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LINGUAGEM JURÍDICA PROFª MSc. ZILDA M. FANTIN

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LINGUAGEM JURÍDICA

PROFª MSc. ZILDA M. FANTIN

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UNIDADE IX

GÊNEROS TEXTUAIS JURÍDICOS 

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9.1 PROCURAÇÃO“A procuração é o instrumento do

mandato. Alguém (mandante, outorgante ou constituinte) outorga

poderes a outrem (mandatário, outorgado ou procurador) para, em

seu nome, praticar atos ou administrar interesses, exteriorizada a vontade de conferir tais poderes por meio de um

documento chamado procuração” (DAMIÃO; HENRIQUES, 2000, p. 176).

 

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“A representação judicial, por determinação legal, somente é

conferida ou outorgada por mandato escrito (Procuração). O CPC deu nova denominação à

procuração judicial ou ad judicia, qual seja, procuração

geral para o foro” (ACQUAVIVA; NEVES, 1997).

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Requisitos e Comentários Deve constar o nome do documento: P R O C U R A Ç Ã O, no centro da folha e as letras devem ser espaçadas umas das outras;Qualificação do outorgante;Presença dos verbos nomear e

constituir;Qualificação do outorgado;Finalidade da procuração;

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Extensão dos poderes;Local e data;Assinatura do outorgante com firma

reconhecida;Local, Data e Assinatura no mesmo

espaço do parágrafo;Margens: esquerda = 4 cm / direita

= 2 cm / superior = 3 cm / inferior = 2 cm;

Espaços: entre o nome procuração e o texto = 8 cm / parágrafo = 8 cm.

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Segundo Damião e Henriques (2000, p. 177), a procuração pode ser: Quanto à natureza: Procuração Judicial destinada para procurar em juízo, chamada de Procuração Ad Judicia.

Procuração Extrajudicial para os negócios, em geral, chamada de Procuração Ad Negotia (pronúncia = negócia).

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Quanto ao instrumento: Procuração Pública passada em cartório.

Procuração Particular quando outorgada pelo próprio mandante em documento escrito com firma reconhecida.

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 Quanto à finalidade: Procuração Geral quando o mandante confere poderes para todos os seus negócios.

Procuração Especial quando especifica o negócio (ou negócios) expressamente.

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Quanto à extensão dos poderes: Procuração com Amplos Poderes confere liberdade ampla ao procurador.

Procuração com Poderes Restritos o procurador fica sujeito a decisões do outorgante. Segundo Damião e Henriques (2000), não

se exige escrever Procuração Ad Negotia. A palavra procuração deve vir no centro da

folha e as letras devem ser espaçadas umas das outras. 

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Veja exemplo de procuração p. 65 e 66

da apostila.

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9.2 REQUERIMENTO

“Requerer é pedir deferimento a uma solicitação feita por

alguém – Requerente – a uma autoridade competente para

dela conhecer” (DAMIÃO; HENRIQUES, 2000, p. 187).

 

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 O Requerimento pode ser Judicial ou Extrajudicial,

Simples ou Complexo. Será simples quando redigido em

um único parágrafo e complexo quando se distribui a narrativa

dos fatos e argumentos em parágrafos.

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Requisitos e Comentários

Vocativo: não se coloca o nome e sim o cargo ou função, centrado, letra minúscula para o tipo extrajudicial e maiúscula para o judicial;

Qualificação do requerente;Presença do verbo requerer ou de seus sinônimos (solicitar etc.);

O pedido e suas especificações;

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Fecho: Nesses Termos, / Pede Deferimento ou Termos em que / P. Deferimento (em duas linhas e nunca abreviar tudo: N.T. / P.D.) ou simplesmente Pede Deferimento;

Local e Data;Assinatura do requerente;No requerimento complexo, entre a

narrativa dos fatos e o fecho, há uma frase de transição: Isto (Isso) posto, requer... / Posto isto (isso), requer... / Pelo exposto, requer...

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O pedido deve citar os documentos que o comprovam, numerados de acordo com a sequência da narrativa (doc. 1, doc. 2 etc.);

Os espaços e margens são iguais aos da procuração e não se escreve o nome do documento Requerimento.

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Também são usadas as abreviaturas E. (espera) e A.

(aguarda) no lugar de P (pede). Observe que, no requerimento

judicial, o vocativo é escrito com letras maiúsculas. Na

esfera extrajudicial, é o requerente quem assina o

documento.

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Veja exemplo de requerimento p. 67 e 68

da apostila.

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9.3 PETIÇÃO INICIAL“A lide formada por conflito de interesses perturba a paz social, por isso o interesse

do Estado em resolvê-los. Ele o faz [...] por intermédio de um de seus órgãos, o

Judiciário. Porém, isso depende de provocação das partes. Para que o juiz

aplique a norma jurídica ao caso concreto, é preciso que exista um processo. Este é o

meio, o instrumento da jurisdição. O processo se compõe de vários atos, sendo que o primeiro deles é a Petição Inicial”

(ACQUAVIVA; NEVES, 1997, p. 9).

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“Petição Inicial é a formulação, por escrito, de um pedido à autoridade

pública (o juiz competente), invocando a prestação jurisdicional do Estado, no sentido de atender a

um direito da pessoa. O procedimento ordinário para

redigir uma petição inicial encontra-se regulado pelos artigos 282 e 283 do Código de Processo

Civil” (XAVIER, 2001, p. 235).

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A Petição Inicial ou Exordial é um requerimento complexo e deve conter: Vocativo: o juiz ou tribunal a que é

dirigida.Qualificação do autor: os dados

individualizados (nome, estado civil, profissão, domicílio e residência).

Qualificação do réu: os mesmos dados exigidos ao autor.

A narrativa dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido.

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O pedido e suas especificações.As provas para demonstração da

verdade dos fatos alegados.O requerimento para a citação do

réu.O valor da causa.Documentos como procuração e

outros de acordo com a ação proposta (contrato de locação para ação de despejo, por exemplo).

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Veja exemplo de petição inicial p. 69 e 70 da

apostila.

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9.4 RESPOSTA DO RÉU

“Os princípios da ampla defesa e do contraditório são

fundamentos do Estado de Direito proclamados no artigo 5º, LV, da Constituição Federal.

O princípio da ampla defesa constitui a garantia de que

ninguém pode ser condenado sem ser, antes, ouvido.”

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“Pelo princípio do contraditório, tanto o autor como o réu têm o

direito de ser intimados de todos os atos processuais, bem como

se manifestar sobre provas carreadas pela parte contrária.

Assim, para validade do processo é indispensável a citação do réu” (ACQUAVIVA; NEVES, 1997, p. 9).

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O Código de Processo Civil permite três tipos de respostas: 

Contestação: o réu contesta todos os fatos contra ele

articulados na Inicial, expondo suas razões e especificando as provas que as fundamentam.

 

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Exceção: o réu não nega o pedido do autor, mas alega ser o juiz da

causa incompetente para a apreciação desta.

 Reconvenção: não é propriamente defesa, mas um contra-ataque às alegações do autor. O réu sai da

posição de sujeito passivo e passa a ser o foco ativo do processo.

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Veja exemplo de resposta do réu

(contestação) p. 73 da apostila.

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9.5 HABEAS CORPUS“O Habeas Corpus é o meio mais rápido e eficaz de que dispõe o advogado, nos

casos de arbitrariedade e de constrangimento legal, para defesa de

quem se encontra ameaçado ou violentado no direito de locomoção. A

petição de Habeas Corpus pode ser redigida pelo próprio acusado, por

qualquer do povo, ou pelo Ministério Público, não se exigindo ser

datilografada” (DAMIÃO; HENRIQUES, 2000, p. 207). 

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O Habeas Corpus pode ser liberatório em favor de um

paciente que sofre constrangimento ilegal restrito

ao direito de locomoção ou preventivo para aquele que está na iminência de sofrer tal

constrangimento.

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Veja exemplo de habeas corpus p. 75 e 76 da

apostila.

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9.6 MANDADO DE SEGURANÇA

“Mandado de Segurança é a ação intentada, por pessoa física ou

jurídica, com o objetivo de que se lhe assegure direito líquido e certo em virtude de ter sido este violado ou ameaçado por ato inconstitucional

emanado de agente do poder público” (XAVIER, 2001, p. 246). 

 

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“Havendo ameaça ou violação de direito liquido e certo por ilegalidade ou abuso de poder, o impetrante ou

requerente solicitará ao juiz ou tribunal que mande segurança, impedindo que

se consuma ou que continue a ocorrer a lesão ao direito, em razão da conduta

da autoridade chamada coatora. Não há citação do réu, requer-se a notificação da autoridade coatora. Deve ser pedido

por advogado legalmente habilitado, com as exceções contidas no artigo 36,

CPC” (DAMIÃO; HENRIQUES, 2000). 

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Veja exemplo de mandado de segurança

p. 77 da apostila.

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Atividade XLI

itens 1 e 2 – Procuração itens 3 e 4 – Requerimento

item 5 – Petição Inicialitem 6 – Resposta do Réu item 7 – Habeas Corpus

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“Se praticares alguma falta, não a ocultes, confessa-a para que mostres sempre a

elegância moral de teu caráter”.