faceli - d1 - zilda maria fantin moreira - linguagem jurídica - aula 03

44
LINGUAGEM JURÍDICA PROFª MSc. ZILDA M. FANTIN

Upload: jordano-santos-cerqueira

Post on 11-Jan-2017

16 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

LINGUAGEM JURÍDICA

PROFª MSc. ZILDA M. FANTIN

Page 2: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

UNIDADE III

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

 

Page 3: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Semântica é o estudo do significado das palavras. Divide-se em descritiva ou sincrônica –

que estuda a significação em determinado momento ou

estado das palavras na língua e histórica ou diacrônica – que

estuda as mudanças de significação por que passam as palavras no decurso do tempo.

Page 4: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Por exemplo: as diferentes acepções que possui a palavra rapariga (em Portugal, moça do

campo, mulher que está no período da juventude; no Brasil, concubina, meretriz) operam-se

no plano sincrônico. Vilão (outrora, camponês, hoje, indigno) pertence ao âmbito da semântica histórica (XAVIER, 2001, p. 13).

Page 5: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

3.1 NÍVEIS DE VOCABULÁRIO 

Níveis de Vocabulário: De acordo com Garcia (1976, p. 169), Todo indivíduo medianamente culto

dispõe de quatro tipos de vocabulário: o da língua falada ou coloquial, o da linguagem escrita,

o de leitura e o de simples contato. Os incultos ou analfabetos conhecem

certamente apenas o primeiro.

Page 6: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Os dois primeiros tipos constituem o nosso vocabulário ativo que serve à expressão do

nosso pensamento. Os dois últimos representam o nosso

vocabulário passivo que é responsável apenas pela

compreensão do pensamento alheio.

Page 7: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 Vocabulário de linguagem coloquial, relativamente pequeno, é o de que

nos servimos na vida diária para satisfazer as necessidades triviais da comunicação oral. Compõe-se, na grande maioria, de palavras de

teor concreto, que, ligadas a coisas ou a situações reais, fluem

espontaneamente na corrente da fala.

 

Page 8: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 Vocabulário da linguagem escrita

é representado pelas palavras que usamos ocasionalmente na linguagem escrita, seja literária, ou técnico-científica seja apenas

didática. Seu acervo é constituído em parte por palavras do primeiro

tipo, acrescidas de outras que raramente, ou nunca, circulam na

linguagem coloquial.

Page 9: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

  

Vocabulário de leitura compreende aquelas palavras que

pessoalmente não empregamos nem na língua literária nem na

coloquial, mas cujo sentido nos é familiar. O vocabulário de leitura nos permite entender facilmente

uma página impressa sem necessidade de recorrer ao

dicionário.

Page 10: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 Vocabulário de contato abrange

considerável número de palavras ouvidas ou lidas em situações diversas, mas cujo

significado preciso nos escapa. São dessas palavras, a respeito

das quais costumamos dizer “conheço, mas não sei

exatamente o que significam”.

Page 11: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

3.2 POLISSEMIA, SINONÍMIA, ANTONÍMIA, FAMÍLIAS ETIMOLÓGICAS, FAMÍLIAS

IDEOLÓGICAS E CAMPO ASSOCIATIVO 

Polissemia: é a variedade de significação apresentada por uma palavra. Quando

uma palavra adquire, nas frases, sentidos diferentes, há polissemia.Ex.: Não pude trocar o pneu do meu

carro, porque o macaco estava quebrado. (macaco = instrumento para

levantar pesos)O macaco fazia caretas para a criançada.

(macaco = animal). 

Page 12: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 Sinonímia: Para Xavier

(2001, p. 16), “É a propriedade de dois ou

mais termos poderem ser empregados um pelo outro sem prejuízo do sentido”.

Ex.: sofrer e padecer. 

Page 13: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 “Em nenhuma língua viva ou morta

as palavras apresentam sentido absolutamente unívoco. Se os signos

verbais exprimissem apenas uma coisa, e não mais de uma, ter-se-ia

talvez a linguagem ideal, pelo menos quanto à clareza, pois a possibilidade

de equívocos e ambiguidades vocabulares, causa maior de

inúmeros desentendimentos , estaria eliminada a priori” (XAVIER, 2001, p.

16).

Page 14: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 “Resumindo, pode-se dizer que

a polissemia presume a existência de vários

significados para o mesmo significante, e a sinonímia, a de

vários significantes para o mesmo significado” (XAVIER,

2001, p. 7).

Page 15: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Antonímia: é a propriedade de dois ou mais termos

apresentarem significações opostas.

Ex.: grato e ingrato, comum e raro.

 

Page 16: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 Famílias Etimológicas: “Por famílias

etimológicas entende-se um grupo de vocábulos cognatos, ou seja,

originários de um radical comum. Formam-se famílias etimológicas

através da agregação, ao radical (ou radicais), de vários morfemas: afixos

(prefixos e sufixos), desinências, vogal temática, vogal e consoante de ligação” (XAVIER, 2001, p. 24).

Ex.: leg – do latim legere, ler, colher lenda, lendário, legenda, legendário,

legível, colégio.

Page 17: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Famílias Ideológicas: Segundo Xavier (2001, p. 25), “as palavras podem inter-relacionar-se, também, pela

comunidade ou afinidade de sentido. Isto é o que se chama família ideológica, em realidade um

conjunto de termos irmanados pelo mesmo núcleo de significação, séries

de sinônimos afiliados por uma noção fundamental comum”.

Ex.: casa, domicílio, habitação, lar, morada etc.

 

Page 18: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Campo Associativo: “As palavras se associam também por uma espécie de

imantação semântica; muito frequentemente, uma palavra pode

sugerir uma série de outras que, embora não sinônimas, com elas se relacionam, em determinada situação ou contexto, pelo simples e universal processo de

associação de ideias” (GARCIA, 1976, p. 167).

Ex.: A palavra mar pode evocar-nos uma série de outras não necessariamente sinônimas como: vastidão, amplidão,

imensidade, infinito, mobilidade, horizonte etc.

Page 19: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

3.3 HOMONÍMIA E PARONÍMIA 

Homonímia: Para Xavier (2001, p. 19), “É a propriedade de duas ou mais palavras, embora diversas

pela significação, apresentarem a mesma estrutura fonológica”, isto

é, as palavras homônimas se escrevem ou se pronunciam de modo idêntico, mas diferem no

sentido. Podem ser: 

Page 20: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 

Homônimos Perfeitos: São aqueles em que há completa homofonia, isto é, possuem a mesma grafia e pronúncia.

Ex.: rio (acidente geográfico) e rio (forma verbal), livro (verbo)

e livro (subs.). 

Page 21: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

  

Homônimos Homógrafos: São formas que se escrevem com as

mesmas letras, mas têm pronúncias desiguais, possuem a mesma grafia,

mas a pronúncia é diferente.

Ex.: retorno (ô) (subs.) e retorno (ó) (v.), governo (é) (v.) e governo (ê)

(subs.). 

Page 22: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

  

 Homônimos Homófonos: São formas em que o som permanece o mesmo, possuem a mesma pronúncia, mas a

escrita é diferente.

Ex.: cozer (cozinhar) e coser (costurar), concerto (de música) e

conserto (de consertar algo quebrado).

 

Page 23: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

  Paronímia: Segundo Xavier (2001, p. 20), paronímia “É a circunstância da

existência de palavras que se assemelham quanto à forma, sem

nenhuma relação de significado”, isto é, palavras que possuem uma pequena

diferença na grafia e na pronúncia. Ex.: emergir (vir à tona) e imergir

(mergulhar), descrição (ato de descrever) e

discrição (qualidade ou procedimento de discreto

Page 24: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

3.4 EMPREGO DE ALGUNS HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

 MAL / MAU

Mau = adjetivo contrário de bom.Mal = advérbio contrário de bem.

= conjunção equivalente a assim que.

= substantivo quando precedido de artigo, contrário de o

bem.

Page 25: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Ex.: Você é um mau jogador.(Você é um bom jogador)

Não pense mal das pessoas. (Não pense bem das pessoas)

Mal chegou e já começou a reclamar.

(Assim que chegou ...)

A corrupção é o mal do Brasil. (...é o bem do Brasil) 

Page 26: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Obs.: BOM e MAU possuem formas especiais para o comparativo de

superioridade e superlativo: melhor e pior, mas podemos empregar as formas mais

bom, mais mau quando comparamos duas qualidades de um mesmo ser. Isto também vale para grande e pequeno. O advérbio BEM admite a forma mais bem quando for

de intensidade, acompanha adjetivo.Ex.: Pedrinho é bom e inteligente, mais

bom que inteligente. Minha casa é grande e bonita, mais

grande que bonita. Estou mais bem disposta (adjetivo)

hoje.

Page 27: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 MAS / MAISa) Mas = conjunção equivale a porém.

b) Mais = advérbio contrário de menos – refere-se a verbo ou a adjetivo.

= pronome contrário de menos – refere se a substantivo.

 

Ex.: A criança caiu, mas não se feriu. (A criança caiu, porém não se feriu)

Este aluno é o mais inteligente (Adj.) da classe. (... é o menos inteligente ...)

Eu tenho mais figurinhas (subs.) que você. (... tenho menos figurinhas ...)

Page 28: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 ATRÁS / TRÁS / TRAZ

a) Atrás = preposição indica lugar.b) Trás = preposição indica lugar.

c) Traz = verbo indica ação de trazer.

 Ex.: A caneta caiu atrás da cadeira.

O menino passou por trás do jardim.

Todos os dias ele traz flores para a namorada.

Page 29: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 DEBAIXO / DE BAIXO

a) De baixo = preposição + adjetivo antônimo de alto.

= preposição + substantivo antônimo de cima.

b) Debaixo = advérbio equivale a sob. 

Ex.: Você pode tomar este vinho, pois ele é de baixo teor alcoólico. (de alto teor

alcoólico).

Andei esta rua de baixo a cima. (de cima a baixo)

Page 30: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

  

Ex.: Debaixo da cama, havia muitos brinquedos. (sob a

cama ...)

Obs.: embaixo antônimo - em cima

abaixo antônimo - acima

Page 31: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 ONDE / AONDE

a) Onde quando o verbo pede preposição em.

b) Aonde quando o verbo pede preposição a.

 Ex.: Onde você mora? (morar em

algum lugar)

Aonde você vai? (ir a algum lugar)

Page 32: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 EM FIM / ENFIM / A FIM / AFINSa) Em fim equivale a no final.

b) Enfim equivale a finalmente.c) A fim equivale a finalidade.d) Afins equivale a afinidade.

 Ex.: Em fim de tarde, nós

costumávamos nos reunir na praça. (No final da ...)

Eles, enfim, chegaram. (Eles, finalmente, chegaram)

Page 33: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 Ex.: Os alunos se reuniram a fim de discutir a questão do

aumento. (Os alunos se reuniram com a

finalidade de ...)

Nós tínhamos opiniões afins. (Nós tínhamos

afinidade nas opiniões)

Page 34: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

  SE NÃO / SENÃOa) Se não = conjunção condicional +

advérbio equivale a caso não.b) Senão = conjunção adversativa

equivale a ao contrário. 

Ex.: Você ganhará um pirulito se não fizer barulho.

(... ganhará um pirulito caso não faça...)

Fui logo para a escola, senão teria que explicar aquela bagunça.

(Fui logo para a escola, ao contrário teria que ...)

Page 35: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

A CERCA DE / ACERCA DE / HÁ CERCA DE

a) A cerca de equivale a a aproximadamente.

b) Acerca de equivale a sobre, a respeito de.

c) Há cerca de equivale faz aproximadamente.

 Ex.: Estamos a cerca de cem metros

da escola. (Estamos a aproximadamente cem

metros...)

Page 36: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Os professores discutiam acerca do salário.

(... discutiam sobre o salário)

Recebi seu recado há cerca de dois dias.

(Recebi seu recado faz aproximadamente...)

Page 37: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 PORQUE / PORQUÊ / POR QUE / POR QUÊPorque = conjunção usado nas

respostas ou justificativas.Porquê = substantivo precedido de

artigo, equivale a a causa.Por que = preposição + pronome

interrogativo usado em perguntas diretas ou indiretas, equivale a por qual

motivo. = preposição + pronome

relativo equivale a pelo qual e variações.

Por quê = preposição + pronome interrogativo usado em final de

perguntas ou antes de pausa.

Page 38: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

Ex.: Embarquem logo porque o trem já vai partir.

O avião não decolou porque o nevoeiro era muito denso.

Não sei o porquê de tanta confusão. (Não sei a causa de tanta confusão.)

Por que a reunião terminou logo? (Por qual motivo a reunião ...?)

Page 39: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 Ex.: Quis saber por que a reunião

terminou logo. (Quis saber por qual motivo ...)

A causa por que lutamos é justa.

(A causa pela qual lutamos é justa.)

Chegaram atrasados, por quê?

Page 40: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

NENHUMA / NEM UMA – NENHUM / NEM UMa) Nenhum(a) = pronome indefinido

antônimo de algum(a).b) Nem um(a) = conjunção + numeral

antônimo de nem dois, nem três ... Separado quando se quer

a negação total. 

Ex.: Você fez muitos gols?

Não fiz nenhum. (Fiz algum) Não fiz nem um. (nem dois, nem

três ...)

Page 41: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

 3.5 HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA

 Hiperonímia: “Chama-se hiperônima a

palavra que possui um sentido mais geral, com relação a outras de sentido mais específico” (MESQUITA, 1999, p.

158).

Ex.: peixe é hiperônimo de sardinha, atum, cação; dizer é hiperônimo de

murmurar, ironizar, explicar. 

Page 42: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

  

Hiponímia: “São palavras de sentido mais específico, com relação a outras de sentido

mais geral” (MESQUITA, 1999, p. 159).

Ex.: girafa, morsa são hipônimas de mamíferos.

Page 43: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

AtividadesVII, VIII, IX, X, XI, XII

Page 44: FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 03

"As massas humanas mais perigosas são aquelas em cujas veias foi injetado o veneno do medo. Do medo da mudança”

(Octavio Paz).