expressões!_25

Upload: jose-danilo-rangel

Post on 02-Apr-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    1/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 01

    Praticamente, uma revista.Ed. 25 Ano 3

    EXPRESSES!

    ESTAMOSEM REFORMA

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    2/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 02

    EDITOR

    Jos Danilo Rangel

    CO-EDITORA

    Vanessa Galvo

    COLABORADORES:

    Rafael de Andrade - Conto

    Ronaldo Nina - Fotos/Entressees

    Patrcia Rangel - Ilustraes

    Arlan Elton - Fotos

    Lulu Tomei - Fotos

    Douglas Digenes - Fotos

    Natal Arajo - Fotos

    Thales Torres - Poesia

    Eliaquim T. Da Cunha - Poesia

    Artur Filzen - Texto EXTRA

    Capa: Elizeu Braga, poeta e produtor cultural, em protesto durante a comemorao dos 101 anos daEstrada de Ferro Madeira MamorFoto: Mylena Almeida

    e x p e d i e n t e

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    3/37

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    4/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 04

    Comeando pela Capa, trata-se de oto tirada durante o pro-testo do Movimento Reorma Cultural Popular, acontecido durante acomemorao dos 101 anos da Estrada de Ferro Madeira Mamor. Maisadiante, na pgina 16, voc pode conerir um pequeno texto a respeitodas mudanas que j ocorreram no nosso cenrio artstico e das que es-

    tamos lutando para conseguir implantar.

    Novidade, temos um novo ndice. Eu sei, no mudou muitacoisa, mas c pra ns, deu uma melhorada. Novo tambm o nosso par-ceiro o site de variedades Blah Cultural, onde estou publicando poesiasemanalmente. Outra novidade a seo PertaPlay, que todo ms vaitrazer sugestes de vdeo. Que mais? Acho que s isso.

    Agora, vamos ao de sempre. Raael de Andrade assina o con-to desse nmero, o Monstro no Labirinto, a crnica, eu mesmo escrevi,

    Pelas Barbas do Poeta, ainda temos poesia, otos do Ronaldo Nina, e noEXTRA, a incrvel histria do Cludio Zarco, recentemente premiadonum estival de teatro no Cear, essa histria quem nos conta o ArturFilzen.

    Sem mais para o momento, espero que goste.

    Porto Velho - Agosto de 2013Jos Danilo Rangel

    PREMBULO

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    5/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 05

    P A R C E I R O S :

    http://www.blahcultural.com/http://www.flasheslapoa.com/http://www.selmovasconcellos.com.br/http://bandavuaderafatal.webnode.com//http://www.moshphotography.com/http://www.newsrondonia.com.br/http://www.facebook.com/pages/Revista-EXPRESS%C3%B5ES/219207738122421
  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    6/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 06

    Conto

    O Monstro no LabirintoRafael de Andrade

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    7/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 07

    O mundo todo um labirinto.Onde a cada beco sem sada, cada esquina,encontramos um monstro. Um ser deforma-do, liquefazendo em chorume, esperandopelo primeiro inocente que passar por ali. A

    vtima transformada em monstro. Via emnossa histria a trajetria de grandes mons-tros que s a humanidade poderia gerar.Tinha medo de matar algum e me tornaro que mais abomino. Um pecador, herege,assassino, um monstro. Muitos diro apenasno pensamento mais ntimo que j senti-ram vontade de matar seu chefe, ex-mulher,aquele desgraado que se dizia seu amigo eisso normal, acreditem. Procurar eliminar

    aquele que nos prejudique passa pelo pen-samento de qualquer um. Por mais que sejaescondido, a lei mais natural de nossa so-ciedade a concorrncia. O melhor, o maisalto, mais forte, em destaque, sempre al-gum que passou frente dos outros, quematou, violentou, destruiu sonhos e corpos.No entanto, normal, ensinado e esperado.

    O que me diferencia de um ho-

    mem comum que meu medo matar pelosimples fato de matar. Tremo de medo deme armar, encontrar o primeiro inocente pe-las ruas e mat-lo cruelmente. No sei exa-tamente quando este medo se apossou deminha vontade, mas com certeza foi algunsminutos antes de dormir, naqueles momen-tos cruciais quando pesamos se vamos con-tinuar vivos ou terminar nossa vida naquelemomento. No sei at quando conseguireime segurar. Esta vontade incontrolvel meatinge de tempos em tempos. No desejo metornar como a mulher que matou sete crian-cinhas injetando morna nas pobrezinhas ou

    como o pai que esfaqueou toda a famlia, pormotivo algum. Nestes e muitos outros ca-sos, no existiram motivos externos, apenasuma razo da mente destes que nunca po-deremos compreender se apresentou comomotivo. Os homens de bem os chamamde monstros. Estes monstros so para mimtudo o que no desejo, mas so o que hde mais perto, igual, fraterno e sensual. Estemedo irracional que me tira o sono consis-

    te em acordar de um sono pesado com umcorpo nas mos, sangue, rgos, a priso,o olhar gelado de meus conhecidos, e esteolhar aparecendo em minha viso para sem-pre at o suicdio, tremo s de pensar. E jpassei muitas noites acordado por medo de

    acordar assassino.

    Nunca fui um homem incomum,este mal se abateu sobre mim repentina-mente. Ia ao templo todos os nais de sema-na, trabalhava, pagava minhas contas e dosoutros, alm de ajudar os pobres. Minha ni-ca macha atendia por um nome doce. Pen-sei j estar pagando pelo pecado da traio,cujo destino os praticantes j conheceramno implacvel inferno de Alighieri. Mas no,fui perdoado por Deus e pela minha esposa.Tinha famlia, pais amveis, professores de-dicados e bons amigos. Acreditava na huma-nidade acima de tudo. Apesar da maldade,existiam indivduos bons que faziam valer apena. A mudana foi repentina, foi entre uminspirar e um suspiro. Percebi que inevitavel-mente iria matar aquele jovem. Por qual mo-tivo? Nenhum. No o conhecia. Queria verseus rgos estirados no cho. Corri paracasa. Dias depois senti vontade de matarmeus lhos. Fugi at que a vontade passou.

    noite, matei meu cachorro e bebi seu san-

    O que me diferencia de umhomem comum que meumedo matar pelo simplesfato de matar.

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    8/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 08

    gue. Acordei sujo e com gosto de sangue naboca. Mulher e lhos se esconderam. Desde

    ento, me isolei num apartamento onde so-mente os mortos me visitavam. J compreiuma dzia de animais para matar. S os li-vros me ouvem.

    Peo desculpas por ser um ho-mem doente, que fede, precisa tomar rem-dios, que no dorme, que vive no hospitale deseja te matar. Mesmo te amando, sintovontade de cozinhar teu corpo e devorar. Porisso, incomodo em todos os aspectos todosos homens menos um, e de todos os ami-gos s este restou. De hbitos totalmentediferente dos meus. Devasso, corruptor emais que ateu, um profanador. Nunca sentivontade alguma de matar este homem e eleno tinha medo de estar na minha presen-a. Chegou a me pedir que o matasse e deverdade, nunca senti vontade. Este homemme trazia informaes do mundo alm dasparedes do labirinto. Eu o ajudava quando omalandro precisava.

    Os anos se passaram e descobriacomo era um homem ridculo e sem sonhos.Fracassava miseravelmente ao tentar con-vencer algum de que no era um homemmal, e sim um doente que precisava de aju-da. At mesmo o nico vagabundo que tinha

    como amigo me abandonou. Alguns mesesdepois minha esposa morreu e abateu-sesobre mim a vergonha de meus lhos serem

    criados por estranhos. No culpava as auto-ridades, anal era um assassino em poten-

    cial, um doente moderno. Naquele momentome sentia duplamente ridculo por no satis-fazer nenhuma de meus desejos, nem comocidado, nem como monstro. A cada curvado labirinto o monstro me espreitava quandopercebi num leve sorriso e numa gargalhadaque os monstros eram felizes ao perseguire devorar inocentes. E pensar que j foramcidados acuados em suas prprias casas,tementes Deus e sua punio, el seguidor

    das leis mundanas e divinas que no servem ningum. Os monstros seriam ento, ho-mens livres do medo das punies? Antes dedormir, pensei na possibilidade de enm me

    tornar um monstro, de uma forma ou de ou-tra, estaria livre da angstia. Mas a covardiasuperou qualquer vontade. Por mais miser-vel que fosse minha condio, abandonar avida e a deus estava alm do meu amor pr-prio. Por mais alguns anos, suportei.

    Quanto mais a dor crescia, maiorera minha revolta. Uma fora diferente daauto-piedade surgiu em meu ser. De repente,nada era mais importante que minha liberda-de. Esta nova fora me encheu de determi-nao e num impulso abandonei meu claus-tro de tantos anos. Nas ruas lotadas enm

    livre de todos os medos, olhei com fria paraos inocentes. Aps alguma contemplao, rialto. Minha vontade de matar sumira. Estavontade s poderia ter origem nas leis, nascrenas, nas ideologias que criaram paracurar feridas que a prpria criao gerou eque eu aceitei para tentar me sentir bem,quando na verdade o homem s se sentebem quando no cr em nada e destri tudo.Agora, s a nudez me interessa.

    ...................................................

    A cada curva do labirinto omonstro me espreitava

    quando percebi num levesorriso e numa gargalhada que

    os monstros eram felizes aoperseguir e devorar inocentes.

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    9/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 09Foto: Ronaldo Nina

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    10/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 10

    Quer mostraro seu trabalho?Ento mostre!

    Conto, crnica, poesia, crtica de cinema,literatura, teatro, fotos, desenhos?

    Mande para:[email protected]

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    11/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 11

    Crnica

    Pelas Barbas do Poeta!Jos Danilo RangelIlustrao: Patrcia Rangel

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    12/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 12

    1.

    Depois de um tempo de convvio, aspessoas tambm passam a constituir parte danossa paisagem habitual, como os mveis, as

    paredes, a iluminao, o cheiro de um lugar in-tensamente frequentado. Assim, se nos habitu-amos a ver esta ou aquela mesa de um jeito, natural o estranhamento ao v-la mudada, mes-mo que esse mudada queira dizer arrastadade um canto (onde estava) a outro (onde est!).O mesmo acontece com as pessoas, emborasejam mais dinmicas que mesas, cadeiras eoutros objetos, cedo ou tarde, nos habituamosa v-las de um modo e estranhamos v-las de

    outro, ou numa situao diversa daquela a queestamos habituados a v-las. ou no , pelomenos, inusitado ver um colega de trabalho,que sempre e to somentes vemos no trabalho,sempre vestido para o trabalho, no shopping, dehavaianas, fazendo compras com a famlia proNatal?

    H que se notar que a mudana, seno precisa ser drstica, precisa, ao menos, su-perar o que se pode chamar de nosso patamarde tolerncia, para serem notadas. Os anos pas-sam e tudo muda, dentro desse tudo esto aspessoas que tambm mudam, contudo, parecetermos um nvel de tolerncia mudana (o que fcil de explicar j que vivemos num mundoque tem a rmeza somente na inconstncia) e

    somente percebemos mudadas as pessoas cujaaspecto atual se distingue do anterior para almdo que podemos tolerar.

    Mas isso ainda no o bonito da coi-sa, a beleza est na reciprocidade: se para ns,o outro passa a ser um pedao de nossa pai-sagem habitual, do mesmo modo, para o outro,ns que somos esse pedao. lindo! umdos dispositivos do que chamo de monstro mul-tido (num soneto homnimo) para regulaocomportamental. Ele, o monstro, est em cadaum de ns, vigiando sempre e sempre vigiado!Assim estamos, assim vivemos, assim nos regu-lamos uns aos outros: enquanto, temos o outrocomo parte integrante da nossa realidade e, svezes, agimos no sentido de obrig-lo a ser o

    que sempre fora, ou pelo menos, a se manterdentro dos limites das nossas expectativas, ooutro age no mesmo sentido.

    2.

    meu costume deixar a barba cres-cer at um certo ponto, antes de rasp-la, maisconfortvel e no preciso passar giletes no rostotodos os dias, mas por esses tempos, deixei oemaranho de pelos debaixo do meu queixo sealongarem mais que o habitual. No sem moti-vo. Fui convidado para fazer uma apresentaona Noite dos Perdidos, festa com as bandas:

    Krpula, The New Question e Vuadera Fatal.Como iria recitar Bukowski, Fernando Pessoa e,em especial, o Cntico Negro, de Jos Rgio,pensei: vai ser legal estar com uma bela de umabarba na ocasio. Nada como uma barba comoa minha, de pelos grossos e assanhados ocu-pando apenas a parte de baixo do queixo, parase conseguir um aspecto bomio e desleixado(perfeito para a ocasio), a isso, junte-se minhacara de sono e pronto: temos um perfeito noct-vago.

    Acostumado a me importar poucocom a aparncia (o que, vez ou outra, como nainfncia, ainda me traz o ganho de sermes gra-tuitos e mais ou menos longos de como eu ca-ria mais bonito caso me vestisse melhor, usas-se perfume e tomasse banho todos os dias), z

    com a barba como se faz com terrenos baldiose o mato, esqueci e ela cresceu. No comeo, foio de sempre, ningum notou. Anal, como eu j

    disse, meu hbito deix-la chegar a um deter-minado comprimento para ento, faz-la. Mascom o passar do tempo, pouco a pouco, foramreparando que j estava passando da hora deraspar. Ento, a minha barba, que tem com pe-culiaridade ser a nica barba verdadeira do mun-do a parecer uma barba postia, j que cresce,em sua total exuberncia, apenas embaixo doqueixo, chegou alm do patamar de tolernciade muitos.

    Na faculdade, havia quem se admi-rasse por eu ter uma namorada. Anal, quem,

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    13/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 13

    com uma barba daquelas, poderia ter uma na-morada? Esquisito? No! Pelo menos, para ocara que disse isso, um desses que vivem emacademia e que acreditam que tudo o que sepode oferecer ao mundo aparncia. Depois, a

    maioria passou a dizer o que sempre ouvi: paraque fazer fora para car feio? E ento, vieram

    os apelidos: bin laden, capito do mato, capitocaverna, barba, e por a vai...

    Foi interessante, contudo. Pois, sepor um lado, incomoda um tanto, tantas pessoasquerendo e opinando a respeito de como devomanter a barba, por outro lado, foi interessantenotar que ainda no me rotularam como artista.

    Deixa eu explicar: como eu j disse, as pesso-as se habituam com umas com as outras e seacontece de voc ganhar um rtulo, no impor-ta o que faa - voc foi rotulado.Contudo, se hrtulos que inibem comportamentos, h outrosque fazem o contrrio - permitem-no. Sei que contraditrio, mas . Existem rtulos que no im-porta o que voc faa, todos olham um instantee pensam: ah, ele assim mesmo. E ser assimmesmo para quem quer ser levado a srio (pelomenos de vez em quando) no legal.

    J fui considerado doido algumas ve-zes, na escola, na praa do half (que frequenta-va muito), em casa, e isso no algo positivo,porque ningum mais se importa e voc passaa ser o elemento estranho daquele nicho. Sen-do artista, isso tambm acontece e igualmentenegativo, porque deixam de levar voc a srio.

    3.

    H duas formas de recebermos rtu-los. A primeira (e mais chata) acontece quandoas pessoas tomam aquilo que percebem sobrens e o encaixam num modelo j seu conhecido,passando a lidar conosco atravs das certezasde suas representaes. E aqui, no podemosfazer muito, porque teramos que recongurar

    as experincias alheias am de que as pesso-as que nos percebem assim, passassem a nosperceber de outro modo. A segunda forma desermos rotulados diz respeito ao padro com-

    portamental que apresentamos diante desta oudaquela circunstncia. Assim, as pessoas to-mam a parte que conhecem de ns e passama nos considerar a partir dela. Se voc o caraengraado numa turma, ser o cara engraado

    para a turma e muitos vo estranhar quando viercom algum papo um tanto srio.

    Mas se fazem isso, tambm o faze-mos. Quantas vezes no nos impressionamosao nos depararmos com uma faceta at entoignorada de um dos nossos amigos? E quantasvezes consideramos os outros a partir de outrosainda, a partir do que sabemos sobre aquele tipode pessoa?

    Sempre que encontro um amigo deoutros tempos pela rua, considero a parte demim que ele conheceu. E pensando direito, che-go a concluir que sou muitos, dependendo da-quele que me percebe. E o olhando bem, perce-bo que no conheo seno um pedao do queele . Ento, me pergunto, e no todo? Acho queno h um todo, considerando estarmos sempreem movimento, mas s aquilo que nos outros sexa e aquele outro conjunto de preconceitos, os

    que temos a nosso prprio respeito. Talvez, porisso, exista entre ns, aqueles que tanto buscamser, ser no sentido losco, ser a si mesmo, tal-vez, estes tenham na conscincia a natureza cir-cunstancial do que so e por isso, queiram comtanta nsia projetar-se no outro, xar-se nele.

    Talvez, seja s frescura de gente quetem visto muita campanha publicitria incenti-vando a autenticidade. Vai saber...

    ..................................................

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    14/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 14

    ENTRADA FRANCA, CONTRIBUIR ESCOLHA SUA. O ARTISTA AGRADECE.LOCAL FIXO: Sala do Piano, Prdio da UNIR-CENTRODIAS DA SEMANA FIXOS: Todas as teras e quintas-feirasHORRIO FIXO: 19H30 (Retirada de senhas com 10 minutos de antecedncia)

    SOLO CNICO

    H FLORES E FERRO...CLASSIFICAO: ADULTOPBLICO: 30 LUGARES

    Ms de AGOSTODia 8 (quinta-feira) as 19h30Dia 15 (quinta-feira) as 21h (ltima apresentao da primeira temporada)

    MONTAGEM TEATRALAMOR EM QUARTINHO VAGABUNDO OU ALFAZEMA E SUOR

    CLASSIFICAO: ADULTOPBLICO: 30 LUGARESMs de AGOSTODia 13 (tera-feira) as 19h30 (Sesso de Estreia)

    Dias 20 e 27 (teras-feiras) as 19h30

    TEATRO SERIADO

    REPBLICA MISTA EPISDIO 1: SER HUMANO COMPLEXOCLASSIFICAO: 14 ANOSPBLICO: 35 LUGARESMs de AGOSTODia 15 (quinta-feira) as 19h30 (Sesso de Estreia)Dias 22 e 29 (quintas-feiras) as 19h30

    Fonte: Thallisson LopesFoto: Gabriel IvanMais informaes em: facebook/TercasEQuintasCenicas

    T E R A SE Q U I N TA SC N I C A SDARTES - Departamento de Artes da Fundao Universidade Federal de Rondnia

    https://www.facebook.com/TercasEQuintasCenicashttps://www.facebook.com/TercasEQuintasCenicas
  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    15/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 15Foto: Ronaldo Nina

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    16/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 16

    ESTAMOSEM REFORMAJos Danilo Rangel

    D3C0D1F1C4NDO

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    17/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 17

    Um dia, decidi que era hora deapresentar meus trabalhos ao mundo, minhaideia: organizar uma apresentao das poesiasque j tinha prontas. Pensei que seria fcil, masmeu pensamento tem disso. No foi fcil, na ver-

    dade, nem foi, no por essa via. Depois de pas-sar uns seis meses correndo de uma secretariaa outra, e olha que eu s estava atrs de espaoonde me apresentar, no consegui seno ind-cios de como o conseguir. Obstinado, encontreiuma alternativa: pedi uma caixa de som empres-tada, convidei uns amigos e ento, aconteceuo primeiro Isso Poesia?, na praa das TrsCaixas Dgua, desde l, tenho desenvolvido umtrabalho independente.

    A experincia explica o que dissenuma rdio e que j escrevi na revista EXPRES-SES!, h quase dois anos: enquanto os artistasesperam apoio para se desenvolver, os apoia-dores esperam que os artistas se desenvolvampara os apoiar. Com isso, pretendi incentivar osartistas a dar seus pulos. Ideia simples, o de-senvolvimento dos artistas e dos seus trabalhosexpem muito mais facilmente a precariedade

    do nosso sistema de polticas pblicas para acultura. Nesse passado, o pessoal do ColetivoCaos ia tentando fazer e muito faziam pela cultu-ra, eles e outros, que iam se desenrolando comopodiam, organizando apresentaes e interven-es diversas pela cidade.

    A situao era outra. Atualmente, ve-mos muitos artistas em desenvolvimento e mes-mo com trabalhos j bastante desenvolvidos. Namsica temos, Beradelia, Kali e os Kalhordas,Versalles, Krpula, Vuadera Fatal, e ainda mui-tas outras bandas surgidas recentemente. Noteatro temos vrios grupos, ocupando praas eauditrios com seus trabalhos, na literatura te-mos Renato Gomes, Csar Augusto, Elizeu Bra-ga, Leo Vincey, Carlos Moreira, e por a vai.

    Nosso cenrio artstico est maispungente e colorido, comea a bater asas e darpequenos voos. Contudo, a falta de apoio, deespaos de qualidade, acaba desfavorecendo atodos, e o pior, desanimando. Existe um pontoa partir do qual no se pode ir sem apoio, sem

    infraestrutura e tudo mais. Parece que aqui, o

    instantneo apogeu e queda de muitas das pro-dues locais, tem a sua explicao. Enquantoesto no gs, os artistas se viram, mas alm desuas foras que podem fazer?

    Temos as companhias teatrais Fias-co, Anmade, Periprcias, Ncleo Curare, Ra-zes do Porto, O imaginrio, Grupo Mapi e aindaoutros com o trabalho j bastante desenvolvido,mas que esbarram na falta de espao onde se

    apresentar. Com o teatro da capital h 16 anosem construo, desde 1997 (segundo informa-es, com entrega prevista para o dia 25 de de-zembro do corrente ano), e o teatro 1 do Sescque esteve (e no sei se ainda est) embargadopelos bombeiros, os grupos teatrais, a opo l-gica a se pensar o Teatro Banzeiros. Contu-do, para se apresentarem no Teatro Banzeiros,os artistas no podem cobrar entrada e aindatm que oferecer uma lista de material para aadministrao do espao. Assim, a busca poralternativas quase obrigatria, vimos, por es-ses dias, o aproveitamento de espaos por par-te da Beradera Companhia de Teatro, que levoua pea Lete a vrios auditrios de faculdadese at mesmo ao complexo da Estrada de FerroMadeira Mamor.

    Vejamos o exemplo, bastante atual,de Cludio Zarco, ator do grupo universitrio depesquis em teatro Ncleo Curare, com a sono-plastia de Raoni Amaral e direo de der Ro-drigues, inscreveu a pea Pssaro Fora do Arno Festival de Teatro da Cidade de Fortaleza, do

    Foto: Arlan Elton

    Cludio Zarco emPssaro Fora do Ar

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    18/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 18

    Cear, sendo aprovado, correu atrs de recur-sos com que bancar a viagem. No conseguiu.Tem o lado bom, da surgiu o projeto Arte EmMinha Casa, em que o ator fez duas apresenta-es com o m de arrecadar dinheiro. Conseguiu

    algum, uma ajuda, para dizer a verdade, pouco.Foi, sozinho, complementando com o prprio di-nheiro, os custos da viagem. Voltou premiado.

    Na msica, basta ir num domingo napraa da Estrada de Ferro Madeira Mamor, ouvisitar numa tera o Mercado Cultural, para seconstatar a quantidade e a qualidade dos m-sicos atuando em Porto Velho. Em todo caso,o Acstico Lo Fi, projeto independente, se abreespaos para apresentao das bandas e m-sicos, alm de poesia, movimentando a praada Estrada de Ferro, ele s est acontecendopor conta dos esforos (e gastos) do DouglasDigenes e com a ajuda das parcerias que fez.At onde sei, a Jam Bera, que h um bom tem-po movimenta as teras do Mercado Cultural,passa por diculdades com relao aparelha-gem de som (em processo licitatrio, e j sendoresolvido). O problema se mostra maior quando

    se fala em custeio de viagens. A banda Kali e osKalhordas foi convidada a participar do SoulVi-sion, em So Paulo. Correram atrs de recur-sos, mas no conseguiram. Resultado: caram

    sem participar.

    Regula Cultura Rondnia

    Um primeiro avano no que tocante polticas pblicas estaduais e municipais paraa cultura se deu com o implemento dos Siste-mas de Cultura Estadual e Municipal, as apro-vaes se deram em boa parte pela atuao domovimento Regula Cultura Rondnia (com gran-de participao do pessoal do Coletivo Caos),que teve sua primeira reunio geral acontecidano dia 29 de setembro de 2011, no Auditrio daUnir/Centro, desdobrando-se em novas reuni-es, peties e atos-shows.

    Aprovados os Sistemas de Cultura,seguem-nos a real implementao que se d apartir da formao de um Conselho Estadual deCultura, formado por 32 representantes, 16 dasociedade civil e 16 do poder pblico e de seto-riais municipais, cujos participantes representa-ro os diversos segmentos artsticos interessa-dos como Teatro, Msica, Literatura, Pintura eoutros, deliberando sobre prticas e destinaodos recursos disponveis.

    Pelas informaes que tenho, a im-platano do Sistema Municipal de Cultura estmais avanada que a do estadual, j contan-do com a realizao de 3 conferncias, a lti-ma acontecida entre os dias 21 e 23 de julho, e

    Acstico Lo Fi: A cada domingo evento indepen-dente tem atrado mais e mais pessoas

    Foto: Douglas Digenes

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    19/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 19

    um Frum Municipal de Polticas Pblicas, aointegrante que teve como proposta debater a

    Gesto do Fundo Municipal de Cultura, Projetosde lei que incentivem a produo cultural local,Sistema de Informao Cultural, Polticas espe-ccas que protejam e promovam cultura dos po-vos indgenas, comunidades de matriz africana,comunidades ribeirinhas, migrantes e outras co-munidades tradicionais, Editais, Patrimnio P-blico do Municpio, Comemorao dos 100 anosde Porto Velho.

    Reforma Cultural Popular

    No dia 10 de julho de 2013, artistase produtores culturais ocuparam o ptio da Se-cel, que ca instalada no prdio do relgio, sua

    inteno: exigir do poder pblico a elaboraode Polticas Pblicas para a Cultura, criao deuma Secretaria de Cultura, transparncia ora-mentria. Este foi o primeiro ato pblico do mo-

    vimento denominado de Reforma Cultural Popu-lar, houve ocinas e apresentaes de artistas

    diversos. Houve tambm, um primeiro dilogocom a Secretria de Cultura, Esporte e Lazer,

    Eluane Martins, que ouviu os manifestantes e semostrou simptica causa.

    Depois de mais uma ocupao daSecretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel),os participantes do movimento foram Secre-taria de Planejamento e Coordenao Geral(Seplan), para dialogar a respeito do desmem-bramento da Secel e da criao do Fundo Es-tadual de Cultura, propostas do movimento.Na ocasio, falaram com George AlessandroGonalves Braga, Secretrio de Planejamento

    e Coordenao Geral e Eluane Martins, Secre-tria de Cultura, Esporte e Lazer. No houvenenhum avano. Ademais, foi promovido o en-forcamento simblico do Governador, em frente Assembleia Legislativa (veja o vdeo do Ron-dnia Ao Vivo), um protesto durante o eventode comemorao dos 101 anos da Estrada deFerro Madeira Mamor (veja o vdeo). Os parti-cipantes do Reforma Cultural Popular ainda temrealizado intervenes diversas no Acstico Lo

    Fi, projees nas paredes da Secel, alm de re-centemente ter promovido um cortejo fnebreem protesto ao abandono da Estrada de FerroMadeira Mamor.

    Enforcamento simblico doGovernador Confcio Moura

    Foto: Ricaro Peres

    http://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFwhttp://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFwhttp://www.youtube.com/watch?v=gEo3RgOE7U8http://www.youtube.com/watch?v=gEo3RgOE7U8http://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFwhttp://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFw
  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    20/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 20

    Dois so os pontos principais sobreos quais buscam resoluo os manifestantes,primeiro: criao de um fundo estadual paracultura, segundo: criao de secretaria prpriapara a Cultura, com desmembramento da Secelque atualmente abrange duas pastas Cultura eEsporte e Lazer. O Fundo Estadual de Cultura,existe desde 2012, contudo, sua efetivao de-pende de dotao oramentria prpria. A efeti-vao do Fundo Estadual de Cultura possibilitauma poltica de editais, o que evita favorecimen-tos e promove o acesso aos recursos. O des-membramento da Secel, j previsto em propos-tas de campanha do Governador, baseia-se nabusca por uma instituio de alcance estadualque trate em especco daquilo que couber ao

    desenvolvimento, manuteno e incentivo satividades culturais, considerando que a atu-al Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer temse mostrado insuciente no trato daquilo que

    exigem as amplas esferas que abrange. Almdestas questes, outra exigncia do movimen-to Reforma Cultural Popular a transparnciaoramentria.

    O que voc tem a ver com isso?

    Para os artistas, agentes e produto-res culturais, mesmo dentre os mais desanima-dos, parece que as mobilizaes e as mudanaspor elas almejadas, tm tudo para os favorecer,ento, o interesse em participar gura dentre as

    coisas da obviedade. Havendo um fundo pr-prio para a cultura, o artista, agente ou produtorcultural tem recursos garantidos para a sua ini-ciativa. A criao de uma Secretaria de Culturatambm trar muitos benefcios, j que tratar

    to somente da Cultura e das questes dela de-rivadas.

    Agora, se voc no artista, deve es-tar se perguntando: O que eu tenho a ver comisso? Tem muito. A mudana da forma atual detratar a cultura rondoniense tem muito a oferecera voc tambm. No h projeto sustentado pe-las verbas governamentais que no apresentemuma contrapartida social, isso quer dizer que o

    projeto no ser aprovado caso no tenha nadaa oferecer para a comunidade. Vamos dizer quevoc no gosta de eventos culturais, que nogosta de literatura, msica, teatro, nem mesmode eventos populares como Festa do Estudan-te, Flor do Maracuj, dentre outros, ainda assim,tem algo a ver com o implemento de polticaspblicas para a cultura, considerando que a suainstalao prev uma mais intensa scalizao

    dos recursos aplicados. Acredito que nos inte-

    ressa bastante saber para onde o nosso dinhei-ro est indo.

    Como voc pode ajudar?

    O movimento Reforma Cultural Po-pular utiliza a internet, mais especicamente,

    o facebook, para organizar e difundir suas mo-bilizaes, voc pode conferir o que j foi fei-to curtindo a fanpage do movimento e voc jpoder contribuir, tornando-se um disseminadordo movimento, compartilhando o material dis-ponibilizado. Agora, se pretende participar maisefetivamente do movimento, entre no grupo Re-forma Cultural Popular, intere-se das prximasreunies e mobilizaes.

    Por enquanto, isso.

    ..................................................

    Foto: Natal Arajo

    Cortejo Fnebreda Madeira Mamor

    http://www.facebook.com/ReformaCulturalPopularhttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttp://www.facebook.com/ReformaCulturalPopular
  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    21/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 21Foto: Ronaldo Nina

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    22/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 22

    P O E S I A

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    23/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 23

    O QUE NO FOI

    Teu sorriso...Trilhou o caminho.Sonhou um destino.Chegou!Provou...Gostou.Tornou-se real?Talvez irreal...

    Uma historia de amor?Na verdade uma dor.O Fim chegou.Voc foi embora.O m de uma historia.

    Vivo o que no senti...Outro m que no foi.

    Thales Torres

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    24/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 24

    ESQUIZO

    Meus olhos me traem de vez em quando, noites e noites ao lado de um copowhisky e uma carteira de Marlboro. Levanto, me presentear com mais uma dosese faz necessrio. Quando, esttico, vejo a imagem que se sobrepe a minha;- Jovem!Exclama a gura.

    - Jovem homem triste, por que abaixas a cabea?Exaltado, respondo:- Adiantaria te explicar? Sempre que conversamos me vens com esse ar zom-

    beteiro e superior...Ao ver as aspas empregadas ao ar, abaixa a cabea em tom de negao comum sorriso de canto de boca. Indaga:- Precisa de todo esse drama?Repondo.- Vai pro inferno.O ar cortado com o som de uma risada estridente;- HAHAHAHAHAH! E de dar d, meu amigo! Aps tantas reexes regadas

    ao lcool, nunca te decides! Andando por a como um Pierrot lamentvel. Umhomem neurado sem um por que.

    - No me conhece...- Como no? Cansei de te observar pelos becos, vagando como mais um pobreBukowski.- Cala a boca porra!Sua risada aumenta gradativamente e ininterrupta. Fecho meu punho direito,e jogo contra o seu rosto. O sangue jorra nos cacos de mais um espelho que-brado.- Cala a porra da boca!Viro-me, encho o copo, acendo um cigarro.

    Thales Torres

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    25/37

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    26/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 26

    UM DIRIO DE MUITAS FUGAS

    Rublev contratou meus serviospara acompanhar a fuga de Aristteles

    apesar dele ser um gatunoacompanhei aquela correria

    em uma das pernoitesAristteles esqueceu um dirio

    prximo a fogueiraeu peguei o dirio

    transformei-me em um fugitivoRublev oferece valiosas recompensaspor informaes sobre meus passos

    aps dez anos lendotodos os dias aquele diriotive um rompante de loucura

    queimeia capa, as folhas, as tintasagora tudo cinza

    Rublev nunca me pegareu nunca sairei do rompante de loucura

    aquele dirio nunca sairde minha retina

    nem das pontas dos meus dedos

    Eliaquim T. da Cunha

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    27/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 27

    OS FAZEDORES DE DESERTOS

    o que voc faz nessa varanda?estou tomando meu cafde quando esse caf?geralmente fao toda semana,mesmo se tiver sobrado um poucomas, enquanto voc toma esse caf, o que voc pensa?reito sobre uma profecia dos fazedores de deserto

    entre a quinta e a sexta eraas Fremd estaro reunidas em uma gora

    esperam os fazedores de deserto

    por esses tempos encontra-se muita apatia no senadoos senadores das Fremd no legislaro

    a nobreza das Fremd se erguero cedoe de coroas solenes se prostraro

    aos portes das cidades

    a nobreza das Fremd contar saudaros fazedores de desertoestaro prontas para dar-lhespergaminhos escritos nas peles das criaturas dos reftspergaminhos sobre o suprassumo da nobreza das Fremd

    nesses tempos haver cnsules e pretorescom togas bordadas e repletas de prpura

    e pulseiras com grandes pedras preciosasdas minas do Subsolo

    esperam os fazedores de deserto

    as Fremd no tm dvidas que tais coisasdeslumbraro os fazedores de deserto

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    28/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 28

    os mais dignos oradoresderramaro seus verbosdiante os fazedores de deserto

    mesmo sendo as criaturas mais nobresas Fremd no controlaro a inquietude

    ento,

    aps vrias eras de espera

    as ruas, os tneis, as grutas se esvaziaroe todos voltaro para os refts preocupados

    brotar a desconana

    os fazedores de deserto no vm

    e alguns elfos contratados pelas Fremdchegaro das fronteiras mais longnquas

    diro que no h mais fazedores de desertoforam devorados pelo desejo de partir

    Eliaquim T. da Cunha

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    29/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 29

    Tweet Potico

    O que tenhovale o tempo

    que no tenho mais?Jos Danilo Rangel

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    30/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 30

    O pouco quando tudo tanto que nos satisfaz e

    satisfeitos, nos acostumamos malJos Danilo Rangel

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    31/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 31

    Tweet Potico

    A coisa muito simples:voc mexe com o mundo

    e o mundo mexe com voc.Jos Danilo Rangel

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    32/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 32

    EXTRA

    O ator Cludio Zarco, 24 anos, do gru-po universitrio de pesquisa em teatro NcleoCurare, depois da cansada busca por apoio dasinstituies governamentais que atendem cul-tura para poder participar do festival de teatro dacidade de Fortaleza CE (FECTA) e no obter,pde nalmente contar com a ajuda de outros

    artistas e da sociedade atravs da ideia de ami-gos de criarem o projeto A arte na minha casa,com o objetivo de conseguir arrecadaes vo-luntrias para as despesas com a participaono evento.

    Participariam do festival em Fortalezadois artistas de Porto Velho, Raon do Amarale Cludio Zarco, porm por falta de verbas so-mente o ator Cludio conseguiu a viagem. Fo-ram cinco dias para chegar at a capital do Ce-ar, tempo esse prolongado devido o nibus noqual estava colidir com um caminho. O FEC-

    TA, na sua dcima edio, ocorreu entre 17 e27 de julho e reuniu grupos teatrais de todo oBrasil e convidados internacionais com ns de

    garantir visibilidade s suas produes e experi-mentaes estticas no campo do teatro. O ator

    PSSARO NO AR!ARTISTA PORTOVELHENSE SEM APOIO DE POLTICAS PBLICAS CULTURAIS

    PARTICIPA DE FESTIVAL TEATRAL DO NORDESTE E VOLTA COM PREMIAES

    CludioZarco-E

    m

    PssaroForadoArFoto:

    LuluTomie

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    33/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 33

    participou com a cena Pssaro Fora do Ar dedireo de der Rodrigues, professor do Cursode Artes da Universidade Federal de Rondnia(UNIR). No nal do festival houve as premiaes

    e o Ncleo Curare com o artista portovelhense

    foi contemplado com trs prmios: Melhor ator,Melhor sonoplastia e 3 Lugar no Jri Ocial,

    sendo que esse ltimo d direito a uma apre-sentao no Festival do Centro Cultural Bancodo Nordeste; e indicado ao prmio de Grupo Re-velao e Melhor Direo.

    Em entrevista com o ator esse relatouque a viagem foi uma experincia nica para avida prossional e pessoal, e que mesmo com

    todos os imprevistos e obstculos a bagagemde conhecimento que trouxe para compartilharcom os artistas locais so to graticantes quan-to s premiaes conquistadas e a vontade derepresentar Rondnia. Em bom tom, Cludio fezquesto de destacar tambm o bom humor ehospitalidade do povo cearense.

    Ainda que o Estado de Rondnia e oMunicpio de Porto Velho estejam atrasados no

    quesito promover polticas pblicas para a cul-tura e aja com descaso aos problemas enfren-tados pela classe artstica; os artistas ainda tmtentado se xar enquanto categoria prossional

    reconhecida e valorizada atravs de uma Refor-ma Cultural. Agora resta aguardar que essa re-forma seja alcanada a todos os artistas e quepromova verdadeira poltica pblica cultural eque outros artistas rondonienses possam levar aarte local a outros lugares do Brasil.

    Artur Filzen

    Cludio ZarcoEm Pssaro Fora do Ar

    Foto: Arlan Elton

  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    34/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 34

    PERTAPLAY

    Quem Sou Eu?Canal: Reino TrgicoHenrique Lima

    De Volta Ativa!Canal: Crnio DotadoDario Bandeira

    Go Drums!Canal: Crnio DotadoDario Bandeira

    As Aventuras de Ouve LongeCanal: Tino AlvesTino Alves

    Protesto de ArtistasCanal: Caos Porto VelhoCaos Porto Velho

    Dona do Carnaval - Sergio SCanal: Douglas DigenesDouglas Digenes

    http://www.youtube.com/watch?v=WkoFtQD-dswhttp://www.youtube.com/watch?v=gEo3RgOE7U8http://www.youtube.com/watch?v=yFO0dgoxTxQhttp://www.youtube.com/watch?v=k4VL7tyEpgQhttp://www.youtube.com/watch?v=3dfYOqcW-0Ahttp://www.youtube.com/watch?v=PsUszDfwdFU
  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    35/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 35

    DO LEITOR

    [email protected]

    A EXPRESSES! tem se moldado ao longo do tempo, e por diversasorientaes, uma delas a opinio dos leitores que sempre do interes-santes feedbacks a respeito de toda ela, mas, pelo acebook. Se voc temuma crtica, uma sugesto, mande para ns, temos bons ouvidos,

    Obrigado.

    Jos Danilo Rangel

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    36/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 36

    ENVIO DEMATERIAL

    Para submeter o seu texto, oto ou desenho para a revista EXPRESSES!, muito cil: escreva um e-mail explicitando a vontade de ter o seu tra-balho publicado na revista, anexe o material, na extenso em que ele es-tiver, .doc, .jpeg, e outros, e seus dados (nome, idade, ocupao, cidade)com a extenso .doc, para o endereo:

    [email protected]

    Para contos, a ormatao a seguinte, onte arial, 12, espao simples,mximo de 10 pginas.

    Para crnicas, arial, 12, espao simples, mximo de 5 pginas,

    Para poesia, arial, 12, espao simples, mximo de 10 pginas.

    Ainda temos as sees Decodifcando, que abarca leituras de diversostemas, e a 10 Dicas, tambm com proposta de abraar uma temtica di-erenciada, onde voc pode sugerir flmes, revistas, msica, conselhos

    e no sei mais o qu, alm dessas, a seo EXTRA, visa abranger o queainda no couber nas outras sees.

    Para otos ou desenhos, a preerncia por imagens com resoluesgrandes, por conta da edio, e orientao retrato, por conta da estticada revista.

    A revista EXPRESSES! sai todo dia 10, de cada ms, ento, at o dia 20de cada ms aceitamos material.

    Porto Velho - Agosto de 2013Jos Danilo Rangel

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/27/2019 EXPRESSES!_25

    37/37

    Para conferir o nmero anterior, clique na imagem acima.

    Nmero Anterior

    http://pt.scribd.com/doc/153776030/EXPRESSoES-24