expo alto 2010 palestrante: prof. dr. marcelo bento paes de camargo - pesquisador científico - iac...

64
Agrometeorologista ( Engº Agrº / MS / PhD ) Instituto Agronômico - IAC Campinas – SP 05 / 08 / 2010 Exposição e Conferência Agropecuária do Alto Paranaíba ExpoAlto 2010 Campus de Rio Paranaíba-MG - UFV Marcelo Bento Paes de Camargo MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEUS IMPACTOS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEUS IMPACTOS NA CAFEICULTURA DO CERRADO NA CAFEICULTURA DO CERRADO

Upload: revista-cafeicultura

Post on 02-Jul-2015

1.159 views

Category:

Entertainment & Humor


0 download

DESCRIPTION

Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado (Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC; Debatedor: Magnífico Reitor da UFV, prof. Dr. Luiz Cláudio Costa; Moderador: Prof. Dr. André Luis Teixeira Fernandes – UNIUBE/FAZU, Coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa-Café)

TRANSCRIPT

Page 1: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Agrometeorologista ( Engº Agrº / MS / PhD )Instituto Agronômico - IAC

Campinas – SP

05 / 08 / 2010

Exposição e Conferência Agropecuária do Alto Paranaíba ExpoAlto 2010

Campus de Rio Paranaíba-MG - UFV

Marcelo Bento Paes de Camargo

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEUS IMPACTOS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEUS IMPACTOS

NA CAFEICULTURA DO CERRADONA CAFEICULTURA DO CERRADO

Page 2: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

CAUSAS DA VARIABILIDADE DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

60–70%da Variabilidade da produção agrícola é decorrente do CLIMA

ORTOLANI, 1995

C L I M A

GENÉTICA

SOLO

MA

NE

JO

Liebig

“Lei do Mínimo”

Page 3: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

O Clima exerce papel preponderante na produção agrícola, sendo responsável principal pela:

- Diversidade das culturas;

- Variabilidade da produtividade e qualidade.

CLIMA E AGRICULTURA NO BRASIL

Page 4: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Potencial

Limitada

Real

Produtividade (%)

Tip

o d

e P

rod

utiv

ida

de

CLIMA (RS, fotoperíodo)

e GENÉTICA (espécies)

Fatores Determinantes

Fatores Limitantes

CLIMA (água) e SOLO (nutrientes)

Fatores RedutoresMANEJO fitossanidade,

plantas invasoras)

Pereira, A.R., 2008Pereira, A.R., 2008

100

NÍVEIS DE PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA

Page 5: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

PRINCIPAIS CAUSAS DE QUEBRA DE PRODUTIVIDADE NA CAFEICULTURA

ADVERSIDADES METEOROLÓGICAS

- Def. Hídrica: 56 %

- Excesso Hídrico: 17 %

- Temp. Adversas: 14 %

- Granizo: 8 %

- Vento: 3 %

- Outros: 2 %

(Schwanz, 1996)

73%

Page 6: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

SECAS (ano civil):- 1942, 1961, 1963 (severíssimas);- 1975, 1985, 1994, 2000, 2001, 2002, 2004, 2007 (severas).

SECAS (ano agrícola):- 1976/77, 1977/78 (veranicos): verão.

EXCESSO DE UMIDADE:- 1976, 1982, 1983, 1987, 2009.

GEADAS:- 1892, 1902, 1918, 1942, 1975, 1979, 1994 (severíssimas);- 1895, 1953, 1957, 1965, 1981, 2000 (severas).

ALTAS TEMPERATURAS:1961, 1963, 1985 (out), 2000 (out), 2002 e 2007 (outono e primavera)

PRINCIPAIS ADVERSIDADES METEOROLÓGICAS NA CAFEICULTURA BRASILEIRA

Page 7: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CAFÉ CULTIVADAS NO BRASIL

CAFÉ ARÁBICA: (Coffea arabica L.)

Planta tropical de altitude, de meia sombra.

Origem: altiplanos da Etiópia e Sudão: alt. 1.600 - 2.000m

Temperatura média anual: 18 - 23°C

CAFÉ ROBUSTA: (Coffea canephora Pierre ex Froehner)

Planta equatorial de baixa altitude, de meia sombra.Origem: África central, regiões quentes e úmidas da bacia do

Congo (Congolês); e quentes e sub-úmidas da região oeste da África: Guiné-Bissau, Costa do Marfim (Guineano).

Temperatura média anual: 22 - 26°C

Page 8: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

DISTRIBUIÇÃO NATURAL DAS ESPÉCIES MAIS CONHECIDAS DO GÊNERO Coffea NA ÁFRICA

Fonte: Ferrão et al, 2007

Grupos de Materiais de

Coffea arabica:

Etiópia, Sudão e Kenia

Coffea canephora:

Congolês: África Central Robusta, Guarini, Apoatã

Guineano: Oeste da África Kouillou

Page 9: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Áreas de Produção de Café no Brasil

O tempo é o principal fator responsável pelas oscilações e frustrações das produções cafeeiras no Brasil

Temperatura Média Anual - Ta

Ta < 18 oC Inapta

18 oC < Ta < 23 oC Apta

Ta > 23 oC Inapta

Café arábica

Temperatura Média Anual - Ta

Ta < 23 oC Inapta

23 oC < Ta < 26 oC Apta

Ta > 26°C Inapta

Café robusta

Deficiência Hídrica Anual - DHa

DHa < 200 mm Apta

DHa > 200 mm Inapta

arábica & robusta

Page 10: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

BALANÇO HDRICO NORMALMARÍLIA - SP

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

J F M A M J J A S O N D

Mês

DE

FIC

IT

EX

CE

DE

NT

E

(

mm

)

BALANÇO HÍDRICO NORMALFRANCA - SP

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

J F M A M J J A S O N D

Mês

DE

FIC

IT

EX

CE

DE

NT

E

(m

m)

BALANCO HIDRICO NORMALPOÇOS DE CALDAS - MG

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

J F M A M J J A S O N D

Mês

DE

FIC

IT

EX

CE

DE

NT

E

(m

m)

BALANCO HIDRICO NORMALLONDRINA - PR

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

J F M A M J J A S O N D

Mês

DE

FIC

IT

EX

CE

DE

NT

E

(

mm

)

BALANÇO HÍDRICO NORMALARAGUARI - MG

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

J F M A M J J A S O N D

Mês

DE

FIC

IT

EX

CE

DE

NT

E

(m

m)

BALANÇO HÍDRICO NORMALBARREIRAS - BA

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

J F M A M J J A S O N D

Mês

DE

FIC

IT

EX

CE

DE

NT

E

(m

m)

Alt: 850 m Lat: 20°25’S

Ta:21.0°C WD: 70 mm

Alt: 1026m Lat: 20°33’S

Ta: 19.3°C WD: 53mm

Alt:1200m Lat:21°47’S

Ta:18,6°C DH:16 mm

Alt: 652m Lat: 22°13’S

Ta: 22,1°C DH: 51mm

Alt: 570m Lat:23°23S

Ta: 20,6°C DH: 0 mm

Alt: 820m Lat: 18°38’S

Ta: 22,0°C DH: 153 mm

Alt: 700m Lat: 12°09’S

Ta: 22,0°C DH: 183 mm

BH DE REGIÕES PRODUTORAS DE CAFÉ ARÁBICA DO BRASIL

BALANÇO HÍDRICO NORMALPATROCÍNIO - MG

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

J F M A M J J A S O N D

Mês

DE

FIC

IT

EX

CE

DE

NT

E

(

mm

)

Alt: 970m Lat: 18°57’S

Ta:21,5°C DH: 56mm

Page 11: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Fenologia Produtividade

Qualidade

EFEITO NA CAFEICULTURA

Page 12: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

DOS

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

GEMAS FLORAIS DOS FRUTOS

CHUMBINHOCRESCIMENTO E FRUTOS FRUTOS

MATURAÇÃO

RAMOS

DOSDOSGEMAS VEGETATIVAS DORMÊNCIA DAS E EXPANSÃO

FLORADA,FORMAÇÃO DAS

1º ANO Fenológico 2º ANO Fenológico

1ª FASE 2ª FASE 3ª FASE 4ª FASE 5ª FASE 6ª FASE

VEGETAÇÃO E INDUÇÃO, GRANAÇÃO

PENEIRA BAIXA

REPOUSOE SENESC.

ETp = 700 mmDIAS LONGOS7 MESES

DIAS CURTOSETp = 350 mm

PEQUENAS

PERÍODO VEGETATIVO REPOUSO PERÍODO REPRODUTIVO AUTO-PODA

NOVO PERÍODO VEGETATIVO

FOLHASSECA: AFETA GEMAS E PRODUÇÃO DO ANO SEGUINTE

SECA: SECA:CHOCHAMENTO

SECA: BOA BEBIDA

Camargo, A. P. & Camargo, M.B.P. (2001)

1. SET- MAR: Vegetação e formação das gemas vegetativas2. ABR-AGO: Indução, crescimento e dormência das gemas florais

3. SET-DEZ: Florada, chumbinho e expansão dos frutos4. JAN-MAR: Granação dos frutos5. ABR-JUN: Maturação dos frutos6. JUL-AGO: Repouso

ESQUEMA DA FENOLOGIA DO CAFEEIRO ARÁBICA

Page 13: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

6 - Expansão dos frutos 7 - Grão verde 8 - Verde cana

0 - Gema dormente 1 - Gema entumecida 2 - Abotoado

3 - Florada 4 - Pós-florada 5 - Chumbinho

FENOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA PRODUÇÃO DO CAFEEIRO ARÁBICA

Pezzopane, et al., 2003

SET-OUT

JUN-AGO AGO-SET

OUT-NOV

NOV-DEZ

JAN-FEV MAR-ABR

Page 14: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

9 - Cereja 10 - Passa

11 - Seco

MAI-JUN JUN-JUL

JUL-AGO

FENOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA PRODUÇÃO DO CAFEEIRO ARÁBICA

Pezzopane, et al., 2003

Page 15: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Angelo Paes de Camargo

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS IDEAISPARA OBTENÇÃO DE BEBIDA FINA NO BRASIL

TM (°C) DH (mm) Alt. (m) Local18 - 19 > 20 1.150 Poços de Caldas - MG19 – 20 > 50 980 Franca - SP20 – 21 > 100 1.070 Carmo do Paranaíba - MG21 – 22 > 150 820 Araguari-MG, Barreiras-BA

< Ta: < Ta: + lenta a fermentação< Umidade: < Umidade: + rápido a polpa se desidrata

Não atingem as fases fermentativas prejudiciaisNão atingem as fases fermentativas prejudiciais

Page 16: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

FATORES CLIMÁTICOS E QUALIDADE NATURAL DA BEBIDA DO CAFÉ

Térmico: interfere na duração do ciclo produtivo e época de maturação.

Período “maturação-colheita” em função do acúmulo de GD

Clima quente: ciclo curto Clima frio: ciclo longo

Hídrico: clima úmido no período “maturação-colheita”. Favorece desenvolvimento de microorganismos e a fermentação da polpa do café cereja.

Ortolani, et al., 2001

Page 17: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Silva et al., 2009

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA QUALIDADE NATURAL DE BEBIDA DE CAFÉ ARÁBICA NA REGIÃO MOGIANA

Demarcação Geográfica / Certificação de Origem

Qualidade Natural de Bebida de Caféconsiderando fatores Térmicos

Altitude Qualidade da Bebida

Acima de 1000 m Estritamente Mole, encorpada

De 700 – 1000 m Mole

De 500 – 700 m Dura

Abaixo de 500 m Rio

Camargo & Cortez, 1998

Page 18: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Condições Climatológicas de Produção de Café do Cerrado Mineiro

FUNDACCER / CACCER, 2009

Monte CarmeloAlt.: 880 mTa: 21,2°C

Prec.: 1227 mmDH: 182 mm

Patos de MinasAlt.: 944 mTa: 21,1°C

Prec.: 1474 mmDH: 123 mm

Page 19: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Distribuição Pluviométrica Mensal

Precipitação Pluvial Média

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

250

275

300

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

mm

Patos de Minas Araxá

Precipitação Pluvial Média

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

250

275

300

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

mm

Machado Caratinga

Patos de Minas e AraxáMachado e Caratinga

Condições Climatológicas de Produção de Café do Cerrado Mineiro

FUNDACCER / CACCER, 2009

Page 20: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Distribuição Mensal das Temperaturas

Temperaturas Máximas e Mínimas Médias Mensais

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

22,0

24,0

26,0

28,0

30,0

32,0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

°C

Machado Caratinga Machado Caratinga

Temperaturas Máximas e Mínimas Médias Mensais

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

22,0

24,0

26,0

28,0

30,0

32,0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

°C

Patos de Minas Araxá Patos de Minas Araxá

Patos de Minas e AraxáMachado e Caratinga

Condições Climatológicas de Produção de Café do Cerrado Mineiro

FUNDACCER / CACCER, 2009

Page 21: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Distribuição Mensal da UR

Umidade Relativa Médias Mensais

40

50

60

70

80

90

100

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

%

Machado Caratinga Mococa Franca Londrina

Umidade Relativa Médias Mensais

40

50

60

70

80

90

100

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

%

Patos de Minas Araxa

Patos de Minas e AraxáMachado, Caratinga, Mococa, Franca e Londrina

Condições Climatológicas de Produção de Café do Cerrado Mineiro

FUNDACCER / CACCER, 2009

Page 22: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Insolação médias mensais

0,0

25,0

50,0

75,0

100,0

125,0

150,0

175,0

200,0

225,0

250,0

275,0

300,0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

hrs

Machado Caratinga Mococa Franca Londrina

Insolaçao médias mensais

0,0

25,0

50,0

75,0

100,0

125,0

150,0

175,0

200,0

225,0

250,0

275,0

300,0

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Mês

hrs

Patos de Minas Araxa

Distribuição Mensal da Insolação

Patos de Minas e AraxáMachado, Caratinga, Mococa, Franca e Londrina

Condições Climatológicas de Produção de Café do Cerrado Mineiro

FUNDACCER / CACCER, 2009

Page 23: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

a)- Distribuição de chuvas concentradas no verão e bem menor no inverno.

c)- Temperaturas médias amenas no outono condicionam maturação mais lenta. A continentalidade da região do Cerrado Mineiro propicia maior amplitude das temperaturas.

e)- Maior insolação nos meses de outono e inverno, evita a ocorrência de fermentações prejudiciais à qualidade da bebida.

g)- UR do ar mais baixa é benéfica para a obtenção de bebida de qualidade superior, permitindo baixa acidez e sabor achocolatado.

Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas Favorecem a Maturação e Colheita

Condições Climatológicas de Produção de Café do Cerrado Mineiro

FUNDACCER / CACCER, 2009

Page 24: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Avaliação por Tipo de Bebida: Alfenas-MG

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09

Safra

Tip

o d

e b

eb

ida

Fino Duro DLR Riado Rio Consumo

Grupo Ipanema – Faz. Conquista

Page 25: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Monitoramento da T ar e da água no solo; Simula a fenologia; Estimativa dos efeitos do “tempo” sobre a

produtividade e qualidade.

Balanço Hídrico Sequencial

Monitoramento Agrometeorológico da Cafeicultura

Page 26: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

MONITORAMENTO AGROMETEOROLÓGICO: Patrocinio-MG - 2009

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Tem

per

atur

a (º

C)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Chu

va (

mm

)

Chuva_Dec 2009 Média (2002/09) 2009

Page 27: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

MONITORAMENTO AGROMETEOROLÓGICO: Patrocinio-MG - 2010

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Tem

per

atur

a (º

C)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Chu

va (

mm

)

Chuva_Dec 2010 Média (2002/09) 2010

Page 28: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Período indutivo e gemas dormentesGema

entumecidaAbotoado Florada Chumbinho Expansão

dos frutos

MONITORAMENTO AGROMETEOROLÓGICO: BH DECENDIAIS (Patrocínio-MG) 2009

-40

-20

0

20

40

60

80

100

DE

FIC

.

E

XC

ED

EN

TE

(m

m)

Page 29: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Período indutivo e gemas dormentesGema

entumecidaAbotoado Florada Chumbinho Expansão

dos frutos

MONITORAMENTO AGROMETEOROLÓGICO: BH DECENDIAIS (Patrocínio-MG) 2010

-40

-20

0

20

40

60

80

100

DE

FIC

.

EX

CE

DE

NT

E (

mm

)

Page 30: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Floração Café Alfenas-MG - 2009

1ª 04/SET/092ª 03/OUT/093ª 25/OUT/09

4ª 11/NOV/095ª 07/DEZ/09

Page 31: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Barras indicam a variação (cenários) em 2100 resultantesde vários modelos de simulação climática do IPCC

MODELOS DE SIMULAÇÃO DE MUDANÇA CLIMÁTICA

Aquecimento Global

Há uma grande incerteza na quantidade de aquecimento que poderia resultar a partir de qualquer concentração de GEE

IPCC FOURTH ASSESSMENT REPORT – CLIMATE CHANGE 2007

Page 32: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

► A temperatura mundial aumentará de 1,1 a 6.4°C até 2100. Um valor mais seguro ficará entre 1,8 e 4,0°C.

► O aquecimento e as chuvas serão mais intensos nas latitudes mais elevadas.

► Aumento dos eventos climáticos extremos.

http://www.ipcc.ch/

IPCC FOURTH ASSESSMENT REPORT – CLIMATE CHANGE 2007Principais previsões

IPCC Fourth Assessment Report, Nov / 2007

Page 33: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Região Cenário A2 Cenário B2

N4-6°C

< Prec. 15-20%

3-5°C< Prec. 5-15%

NE2-4°C

< Prec. 15-20%

1-3°C< Prec. 15%

SE e CW 3-6°C 2-3°C

S2-4°C

> Prec. 5-10%

1-3°C

> Prec. 5%

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL 4º INFORME DO IPCC (2007)4º INFORME DO IPCC (2007)

Page 34: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Fazuoli, L.C., Thomaziello, R.A., Camargo, M.B.P, 2007

- Inapta: Ta < 17 oC

- Marginal: 17 < Ta < 18 oC

- Apta: 18 < Ta < 23 oC

- Marginal: 23 < Ta < 24 oC

- Inapta: Ta > 24°C

Temperaturas atuais e cenário com aquecimento de 3°C

RegiãoAltitude Ta Ta + 3°C

(m) (°C) (°C)

Mogiana (Franca) – SP 800-1200 18-21 21-24

South (Piraju) – SP 700-800 19-20 22-23

Central-West (Marília) – SP 500-600 21-22 24-25

South (Alfenas, Varginha_– MG 800-1200 18-21 21-24

Cerrado (Araguari, Patrocinio) - MG 700-1100 19-22 22-25

Matas de Minas (Manhuaçu) - MG 600-800 19-21 22-24

High lands (Afonso Claudio) – ES 400-800 19-23 22-26

Robusta: Low lands (S.G.Palha)– ES 20-400 22-24 25-27

Robusta: Rondonia (Ouro Preto) – RO 200-500 23-25 26-28

- Inapta: Ta < 20 oC

- Marginal: 20 < Ta < 22 oC

- Apta: 22 < Ta < 26 oC

- Marginal: 26 < Ta < 27 oC

- Inapta: Ta > 27°C

Café Arábica Café Robusta

AQUECIMENTO GLOBAL AQUECIMENTO GLOBAL Impactos na Cafeicultura BrasileiraImpactos na Cafeicultura Brasileira

Page 35: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

+1°C Perda: 25%Perda: 25%

Verde: áreas aptas

ATUAL

+3°C +5,8°C

Assad et al., 2004

Perda: 69%Perda: 69% Perda: 97%Perda: 97%

AQUECIMENTO GLOBAL AQUECIMENTO GLOBAL Impactos na Cafeicultura MineiraImpactos na Cafeicultura Mineira

Page 36: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

ATUAL +1°C

+3°C +5,8°C

Perda: 23%Perda: 23%

Perda: 60%Perda: 60% Perda: 96%Perda: 96%

Assad et al., 2004Verde: áreas aptas

AQUECIMENTO GLOBAL AQUECIMENTO GLOBAL Impactos na Cafeicultura PaulistaImpactos na Cafeicultura Paulista

Page 37: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Cenário AtualZoneamento do Café Arabica

Pinto et al., 2008

Required Irrigation

Low climatic risk

Recomended Irrigation

Frost risk

High climatic risk

High T risk

AptaRisco de Geada Irrigação origatória

AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVAGEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL

Page 38: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Required Irrigation

Low climatic risk

Recomended Irrigation

Frost risk

High climatic risk

High T risk

Informações fundamentais não foram consideradas:

Variação Fotoperiódica; Risco de Geadas; Distribuição de Chuvas.

Santa Maria, RS

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec

Months

Av

era

ge

Te

mp

(oC

)

0

50

100

150

200

250

Ra

infa

ll (m

m)

Rainfall

Avg Temp

Pindorama, SP

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec

Months

Av

era

ge

Te

mp

(oC

)

0

50

100

150

200

250

Ra

infa

ll (m

m)

Rainfall

Avg Temp

AQUECIMENTO GLOBAL Impactos na Cafeicultura Brasileira

Cenario A23-6°C

Pinto et al., 2008

AptaRisco de Geada Irrigação origatória

Page 39: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

RISCO MÉDIO DE OCORRÊNCIA DE GEADAS

Risco de ocorrência de geadasDia 14/07/2010

Anual

Page 40: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

GEADA : MÉXICO – JAN / 2010

Vera Cruz, Puebla, Hidalgo, San Luis Potosi

30°

20°

Page 41: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

GEADA : MÉXICO – JAN / 2010

Vera Cruz, Puebla, Hidalgo, San Luis Potosi

Page 42: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Veja21/06/2006

Page 43: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

L C MOLION (UFAL)Molion, 2008

Page 44: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Clima:

Variabilidade ?Anomalia ?

Mudança ?

Variação da temperatura da superfície global – 1861-2000

Molion, 2008

Page 45: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

O CLIMA ESTÁ MUDANDO ?

O Aquecimento Global e a Agricultura

Lat.: 22° 54’SLong.: 47° 05’WAlt.: 674 m

Posto meteorológico: IAC / APTA

Campinas, SP: 1890 - 2009(120 anos)

Page 46: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

PRECIPITAÇÃO PLUVIAL: TOTAL ANUAL

Campinas – SP: 1890 / 2009 (120 anos)

Média = 1394 mm

Page 47: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

> 1.3 °C> 1.3 °C > 2.6 °C> 2.6 °C

T Max

y = 0,0178x + 20,228

19,0

20,0

21,0

22,0

23,0

24,0

25,0

18

90

19

00

19

10

19

20

19

30

19

40

19

50

19

60

19

70

19

80

19

90

20

00

Ano

Te

mp

era

tura

dia

(°C

)

Tmed Med móvel 5 Linear (Tmed)

> 2,0 °C> 2,0 °C

Ta = 21.3°C

T Média

T Min

TEMPERATURAS MÉDIAS ANUAIS

Campinas – SP: 1890 / 2009 (120 anos)

Page 48: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

POSTO METEOROLÓGICO

Campinas – SP (1890 / 2009)

Aquecimento e / ou Urbanização: Ilhas de calor ?

Page 49: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Se refere à capacidade e habilidade do sistema de enfrentar condições meteorológicas adversas

Mesmo MacroclimaMesmo Macroclima

Diferentes MicroclimasDiferentes Microclimas

AQUECIMENTO GLOBAL Obtenção de Resiliência

Pereira, A.R., ESALQ / USP

Page 50: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Alteração Planejada do Microclima

ARBORIZAÇÃO

IRRIGAÇÃO

ADENSAMENTO

MANEJO DO MATO

AQUECIMENTO GLOBAL

Mitigações Agronômicas

Fazuoli, L.C., Thomaziello, R.A., Camargo, M.B.P - 2007

Page 51: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Camargo, et al., 2008; Pezzopane et al., 2008

Coqueiro Anão:Reducão de até 2°CMenores amplitudes

Seringueira:Redução de até 3°CMenores amplitudes

Coqueiro Anão Cocos nucifera L.

SeringueiraHevea brasiliensis

espaçamento 16 x16 m

espaçamento 8 x 8 m

Banana Prata Musa spp

Grevilea Grevilea robusta

AQUECIMENTO GLOBAL Mitigações Agronômicas: Arborização

Page 52: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Fazuoli, L.C., Thomaziello, R.A., Camargo, M.B.P - 2007

AQUECIMENTO GLOBAL Mitigações Agronômicas: Adensamento, Manejo e Irrigação

GOTEJO

Reduz erosão e amplitude térmica do ar e solo;

Aumenta capacidade de retenção de água no solo;

Irrigação :viabiliza cultivo em regiões Ta >23ºC

Page 53: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

ADAPTAÇÕES AGRONÔMICAS

Espécies e Cultivares

Programa de Melhoramento do IAC:

Banco de germoplasma-Coffea:

Seleção genótipos tolerantes ao calor e seca:(arabica, canephora, dewevrei, congensis, racemosa).

AQUECIMENTO GLOBAL Adaptações Agronômicas: Cultivares

Fazuoli, et al., 2009

Page 54: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

- Catuaí IAC 62, IAC 99, IAC 144 C. arabica Susceptível a ferrugem Ótima qualidade de bebida. Boa adaptação a temperaturas de até 25°C, com irrigação

- Obatã IAC 1669-20 Híbrido C. arabica e C. canephora. Alta resistência a ferrugem Peneira média 17 Excelente qualidade de bebida. Boa adaptação a temperaturas de até 25°C, com irrigação

AQUECIMENTO GLOBAL

Adaptações Agronômicas: Cultivares Atuais

Fazuoli, L.C., Thomaziello, R.A., Camargo, M.B.P - 2007

Page 55: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

- Catuaí SH3 IAC Cruzamento Catuaí x BA10 (India) Resistência a ferrugem Tolerante a seca Excelente qualidade de bebida. Boa adaptação a temperaturas mais elevadas

- Mundo Novo SH3 IAC Cruzamento Mundo Novo x BA10 (Índia) Resistente a ferrugem Tolerante a seca Excelente qualidade de bebida. Boa adaptação a temperaturas mais elevadas

Fazuoli, L.C. et al. - 2010

AQUECIMENTO GLOBAL

Adaptações Agronômicas: Cultivares Promissoras

Page 56: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Bergo et al., 2005

AQUECIMENTO GLOBAL AQUECIMENTO GLOBAL Adaptações Agronômicas: CultivaresAdaptações Agronômicas: Cultivares

Rio Branco-AC (EMBRAPA - Acre): Média de 8 anos (1997/2004)

Altitude: 160 m

DHa = 77 mm

Plantio: 1995

Ta = 25,0°C

Sem irrigação

Espaçamento: 3 x 2 m

-50

0

50

100

150

200

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Water deficit Water Surpplus , mm

Alt: 160m Lat: 09°55’STa: 25.0°C WD: 77mm

Experimentos com diversas cultivares de café em regiões quentes do Brasil

Page 57: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Associação de

Tecnologias

Cultivar

Irrigação

Arborização

Adensamento

Manejo do mato

Podas

AQUECIMENTO GLOBAL Mitigações e Adaptações Agronômicas

Thomaziello, 2009

Page 58: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

AQUECIMENTO GLOBAL

Associação de Tecnologias

Cambuhy Agrícola: Matão–SPAltitude: 500m; Ta°C = 24,0°C

1. Lavoura antiga (sem manejo de irrigação)

cv: Mundo Novo: 4,0 x 1,5m (1.666 pés/ha); área 850 ha;

Produtividade Média: 16 sc / ha

2. Lavoura atual (irrigado/gotejamento), manejo mato;

cv: Catuaí: 3,5 x 0,5m (5.700 pés/ha); área 300 ha;

Produtividade Média: 48 sc / ha

Thomaziello, 2009

Page 59: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Município de Pirapora - MG

Às margens do rio São Francisco,

em região quente e seca alt.: 480-510 m, Ta média: 24,5º C

Fazenda São Thomé

AQUECIMENTO GLOBAL

Associação de Tecnologias

Matiello et al., 2009

Page 60: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Matiello et al. - 2009

Page 61: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado
Page 62: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Resultados de produtividade

- 2004 (2,5 anos): 89 sc/ha- 2005 (3,5 anos): 78 sc/ha- 2006 (4,5 anos): 67 sc/ha- 2007 (5,5 anos): 68 sc/ha- 2008 (6,5 anos): 42 sc/ha - 2009 (7,5 anos): 70 sc/ha

Média 6 safras = 69 sc/ha

Matiello et al., 2009

AQUECIMENTO GLOBAL

Associação de Tecnologias

Pirapora-MG - Ta : 24,5°C

Page 63: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

CONCLUSÕES

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEUS IMPACTOS NA CAFEICULTURA DO CERRADO

Mitigações e Adaptações Agronômicas

1. Os cenários de aumento de T°C (IPCC) são preocupantes, podendo afetar a produtividade e qualidade.

2. Os informes devem ser mais cautelosos e consistentes, para evitar interferência negativa no planejamento do agronegócio.

3. Mitigações e Adaptações agronômicas podem minimizar os impactos do aquecimento global na cafeicultura.

Fazuoli, L.C., Thomaziello, R.A., Camargo, M.B.P - 2007

Page 64: Expo Alto 2010 Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo - Pesquisador Científico - IAC - Mudanças climáticas e seus impactos na cafeicultura do Cerrado

Obrigado !

Marcelo Bento Paes de CamargoMarcelo Bento Paes de Camargo

AgrometeorologistaAgrometeorologistaPesquisador CientíficoPesquisador CientíficoEngº Agrº / MS / PhDEngº Agrº / MS / PhD

Instituto Agronômico – IACInstituto Agronômico – IAC

[email protected]@iac.sp.gov.brwww.iac.sp.gov.brwww.iac.sp.gov.br