicamente das características do texto,

atendendo aos diferentes níveis lingüísticos, do seu conteúdo e da sua estrutura. Assim,

Page 39: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

38

a seleção de textos pelo professor abrangerá todas as tipologias textuais que a

disciplina envolve desde tabelas, gráficos e textos didáticos.

Através da análise dos textos, da observação e do diálogo é possível ao

educador identificar as dificuldades do aluno na interpretação de textos.

4.3 Métodos Luckesi e Paulo Freire em Química

Os métodos se caracterizam pelo uso de ações direcionadas na busca de um

determinado conhecimento. Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são

percorridos na busca do conhecimento. Nesse sentido, a pesquisa voltada para as

ciências se situa em ciências da natureza e ciências sociais. (Martins; 2000)

Conforme Andrade (2003), em relação ao método científico, há as correntes que

consideram que existe mais exatidão e rigor nas ciências experimentais que nas

ciências humanas. Embora as ciências humanas sejam mais flexíveis, estudam

fenômenos reais, ainda que diferentes dos métodos experimentais usados nas ciências

formais, pois tratam de fatos humanos, em processos que exigem análises qualitativas.

Na visão de Cervo & Bervian (1983):

Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.

O método é, portanto, um conjunto de procedimentos utilizados na investigação

de fenômenos.

Serra Negra & Serra Negra (2003), consideram que “método é o conjunto de

processos pelos quais se torna possível conhecer determinada realidade para produzir

determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos”. Entende-se que método é

um conjunto de processos racionais postos em prática para determinar a busca da

verdade e de conhecimentos.

O método de leitura e interpretação basicamente se apresenta através do

método dialógico. Conforme Luckesi (2003), o “método dialógico abrange estudos

teóricos e analíticos de documentos e textos, através de procedimentos que tem como

Page 40: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

39

base o diálogo compartilhado entre os grupos ou comunidades que fazem parte do

fenômeno de estudo”.

Do ponto de vista etimológico, o termo “diálogo” se origina da fusão das

palavras gregas dia e logos. Dia significa “por meio de” e logos traduz-se para o latim

ratio (razão), mas tem vários outros significados, como “palavra”, “expressão”, “fala”,

“verbo”. Neste contexto, a definição de metodologia dialógica está expressamente

definindo um modelo, seu sentido e seu significado.

O método dialógico permite direcionar uma série de técnicas de ensino para

complementar as atividades do professor no processo de ensino-aprendizagem, com

ênfase a métodos críticos e de natureza voltadas ao aluno como sujeito do processo de

ensino, com propostas de processos de elaboração contínua, sistemática, científica e

integral nas bases de identificação de objetivos educacionais que poderão ser

alcançados pelo professor no produto final como resultado do processo interativo com

os alunos.

O processo de administração das aprendizagens permite ao professor trabalhar

os erros e obstáculos de aprendizagem. O método dialógico se processa como

instrumento formativo que, dependendo da ação prática do docente, poderá ser

adaptado à gestão das situações de aprendizagem e regulagem dos resultados.

O processo de contextualização dos conteúdos aplicados deve apoiar-se em um

julgamento especializado, envolvendo o educando e seu ponto de vista. A dialocidade

só se completa quando há uma mediação em que ambos se encontram interados,

envolvendo-se no processo de aprendizagem. Essa construção se faz mutuamente.

Neste processo de mediação na aula de química, o docente deverá manter a

linha da continuidade e dos aspectos formativos, enfocando os aspectos cognitivos,

somando-os aos domínios do conhecimento, com criticidade e reflexão.

O método dialógico permite superar a assimetria na relação professor-aluno e o

professor deixa de ser a única fonte de conhecimento na relação de aprendizagem.

Assim, supera-se a idéia falsa de que o aluno é pressupostamente vazio de experiência

e de conhecimento evitando, portanto, a noção de autoridade, submissão e obediência.

Page 41: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

40

A relação de construção do conhecimento de forma mútua e participativa

favorece ao educando certos comportamentos ou habilidades consideradas como

requisitos prévios para o êxito no ensino-aprendizagem, a partir das condições para a

autonomia intelectual. Conforme Luckesi (2003):

Os resultados dos estudos práticos e teóricos do método dialógico se fazem na inserção de uma prática pedagógica dinâmica com base na assimilação ativa dos conteúdos socioculturais, do desenvolvimento das capacidades cognoscitivas do educando e da construção de um ensino mais justo e democrático que coloca o aluno como sujeito do conhecimento.

Assim, constata-se que Luckesi (2003), ao realizar algumas conclusões sobre o

método dialógico, avalia que a sua conduta procedimental fornece condições propícias

para o dimensionamento da aprendizagem.

A proposta de método dialógico em Freire (1996) se enquadra em uma síntese

cultural como forma sistematizada e deliberada de ação que incide sobre a estrutura

social, no sentido de transformá-la, ao mesmo tempo buscando a superação da invasão

cultural e de ações não-dialógicas.

Neste enfoque o direcionamento favorece a articulação do aprender, do

analisar, do discutir o texto de química, com base em opções existentes à execução, em

situações concretas em que o vivido se aproxima cada vez mais.

Desta forma, a questão da qualidade do ensino de química passa

necessariamente por uma reavaliação destes aspectos que envolvem a coerência do

professor para que possam superar a dicotomia, entre teoria e prática, entre o real e o

abstrato, superação da fragmentação a partir de mudanças qualitativas e do uso de

outras disciplinas como a história, geografia, ciências e artes para demonstrar a

correlação entre os conhecimentos.

Freire (1997) externaliza que “somente quando professor e aluno criam e

constroem um conhecimento mutuamente, o aprendizado se realiza de forma biunívoca,

ambos aprendem, ambos se sentem parte constitutiva da produção”.

Neste contexto, o professor poderá estar refletindo sobre as formas de utilização

da informação, buscando verificar as possibilidades de sua aplicação de maneira mais

Page 42: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

41

inventiva ou criativa de modo a colocar o educando em contato com o saber já

elaborado de forma reflexiva ou ativa.

Entende-se que na medida em que o educando precisa usar de seus

mecanismos de assimilação receptiva inteligível terá condições de reelaborar uma nova

análise sobre o conhecimento e relacioná-lo com a experiência vivida, como primeiro

elemento fundamental da aprendizagem ativa.

A perspectiva do método utilizado na aprendizagem da disciplina química é um

fator que poderá contribuir para o professor direcionar sua aula, a um método reflexivo e

crítico, na concepção segundo a qual a realidade será abordada na forma de conteúdos

em suas visões valorativas do mundo e da realidade, assimilados pelos educandos.

Daí, a importância de uma valoração crítica do professor acerca da visão

ideológica a perpetrar os caminhos pedagógicos, ao trabalhar com os educandos no

processo de ensino, para que eles não assumam posições ingênuas e alienantes que

possam limitar suas formas de compreender a realidade.

Portanto, Luckesi (2003) enfoca especialmente a questão do método dialógico

para o desenvolvimento interno das capacidades cognoscitivas no exercício do pensar

crítico do educando. O método dialógico favorece as capacidades cognitivas para o

estímulo à participação ativa em situações-problema que juntamente com o uso de

recursos metodológicos são muito importantes para o professor atingir os objetivos

almejados no ensino.

As técnicas possíveis de se utilizar no ensino de química podem demonstrar as

matérias primas sendo transformadas. Para isso são necessários recursos didáticos de

diversas modalidades: exposição oral, demonstração, exemplificação, apresentação por

meio de um filme, de um vídeo, de um texto a ser lido, etc.

Assim, compreende-se que são necessárias ao professor a competência teórica

e a consciência crítica para aplicar de forma dinâmica os conteúdos de química dentro

dos limites de complexidade e dificuldade em relação aos alunos, como a busca de

novos conhecimentos, se necessários, para a produção de um novo. Para a adaptação

do professor ao uso do método dialógico em sala de aula dependerá o planejamento

Page 43: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

42

específico, para evitar procedimentos aleatórios. O planejamento é parte integrante do

modo de conduzir a ação. Como afirma Luckesi (1998):

O planejamento não é um ato de preencher formulários, como vem ocorrendo na prática docente, mas sim um ato de preparação para a contextualização dos conteúdos e técnicas a serem utilizadas. A execução do planejamento, portanto, é importante na prática cotidiana do professor por que favorece a constituição de compromissos e princípios para o planejamento que permitam ao educador criar as condições favoráveis ao ensino-aprendizagem.

Assim compreende-se que o método dialógico garante também um ensino

heterogêneo e individualizado que permite a formação das competências e habilidades

dos alunos, mas depende também das competências do professor para lidar com

práticas educativas mais complexas como os textos de química que possuem teor

científico e que exigem o desenvolvimento do espírito de conscientização e autocrítica

nos mecanismos de leitura de textos.

A aprendizagem pode ser mais significativa a partir de posturas mais abertas,

formação pedagógica atualizada e formação teórica baseada em concepções

humanísticas e de formação libertadora. Conforme Freire (1997):

É necessário que o educador se conduza à definição do significado primordial de sua prática educativa, porém não apenas de modo superficial, mas levando em conta os problemas desvelando em profundidade as questões que são colocadas sobre a realidade social em um processo concebido como um processo de libertação.

É fundamental ao professor, buscar rumos novos no sentido de construir uma

relação agradável, uma relação mútua e que desenvolve aquilo que é de competência

dele, quer dizer, de trabalhar com o conhecimento, de encaminhar o aluno ao

desenvolvimento de um pensar crítico e criativo.

Devem-se avaliar novos processos de humanização na relação pedagógica

entre professor-aluno para que seja possível, ao educando uma educação mais

democrática e autônoma. Certamente, o caminho da autonomia na relação pedagógica,

depende de mudanças nas posturas e atitudes mais tradicionalistas, cujas

transformações dependem fundamentalmente de ações objetivas e claras.

O aspecto da competência pedagógica envolve muito mais do que o domínio de

métodos e técnicas, envolve uma postura fundamentada no ato pedagógico que

demanda segurança, generosidade e ética para com aquele que está aprendendo.

Page 44: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

43

Certamente, este ato pedagógico está diretamente vinculado ao desempenho do

docente, em usar seus conhecimentos fundamentados numa concepção filosófica e

numa política de educação humanizadora na sua ação educativa.

O professor deve respeitar os saberes dos educandos, sobretudo as classes

populares, no que concerne aos saberes construídos na prática comunitária e deve ter a

consciência de discutir com o educando, formas de relacionar conteúdo e prática

cotidiana, discutindo com os alunos a realidade concreta associada aos conteúdos de

química.

A formação contínua dos profissionais que atuam no mercado de trabalho se

tornou uma questão fundamental. E quanto ao professor, a responsabilidade parece ser

dobrada, quando ainda existe a manutenção da ideologia de que a educação é a saída

para as crises do país. A especialização, o pensamento e as competências do professor

são objetivos ainda a alcançar com certa dificuldade.

A instrumentalização de competências não se constrói em um período curto de

tempo, e requer certo grau de autonomia do docente e conhecimento para adotar

medidas didático-pedagógicas.

Os avanços tecnológicos trouxeram a informática para o âmbito da vida

cotidiana nas escolas o que exige do professor competência e segurança no uso de

tecnologias e das formas de utilizá-las com os alunos. Essa mudança tecnológica,

principalmente na escola, gerou uma reflexão sobre os métodos educativos e a

necessidade de formação continuada do professor para enriquecer as experiências do

processo educativo.

O papel do professor amplia-se significativamente. Do informador, que dita

conteúdo, pode transformar-se em orientador de aprendizagem, em gerenciador de

pesquisa e comunicação, dentro e fora da sala de aula.

Nesse contexto, o docente poderá ajudar a contextualizar o ensino de química,

a ampliar o universo alcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos

significados no conjunto das informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, no qual

todos podem se envolver e participar na sala de aula é fascinante, criativo, cheio de

Page 45: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

44

novidades e de avanços. O conhecimento que é elaborado a partir da própria

experiência torna-se muito mais forte e definitivo.

Certamente a utilização de recursos didático-pedagógicos não é suficiente para

organizar e dirigir situações de aprendizagem, portanto, é indispensável que o docente

domine os saberes e, mais que isso, saiba como torná-lo significativo frente à realidade,

confrontando-o com a prática. (Candau; 1993)

Não basta apenas o domínio dos conteúdos de química, mas é essencial que a

construção do conhecimento possa se realizar em condições abertas que envolvem

situações complexas.

O recurso didático é importante porque estimula a criatividade e tornam os

momentos educativos menos extenuantes, mas por si só, os recursos não garantem a

qualidade do ensino. (Bizzo; 2002)

O desempenho didático-pedagógico envolve um aspecto relacional entre prática

e teoria, entre transmissão de conhecimentos e transformação desses conhecimentos

em um aprendizado significativo dentro da realidade vivenciada no momento histórico e

sócio-cultural.

As três etapas do Método Paulo Freire (Tabela 1) se enquadram efetivamente

no método dialógico que tem por base os seguintes pressupostos: Na primeira etapa, o

docente deve conhecer a realidade social do educando para que possa estabelecer com

ele um diálogo mediativo, ou seja, o conhecimento de sua conjuntura social e cultural

permitirá ao educador entender seu universo, visão de mundo e conhecimentos

experienciais.

O método dialógico favorece também elaboração e desenvolvimento de uma

metodologia alternativa a partir de observações concretas, utilizando-se para isso da

experimentação (com material convencional ou alternativo) necessária como suporte

para o aprendizado dos conceitos ministrados. Nesse sentido, cabe ao docente motivar

os educandos a usarem o laboratório para experiências.

Certamente as posturas de melhoria na qualidade do ensino dependem

diretamente da formação do professor e sua motivação para propiciar as atividades

Page 46: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

45

interativas. Nesta etapa o professor também se torna um educando, à medida que

pesquisa e explora o universo educativo para com seus alunos construírem um novo

conhecimento.

Com a pesquisa, o docente terá a oportunidade de confrontar-se com as

dúvidas e as incertezas de um determinado campo de conhecimento, de se tornar

também um docente-discente e de ser iniciado nos métodos e na epistemologia da

investigação, estimulando a apropriação ativa dos conhecimentos científicos. Isto

porque em uma pesquisa é necessário lidar com conceitos, variáveis e hipóteses, e

trabalhar de forma mais sistemática com o conhecimento teórico do que nas atividades

práticas.

A eleição de temas se constitui em um importante processo do método

dialógico, por que é o momento da escolha dos temas geradores ou palavras

significativas no universo do conteúdo aplicado. A escolha se efetiva na explicitação do

relato dos participantes a respeito de suas experiências de vida, suas dificuldades e

problemas.

Assim, Freire (1997) partiu do universo vivencial de cada educando, para que a

partir da discussão com os alunos, houvesse espaço para uma ação dialógica, marcada

pela experiência de cada um e intensificada pelos novos conhecimentos adquiridos.

Portanto, os temas geradores nos conteúdos de química poderão fornecer uma

importante ação desencadeadora de elementos culturais novos e estimuladores da

participação do educando. Ao iniciar a aula, o professor poderá apontar o tema gerador

e a “problematização” para ser discutida e analisada pelos grupos de alunos, a partir de

conhecimentos mútuos e mediatizados pelas experiências e pressupostos teóricos em

um esforço pelo qual os educadores e educandos, se apropriam de novos

conhecimentos que permita-lhes perceber criticamente a realidade.

Na educação, a comunicação é essencial para garantir o nível de interação que

condiciona o aprendizado em consonância com o meio, que suscita um mundo novo de

experiências e significações. Portanto a linguagem representa uma fonte de incursão no

mundo da comunicação e das novas experiências.

Page 47: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

46

Tabela 1 – Etapas do Método Paulo Freire

AS TRÊS ETAPAS DO MÉTODO PAULO FREIRE (MÉTODO DIALÓ GICO)

Vivência e pesquisa

Momento em que o educador vive, realmente na comunidade do

educando, participando de sua listagem e de seus problemas.

Neste passo, Paulo Freire quer que a dicotomia educador-

educando desapareça, dando lugar ao educando-educador-

educador-educando. É neste momento em que o educador

começa recolher o que serão os “temas geradores” ou “palavras

geradoras”.

Eleição dos temas

geradores

A partir da vivência, o educador recolhe temas e palavras no

contexto da aula e passa a organizar junto com os educandos os

“círculos de cultura”, o grupo onde aconteceria o “diálogo

amoroso”, humilde, horizontal entre educando-educador e

educador-educando. O “método diálogo” aqui empregado

consistiria na explicitação do relato dos participantes a respeito de

suas experiências de vida, suas dificuldades e problemas. O

“animador” do “centro de cultura”, uma vez tendo vivido na

comunidade, estaria apto a resgatar, nesse momento, os “temas

geradores” e as “palavras geradoras”, já previamente “sentidos”

por ele próprio na comunidade, como que espelhando

dificuldades.

“Problematização”

através do diálogo

A “problematização” implicaria a idéia de que “ninguém educa

ninguém”, e também de que “ninguém se educa a si mesmo”, mas

“os homens se educam em comunhão”, “mediatizados pelo

mundo”. Como escreveu Paulo Freire: a problematização se faria,

assim, através do esforço pelo qual educadores e educandos

iriam percebendo, criticamente, como “estão sendo no mundo

com que e em que se acham”.

Assim, compreender que a prática de educar para a autonomia e criticidade,

depende de ações conscientes que não sejam voltadas apenas para a transmissão de

conteúdos particulares de conhecimento, reduzir o ensino a determinadas matérias, nem

restringir o saber exclusivamente a assuntos de natureza técnica. É muito mais do que

isto, é despertar no educando um novo modo de pensar e de sentir a existência, em

face dos desafios que o mundo impõe.

Page 48: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

47

Considera-se que o método de ensino e suas estratégias devem ser

predominantemente críticos em relação ao contexto social e às necessidades do

desenvolvimento educativo do aluno. A escolha metodológica é fundamental porque tem

efeitos na formação do acadêmico, na sua cosmovisão no seu modo de viver.

Neste contexto, o diálogo entre educador e educando e o objeto do

conhecimento é uma ponte de mediação entre as possibilidades de transformação de

uma educação baseada em contextos não-críticos e alienantes para uma nova

construção do saber.

Segundo Freire (1997), “o diálogo estabelecido na relação educativa possibilita

a construção de um ambiente favorável à produção do conhecimento, onde o medo do

professor e o mito que se cria em torno dele sejam quebrados estabelecendo desta

forma uma relação de respeito e confiança entre as peças fundamentais do espaço

pedagógico”.

Assim, compreende-se que cabe ao professor formular competências como

hospitalidade, responsabilidade e bondade. Hospitalidade entendida como capacidade

de abertura, de escuta e de relação, como disposição para acolher a diferença

misteriosa testemunhada por outro ser humano e a partir da qual se desenvolve uma

responsabilidade profissional ativa. Uma responsabilidade que, investida pelo poder da

bondade, deve ser vivida num contexto de sensibilidade, diálogo, atenção e cuidado.

A ação dialógica do professor em sala de aula ajuda o aluno manter uma

reflexão crítica contra a desmotivação e passividade no desenvolvimento das atividades

propostas. As atitudes de aproximação e diálogo eliminam o distanciamento entre

educador e aluno no processo de ensino-aprendizagem estabelecendo na sala de aula

um ambiente agradável de troca de conhecimentos.

Portanto, conforme Silva (2005) “é primordial que o professor e o educando

estabeleçam, em sala de aula, postura dialógica, aberta, curiosa, indagadora, onde o

principal objetivo é favorecer a constante aquisição de conhecimentos”. Essas ações no

processo educacional são importantes por que o educador não pode ficar reduzido

apenas a suas capacidades didáticas e científicas, mas deve estar preparado para

demonstrar sua capacidade comunicativa.

Page 49: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

48

Compreende-se que a educação escolar deve assumir, através do diálogo, as

condições para a construção do conhecimento, com a responsabilidade de dar ao

educando o instrumental para que ele exerça uma cidadania mais consciente, crítica e

participante necessárias para uma prática social viva e transformadora.

Segundo Saviani (1991), “os métodos estimulam a atividade e iniciativa dos

alunos, mas o professor não deve abrir mão da iniciativa que favorecerão o diálogo dos

alunos entre si e com o professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura

acumulada historicamente”.

O modelo de educação que se pretende transformador tem como base a

consciência histórica e a reflexão crítica sobre os conceitos, as idéias e as ações

educativas de nossa época, que possibilitam nossa contribuição efetiva na construção

de práticas e teorias de educação escolar com sensibilidade às necessidades e

interesses dos alunos.

Neste contexto, o educador terá de entrelaçar a sua prática-teoria e a

dialogicidade consistente nas propostas pedagógicas que perpetuam uma perspectiva

de desenvolver competências para a compreensão da importância do diálogo em sala

de aula.

A interpretação de textos depende de técnicas de debate dialógico, a partir de

reflexões críticas acerca dos seus fundamentos, de sua semântica própria, e do

conhecimento de seu vocabulário. Nesse sentido, a base para facilitar o trabalho do

educador serão as análises epistemológicas ou metodológicas que articulam os

procedimentos e os critérios de interpretação de textos, com o uso de simulações de

textos, imagens, gráficos e tabelas.

O método dialógico permite direcionar uma série de técnicas de discussões de

grupo com propostas de processos de elaboração contínua, sistemática, científica e

integral nas bases de identificação de objetivos. Portanto, a técnica se pauta em

situações analíticas de problemáticas que envolvem opiniões, autocríticas e reforço de

idéias e soluções criadas pelo próprio grupo. (Luckesi, 2003)

O processo de administração das aprendizagens deverá ser estimulado pelo

educador que busca trabalhar os obstáculos na apreensão dos conteúdos dos textos. O

Page 50: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

49

método dialógico se processa como instrumento formativo que, dependendo da ação

prática do educador, poderá ser adaptado à gestão das situações de aprendizagem em

grupo, ativando um clima de motivação e regulagem dos resultados.

O processo de contextualização dos conteúdos aplicados aos trabalhos

realizados em grupos deve apoiar-se em um julgamento especializado, envolvendo cada

membro da equipe e seu ponto de vista. A dialocidade se completa quando todos os

grupos colocam suas conclusões e ocorrem processos de mediação em que todos

interagem envolvendo-se no processo de aprendizagem. Essa construção se faz

mutuamente. (Gasparin, 2002)

Neste processo de mediação, o professor precisa manter o enfoque da

continuidade e dos aspectos formativos, trabalhando os aspectos cognitivos, somando-

os aos domínios do conhecimento lingüístico do vocabulário e da interpretação baseada

na criticidade e reflexão.

Conforme Luckesi (2003), “os resultados dos estudos práticos e teóricos do

método dialógico se fazem na inserção de uma prática pedagógica dinâmica com base

na assimilação ativa dos conteúdos e do desenvolvimento das capacidades

cognoscitivas do aprendente”.

Avalia-se que em um grupo de aprendizagem mútua que dialoga, as palavras

circulam entre os integrantes e passam através destes, circulando através de análises,

avaliações e inferências gerais ou juízos de valores, tal como se apresentam os

fenômenos diante da experiência imediata dos participantes nas análises de

interpretação do texto.

Portanto, a interação dialógica é um instrumento que permite a formação de

redes, voltadas para as experiências de reflexão conjunta. De acordo com Luckesi

(2003), o método dialógico permite direcionar uma série de técnicas de discussões de

grupo com propostas de processos de identificação dos aspectos semânticos,

lingüísticos, vocabulares e científicos.

Assim, constata-se que Luckesi (2003), ao realizar algumas conclusões sobre o

método dialógico, avalia a sua conduta procedimental como as condições propícias para

o dimensionamento da leitura interpretativa de textos. O método dialógico se apresenta

Page 51: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

50

como ferramenta metodológica de reflexão conjunta, favorecendo a observação

compartilhada das experiências realizadas entre esses e as orientações do educador.

O método dialógico seria uma definição adequada para a preparação para os

mecanismos metacognitivos da interpretação, em um dinamismo que permite a

interação verbal, através da técnica de discussão/debate, aplicação dos problemas

reais, solução compartilhada e individual e a elaboração da síntese dos resultados. O

diálogo se caracteriza por uma metodologia que estimula a conversação na busca de

resultados.

É importante incorporar também o estudo de palavras e termos no linguajar dos

conteúdos de química através do dicionário. Essa técnica é fundamental. Conforme

Serra Negra & Serra Negra (2003), o sentido geral do termo “técnica” compreende um

conjunto de regras aptas a dirigir eficazmente uma atividade. Assim, compreende que a

técnica é um processo regulado por normas e munido de certa eficiência.

A riqueza vocabular se adquire com a leitura e o uso de dicionário durante a

interpretação dos textos. A técnica de análise de gráficos e tabelas no conteúdo de

química se pauta em situações analíticas de problemáticas que envolvem opiniões,

reforço de idéias e soluções encontradas através da dinâmica da conversação. O

objetivo da técnica de discussão/debate se constitui na busca de melhoraria da

comunicação e o compartilhamento de significados através da experiência de cada um

dos membros do grupo.

Os procedimentos esperados pelo educador se desencadeiam na seguinte

lógica: assimilação do conteúdo, a comunicação entre o grupo para as colocações de

suas soluções através da discussão/debate e as reflexões para o encaminhamento de

uma síntese do processo, ou seja, o encaminhamento da melhor solução para

determinados problemas e a apreensão dos conteúdos reconhecendo as idéias

primárias e secundárias. (Kleiman; 2000)

A tabela 2 tem por finalidade demonstrar de forma sintética, o roteiro utilizado

para facilitar os mecanismos de interpretação de textos nos conteúdos de química,

através do uso de técnicas específicas.

Page 52: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

51

Tabela 2 – Mecanismos de interpretação de textos

RESULTADOS ESPERADOS

RESULTADOS ESPERADOS

1- Apresentação do conteúdo através de textos para serem lidos e trabalhados em diversos enfoques;

1.1 Apresentar ao grupo os conceitos, fundamentos, perspectivas e históricos do conteúdo em aula expositiva;

2- Disposição dos grupos para discussão/debate dos pontos principais e secundários apontados nos textos;

2.1 Envolver os grupos em análises e soluções dos problemas colocados pelo texto, buscar vocábulos e discutir as projeções do texto;

3- Elaboração individual e conjunta das soluções de problemáticas encontradas no texto, apontando a saída do autor;

3.1 Oportunizar as relações dialógicas e as experiências comuns entre os alunos;

4- Finalização dos conteúdos aplicados com a criação da síntese de resultados interpretativos.

4.1 Dinamizar o processo de negociação de opiniões para a elaboração de um quadro geral de interpretações do texto.

Neste sentido, a estratégia surge de ações planejadas de forma intencional e

particularmente direcionada, como instrumento para favorecer a implantação de uma

ação que tem um objetivo específico. Nessa concepção a estratégia permite definir um

plano traçado para atingir determinado fim, ao mesmo tempo em que permite concentrar

esforços e recursos dos educadores em prol da melhoria dos alunos no processo de

apreensão dos conteúdos.

Page 53: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

52

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo permitiu avaliar a importância da metodologia como base para o

desenvolvimento do ensino-aprendizagem, levando-se em consideração os mecanismos

de leitura e interpretação de textos em livros didáticos de química. O objetivo da

pesquisa foi alcançado na medida em que se abordaram de forma clara os métodos que

poderão favorecer o trabalho docente e a apreensão de conhecimentos por parte do

educando.

O educador poderá utilizar vários métodos e técnicas de ensino que tenham

como finalidade desenvolver no educando a capacidade metacognitiva para a

interpretação e leitura significativa, bastando para isso, buscar teorias que possam dar

suporte à elaboração do planejamento das ações pedagógicas. Nesse estudo

demonstrou-se a proposta de Paulo Freire e a proposta de método dialógico de Luckesi

que são complementares por que se tratam de métodos dialéticos e dialógicos.

Assim, pensar uma educação transformadora requer um redimensionamento

das práticas de ensino-aprendizagem no cotidiano do espaço escolar, desvelando as

relações entre professores, alunos e escola. É no espaço específico da escola que se

pode pensar os valores que a educação transforma ou perpetua.

Nesse sentido, é preciso buscar a origem sócio-cultural dos alunos, seus

anseios profissionais, sua compreensão do papel da escola, sua história escolar. Ao

professor é preciso clareza de objetivos, conhecimento dos processos didático-

pedagógicos, criatividade, postura metodológica, domínio dos conteúdos e ética para se

aplicar métodos e técnicas de ensino.

A escola deve ser pensada desde sua localização e inserção na comunidade e

sociedade, sua organização interna, sua infra-estrutura, enfim, às relações sociais dos

atores que constroem e reconstroem o processo de ensino-aprendizagem. Dito de outra

forma se é no espaço escolar que se produz e reproduz o conhecimento é, através da

mediação pedagógica, nesse espaço, que podem surgir às transformações no processo

de ensino-aprendizagem.

O ensino de química como disciplina escolar requer uma pedagogia crítica

pautada nos conteúdos e nas ações políticas que inserem no processo educacional as

Page 54: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

53

problemáticas concernentes à realidade histórico-social e aos determinantes que se

impõe na conjuntura educacional. Assim, verificou-se no estudo a importância que o

ensino de química representa para os alunos que vivem inseridos no mercado de

trabalho, portanto, a disciplina envolve a necessidade do educador direcionar as

atividades de leitura e interpretação de textos para uma globalidade do ensino, a partir

do enfoque interdisciplinar.

O sistema educativo não pode limitar-se a usar a linguagem audiovisual como

simples repasse de informações, mas pode ser utilizado com ênfase ao caminho da

crítica analítica, da construção do pensamento fundamentado e na análise do discurso

que perpassa a construção dos programas: desenhos, novelas, reportagens, etc. É

nessa perspectiva que este estudo se insere, considerando fundamentalmente que,

além do que se poderia chamar de pedagogia com imagens, é preciso trabalhar também

a pedagogia da mediação entre docente-aluno.

O docente tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de

organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema político, de cunho

social e cultural. Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar a

tecnologia de informática nas aulas de química e os muitos procedimentos

metodológicos que poderão ser possíveis a partir da criatividade do docente. Mas

também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação

interpessoal e grupal e as de comunicação audiovisual no ensino de química.

Page 55: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Renan. Dicas para monografia. Disponível em: <http://www.saraivajur.com.br/espacoUniversitarioDicas.cfm>. Acesso em: 21 jan. 2008.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos de graduação. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

AULER, D.; STRIEDER, D. M.; CUNHA, M. B. O enfoque ciência-tecnologia-sociedade como parâmetro e motivador de alterações curriculares. Atas do I Encontro Nacional de Pesquisadores em Ensino de Ciências. Águas de Lindóia-SP, 1997. p. 187 -192.

BIBLIOTECA. Fortaleza. Faculdade Integrada da Grande Fortaleza, 2006. Manual para Elaboração de Monografia. Biblioteca Central Antonieta Cals. Disponível em: <http://www.fgf.edu.br>. Acesso em: 21 dez. 2007.

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (ensino médio), Parte III – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 1999.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1998.

CANDAU, V. M. A relação teória-prática na formação do professor. Rio de Janeiro: Revista Tecnologia Educacional, 1983.

CANDAU, V. M. Rumo a uma nova didática. Petrópolis: Vozes, 1993.

CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 3ª ed. São Paulo: Mc Graw Hill, 1983. 249p.

FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Supervisão Educacional para uma escola de qualidade. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

FERRETTI, C. J. Formação Profissional e Reforma do Ensino Técnico No Brasil: Anos 90. Campinas: Educação & Sociedade, 1997.

FREIRE, P. Educação e mudança. Petrópolis: Vozes, 1984.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GADOTTI, Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 1989.

Page 56: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

55

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia da aprendizagem. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1997.

GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da História. 10. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

KAUFMAN, A.; RODRIGUES J. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1995.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria e prática. 8. ed. Campinas: Pontes, 2001.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 2000.

LOBATO, A. C. Contextualização e transversalidade: conceitos em debate. Monografia de Especialização. Belo Horizonte: Faculdade de Educação da UFMG, 2005.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Fazer Universidade: uma proposta metodológica. 11. Ed. São Paulo, Editora Cortez, 1991.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998.

MARQUES, Mário Ozório. A formação do profissional da educação. Ijuí: Unijuí, 1992.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2 ed,. São Paulo: Atlas, 2000.

MARTÔNIO, Eduardo A. Desafios educacionais dos novos tempos: enfrentamento e reflexões. Porto Alegre: Mediação, 1999.

MATUI, Jiron. Construtivismo: teoria construtivista sócio-histórica aplicada ao ensino. São Paulo: Moderna, 1996.

NASCIMENTO, T. G.; SOUZA, S. C. de. A produção sobre divulgação científica em eventos de ensino de ciências: vislumbrando tendências. In: V Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em ciências.Bauru, 29 nov. - 3 dez., 2005.

RAMEH, Letícia. Método Paulo Freire: Uma contribuição para a história da Educação Brasileira. V Colóquio Internacional Paulo Freire. Recife de 19 a 22 de Setembro de 2005. Disponível em: http://www.paulofreire.org.br/pdf/comunicacoes_orais/M%C3%89TODO%20PAULO%20FREIRE-

Page 57: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

56

%20UMA%20CONTRIBUI%C3%87%C3%83O%20PARA%20A%20HIST%C3%93RIA%20DA%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20BRASILEIRA.pdf. Acesso em: 20 jan. 2008.

RAMOS, Marise Nogueira. A Pedagogia das Competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Cortez, 2001.

ROMANELLI, L. I. e JUSTI, R. S. Aprendendo Química. Íjui: Ed. Unijuí, 1998.

ROSING, Tânia. A formação do professor e a questão da leitura. Universidade de Passo Fundo, EDIUPF, 1996.

SAVIANI, Dermeval. A nova Lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 5. ed. Campinas: Autores associados, 1999.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 10. ed. São Paulo: Autores Associados, 2000.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aprimorações. São Paulo: Cortez/ Autores Associados, 1991.

SERRA NEGRA, Carlos Alberto & SERRA NEGRA, Elizabete M. Manual de trabalhos monográficos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. São Paulo : Atlas, 2003.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. Belo Horizonte: EB/UFMG, 2005

SILVA, J. DEL PINO C. Análise do capítulo ligação química nos manuais didáticos de Química Geral. In: XVI Salão de Iniciação Científica da UFRGS. Resumos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.

SOARES, M.B. Ler, verbo intransitivo. Disponível em: <http://www.leiabrasil.org.br/> Acesso em: 02 mar 2002.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Lisboa: Quarteto, 2003.

SOUZA C. Marcus; OLIVERA, Henriques. Interdisciplinaridade para além da filosofia do sujeito. São Paulo: Vozes, 2005.

VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 1993.

Page 58: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

57

Referências dos Materiais Analisados:

FELTRE, R. Química / Ricardo Feltre. São Paulo: Moderna, 2004.

SANTOS, W. L. P. dos & MÓL, G. de S. (coord.). Química & Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005.

SARDELLA, A. Química: Série Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2003.

Page 59: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

58

ANEXOS

Page 60: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

59

ANEXO I

SUMÁRIOS DOS LIVROS DIDÁTICOS ANALISADOS Sumário do Livro Didático: FELTRE, R. Química / Ricardo Feltre . São Paulo: Moderna, 2004.

VOLUME 1 Capítulo 1 PRIMEIRA VISÃO DA QUÍMICA

1. Observando a natureza .................................................................................... 2

2. As transformações da matéria .......................................................................... 3

3. A energia que acompanha as transformações da matéria ............................... 5

4. Conceito de Química ........................................................................................ 7

5. A Química em nosso cotidiano ......................................................................... 7

Capítulo 2 CONHECENDO A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES

1. Como a matéria se apresenta: Homogênea? Heterogênea? ........................... 12

2. Fases de um sistema ........................................................................................ 12

3. Como a matéria se apresenta: Pura? Misturada? ............................................ 13

4. Transformações da água .................................................................................. 15

5. As observações e as experiências na ciência .................................................. 20

6. Substância pura (ou espécie química) ............................................................. 29

7. Processos de separação de misturas ............................................................... 31

8. Apresentando mais sobre o laboratório de Química ........................................ 37

9. A segurança nos laboratórios de Química ........................................................ 39

Capítulo 3 EXPLICANDO A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES

1. Vale a pena explicar (entender) os fatos do cotidiano (e da ciência)? ............. 49

2. As tentativas de explicar a matéria e suas transformações .............................. 49

3. O nascimento da Química ................................................................................ 50

4. A hipótese de Dalton ......................................................................................... 53

5. Os elementos químicos e seus símbolos .......................................................... 54

6. Explicando a matéria – As substâncias químicas ............................................. 55

7. Explicando a matéria – As misturas .................................................................. 58

8. Explicando as transformações dos materiais ................................................... 61

9. As propriedades das substâncias ..................................................................... 64

10. Explicando as variações de energia que acompanham as transformações ..... 66

11. Segunda visão da Química ............................................................................... 66

12. Como a ciência progride ................................................................................... 67

Capítulo 4 A EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS

1. O modelo atômico de Thomson ....................................................................... 75

2. A descoberta da radioatividade ........................................................................ 77

Page 61: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

60

3. O modelo atômico de Rutherford ...................................................................... 78

4. A identificação dos átomos ............................................................................... 81

5. O modelo atômico de Rutherford-Bohr ............................................................ 86

6. O modelo dos orbitais atômicos ........................................................................ 94

7 Os estados energéticos dos elétrons ................................................................ 96

8. A distribuição eletrônica .................................................................................... 101

Capítulo 5 A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

1. Histórico ............................................................................................................ 111

2. A classificação periódica moderna ................................................................... 113

3. Configurações eletrônicas dos elementos ........................................................ 119

4. Propriedades periódicas e aperiódicas dos elementos químicos ..................... 123

Capítulo 6 AS LIGAÇÕES QUÍMICAS

1. Introdução.......................................................................................................... 136

2. Ligação iônica, eletrovalente ou heteropolar .................................................... 137

3. Ligação covalente, molecular ou homopolar ..................................................... 143

4. Ligação Metálica ............................................................................................... 151

Capítulo 7 A GEOMETRIA MOLECULAR

1. A estrutura espacial das moléculas .................................................................. 157

2. Eletronegatividade/polaridade das ligações e das moléculas .......................... 164

3. Oxidação e redução .......................................................................................... 171

4. Força (ou ligações) intermoleculares ................................................................ 176

Capítulo 8 ÁCIDOS, BASES E SAIS INORGÂNICOS

1. Introdução ......................................................................................................... 188

2. Ácidos ............................................................................................................... 191

3. Bases ou hidróxidos .......................................................................................... 198

4. Comparação entre ácidos e bases ................................................................... 202

5. Sais ................................................................................................................... 206

Capítulo 9 ÁCIDOS, BASES E SAIS INORGÂNICOS

1. Definição de óxido ............................................................................................ 219

2. Fórmula geral dos óxidos .................................................................................. 219

3. Óxidos básicos .................................................................................................. 220

4. Óxidos ácidos ou anidridos ............................................................................... 221

5. Óxidos anfóteros ............................................................................................... 222

6. Óxidos indiferentes ou neutros ......................................................................... 223

7. Óxidos duplos, mistos ou salinos ...................................................................... 223

8. Peróxidos........................................................................................................... 224

9. Óxidos importantes ........................................................................................... 225

10. As funções inorgânicas e a classificação periódica .......................................... 228

Capítulo 10 AS REAÇÕES QUÍMICAS

Page 62: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

61

1. Introdução ......................................................................................................... 238

2. Balanceamento das equações químicas .......................................................... 240

3. Classificação das reações químicas ................................................................. 242

4. Quando ocorre uma reação química? .............................................................. 246

5. Resumo das principais reações envolvendo as funções inorgânicas ............... 252

Capítulo 11 MASSA ATÔMICA E MASSA MOLECULAR

1. Unidade de massa atômica (u) ......................................................................... 263

2. Massa atômica .................................................................................................. 263

3. Massa molecular ............................................................................................... 266

4. Conceito de mol ................................................................................................ 268

5. Massa molar (M) ............................................................................................... 269

Capítulo 12 ESTUDO DOS GASES

1. Introdução ......................................................................................................... 278

2. O estado gasoso ............................................................................................... 278

3. O volume dos gases .......................................................................................... 278

4. A pressão dos gases ......................................................................................... 279

5. A temperatura dos gases .................................................................................. 280

6. As leis físicas dos gases ................................................................................... 282

7. Equação geral dos gases................................................................................... 286

8. Condições normais de pressão e temperatura (CNPT) .................................... 286

9. Teoria cinética dos gases .................................................................................. 286

10. Gás perfeito e gás real ...................................................................................... 287

11. Leis volumétricas das reações químicas (leis químicas dos gases) ................. 291

12. Volume molar .................................................................................................... 294

13. Equação de Clapeyron ...................................................................................... 295

14. Misturas Gasosas .............................................................................................. 301

15. Densidade dos gases ........................................................................................ 311

16. Difusão e efusão dos gases .............................................................................. 316

Capítulo 13 CÁLCULO DE FÓRMULAS

1. As fórmulas na Química .................................................................................... 323

2. Cálculo da fórmula centesimal .......................................................................... 323

3. Cálculo da fórmula mínima ................................................................................ 326

4. Cálculo da fórmula molecular ............................................................................ 328

Capítulo 14 CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO

1. Introdução ......................................................................................................... 337

2. Casos gerais de cálculo estequiométrico .......................................................... 339

3. Casos particulares de cálculo estequiométrico ................................................. 347

Respostas ......................................................................................................... 369

Lista de siglas .................................................................................................... 376

Page 63: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

62

Tabelas auxiliares ............................................................................................. 378

Sugestões de leitura para os alunos ................................................................. 381

Museus brasileiros ligados à Ciência ................................................................ 382

Referências bibliográficas ................................................................................. 384

VOLUME 2 Capítulo 1 SOLUÇÕES

1. Dispersões ........................................................................................................ 2

2. Soluções ............................................................................................................ 4

3. Concentração das soluções .............................................................................. 16

4. Diluição das soluções ........................................................................................ 33

5. Misturas de soluções ......................................................................................... 39

6. Análise volumétrica ou volumetria ..................................................................... 46

Capítulo 2 PROPRIEDADES COLIGATIVAS

1. A evaporação dos líquidos puros ...................................................................... 59

2. A ebulição dos líquidos puros ........................................................................... 62

3. O congelamento dos líquidos puros .................................................................. 66

4. Soluções de solutos não-voláteis e não-iônicos ............................................... 70

5. A Lei de Raoult .................................................................................................. 72

6. Osmometria ....................................................................................................... 77

7. As propriedades coligativas nas soluções iônicas ............................................ 85

Capítulo 3 TERMOQUÍMICA

1. A energia e as transformações da matéria ....................................................... 95

2. Por que as reações químicas liberam ou absorvem calor? .............................. 101

3. Fatores que influem nas entalpias (ou calores) das reações ............................ 107

4. Equação termoquímica ..................................................................................... 111

5. Casos particulares das entalpias (ou calores) das rações ................................ 115

6. Lei de Hess ....................................................................................................... 128

Capítulo 4 CINÉTICA QUÍMICA

1. Velocidade das reações químicas .................................................................... 144

2. Como as reações ocorrem? .............................................................................. 150

3. O efeito das várias formas de energia sobre a velocidade das reações .......... 153

4. O efeito da concentração dos reagentes na velocidade das reações .............. 160

5. O efeito dos catalisadores nas velocidades das reações químicas .................. 169

Capítulo 5 EQUILÍBRIOS QUÍMICOS HOMOGÊNEOS

1. Estudo geral dos equilíbrios químicos .............................................................. 181

2. Deslocamento do equilíbrio ............................................................................... 201

Capítulo 6 EQUILÍBRIOS IÔNICOS EM SOLUÇÕES AQUOSAS

1. Equilíbrios iônicos em geral .............................................................................. 219

Page 64: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

63

2. Equilíbrio iônico na água/pH e pOH .................................................................. 225

3. Hidrólise de sais ................................................................................................ 244

Capítulo 7 EQUILÍBRIOS HETEROGÊNEOS

1. Introdução ......................................................................................................... 259

2. Aplicação da lei da ação das massas aos equilíbrios heterogêneos ................ 259

3. Deslocamento do equilíbrio heterogêneo ......................................................... 262

4. Produto de solubilidade (Kps) .......................................................................... 267

Capítulo 8 ELETROQUÍMICA – OXI-REDUÇÃO E PILHAS ELÉTRICAS

1. Introdução ......................................................................................................... 282

2. Reações de oxi-redução ................................................................................... 283

3. O acerto dos coeficientes ou balanceamento das equações de oxi-redução ... 287

4. A pilha de Daniell .............................................................................................. 294

5. A força eletromotriz (fem) das pilhas ................................................................. 302

6. Eletrodo-padrão de hidrogênio .......................................................................... 303

7. Tabela dos potenciais-padrão de eletrodo ........................................................ 305

8. Cálculo da força eletromotriz (fem) das pilhas .................................................. 306

9. Previsão da espontaneidade das reações de oxi-redução ............................... 311

10. As pilhas em nosso cotidiano ............................................................................ 315

11. Corrosão ........................................................................................................... 324

12. As reações de oxi-redução e os fenômenos biológicos .................................... 326

Capítulo 9 ELETROQUÍMICA - ELETRÓLISE

1. Introdução ......................................................................................................... 334

2. Eletrólise ígnea .................................................................................................. 335

3. Eletrólise em solução aquosa com eletrodos inertes ........................................ 337

4. Prioridade de descarga dos íons ...................................................................... 338

5. Eletrólise em solução aquosa com eletrodos ativos (ou reativos) .................... 342

6. Comparando o funcionamento das pilhas com a eletrólise .............................. 346

7. Aplicações da eletrólise ..................................................................................... 351

8. A estequiometria das pilhas e da eletrólise ....................................................... 352

Capítulo 10 REAÇÕES NUCLEARES

1. O início da era nuclear/A descoberta da radioatividade ................................... 365

2. Os efeitos das emissões radioativas ................................................................ 366

3. Recordando alguns conceitos sobre a estrutura atômica ................................. 368

4. A natureza das radiações e suas leis ............................................................... 369

5. Cinética das desintegrações radioativas ........................................................... 374

6. Famílias radioativas naturais ............................................................................. 378

7. Reações artificiais de transmutação ................................................................. 378

8. Fissão nuclear ................................................................................................... 383

9. Fusão nuclear .................................................................................................... 390

10. Aplicações das reações nucleares .................................................................... 392

Page 65: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

64

11. Perigos e acidentes nucleares .......................................................................... 394

Respostas ......................................................................................................... 401

Lista de siglas .................................................................................................... 410

Sugestões de leitura para os alunos ................................................................. 413

Museus brasileiros ligados à Ciência ................................................................ 414

Bibliografia ......................................................................................................... 417

VOLUME 3 Capítulo 1 INTRODUÇÃO À QUÍMICA ORGÂNICA

1. A presença da Química Orgânica em nossa vida ............................................. 2

2. O nascimento da Química Orgânica ................................................................. 4

3. A evolução da Química Orgânica ..................................................................... 5

4. A Química Orgânica nos dias atuais ................................................................. 7

5. Algumas considerações sobre a análise orgânica ............................................ 8

6. Características do átomo de carbono ............................................................... 12

7. Classificação dos átomos de carbono em uma cadeia ..................................... 15

8. Tipos de cadeia orgânica .................................................................................. 17

9. Fórmula estrutural ............................................................................................. 22

Capítulo 2 HIDROCARBONETOS

1. Introdução ......................................................................................................... 27

2. Alcanos .............................................................................................................. 27

3. Alcenos .............................................................................................................. 45

4. Alcadienos (dienos) ........................................................................................... 50

5. Alcinos ............................................................................................................... 54

6. Ciclanos ............................................................................................................. 57

7. Hidrocarbonetos aromáticos ............................................................................. 59

Capítulo 3 FUNÇÕES ORGÂNICAS OXIGENADAS

1. Introdução ......................................................................................................... 70

2. Álcoois ............................................................................................................... 70

3. Fenóis ............................................................................................................... 82

4. Éteres ................................................................................................................ 85

5. Aldeídos e cetonas ............................................................................................ 87

6. Ácidos carboxílicos............................................................................................. 92

7. Derivados dos ácidos carboxílicos .................................................................... 98

8. Resumo das funções oxigenadas ..................................................................... 102

Capítulo 4 FUNÇÕES ORGÂNICAS NITROGENADAS

1. Introdução ......................................................................................................... 108

2. Aminas .............................................................................................................. 108

3. Amidas .............................................................................................................. 113

Page 66: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

65

4. Nitrilas ............................................................................................................... 118

5. Isonitrilas ........................................................................................................... 119

6. Nitrocomostos ................................................................................................... 119

7. Resumo das funções nitrogenadas ................................................................... 120

Capítulo 5 OUTRAS FUNÇÕES ORGÂNICAS

1. Haletos orgânicos .............................................................................................. 126

2. Compostos sulfurados ....................................................................................... 130

3. Compostos heterociclicos ................................................................................. 133

4. Compostos organometálicos ............................................................................. 133

5. Compostos com funções múltiplas .................................................................... 133

6. Compostos com funções mistas........................................................................ 135

7. Esquema geral da nomenclatura orgânica ....................................................... 136

8. Série orgânicas ................................................................................................. 137

Capítulo 6 ESTRUTURA E PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

1. Estrutura das moléculas orgânicas ................................................................... 143

2. Estrutura da ligação simples C - C .................................................................... 149

3. Estrutura da ligação dupla C = C ...................................................................... 151

4. Estrutura dos dienos ......................................................................................... 153

5. Estrutura da ligação tripla ................ ................................................................. 155

6. Estrutura dos anéis saturados .......................................................................... 157

7. Estrutura do anel benzênico ............................................................................. 159

8. Ponto de fusão, ponto de ebulição e estado físico dos compostos orgânicos .. 162

9. Solubilidade dos compostos orgânicos ............................................................. 166

10. Densidade dos compostos orgânicos ............................................................... 168

Capítulo 7 ISOMERIA EM QUÍMICA ORGÂNICA

1. Introdução ......................................................................................................... 176

2. Isomeria plana .................................................................................................. 177

3. Isomeria espacial .............................................................................................. 182

4. Isomeria óptica ................................................................................................. 186

Capítulo 8 REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO

1. Introdução ......................................................................................................... 203

2. Conceito geral de reações de substituição ....................................................... 204

3. Reações de substituição nos alcanos ............................................................... 205

4. Reações de substituição nos hidrocarbonetos aromáticos ............................... 208

5. Reações de substituição nos haletos orgânicos ............................................... 217

Capítulo 9 REAÇÕES DE ADIÇÃO

1. Introdução ......................................................................................................... 224

2. Adições à ligação dupla .................................................................................... 224

3. Adições a ligações duplas conjugadas ............................................................. 229

Page 67: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

66

4. Adições à ligação tripla ..................................................................................... 230

5. Reações nos ciclanos ....................................................................................... 231

6. Adições à carbonila ........................................................................................... 234

Capítulo 10 REAÇÕES DE ELIMINAÇÃO

1. Introdução ......................................................................................................... 241

2. Eliminação de átomos ou grupos vizinhos ........................................................ 241

3. Eliminações múltiplas ........................................................................................ 244

4. Eliminação de átomos ou grupos afastados ..................................................... 244

Capítulo 11 O CARÁTER ÁCIDO-BÁSICO NA QUÍMICA ORGÂNICA

1. Introdução ......................................................................................................... 251

2. Ácidos e bases de Arrhenius ............................................................................ 251

3. Ácidos e bases de Bronsted-Lowry ................................................................... 252

4. O caráter ácido na Química Orgânica ............................................................... 254

5. O caráter básico na Química Orgânica ................ ............................................ 263

6. Ácidos e bases de Lewis ................................................................................... 269

Capítulo 12 A OXI-REDUÇÃO NA QUÍMICA ORGÂNICA

1. Introdução ......................................................................................................... 276

2. Oxi-redução em ligações duplas ....................................................................... 279

3. Oxi-redução em ligações triplas ........................................................................ 282

4. Oxidação dos ciclanos ...................................................................................... 283

5. Oxidação dos hidrocarbonetos aromáticos ....................................................... 283

6. Oxi-redução dos álcoois .................................................................................... 284

7. Oxi-redução dos fenóis ..................................................................................... 285

8. Oxidação dos éteres ......................................................................................... 286

9. Oxi-redução dos aldeídos e cetonas ................................................................. 289

10. Oxi-redução dos ácidos carboxílicos ................................................................. 292

11. Oxi-redução dos compostos nitrogenados ........................................................ 294

12. Oxidação extrema - combustão ........................................................................ 294

Capítulo 13 OUTRAS REAÇÕES NA QUÍMICA ORGÂNICA

1. Introdução ......................................................................................................... 301

2. Esterificação e hidrólise de ésteres .................................................................. 301

3. Diminuição e aumento da cadeia carbônica ..................................................... 306

4. Reações dos compostos de Grignard ............................................................... 310

5. Alquilação da amônia ................ ....................................................................... 311

6. Reações de compostos nitrogenados com ácido nitroso .................................. 312

Capítulo 14 GLICÍDIOS

1. Introdução ......................................................................................................... 320

2. Definição dos glicídios ....................................................................................... 320

3. Classificação dos glicídios ................................................................................ 321

Page 68: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

67

4. Estrutura das oses ............................................................................................ 322

5. Reações dos glicídios ................ ...................................................................... 323

6. Principais glícidios ............................................................................................. 324

7. Ácidos nucléicos ................................................................................................ 329

Capítulo 15 LIPÍDIOS

1. Introdução ......................................................................................................... 338

2. Glicerídios ......................................................................................................... 339

3. Cerídios ............................................................................................................. 343

4. Química da limpeza. Sabões e detergentes ..................................................... 346

5. Lipídios complexos ............................................................................................ 351

Capítulo 16 AMINOÁCIDOS E PROTEINAS

1. Definição de aminoácidos ................................................................................. 360

2. Classificações dos aminoácidos ....................................................................... 360

3. Reações dos aminoácidos ................................................................................ 361

4. Definição de proteína ........................................................................................ 365

5. Classificação das proteínas .............................................................................. 366

6. Estrutura das proteínas ..................................................................................... 367

7. Hidrólise das proteínas ...................................................................................... 369

8. Ensimas ............................................................................................................. 369

9. Alimentação humana ......................................................................................... 371

Capítulo 17 POLÍMEROS SINTÉTICOS

1. Introdução ......................................................................................................... 378

2. Polímeros de adição .......................................................................................... 379

3. Copolímeros ...................................................................................................... 382

4. Polímeros de condensação ............................................................................... 382

5. Estrutura dos polímeros .................................................................................... 385

6. Os polímeros sintéticos e o cotidiano ............................................................... 390

Respostas ......................................................................................................... 404

Lista de siglas .................................................................................................... 421

Sugestões de leitura para os alunos ................................................................. 424

Museus brasileiros ligados à Ciência ................................................................ 425

Bibliografia ......................................................................................................... 427

Page 69: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

68

Sumário do Livro Didático: SARDELLA, A. Química: Série Novo Ensino Médio . São Paulo: Ática, 2003.

VOLUME ÚNICO Parte I Química geral

Módulo 1 Introdução ao estudo da Química ..................................................................... 6

Módulo 2 Propriedades da matéria ................................................................................... 10

Módulo 3 Substâncias e misturas...................................................................................... 14

Módulo 4 Métodos de separação ...................................................................................... 18

Módulo 5 Fenômeno e reação química ............................................................................ 22

Módulo 6 A matéria ........................................................................................................... 26

Módulo 7 Estrutura Atômica .............................................................................................. 30

Módulo 8 Um novo modelo atômico .................................................................................. 34

Módulo 9 Configuração eletrônica .................................................................................... 38

Módulo 10 Classificação Periódica dos elementos ............................................................. 42

Módulo 11 Propriedades dos elementos (I) ........................................................................ 46

Módulo 12 Propriedades dos elementos (II) ....................................................................... 50

Módulo 13 Ligações químicas (I) ........................................................................................ 54

Módulo 14 Ligações químicas (II) ....................................................................................... 58

Módulo 15 Ligações químicas (III) ...................................................................................... 62

Módulo 16 Funções químicas ............................................................................................. 66

Módulo 17 Ácido e base ...................................................................................................... 70

Módulo 18 Sal e óxido ......................................................................................................... 74

Módulo 19 Reações químicas (I) ........................................................................................ 78

Módulo 20 Reações químicas (II) ....................................................................................... 82

Módulo 21 Balanceamento.................................................................................................. 86

Módulo 22 Ocorrência de reações ...................................................................................... 90

Módulo 23 Quantidades e medidas (I) ................................................................................ 94

Módulo 24 Quantidades e medidas (II) ............................................................................... 98

Módulo 25 Estado gasoso (I) ............................................................................................. 102

Módulo 26 Estado gasoso (II) ............................................................................................. 108

Módulo 27 Estado gasoso (III) ........................................................................................... 112

Módulo 28 Cálculos químicos (I) ......................................................................................... 116

Módulo 29 Cálculos químicos (II) ........................................................................................ 120

Módulo 30 Cálculos químicos (III) ....................................................................................... 124

Parte II Físico-química

Módulo 31 Soluções (I) ....................................................................................................... 128

Módulo 32 Soluções (II) ...................................................................................................... 132

Módulo 33 Soluções (III) ..................................................................................................... 136

Módulo 34 Propriedades coligativas (I) ............................................................................... 140

Módulo 35 Propriedades coligativas (II) .............................................................................. 144

Módulo 36 Propriedades coligativas (III) ............................................................................. 148

Módulo 37 Termoquímica (I) ............................................................................................... 152

Page 70: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

69

Módulo 38 Termoquímica (II) .............................................................................................. 156

Módulo 39 Termoquímica (III) ............................................................................................. 160

Módulo 40 Termoquímica (IV) ............................................................................................. 164

Módulo 41 Cinética química (I) ........................................................................................... 168

Módulo 42 Cinética química (II) .......................................................................................... 172

Módulo 43 Cinética química (III) ......................................................................................... 176

Módulo 44 Cinética química (IV) ......................................................................................... 180

Módulo 45 Equilíbrio químico (I) ......................................................................................... 184

Módulo 46 Equilíbrio químico (II) ........................................................................................ 188

Módulo 47 Equilíbrio químico (III) ....................................................................................... 192

Módulo 48 Equilíbrio químico (IV) ....................................................................................... 196

Módulo 49 Equilíbrio químico (V) ........................................................................................ 200

Módulo 50 Eletroquímica (I) ................................................................................................ 204

Módulo 51 Eletroquímica (II) ............................................................................................... 208

Módulo 52 Eletroquímica (III) .............................................................................................. 212

Módulo 53 Eletroquímica (IV) .............................................................................................. 216

Parte III Radiatividade e Química orgânica

Módulo 54 Radiatividade (I) ................................................................................................ 220

Módulo 55 Radiatividade (II) ............................................................................................... 224

Módulo 56 Radiatividade (III) .............................................................................................. 228

Módulo 57 Introdução à Química orgânica (I) ..................................................................... 232

Módulo 58 Introdução à Química orgânica (II) .................................................................... 236

Módulo 59 Introdução à Química orgânica (III) ................................................................... 240

Módulo 60 Funções Orgânicas (I) ....................................................................................... 244

Módulo 61 Funções Orgânicas (II) ...................................................................................... 248

Módulo 62 Funções Orgânicas (III) ..................................................................................... 252

Módulo 63 Funções Orgânicas (IV) .................................................................................... 256

Módulo 64 Funções Orgânicas (V) ..................................................................................... 260

Módulo 65 Funções Orgânicas (VI) .................................................................................... 264

Módulo 66 Funções Orgânicas (VII) ................................................................................... 268

Módulo 67 Isomeria I ........................................................................................................... 272

Módulo 68 Isomeria II .......................................................................................................... 276

Módulo 69 Reações Orgânicas (I) ...................................................................................... 280

Módulo 70 Reações Orgânicas (I) ...................................................................................... 284

Módulo 71 Reações Orgânicas (III) .................................................................................... 288

Módulo 72 Reações Orgânicas (IV) .................................................................................... 292

Módulo 73 Reações Orgânicas (V) ..................................................................................... 296

Módulo 74 Compostos orgânicos naturais (I) ..................................................................... 300

Módulo 75 Compostos orgânicos naturais (II) .................................................................... 304

Módulo 76 Compostos orgânicos naturais (III) ................................................................... 310

Módulo 77 Polímeros .......................................................................................................... 314

Prova do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio 2002 ............................. 318

Page 71: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

70

Sumário do Livro Didático: SANTOS, W. L. P. dos & MÓL, G. de S. (coord.). Química & Sociedade . São Paulo: Nova Geração, 2005.

VOLUME ÚNICO Unidade 1 A CIENCIA, OS MATERIAIS E O LIXO

Capítulo 1 Química, tecnologia e sociedade 9

Lixo: material que se joga fora? ........................................................................ 9

Da alquimia à Química ...................................................................................... 14

Conhecimento científico .................................................................................... 17

Ciência, tecnologia e sociedade ....................................................................... 21

A química na sociedade .................................................................................... 23

Transformações química .................................................................................. 25

Capítulo 2 IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS

Propriedades das substâncias .......................................................................... 30

Densidade ........................................................................................................ 32

Um bebê = 25 toneladas de lixo ....................................................................... 35

Temperatura de fusão e de ebulição ................................................................ 36

Solubilidade ...................................................................................................... 43

Identificação das substâncias ........................................................................... 45

Lixo de todo tipo ................................................................................................ 48

Materiais e substâncias ..................................................................................... 49

Capítulo 3 MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS: SEPARAÇÃO, CONSTITUIÇÃO E SIMBOLOGIA

Tratamento do lixo ............................................................................................. 25

Separação de misturas ..................................................................................... 55

Métodos de separação ..................................................................................... 56

Constituição das substâncias ............................................................................ 64

Discutindo possíveis soluções para o problema do lixo .................................... 74

Sugestões para implantação de programas de coleta seletiva em escolas ..... 78

Exercícios de revisão ........................................................................................ 80

Unidade 2 MODELOS DE PARTÍCULAS E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Capítulo 4 O QUÍMICO E SUAS ATIVIDADES

Poluição e desenvolvimento ............................................................................. 87

A química, o químico e suas atividades ............................................................ 91

Medidas ............................................................................................................. 94

Sujeira no ar ...................................................................................................... 97

Capítulo 5 ESTUDO DOS GASES

Visibilidade zero ................................................................................................ 104

As grandezas do estado gasoso ....................................................................... 107

Page 72: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

71

Propriedades dos gases ................................................................................... 112

Efeito estufa e aquecimento global ................................................................... 120

Lei dos gases .................................................................................................... 123

Lei geral dos gases ........................................................................................... 127

Gases reais e ideais .......................................................................................... 128

Teoria cinética dos gases .................................................................................. 129

Capítulo 6 MODELOS ATÔMICOS

Camada de ozônio: quem a protegerá? ............................................................ 132

Modelos e teorias .............................................................................................. 136

Teorias filosóficas sobre a natureza da matéria ............................................... 138

Modelo atômico de Dalton ................................................................................. 139

Modelo atômico de Thomson ............................................................................ 140

Radioatividade e o átomo ................................................................................. 142

Modelo atômico de Rutherford .......................................................................... 143

UV: a radiação que vem do sol ......................................................................... 148

O átomo e suas partículas ................................................................................ 150

O universo eletrônico dos átomos ..................................................................... 153

Exercícios de revisão ........................................................................................ 160

Unidade 3 ELEMENTOS, INTERAÇÕES E AGRICULTURA

Capítulo 7 CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS

Química e agricultura ........................................................................................ 169

Elementos químicos .......................................................................................... 172

Breve histórico da classificação dos elementos ................................................ 176

A classificação moderna dos elementos químicos ........................................... 179

Os elementos químicos e os vegetais .............................................................. 184

A lei periódica ................................................................................................... 186

Capítulo 8 SUBSTÂNCIAS IÔNICAS

O chão que nos alimenta .................................................................................. 190

A combinação dos átomos ................................................................................ 192

Íons e a condução de eletricidade .................................................................... 194

Formação de íon ............................................................................................... 197

Regra do octeto ................................................................................................. 198

Sais ................................................................................................................... 199

Representação das substâncias iônicas ........................................................... 202

Propriedades dos sais ....................................................................................... 204

Óxidos iônicos ................................................................................................... 206

Capítulo 9 SUBSTÂNCIS MOLECULARES

Agrotóxico ......................................................................................................... 208

Ligação covalente ............................................................................................. 212

Page 73: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

72

Tipos de ligação covalente ................................................................................ 213

Molécula ............................................................................................................ 216

A polêmica dos transgênicos ............................................................................ 222

Substâncias orgânicas ...................................................................................... 224

Modelos geométricos ........................................................................................ 226

Polaridade das moléculas ................................................................................. 230

Forças intermoleculares .................................................................................... 236

Agricultura e desenvolvimento sustentável ....................................................... 241

Exercícios de fixação ........................................................................................ 244

Unidade 4 CÁLCULOS, SOLUÇÕES E ESTÉTICA

Capítulo 10 UNIDADES UTILIZADAS PELO QUÍMICO

O eterno ideal de beleza ................................................................................... 251

Grandezas físicas .............................................................................................. 253

Numerosidade ................................................................................................... 254

Quantidade de energia ...................................................................................... 257

A obesidade e a imagem do espelho ................................................................ 259

Constante de Avogadro .................................................................................... 262

Massa atômica, molecular e molar .................................................................... 265

Anabolizantes: beleza e força enganosas ........................................................ 270

Conversões no cálculo estequiométrico ........................................................... 272

Capítulo 11 CÁLCULOS QUÍMICOS

Limpeza na medida certa .................................................................................. 274

As leis das reações químicas ............................................................................ 276

Balanceamento de equação química ................................................................ 280

A química dos sabões e detergentes ................................................................ 285

Estequiometria .................................................................................................. 290

Cosméticos enganadores ................................................................................. 299

Rendimento das reações .................................................................................. 300

Capítulo 12 MATERIAIS: CLASSIFICAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E COMPOSIÇÃO

Cuidados com os produtos químicos domésticos ............................................. 304

Soluções, colóides e agregados ....................................................................... 306

A química da pele .............................................................................................. 311

Concentração .................................................................................................... 313

Composição ...................................................................................................... 314

Diluição de soluções ......................................................................................... 320

A ética da beleza ............................................................................................... 323

Exercícios de revisão ........................................................................................ 326

Unidade 5 TERMOQUÍMICA, CINÉTICA E RECURSOS ENERGÉTICOS

Page 74: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

73

Capítulo 13 PETRÓLEO E HIDROCARBONETOS

O petróleo como combustível ............................................................................ 333

Petróleo e química orgânica ............................................................................. 336

Propriedades dos átomos de carbono .............................................................. 340

Cadeias carbônicas ........................................................................................... 341

Petróleo e suas aplicações ............................................................................... 344

Hidrocarbonetos ................................................................................................ 347

Nomenclatura dos hidrocarbonetos .................................................................. 348

Benzeno ............................................................................................................ 353

Capítulo 14 REAÇÕES DE COMBUSTÃO E TERMOQUÍMICA

Combustíveis e energia ..................................................................................... 358

Equilíbrio térmico ............................................................................................... 360

Variação de energia em reações químicas ....................................................... 368

Entalpia ............................................................................................................. 370

Energia de ligação ............................................................................................. 373

Lei de Hess ....................................................................................................... 376

Leis da Termodinâmica ..................................................................................... 378

Entropia ............................................................................................................. 384

Energia livre ...................................................................................................... 386

Capítulo 15 CINÉTICA QUÍMICA

Combustão ........................................................................................................ 388

Cinética química ................................................................................................ 391

Teoria das colisões ........................................................................................... 392

Combustíveis e ambiente .................................................................................. 399

Mecanismos de reação ..................................................................................... 401

Energia alternativa ............................................................................................ 407

Exercícios de revisão ........................................................................................ 412

Unidade 6 EQUILÍBRIO QUÍMICO E ÁGUA

Capítulo 16 PROPRIEDADES DA ÁGUA E PROPRIEDADES COLIGATIVAS

Planeta Terra ou Planeta Água? ....................................................................... 419

Propriedades da água ....................................................................................... 422

Água e solubilidade dos materiais .................................................................... 425

Propriedades coligativas ................................................................................... 431

Capítulo 17 ÁCIDOS E BASES

Poluição das águas ........................................................................................... 442

Ácidos e bases .................................................................................................. 446

Os rios sem vida ................................................................................................ 453

As teorias de ácidos e bases ............................................................................ 455

Page 75: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

74

Chuva ácida ...................................................................................................... 458

A neutralização de ácidos e bases ................................................................... 461

Nomenclatura de ácidos, bases e sais ............................................................. 463

Capítulo 18 EQUILÍBRIO QUÍMICO

Saneamento básico ........................................................................................... 468

Reações químicas e reversibilidade ................................................................. 470

Sistemas químicos reversíveis .......................................................................... 471

Equilíbrio químico .............................................................................................. 472

Alterações do estado de equilíbrio .................................................................... 477

Princípio de Lê Chatelier ................................................................................... 482

Aspectos quantitativos de equilíbrios químicos ................................................ 486

Água para todos ................................................................................................ 495

Exercícios de revisão ........................................................................................ 498

Unidade 7 A QUÍMICA EM NOSSAS VIDAS

Capítulo 19 ALIMENTOS E FUNÇÕES ORGÂNICAS

Alimentos ........................................................................................................... 505

A química e os alimentos .................................................................................. 508

Classificação química de substâncias orgânicas .............................................. 509

Carboidratos ...................................................................................................... 512

Álcoois ............................................................................................................... 513

Fenóis ................................................................................................................ 514

Aldeídos e cetonas ............................................................................................ 515

Éteres ................................................................................................................ 516

Isomeria ............................................................................................................. 518

Lipídios .............................................................................................................. 519

Ácidos carboxílicos ............................................................................................ 521

Ésteres .............................................................................................................. 522

Proteínas ........................................................................................................... 523

Aminas e amidas ............................................................................................... 525

A informação e a dieta nossa de cada dia ........................................................ 528

Processos de conservação de alimentos .......................................................... 532

Aditivos químicos .............................................................................................. 534

Capítulo 20 SAÚDE E NOMENCLATURA ORGÂNICA

A química ainda busca o elixir da longa vida? .................................................. 538

Os fármacos ...................................................................................................... 540

Nomenclatura de substâncias orgânicas: regra gerais ..................................... 544

Saúde: riscos e alternativas .............................................................................. 548

A ação dos fármacos em nosso organismo ...................................................... 552

Medicamento genérico: questão de economia! ................................................ 555

Page 76: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

75

Nomenclatura de substâncias orgânicas .......................................................... 556

As drogas que matam ....................................................................................... 559

Venenos: o risco está ao nosso lado! ............................................................... 561

Capítulo 21 POLÍMEROS E PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS

Os plásticos e o ambiente ................................................................................. 564

Plásticos e polímeros ........................................................................................ 566

Propriedades dos polímeros ............................................................................. 568

Propriedades das substâncias orgânicas ......................................................... 572

Acidez e basicidade de substâncias orgânicas ................................................ 577

Reações de polimerização................................................................................. 579

Uso de plásticos ................................................................................................ 582

O mundo dos plásticos ...................................................................................... 584

A revolução das fibras ....................................................................................... 586

Borrachas .......................................................................................................... 587

Capítulo 22 INDÚSTRIA QUÍMICA E SÍNTES ORGÂNICA

Indústria química e desenvolvimento social....................................................... 590

Instalação de uma indústria química ................................................................. 594

Síntese orgânica: alterando as estruturas das moléculas ................................ 595

O químico e as indústrias químicas .................................................................. 602

Síntese orgânica: alterando os grupos funcionais das moléculas .................... 603

Indústrias químicas, ambiente e cidadania ....................................................... 610

Exercícios de revisão ........................................................................................ 614

Unidade 8 METAIS, PILHAS E BATERIAS

Capítulo 23 LIGAÇÃO METÁLICA E ÓXIDO-REDUÇÃO

Metais: materiais do nosso dia-a-dia ................................................................. 623

Propriedades dos metais ................................................................................... 626

Ligação metálica ............................................................................................... 631

Ligas metálicas .................................................................................................. 634

Óxido-redução ................................................................................................... 636

Número de oxidação ......................................................................................... 637

Metalurgia e siderurgia ...................................................................................... 641

Balanceamento de equações de reações de óxido-redução ............................ 645

Capítulo 24 PILHAS E ELETRÓLISE

Óxido-redução entre metais .............................................................................. 648

A pilha de Daniell .............................................................................................. 651

Potencial-padrão de redução ............................................................................ 653

Potencial elétrico de pilhas ............................................................................... 654

Descarte de pilhas e baterias ............................................................................ 658

Tipos de pilhas e baterias ................................................................................. 662

Page 77: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

76

Eletrólise ............................................................................................................ 666

Aspectos quantitativos da eletrólise .................................................................. 671

Metais, sociedade e ambiente .......................................................................... 675

Exercícios de revisão ........................................................................................ 678

Unidade 9 ÁTOMO, RADIOATIVIDADE E ENERGIA NUCLEAR

Capítulo 25 ESTRUTURA ELETRÔNICA DO ÁTOMO

Radioatividade e quântica ................................................................................. 683

A visão clássica do mundo físico ...................................................................... 686

Modelo quântico para o átomo.......................................................................... 691

A configuração eletrônica e tabela periódica .................................................... 698

As ligações químicas e o modelo quântico ....................................................... 698

O desastre da desinformação radioativa .......................................................... 700

Capítulo 26 ESTABILIDADE NUCLEAR, RADIOATIVIDADE E ENERGIA NUCLEAR

Radioatividade e energia nuclear 702

A descoberta da radioatividade 705

Emissões nucleares 706

Radioatividade e estrutura do átomo 709

Transformações nucleares – radioatividade 709

Cinética da desintegração radioativa 711

Efeitos da radiação no corpo humano 712

Aplicações de materiais radioativos 712

Transformações nucleares – transmutações dos elementos 718

Fissão nuclear 719

Fusão nuclear 719

Usinas nucleares 720

Bombas atômicas 722

Lixo nuclear 723

Radioatividade: mocinha ou vilâ? 726

Exercícios de revisão 728

Gabarito 732

É bom ler 737

Para navegar na internet 738

Glossário 739

Bibliografia básica consultada 742

Tabela periódica 743

Segurança no laboratório 744

Page 78: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

77

ANEXO II Questionários aplicados a professores e alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual José Rocha, localizado em Igaporã, Estado da Bahia. Foi preparado um questionário respondido por 6 professores que ministram aulas de química e que continham questões sobre a prática docente, dificuldades pedagógicas e opiniões pessoais sobre o ensino de química. Foi preparado também um outro questionário respondido por 60 alunos do Ensino Médio, contendo perguntas discursivas envolvendo aspectos sociais e escolares, sendo o questionário aplicado pelo próprio professor de química. Questionário aplicado ao Professor: 1ª questão: Qual o seu nível de escolaridade? 2ª questão: Como professor, qual a sua carga horária? 3ª questão: Como é a disponibilidade do seu tempo para preparação de aulas e material de apoio? 4ª questão: A escola possui laboratório de química? E você realiza aulas práticas? 5ª questão: Quais as dificuldades encontradas com o conteúdo da disciplina? 6ª questão: Que materiais normalmente utiliza durante a aula? 7ª questão: Quais as estratégias de avaliação utilizadas? Questionário aplicado ao Aluno: 1ª questão: "Você gosta de estudar química? Por quê?" 2ª questão: "Você conhece alguém que trabalhe com química? Quem? O que faz esta pessoa?" 3ª questão: "Você vai precisar de química na sua futura profissão? Em que área você pretende trabalhar?" 4ª questão: "Na sua opinião, o que o químico faz?" 5ª questão: "Você acha que a química é importante na sua vida pessoal? Dê três exemplos onde a química está presente no seu cotidiano." 6ª questão: "O que os seus amigos da escola comentam sobre as aulas de química? Você concorda com a opinião deles?"

Page 79: FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF … · contribuição no processo educacional, no cotidiano ou realidade prática do educando. Desta forma, o objetivo deste estudo

78

7ª questão: "Qual o grau de influência dos fatores a seguir no ensino de química: professor, matemática, seu interesse pela matéria, forma como a matéria é apresentada." 8ª questão: "Você acha que é importante que as pessoas estudem química?" 9ª questão: "Você tem alguma sugestão para melhorar o ensino de química?"