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Praticamente, uma revista.Ed. 25 Ano 3
EXPRESSES!
ESTAMOSEM REFORMA
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EDITOR
Jos Danilo Rangel
CO-EDITORA
Vanessa Galvo
COLABORADORES:
Rafael de Andrade - Conto
Ronaldo Nina - Fotos/Entressees
Patrcia Rangel - Ilustraes
Arlan Elton - Fotos
Lulu Tomei - Fotos
Douglas Digenes - Fotos
Natal Arajo - Fotos
Thales Torres - Poesia
Eliaquim T. Da Cunha - Poesia
Artur Filzen - Texto EXTRA
Capa: Elizeu Braga, poeta e produtor cultural, em protesto durante a comemorao dos 101 anos daEstrada de Ferro Madeira MamorFoto: Mylena Almeida
e x p e d i e n t e
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Comeando pela Capa, trata-se de oto tirada durante o pro-testo do Movimento Reorma Cultural Popular, acontecido durante acomemorao dos 101 anos da Estrada de Ferro Madeira Mamor. Maisadiante, na pgina 16, voc pode conerir um pequeno texto a respeitodas mudanas que j ocorreram no nosso cenrio artstico e das que es-
tamos lutando para conseguir implantar.
Novidade, temos um novo ndice. Eu sei, no mudou muitacoisa, mas c pra ns, deu uma melhorada. Novo tambm o nosso par-ceiro o site de variedades Blah Cultural, onde estou publicando poesiasemanalmente. Outra novidade a seo PertaPlay, que todo ms vaitrazer sugestes de vdeo. Que mais? Acho que s isso.
Agora, vamos ao de sempre. Raael de Andrade assina o con-to desse nmero, o Monstro no Labirinto, a crnica, eu mesmo escrevi,
Pelas Barbas do Poeta, ainda temos poesia, otos do Ronaldo Nina, e noEXTRA, a incrvel histria do Cludio Zarco, recentemente premiadonum estival de teatro no Cear, essa histria quem nos conta o ArturFilzen.
Sem mais para o momento, espero que goste.
Porto Velho - Agosto de 2013Jos Danilo Rangel
PREMBULO
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P A R C E I R O S :
http://www.blahcultural.com/http://www.flasheslapoa.com/http://www.selmovasconcellos.com.br/http://bandavuaderafatal.webnode.com//http://www.moshphotography.com/http://www.newsrondonia.com.br/http://www.facebook.com/pages/Revista-EXPRESS%C3%B5ES/219207738122421 -
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Conto
O Monstro no LabirintoRafael de Andrade
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O mundo todo um labirinto.Onde a cada beco sem sada, cada esquina,encontramos um monstro. Um ser deforma-do, liquefazendo em chorume, esperandopelo primeiro inocente que passar por ali. A
vtima transformada em monstro. Via emnossa histria a trajetria de grandes mons-tros que s a humanidade poderia gerar.Tinha medo de matar algum e me tornaro que mais abomino. Um pecador, herege,assassino, um monstro. Muitos diro apenasno pensamento mais ntimo que j senti-ram vontade de matar seu chefe, ex-mulher,aquele desgraado que se dizia seu amigo eisso normal, acreditem. Procurar eliminar
aquele que nos prejudique passa pelo pen-samento de qualquer um. Por mais que sejaescondido, a lei mais natural de nossa so-ciedade a concorrncia. O melhor, o maisalto, mais forte, em destaque, sempre al-gum que passou frente dos outros, quematou, violentou, destruiu sonhos e corpos.No entanto, normal, ensinado e esperado.
O que me diferencia de um ho-
mem comum que meu medo matar pelosimples fato de matar. Tremo de medo deme armar, encontrar o primeiro inocente pe-las ruas e mat-lo cruelmente. No sei exa-tamente quando este medo se apossou deminha vontade, mas com certeza foi algunsminutos antes de dormir, naqueles momen-tos cruciais quando pesamos se vamos con-tinuar vivos ou terminar nossa vida naquelemomento. No sei at quando conseguireime segurar. Esta vontade incontrolvel meatinge de tempos em tempos. No desejo metornar como a mulher que matou sete crian-cinhas injetando morna nas pobrezinhas ou
como o pai que esfaqueou toda a famlia, pormotivo algum. Nestes e muitos outros ca-sos, no existiram motivos externos, apenasuma razo da mente destes que nunca po-deremos compreender se apresentou comomotivo. Os homens de bem os chamamde monstros. Estes monstros so para mimtudo o que no desejo, mas so o que hde mais perto, igual, fraterno e sensual. Estemedo irracional que me tira o sono consis-
te em acordar de um sono pesado com umcorpo nas mos, sangue, rgos, a priso,o olhar gelado de meus conhecidos, e esteolhar aparecendo em minha viso para sem-pre at o suicdio, tremo s de pensar. E jpassei muitas noites acordado por medo de
acordar assassino.
Nunca fui um homem incomum,este mal se abateu sobre mim repentina-mente. Ia ao templo todos os nais de sema-na, trabalhava, pagava minhas contas e dosoutros, alm de ajudar os pobres. Minha ni-ca macha atendia por um nome doce. Pen-sei j estar pagando pelo pecado da traio,cujo destino os praticantes j conheceramno implacvel inferno de Alighieri. Mas no,fui perdoado por Deus e pela minha esposa.Tinha famlia, pais amveis, professores de-dicados e bons amigos. Acreditava na huma-nidade acima de tudo. Apesar da maldade,existiam indivduos bons que faziam valer apena. A mudana foi repentina, foi entre uminspirar e um suspiro. Percebi que inevitavel-mente iria matar aquele jovem. Por qual mo-tivo? Nenhum. No o conhecia. Queria verseus rgos estirados no cho. Corri paracasa. Dias depois senti vontade de matarmeus lhos. Fugi at que a vontade passou.
noite, matei meu cachorro e bebi seu san-
O que me diferencia de umhomem comum que meumedo matar pelo simplesfato de matar.
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gue. Acordei sujo e com gosto de sangue naboca. Mulher e lhos se esconderam. Desde
ento, me isolei num apartamento onde so-mente os mortos me visitavam. J compreiuma dzia de animais para matar. S os li-vros me ouvem.
Peo desculpas por ser um ho-mem doente, que fede, precisa tomar rem-dios, que no dorme, que vive no hospitale deseja te matar. Mesmo te amando, sintovontade de cozinhar teu corpo e devorar. Porisso, incomodo em todos os aspectos todosos homens menos um, e de todos os ami-gos s este restou. De hbitos totalmentediferente dos meus. Devasso, corruptor emais que ateu, um profanador. Nunca sentivontade alguma de matar este homem e eleno tinha medo de estar na minha presen-a. Chegou a me pedir que o matasse e deverdade, nunca senti vontade. Este homemme trazia informaes do mundo alm dasparedes do labirinto. Eu o ajudava quando omalandro precisava.
Os anos se passaram e descobriacomo era um homem ridculo e sem sonhos.Fracassava miseravelmente ao tentar con-vencer algum de que no era um homemmal, e sim um doente que precisava de aju-da. At mesmo o nico vagabundo que tinha
como amigo me abandonou. Alguns mesesdepois minha esposa morreu e abateu-sesobre mim a vergonha de meus lhos serem
criados por estranhos. No culpava as auto-ridades, anal era um assassino em poten-
cial, um doente moderno. Naquele momentome sentia duplamente ridculo por no satis-fazer nenhuma de meus desejos, nem comocidado, nem como monstro. A cada curvado labirinto o monstro me espreitava quandopercebi num leve sorriso e numa gargalhadaque os monstros eram felizes ao perseguire devorar inocentes. E pensar que j foramcidados acuados em suas prprias casas,tementes Deus e sua punio, el seguidor
das leis mundanas e divinas que no servem ningum. Os monstros seriam ento, ho-mens livres do medo das punies? Antes dedormir, pensei na possibilidade de enm me
tornar um monstro, de uma forma ou de ou-tra, estaria livre da angstia. Mas a covardiasuperou qualquer vontade. Por mais miser-vel que fosse minha condio, abandonar avida e a deus estava alm do meu amor pr-prio. Por mais alguns anos, suportei.
Quanto mais a dor crescia, maiorera minha revolta. Uma fora diferente daauto-piedade surgiu em meu ser. De repente,nada era mais importante que minha liberda-de. Esta nova fora me encheu de determi-nao e num impulso abandonei meu claus-tro de tantos anos. Nas ruas lotadas enm
livre de todos os medos, olhei com fria paraos inocentes. Aps alguma contemplao, rialto. Minha vontade de matar sumira. Estavontade s poderia ter origem nas leis, nascrenas, nas ideologias que criaram paracurar feridas que a prpria criao gerou eque eu aceitei para tentar me sentir bem,quando na verdade o homem s se sentebem quando no cr em nada e destri tudo.Agora, s a nudez me interessa.
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A cada curva do labirinto omonstro me espreitava
quando percebi num levesorriso e numa gargalhada que
os monstros eram felizes aoperseguir e devorar inocentes.
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9/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 09Foto: Ronaldo Nina
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Quer mostraro seu trabalho?Ento mostre!
Conto, crnica, poesia, crtica de cinema,literatura, teatro, fotos, desenhos?
Mande para:[email protected]
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Crnica
Pelas Barbas do Poeta!Jos Danilo RangelIlustrao: Patrcia Rangel
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1.
Depois de um tempo de convvio, aspessoas tambm passam a constituir parte danossa paisagem habitual, como os mveis, as
paredes, a iluminao, o cheiro de um lugar in-tensamente frequentado. Assim, se nos habitu-amos a ver esta ou aquela mesa de um jeito, natural o estranhamento ao v-la mudada, mes-mo que esse mudada queira dizer arrastadade um canto (onde estava) a outro (onde est!).O mesmo acontece com as pessoas, emborasejam mais dinmicas que mesas, cadeiras eoutros objetos, cedo ou tarde, nos habituamosa v-las de um modo e estranhamos v-las de
outro, ou numa situao diversa daquela a queestamos habituados a v-las. ou no , pelomenos, inusitado ver um colega de trabalho,que sempre e to somentes vemos no trabalho,sempre vestido para o trabalho, no shopping, dehavaianas, fazendo compras com a famlia proNatal?
H que se notar que a mudana, seno precisa ser drstica, precisa, ao menos, su-perar o que se pode chamar de nosso patamarde tolerncia, para serem notadas. Os anos pas-sam e tudo muda, dentro desse tudo esto aspessoas que tambm mudam, contudo, parecetermos um nvel de tolerncia mudana (o que fcil de explicar j que vivemos num mundoque tem a rmeza somente na inconstncia) e
somente percebemos mudadas as pessoas cujaaspecto atual se distingue do anterior para almdo que podemos tolerar.
Mas isso ainda no o bonito da coi-sa, a beleza est na reciprocidade: se para ns,o outro passa a ser um pedao de nossa pai-sagem habitual, do mesmo modo, para o outro,ns que somos esse pedao. lindo! umdos dispositivos do que chamo de monstro mul-tido (num soneto homnimo) para regulaocomportamental. Ele, o monstro, est em cadaum de ns, vigiando sempre e sempre vigiado!Assim estamos, assim vivemos, assim nos regu-lamos uns aos outros: enquanto, temos o outrocomo parte integrante da nossa realidade e, svezes, agimos no sentido de obrig-lo a ser o
que sempre fora, ou pelo menos, a se manterdentro dos limites das nossas expectativas, ooutro age no mesmo sentido.
2.
meu costume deixar a barba cres-cer at um certo ponto, antes de rasp-la, maisconfortvel e no preciso passar giletes no rostotodos os dias, mas por esses tempos, deixei oemaranho de pelos debaixo do meu queixo sealongarem mais que o habitual. No sem moti-vo. Fui convidado para fazer uma apresentaona Noite dos Perdidos, festa com as bandas:
Krpula, The New Question e Vuadera Fatal.Como iria recitar Bukowski, Fernando Pessoa e,em especial, o Cntico Negro, de Jos Rgio,pensei: vai ser legal estar com uma bela de umabarba na ocasio. Nada como uma barba comoa minha, de pelos grossos e assanhados ocu-pando apenas a parte de baixo do queixo, parase conseguir um aspecto bomio e desleixado(perfeito para a ocasio), a isso, junte-se minhacara de sono e pronto: temos um perfeito noct-vago.
Acostumado a me importar poucocom a aparncia (o que, vez ou outra, como nainfncia, ainda me traz o ganho de sermes gra-tuitos e mais ou menos longos de como eu ca-ria mais bonito caso me vestisse melhor, usas-se perfume e tomasse banho todos os dias), z
com a barba como se faz com terrenos baldiose o mato, esqueci e ela cresceu. No comeo, foio de sempre, ningum notou. Anal, como eu j
disse, meu hbito deix-la chegar a um deter-minado comprimento para ento, faz-la. Mascom o passar do tempo, pouco a pouco, foramreparando que j estava passando da hora deraspar. Ento, a minha barba, que tem com pe-culiaridade ser a nica barba verdadeira do mun-do a parecer uma barba postia, j que cresce,em sua total exuberncia, apenas embaixo doqueixo, chegou alm do patamar de tolernciade muitos.
Na faculdade, havia quem se admi-rasse por eu ter uma namorada. Anal, quem,
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com uma barba daquelas, poderia ter uma na-morada? Esquisito? No! Pelo menos, para ocara que disse isso, um desses que vivem emacademia e que acreditam que tudo o que sepode oferecer ao mundo aparncia. Depois, a
maioria passou a dizer o que sempre ouvi: paraque fazer fora para car feio? E ento, vieram
os apelidos: bin laden, capito do mato, capitocaverna, barba, e por a vai...
Foi interessante, contudo. Pois, sepor um lado, incomoda um tanto, tantas pessoasquerendo e opinando a respeito de como devomanter a barba, por outro lado, foi interessantenotar que ainda no me rotularam como artista.
Deixa eu explicar: como eu j disse, as pesso-as se habituam com umas com as outras e seacontece de voc ganhar um rtulo, no impor-ta o que faa - voc foi rotulado.Contudo, se hrtulos que inibem comportamentos, h outrosque fazem o contrrio - permitem-no. Sei que contraditrio, mas . Existem rtulos que no im-porta o que voc faa, todos olham um instantee pensam: ah, ele assim mesmo. E ser assimmesmo para quem quer ser levado a srio (pelomenos de vez em quando) no legal.
J fui considerado doido algumas ve-zes, na escola, na praa do half (que frequenta-va muito), em casa, e isso no algo positivo,porque ningum mais se importa e voc passaa ser o elemento estranho daquele nicho. Sen-do artista, isso tambm acontece e igualmentenegativo, porque deixam de levar voc a srio.
3.
H duas formas de recebermos rtu-los. A primeira (e mais chata) acontece quandoas pessoas tomam aquilo que percebem sobrens e o encaixam num modelo j seu conhecido,passando a lidar conosco atravs das certezasde suas representaes. E aqui, no podemosfazer muito, porque teramos que recongurar
as experincias alheias am de que as pesso-as que nos percebem assim, passassem a nosperceber de outro modo. A segunda forma desermos rotulados diz respeito ao padro com-
portamental que apresentamos diante desta oudaquela circunstncia. Assim, as pessoas to-mam a parte que conhecem de ns e passama nos considerar a partir dela. Se voc o caraengraado numa turma, ser o cara engraado
para a turma e muitos vo estranhar quando viercom algum papo um tanto srio.
Mas se fazem isso, tambm o faze-mos. Quantas vezes no nos impressionamosao nos depararmos com uma faceta at entoignorada de um dos nossos amigos? E quantasvezes consideramos os outros a partir de outrosainda, a partir do que sabemos sobre aquele tipode pessoa?
Sempre que encontro um amigo deoutros tempos pela rua, considero a parte demim que ele conheceu. E pensando direito, che-go a concluir que sou muitos, dependendo da-quele que me percebe. E o olhando bem, perce-bo que no conheo seno um pedao do queele . Ento, me pergunto, e no todo? Acho queno h um todo, considerando estarmos sempreem movimento, mas s aquilo que nos outros sexa e aquele outro conjunto de preconceitos, os
que temos a nosso prprio respeito. Talvez, porisso, exista entre ns, aqueles que tanto buscamser, ser no sentido losco, ser a si mesmo, tal-vez, estes tenham na conscincia a natureza cir-cunstancial do que so e por isso, queiram comtanta nsia projetar-se no outro, xar-se nele.
Talvez, seja s frescura de gente quetem visto muita campanha publicitria incenti-vando a autenticidade. Vai saber...
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ENTRADA FRANCA, CONTRIBUIR ESCOLHA SUA. O ARTISTA AGRADECE.LOCAL FIXO: Sala do Piano, Prdio da UNIR-CENTRODIAS DA SEMANA FIXOS: Todas as teras e quintas-feirasHORRIO FIXO: 19H30 (Retirada de senhas com 10 minutos de antecedncia)
SOLO CNICO
H FLORES E FERRO...CLASSIFICAO: ADULTOPBLICO: 30 LUGARES
Ms de AGOSTODia 8 (quinta-feira) as 19h30Dia 15 (quinta-feira) as 21h (ltima apresentao da primeira temporada)
MONTAGEM TEATRALAMOR EM QUARTINHO VAGABUNDO OU ALFAZEMA E SUOR
CLASSIFICAO: ADULTOPBLICO: 30 LUGARESMs de AGOSTODia 13 (tera-feira) as 19h30 (Sesso de Estreia)
Dias 20 e 27 (teras-feiras) as 19h30
TEATRO SERIADO
REPBLICA MISTA EPISDIO 1: SER HUMANO COMPLEXOCLASSIFICAO: 14 ANOSPBLICO: 35 LUGARESMs de AGOSTODia 15 (quinta-feira) as 19h30 (Sesso de Estreia)Dias 22 e 29 (quintas-feiras) as 19h30
Fonte: Thallisson LopesFoto: Gabriel IvanMais informaes em: facebook/TercasEQuintasCenicas
T E R A SE Q U I N TA SC N I C A SDARTES - Departamento de Artes da Fundao Universidade Federal de Rondnia
https://www.facebook.com/TercasEQuintasCenicashttps://www.facebook.com/TercasEQuintasCenicas -
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15/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 15Foto: Ronaldo Nina
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ESTAMOSEM REFORMAJos Danilo Rangel
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Um dia, decidi que era hora deapresentar meus trabalhos ao mundo, minhaideia: organizar uma apresentao das poesiasque j tinha prontas. Pensei que seria fcil, masmeu pensamento tem disso. No foi fcil, na ver-
dade, nem foi, no por essa via. Depois de pas-sar uns seis meses correndo de uma secretariaa outra, e olha que eu s estava atrs de espaoonde me apresentar, no consegui seno ind-cios de como o conseguir. Obstinado, encontreiuma alternativa: pedi uma caixa de som empres-tada, convidei uns amigos e ento, aconteceuo primeiro Isso Poesia?, na praa das TrsCaixas Dgua, desde l, tenho desenvolvido umtrabalho independente.
A experincia explica o que dissenuma rdio e que j escrevi na revista EXPRES-SES!, h quase dois anos: enquanto os artistasesperam apoio para se desenvolver, os apoia-dores esperam que os artistas se desenvolvampara os apoiar. Com isso, pretendi incentivar osartistas a dar seus pulos. Ideia simples, o de-senvolvimento dos artistas e dos seus trabalhosexpem muito mais facilmente a precariedade
do nosso sistema de polticas pblicas para acultura. Nesse passado, o pessoal do ColetivoCaos ia tentando fazer e muito faziam pela cultu-ra, eles e outros, que iam se desenrolando comopodiam, organizando apresentaes e interven-es diversas pela cidade.
A situao era outra. Atualmente, ve-mos muitos artistas em desenvolvimento e mes-mo com trabalhos j bastante desenvolvidos. Namsica temos, Beradelia, Kali e os Kalhordas,Versalles, Krpula, Vuadera Fatal, e ainda mui-tas outras bandas surgidas recentemente. Noteatro temos vrios grupos, ocupando praas eauditrios com seus trabalhos, na literatura te-mos Renato Gomes, Csar Augusto, Elizeu Bra-ga, Leo Vincey, Carlos Moreira, e por a vai.
Nosso cenrio artstico est maispungente e colorido, comea a bater asas e darpequenos voos. Contudo, a falta de apoio, deespaos de qualidade, acaba desfavorecendo atodos, e o pior, desanimando. Existe um pontoa partir do qual no se pode ir sem apoio, sem
infraestrutura e tudo mais. Parece que aqui, o
instantneo apogeu e queda de muitas das pro-dues locais, tem a sua explicao. Enquantoesto no gs, os artistas se viram, mas alm desuas foras que podem fazer?
Temos as companhias teatrais Fias-co, Anmade, Periprcias, Ncleo Curare, Ra-zes do Porto, O imaginrio, Grupo Mapi e aindaoutros com o trabalho j bastante desenvolvido,mas que esbarram na falta de espao onde se
apresentar. Com o teatro da capital h 16 anosem construo, desde 1997 (segundo informa-es, com entrega prevista para o dia 25 de de-zembro do corrente ano), e o teatro 1 do Sescque esteve (e no sei se ainda est) embargadopelos bombeiros, os grupos teatrais, a opo l-gica a se pensar o Teatro Banzeiros. Contu-do, para se apresentarem no Teatro Banzeiros,os artistas no podem cobrar entrada e aindatm que oferecer uma lista de material para aadministrao do espao. Assim, a busca poralternativas quase obrigatria, vimos, por es-ses dias, o aproveitamento de espaos por par-te da Beradera Companhia de Teatro, que levoua pea Lete a vrios auditrios de faculdadese at mesmo ao complexo da Estrada de FerroMadeira Mamor.
Vejamos o exemplo, bastante atual,de Cludio Zarco, ator do grupo universitrio depesquis em teatro Ncleo Curare, com a sono-plastia de Raoni Amaral e direo de der Ro-drigues, inscreveu a pea Pssaro Fora do Arno Festival de Teatro da Cidade de Fortaleza, do
Foto: Arlan Elton
Cludio Zarco emPssaro Fora do Ar
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Cear, sendo aprovado, correu atrs de recur-sos com que bancar a viagem. No conseguiu.Tem o lado bom, da surgiu o projeto Arte EmMinha Casa, em que o ator fez duas apresenta-es com o m de arrecadar dinheiro. Conseguiu
algum, uma ajuda, para dizer a verdade, pouco.Foi, sozinho, complementando com o prprio di-nheiro, os custos da viagem. Voltou premiado.
Na msica, basta ir num domingo napraa da Estrada de Ferro Madeira Mamor, ouvisitar numa tera o Mercado Cultural, para seconstatar a quantidade e a qualidade dos m-sicos atuando em Porto Velho. Em todo caso,o Acstico Lo Fi, projeto independente, se abreespaos para apresentao das bandas e m-sicos, alm de poesia, movimentando a praada Estrada de Ferro, ele s est acontecendopor conta dos esforos (e gastos) do DouglasDigenes e com a ajuda das parcerias que fez.At onde sei, a Jam Bera, que h um bom tem-po movimenta as teras do Mercado Cultural,passa por diculdades com relao aparelha-gem de som (em processo licitatrio, e j sendoresolvido). O problema se mostra maior quando
se fala em custeio de viagens. A banda Kali e osKalhordas foi convidada a participar do SoulVi-sion, em So Paulo. Correram atrs de recur-sos, mas no conseguiram. Resultado: caram
sem participar.
Regula Cultura Rondnia
Um primeiro avano no que tocante polticas pblicas estaduais e municipais paraa cultura se deu com o implemento dos Siste-mas de Cultura Estadual e Municipal, as apro-vaes se deram em boa parte pela atuao domovimento Regula Cultura Rondnia (com gran-de participao do pessoal do Coletivo Caos),que teve sua primeira reunio geral acontecidano dia 29 de setembro de 2011, no Auditrio daUnir/Centro, desdobrando-se em novas reuni-es, peties e atos-shows.
Aprovados os Sistemas de Cultura,seguem-nos a real implementao que se d apartir da formao de um Conselho Estadual deCultura, formado por 32 representantes, 16 dasociedade civil e 16 do poder pblico e de seto-riais municipais, cujos participantes representa-ro os diversos segmentos artsticos interessa-dos como Teatro, Msica, Literatura, Pintura eoutros, deliberando sobre prticas e destinaodos recursos disponveis.
Pelas informaes que tenho, a im-platano do Sistema Municipal de Cultura estmais avanada que a do estadual, j contan-do com a realizao de 3 conferncias, a lti-ma acontecida entre os dias 21 e 23 de julho, e
Acstico Lo Fi: A cada domingo evento indepen-dente tem atrado mais e mais pessoas
Foto: Douglas Digenes
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um Frum Municipal de Polticas Pblicas, aointegrante que teve como proposta debater a
Gesto do Fundo Municipal de Cultura, Projetosde lei que incentivem a produo cultural local,Sistema de Informao Cultural, Polticas espe-ccas que protejam e promovam cultura dos po-vos indgenas, comunidades de matriz africana,comunidades ribeirinhas, migrantes e outras co-munidades tradicionais, Editais, Patrimnio P-blico do Municpio, Comemorao dos 100 anosde Porto Velho.
Reforma Cultural Popular
No dia 10 de julho de 2013, artistase produtores culturais ocuparam o ptio da Se-cel, que ca instalada no prdio do relgio, sua
inteno: exigir do poder pblico a elaboraode Polticas Pblicas para a Cultura, criao deuma Secretaria de Cultura, transparncia ora-mentria. Este foi o primeiro ato pblico do mo-
vimento denominado de Reforma Cultural Popu-lar, houve ocinas e apresentaes de artistas
diversos. Houve tambm, um primeiro dilogocom a Secretria de Cultura, Esporte e Lazer,
Eluane Martins, que ouviu os manifestantes e semostrou simptica causa.
Depois de mais uma ocupao daSecretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel),os participantes do movimento foram Secre-taria de Planejamento e Coordenao Geral(Seplan), para dialogar a respeito do desmem-bramento da Secel e da criao do Fundo Es-tadual de Cultura, propostas do movimento.Na ocasio, falaram com George AlessandroGonalves Braga, Secretrio de Planejamento
e Coordenao Geral e Eluane Martins, Secre-tria de Cultura, Esporte e Lazer. No houvenenhum avano. Ademais, foi promovido o en-forcamento simblico do Governador, em frente Assembleia Legislativa (veja o vdeo do Ron-dnia Ao Vivo), um protesto durante o eventode comemorao dos 101 anos da Estrada deFerro Madeira Mamor (veja o vdeo). Os parti-cipantes do Reforma Cultural Popular ainda temrealizado intervenes diversas no Acstico Lo
Fi, projees nas paredes da Secel, alm de re-centemente ter promovido um cortejo fnebreem protesto ao abandono da Estrada de FerroMadeira Mamor.
Enforcamento simblico doGovernador Confcio Moura
Foto: Ricaro Peres
http://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFwhttp://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFwhttp://www.youtube.com/watch?v=gEo3RgOE7U8http://www.youtube.com/watch?v=gEo3RgOE7U8http://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFwhttp://www.youtube.com/watch?v=pBuG0q9xfFw -
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Dois so os pontos principais sobreos quais buscam resoluo os manifestantes,primeiro: criao de um fundo estadual paracultura, segundo: criao de secretaria prpriapara a Cultura, com desmembramento da Secelque atualmente abrange duas pastas Cultura eEsporte e Lazer. O Fundo Estadual de Cultura,existe desde 2012, contudo, sua efetivao de-pende de dotao oramentria prpria. A efeti-vao do Fundo Estadual de Cultura possibilitauma poltica de editais, o que evita favorecimen-tos e promove o acesso aos recursos. O des-membramento da Secel, j previsto em propos-tas de campanha do Governador, baseia-se nabusca por uma instituio de alcance estadualque trate em especco daquilo que couber ao
desenvolvimento, manuteno e incentivo satividades culturais, considerando que a atu-al Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer temse mostrado insuciente no trato daquilo que
exigem as amplas esferas que abrange. Almdestas questes, outra exigncia do movimen-to Reforma Cultural Popular a transparnciaoramentria.
O que voc tem a ver com isso?
Para os artistas, agentes e produto-res culturais, mesmo dentre os mais desanima-dos, parece que as mobilizaes e as mudanaspor elas almejadas, tm tudo para os favorecer,ento, o interesse em participar gura dentre as
coisas da obviedade. Havendo um fundo pr-prio para a cultura, o artista, agente ou produtorcultural tem recursos garantidos para a sua ini-ciativa. A criao de uma Secretaria de Culturatambm trar muitos benefcios, j que tratar
to somente da Cultura e das questes dela de-rivadas.
Agora, se voc no artista, deve es-tar se perguntando: O que eu tenho a ver comisso? Tem muito. A mudana da forma atual detratar a cultura rondoniense tem muito a oferecera voc tambm. No h projeto sustentado pe-las verbas governamentais que no apresentemuma contrapartida social, isso quer dizer que o
projeto no ser aprovado caso no tenha nadaa oferecer para a comunidade. Vamos dizer quevoc no gosta de eventos culturais, que nogosta de literatura, msica, teatro, nem mesmode eventos populares como Festa do Estudan-te, Flor do Maracuj, dentre outros, ainda assim,tem algo a ver com o implemento de polticaspblicas para a cultura, considerando que a suainstalao prev uma mais intensa scalizao
dos recursos aplicados. Acredito que nos inte-
ressa bastante saber para onde o nosso dinhei-ro est indo.
Como voc pode ajudar?
O movimento Reforma Cultural Po-pular utiliza a internet, mais especicamente,
o facebook, para organizar e difundir suas mo-bilizaes, voc pode conferir o que j foi fei-to curtindo a fanpage do movimento e voc jpoder contribuir, tornando-se um disseminadordo movimento, compartilhando o material dis-ponibilizado. Agora, se pretende participar maisefetivamente do movimento, entre no grupo Re-forma Cultural Popular, intere-se das prximasreunies e mobilizaes.
Por enquanto, isso.
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Foto: Natal Arajo
Cortejo Fnebreda Madeira Mamor
http://www.facebook.com/ReformaCulturalPopularhttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttps://www.facebook.com/groups/206080872882398/?fref=tshttp://www.facebook.com/ReformaCulturalPopular -
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21/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 21Foto: Ronaldo Nina
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P O E S I A
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O QUE NO FOI
Teu sorriso...Trilhou o caminho.Sonhou um destino.Chegou!Provou...Gostou.Tornou-se real?Talvez irreal...
Uma historia de amor?Na verdade uma dor.O Fim chegou.Voc foi embora.O m de uma historia.
Vivo o que no senti...Outro m que no foi.
Thales Torres
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24/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 24
ESQUIZO
Meus olhos me traem de vez em quando, noites e noites ao lado de um copowhisky e uma carteira de Marlboro. Levanto, me presentear com mais uma dosese faz necessrio. Quando, esttico, vejo a imagem que se sobrepe a minha;- Jovem!Exclama a gura.
- Jovem homem triste, por que abaixas a cabea?Exaltado, respondo:- Adiantaria te explicar? Sempre que conversamos me vens com esse ar zom-
beteiro e superior...Ao ver as aspas empregadas ao ar, abaixa a cabea em tom de negao comum sorriso de canto de boca. Indaga:- Precisa de todo esse drama?Repondo.- Vai pro inferno.O ar cortado com o som de uma risada estridente;- HAHAHAHAHAH! E de dar d, meu amigo! Aps tantas reexes regadas
ao lcool, nunca te decides! Andando por a como um Pierrot lamentvel. Umhomem neurado sem um por que.
- No me conhece...- Como no? Cansei de te observar pelos becos, vagando como mais um pobreBukowski.- Cala a boca porra!Sua risada aumenta gradativamente e ininterrupta. Fecho meu punho direito,e jogo contra o seu rosto. O sangue jorra nos cacos de mais um espelho que-brado.- Cala a porra da boca!Viro-me, encho o copo, acendo um cigarro.
Thales Torres
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UM DIRIO DE MUITAS FUGAS
Rublev contratou meus serviospara acompanhar a fuga de Aristteles
apesar dele ser um gatunoacompanhei aquela correria
em uma das pernoitesAristteles esqueceu um dirio
prximo a fogueiraeu peguei o dirio
transformei-me em um fugitivoRublev oferece valiosas recompensaspor informaes sobre meus passos
aps dez anos lendotodos os dias aquele diriotive um rompante de loucura
queimeia capa, as folhas, as tintasagora tudo cinza
Rublev nunca me pegareu nunca sairei do rompante de loucura
aquele dirio nunca sairde minha retina
nem das pontas dos meus dedos
Eliaquim T. da Cunha
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OS FAZEDORES DE DESERTOS
o que voc faz nessa varanda?estou tomando meu cafde quando esse caf?geralmente fao toda semana,mesmo se tiver sobrado um poucomas, enquanto voc toma esse caf, o que voc pensa?reito sobre uma profecia dos fazedores de deserto
entre a quinta e a sexta eraas Fremd estaro reunidas em uma gora
esperam os fazedores de deserto
por esses tempos encontra-se muita apatia no senadoos senadores das Fremd no legislaro
a nobreza das Fremd se erguero cedoe de coroas solenes se prostraro
aos portes das cidades
a nobreza das Fremd contar saudaros fazedores de desertoestaro prontas para dar-lhespergaminhos escritos nas peles das criaturas dos reftspergaminhos sobre o suprassumo da nobreza das Fremd
nesses tempos haver cnsules e pretorescom togas bordadas e repletas de prpura
e pulseiras com grandes pedras preciosasdas minas do Subsolo
esperam os fazedores de deserto
as Fremd no tm dvidas que tais coisasdeslumbraro os fazedores de deserto
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os mais dignos oradoresderramaro seus verbosdiante os fazedores de deserto
mesmo sendo as criaturas mais nobresas Fremd no controlaro a inquietude
ento,
aps vrias eras de espera
as ruas, os tneis, as grutas se esvaziaroe todos voltaro para os refts preocupados
brotar a desconana
os fazedores de deserto no vm
e alguns elfos contratados pelas Fremdchegaro das fronteiras mais longnquas
diro que no h mais fazedores de desertoforam devorados pelo desejo de partir
Eliaquim T. da Cunha
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Tweet Potico
O que tenhovale o tempo
que no tenho mais?Jos Danilo Rangel
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O pouco quando tudo tanto que nos satisfaz e
satisfeitos, nos acostumamos malJos Danilo Rangel
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Tweet Potico
A coisa muito simples:voc mexe com o mundo
e o mundo mexe com voc.Jos Danilo Rangel
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EXTRA
O ator Cludio Zarco, 24 anos, do gru-po universitrio de pesquisa em teatro NcleoCurare, depois da cansada busca por apoio dasinstituies governamentais que atendem cul-tura para poder participar do festival de teatro dacidade de Fortaleza CE (FECTA) e no obter,pde nalmente contar com a ajuda de outros
artistas e da sociedade atravs da ideia de ami-gos de criarem o projeto A arte na minha casa,com o objetivo de conseguir arrecadaes vo-luntrias para as despesas com a participaono evento.
Participariam do festival em Fortalezadois artistas de Porto Velho, Raon do Amarale Cludio Zarco, porm por falta de verbas so-mente o ator Cludio conseguiu a viagem. Fo-ram cinco dias para chegar at a capital do Ce-ar, tempo esse prolongado devido o nibus noqual estava colidir com um caminho. O FEC-
TA, na sua dcima edio, ocorreu entre 17 e27 de julho e reuniu grupos teatrais de todo oBrasil e convidados internacionais com ns de
garantir visibilidade s suas produes e experi-mentaes estticas no campo do teatro. O ator
PSSARO NO AR!ARTISTA PORTOVELHENSE SEM APOIO DE POLTICAS PBLICAS CULTURAIS
PARTICIPA DE FESTIVAL TEATRAL DO NORDESTE E VOLTA COM PREMIAES
CludioZarco-E
m
PssaroForadoArFoto:
LuluTomie
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participou com a cena Pssaro Fora do Ar dedireo de der Rodrigues, professor do Cursode Artes da Universidade Federal de Rondnia(UNIR). No nal do festival houve as premiaes
e o Ncleo Curare com o artista portovelhense
foi contemplado com trs prmios: Melhor ator,Melhor sonoplastia e 3 Lugar no Jri Ocial,
sendo que esse ltimo d direito a uma apre-sentao no Festival do Centro Cultural Bancodo Nordeste; e indicado ao prmio de Grupo Re-velao e Melhor Direo.
Em entrevista com o ator esse relatouque a viagem foi uma experincia nica para avida prossional e pessoal, e que mesmo com
todos os imprevistos e obstculos a bagagemde conhecimento que trouxe para compartilharcom os artistas locais so to graticantes quan-to s premiaes conquistadas e a vontade derepresentar Rondnia. Em bom tom, Cludio fezquesto de destacar tambm o bom humor ehospitalidade do povo cearense.
Ainda que o Estado de Rondnia e oMunicpio de Porto Velho estejam atrasados no
quesito promover polticas pblicas para a cul-tura e aja com descaso aos problemas enfren-tados pela classe artstica; os artistas ainda tmtentado se xar enquanto categoria prossional
reconhecida e valorizada atravs de uma Refor-ma Cultural. Agora resta aguardar que essa re-forma seja alcanada a todos os artistas e quepromova verdadeira poltica pblica cultural eque outros artistas rondonienses possam levar aarte local a outros lugares do Brasil.
Artur Filzen
Cludio ZarcoEm Pssaro Fora do Ar
Foto: Arlan Elton
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PERTAPLAY
Quem Sou Eu?Canal: Reino TrgicoHenrique Lima
De Volta Ativa!Canal: Crnio DotadoDario Bandeira
Go Drums!Canal: Crnio DotadoDario Bandeira
As Aventuras de Ouve LongeCanal: Tino AlvesTino Alves
Protesto de ArtistasCanal: Caos Porto VelhoCaos Porto Velho
Dona do Carnaval - Sergio SCanal: Douglas DigenesDouglas Digenes
http://www.youtube.com/watch?v=WkoFtQD-dswhttp://www.youtube.com/watch?v=gEo3RgOE7U8http://www.youtube.com/watch?v=yFO0dgoxTxQhttp://www.youtube.com/watch?v=k4VL7tyEpgQhttp://www.youtube.com/watch?v=3dfYOqcW-0Ahttp://www.youtube.com/watch?v=PsUszDfwdFU -
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35/37EXPRESSES! Ago de 2013 | 35
DO LEITOR
A EXPRESSES! tem se moldado ao longo do tempo, e por diversasorientaes, uma delas a opinio dos leitores que sempre do interes-santes feedbacks a respeito de toda ela, mas, pelo acebook. Se voc temuma crtica, uma sugesto, mande para ns, temos bons ouvidos,
Obrigado.
Jos Danilo Rangel
mailto:[email protected]:[email protected] -
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ENVIO DEMATERIAL
Para submeter o seu texto, oto ou desenho para a revista EXPRESSES!, muito cil: escreva um e-mail explicitando a vontade de ter o seu tra-balho publicado na revista, anexe o material, na extenso em que ele es-tiver, .doc, .jpeg, e outros, e seus dados (nome, idade, ocupao, cidade)com a extenso .doc, para o endereo:
Para contos, a ormatao a seguinte, onte arial, 12, espao simples,mximo de 10 pginas.
Para crnicas, arial, 12, espao simples, mximo de 5 pginas,
Para poesia, arial, 12, espao simples, mximo de 10 pginas.
Ainda temos as sees Decodifcando, que abarca leituras de diversostemas, e a 10 Dicas, tambm com proposta de abraar uma temtica di-erenciada, onde voc pode sugerir flmes, revistas, msica, conselhos
e no sei mais o qu, alm dessas, a seo EXTRA, visa abranger o queainda no couber nas outras sees.
Para otos ou desenhos, a preerncia por imagens com resoluesgrandes, por conta da edio, e orientao retrato, por conta da estticada revista.
A revista EXPRESSES! sai todo dia 10, de cada ms, ento, at o dia 20de cada ms aceitamos material.
Porto Velho - Agosto de 2013Jos Danilo Rangel
mailto:[email protected]:[email protected] -
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Para conferir o nmero anterior, clique na imagem acima.
Nmero Anterior
http://pt.scribd.com/doc/153776030/EXPRESSoES-24