f tpwjik - abpmcabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(sbc), esse...

8
- 1c -' -. --• '- •1 a Boktim inforniatvo cia Associaço Brasileira de Psicoterapia c Medicina Cornportarncnal Nmcro25 - julho 2002 ,j 1 .3 f tPWJik A coda dia que recebemos os marovilhosos traba/hos de nossos co/egos para oX! enconfro, mais evidente nos parece a amplitude da pesquisa e prâtica no area comportamental e cognitiva no Brasil e podemos ver, que a qualidade nOo seperdeu no quantidade. São muitos traboihos diferentes que mostram a extensão do aplicabilidode desses principios para os mais diversos aspecfos do comportarnento humano. Tambérn podemos observar umo sin tonia major entre a psicoferapia e os problemas sociais e de saOde publica. Isfo /6 pode ser verificado no nosso programação cientIfica, quando trataremos, ao lado do Dr. Kevin Moore e outros convidados, dos comportarnentos anti-sociais, do violência e dos seus contextos geradores; assirn como do prevencão e trafamenfo c/In ico e social desse pro blerna. No area de sacide p(iblica discutiremos de éfica a pro gramas de treinamento de cuidadores (mediadores) para 0 tratarnento domiciliar de pessoas com problemas de so Ode flsica e mental. Por isso e muito mais, acreditarnos que e o mornenfo do (ABPMC), com a maturidade con quistada no decorrer dessa década, abrir as portas para a comunidode leiga, isfo e, para aque/es que em Ciltima ins fOncia são os consumidores de nossos serviços: Ovidos peronte a expectativa de obter não 56 alIvio para seu sofrimenfo corno também rnellior qualidade de vida. o nosso pro grama de palestras para a comunidade leigo estth pronto e stia execuçOo a todo vapor. E urn orgulho para os pro fissionais dessa area e para aABPMC, tornar disponIvel para a popula cOo o resultado de trabaihos serbs, que decorrerarn do integrocão entre pesquisa, prático e estudos filosóficos. Nossos colegas co/aborararn enviando trabalhos para a cornunidade peronte a mais sutil estimulaçOo, o que mobs urna vez demonstra a corn unhOo de inferesses dos membros de nosso Associa coo. Agradecemos muifo e parti/hornos com todos vocês o nosso otimisrno com relacOo a producoo cientIfica e 6 inserçOo, no cornunidade, do psico/ogia corn portamental e cognitivo. Abracos Mario Zilah do Si/va Brandão Fatima Cristina de Souzo Conte - --:-,.----_.

Upload: others

Post on 29-Sep-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

- 1c -' -. --• '- •1

a Boktim inforniatvo cia Associaço Brasileira de Psicoterapia c Medicina Cornportarncnal

Nmcro25 - julho 2002

,j 1.3f tPWJik A coda dia que recebemos os marovilhosos

traba/hos de nossos co/egos para oX! enconfro,

mais evidente nos parece a amplitude da

pesquisa e prâtica no area comportamental e

cognitiva no Brasil e podemos ver, que a

qualidade nOo seperdeu no quantidade.

São muitos traboihos diferentes que mostram a

extensão do aplicabilidode desses principios

para os mais diversos aspecfos do

comportarnento humano.

Tambérn podemos observar umo sin tonia major

entre a psicoferapia e os problemas sociais e de

saOde publica. Isfo /6 pode ser verificado no

nosso programação cientIfica, quando

trataremos, ao lado do Dr. Kevin Moore e outros

convidados, dos comportarnentos anti-sociais,

do violência e dos seus contextos geradores;

assirn como do prevencão e trafamenfo c/In ico e

social desse pro blerna.

No area de sacide p(iblica discutiremos de éfica

a pro gramas de treinamento de cuidadores

(mediadores) para 0 tratarnento domiciliar de

pessoas com problemas de so Ode flsica e

mental.

Por isso e muito mais, acreditarnos que e o

mornenfo do (ABPMC), com a maturidade

con quistada no decorrer dessa década, abrir

as portas para a comunidode leiga, isfo e, para

aque/es que em Ciltima ins fOncia são os

consumidores de nossos serviços: Ovidos

peronte a expectativa de obter não 56 alIvio

para seu sofrimenfo corno também rnellior

qualidade de vida.

o nosso pro grama de palestras para a

comunidade leigo estth pronto e stia execuçOo a

todo vapor. E urn orgulho para os pro fissionais

dessa area e para aABPMC, tornar disponIvel

para a popula cOo o resultado de trabaihos

serbs, que decorrerarn do integrocão entre

pesquisa, prático e estudos filosóficos.

Nossos colegas co/aborararn enviando

trabalhos para a cornunidade peronte a mais

sutil estimulaçOo, o que mobs urna vez demonstra

a corn unhOo de inferesses dos membros de

nosso Associa coo.

Agradecemos muifo e parti/hornos com todos

vocês o nosso otimisrno com relacOo a producoo cientIfica e 6 inserçOo, no

cornunidade, do psico/ogia corn portamental e

cognitivo.

Abracos

Mario Zilah do Si/va Brandão

Fatima Cristina de Souzo Conte

- --:-,.----_.

Page 2: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

;0CIAçAO BRASILEIRA DE PSICOTERAPIA E MEDICINA

\WORTAMENTAL (ABPMC)

;idente: Maria Lilah do Silvo BrandOo - Instituto de Psicoteropia

ndlise do Cornportamento de londrina (Psico) r-presidenre: Fatima (ristina de Snoza (note - Instituto do ;oteropia eAnáhse do Comportarnento do Londrina (Psi(o) )ecretorio: Fernando Silva Brondño - lostituto de Psicoterapia e dine do Comportomenlo do Londfina (Psic() - Mestranda do ituto de Psicologin do Uninersidadede São Paulo (IPIJSP) ;ecretario: Yara Kuperstein lngberman - Univeisidade Federal do

and (IJFPR) - (linica Reviver ;ecretortio: Cynthia Borges do Mooro - Iioiveisidade Estadual de

drina (IJEI) Tesooreiro: Vera Menezes do Silva - Univeisidode Filadélfio do

drina (IJIIIFII) - Instituto de Psicoteropia e Anólise do

nportanlento do londrina (Psico) Tesoureiro: Simono Martin Olioni - Instituto de Psicoterapic ilise do Coniportaniento de londrina (Psic() UniversidcJ

rddlfio de tondrina (UNIFIL) iselho (onsoltivo: Eliane Falcone /Franciscn Latulfo Nero / Mc

itti/Morcus Bentc-nde (orualho/SinioneCavalconti taos onteriures: Bernard Range / Hdlio Goilhardi / Rcbe:c

as Bonoco/ Rachel Rodrigues Kerbany / H61io Guilhordi.

LETIM INFURMATIVOCOMT[XT0 nissão Editorial: Ingrid Caroline do Oliveiro Ausec - (linica jilibrius - UEIJ Jocelaine Martins do Silveira - UEI / liz Regina dan Perez - (linica Equilibrmus / Patricia Cristina Noveki - UEL! Marcia Aragão - (linica Equilibrius - UEL

ce Diagramação: Degrao Sisterna deCurnunicaçao Integrada

ressão: gorn: 2000 exeinplares

AOS LEITORES

gossas prdximas ediçães, possivelnrente, estarão disponiveis onas on-line.

A comiss0o editorial otual agradece o crédito do Boletirn ormativo Contexto nt 24, nios assume o rnesrrxn sonrente a partir ste ndeiero.

SI(( )Iuir;i

(Iiirica u

cI;m,;rumle

I k&1

PSICOIOGIA CLiNICA E DASAUDE Orgs.: Maria Luizo Marinlro e t/icente E. Cubollo nndrina: Ed. UE; Granada: APICSA, 2001

"Prioieiro 1Mm editudo origmnalmente em portugnOs pela Associaçöo Psicoldgica Ibereamericann do Clinico e SaUde (API(SA), e fruto do esforço coo juoM de professorese pesquisodores brosilerros, espanhOis e portogueses parc a avanço cientifico do dreo no ibero-onrérico. Apresenta reflexOes propostos porn trotoruentu e prevenção do diveisos problemos psicológicos e contribuiçOes

relevantes pare a atuaçao do pskdlogo em diferenten coirtextos, come escolos, proletos an comurridodo, hospitams, posies de saCde, chinicas medicos e psicalógicas, clubes despoitmvos, entre extras. Into dividido em ties purtes: Psicologia Clioico Infantil e do Adolescentes, Aplicoçto do Psicologia (linica corn Aduhtos e Psicologia do SnCde. Corn copitulos objetivos e liriguogem ccessivel e clara, acredito-se quo nerd do grande cjudo porno aprimoramnento teôrico e prdtico de prafissioxaise estudantes do Psicologia edo outrun Creos do soOde eeducação".

PSI COIL RA P1 A S PSICOTERAPIAS COGIIITIVO-(OMPORTAAtENTAIS UM DIAL000 COMA PSIOUIATRIA

COCNITIVOCOMPORTAMENTAIS Bernard Range (org.) Porto Alegre: Artrned, 2001. "Neste lisro o leitor tom a sua disposigao ama referCncin Coica em Psicoterapias Cognitive-

Bernard Ran(,e Comportamenteis, inclumndo: a) abordagens conlportementois o cognitivas diferentes para

entendirnento dosdiversos transtornosmentais, (oma as nov05 psicoterapia funcional-analitico e a

cognitiva construtivista; b) descriçöes detolhados dos tdcni(as ulilizodas DOS uvoliaçoes e

trotornentosde crionçcse udultos, entreelaso biofeef bock; ) apreseotoção diddticoe ilustrodo dos

modelos coguitivo-coniportamentais e forrnacoldgicos de trotamento dos patologias rnuis treqUentes, corno on ircnstxrfloS do ansiedode, do humor, do abuse e dependöncio do substâncias, decontrole do impulso, do ddficitde otençãoe hiperatMdade, do pemsxrralidadeliniitrofe, alémn dos

0

PARACOMPREENDER A (IEN(IA UMA PERSPETIVA HISTORICA Maria Amelia Pie AbibAndeni... etal.

jr (Nilza Micheletto; Tereza Maria do Azevedo Plies Sdrio; Denize Rosano Rubana; Melanin Macnv;

- Maria Eliza Moili Pereiro; Silvin (atorina Gioia; Monica Helena Tieppo Aloes Gianfaldoni; Marcia

Regina Sos oh orio do Lourdes Barn Zanotto) t I Rio do Janeiro Enpacoelempo See Poulo EDUC 1999 8 Ed

.iT;- i... "Este liuro resulto do umo oxperiencin de rears de d z onos corn material didatico elaborodo pora

urn coma de rnietodologio (rentifica do PUC SP Pret nde rnostror quo o metodo cieohf:co e historco quo noo so resume a tecnrcas que esto lundado em concepcocs amplan de munao dc er do ser oealiado tarnbem a partir delas e qje on problemnas eofrentados pelo filosofia pIa

ien or paru roll tir cca polo coahecirnnto sno tarriberri historicos Protende enfirn trozer a I it .i sobrea cncio do mode rnaisabrangente do forma coo dogmuticu

-- - Contrrbui porn urn repouser do ciencia nus oas arias areas xpinrondo a reloçao euro aspectos

sociois, politicos, econOmicos do cur dodu memento Iristéricu 00 peasanrento fihosdficu que o

-. rrrarcon e upresentondo, em coda grande periode- Grécia Antige, Europa Modieval, A Ciãncio Moderno, Sdculos XVIII e XIX - pensadores escolhidos por representarem on conirontos do sea

tempo e pale iufluência quo exercerorn 00 oxercerri no peosamento doséculoXX". (Maria do Cammo Goedes)

I http://www.lib.umi.com/disssertation

Http://www.egroups.com/grou p/bsb-comportamefltul

Http://wwwioshorcones.org.m/ Http://www.psiqweb.med.br

Page 3: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

- A cliente !evoa a (Dna sessbo, contendo a letro do mdsica e pedie pare cue 0550 fosse nuvida juoto coma lerapeuto (assinr foi feito) e durante tuda a sesslu tobou de si rnesrno "através do lotte Epitdfie".

Assim que a nilsica ocabou de tocar a cliente afirmou: "0/h8 esso porte: 0ev/a terornado orals, ter chorodo coo/s let vistooso/noscer 0ev/ta ter air/scado coals e ate errodo mais lerfeitooque euquericfoze,"(S!() E coatinonu "EssomAsica diz tudo, of/ta como evsou, perconaosofrer

1/co me escondendo dentro de cosa, nAo solo, ndo fo,co ma/s amigos, tenho medo de paquerat e set re/eifado, depois bc/ama que a vido A urn fEdio. (em outra, eu vivo ochondo quo nOo se pode chorar, quo tudo tem que possorern broncos nuvens , a vida ogo A ass/tin mnesrno? Feito de risos e choros? Parc noo chorar ocabo mao undo, se liver que chorar entAo quo chore, naoe?"(Stc) Para exitar puniçdes ou enposiçoes A cantinglocias aversions Laura

apresentavo campartamentos de esquivo, a quo era rnoitos vezes efeti'io nesse propósita, potAto tarrrbAni a irnpedio do se expar a possiveis reforcodores sociais. A prApria cliente identificova seus cornportaa,eptas de esquiva e suas cnnsequlncias, coma o

enipobrecirnento de expeaincins a que a fozia consideror a vida urn tAdio.

Sidmaa (1995) ressa!to quo rnaifas ccrnpartarnentos cue sb opresentodos pebo hornem, pnrecerrr set sustentodos polo prevençbo de situaçOes aversi'/os. (borne-se esse pracesso de esquivo. A esquivo

impede que urn c/onto indesejodo aconteco, urna forma de reforcomento negative. 0 indivIduo eprende deotro do camunidade

sdcio-verbal a so esquivar. 0 probberna ioicio-se quando as Was de esqurva sdo desnecessdrios, irrealistos e nao odoptotivos.

No quo so refere a pessous corn dificubdodes de rebacionurnento afetivo, percebe-se que estos freqbentenienfe ternern a dor, a rejeiçbo, a

passivel so!idlo c deseacontros em re!aci000mentns insatisfatórios. Entretonto, no intuito do ovitarern conseqUAncios negativas para suas

ordos, manes vezes, esqui'/arn-se do situaçOes sociais e de en'iobvirnento emocionab quo padenam trozer consequbncios positixos. Outra ponto destocado par Laura refere-se 005 seas sentirnerrtos a cbiente descrevia em sessbes anteriares auta-regrus COOrO: "Se eu salt de casa, moo you encontrot ninguOmn Iego/ mesmo, you ficar fwstrado, entOo, lice no iou canto quo dO orals ceito, pie ho 1/car entedioda ole, quo c/total do desi/usgo" (S/C) . Segundo (1987), cultures o subcubturas podern fabbor em desenvabver regras odequadas F na desen'iobver regros imprecisos, tornaado a cantata corn as continginciasrestrmtu. Jo

Pessoos ocreditorn quo seas seatirnentas doborosos sb as causas do

Sk seas problemas e quo, par este mativo, precisanr evitar eveatos quo as Aprovnquem; estos auto-regras são organizodas a partir do urn contoxto Co soda-verbal e par isto nprnrdidas. Assim, dernonstrani expectati'as ira sontido do ficarern ivies de soitirnentos jubgados par ebas coma "rains" coma, par exernpbo, ducepçao, 'zergonha, rejeiçao, meda, (anrpnrtarrdo-se on:bo no sentida do eiitd-bos. Do ecordo corn Ho'es I

My (1987) perceber as sentimeritos coara problerno e ern sio problerna. 10 tb apiniAo do Sidmarn (1995), a probbenie real nbA urn contrabe fraco pelo "self", mas urn controle Irnca polo ambiente. 0 quo a pessan precisa nba e fartabecci a 'zontode interior, mas rearran jar a arnbiente

Psic

externa, enfraqueceodo as contiogincias de esquivo oa prornovendoOatras refarçodores para a cornportamento quo se deseja

I ter.

A portir do letro do rnAsica a cliente rofornarubo "Mo vido o geirte tern I quo arriscar, se eu nOo tenlot nunco you cotter o risco do acortar, de vivercoisoslegois, lazeto quo tea/monte quota e doIse deterrado?

I

&tartambernfozporte do /oga, mOo Co a:devjater art/scodo orals, ter errado n-no/s.... aceitado a vida coma c/c A. So der

I errodo cv you f/car tristo urn tempo a comecor ludo do novo depois, I of/to, a mOsico diz isso : a coda urn robe o alegria e a trisreza que vier"(S!C).

0 interessante no case de Laura foi que a betro do urOsica deseocodcau I urn carnportarnento Ac questionor ontigas forrnes de se coroportar,

cantra!ados pot auta-regras possi'io!mente farninbndas a partir do instruçlcs uerbais e do eaperiincias antcriores mal-sucedidos. Mnis interessante aiodo foi a relato no scssbo segainte: "Entrel pore uma academia e soi no sObado conic iurma, cbs abA estronhorom in/n/ta presenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo

do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo direto no ombiente a qua poderia gerar ama possiec! exposiçao A cantingbncias do refaiço.

Skinner (1991) propbc quo a mada rnois efcti'io de reslaurar a crença ens si niesmo A restabebecor os socessos, simplificando conlinglocias do refurço. Acrcdrta-se que o panto critico, nesto caso, seria a

dispnnibibidcde de reportdria adequodo para obter fontes do reforçarnento social. Assim, a ca!tivo do uma variedode de fontos do

reforcameato sorb omo boo abterootiva pora o acorrincia do eaperiAncies bern sacodidos. Poreco set essas fontes do reforcarnento quo Laura cnrneçoe a buscar.

A cbieate, entbo, carnp!erneota "So/quo vou ter que mudaroos poricos que nOa vol sec fOci/coos dec/ditomar as redeos do coin/to vida, nUo

p0550 mo/s deixat quo o acaso me prote/o, nOo A ass/tn quo eu v/via, coma o rnOsica 0 ocoso voi me ptoteget, en quanta eu andot distroldo?"(S!().

A betra "Epitdfio" sugerc coolportamcntos incoinpotiucis 005 comportoolontos Ac esquivo que a cliente vinha opresentoodo etA eatba e parece ter facilitado a and!ise dos mesmos o do suas consequbocias, assim coma sugerc novas possibibidades carriportarneutnis Furoni opresentodas oqui tecartes do fob do Laura

duronto o prawsso terapAutica, onfatizondo as sessOes undo as lescricOesyerbajs do mAsica derironstraram for urn efeito importonte obre o cornpertamcntu do cliente, clara cue todas esses questAes

I anibArn 'iinharn sendo trababbadas hA cerca do 05 moses desdo a nicia do terapia, sendo assim, a mOsicu nba ouerceu urn efoito nrbagrosa, rrrosnu minima nrobAizodor. Agrodecimeatasao artista.

EPIIA F JO (Sdrgio Brito - Titôs)

Devja leroinado mois, ter diotado niols Tot vislo 0 soinag(er Devia ter orriscado rnois e old errodo orals Terfeitoo quo eu queria fozer Querio ter oceiiado as pessoos coma elos são Coda urn sobe a alegria e odor quo ttazno coraçdo

awso vaitneproteger nquanlo euoadardjsltoido

90coso vol me ptoleger nquanlo eu andar

ievia ter wniplicado rnenos itobaihado niOsioS etvisloosolsepo,- revia ter me inipotlado rn01105comptoblemospequenos 3imorridodeamor uetia lerace jtni/u a vida como ela A cada urn robe alegtios ec ltisleza que viet

acaso vol me ptoteger 'quanlo eu andardistraldo acaso Vaimeproleger quonto cuandot

0mg mesmo semooa de otendimento quarro clientes fizerorn sAcs a letra desso mUsica, clientes esses de foixes etdrios uariondo

re 18 e 45 onos, homens e mulheres. Was conieceram dizenda ê jó auvia a Altimo mdsico do Titis"? Alguns desses cantarolorarn I

has do ruAsico. Sobe-se quo em terapie , as verbalizocoes dos ntes o respeito de suas experiAncjas de vida, de seas Iportomeatas nAo elm operacionalizadas e orgonizodas, mos, regaados do metAfaras, analogies e expressles do sensa nomum. abe-se que ralsicos e poesins falom sobre pensomensos e imentos que murtos vezes as clientes alirmnm enpressar a quo cbs

bArn sentem e pensarn, sendo carnuns verbolizoçOes came estos: a rndsicc resume a que estou sentindo agoro" oa "Esto poesia to a minho dor". Skinner (1974) prople cue as galaxies asodos

descrever a cunrpartarnento encobertu sdo adquiridos pot ocosibo 'mportornento pIblico e acrescenfa que existe ama difeiença entre aportornento e 0 rebota do compartaniento Nba é tarefo fOcil 'reender e anabisar faricionabmente verbalizcçoes carno essas, uecc-ssdrio cornpreeader pririieiro signilicados Inicus que cede

oprende a dor a coda polawa deetro do ama canrunidude I. "Esto poesia retrofo a tomb dor". 0 quo A dor pero esse

n? Qua) a magnitude? Quo continglncias garararn esse I lenta diomado do dor? Que palauras e teroras encontrados no

fazem corn que esse cliente identifique coma dor? E tamfa do ate busnar respastos para asses questOes. ratro clientes (itadas destacurorn trechos e derarn sun etoçlo pessanl paw as nresmos, foi escabhido aqui a nasa do nome fictIcio), estudante de 21 anos que iniciau a terapia coma de dificuldode5 em re!aci000rnentos afetivos (oa airrorosos).

andbise desso betra seró reolizada a partir do perspectiva do ssa cliente.

teferêncas ayes, S. C. (1981). Urn [nloqL'o Conteurucb puta Mudanço TerapAumica In. cobsan, U.S. Psrcotetapio no PiOtico (union: Perspect/vos (ognitivos e

nmpoirorrrerrfgis New York Gui!fcid, 321-387. inner, B. F. (t 991). Sobceo8efaryjorjsmo Sla Paulo: blontinsFonres inaer, B. F. (1991). Ouesrties Feentes no oodlise co rnpo/ratoentu/ mnpinas: Popiros. brnan, Ut. (1995). oercboesiiasfrnp/jcocAos (ompinos: Ed. Psy lb.

inc (hagas Coalbo

sira em Psicologiado InfAncineAdobescbncja (UFPR). .uaie do Dopoircmenra do Psio)ceic Gerab c boAlise da Caniuortarnunta -(tEL rpeama do IACIP (Inurrato do Anibise do Cornpoircmenta o Esrados do oterapio).rAesrce bEt/lACEr

Page 4: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

iwi

CARO 5000,

Este anon ABPMC estó inovandol Conr n oblu6vo do facilitor a inscrição do XI Encontro, eta poderd ser feito SOMENTE VIA INTERNET. Adquirinios urn software de gerenciarnento de dodos, e ossirn, qunodo você fnz sun inscrição on-line, sees dcdos autornaticarnente ccern era nosso bunco de dados, facilitando e ogilizoodu nosso trobalho do organizaçOo do Encontro. A soticiroçto do nrnero de see CPF foi necessdrmu porn que você pudesse acessor no inlarniaçoes de sun inscriçôa e tanibém coma umo furnio de gorantilmos a nan doehidode de inscriçOes. Case vocé opte por dividir a pugornento do inscriçao, vo:ê deveró preencher a fkha do insciiço e nosso sistemo fornecerd a voth as datos dos cheques prA- datodos. Assirn, baste sorb nosonsior polo correio as cheques, coni sea nome e CPF.

Espercrnoso cnmproonsãodetodos e estomosdispostos a esciarecer as ddvidasquesurgirern.

Profissioriol Sócio RS220,00 RS270,00

Profissional MAO Sócio RS375,00 RS460,00 tudonte Sdcio R51 10,00 RS1 350

Estudonte MAO Sócio RS200,00 RS250,00

Pós-groduondo / Recém

Formado soda RS180,00 - RS22O,00 Pós-groduando / Re(ém

Formado MAO Soda RS310,00

R5380,00

Informaçoes sobre pagamento: Porn que a inscrição seja efetuada, a perticipante deverd: 1) Preencher a ficha de iuscriçbo quo estd no pdgiou do En(ontro e escoiher a forrno de pogamento. 2) Em aso do pagamento porcelodo, envior oscheqnes porn: Degrou Sisterna deComunicocao Integrada - Run Astorgc, 44- (EP 86060-160 - Londrina - PR. 3) Paro pogarnento utruvés do depósito bancdrio: Efetuar depdsito no Bonco hod, ogbnciul 555, (unto currento 21054-9 e onviorvia fan, corn sen norne e(PF, porn (43) 328-9969.4) A cada 20 inscriçtesde sócios feitos simultor.eomente, 0210 grotuiru, basin inforniar no ficho do ins(riçuo oCPF do hider. Confiro outros descontos pare gropes contendu rnenosde 20 pessoos. 5) Maisinforrnuçbesnosite ws'wv.abnnrc.or.br/encontro no no Fone: (43)337-776100(43)327-4133.

0 XI ENCONTRO SERA EM LONDRINA A AssocinçOa Brosileira do Psicotero oia a Atedicino Comportamneotol 00 cidado de Londrina estão preporando urn evento oxcitante. A prograrnaçan cientIfica serd do altIssimo nivet e peln primoira vezestendeid tomes deinteresso b cnrnunidode local. O Local, a Faculdade leoldgicu Sul Amnricana, foi especiolmente escolhida par sor am Ingor cgradOvel e trenqdiln. Prbxitno oo Shopping Cntuoi, o rrroior e melhor shopping do regibo, que propkiard orrio gmonde diversidodegostrondrrrica e tornbérn do hazer. A progranroçbo social tomnbbrn oslO sendo cuidadosornente prepomodo poro quo sorb posse desfrutor do noite londrmnense. Todcs as noitos a Encontro lord nrna programagao oficiol 0 vdrias opçOes parelelas, porn vocé nproveitar 00 mdximu suo estadu no cidode. Paro sea moinr cornndidade, a comissOn orgonizodoma , dispnnibihizarO tronshada dos hetbi crodonciodosatdo local do evonto 00 tetorno, 00 hnah do dma. 0 Behaviorand Arts oslO de volta. Inscieva sen tolontoh

LONDRINA, UMA CIDADE PERTINHO DE VOCE! Loudrina, demo dos bolos cidades brosileiros. Locohizodo oo sol do pois, 0 próxima dos gondes cenlros (383Km do Curitibo e 525 km do São Paulo) e chegor old eta é rnoito fdcil. São componhias aéreos, RIO Sul, VASP, TAM, BRA E TRIP, cnn 56 coos didrios. A Rio Sul, tronsportadoro ohciol doXI Encontro, nferecerd descontosespeciaisoosparticipontes.

HOSPEDAGEM Lnndmino conta corn unto 6timo rode hoteleire, e a Comisobo Organizadomo credencioo as rnehhares hotéis para que sun estodo ern Londrina sejo excehonte.

AGNCIA DE TURISMO OFICIAL COI1QUISTATURISMO: Run Senador Souzo Naves, 282- /3 - [EP 86010-1 70- Landrmna - PRj FonilFox (43) 324-7776 - e-nmoih: canqnistaconquistnturismnn.com.br

ALUNOS Acessem o site 'isvw.abprnc.org.br/alunns pama saber sabre preços prernocinnuis do hotOis pmogramoção oltemnotivo.

Cursos: ApresentasNo diddtica do urn tomb do interesse pura otuahizuçao nu recichogern do conhecirnentos dos porticipantes.

Conferbncias: Apresentocao do urn terno tedrico/canceituol anahisado criticamento, trazondo umo perspectiva nessool, inovadaro, ou uma ondhise critica do prodoço cientifica do terno a quese refere.

Mesa-Redonda e Simpósio: Reuniöo de qoutro trahaihos, cooidenados por urn dos opresentadores. 0 tomo central do mesa e tratodo do forma cn050rgente Wnu complemeotor pelos tmabohhos cujos opresentadores quedevem oem do, no minima, duos institniçbos dilemontes.

Primeiros Passos: Aprosonloobo do urn conceito impursoote no Andliso do Cornportarnento do forrno clara e urn hnguagern acossive!. Destioodo a iotrodnzimahunnsdo gradnoçao nosternns leOricos, filosOficose prOticosdo ostodo do Andliso do Comportornento.

Painet: Apresentaçao em forrno grdfico, resurnido e do fdcil visoahizaçOo sobre tmebolbos prdticos e/ou do pesqniso (vermnforrnooaessnbreApresentoçaode Poinéis).

Supervisão: Apresentogão do coon clInica pura discnssäo corn profissionais oxperientes no drea de psicoteropia e psicopointagin.

HOTElS CREDENCIADOS HOTEL APTO.SGL APIO.DWB APIO.TPL

***BriStOl Londoino Residence RS71,00 RS 85,00

Hotel Bourbon RS87,00 ±10% RS1O4,00

Crystal Palace RS77,00 RS 95,00 R$125,00

° Hotel Sumatra R567,00 ± 1 On!0 . RS 89,00

SahOo Palace Hotel R$50,00 R$ 75,00 RS 99,00

Hotel do Logo RS5500 RS 66,00 RS 81,00

Hotel Thomosi RS55,00 RS 78,00

AewparK Hotel RS47,00 RS 68,00 RS 92,00

Page 5: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

texto abaixo (em iiálico) é urn fragmento do arligo intilulado

"Teoria Moral de Skinner e Desenvolvimento Hurnano" de I.A.D.

Abib (200] ), comentado em seguida pelo mesmo autor.

SOBREVIVENCIA DAS CULTURAS EMORALIDADE

Pode-se interpretar a defesa do valor de sobrevivência dos culturas par Skinner (1971, 1978) corno a escoiha de urn bern corn condicaes de contra/ar as tendéncias imediatistas do natureza ode ensinar as indivIduos a esperarem par conseqiiêncios positivas postergadas - duas condiçaes necossOrias para definir e sa/var as culturas. 0 valor de sobrevivência dos culturas tern condlçOes de realizar esse ob/etivo porque refere-se a urn futuro, a urn tempo, portonto, que estO bern a/em do tempo de vida do indivIduo (e importante notar que Skinner acho que o presente dos culturas encontrase ornea(ado); sendo assirn, ndo pode funcionar corno refor,cador condicionado ou coma urn rnediador entre as cornportamentos que prornovern a sobrevivência dos culturas e refor,cadoresprirnOriospelos quais poderia ser trocado. Ou seja, ndo e urn refor,cador condicionado o, conseqiienternente, ndo pode ser trocado par bens pessoais. Obviarnente,

valor de sobrovivência dos culturas ndo e tambérn urn refor,cadorprirnorio. Logo, sea indivIduo se comporta em fun ção do uma conseqüência que ndo vol usufruir e que nUo é urn reforcador prirnOrio ou urn refor,codor condicionado, então deixarn a cena o irnediatlsrno do noturezo e as açOes em defesa do bens pessoais. Em surna, ova/or de sobrevivêncki dos culturas não so inscreve no ordorn vital dos bens pessoais e dos bens dos outros: e urn bern do culturo e trota-se, portonto, de urn valor que pode "ndo ter desornpenhodo qualquer pope/no evolucao fIsica dos espécies" (Skinner, 1971, p. 143). Sern /ustificotivo natural, o valor do sobrevivêncio dos culturos implica a possibilidade do canseqUências refor,codoros sern fundarnento no ordern vital. São vários as ovidências a favor dessa possibilidode. Prirneiro, as conseqUêncios refor,cadoros no alcoolisrno, tabogismo e no dependência do drogos ndo podern ser explicodas corn base em qualquor valor do sobrevivêncio no histôrio evolutiva do

ABlB, J.A.D. (2001). leoria Aloral de Skinner e Desenvoivirnento Humano. Psicologia: Rei)exgo e Critico, 14(1), 101-11/.

espécie hurnona (Skinner, 1971). Segundo, prOticas culturois corna, par exemplo, a violéncia 00 gula, tern seu inlcio no suscotibi/idade dos possoas

reforcodores prirnOrios e condicionodos; mas não podern ser explicodas

polo naturezo. Corn efeito, a glamour do cu/mOna nacionol, internocional dos cordOpios, do violéncia televisiva e cinernatogrOfica rernetern a

conseqUêncios do ordern sociolOgica o psicolOgica que atnibuern urna qualidode especificarnente humono a violéncia e a gulo, que é completarnento desconhecido dos crioturas que carnem e agridern apenas paro sobrevivor bern coma ndo cozinhom iguorias oem fazem guerros para vender armas ou vencer eleiçães. Tercoiro, não paroco hover qualquer /ustificotiva natural para o valor estética do obro do orte, POT exemplo, a que no natureza explicaria a frulção incansO vol do paixão do urna poço de Rachmaninov? 0 valor do sobrevivéncia dos culturas so vem fartalocer a nação de que a caractorIstico bOsico do rofor,cadoros e seu pader de fortalecer a campartornonto, ondo rofor,codores naturals o denivados reprosontorn tOo sarnente urn coso especIfico. F nesso sentida que solicitor razOos poro a defeso do valor do sobrevivência sO tern, nos pa/ovras do Skinner, urna resposto honesta: "I/do hO nonhurno boa razda (..) mas so sua cu/tuna ndo o convencou do que ho, tonto piorparo elo" (p. 137). Pode-

so oprofundaressa anOlise perguntondo-se a que significa a expressOo kttt da cultura - urna questãa pertinente, porque usuolmento fob-se em bens

de possoos, indivIduos. Corn efoito, bern do cult ura parece personificor urna entidade independente ô qua/as indivIduos deveriarn expressarzola e devo cOo. Parérn, ndo so trota disso Skinner (1971) dO urno pisto ndo sO quando perguntaporquepessoos vivendo no final do sécula XX deveriarn so preocupor corn as candicoos do vida do pessoas vivendo no final do sécubo XXI rnas tombérn quondo afirma que a plano/arnonta do urno cu/turo dove ir "a/em dos interessos irnediotos do controladon e do contra/ada" (1978, p. 197L Ou se/a, a bern do cultura, coma a born dos outros, refere-se tambérn 005 outros, corn esta diferenço: são as outros do futuro, 005505 fm/has e nassos netas eas fl/has e netas dos outros que, 500 nossos conternparOneos. Esc/orecido que a born do cu/tuna e o born dos pessoos do fj_r.o torno-se evidonte que enga/ar-se no dofeso do sobrevivência dos culturos 0 en ga/or-so no dofesa do sobnevivOncia dos possoas do futuro. Corn a valor do sabrevivOncia dos culturas, Skinner (1971, 1978) adoto definitivomonte o panto do vista moral e evita reduzir a moralidade 0 prudencio ou a born moral oo bern prudencioL 0 panto do vista pnudencial e ossociado corn a egaIsmo ético o e con flitante corn a moralidado (Frankena, 1963; Garrett, 1979). Do oconda corn a egoIsrno Otico, as possoas co/acorn as

, -.. . .,•.. -. -. .' . . .1• ,.. .. •. - -, ............ .1'T" --;--. ... . -

A -----.

Page 6: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

as interesses privados acirno dos pOblicos e mesmo quondo agem em pro! dos 6/tirnos sO o fozern por motivos pessoais, ou se/a, no meihor dos hipOteses todo altruIsmo e interessado (Fronkena). Skinner (1971) defende urn equilIbrio entre as bens pessoais (interesses privados) e as bens dos outros (interesse pUblico). Na verdode, 0 esse equilIbrio que ele chal7la de justice. Corn esse con(eito, Skinner (1971) evita a pior tipo de egeIsmo ético - aquele que sequer respeita e interesse pUb/lw - bern come condena dois tipos de conseqUOncies resultontes do desequilIbrio entre as interesses pUblicos e privados. Ele cornenta que, quondo as agendas de controle desequilibram a/em de limites suportOveis e a seu favor a re/eçde entre as bens pessoois obtidospelo indivIduo e as bens que elas recebern, e indivIduo busca refOgio em reforçadores irnediatos e tome-se amoral, anôrnico, vezie, incapez de sentir prozer, desarnparado, excluIdo, descrente e sern ideals parc defender, descombondo para urn

individucilismo tao condenOvel quente o sisterne exploredor

(exploitative system) que o conduziu a essa condiçao. Segundo Skinner (1971), justice significo entdo evitar e egoIsrno ético cornpletarnente olienodo do interesse pUblico, o individuolismo e o sistema explorador. lilas, aparenternente, deixo subentendido que não e incompatliel corn o oltruIsmo interessado. Sendo assim, o conceito skinneriano de justiço implica e ponto de vista prudencial, o que e expae a crItica, porque se, per urn !odo, é urn conceito corn as méritos de evitor o individualismo e as sistemas epressives, per outro lodo, parece co!ocar-se no contrornão do moralidade. Esse ponto é, no entanfo, discutIvel no exata rnedida em, que desde a AntigOidade cogitou-se do possibilidode de se constituir o ponto de vista moral levando-se em conte as rnotivoçOes hurnanas e que no cultura pOs-filosOfica pro(ure-se carnpotibilizarprudencio corn moralidade (Abbagneno, 1962/1982; AristOteles, s.d./1 985b; Frankeno, 1963; PlotPo, s.d./1 985, Rorty, 1994/1997). Se Skinner (1971) houvesse concluIdo sua dis(ussOo sobre o ponto de vista moral buscondo urn equilibria entre bens pessoeis e as bens dos outros, sue posiçao JO seric interessante do perspec five daqueles que buscarn no culture pOs-filosOlica, corno Ror!y (1994/1997), corn patibilizar prudOncia corn mora/idade. No entonto, Skinner observe que sue reflexOo corn base epenos nesses dois va/ores ficarie incomplete - especia/mente pare fustlilcar porque elguern deveria se preacupar corn va/ares corno fustica - se nOo considerosse e valor de sobrevivOncia dos cultures. Corn efeito, porque é corn esse 'ia/or que ele, come /0 foi dito, odota definitivarnente o ponto de vista moral. £ per qué? Porque e corn esse valor que as interesses dos contra/adores e dos contro/odos do presente são neutralizados - interesses que beneficiorn tOo somente e/es mesmos. Qu se/a, corn ele, ninguOm visa bens pessoeis ou interesses privados, a açao de todos dirige-se parc as pessoas que viverOe no futuro. Skinner abondona, portanto, qualquer cemprornisso corn o ponto de vista prudenciol e, por irnplicacao, pode-se dizer que passo a defender o oltrulsrno pure. Sem dUvido trata-se de urna obrigaçao que exige autocontrole, porque a sobrevivOncio dos cultures é umo conseqOência muito rernoto pamo que os que se osfor,carn per e/o

Pode, no entante, contribuirparo esse esfor,co ou pora esse autocontrole a direcionalidade do desenvolvimento humane que, corno defendeu Skinner, tern ocentuado a progressive sensibilidade dos pessoas Os dense qUOncias de suas açoes e isso significo o aprimorarnento do capacidode de esperar per consequencios mefer,cadoros rernotas, tOo rernotas que talvez nde se viva o suficiente pora usu flub-las. Urn espIrito cético, pOs-filesOfico ou pOs-modemno pode oinda perguntor: Afinel, per que devo me insto/ar em urn ponto de vista obsoluternente morale defender, por exemplo, urn altruIsmo puro ? A resposta poderia ser esta: A ciencio nOo pode mesmo fundamentar a Otico do oltruIsmo puro (no verdade, tolvez nOo posse fundornentar qualquer tipo de 011cc); e hO alternatives, demo, por exernp/o, o egoIsme desmedido no estodo de natureza, e a!truIsmo interessodo, o Estedo LeviatO e e individua/isrno (Dawkins, 1976/1989; Frankena, 1963; Hobbes, 1651/1983; Skinner, 1971).

o Mito de SIsifo da Filosofia Moral

de Skinner

A kca 6 umo investigaço sobre o summurn bonurn. 0 bern suprerno do Etice de Skinner é a bern do culturo: a sobrevivOncie dos cultures. HO dois outros bens no Filosofia /iorol de Skinner - as bens pessoois e as bens dos outros. Esses bens sOo reforçodores prirnOrios e condicionodos. 0 bern do culture no pode ser reduzido aos bens pessoais ou dos outros: no 6 urn ref orçodor prirnOrio ou condicionodo. 0 bern do culture 6 delo, do culture. E urn conceito de difIcil cornpreensöo. A cultura rnois porece urno crioturo fobricodo pelos hurnonos pare ser opreciodo e reverencioda come urn hem em si. Urno rnoneiro de interpreter o hem do culture corno em bern pore as pessoos e dizer que 6 urn bern pora as geroçdes futures. Dito ossirn, de chofre, a dii iculdode perrnanece. As gereçOes futures fombOrn no podero desfrutor desse hem. Pelo definiçoo de Skinner isso nöo pode ocontecer. A verdode 6 que o bern do culture nUo 6 urn bern dos pessoas, quer do possedo, do presente ou do future. SO resta Os geroçOes futuros confinuar a torefo dos gerecoes onteriores, esculpindo sue criotura, inocobudo, sern rosto, ad infiniturn. 0 destino dos hurnanos 6 a de SIsifo. For seu amer ô vide, Odio 6 rnorte e desprezo oos deuses, Sisifo foi condenado a urn trobaiho inOtil e sern esperonço: "ernpurrar sern trégua urn rochedo oté o curne de urno rnontonho, de onde a pedro cola por seu prOprio peso" (Cernus, Le mythe de Sisiphe, p. 159). Costigado por sues poixoes obsurdos, SIsifo labutova corn sue torefo interrninOvel. Os deuses do inferno foram impbocaveis. Felizrnente, no sue condicOo de rnortol, Skinner dedicou-se a no rnais do que isto: convencer outros rnortois sobre o valor do hem do culture. Onde, porérn, ele vO o rnal? Seu argurnento sugere a resposto. Pore começar, identifica vOrias prOtices cubturois cujos conseqUêncies ameoçorn a sobrevivOncia dos cultures (e do prOprio natureza).

__ '

Page 7: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

Aqui estdo alguns de seus exemplos: PrOticas de consurno excessivo, que produzern poluiçOo; prOticas de distribuiçOo clesigual de bens, que gerarn iniusfica; prOticas opressivas, que arneaçorn a liberdade; e prOlicos violentos, que afetorn a integridode Ilsica e psicolOgico. lois prOticos tOrn urn fundarnento: a suscetibilidode ao reforço irnediato. Esse irnediotismo foi irnportante poro a evolucoo do comportarnento e pora a sobrevivOncio de espécies. F o seu voor nOo pode ser negado no culturo. Corno a noturezo, as culturos sOo ambientes perigosos. Fe bern possivel que esso condiçoo seja inultrapassOvel. Logo, nOo e o coso de elirninar o irnediatismo do natureza no culturo. Trota-se de controlO-lo, regulO-lo, odrninistrO-lo. Isso significa dizer que e necessOrio oprender nOo são renunciar 00 reforco irnediato corn puniçOo otrosoda, rnas tombérn a resistir Os conseqOêncios aversivas do prorrogacOo do reforco, e a esperoç enfirn, pelo reforco protelodo. E corn urna aprendizogern assirn que se criom condiçoes poro controlor o irnediotisrno do notureza presente nos prOticos culturais nocivos Os culturos. O que e o rnol, entOo? E a invosOo desrnedido do irnediatisrno do noturezo no culturo, cego 0 quolidode dos conseqOncios dos prOticos culturuis poro as culturos e poroo prOprio noturezo. 0 que as deuses queriorn de SIsifo? Os rnitos sOo feitos poro o troboiho do imaginaçOo, reflete Cornus. SIsifo, irnogina Cornus, tomb-se superior ao seu destino, SIsifo fico rnois forte do que 0 rochedo. 0 que quer Skinner dos hurnonos? 0 controle do irnediatisrno do noturezo no culturo. 0 bern do culturo e ent0o estrotegio, ostUcia. Fe esse o sentido do proposiçOo, oparenternente porodoxol: 'F urn bern poro as geroçOes futuros'. As gerocoes do presente engojorn-se em prOticas culturois cujos conseqüOncios fovorOveis, se vierern, vimOo poro as geraçoes futuras. Os que vivern no presente nOo receberOo coiso algurno. 0 irnediotisrno do noturezo no culturo e neutrolizado: Fica-se rnois forte do que o rochedo. Esso e a finalidode do bern do cultura. Seria, entOo, o controle do irnediotismo do noturezo no culturo o summurn bonurn? F o que porece, visto que o bern do culturo e urn bern estrotegico (ernboro seja plousivel explorar a recursividode entre estrotégio e finolidode e verificor a plosticidode desses conceitos: a estrotégia e tambérn finolidode, e vice-versa). Na pesquisa do bern suprerno existe sempre urno pergunto inexorOvel e quase sernpre fatal paro ospirontes 00 surno bern. Que, no Etico de Skinneç seria: Quol e a finalidade do controle do irnediotisrno do notureza no cultura? A resposto e esto: Atingir a rnoralidode e inauguror definitivornente a culturo. A rnoralidode estO nos onffpodos do egoisrno ético que se regula pela irnediaticidode dos conseqUOncias. Atingir a morolidode e derrotor o egoIsrno ético desrnedido. Isso se foz corn o controle do irnediotismo do noturezo no cultura. 0 resultodo é o altruIsrno interessodo. Esso nova versOo do egoIsrno ético conternplo, corno nOo o foz

egoIsrno sern lirnites, o interesse dos outros. HO urn equilibrio rnais rozoOvel entre as bens pessoais e as bens dos outros. E a trilho do just ica. Controlor o irnediatismo do noturezo no culturo e derrotor o egoIsmo desmedido e, portonto, técnico de convivOncia. 0 objetivo e a justiço. Urn bern prudenciol. As pessoas produzem bens reciprocos porque, em Ultirno anOlise, visorn aos seus prOpmios bens. Isso e prudOncio. Mos sO pode ser reolizoda se, e sornente se, prirneiro se aprende a ogir corn vistas oos bens dos outros, paro entOo, e sornente entOo, receber bens de

Ordern pessoal. A rnorolidade pretende ir alérn do prudOncio, visa ao oltruIsmo desinteressodo, 00 oltruisrno onde ndo vigoro quolquer interesse de ordern pessoal. E possivel urn desprendimento ossim? Duos condiçOes 00 rnenos precisarn ser sotisfeitas poro reolizar esse oltruismo. Prirneimo, a eliminocOo do irnediotisrno do noturezo no cultura. Isso nOo é recornendOvel porque, corno jO foi visto, a noturezo e as culturas sOo arnbientes perigosos. Mas, nOo 0 possivel irnoginor rnundos corn noturezos dOceis e cufturos nOo punitivos? F, em mundos assirn, o elirninaçoo do irnediotismo do noturezo no culturo nOo seria urn projeto plausIvel e corn condicoes de ser bern sucedido? Pois bern, aindo ossirn restorio a suscetibilidode hurnano 00 reforco. E elirninO-lo porece ser simplesrnente irnpossIvel. A suscetibilidode 00 reforco é urn minirno que define a notlirezo no notureza hurnono (o que serio a noturezo hurnona sern esse rninirno?). Isso goronte, sern sornbra de dOvida, que as hurnanos estOo destinodos irrernediovelmente a visor aos bens pessoois. NOo 0 possivel sotisfozer as duos condiçOes poro realizor o oltruismo desinteressodo. Mos, nOo é possivel ref letir sobre a oltruismo desinteressodo pressupondo-se a suscetibilidode humono ao reforco? Sirn, e de duos forrnos. Gorante-se em prirneiro lugor as bens pessoois. Sotisfeito esso condicOo, as relaçoes prudenciois tornorn-se rnenos interessodos. [is oi urna estrotegio de risco. F fOcil "ser justo" quondo jOse tern muito e a outro e miserOvel. Dependendo dos contextos, a nome disso 0 hipocrisio, cOrnpoixoo, culpa. Contudo, conduzido coma tOcnico de convivOncio, pode propicior equilibrio entre as bens pessaois e as bens dos outros, contribuindo paro dernorcor as locais onde a indivIduo busco seu prOprio interesse e aqueles onde visa openos 00

interesse do outro. Sincemidode, honestidode e objetividode sOo nomes desse tipo de rnorolidode. Esso e urno versOo froco de oltruIsrno desinteressodo. Mois forte é pensar em identificor as bens pessoois corn a reolizoçOo dos bens dos outros. 0 bern pessool de urn indivIduo 00

reolizocoo do bern pessoal do outro. 0 norne disso 0 generosidode, desprendirnento: a reciprocidode ernboroco, desconcerta. A educoOo paro

rnoralidode 0 o educaçOo poro a desprendirnento e poro a generosidode. Ern surno, pora o oltruIsrno desinteressodo. F esso rnoralidade que inouguro definitivornente a cultura. Poro elevor-se 0 esse panto de rnutacoo - que inclui a noturezo mos que tombérn diz-lhe odeus -, poro levar a born terrno esso dialético, lobutar corn o rochedo 0 suo condicOo minima: Sisifos skinnerionos seriom personogens bern-vindos. 0 reforco? 0 surnmum bonurn: 0 oltruIsmo desinteressodo ("Mos, nOo hO sernpre urn interesse?" Sim hO: 0 outro. "F tern urn name, esso tico?" Tern sirn: Etico do Alteridode. "F a justiço?" Ela e tudo a que interesso. "TOcnico de convivOncia .." Hum... generosidode, desprendirnento.... "A justiço 0 entOo o surnrnum bonurn?" Sirn, 0. "E qual seria a finolidade do justico?" VocO nOo ye?)

José Antonio DomOsioAbib

Doutor em Citacios pela Universidode do SOc Paulo, PósDoutor em Epistemoloqic do Psicologia polo Liniveisidade de Aorhus Dinarnerco, Professor do Deportomento do Filosofia a Metodologio dos Ciéndas do Universidade Federal do Sto Corlos, Actor do hero Teorias do comportonerito e Subjetividode e de cObs onsoios publbcados em Revistcs Especiclizodas.

Page 8: f tPWJik - ABPMCabpmc.org.br/arquivos/publicacoes/14600507835d0cd75224.pdfpresenço"(Sbc), esse relate deinonstia ala apenos umu reestiutureçbo do regras mas urn mudançn no sua atuaçbo

- -- _ .-.,. •:-

o ABPMC Contexto continua oberto paw suo porticipacöo, tanto para envio de trabaihos quanto para apresentaçdo de idéios sobre seu contedo e forma. Como id acontecia nas edicOes onteriores, oABPMC Contexto é orgonizodo através de diversas secOes, que söo distribuldas de forma diferentes a coda publicaçOo.

Leitura Compartlihada Pretende ser urn convite 00 ingresso ou oprofundarnento em umo Urea de estudo. Esta secöo troz a republicacOo de urn trecho extraido de urn artigo representativo precedido por urn comentOrio que destoque a irnportOncia de olguns aspectos pertinentes a este compo para a compreenso do comportarnento.

Dc Saia, Justa Apresenta a resposta a urna questöo controversa por dois autores inseridos em diferentes prUticos ou contextos profissionois. Uma de suas peculiaridades U a proposta de que suas respostas sejarn independentes uma vez que o nome de coda autor e mantido em sigilo parao outro ate a publicaçoo do boletim.

TrQcando em Mhio* umo seço corn finalidade didUtica no quol o outor expUe aspectos teOricos, empIricos e prUticos relacionodos a urn tOpico relevante no Urea.

Em Contato urna seçOo dedicado O anUlise comporturnental que tomo como fonte as artes -cinema, literatura, teatro, entre outras possibilidades - e fatos do cotidiono.

Em Resposta urn espaco reservodo para respostas de membros de nossa cornunidade a divuigaçoo de concepçOes errOneas e preconceitos acerco do onUlise do comportarnento.

Livros e SztesRcOrnendado* Apresenta comentOrios sobre livros e artigos inseridos em Ureas de interesse. Divulgo ainda eventos cientificos e sites de interesse para a comunidade de analistas do comportomento.

Normas para envio tie trabalhos FORMATO Os trabaihos devero ser preparados:- Editor de texto compatIvel corn Word - Fonte Times New Roman tamanho 12 - Texto lustificado, sern parOgrafos, morcas de tabuloçoo, hifenizaçoo ou régua Espaçamento 1,5 entre linhos.

DIMENSOES (*) Leitura Compartilhodo: (**) - Texto sugerido: entre 7.000 e 14.000 caracteres - ComentUrio: 5.000 e 6.000 caracteres - 1ocando em MiUdos (**): entre 13.000 e 14.500 coracteres -Em (ontato (**) Entre 11 .500 e 13.000 caracteres -Em Resposto (**) entre 4.500 e 6.000 carocteres - Resenhas: entre 1 .500 e 2.500 carocteres. A obtencöo do permissöo necessUria paro a republicacoo dos textos sugeridos para a secoo Leitura Cornpartilhada U de responsabilidade do ABPMC Contexto. (*) DimensUes ref erentes U caracteres corn espaço / (**) Para Ler Mais: rnOximo4 (quatro) referUncias bibliograficas.

ENVIO Os trabalhos devem ser enviados 6 secretoria do ABPMC pore-mail (boletim©obpmc.org.br) ou correspondencia.