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PLANEJAMENTO AGRONOMICO DE IRRIGAÇÃO NA CAFEICULTURA Daniele Cristina Nascimento Brandão 1 Jacson Montalvão 2 Juliana Fernandes dos Santos 3 Laryssa Leão Ferreira 4 Celso Pereira de Oliveira 5 Palavras-chave: Cafeicultura, Café, Irrigação, Planejamento, Temperatura 1. INTRODUÇÃO A cafeicultura é a ciência que estuda as plantações e cultivos dos cafeeiros, tendo como objetivo da mesmo a colheita do fruto ou até mesmo melhoria de semente para a produção de grãos. No Brasil o café foi desenvolvido pelo Norte, mas especificamente por Belém, no ano de 1727, trazido da Guiana Francesa ao Brasil pelo Sargento Mor-Francisco de Mello Palheta a pedido do Governador do Maranhão e Grão-Pará, devido ao grande valor comercial que o mesmo já possuía naquela época. Hoje o país é o maior produtor do mundo e o segundo maior consumidor. (DICIONÁRIO INFORMAL, 2016) Nos cafeeiros o que deve ser analisado é prioritariamente o local onde estão plantados, sendo os processos de irrigação aderidos conforme as necessidades hídricas de cada região pode ser mais intenso ou não, fator esse que influencia muito no desenvolvimento das plantas. O cafeicultor visa os procedimentos de irrigação não só como uma forma de alcançar uma produtividade desejada, mas também ser um diferencial, obtendo um fruto de melhor qualidade visando assim um preço melhor no mercado resultando em lucros expressivos. O planejamento e analise do local antes da instalação do sistema de irrigação é a prioridade, pois conforme os resultados definir-se-á o sistema mais propício, podendo ser o sistema de gotejamento ou de um pivô- central, sendo esses os mais comuns e mais utilizados atualmente. (CANAL DO PRODUTOR, 2009) 2. OBJETIVO Temos como objetivo primordial deste trabalho organizar o conhecimento que foi adquirido pelos autores e coautores deste, através de artigos e literaturas que visam os melhores planejamentos nos sistemas de irrigação, disponibilizando assim para os interessados uma opção a mais de conhecimento sobre o assunto e alternativas de irrigação viáveis à sua plantação, procurando atingir o que é esperado e superando as metas, dando ao mercado uma qualidade melhor, resultando em lucros e satisfação dos consumidores e também produtores. 3. METODOLOGIA: A metodologia foi composta de revisão bibliográfica baseada em análises de artigos e pesquisas complementares realizadas, para obtermos uma base de conhecimento sobre os sistemas de irrigação aptos para determinadas localizações, os fatores que influenciam na hora 1 Acadêmica do Curso de Agronomia, coautora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Agronomia, autora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected] 3 Acadêmica do Curso de Agronomia, coautora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected] 4 Acadêmica do Curso de Agronomia, autora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected] 5 Professor do Curso de Agronomia, orientador do trabalho CEULJ/ULBRA. E-mail: [email protected]

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PLANEJAMENTO AGRONOMICO DE IRRIGAÇÃO NA CAFEICULTURA

Daniele Cristina Nascimento Brandão 1

Jacson Montalvão 2 Juliana Fernandes dos Santos 3

Laryssa Leão Ferreira 4

Celso Pereira de Oliveira 5 Palavras-chave: Cafeicultura, Café, Irrigação, Planejamento, Temperatura

1. INTRODUÇÃO

A cafeicultura é a ciência que estuda as plantações e cultivos dos cafeeiros, tendo como objetivo da mesmo a colheita do fruto ou até mesmo melhoria de semente para a produção de grãos. No Brasil o café foi desenvolvido pelo Norte, mas especificamente por Belém, no ano de 1727, trazido da Guiana Francesa ao Brasil pelo Sargento Mor-Francisco de Mello Palheta a pedido do Governador do Maranhão e Grão-Pará, devido ao grande valor comercial que o mesmo já possuía naquela época. Hoje o país é o maior produtor do mundo e o segundo maior consumidor. (DICIONÁRIO INFORMAL, 2016)

Nos cafeeiros o que deve ser analisado é prioritariamente o local onde estão plantados, sendo os processos de irrigação aderidos conforme as necessidades hídricas de cada região pode ser mais intenso ou não, fator esse que influencia muito no desenvolvimento das plantas. O cafeicultor visa os procedimentos de irrigação não só como uma forma de alcançar uma produtividade desejada, mas também ser um diferencial, obtendo um fruto de melhor qualidade visando assim um preço melhor no mercado resultando em lucros expressivos. O planejamento e analise do local antes da instalação do sistema de irrigação é a prioridade, pois conforme os resultados definir-se-á o sistema mais propício, podendo ser o sistema de gotejamento ou de um pivô- central, sendo esses os mais comuns e mais utilizados atualmente. (CANAL DO PRODUTOR, 2009)

2. OBJETIVO

Temos como objetivo primordial deste trabalho organizar o conhecimento que foi adquirido pelos autores e coautores deste, através de artigos e literaturas que visam os melhores planejamentos nos sistemas de irrigação, disponibilizando assim para os interessados uma opção a mais de conhecimento sobre o assunto e alternativas de irrigação viáveis à sua plantação, procurando atingir o que é esperado e superando as metas, dando ao mercado uma qualidade melhor, resultando em lucros e satisfação dos consumidores e também produtores.

3. METODOLOGIA:

A metodologia foi composta de revisão bibliográfica baseada em análises de artigos e pesquisas complementares realizadas, para obtermos uma base de conhecimento sobre os sistemas de irrigação aptos para determinadas localizações, os fatores que influenciam na hora

1Acadêmica do Curso de Agronomia, coautora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected] 2Acadêmica do Curso de Agronomia, autora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected] 3Acadêmica do Curso de Agronomia, coautora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected] 4Acadêmica do Curso de Agronomia, autora do trabalho CEULJI/ULBRA. Email: [email protected]

5Professor do Curso de Agronomia, orientador do trabalho CEULJ/ULBRA. E-mail: [email protected]

da escolha do sistema, a importância do planejamento, os tipos de irrigação mais utilizados, e comparando alguns resultados de pesquisas como alternativas para o produtor, buscando sempre a melhor produção, o cumprimento das metas, os lucros no mercado e a satisfação de ambos os lados, de quem produz e também de quem consome o que é produzido.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

O processo de irrigação em propriedades cafeeiras tem se tornado cada vez mais evidentes, pois, atualmente é observado a grande diversidade climática que algumas regiões sofrem, fazendo assim com que o produtor opte por formas de saída para que não haja a perda de produção e nem de qualidade dos frutos. (DALMÁCIO, 2003) A maior parte dos fatores que interferem expressivamente na qualidade do café são os relacionados a hidrologia, pois quando há déficit hídrico não há um desenvolvimento correto das plantas (diâmetro do caule, copa, altura e número de ramos) pois quando há déficit, ocorre alteração nos processos bioquímicos e fisiológicos do vegetal. (Alves ET al. 2000)

A irrigação do cafeeiro pode ser feita de duas formas, aspersão convencional móvel (com aspersores pequenos, médios e canhões) ou fixa (que inclui o sistema de aspersão em malha), auto propelido e pivô central. Em função de aspectos relacionados ao consumo de energia, exigência de mão-de-obra e outros aspectos operacionais, os sistemas mais viáveis de irrigação por aspersão têm sido o convencional (principalmente do tipo malha) e o pivô central. Já com relação à irrigação localizada, os sistemas mais utilizados são o gotejamento, por suas características técnicas que permitem uma irrigação com grande precisão, economia de água e energia e as fitas de polietileno (sistema também conhecido como “tripa”),

principalmente pelo menor custo de implantação. (FERNANDES, 2013)

A temperatura quando ultrapassa a 26 graus centígrados pode afetar o desempenho do café Arábica, porém não influencia tanto na espécie Conilon, porém esta temperatura favorece a secagem do café, não sendo necessário maquinários intensivos para este procedimento. (CANAL DO PRODUTOR, 2009). Ao adotar um sistema de irrigação por gotejamento, que é um dos mais tecnológicos existentes, espera ter maior segurança no seu negócio. Se o projeto for feito de forma adequada, com instalação cuidadosa e adotando-se um manejo racional da sua água e energia, com certeza terá sucesso. São várias as histórias de sucesso com cafeicultores irrigantes que adotam o gotejamento, em praticamente todas as regiões brasileiras. (FERNANDES, 2013)

5. CONCLUSÃO

Para a escolha do sistema, instalação, e manutenção de um sistema de irrigação em um plantio de cafeeiro, deve-se sempre analisar o local primeiramente, para que seja instalado um sistema que atenda às necessidades da plantação, tendo como resultado uma produção altamente qualitativa, altos lucros, mercado permanente e o diferencial atingindo a preferência do mercado consumidor. Para alcançar os objetivos esperados cada detalhe deve ser levado em consideração, pois o cafeeiro é uma planta perene, sendo assim a deficiência hídrica não afeta a produção somente naquele ano, mas também no ano seguinte, sendo necessário conhecer e identificar a intensidade do mesmo, evitando perdas expressivas na produção.

O produtor deve sempre procurar novas tecnologias e formas de melhorar sua produção buscando sempre alternativas que tenham o lucro maior do que o custo de implantação. O mercado consumista tem cobrado cada vez mais produtos de qualidade. Sendo assim há uma necessidade de investimentos em tecnologias que sejam viáveis ao tipo de plantação e atinjam

a necessidade hídrica, sendo esta variável conforme a região do pais e também a época do ano.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALVES, M. E. B. ET al. Crescimento do Cafeeiro Sob Diferentes Lâminas de Irrigação e Fertirrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.4, p.219-225, 2000.

CANAL DO PRODUTOR. Plantio de Café Sob Irrigação no Semiárido. Disponível em: http://www.canaldoprodutor.com.br/comunicacao/noticias/plantio-de-cafe-sob-irrigacao-no-semiarido. Acessado em 28 de março de 2016

EMBRAPA. Manejo d Irrigação na Cafeicultura Irrigada por Pivô Central e Gotejamento: Otimização do Uso da água e Energia. Disponível em: http://www.sapc.embrapa.br/antigo/index.php/start-download/iii-simposio-de-pesquisa-dos-cafes-do-brasil/632-manejo-da-irrigacao-na-cafeicultura-irrigada-por-pivo-central-e-gotejamento-otimizacao-do-uso-da-agua-e-energia. Acessado em: 25 de março de 2016

FERNANDES, A. L. T. Cultivo do Cafeeiro Irrigado Por Gotejamento. Disponível em: http://www.cafepoint.com.br/radares-tecnicos/irrigacao/cultivo-do-cafeeiro-irrigado-por-gotejamento-82519n.aspx. Acessado em 28 de março de 2016

FERREIRA, E. P. de B. ET al. Crescimento Vegetativo de Coffea arábica Influenciado Por Irrigação e Fatores Climáticos no Serrado Goiano. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/wrevojs246/index.php/semagrarias/article/view/12056. Acessado em 27 de março de 2016

LIXO NO AMBIENTE OCEÂNICO

Bárbara Kamilla Freitas1; Daniel Jânio Alves2;

Fabíula Freitas da Silva3; Flávia Freitas da Silva4;

Jhonatam dos Santos Arcanjo5; Taynara Carneiro Braz6;

Celso Pereira de Oliveira7.

INTRODUÇÃO

Cobrindo dois terços da superfície terrestre, os oceanos possuem grande diversidade biológica de espécies, e oferecem circunstâncias favoráveis a vida no planeta Terra. Além de manterem o equilíbrio climático ajudando na distribuição de calor e gases, desempenham um papel relevante no ciclo de carbono e no ciclo da água CIÊNCIA HOJE, (2003).

OBJETIVO

Neste trabalho buscou-se denotar alguns reflexos que esta prática pode causar ao ambiente marinho, e a população que direta ou indiretamente são afetados.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho em questão foi realizado a partir de pesquisas em artigos acadêmicos e sites, com o intuito de expor a grande quantidade de resíduos que são despejados nos oceanos e o impacto que essa atitude causa a vida no planeta (fundamentado a partir da leitura da revista CIÊNCIA HOJE, (2003).

__________________________________

¹Estudante do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA 3º período E-mail: [email protected] ²Estudante do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA 3º período E-mail: [email protected] ³Estudante do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA 3º período E-mail: [email protected] 4Estudante do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA 3º período E-mail:[email protected] 5Estudante do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA 2º período E-mail: [email protected] 6Estudante do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA 3º período E-mail: [email protected] 7Engenheiro Agrônomo formado na UFMT, professor titular/orientador do CEUJIULBRA E-mail: [email protected].

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O lixo nos oceanos resulta de lançamento proposital, manipulação ou eliminação descuidada, e muitas vezes tem origem em locais distantes da costa.O atual estilo de vida das populações humanas é o principal responsável pela crescente degradação dos oceanos, pois, à medida que as populações se tornam maiores, cresce a quantidade de dejetos lançados aos rios e mares. A rápida e incontrolada expansão industrial e também o grande aumento demográfico são fatores para que este problema se torne uma preocupação mundial (CIÊNCIA HOJE, 2003). Imagem Ilustrativa. Fonte: Aulas da Minha Vida, maio 2016.

A maior parte da população mundial vive em zonas costeiras, a até 100 km da costa, e a tendência é o aumento dessa concentração demográfica. Com isso, cresce nessas áreas o volume de lixo e, em consequência, aumenta o descarte inadequado de materiais como embalagens plásticas, devido à ineficiência dos sistemas de coleta municipais e à baixa taxa de reaproveitamento e reciclagem. Os 70 milhões de habitantes das áreas costeiras geram 56 mil toneladas diárias de lixo, das quais 42 mil são coletadas. A maior parte do que é coletado vai para lixões a céu aberto ou outros tipos de aterros sanitários, muitos situados perto de rios, do mar ou de áreas de preservação ambiental (CIÊNCIA HOJE, 2003).

As indústrias por sua vez, despejam nos rios resíduos de vários produtos, e naturalmente pelo seu ciclo fluvial, estes resíduos industriais acabam sendo lançados nos oceanos. Além disso, há empresas que os despejam diretamente nos oceanos, como tem acontecido com os resíduos de mercúrio, lançados ao mar por navios japoneses e norte-americanos (IBEMA).

O lixo nos oceanos, mesmo em quantidades pequenas trazem grandes riscos e enfermidades graves para a fauna marinha, e dentre as ameaçadas há ao menos 267 espécies de animais marinhos em todo o mundo, incluindo 86% de todas as espécies de tartarugas marinhas, 44% de todas as espécies de aves marinhas e 43% de todas as espécies de mamíferos marinhos e muitas espécies de peixes e crustáceos. Dentre os transtornos causados pelo lixo, podemos citar as garrafas e outros recipientes, que podem aprisionar pequenos animais, o plástico e isopor que são confundidos com alimento e ingeridos inadvertidamente por peixes, aves, répteis e mamíferos, que quase sempre morrem, em geral por obstrução do aparelho digestivo (CIÊNCIA HOJE, 2003; REVISTA DE GESTÃO COSTEIRA INTEGRADA, 2008).

Vários estudos científicos constatam a mortalidade de peixes, aves, tartarugas marinhas, golfinhos e baleias por ingestão de lixo marinho. Metais e vidros também são uma ameaça aos animais marinhos, que podem se cortar e sofrer infecções, às vezes fatais. Redes e linhas de pesca abandonadas ou perdidas no oceano tornam-se armadilhas fatais: muitos animais marinhos morrem por estrangulamento ou porque ficam presos e não podem se locomover, o que impede sua alimentação, a fuga de predadores ou, no caso dos répteis e mamíferos, a subida à superfície para respirar. Nos recifes, o lixo pode impedir ou dificultar a

penetração de luz e as trocas gasosas, afetando principalmente organismos fixos. (CIÊNCIA HOJE, 2003; REVISTA DE GESTÃO COSTEIRA INTEGRADA, 2008).

Segundo um dos pesquisadores sobre o tema abordado, Roland Geyer, da Universidade da Califórnia, 8 milhões de toneladas de lixo plástico são lançadas nos oceanos anualmente. A pesca, a navegação e outras atividades também contribuem para aumentar esse índice. Há alguns anos, o lixo nos oceanos era visto somente como algo desagradável esteticamente, porém, hoje é sabido que o descarte inadequado de resíduos provoca danos tanto a saúde oceânica, quanto a vida terrestre, além de trazer prejuízos econômicos, com barcos e equipamentos de pesca danificados e contaminação de instalações para turismo (no litoral sul do Brasil foi observado que cerca de 20% dos banhistas já sofreram algum tipo de ferimento associado a lixo em praia) e agricultura (CIÊNCIA BBC NEWS)

Um problema ainda mais preocupante é a presença, no ambiente oceânico, de lixo hospitalar. As instituições de saúde (hospitais, clínicas e laboratórios) produzem grande quantidade de resíduos classificados como perigosos: materiais perfurantes e cortantes (seringas e bisturis), frascos de remédios e outros produtos e restos cirúrgicos (como curativos, tecidos e sangue). Esse tipo de lixo pode se espalhar por diversos locais (CIÊNCIA HOJE, 2003).

CONCLUSÃO

Com base nos resultados dos estudos, é sabido que a geração de lixo no ambiente oceânico está intimamente ligada ao crescimento econômico, bem como do meio industrial e o avanço das populações costeiras, não sendo de menor relevância a poluição no interior dos continentes. A presença destes resíduos contribuem para possível extinção de espécies marinhas e está associada a prejuízos econômicos mundiais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ambiente Brasil, Impactos do lixo marinho e Ação “Praia Local, Lixo Global”. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_salgada/impactos_do_lixo_marinho_e_acao_%E2%80%9Cpraia_local,_lixo_global%E2%80%9D.html>. Acesso em 14 de abril de 2016. Aulas da Minha Vida, Meditação: Prato do dia: plástico contaminado. Disponível em: < http://www.aulasdaminhavida.com.br/2016/05/meditacao-prato-do-dia-plastico.html. Acesso 14 de Maio de 2016. BBC, Oceanos ‘recebem 8 milhões de toneladas de plásticos por ano’. Disponível em:

<http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/150213_plastico_mares_lk>. Acesso em 14 de abril de 2016. Ciência Hoje, Lixo no ambiente marinho. Disponível em: <http://www.globalgarbage.org/lixo_no_ambiente_marinho.pdf>. Acesso em 14 de abril de 2016. IBEMA, Ecologia. Disponível em: <http://www.ibema.org.br/ecologia.shtml>. Acesso em 14 de abril de 2016.

1MÉTODOS DE ENSINO DE FÍSICA NO CURSO DE AGRONOMIA E SUA IMPORTÂNCIA

Robson Lima Santana1

Caio Vinícius Matias

2

Brenda Paulino3

João Victor Cao Cordeiro Neto4

Jacson Montalvão Cavalcante5

Celso Pereira de Oliveira6

Apresentação: Banner

INTRODUÇÃO

Por ser pré requisito para várias matérias no decorrer do curso de engenharia agronômica, o

estudo da física na agronomia, geralmente é encarado por muito acadêmico como

desnecessário, e a maioria desses acadêmicos aderente a está opinião são ingressantes no

primeiro ano do curso, uma vez que o mesmo vem do sistema monótono das salas de aulas e

que por desconhecer da sua importância, acabam que o interesse seja maior pelo cumprimento

obrigatório da grade curricular, do que se levar o conhecimento vitaliciamente. Para Rabello e

Miyahara, (2014), esse pensamento, de cumprimento de disciplinas e obrigatoriedade de

cursá-las, principalmente as que não fazem parte das abordadas pelo departamento do curso

dificulta o entendimento e interesse dessas disciplinas pelos acadêmicos, mais acentuado

quando as aulas são trabalhadas conforme o modelo tradicional de ensino. E isso também

pode desencadear em outra disciplina. Já não bastando esse repentino modelo de ensino, há

também a dificuldade no ensino de física para agronomia provocada principalmente por uma

literatura escassa, na qual se encontram poucos trabalhos relatando pesquisas feitas no assunto

e nenhum livro-texto de Física para Agronomia (NOGUEIRA e DICKMAN, 2009).

Um método dinâmico que vem dando certo é a aplicação de aulas práticas na construção de

equipamentos relacionado ao meio agronômico, baseado nos três momentos pedagógicos

problematização inicial, organização do conhecimento e aplicação do conhecimento

(DELIZOICOV e ANGOTTI, 1994).

PALAVRAS-CHAVES: Aulas práticas, Três momentos pedagógicos, Métodos.

OBJETIVO

Objetivou-se este trabalho, em focar a importância da física na agronomia assim também

como destacar alguns métodos de ensino que facilita a compreensão da matéria que pode ser

aplicada tanto em sala de aula quanto fora dela e a sua utilização no dia a dia do já

profissional da engenharia agronômica.

1Acadêmico do sétimo período do curso de agronomia. CEULJI/ULBRA – [email protected]

2Acadêmico do sétimo período do curso de agronomia. CEULJI/ULBRA – [email protected]

3Acadêmico do sétimo período do curso de agronomia. CEULJI/ULBRA – [email protected]

4 Acadêmico do sétimo período do curso de agronomia. CEULJI/ULBRA _ [email protected]

5 Acadêmico do quarto período do curso de agronomia. CEULJI/ULBRA _ [email protected]

6Professor do curso de agronômica CEULJI/ULBRA – [email protected]

METODOLOGIA

Para a realização deste presente resumo, foram recorridos a algumas literaturas como artigos

científicos, resumos e simpósios publicado na internet.

RESULTADO E DISCULSSÃO

O desinteresse causado por alunos do curso de agronomia, talvez sem ter uma previa

informação de sua importância tanto para a sua formação quanto para a sua vida profissional,

faz-se que a aquele método de aula tradicional seja inovado. Aula está que promove maior

interação do acadêmico com os problemas do dia a dia.

Os trabalhos realizados tanto na Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO de

Ponta Grossa quanto o realizado na Universidade Estadual de Montes Claros em Minas

Gerais, mostraram uma grande evolução no aprendizado dos alunos. Ambas usaram os

mesmos métodos de ensino os três momentos pedagógicos e utilizaram a construção de um

carneiro hidráulico. Nogueira e Dickman, (2009) propuseram seminários em grupo durante

toda a disciplina com o objetivo de facilitar a construção e consolidação dos conceitos, assim

como vivenciar a Física de forma mais concreta, interessante e próxima do cotidiano

A abordagem de uma Física contextualizada propiciou uma mudança drástica no

comportamento dos alunos de Agronomia. Estes têm mostrado um crescente interesse pela

disciplina, compreendendo a importância desse conhecimento científico na sua prática

profissional (NOGUEIRA e DICKMAN, 2009).

Para Rabello e Miyahara, (2014), Além da entrega dos relatórios pelos acadêmicos observou-

se grande interesse dos mesmos pelo estudo do tema e ótimo desempenho, da maioria da

turma, na avaliação.

O índice de alunos reprovados na disciplina, antes da abordagem contextualizada era em torno

de 12%, com 17% dos alunos necessitando das notas do exame especial para ser aprovado.

Após a abordagem contextualizada apenas 1,5% dos alunos foram reprovados, com 1,3%

necessitando do exame especial para aprovação. (NOGUEIRA e DICKMAN, 2009).

CONCLUSÃO

De acordo no que foi apresentado nesse trabalho e os excelente resultados obtidos, mostrou

sem dúvida alguma que esse método de ensino é de total valia para o curso de agronomia,

uma vez que não há uma literatura voltada a física aplicada na agronomia, pois busca uma

total interação do aluno com os problemas que poderá ocorrer em sua futura vida profissional.

REFERÊNCIAS

NOGUEIRA, Ana Lúcia.DICKMAN, Gomes Adriana. Ensino de Física a estudantes de Agronomia: contextualização nas aulas práticas (2009). Disponível em:

<http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/sys/resumos/T0537-1.pdf> acesso em 10

de março de 2016. Horas: 20:22.

RABELLO, Jacieli Fatima.MIYAHARA, Ricardo Yoshimitsu. SANTOS, Elaine Maria. Aulas de física para agronomia: Relato de experiência (2014). Disponível em:

<http://sinect.com.br/anais2014/anais2014/artigos/ensino-de-fisica/01409610095.pdf> acesso

em 08 de março de 2016. Horas: 21:24.

PENA, Fábio Luis Alves. FILHO, Aurino Ribeiro. Obstáculos para o uso da experimentação no ensino de Física: um estudo a partir de relatos de experiências pedagógicas brasileiras publicados em periódicos nacionais da área (1971-2006) (2009).

Disponível em: <revistas.if.usp.br/rbpec/article/download/37/33> acesso em 10 de março de

2016. Horas: 20:18.

SANTOS, Edna Sales et.al. A importância do ensino de física para o curso de agronomia da UFC cariri (2011). Disponível em: <https://encontros.ufca.edu.br/index.php/encontros-

universitarios/eu-2011/paper/viewFile/78/20> acesso em 10 de março de 2016. Horas: 20:16.

INTOXICAÇÃO POR URÉIA EM RUMINANTES – REVISÃO DE LITERATURA

Helen Fernanda Rosa Vieira1

Jhanne Cleice Silva Franco2

Juliana Nunes Rodrigues3

Simone de Oliveira4

Valeria Aparecida Alves Barbosa5

Sheilla Davoglio de Moraes6

INTRODUÇÃO

A intoxicação por uréia ou por amônia é um processo agudo de intoxicação como resultado do catabolismo de aminoácidos, ácidos nucléicos e de amônia endógena ou exógena da dieta (GONZALEZ e SILVA, 2006).

O desenvolvimento e a produção dos animais estão relacionados a uma boa alimentação, e para atender as necessidades nutricionais principalmente em períodos de seca, os ruminantes precisam de um suprimento adequado e equilibrado de proteínas, energia, sais minerais e vitaminas.

Em busca de fontes alternativas de proteína, a ureia vem sendo bastante adotada na pecuária nacional. Além de contribuir para um melhor desempenho dos animais de corte e de leite, ela acaba diminuindo os altos custos com os insumos utilizados na alimentação. Porém, a má utilização da uréia pode se tornar uma arma, levando desde intoxicações até a morte dos animais.

As intoxicações ocorrem principalmente pela má formulação da dieta; quando durante a mistura uma parte da ração fica mais concentrada e outra menos concentrada, ou também quando a animal ingere de forma rápida e não tem uma fonte de carboidrato disponível no momento.

Objetivou-se através deste trabalho expor as principais causas de intoxicações por uréia em ruminantes, bem como os principais sintomas, diagnóstico, e tratamento.

MATERIAL E MÉTODOS

Os métodos utilizados foram revisão de literatura, abrangendo a leitura e análise de interpretação de obras do acervo da biblioteca do CEULJI-ULBRA, bases eletrônicas de revistas cientificas, e revisão de artigos referentes a nutrição de ruminantes.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

1Acadêmica do quinto período do curso de Agronomia do CEULI/ULBRA – [email protected] 2Acadêmica do sexto período do curso de Agronomia do CEULJI/ULBRA – [email protected] 3Acadêmica do quarto período do curso de Medicina Veterinária do CEULJI/ULBRA – [email protected] 4Acadêmica do quarto período do curso de Medicina Veterinária do CEULJI/ULBRA [email protected] 5Acadêmica do quarto período do curso de Medicina Veterinária do CEULJI/ULBRA – [email protected] 6Mestrado em Zootecnia pela UEM; graduação em Zootecnia pela UEM; Professora dos departamentos de: Agronomia, Medicina Veterinária e Ciências Biológicas do CEULJI/ULBRA – [email protected]

A dose tóxica varia de acordo com a adaptação prévia do animal. Níveis acima de 50g de uréia-kg PV, ingeridos num curto espaço de tempo, provocam intoxicação em animais não adaptados.

Geralmente se vê a manifestação de sintomas quando a amônia no sangue periférico excede 10 mg/L e será letal em níveis de 30 mg/L, o que está associado a níveis de concentração de amônia de 800 mg/kg de alimento. Na maior parte dos casos, os sintomas se iniciam 20 a 30 minutos após a ingestão da uréia, podendo em alguns animais, este período se prolongar em até uma hora (BARTLEY et al., 1976).

Os bovinos intoxicados apresentam dor abdominal intensa, tremores musculares, desincoordenação, fraqueza, dispnéia, timpanismo e mugidos altos, debatem-se muito antes de morrer e normalmente são encontrados mortos ou sobrevivem por um período de até 4 horas após a ingestão excessiva da uréia. A letalidade é próxima de 100% e não são observadas lesões macroscópicas características. Acredita-se que a causa da morte seja a parada respiratória devida ao excesso de amônia (SMITH 1993).

Exames laboratoriais como hemograma, bioquímicas sanguíneas, hemogasometria, valores de pH e amônia ruminal e exames anatomopatológicos podem ser solicitados para confirmação do diagnóstico de toxicose por ureia (TOWNSEND et al., 1998; ORTOLANI, 2000; ANTONELLI et al., 2007; KAHN & LINE, 2008).

Como tratamento, pode ser realizada a administração de ácido acético a 5% por via oral (4 litros por animal), pois este impede a absorção de mais amônia. A utilização de ácido acético a 5% serve como antídoto, entretanto pode ocorrer a recidiva dos sinais clínicos 30 minutos após o tratamento, sendo necessário um novo tratamento. O tratamento mais eficaz é a rumenotomia para o esvaziamento imediato e completo do rúmen, porém, quando a intoxicação atinge grande número de animais este tratamento torna-se inviável devido ao rápido curso da enfermidade (SMITH 1993).

CONCLUSÃO

Geralmente, em rações para ruminantes a quantidade uréia não deve exceder a 3% da ração concentrada ou 1% da dieta total. O principal cuidado quanto ao seu uso deve ser com a adaptação dos animais de forma gradativa para que não ocorra quadros de intoxicação. Se não administrada corretamente, os riscos de intoxicações são grandes e a taxa de letalidade pode chegar a 100%.

As opções de tratamento são simples, e oferecem bons resultados. No entanto, devem ser administradas logo no início dos sintomas para que as chances de cura sejam maiores.

REFERÊNCIAS

ANTONELLI, A. C.; TORRES, G. A. S.; SOARES, P. C.; MORI, C. S.; SUCUPIRA, M. C. A.; ORTOLANI, E. L. Ammonia poisoning causes muscular but not liver damage in cattle. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v. 59, n. 1, p. 8 – 13, 2007.

BARTLEY EE; DADIVOVICH A; BARR GW; GRIFFEL GW; DAYTON AD; DEYOE CW; BETCHLE RM. Ammonia toxicity in cattle I. Rumen and blood change associated with toxicity and treatments methods. Journal Animal Science. v43 n 4. 835-841. 1976.

Equipe BeefPoint, Uso da uréia na alimentação de ruminantes. Disponível em: <http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/uso-da-ureia-na-alimentacao-de-ruminantes/> Acesso em 08 de Abril de 2016.

Equipe BeefPoint, Uréia para bovinos de corte. Disponível em: <http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/sistemas-de-producao/ureia-para-bovinos-de-corte-19722/> Acesso em 08 de Abril de 2016.

GONZALEZ FHD; SILVA SC. Bioquímica clinica de proteínas e compostos nitrogenados. In: Introdução a bioquímica clinica veterinária. 2ed. Porto Alegre: Editora Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 81-119. 2006.

ORTOLANI, E. L.; MORI, C. S.; FILHO, J. A. R. Ammonia toxicity from urea in a Brazilian dairy goat flock. Veterinary and Human Toxicology, Manhattan, v. 42, n. 2, p. 87 – 89, 2000.

Smith B. P. 1993. Tratado de Medicina interna de grandes animais. São Paulo. Manole, 1738p.

TOWNSEND, C. R.; COSTA, N. L.; PEREIRA, R. G. A. Ureia pecuária: alternativa para a produção de carne e leite em Rondônia. Porto Velho: EMBRAPA-CPAF Rondônia, 1998. 23p.

1 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected] 2 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

3 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, logindalari @hotmail.com

4 Acadêmico do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected] 5 Acadêmico do 9º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

6 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

7 Professor Especialista em Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected]

O ESCOAMENTO SUPERFICIAL COMO CAUSA DO ASSOREAMENTO DE RIOS E LAGOS

Karine Schiffler Nascimento1

Jhulieni Amanda Ribeiro2

Larissa Kelly3

Isaque Lino Pereira4

Lucas Pucci Patriarcha5

Viviane Vieira Ventura6

Celso Pereira de Oliveira7

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o crescimento populacional do Brasil aliado ao crescente processo de desenvolvimento urbano e industrial tem trazido impactos sobre recursos naturais, principalmente sobre a água e o solo, intensificando processos erosivos, assoreamento e a poluição de mananciais e reservatórios, afetando extremamente a qualidade e a quantidade da água destinada a populações (ROIG, 2005; ECHEVERRIA, 2007).

Dentro do ciclo hidrológico, uma das fases que é mais afetada por essas alterações é o escoamento superficial. A cobertura vegetal ajuda a proteger o solo facilitando a infiltração de água. Sem essa proteção o solo fica mais suscetível á compactação e ao selamento superficial, diminuindo a taxa de infiltração e, consequentemente, aumentando o escoamento superficial (MENEZES, 2010).

O aumento do escoamento superficial implica em uma maior ocorrência de processos erosivos, transporte de sedimentos, nutrientes e poluentes para os córregos, rios e reservatórios (MAEDA, 2008). A supressão da cobertura vegetal provoca o escoamento superficial e este causa o assoreamento e/ou enchentes de rios e lagos (BICALHO, 2006). O objetivo desta publicação é alertar sobre o escoamento superficial como causa do assoreamento de rios e lagos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para elaboração deste, foram utilizadas fontes como artigos, teses, boletins de pesquisas, revistas eletrônicas, livros e todos os demais veículos de comunicação acerca do assunto aqui abordado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O escoamento superficial é o segmento do ciclo hidrológico que estuda o deslocamento das águas na superfície da terra (TUCCI, 2007). O início do processo do escoamento superficial acontece quando a taxa de precipitação supera a taxa de infiltração e retenção de água. A água que circula sobre o solo escorre para as depressões do terreno e canalículos que vão se juntando, até despejar em canais, córregos, rios e lagos (FANGMEIEER et al, 2005).

Um estudo realizado na Amazônia mostrou que o escoamento superficial aumentou quase três vezes em Roraima, onde a florestal foi substituída por pastagem, e aumentou cerca de 30

vezes em Rondônia, em situação similar, onde neste sob cobertura vegetal apenas 2,2% escoava superficialmente e em áreas de pasto o escoamento era de 49,8% (BARBOSA; FEARNSIDE, 2000).

O depósito dos sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento, e tem como principais causas, no meio físico: aceleração do processo erosivo, ocorrência de escorregamentos, o aumento de áreas inundáveis, diminuição da infiltração de água no solo, contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas, aumento da quantidade de partículas sólidas e gases na atmosfera e aumento da propagação das ondas sonoras. No meio biótico: a supressão, a degradação da vegetação pelo efeito de borda, degradação da mesma pela deposição de partículas nas folhas, danos e incômodos à fauna. E no meio antrópicos são os aumentos de demanda por serviços públicos, do consumo de água e energia, operações comerciais, arrecadação de impostos, oferta de empregos, tráfego, alteração na percepção ambiental e modificação de referências culturais (S.M.A.,1992).

Forsberg et al (1989) realizou um estudos em um lago de várzea de um afluente do rio Madeira, em Rondônia, entre os anos de 1875 e 1961 e mostraram que a taxa de sedimentação média era de 0,12 g/cm2/ano, mas a partir da construção da BR-364 iniciou-se o desmatamento progressivo e a mineração aluvionar de cassiterita nessa bacia hidrográfica e em 1985 a taxa de sedimentação já havia aumentado exponencialmente cerca de dez vezes.

A mata ciliar é uma proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio, e os sólidos em suspensão trazem prejuízos ecológicos, dificuldade no tratamento de água para abastecimento, entupimento de tubulações de captação e assoreamento, mudando o curso do corpo hídrico. A mata ciliar possui grande importância na manutenção de boa qualidade da água, pois reduz a erosão das margens e consequentemente o assoreamento dos rios, que geram sólidos em suspensão e prejudicam a vida aquática e a qualidade da água para uso e consumo humano (SANTOS, 2008).

CONCLUSÃO

Atualmente a necessidade da expansão de áreas abertas para a produção de alimentos e melhoria do desenvolvimento urbano tem sido o principal fator responsável pelo assoreamento. Mas a única forma de não alterar os cursos de rios e lagos é preservando as matas ciliares, assim irá diminuir o escoamento superficial e consequentemente o assoreamento.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, R. I. & FEARNSIDE, P. M. Erosão do solo na Amazônia: Estudo de caso na região de Apiaú, Roraima, Brasil. Acta Amazônica, v.30, n.4, p.601-613, 2000.

BICALHO, C. C. Estudo do Transporte de sedimentos em suspensão na bacia do rio descoberto. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos), Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília-DF, 123p. 2006.

ECHEVERRIA, R. M. Avaliação de Impactos Ambientais nos tributários do Lago Paranoá, Brasília-DF. Dissertação (Mestrado em Geologia) – Departamento de Instituto de Geociências, Universidade de Brasília. Brasília-DF, 2007.

FARGMEIER, D. D. et al. Soil in water conservation engineering. 5. Ed. Thomson Derlmar Learning, 2005. 507p, ISBN 1-4018-9749-5.

FORSBERG, B. et al. Development and eroson in the brazilian Amazon: a geochronological case study. Geo Journal, n.19, v.4, p.399, 402-405, 1989.

MAEDA, E. E. Influência das mudanças do uso e cobertura da terra no escoamento superficial e produção de sedimentos na Região da Bacia do Alto Rio Xingu. São José dos Campos: INPE, 2008. 104p.

MENEZES, P. H. B. J. Avaliação do efeito das ações antrópicas no processo de escoamento superficial e assoreamento na Bacia do lago Paranoá. 2010. ix, 123 f., il. Dissertação (Mestrado em Geociências Aplicadas)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.

ROIG, H. L. 2005. Modelagem e Integração de processos erosivos e do transporte de sedimentos – O caso da bacia do Rio Paraíba do Sul. Tese (Doutorado em Geologia). IG-UnB. 2015-p.

SANTOS, D. G.; DOMINGOS, A. F.; GISLER, C. V. T.: Gestão de Recursos Hídricos na Agricultura: O Programa Produtor de Água. IN: Manejo e conservação da água no contexto e mudanças ambientais. XVII REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA. Rio de Janeiro:10 a 15 de agosto de 2008.

S.M.A. - Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Manual de orientação para elaboração de estudos de impacto ambiental – EIA/Rima. São Paulo; 1992.

TUCCI, C. E.M Escoamento Superficial. In: Tucci, C. E. M. Hidrologia: Ciência e Aplicação. 4 ed. Porto Alegre: UFRGS/Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 2007, Cap. 11, p. 391-442.

¹ Acadêmico do nono período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] ² Acadêmico do nono período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] 3 Acadêmico do nono período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] 4 Acadêmico do sétimo período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] 5 Acadêmica do sétimo período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] 6 Prof. Especialista em Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected]

A ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floreta) PARA CONSERVAÇÃO DA PASTAGEM E DO SOLO

Lucas Pucci Patriarcha1

Mateus Daré2

Thiago da Silva Almeida3

Alisson Maicon Martins Maia4

Karine Schiffler Nascimento5

Celso Pereira de Oliveira6

INTRODUÇÃO

Nos últimos 30 anos, a Amazônia tem sido submetida a um processo de deflorestação para o desenvolvimento da agricultura e principalmente da pecuária. Como resultado da conversão de floresta em pastagens tem-se verificado consequências negativas para a região, aumentando as áreas abandonadas com solos degradados e improdutivos (FEARNSIDE, 1980).

Nos moldes atuais de exploração de muitas propriedades de pecuária, o manejo inadequado do sistema solo-planta-animal e o gerenciamento ineficiente da atividade, predispõem à degradação das pastagens, à baixa eficiência bioeconômica e aumento dos impactos negativos sobre o ambiente (erosão, assoreamento de rios, etc.) (BARCELLOS et al., 2008).

A ILPF é uma estratégia que visam à produção por meio da integração de atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agro ecossistema, contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica (BARCELLOS et al., 2011). Assim, a ILPF é uma alternativa não só para a recuperação e intensificação de uso dessas áreas, mas também para a diversificação da produção agropecuária de forma sustentável (MORENO, 2011). Este trabalho tem como objetivo informar sobre a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) para conservação da pastagem e do solo.

MATERIAL E MÉTODOS

Para construção do trabalho foi realizada uma revisão de literatura consultando anais de congressos, simpósios e reuniões, assim como artigos publicados em revistas científicas ou periódicos, boletins de pesquisa, livros e demais veículos de publicação científica.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A degradação está baseada em um processo contínuo de alterações da pastagem que tem inicio com a queda do vigor e da produtividade e com a utilização da pastagem avança-se o processo de degradação. A falta de manejo irá culminar na degradação da pastagem e este provoca a alteração da estrutura do solo, evidenciado pela compactação e diminuição na taxa de infiltração e retenção de água, causando a degradação do solo (BUNGENSTAB, 2014).

Inúmeros são os benefícios da adoção de sistemas da ILPF, entretanto, dentre eles as vantagens agronômicas são as principais para melhorar a qualidade da pastagem e do solo.

Dentre as vantagens agronômicas podemos citar o aumento na atividade biológica e melhora na estruturação do solo, reciclagem de nutriente mais eficiente, quebra de ciclos de pragas e doenças, oferta de forragem durante o período seco e aumento na eficiência de uso dos recursos (água, nutrientes, terra) (VILELA et al., 2003 apud MORENO, 2011).

No sistema ILPF podem ser cultivadas varias culturas (milho, soja, sorgo, forrageiras, eucalipto, seringueira, frutíferas, etc.), o que a faz versátil e de grande importância para a recuperação de áreas degradadas, a intensificação do uso da terra e a diversificação da produção agropecuária (MORENO, 2011).

A integração com os três componentes (lavoura, pecuária e floresta) podem ser planejados para se ter linhas ou renques de espécies arbóreas mais espaçadas para que se possam utilizar as entrelinhas para cultivo de culturas anuais durante os primeiros dois ou três anos, período em que as espécies arbóreas pouco interferem nas culturas de grãos. Quando as árvores atingem maior altura, a pastagem passa a ser permanente a partir desse ponto. Com isso, em sistemas da ILPF a pastagem irá se desenvolver durante algumas fases de seu crescimento em consórcio com culturas anuais ou com espécies arbóreas (ALVARENGA & GONTIJO NETO, 2011).

O uso de leguminosas também é uma prática recomendada para recuperação de áreas degradadas, pois as leguminosas utilizam a própria vegetação para proteger o solo da erosão. Outro grande benefício do seu uso é a produção de matéria orgânica que, através de sua incorporação, estimula diversos processos químicos e biológicos melhorando sua fertilidade, além de exibirem um sistema radicular profundo e ramificado aprofundando nas camadas do solo (BERTONI & LOMBARDI NETO, 2008). Em pastagens consorciadas, geralmente, uma proporção do N fixado simbioticamente pela leguminosa, torna-se disponível para utilização pela gramínea consorciada ou por outras plantas componentes da pastagem (COSTA, 2004).

A grande diversidade de espécies de leguminosas, aliadas ao importante papel que estas plantas exercem na incorporação de material vegetal ao solo, cobertura do solo e suprimento de nitrogênio nos ecossistemas, faz com que as plantas desta família botânica sejam eficientes na recuperação de áreas degradadas (RIBEIRO, 1999 apud NOGUEIRA, 2012).

CONCLUSÃO

Podemos concluir que a utilização de leguminosas consorciadas com a pastagem e a ILPF são benéficos tanto em produção e rentabilidade como para melhoria das áreas de pastagens degradadas ou em inicio de degradação. Alguns dos benefícios são: reposição de nutrientes, descompactação do solo e produção de uma forragem de qualidade, e estas irão aumentar à capacidade de animais por área e evitar a abertura de novas áreas para sustentar o aumentar do rebanho. Ao evitar a degradação das pastagens também se evita a degradação do solo, pois este é consequência daquele.

REFERÊNCIAS

ALVARENGA, R. C. & GONTIJO NETO, M. M. Inovações Tecnológicas nos Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ILPF. Embrapa Milho e Sorgo, 2011.

BARCELLOS, A. DE O.; RAMOS, A. K. B.; VILELA, L.; MARTHA JUNIOR, G. B. Sustentabilidade da produção animal baseada em pastagens consorciadas e no emprego de leguminosas exclusivas, na forma de banco de proteína, nos trópicos brasileiros. R. Bras. Zootec., v.37, suplemento especial p.51-67, 2008.

BERTONI, J; LOMBARDI NETO, F. Conservação do Solo. 7ª Edição, Editora Ícone. São Paulo, SP. 2008, 355p.

BUNGENSTAB, D. J. Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. 2.ed.-Brasília, DF: Embrapa, 2012.

COSTA, N. DE L. Formação, Manejo e Recuperação de Pastagens em Rondônia. Embrapa Rondônia. Porto Velho, Rondônia, 2004.

FEARNSIDE, P.M. Os efeitos das pastagens sobre a fertilidade do solo na Amazônia brasileira: consequências para a sustentabilidade de produção bovina. Acta Amazônica, Manaus, v.10, n.1, p.119-132, 1980.

MORENO, L. Aspectos da implantação e manejo da pastagem em sistemas iLPF. Embrapa Pesca e Aquicultura, 2011.

VILELA, L.; MACEDO, M. C. M.; MARTHA JÚNIOR, G. B.; KLUTHCOUSKI, J. (2003) Benefícios da Integração Lavoura-Pecuária. In: J. Kluthcouski; L. F. Stone; H. Aidar (Eds.) Integração-Lavoura-Pecuária. pp. 144-170. Embrapa Arroz e Feijão.

1 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected] 2 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

3 Acadêmico do 9º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

4 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

5 Acadêmico do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

6 Acadêmico do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

7Professor Especialista em Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected]

OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO EXCESSO DE AGROTÓXICOS

Karine Schiffler Nascimento1

Jhulieni Amanda Ribeiro2

Lucas Pucci Patriarcha3

Juliana Fernandes dos Santos4

Cleiton Rodrigues da Silva Nascimento5

Priscila Andreia Campos6

Celso Pereira de Oliveira7

INTRODUÇÃO

Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o mercado brasileiro cresceu 190%. Em 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o posto de maior mercado mundial de agrotóxicos. Na safra 2010-2011 o mercado nacional de agrotóxicos movimentou 936 mil toneladas de produtos, sendo 833 mil produzidas no país e 246 mil importadas (ANVISA; UFPR, 2012).

O estado de Rondônia é o segundo maior consumidor de agrotóxicos da região Norte e, de modo semelhante ao comportamento nacional, observa-se no estado o crescimento da taxa de consumo de agrotóxicos, sem aumento proporcional na área plantada. Justifica-se esse comportamento pelo aumento da produtividade agrícola (capacidade de produzir mais na mesma área cultivada) (ERVILHA, 2014).

Os agrotóxicos podem alcançar os ambientes aquáticos, através das chuvas e lixiviações nas áreas onde ocorreram aplicações (BEDOR, 2008). O uso descontrolado de agrotóxicos leva a uma expansão dos riscos, fazendo com que populações não diretamente vinculadas com a cadeia produtiva dessas substâncias também se exponham em função da contaminação ambiental e dos alimentos, tornando a problemática do agrotóxico uma questão ainda mais grave de saúde pública (KOIFMAN; KOIFMAN, 2003). O objetivo desse trabalho foi mostrar os impactos ambientais causados pelo excesso de agrotóxicos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para construção do trabalho foi realizada uma revisão de literatura consultando anais de congressos, simpósios e reuniões, assim como artigos publicados em revistas científicas ou periódicos, boletins de pesquisa, livros e demais veículos de publicação científica.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Mesmo com o aumento do conhecimento sobre os males causados pelos agrotóxicos, acidentes por manuseio e pela falta de controle continuam acontecendo, como o caso da “chuva de agrotóxicos” na cidade de Lucas do Rio Verde em – Mato Grosso, ocorrido em 2006, pelas derivas de pulverizações aéreas de agrotóxicos que ultrapassaram a unidade produtiva rural, causando impactos sanitários, sociais e ambientais (PIGNATI; MACHADO; CABRAL, 2007).

A utilização de defensivos químicos de maneira indiscriminada causa também a destruição do agro ecossistema formado pela complexa interação entre parasita e predador, colheita, animais de pastos e o homem. Ao afetar diretamente um inseto não-alvo, considerados “controles

naturais de pragas”, pode levar a um considerável aumento desses parasitas em determinadas regiões. Isso ocorre porque ao se utilizar agrotóxicos pode haver a destruição das “pragas não-alvo” e resistência de parasitas. Por conta dessa resistência utilizam-se agrotóxicos com outros princípios ativos, que podem causar a destruição de outras “pragas não-alvo” e nova

resistência, entrando assim num “ciclo vicioso” (RIBAS; MATSUMURA, 2009).

A aplicação de agrotóxicos pode contaminar o solo e os sistemas hídricos, culminando numa degradação ambiental que teria como consequência prejuízos à saúde e alterações significativas nos ecossistemas. Os lençóis freáticos subterrâneos podem ser contaminados por pesticidas através da lixiviação da água e da erosão dos solos. Esta contaminação também pode ocorrer superficialmente, devido à interação dos sistemas hídricos, atingindo áreas distantes do local de aplicação do agrotóxico (BRIGANTE et al., 2002; VEIGA et al., 2006). E segundo Foster et al (2006), as práticas agrícolas e a vulnerabilidade natural do aquífero podem representar um alto nível de impactos negativos, tornando assim a água imprópria para o consumo

Dentre todos os casos de impactos sobre organismos específicos, os seres humanos são os mais afetados, pois a contaminação da água e solo afeta diretamente na qualidade de vida humana. Também existem resíduos presentes nos alimentos e na água potável, fatores que podem tornar-se carcinogênicos (RIBAS; MATSUMURA, 2009). Existem diversos relatos de doenças e óbitos causados por pesticidas, Edwards (1993) numera cerca de 20 mil mortes/ano. No Brasil, a segunda principal causa de intoxicação é por agrotóxicos (ANVISA, 2009).

Outro problema é a questão da reutilização, o descarte ou destinação inadequada das embalagens vazias que favorecem a contaminação ambiental e provocam efeitos adversos à saúde humana, de animais silvestres e domésticos. Apesar da obrigatoriedade da devolução das embalagens aos estabelecimentos comerciais e da responsabilidade das empresas produtoras e comercializadoras pelo recolhimento e destinação adequada das suas embalagens vazias, prevista desde 6 de junho de 2000 pela publicação da Lei 9.974 (PERES; MOREIRA; DUBOIS, 2003).

CONCLUSÕES

De acordo com as informações aqui abordadas, podemos concluir que o excesso de agrotóxicos e suas embalagens podem causar um impacto ambiental negativo, este causando problemas no meio ambiente e na saúde da população, portanto é de suma importância utilizar doses recomendadas dos defensivos agrícolas e fazer o descarte correto das embalagens, além de tomar as devidas precauções acerca da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) e cuidados com a população que está perto de onde são realizadas as pulverizações.

REFERÊNCIAS

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Divulgado o monitoramento de agrotóxicos em alimentos. Brasília, DF. Publicado em 15 de abril de 2009. Disponível em <<http://www.anvisa.gov.br/divulga/ noticias> Acesso em: 03 de abril 2016.

ANVISA; UFPR. Seminário de mercado de agrotóxico e regulação. Brasília: ANVISA. 2012.

BEDOR, C. N. G. Estudo do potencial carcinogênico dos agrotóxicos empregados na fruticultura e sua implicação para a vigilância da saúde. Tese (doutorado). Fiocruz: Recife, 2008.

BRIGANTE, J. et al. Avaliação ambiental do rio Mogi Guaçu: resultados de uma pesquisa com abordagem ecossistêmica. São Carlos: Rima, 2002.

ERVILHA, I. C. Relatório: Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos no Estado de Rondônia. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília-DF. 2014.

FOSTER, S. et al. Proteção da qualidade da água subterrânea: um guia para empresas de abastecimento de água, órgãos municipais e agências ambientais. São Paulo: SERVMAR, 2006.

KOIFMAN, S.; KOIFMAN, R.J. Environment and cancer in Brazil: an overview from a public health perspective. Mutation Research, Netherlands, v. 544, n. 2-3, p. 305-11, nov. 2003.

PERES, F.; MOREIRA, J. C.; DUBOIS, G. S. Agrotóxicos, saúde e ambiente: uma introdução ao tema. In: PERES, F.; MOREIRA, J. C. (orgs.). É veneno ou é remédio? agrotóxicos, saúde e ambiente. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. p. 21-41.

PIGNATI, W. A.; MACHADO, J. M. H.; CABRAL, J. F. Major rural accident: the pesticide “rain” case in Lucas do Rio Verde city – MT. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n.1, p. 105-114, mês. 2007.

RIBAS, P. P.; MATSUMURA, A. T. S. A química dos agrotóxicos: impacto sobre a saúde e meio ambiente. Revista Liberato, Novo Hamburgo, v. 10, n. 14, p. 149-158, jul./dez. 2009

VEIGA, M. M. et al. Análise da contaminação dos sistemas hídricos por agrotóxicos numa pequena comunidade rural do Sudeste do Brasil. Caderno de Saúde Pública. vol.22 n°.11 Rio de Janeiro, p. 2391- 2399, Nov/2006.

PROCESSOS DE INTERCEPTAÇÃO DE CHUVA PELA COBERTURA VEGETAL

Winicius Marques Teixeira1 Tiago Prado Gomes2

Fernando Luiz3 Ruhan da Silva Barbosa4

Celso Pereira de Oliveira5

INTRODUÇÃO

O ciclo hidrológico é composto por diversos elementos (tais como a precipitação, transpiração, evaporação, percolação e infiltração), porém um deles é desprezado em muitos estudos, a interceptação da chuva (OLIVEIRA et al., 2008). A cobertura florestal possui uma estreita relação com o ciclo hidrológico de uma bacia hidrográfica, interferindo no movimento da água em vários compartimentos do sistema, inclusive nas saídas para a atmosfera e para os rios (ARCOVA et al., 2003).

O conhecimento da influência das florestas sobre os vários aspectos da água do solo é de fundamental importância no que diz respeito à avaliação do papel da floresta no ciclo hidrológico, bem como à elaboração de normas práticas de manejo florestal com finalidade de manutenção do funcionamento hidrológico das microbacias hidrográficas (LIMA, 2008).

No Brasil, é observado que grande parte dos estudos (quase 90%) acerca desse fenômeno do ciclo hidrológico concentra-se em áreas florestais da Amazônia e da Mata Atlântica (GIGLIO; KOBIYAMA, 2013), faltando mais informações sobre outras áreas e fitofisionomias, como, por exemplo, no bioma Cerrado.

Objetiva-se através deste trabalho demonstrar de forma geral, alguns processos envolvidos na interceptação de chuva pela cobertura florestal, até seu retorno para atmosfera na forma de vapor.

METODOLOGIA

Para realizar esta revisão bibliográfica, foram consultadas algumas literaturas referente ao assunto como revistas, livros, trabalho de conclusão de curso e artigos científicos publicados na internet.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pode-se afirmar que a captação de chuva pela cobertura vegetal é de extrema importância para o ciclo hidrológico e consequentemente para as bacias hidrográficas. Sendo assim, esta interferência pode ser explicada através do recebimento da água precipitada a partir das florestas, principalmente pelas copas das árvores, ocorrendo o primeiro fracionamento da água, onde uma parte é temporariamente retida pela massa vegetal e em seguida evaporada para a atmosfera, processo denominado de interceptação (ARCOVA, et al., 2003).

Além disso, parte desta água que cai sob a forma de chuva retorna para atmosfera por evaporação antes de chegar ao solo, contribuindo assim diretamente para a massa de vapor de água precipitável na atmosfera. No trabalho de Salati et al. (1979), confirmaram o papel da

1 Acadêmico do sétimo período do curso de Agronomia do CEULJI/ULBRA – [email protected] 2 Acadêmico do sexto período do curso de Agronomia do CEULJI/ULBRA – [email protected] 3 Acadêmico do sétimo período do curso de Agronomia do CEULJI/ULBRA – [email protected] 4 Acadêmico do sexto do curso de Agronomia do CEULJI/ULBRA – [email protected] 5 Especialista em Perícia e Gestão ambiental; pós-graduação em Georeferenciamento de imóveis rurais; graduação em Engenharia Agronômica; Professor de Agronomia do CEULJI/ULBRA – [email protected]

reciclagem da água na bacia Amazônica, mostrando que mais de 50 % do vapor d’água que

forma nuvens e se precipita é produzido pelo processo de evapotranspiração local. Neste contexto, a interceptação da chuva pode gerar impactos nas vazões disponíveis nos rios ao longo do ano, bem como influenciar nos picos de cheia (BALBINOT et al., 2008; OLIVEIRA, 2014).

Segundo Lima (2008), de uma chuva pequena, de 5 mm por exemplo, quase toda a água será retida pelas copas e de lá evaporada diretamente. Ou seja, 100 % de perda por interceptação. Aproximadamente a mesma quantidade de chuva (5 mm) será perdida de uma chuva maior, digamos 100 mm. A percentagem de perda desta última será, evidentemente, menor (5 %).

O modelo esquematizado a seguir (Figura 1) permite representar as inter-relações entre o recebimento e redistribuição de chuva em uma floresta.

Figura 1: Modelo de processo de interceptação da chuva por uma floresta (LIMA, 2008).

Os processos hidrológicos envolvidos, conforme mostrado na Figura 1, podem, segundo Lima (2008), ser conceituados de acordo com o seguinte:

Interceptação: processo pelo qual a água da chuva é temporariamente retida pelas copas das árvores, sendo subsequentemente redistribuída em:

a) água que goteja ao solo;

b) água que escoa pelo tronco;

c) água que volta à atmosfera por evaporação direta.

Precipitação incidente (P): quantidade total de chuva que é medida acima das copas, ou em terreno aberto adjacente à floresta.

Precipitação interna (Pi): chuva que atravessa o dossel florestal, incluindo as gotas que passa diretamente pelas aberturas existentes na copa, assim como as gotas de respingam da água retida na copa (LIMA, 2008; OLIVEIRA, 2014).

Escoamento pelo tronco (Et): é o processo no qual a água, após ser interceptada pela copa das árvores, escoa pelos galhos e troncos até atingir o solo. Para que ocorra este fenômeno, é necessário que a vegetação atinja a capacidade máxima de retenção de água da chuva (LIMA, 2008; OLIVEIRA, 2014).

Precipitação efetiva (PE): chuva que efetivamente chega ao solo (LIMA, 2008).

hidrogel quanto pelo solo, sendo que nos intervalos de irrigação de 12 e 16 dias, houve mortalidade das plantas de eucalipto. MARQUES, (2013), confirmou que as mudas de café quando reidratadas com hidrogel, apresentam desenvolvimento maior comparados à testemunha, que apresentou valores sempre menores. Isso demonstrou que a muda de cafeeiro teve a capacidade de aproveitar a umidade e recuperar seu desenvolvimento quando reidratada com o hidrogel. Pelo polímero de hidrogel, ter a capacidade de absorver 150 a 400 vezes sua massa seca, pode ser utilizado para aumentar a capacidade de armazenamento de água do substrato, minimizando os problemas associados à disponibilidade irregular. BOGARIM, (2014) ainda afirma a capacidade de hidroretenção dos poliacrilatos é dependente do conteúdo de sais dissolvidos na água utilizada ou umidade dos solos. Os resultados comprovaram que as melhores condições de absorção da água e as maiores capacidades de hidrorretenção são encontradas em condições de pH próximas à neutralidade. Assim, as condições extremas de pH e concentração salina diminuem a hidrorretenção. CONCLUSÕES O uso do hidrogel varia de acordo com a cultura, dose usada, e condições ambientais. De maneira geral ele contribui para aumentar a capacidade de retenção de água pela cultura na qual em épocas de deficiência hídrica, a planta tenha água armazenada, para sua manutenção. Além da contribuição do aumento de retenção de água, permite reduzir a frequência de irrigação, o que conduz geralmente a uma utilização mais efetiva dos recursos solo e água, e contribui para melhorar o rendimento das culturas. Em função da importância e das dificuldades associadas à medida da umidade do solo, técnicas de medida têm sido desenvolvidas. REFERÊNCIAS AZEVEDO, T.L.F. et al. Níveis de polímero superabsorvente, frequência de irrigação e crescimento de mudas de café. Acta Scientiarum, v.24, n.5, p.1239-1243, 2002. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciAgron/article/ viewFile/2271/1771>. Acesso em: 16 mar. 2012. BLAINSKI, E.; GUIMARÃES, R. M. L.; AZEVEDO, T. L.F.;GONÇALVES, A. C. A.; BERTONHA, A.; FOLEGATTI, M. V. Avaliação da umidade do solo por meio da técnica da tdr sob influência de diferentes concentrações de hidrogel. XXXV Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola. João Pessoa, 2006. BOGARIM, E. P. de A. Uso do hidrogel em plantas nativas, visando aplicação em áreas degradadas. 2014. 48 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental) – Universidade Federal da Grande Dourados. Dourados, MS. COSTA, M. S. V. da; JESUS, T. F. de; GONÇALVES, R. N.; FRANCO, C. F.; BARRETTO, V.C. de M.; Manejo de irrigação e uso de hidrogel no desenvolvimento de eucalipto, Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS, 2011. MARQUES, P. A. A.; CRIPA, M. A. de M.; MARTINEZ, E. H. Hidrogel como substituto da irrigação complementar em viveiro telado de mudas de Cafeeiro. Ciência Rural, Santa Maria, v.43, n.1, p.1-7 , janeiro de 2013. OLIVEIRA, R.A. et al. Influência de um polímero hidroabsorvente sobre a retenção de água no solo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.8, n.1, p.160-163, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ rbeaa/v8n1/v8n1a23.pdf>. Acesso em: 17.03.2016.

1 Acadêmica do sétimo período do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA - [email protected]

2 Acadêmico do sétimo período do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA – [email protected] 3 Acadêmico do sétimo período do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA – [email protected] 4 Acadêmico do sétimo período do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA – [email protected] 5 Acadêmico do sétimo período do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA - [email protected] 6 Prof. Especialista em Agronomia, Graduado em Agronomia. [email protected].

EFICIÊNCIA DOS HIDROGEIS NA AGRICULTURA Arieth Aparecida Gonçalves Rabelo 1

Leonice Schineider Christianini 2

Rafael Henrique Alves Mendes 3

Brendo Guilherme Fernandes da Silva 4

Atidor Aurelio de Souza Provin 5

Celso Pereira de Oliveira 6

INTRODUÇÃO Com o intuito de melhorar a capacidade de armazenamento de água do solo a utilização de polímeros hidroabsorventes, genericamente chamados de hidrogéis, tem ganhado espaço nas últimas décadas. Os hidrogéis são compostos sintéticos com diferentes finalidades, recomendados para a utilização agrícola como condicionadores de solo, devido à sua capacidade de melhorar as propriedades físico-químicas do mesmo. BLAINSKI, (2006) A retenção de água devido às suas características de condicionadores de solo que contribuem para aumento da capacidade de hidrorretenção, reduzindo assim a frequência de irrigação. Em questão ambiental deve observar, pois a maioria desses hidrogéis, todavia, é baseada em materiais sintéticos como poliacrilamida e poliestireno, que podem ou não ser biodegradáveis, gerando assim resíduos no solo, tornando o meio ambiente salinizado. BOGARIM, (2014) Diversos estudos evidenciam a eficiência do uso do hidrogel na agricultura, com o abastecimento de água para o cafeeiro, por exemplo, bem como trabalhos realizados com eucalipto, onde foi averiguado maior disponibilidade de água em períodos secos, permitido o aumento dos intervalos de irrigação sem que fosse comprometido o crescimento e desenvolvimento da espécie. MARQUES, (2013) e COSTA, (2011). Além disso, é possível afirmar que quanto menor a disponibilidade de água, maior a importância do hidrogel no sistema, uma vez que nessas condições sua atividade é mais notável. Os resultados são positivos quando o os polímeros são usados em solo mais secos, pois o hidrogel absorve eficientemente a água e controla a sua liberação para o solo quando as condições tornam-se mais secas ou na estiagem. O objetivo deste trabalho é avaliar a eficiência dos hidrogeis na agricultura. MATERIAIS E MÉTODOS O método abraçado foi obtido através de pesquisas bibliográficas, revisam de literaturas, consulta em materiais de congressos, simpósios, assim como artigos publicados em revistas científicas ou demais veículo de publicação cientifica. RESULTADOS E DISCUSSÕES O hidrogel tem sido utilizado com o intuito de minimizar a irregular disponibilidade de água para a cultura. AZEVEDO, (2002), estudando a eficiência de hidrogel para o cafeeiro em campo, afirmam que a presença de hidrogel permitiu ampliar os intervalos entre irrigações, sem comprometer o crescimento da planta por déficit de água. (COSTA), 2011 notou que os intervalos de irrigação que favoreceram o desenvolvimento e produção de biomassa de eucalipto foram aos 2 e 4 dias, aos 120 dias após transplantio do eucalipto. Observou também que os menores intervalos de irrigação (2 e 4 dias) conseguiram manter a umidade no solo suficiente para possibilitar um desenvolvimento satisfatório das plantas de eucalipto, até aos 120 dias após transplantio, em comparação com os tratamentos em que os intervalos de irrigação foram maiores (8, 12 e 16 dias). Provavelmente, isto ocorreu devido a quantidade de um litro de água ter sido suficiente às plantas nos intervalos de irrigação menores (2 e 4 dias), sendo que, nos intervalos de irrigação maiores, o intervalo de 8 dias e a quantidade de um litro de água não favoreceram o armazenamento de água tanto pelo

hidrogel quanto pelo solo, sendo que nos intervalos de irrigação de 12 e 16 dias, houve mortalidade das plantas de eucalipto. MARQUES, (2013), confirmou que as mudas de café quando reidratadas com hidrogel, apresentam desenvolvimento maior comparados à testemunha, que apresentou valores sempre menores. Isso demonstrou que a muda de cafeeiro teve a capacidade de aproveitar a umidade e recuperar seu desenvolvimento quando reidratada com o hidrogel. Pelo polímero de hidrogel, ter a capacidade de absorver 150 a 400 vezes sua massa seca, pode ser utilizado para aumentar a capacidade de armazenamento de água do substrato, minimizando os problemas associados à disponibilidade irregular. BOGARIM, (2014) ainda afirma a capacidade de hidroretenção dos poliacrilatos é dependente do conteúdo de sais dissolvidos na água utilizada ou umidade dos solos. Os resultados comprovaram que as melhores condições de absorção da água e as maiores capacidades de hidrorretenção são encontradas em condições de pH próximas à neutralidade. Assim, as condições extremas de pH e concentração salina diminuem a hidrorretenção. CONCLUSÕES O uso do hidrogel varia de acordo com a cultura, dose usada, e condições ambientais. De maneira geral ele contribui para aumentar a capacidade de retenção de água pela cultura na qual em épocas de deficiência hídrica, a planta tenha água armazenada, para sua manutenção. Além da contribuição do aumento de retenção de água, permite reduzir a frequência de irrigação, o que conduz geralmente a uma utilização mais efetiva dos recursos solo e água, e contribui para melhorar o rendimento das culturas. Em função da importância e das dificuldades associadas à medida da umidade do solo, técnicas de medida têm sido desenvolvidas. REFERÊNCIAS AZEVEDO, T.L.F. et al. Níveis de polímero superabsorvente, frequência de irrigação e crescimento de mudas de café. Acta Scientiarum, v.24, n.5, p.1239-1243, 2002. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciAgron/article/ viewFile/2271/1771>. Acesso em: 16 mar. 2012. BLAINSKI, E.; GUIMARÃES, R. M. L.; AZEVEDO, T. L.F.;GONÇALVES, A. C. A.; BERTONHA, A.; FOLEGATTI, M. V. Avaliação da umidade do solo por meio da técnica da tdr sob influência de diferentes concentrações de hidrogel. XXXV Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola. João Pessoa, 2006. BOGARIM, E. P. de A. Uso do hidrogel em plantas nativas, visando aplicação em áreas degradadas. 2014. 48 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental) – Universidade Federal da Grande Dourados. Dourados, MS. COSTA, M. S. V. da; JESUS, T. F. de; GONÇALVES, R. N.; FRANCO, C. F.; BARRETTO, V.C. de M.; Manejo de irrigação e uso de hidrogel no desenvolvimento de eucalipto, Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS, 2011. MARQUES, P. A. A.; CRIPA, M. A. de M.; MARTINEZ, E. H. Hidrogel como substituto da irrigação complementar em viveiro telado de mudas de Cafeeiro. Ciência Rural, Santa Maria, v.43, n.1, p.1-7 , janeiro de 2013. OLIVEIRA, R.A. et al. Influência de um polímero hidroabsorvente sobre a retenção de água no solo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.8, n.1, p.160-163, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ rbeaa/v8n1/v8n1a23.pdf>. Acesso em: 17.03.2016.

Acadêmica de Medicina Veterinária, CEULJI/ULBRA-Email: [email protected] 1

Acadêmico de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA Email: [email protected] 2

Acadêmica de Medicina Veterinária, CEULJI/ULBRA Email: [email protected] 3

Acadêmico de Medicina Veterinária CEULJI/ULBRA-Email: [email protected] 4

Professora do Curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA- Email: [email protected] 5

BOVINOCULTURA DE CORTE: CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS DA RAÇA ABERDEEN ANGUS

Bruna Caning Inácio 1

Leonardo Falcão Sperotto 2

Maria Luiza de Loiola Diomena 3

Matheus Henrique de Souza 4

Sheilla Davoglio de Moraes 5

INTRODUÇÃO

A bovinocultura de corte tem se demonstrado uma das principais atividades agropecuárias do Brasil, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam uma população de bovinos com cerca de 212.343.932 cabeças no ano de 2014, já no 2º trimestre de 2015 cerca de 7,63 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (IBGE, 2015).

Na atual situação da pecuária de corte que se encontra em expansão e objetiva diminuírem os custos e aumentar a produtividade, muitos pecuaristas que trabalham com o gado de corte, estão optando por raças que sejam mais produtivas, como é o caso da raça Aberdeen Angus, que tem se demonstrado produtiva e rentável, além de possuir uma das carnes mais apreciadas no mercado.

O objetivo deste estudo situa-se em informar as principais características de produtividade da raça Aberdeen Angus, para que os pecuaristas tenham alguns parâmetros de como a raça se destaca no quesito de produção de carne.

METODOLOGIA

A metodologia do presente trabalho consiste na revisão bibliográfica de artigos e experimentos acadêmicos que retratem sobre a temática da pesquisa. A maior parte destes materiais é proveniente da internet, outros se fundamentam na utilização de livros sobre a bovinocultura de corte, para que desta forma se desenvolva o resumo expandido.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A raça Aberdeen Angus reúne uma série de características, como a capacidade de se adaptar a diversos ambientes, possui alta fertilidade, rusticidade a enfermidades, precocidade produtiva e reprodutiva. Geralmente a pelagem destes varia entre preta (Aberdeen Angus) e vermelha (Red Angus) (MATOS, 2010).

Os bovinos machos da raça Angus são animais de grande porte, os touros possuem um excelente nível de fertilidade, podem atingir na idade adulta entre 800 a 900 kg, são animais mochos, tem eficiência na conversão alimentar, carne com uma boa distribuição de gordura, atingem a idade de abate entre os 18 a 24 meses (SCHULER et al, 2013). Já as fêmeas da raça podem atingir entre 600 a 700 kg entram na idade reprodutiva aos 24 meses, tem boa habilidade materna, facilidade de parto, alto índice de repetição de crias, podendo geral um bezerro por ano, estes bezerros são de porte médio, os machos nascem com cerca de 28 kg e as fêmeas 26 kg (MATOS 2010).

A raça tem sido amplamente utilizada em cruzamentos para a obtenção de animais com maior desempenho produtivo, sendo que na maioria das vezes, usa-se um gado zebuíno (Bos indicus) com o gado Aberdeen Angus, tendo a principal raça o gado Nelore. (SCHULER et al, 2013). A tabela 1 faz um comparativo de um estudo realizado sobre o rendimento de carcaça em novilhos precoces entre 7,5 e 11,5 meses de idade das seguintes raças: Nelore, ½ Aberdeen Angus ½ Nelore e ½ Limousin ¼ Aberdeen Angus ¼ Nelore; em regime de confinamento durante 143 dias com uma dieta balanceada (ABREU et al, 2009).

Tabela 1: adaptação da tabela sobre as médias do peso inicial no confinamento, peso ao final do confinamento, ganho médio diário (GMD), rendimento de carcaça (RC) e espessura de gordura (EG);

AVALIAÇÕES Nelore ½ Aberdeen Angus ½ Nelore

½ Limousin ¼ Aberdeen Angus ¼ Nelore

Peso inicial (kg) 299,86 299,51 292,99

Peso final (kg) 473,37 512,15 495,29

Ganho médio diário (kg)

1,23 1,50 1,39

Rendimento de carcaça (%)

54,38 54,46 56,30

Espessura de gordura (mm)

4,14 4,26 3,39

Fonte: ABREU et al, 2009.

Analisando o experimento, nota-se que os bovinos da raça nelore estão com as médias mais baixas, mais quando estes são cruzados com a raça Angus (½ Aberdeen Angus ½ Nelore) os resultados são os melhores comparando com os dos outros dois cruzamentos, principalmente no peso final e no ganho médio diário (GMD), somente no rendimento de carcaça (RC) dos bovinos ½ Limousin ¼ Aberdeen Angus ¼ Nelore o índice é mais alto comparando com os outros dados obtidos sobre essa categoria. Ao serem conciliadas às características genéticas da raça Angus com as raças Nelore e Limousin, estes animais tem um melhor desenvolvimento e consequentemente são mais produtivos, possuindo os fatores de rusticidade, a exemplo um melhor aproveitamento de forragens grosseiras, resistência ao calor e a ectoparasitas.

Segundo SCHULER et al, 2013 “O grande diferencial da raça é a propensão genética de deposição de marmoreio (gordura entremeada na carne), que confere maciez e sabor indiscutíveis aos cortes no prato”. Por esse motivo que a carne da raça angus é considerada

como uma das melhores do mundo, além de outros fatores que influenciam na qualidade da carne e fazem desta tão apreciada no mercado. Já MATOS 2010, afirma que a excelência da carne da raça deve-se a capacidade que o Angus possui de adaptação a ambientes difíceis, ocasionando animais com grande vigor híbrido e boa conformação.

Quando os bovinos Aberdeen Angus são submetidos a um manejo alimentar adequado, onde o bem estar animal é priorizado, estes animais irão corresponder aos investimentos feitos pelos pecuaristas. São muitas as experiências com a raça que tem dado

resultados, principalmente, quando os animais são submetidos ao sistema de confinamento, onde é possível fornecer uma dieta balanceada, com as quantidades certas de volumosos e concentrados, que refletem diretamente na qualidade da carne e no tempo de acabamento, sendo possível a criação destes bovinos em sistemas de pastoreio.

CONCLUSÃO

Nota-se que os bovinos Aberdeen Angus são considerados com parte do rebanho de corte que se encaixam no padrão de produtividade, onde as características de precocidade, fertilidade e rusticidade favorecem aos mesmos a certificação de produção de carnes nobres, que são apreciadas tanto no mercado nacional como internacional, mas para que os bovinos tenham essa certificação e necessário que o manejo atenda as exigências destes animais.

Além do mais, os bovinos Aberdeen Angus conseguem se adaptar a diversos ambientes, possibilitando ao Brasil a oportunidade de ampliar a criação desta raça e investir em pesquisas genéticas principalmente no cruzamento desta com outras raças, conciliando vários fatores genéticos de produtividade.

REFERÊNCIAS

ABREU, U. G. P; PEREIRA, M. R. Características De Carcaça E Qualidade De Carne De Novilhos Superprecoces De Três Grupos Genéticos. Brasília, 2009. Disponível: http://www.scielo.br/pdf/pab/v44n11/21.pdf. Acesso: 29 de março de 2016.

DIKEMAN, M. Metabolic Modifiers and Genetics: Effect on Carcass Traits and Meat Quality. In: 49th International Congress of Meat Science and Technology. Campinas, Brasil, 2003. Pág. 1 a 38.

FILHO, G. A. M; QUEIROZ, H. P. Gado de Corte. 2ª edição, Embrapa, Brasília, 2011. Pág. 18 a 190.

MATOS, J. E. A Raça Aberbeen Angus – Universidade dos Açores. 2010. Disponível: http://www.aberdeen-angus.pt/revistas/eam_01/4.pdf. Acesso: 29 de março de 2016.

PEREIRA, A. S. C. B. A Raça Angus e a qualidade de carne. 2006. Disponível: http://angus.org.br/wp-content/uploads/2013/10/ARTIGOS-T%C3%89CNICOS-%E2%80%93-022006.pdf. Acesso: 29 de março de 2016.

SCHULER, M.; RIBEIRO, S., et al. Manual do Criador. 3ª edição, Porto Alegre, 2013. Pág. 15 a 103.

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ATRAVÉS DA INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRICA

Robson Lima Santana1

Thiago Bortolo de Carvalho2

Eder Aguiar Ribeiro3

Isaque Lino Pereira4

Ramoxiane Braga5

Celso Pereira de Oliveira6

Apresentação: Banner

INTRODUÇÃO

Ao decorrer dos anos, a demanda por alimento vem aumentando junto ao crescimento

populacional, e atrelado a isto, consequentemente houve um aumento de área para a produção,

que culminou no desmatamento de milhares de hectares de floresta no Brasil para

implementação da agropecuária, causando grandes devastações e impactos tanto na flora

quanto na fauna e até mesmo alterando o clima no norte e sudeste do país. Contudo o mal

aproveitamento destas áreas, ora por seja a falta de recursos ora por falta de informação, está

causando grandes degradações nas pastagens, que diminui a eficiência produtiva,

compactação e exaustão do solo, erosões, maior uso de defensivos agrícolas e entre diversos

outros fatores.

Um grande sistema que vem dando alternativa a esses fatores é a integração lavoura pecuária

(ILP) (MORAES,2011 et al.), inclusive vem sendo uma das alternativas no qual o Brasil

apresentou a COP 21, que tem a pretensão de restaurar 15 milhões de hectares de pastagem

degradadas até 2030.

Contudo há uma certa resistência de alguns produtores como cita Silva 2011 et al. apesar dos

benefícios advindos desse sistema, persiste a ideia de que o pastejo animal interfere

negativamente nas propriedades físicas do solo, levando-o a compactação e consequentes

perdas de produtividade para as culturas subsequentes.

OBJETIVO

Objetivou-se este trabalho em demonstrar a importância da integração lavoura pasto na

agricultura para recuperação de pasto degradados e o baixo impacto que ele causa ao meio.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais para realizar esta revisão bibliográfica, foram baseadas em artigos cientifico

publicado na internet, seminário, revista (globo rural) e boletim técnico.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A ILP traz grandes benefícios ao solo, melhorando sua propriedade física (desde que obedeça

a quantidade adequada de rebanho por hectare), química e biológica, ajudando na fixação do

carbono no solo como diz Moraes (2011) et al. [...]a ILP sob plantio direto pode ser uma boa

1 Acadêmico do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected]

2 Acadêmico do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected]

3 Acadêmico do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected]

4 Acadêmico do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected]

5 Acadêmico do curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected]

6 Professor de Agronomia, CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected]

alternativa de sistema conservacionista para aumentar os teores de C no solo, chegando a

valores que podem até superar os teores dos sistemas naturais e também pode contribuir com

menor emissão de CO2 na atmosfera.

Apesar de poucas pesquisas relacionado a IPL fica evidente a sua importância na recuperação

de pastagens degradadas de acordo com Moraes (2011) et al.

Os sistemas de uso e manejo do solo podem contribuir para a manutenção e melhoria

da qualidade do solo, garantindo com isso a sustentabilidade do sistema agrícola.

Dentre os atributos que determinam a qualidade do solo, a matéria orgânica exerce

papel fundamental, pois, desempenha várias funções tanto nas propriedades

químicas, físicas e biológicas.

Na contramão disso, se não houver um bom planejamento pode ocorrer a compactação da

área, como diz Assmann (2008) et al.

[...]que quando realizada de maneira adequada, não afeta o desempenho das culturas

sucessoras destinadas à produção de grãos. Esse sistema envolve muitas variáveis e

demanda ainda estudos complementares, cujos resultados ao serem aplicados pelos

agricultores podem tornar a integração lavoura-pecuária uma prática de alto

benefício econômico e ambiental.

Seguindo a mesma linha de raciocínio Silva (2011) et al. A integração lavoura-pecuária,

apesar de poder levar à compactação do solo, essa é superficial e não reduz a produtividade

das culturas subsequentes quando o pastejo é bem manejado.

CONCLUSÃO

No decorrer do trabalho, vimos da importância da integração lavoura pasto na recuperação de

áreas degradadas. Conclui-se que, com o manejo adequado, esta integração traz grandes

benefícios tanto para o produtor quanto ao meio ambiente, reduzindo o custo de recuperação

de uma área degradada e trazendo benefício ao meio ambiente.

REFERÊNCIAS

ASSMANN, Luiz Alceu, SOARES, Brugnara André, ASSMANN, Simioni Tangriani.

Integração Lavoura-pecuária Para a Agricultura Familiar (2008). Disponível em <

http://www.iapar.br/arquivos/File/zip_pdf/integracao_lavpecuaria.pdf> livro. Acesso em 27

abril de 2016.

LUSTOSA, João, ROCHA, Abdiel. Integração Lavoura Pecuária (2007). Disponível em <

http://www.creadf.org.br/index.php/template/downloads/trabalhos-tecnicos/169-boletim-

tecnico/file> boletim técnico. Acesso em 27 abril de 2016.

MORAES, de anibal, et al. Avanços Científicos em Integração Lavoura-Pecuária no sul do Brasil (2011). Disponível em <

http://www.ufrgs.br/gpep/documents/artigos/2011/Avan%C3%A7os%20cient%C3%ADficos

%20em%20iLP%20no%20sul%20do%20Brasil.pdf> artigo. Acesso em 27/03/2016.

PADILHA, Gabriela, PIN, Augusto, ARALDI, Daniele Furian. Sistema de Integração Lavoura Pecuária (2011). Disponível em <

https://www.passeidireto.com/arquivo/3063091/sistema-de-integracao-lavoura-pecuaria>

revisão literária. Acesso em 27 abril de 2016.

SILVA, José da Valdiney, CAMARGO, Reginaldo de WENDLING, Beno, PIRES, Candido

Pires. Integração Lavoura-pecuária sob Sistema de Plantio Direto no Cerrado Brasileiro (2011). Disponível em <

http://www.conhecer.org.br/enciclop/2011a/agrarias/integracao%20lavoura.pdf>artigo.

Acesso em 27 abril de 2016.

RIBEIRO, Hamilton José. De volta para o futuro. O construtor de solos. Revista Globo Rural. São Paulo, v. 361, P. 30-37, 2015.

1 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected] 2 Acadêmico do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

3 Acadêmico do 9º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

4 Acadêmico do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected] 5 Acadêmica do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected] 6 Acadêmico do 7º Período do Curso de Agronomia CEULJI/ULBRA, [email protected]

7 Professora Zootecnista, Mestre em Forragicultura, CEULJI/ULBRA, [email protected]

REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DA RAÇA NELORE

Karine Schiffler Nascimento1

Anderson Deganuti2

Lucas Pucci Patriarcha3

Ruhan da Silva Barbosa4

Aline Silva de Paula5

Caio Vinicius Teixeira Matias6

Sheilla Davoglio de Moraes7

INTRODUÇÃO

Em 2015 o Brasil chegou a um rebanho de 208,3 milhões de animais, e em 2014 produziu cerca de 10,07 milhões de toneladas de carne bovina e deste exportou 2,09 milhões (ANUALPEC, 2015). Segundo Battistelli (2012) bovinos zebuínos da subespécie Bos taurus indicus, constituem a maior parte do rebanho nacional com mais de 165 milhões entre bovinos de corte e leite criados em sistema extensivo, sendo atualmente a base do sistema de produção de carne no país. Raças zebuínas como o Nelore e os seus mestiços representam 60% á 50% do rebanho de corte brasileiro.

O Nelore chegou ao Brasil por volta do século XIX, quando foram trazidos os primeiros animais zebuínos da Índia. Tudo indica que isso ocorreu no ano de 1868, em Salvador, Bahia. Após dez anos foram trazidos novos animais diretamente da Índia e desembarcaram no Rio de Janeiro, que a partir dessa data a raça foi se expandindo, primeiro no estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. No ano de 1938 começaram os registros genealógicos da raça nelore. O Nelore brasileiro, além de ser considerado hoje como um patrimônio legitimamente nacional, produz carne saudável e natural, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos do mundo todo (BEEFPOINT, 2013). Objetivou-se neste trabalho realizar uma revisão de literatura acerca da raça Nelore.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para elaboração deste, foram utilizadas fontes como artigos, teses, boletins de pesquisas, revistas eletrônicas, livros e todos os demais veículos de comunicação acerca do assunto aqui abordado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O zebuíno é caracterizado por sua rusticidade e adaptabilidade, elevada longevidade reprodutiva, alta capacidade de aproveitar alimentos grosseiros. Sua adaptabilidade ao clima tropical típico dos trópicos nacionais é devido a sua resistência ao calor, caracterizada pela sua proporção de superfície corporal maior em relação ao peso corporal, possuindo o mesmo número de glândulas sudoríparas, porém maiores e mais eficientes na sudorese. Por fim possuem o trato digestivo 10% menor em relação ao europeu isso faz com que seu metabolismo seja mais baixo e gere menor quantidade de calor (EUCLIDES FILHO et al., 2002 apud ARTMANN, 2014). Além das raças indianas (Bos taurus indicus) serem menos

suscetíveis à infestação por carrapatos que raças taurinas (Bos taurus taurus) (BORGES, 2015).

Os bovinos da raça Nelore se caracterizam, de forma geral, por animais de porte médio a grande, epiderme altamente pigmentada, em combinação com pelame branco ou claro. A eliminação do calor corporal e redução da entrada de calor por radiação são vitais aos animais criados em ambiente tropical, assim, bovinos com uma capa de pelame branco, menos espesso possível, pelos curtos, grossos e bem assentados sobre uma epiderme altamente pigmentada são ideais para ambiente quente (SILVA, 1999).

As matrizes possuem características naturais excelentes que facilitam o parto, sua garupa tem boa angulosidade, boa abertura pélvica e oferecem ao bezerro boas condições de desenvolvimento até o desmame, por possuírem boa habilidade materna, instinto de proteção ao bezerro, rusticidade e baixo custo de manutenção, por isso são considerados instrumentos importantes no sistema de cruzamento industrial (CRV LAGOA, 2001; BATTISTELLI, 2012). Segundo Gunski et al (2001) uma das inúmeras qualidades das vacas nelore é a facilidade de parto, ajudada pelo peso ao nascimento do bezerro moderado, ao redor dos 30 kg. Por este motivo, deve-se acompanhar e evitar o acréscimo deste peso, evitando desta forma partos distócicos e a necessidade de auxílio ao parto.

Lopes et al (2012) realizou uma pesquisa em relação a rendimento de carcaça da raça Nelore versus a raça composta Red Norte, onde os pesos de carcaça quente (9,41@ vs 9,27@ respectivamente) e de carcaça fria (9,27@ vs 9,19@ respectivamente) foram semelhantes, porém o Nelore foi superior. É importante aumentar rendimento de carcaça nos sistemas de produção no Brasil, pois o frigorífico remunera o produtor de acordo com o peso de carcaça.

Nas médias observadas em uma pesquisa, realizada por Lopes (2012), os animais chegaram ao um peso de 160kg (pré-desmama) e 240kg (pós-desmama) no período de ± 46 dias (235 dias após nascimento) e ± 171 dias (578 dias após nascimento), respectivamente. Comparando com metas estipuladas por Malhado et al (2005), em que o ideal seria desmamar um bezerro com 190 kg aos 205 dias, e abatê-lo (aos 720 dias) com 450 kg. Pode-se dizer que os rebanhos da região Norte do Brasil estão aquém desta meta, pois apresentaram peso médio aos 205 dias, de 175,4 kg, e atingiram o peso de abate (450 kg) em média aos 28 meses (LOPES, 2012).

CONCLUSÃO

Podemos concluir que os animais da raça Nelore trazem consigo um histórico de rusticidade e de boa adaptação a alimentações grosseiras, fato que caracteriza esta raça como uma das melhores para o manejo extensivo.

Também levando em consideração a rusticidade, adaptabilidade, longa vida reprodutiva, temos estes animais como boa opção para cruzamentos raciais em busca de choque de heterozigose e melhor rendimento da prole em sistemas menos tecnificados (extensivos e semi-extensivos).

REFERÊNCIAS

ANUALPEC. Anuário Brasileiro da Pecuária. Rio Grande do Sul: Editora Gazeta (ISSN 1808-5172), 2015.

BATTISTELLI, J.V.F. Alternativas de cruzamento utilizando raças taurinas adaptadas ou não sobre matrizes nelores para produção de novilhos precoces. 2012. 76f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Faculdade de Zootecnia, Universidade Federal de Mato grosso do Sul. Campo Grande, 2012.

BEEFPOINT. Nelore: conheça mais sobre a raça que representa 80% do gado de corte brasileiro. Disponível em< http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/racas-e-genetica/nelore-conheca-mais-sobre-a-raca-que-representa-80-do-gado-de-corte-brasileiro-projeto-racas/> Acesso em: 02 Abr. 2016.

BORGES, L. M. F.; DUARTE, S. C.; LOULY, C. C. B. Cattle tick differentiates between the odors of Holstein Friesian and Nelore cattle. Ciência Rural, ISSN 0103-8478. v.45, n.11, nov, 2015.

CRV LAGOA, PAINT – Programa de Melhoramento Genético para Bovinos de Corte, Sertãozinho, p. 18, 2001.

EUCLIDES FILHO, K. et al. Eficiência bionutricional de animais da raça Nelore e seus mestiços com Caracu, Angus e Simental. Revista Brasileira de Zootecnia, Campo Grande, v. 31, n. 1, p. 331-334, 2002. apud ARTMANN, T. A. et al. Melhoramento genético de bovinos ½ sangue taurino x ½ sangue zebuino no brasil. Revista Científica De Medicina Veterinária. ISSN:1679-7353. Ano XII-Número 22. Periódico Semestral. Janeiro de 2014.

GUNSKI, R. J. et al. Idade ao primeiro parto, período de gestação e peso ao nascimento na raça nelore. Revista Ciência Agronômica. v. 32, n. ½. 2001

LOPES, F. B. Tendência genética para características relacionadas à velocidade de crescimento em bovinos Nelore da região Norte do Brasil. Revista Ciência Agronômica. v. 43, n. 2, p. 362-367, abr-jun, 2012.

LOPES, L. S. et al. Características de carcaça e cortes comerciais de tourinhos Red Norte e Nelore terminados em confinamento. Revista Brasileira de Zootecnia, v.41, n.4, p.970-977, 2012.

MALHADO, C. H. M. et al. Tendência genética sobre características relacionadas à velocidade de crescimento em bovinos Nelore na região Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 34, n. 01, p. 60-65, 2005.

SILVA, R. G. Estimativa do balanço térmico por radiação em vacas holandesas expostas ao sol e à sombra em ambiente tropical. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 28, n. 6, p. 1403-1411, 1999.

Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA – Email: [email protected] 1

Acadêmico de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA - Email: [email protected] 2

Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA – Email: [email protected] 3

Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA - Email: [email protected] 4

Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ ULBRA - Email: kariny.nina_jipa@hotmail 5

Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA - Email: [email protected] 6

Professora do Curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA - Email: [email protected] 7

IMPORTÂNCIA DO SELÊNIO (Se) PARA A BOVINOCULTURA

Irena Binow Butzke 1

Leonardo Falcão Sperotto 2

Marcela da Silva Lima 3

Mayara Cristina Oliveira Silva 4

Kariny da Silva Lima 5

Pâmela Thayna Herculano Alves 6

Sheilla Davoglio de Moraes 7

INTRODUÇÃO

A bovinocultura é uma atividade em constante expansão, que visa o uso de mais tecnologias que acelerem a produção dos animais, para que estes correspondam com a lucratividade. Mas para que o pecuarista alcance tal objetivo, é necessário que o mesmo tenha boas práticas de manejo com animais, principalmente quando retratamos do manejo alimentar.

Uma alimentação rica em nutrientes como proteínas, carboidratos e minerais, proporciona o desenvolvimento dos bovinos e estes produzem mais carne e leite. Mas, nem sempre a dieta animal está balanceada, muitas vezes um mineral desnecessário encontra-se em quantidades mais elevadas, por isso é importante o estudo sobre as funções dos minerais no organismo dos bovinos.

A partir disso, é interessante avaliar as propriedades do Selênio (Se) e as diversas funções que exerce no organismo como o crescimento, reprodução, prevenção de doenças e possíveis danos celulares (LIMA e DOMINGUES, 2007). O objetivo do estudo é apresentar a essencialidade do Selênio, funções e efeitos para com os bovinos.

METODOLOGIA

A metodologia do presente trabalho consiste basicamente na revisão bibliográfica de artigos e livros, que retratem sobre a importância do Selênio na alimentação dos bovinos, onde a prioridade é o uso de informações que facilitem o entendimento sobre a temática.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Selênio é um micro mineral naturalmente encontrado em quase todos os alimentos da dieta animal, logo, está envolvido em diversas funções do metabolismo, principalmente quando retratamos sobre a fertilidade (ANDRIGUETTO et al, 2002). No Brasil as pastagens têm baixas quantidades de Selênio, já que este mineral é facilmente lixiviado nos solos, então é necessária a suplementação com fontes de Se, para os animais que são criados sobre sistema de pastejo (PASA, 2010).

Este mineral é encontrado nos cereais, leguminosas e forragens. As principais fontes de Se inorgânicos utilizados na suplementação animal são: Selenito de Sódio (Na2SeO3) e o Selenato de Sódio (Na2SeO4) existem também as fontes orgânicas como o Selênio Levedura, Selenometionina e Selenocistina (CORTINHAS, 2009)

O Selênio compõe a enzima glutationa peroxidase muito presente nas hemácias e que evita a formação de peróxidos tóxicos como: ânions superóxidos (O2ˉ), peróxido de hidrogênio (H2O2) e radicais de hidroxila (OH), que são os radicais livres, capazes de romper as funções normais das proteínas e lipídeos dentro de uma célula (REECE et al, 2004). A glutationa peroxidase atua no citossol transforma algumas destas substâncias, como o peróxido de hidrogênio, em H2O (água) e O2 (oxigênio) (SILVA e CORSI, 2003).

O Se em conjunto com a vitamina E, realiza a proteção antioxidante da membrana celular evitando a formação de radicais livres, o mineral também é um cofator de outras enzimas como a desidrogenase fórmica, glicina redutase e deiodase e também previne a formação de cistos ovarianos (AZEVEDO, 2005). De acordo com REECE et al, 2004, o Selênio também é fundamental para o metabolismo do hormônio tireóideo, porque a enzima iodotironina 5’-desiodinase é uma proteína que contem selênio.

Segundo PASA 2010, o Se possui ação direta no metabolismo hormonal da progesterona, pois é uma selenoproteína que estimula a síntese de prostaglandina E, que protege o corpo lúteo, produtor de progesterona.

A deficiência de selênio provoca nos bovinos mau crescimento, acúmulo de peróxidos, tremores musculares, fragilidade de sustentação das pernas, envelhecimento precoce dos tecidos, provoca doenças cardíacas como a doença do músculo branco (doença que geralmente atinge os bezerros), problemas respiratórios e influência na resposta imune dos animais (LIMA e DOMINGUES, 2007). Os efeitos da falta deste mineral afetam diretamente na reprodução, dentre estes, infecções uterinas, retenção de placenta, nascimento de bezerros fracos ou natimortos, abortos, infertilidade, mastites, o que influencia diretamente na eficiência reprodutiva dos animais (BARBOSA e SOUZA 2009).

A toxidade de selênio geralmente ocorre em regiões que o solo é mais rico deste mineral, e seus efeitos podem acometer os bovinos jovens e adultos. Os principais sintomas da toxidade causados a estes inclui náusea, apatia, ataxia, vômito, queda de pêlos e unhas, diarreia, respiração fica ofegante, os animais andam de forma descoordenada e pode levar a morte (LIMA e DOMINGUES, 2007).

As necessidades de selênio na alimentação dos bovinos irão variar de acordo com a fase que o animal se encontra. A tabela 1 é uma adaptação das quantidades necessárias de minerais na alimentação dos bovinos de acordo com a fase que estes se encontram.

Tabela 1: Exigências de minerais para bovinos de corte e leite.

EXIGÊNCIA DE SELÊNIO PARA BOVINOS (ppm) Período Vacas de Corte Vacas de leite Crescimento 0,1 0,1 Gestação 0,1 - Lactação 0,1 0,3 Transição - 0,3

Fonte: aNRC, 1996; bNRC, 2001.

Nota-se que as necessidades de Selênio durante o crescimento dos bovinos tanto de corte como leite é de 0,1 ppm, este valor não se altera para as vacas de corte durante a gestação e lactação, já a exigência deste mineral para as vacas de leite, é três vezes maior no período de transição e de lactação.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o selênio é um micro mineral de grande relevância para os bovinos, principalmente nos aspectos de reprodução e na oxidação de substâncias nocivas para o organismo animal. E que este é um mineral pouco presente nas pastagens, sendo necessária a suplementação deste na alimentação dos bovinos, podendo ser estas fontes provenientes de substâncias inorgânicas e orgânicas. Além do mais, o selênio pode provocar diversos problemas, quando o mesmo está em deficiência ou em toxidade, sendo de suma importância, avaliar a dieta dos animais para evitar que isto ocorra.

REFERÊNCIAS

ANDRIGUETTO, J. M.; P., L. et al. Nutrição Animal. Volume 1, Editora Nobel, São Paulo, 2002. Pág 244 a 247.

AZEVEDO, E.B. Deficiência de cobre, zinco, selênio e cobalto em animais, Porto Alegre, 2005. Disponível em: http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/microminerais.pdf. Acesso em: 04 de abril de 2016.

BARBOSA, F. A; SOUZA, G. M. Efeito dos Microminerais na Reprodução de Bovinos. 2009, Disponível em: http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_efeito_microminerais.htm. Acesso em: 04 de abril de 2016.

CARVALHO, F. A. N.; BARBOSA, F. A.; MCDOWELL, L. R. Nutrição de bovinos a pasto. Belo Horizonte: Papelform, 2003, 438p.

CORTINHAS, C.S. Fornecimento de zinco, cobre e selênio orgânicos para vacas leiteiras e efeitos sobre a qualidade do leite e saúde da glândula mamária. Pirassununga, 2009.

LIMA, L. G.; DOMINGUES, J. L. Uso de Selênio na produção de ruminantes. Revista Eletrônica Nutritime. Volume 4, Nº4, 2007. Pág 462 a 474.

PASA, C. Relação Reprodução Animal e os Minerais. Revista Biodiversidade. Volume 9. Nº1, 2010, Pág. 106 a 108.

REECE, W.O., ERICKSON, H.H. et al, Fisiologia dos Animais Domésticos. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006. Pág. 549 a 551.

SILVA, S. C.; CORSI, M. Manejo do pastejo. In: Simpósio sobre manejo de pastagens. Piracicaba, 2003. Pág. 155 a 186.

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IMPACTOS CAUSADOS POR RESÍDUS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ

Andréia do Rosário Batista1

Elisangela Pereira de Oliveira 2

Patrícia Almeida Silva3

Kimberli Marchiolle4

Brenda Paulino5

Celso Pereira de Oliveira6

INTRODUÇÃO

O crescimento desordenado dos municípios trazem consequências a vida do homem, mudando seus hábitos e sua rotina, quanto mais cresce mais se produz causando assim o aumento da produção de resíduos sólidos. Infelizmente Ji-Paraná não foge a essa realidade, o munic íp io apresenta população de 116.610 habitantes (IBGE, 2010). E segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), a produção per capita de resíduos sólidos domiciliares, segundo os extratos populacionais dos municípios brasileiros que possuem de 100.000 a 199.999 habitantes é de 0,69 kg.dia-1 (IBGE, 2002).

Problemas relacionados aos resíduos sólidos e a sua incorreta disposição devem ser vistos como um dos desafios à serem mitigados pela sociedade (ARCILA e LIMA, 2007; COSTA, 2011; RIBEIRO, 2011), uma vez que os agravos acarretam problemas ambientais, sociais, de saúde e também de saúde para o município.

A disposição final de resíduos sólidos é um dos grandes desafios ambientais enfrentados pela maioria dos municípios brasileiros, este problema agrava-se com o crescente consumo de bens descartáveis. Porém, muitas vezes este se torna complexo, pois sofre influência de circunstancias locais, econômicas, sociais, ambientais e até estético. Segundo IBGE 2010, “os vazadouros a céu aberto, ainda são o meio mais utilizado para disposição final dês resíduos sólidos pela maioria dos municípios. A pesquisa também aponta que, 71,50% dos municíp ios usam esta forma de destinação de resíduos e apenas 17,32% dos municípios dispõe seus resíduos em aterros sanitários.”A deposição torna-se problemática quando manejada de forma inadequada, causando problemas como as poluições do ar, das águas e do solo, alem de proliferação de vetores.

1 Acadêmica do quinto período do curso de engenharia agronômica do CEUJI/ULBRA – andré[email protected] 2 Acadêmica do quarto período do curso de engenharia agronômica do CEUJI/ULBRA – [email protected] 3 Acadêmica do nono período do curso de engenharia agronômica do CEUJI/ULBRA – [email protected] 4 Acadêmica do quinto período do curso de engenharia agronômica do CEUJI/ULBRA kimberlymarchio [email protected] 5 Acadêmica do segundo período do curso de engenharia agronômica do CEUJI/ULBRA – brendha [email protected]

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6 Professor especialista do curso de engenharia agronômica do CEUJI/UILBRA – [email protected]

A poluição do ar por partículas em suspensão tem sua origem na poeira existente no próprio lixo ou no material de cobertura empregado, [...]. (ABES, 2006). O mau cheiro habitual dos vazadouros se deve a emanação de gás sulfídrico e de compostos orgânicos originados de compostos matérias biodegradáveis existente no lixo.

OBJETIVOS

O objetivo deste é expor estudos realisados sobre impactos ambientais causados por resíduos sólidos no município de Ji – Paraná.

METODOLOGIA

Para realização deste, utilizou-se como metodologia revisão bibliográfica sobre o tema abordado. Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e impressa escrita.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Impactos causados a água Ferreira et al (2014) , relata em seu estudo contaminação microbiológica em 85% de poços analisados no bairro Boa Esperança e 100% em relação coliformes totais. Cremonese (2014) também detectou a presença de coliformes totais em todas as amostras analisadas no mesmo local. Em relação ao fluxo da água a autora observou que os fluxos de água subterrânea demonstraram tendência do direcionamento hídrico, proveniente da área do lixão desativado em direção as residências. Batista et al (2013) em análise físico química de uma nascente no antigo lixão da RO 135 observou valor de pH 5,8 e condutividade (µ S/cm) 175. Segundo Ministério da Saúde e Conama os valores permitidos de pH em água doce variam de 6 a 9. Condutividade quando esta estiver acima de 100 μs/cm a água sofreu impactos indesejáveis. Segundo a ABES (2006) classifica–se como agravos causados pela disposição inadequada do lixo em cursos d'água da seguinte forma: poluição química, bioquímica, radioativa, física e biológica. Um dos agentes desta situação é a água, principalmente da chuva, pois, quando a mesma percola através desses resíduos, varias substâncias orgânicas e inorgânicas são carreadas inclusive o chorume. “O chorume, cuja composição é muito variável, pode tanto escorrer e alcançar as coleções hídricas superficiais, como infiltrar no solo e atingir as águas subterrâneas, comprometendo sua qualidade, por conseguinte, seu uso” (SISINNO & MOREIRA, 1996). Impactos causados no solo Rossetti (2013) comparou valores de Hg em amostras de solo da lixeira controlada e do lixão desativado. Os estudos apresentaram valores médio 0,300mg-1 na lixeira controlada e 0,255mg-

1 no antigo lixão. A autora usou como parâmetro valor de referência estabelecido pela CETESB 195/05 (0,05mg. Kg1), a mesma relata que a maioria das amostras analisadas ultrapassaram o valor de referência.

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Resíduos dispostos inadequadamente, sem qualquer tratamento, pode poluir o solo, alterando suas características físicas, químicas e biológicas, constituindo-se num problema de ordem estética e, mais ainda, uma ameaça à saúde pública (ABES, 2006). Batista et al (2013) em estudo sobre granulometria constatou que o solo analisado do antigo lixão da RO 135 é um solo arenoso, apresentando valor textural de 777,25 de areia. Sabe-se que solos arenosos a percolação da água é mais rápida, facilitando a contaminação do lençol freático. CONCLUSÕES Com os resultados apresentados percebe-se que os impactos causados pela deposição errônea de resíduos sólidos no município, causam danos graves ao ambientes e já acarretam prejuízos expressivos a saúde de quem reside próximo a esses locais.

REFERÊNCIAS

ABES - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL. Resíduos Sólidos Urbanos: Coleta e Destino Final, 2006.

ARCILA, R. I. A; LIMA, R.F.S. Diagnóstico dos resíduos sólidos urbanos em municípios de pequeno porte - o caso de Monte Alegre- RN. Revista OLAM Ciência e Tecnologia. São Paulo, v. 7, n. 2, p.187-207, dez. 2007.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento. Rio de Janeiro, 2002. Sinopse Censo 2010. Disponívelem:<http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=11&dados=0 >. Acesso em: 16/03/2016.

SISINNO, Cristina L. S; MOREIRA, Josino. C. Avaliação da contaminação e poluição ambiental na área de influência do aterro controlado do Morro do Céu, Niterói, Brasil. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 12(4), out-dez, 1996,p. 515-523.

BATISTA, Andréia do Rosário. Et al. Avaliação dos impactos causados no antigo lixão de Ji-paraná – RO In: SEMANA DO MEIO AMBIENTE, 05 DE JUNHO DE 2013, INSTITUTO FEDERAL DE JI- PARANÁ RO.

FERREIRA, Raissa Fonseca. ET al. Análise microbiológica e direção do fluxo subterrâneo do lixão desativado em Ji-Paraná, Rondônia. Revista Brasileira de Ciências da Amazônia Universidade Federal de Rondônia v. 3, n. 1, p. 37-46, 2014.

CREMONESE, E. R.l Avaliação da qualidade da água de poços localizados próximos as áreas de deposição de resíduos sólidos do município de Ji-Paraná (RO); 2014. 63f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Ambiental), Departamento de Engenharia Ambienta l, Universidade Federal de Rondônia, 2014.

ROSSETTI, H. T. Avaliação das concentrações de mercúrio em amostras de solo coletadas no

lixão inativo e na lixeira controlada ativa do município de Ji-Paraná – RO. 2013. 67 f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Ambiental), Departamento de Engenharia Ambienta l, Universidade Federal de Rondônia.

¹ Acadêmico do nono período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] ²Acadêmica do sétimo período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] ³Acadêmica do sétimo período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] 4Acadêmica do sétimo período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] 5Acadêmico do sétimo período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected] 6 Acadêmico do nono período de Agronomia, CEULJI/ULBRA, [email protected]

7Prof. Especialista, CEULJI/ULBRA, [email protected]

USO DE GEOPROCESSAMENTO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO

Lucas Pucci Patriarcha1

Viviane Vieira Ventura2

Kênia Brito Caldeira3

Larissa Kelly Vieira4

Kleber Saiter Reboli5

Washington Diego de Oliveira6

Celso Pereira de Oliveira7

INTRODUÇÃO

A agricultura no Brasil é, historicamente, umas das principais bases da economia do país (SOUZA, 2013) e segundo Pires (2004), tem passado por uma série de transformações, tornando a atividade cada vez mais competitiva e exigindo do produtor maior nível de especialização, capacidade de gerenciamento e profissionalismo.

A Agricultura de Precisão tem por princípio básico o manejo da variabilidade dos solos e das culturas no espaço e no tempo. Com isso, a implementação dessas técnicas tem por meta o manejo dos diferentes fatores de produção, de modo georreferenciado, otimizando o uso de insumos, aumentando a renda dos agricultores e mantendo a qualidade do ambiente. Desse modo, pode ser definida como o manejo da variabilidade dos fatores de produção agrícola visando aumentar o benefício econômico e reduzir o impacto no meio ambiente (VARELLA, 2004).

Geoprocessamento é o conjunto de tecnologias de coleta, tratamento, manipulação e apresentação de informações espaciais voltado para um objetivo específico (SOUZA, 2013) e que foi muito importante para os avanços iniciais da agricultura de precisão, pois os mesmos foram subsidiados pela disponibilização de satélites para a localização de pontos na superfície terrestre por meio do sistema GPS. A partir daí, foram criadas e/ou reunidas numerosas ferramentas, como SIG, sensoriamento remoto, tecnologias de aplicação em taxa variada (VRT), sensores, monitores de colheita, entre outras, que auxiliaram na identificação e no manejo da variabilidade de áreas agrícolas (PIRES, 2004).

Uma ferramenta que exerce grande importância na Agricultura de Precisão é o sistema de posicionamento global (GPS) que fornece a posição onde o equipamento está localizado, mecanismos para controle de aplicação de nutrientes, defensivos agrícolas, água ou outros insumos em tempo real, e um banco de dados que fornece a informação necessária para desenvolver as relações causa efeito e as respostas à aplicação de insumos a várias condições especificamente localizadas, facilitando a vida do produtor (STABILE, 2006). O objetivo deste trabalho é informar o geoprocessamento empregado à agricultura de precisão.

MATÉRIAIS E MÉTODOS

Para construção do trabalho foi realizada uma revisão de literatura consultando anais de congressos, e simpósios, assim como artigos publicados em revistas científicas ou periódicos, boletins de pesquisa, livros e demais veículos de publicação científica.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Agricultura de Precisão detecta, monitora e maneja a variabilidade espacial e temporal dos sistemas de produção agropecuários, buscando a otimização desses sistemas (SOUZA, 2013).

As informações da superfície terrestre são coletadas através de um sensor remoto, com as radiações eletromagnéticas incidentes. Através de um software específico se tem o processamento de um grande volume de dados sobre a área a ser trabalhada, que acarretará na geração de temas (STABILE, 2006). E de acordo com Varella (2004), esses temas são a constituição do banco de dados de um SIG e cada tema representa dados espaciais georreferenciados de uma determinada variável. O próximo passo será a geração de mapas que servirão de base para posteriores análises.

Pires (2004), ainda diz que o mapa da colheita é a informação mais completa para se visualizar a variabilidade espacial das lavouras. É assim que as fotografias aéreas, as imagens de satélite, a videografia e outros têm sido testados e utilizados.

Segundo o MAPA (2013), a posição do ponto é obtida por meio de um receptor de GPS que dá o posicionamento correto da latitude e longitude. Os dados são instantaneamente armazenados em algum dispositivo de memória no monitor propriamente dito (computador de bordo dedicado). A forma dos arquivos gerados é particular para cada fabricante e pode ser visualizada como mapa. O mapa é um conjunto de pontos; aqueles pontos delimitados por uma área de alguns metros quadrados composta pela largura da plataforma e a distância percorrida entre duas leituras. A montagem do mapa nada mais é do que o gráfico que contem cada um daqueles pontos num sistema cartesiano, onde o eixo “x” é a longitude e o eixo “y” é

a latitude.

De acordo com Luiz (2002), os dados coletados apresentam suas limitações e erros e é sempre necessário um tratamento preliminar antes de transformá-los em um mapa para análise e tomada de decisões.

Ainda Souza (2013), cita as diversas vantagens do uso do geoprocessamento na agricultura de precisão, como: Diminuição de impactos ambientais da atividade agrícola, já que a área em exploração será menor e calculada, consequentemente, um melhor manejo e conservação do solo; maior eficiência entre utilização de insumos e lucratividade da cultura; melhor acompanhamento do produtor na tomada de decisões como acompanhamento no manejo de pastagens e solos; auxilia também no monitoramento e controle de pragas e doenças em culturas.

CONCLUSÕES

Portanto, a implantação de um sistema de Geoprocessamento é essencial para se obter um planejamento adequado das produções, que proporcionará maior uniformidade da lavoura bem como maior produtividade da mesma.

Atualmente, com a competição na agricultura mais acirrada e um amplo conhecimento tecnológico disponível a agricultura de precisão tem grandes chances de crescer nas propriedades rurais, pois proporciona dados mais precisos aumentando os lucros e diminuindo os impactos ambientais.

REFERÊNCIAS

SOUZA, et al. Utilização de geoprocessamento na agricultura de precisão no brasil. XIII jornada de ensino, pesquisa e extensão – jepex 2013 – ufrpe: recife, 2013.

PIRES, J. L. F.; CUNHA, G. R. da; PASINATO, A.; FRANÇA, S.; RAMBO, L. Discutindo agricultura de precisão – aspectos gerais. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2004. 18 p. html. (Embrapa Trigo. Documentos Online; 42). Disponível em: <http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do42.htm> Acesso em: 9 de Abril de 2016.

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VARELLA, C. A. A. Geoprocessamento na Agricultura de Precisão. Apostila. 1a Semana Acadêmica de Engenharia de Agrimensura. UFRRJ, 2004.

A IMPORTÂNCIA DO ZINCO NA SUPLEMENTAÇAO MINERAL EM BOVINOS DE CORTE

Aline Cristina Barbosa Santos1

Andressa kalck kister2

Claudemir Carlos Ribeiro3

Daniel Janio Alves4

Fredson da Silva Leite5

Sabrina dos Santos Matos6

Sheilla Davoglio de Moraes7

INTRODUÇÃO

Enquanto uma fração de agrônomos procura convencer os proprietários de fazendas quanto ao beneficio de mineralização completa, o estudo puro simples das funções dos minerais na nutrição animal mostra que o zinco é um dos minerais de suma importância para a alimentação do gado.

Segundo (HADDAD et al, 2001) as exigências nutricionais em minerais de animais a pasto em bovinos de corte na América Latina e Brasil podem ser atendidas baseadas em simples equações. Já em condições práticas onde o bovino de corte não tem acesso a água de cacimba, onde não haja concentração excessiva de determinados nutrientes, e estejam em regime exclusivo de pasto deve ser suprida pela ingestão de minerais presentes nas forrageiras seguida de suplementação mineral no cocho.

De acordo com (COUSINS E HEMPE, 1999), estima-se que o zinco seja componente essencial de mais de duzentos sistemas enzimáticos no organismo de um animal, pois ele é essencial na transformação de retinol em vitamina A e na mobilização desta no fígado.

O zinco também participa do metabolismo de ácidos graxos, integridade das membranas das hemácias, síntese de DNA, metabolismo da proteína, regulação do apetite, integridade do epitélio e ossos, reprodução e crescimento.

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Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA-E-mail: [email protected] 1.

Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA-E-mail: [email protected] 2. Acadêmico de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA E-mail: [email protected] 3.

Acadêmico de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA E-mail: [email protected].

Acadêmico de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA-E-mail: [email protected].

Acadêmica de Engenharia Agronômica, CEULJI/ULBRA-E-mail: [email protected].

Professora do Curso de Agronomia, CEULJI/ULBRA- E-mail: [email protected].

Também está envolvido no sistema imunológico do animal, crescimento fetal e manutenção da gravidez em condições normais. Outra função importante desse mineral é que eles participam na produção, armazenagem e secreção de hormônios, bem como ativador de receptores e resposta de órgãos. Entre os principais efeitos do zinco na produção e secreção de hormônios estão, os relacionados com a testosterona, insulina e corticóides da adrenal (MCDOWELL, 1992). E a principal via de excreção é pelo fígado através das fezes, com pequenas quantidades eliminadas pela urina, onde a quantidade de zinco endógeno excretado pelas fezes é influenciada pelas necessidades do animal.

Esse trabalho tem como objetivo, alertar ao público envolvido da importância que o zinco tem para o animal, procurando mostrar as funções dos minerais na nutrição animal que são essenciais para o desempenho e produção do gado bovino.

MATERIAL E MÉTODOS

Para alcançar o objetivo esperado no presente trabalho foram utilizados dois computadores portáteis, três artigos acadêmicos e a rede virtual internet. E como metodologia foi utilizado o método de pesquisa em artigos acadêmicos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

São consideráveis as diferenças existentes entre a disponibilidade do elemento fornecido para atender suas necessidades metabólicas segundo (BARBOSA, GRAÇA E SILVA JR, 2011). Estes autores citaram ainda que o termo "biodisponibilidade" é definido como o grau de absorção de um nutriente ingerido de uma forma que possa ser utilizado pelo metabolismo de um animal normal, assim, o elemento mineral está disponível a nível tecidual, assim como ao nível de dieta, e os valores de biodisponibilidade relativa são úteis na formulação de dietas e na comparação de custos.

Tabela 1. Percentual de zinco em algumas fontes usadas em suplementos, e sua biodisponibilidade relativa.

Fonte % do elemento na fonte Biodisponibilidade Carbonato de Zn 52,0 Alta Cloreto de Zn 48,0 Intermediária Sulfato de Zn 22,0 - 36,0 Alta Óxido de Zn 46,0 – 73,0 Alta Fonte: Adaptado de Nicodemo, 2001 e Carvalho, Barbosa e McDowell, 2003 apud McDowell, 1999.

No entanto (CARVALHO, BARBOSA E MCDOWELL, 2003) citaram que as mais variadas fontes usadas em suplementos, não, têm biodisponibilidade alta, assim, não havendo diferença significativa. Além disso, os trabalhos revisados não mostrou efeito muito marcante em comparação às fontes inorgânicas, como pode ser observados.

Tabela 2. Comparação dos efeitos do zinco complexado em relação à fonte inorgânica, em 30 trabalhos

com bovinos.

Parâmetros Efeito positivo Sem efeito Ganho médio diário 5 4 Consumo matéria seca 2 2 Conversão alimentar - 1 Resposta imune 1 1 Problemas casco 1 - Produção de leite 2 3 Redução de doenças 3 2 Fonte: CARVALHO; BARBOSA; MCDOWELL, 2003.

Outra fonte de zinco para os bovinos é o proveniente das pastagens. No entanto, segundo (BERCHIELLI, PIRES E OLIVEIRA, 2006), raramente estas são capazes de suprir as necessidades minerais dos animais em pastejo. Estes autores citaram ainda que de um grupo de 2.615 forragens latino-americanas avaliadas, 75% apresentaram níveis deficientes de zinco em sua composição, como mostram os resultados.

Tabela 3. Padrões de concentração de zinco em forragens para bovinos.

Níveis de Zinco mg/ kg MS Desejado 50 Marginal 20 – 40 Deficiente < 20 Fonte: Adaptado de BERCHIELLI; PIRES; OLIVEIRA, 2006.

Visto que a absorção do zinco da dieta é boa quando oriunda das forrageiras, entre 40 e 50%, e baixa na suplementação via suplementos minerais, sendo inferior a 35%, independente da fonte de zinco utilizada, orgânica ou inorgânica. Vários fatores podem interferir na sua absorção no aparelho digestivo dos ruminantes, principalmente as interrelações a que este é vulnerável, como a presença de fitatos, que é seu mais importante antagonista, fitatos e cálcio, que quando associados ocorre grande prejuízo à absorção de zinco (BARBOSA e SOUZA, 2011).

CONCLUSÕES

Pode-se concluir que o zinco tem fundamental importância no desempenho zootécnico dos bovinos, pois atua no organismo animal tendo vasta função biológica, visto que participa ativamente de muitas enzimas, atua diretamente no sistema imune dentre outras funções que são fundamentais para o perfeito desenvolvimento dos animais. Vale lembrar que é muito deficiente nas pastagens tropicais, principalmente nas Brachiarias, sendo assim, se torna de fundamental importância o fornecimento aos animais, para garantir que não tenham seu desempenho comprometido pela deficiência deste mineral, o que pode acarretar graves prejuízos por diminuição do crescimento e perdas reprodutivas.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, F.A., GRAÇA, D.S., SILVA JR, F.V. Deficiências minerais de bovinos em pastagens tropicais. 2011.

BARBOSA, SOUZA G.M. Efeito dos Microminerais na Reprodução de Bovinos. 2011.

BERCHIELLI, T.T.; PIRES, A.V.; OLIVEIRA, S.G. Nutrição de ruminantes. Jaboticabal: Funep, P.583, 2006.

CARVALHO, F.A. N, BARBOSA, F.A., MCDOWELL, L.R. Nutrição de bovinos a pasto. Belo Horizonte: Papelform, p.438, 2003.

COUSMS, R.J. e HEMPE, J.M. zinco. Em: M.L. Browin (ed.) conhecimento presente na alimentação. Aeroporto Internacional Nutr Inst. de Ciências da vida. Fundação, Washington D.C. p. 251-260, 1999. II Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal (II CLANA) Palestra Técnica Realização: CBNA - AMENA - 10 um 13 de abril de 2006 – São Paulo, SP. Manejo e Nutrição de Ruminantes.

HADDAD, C.M.; CASTRO, F.G.F.; SUGUISAWA, L. Aspectos da interação solo-plantaanimal sobre a nutrição animal. In: Simpósio Nacional de Produção e de Gerenciamento PA Pecuária de Corte. 2. Belo Horizonte, 2001. Anais. Belo Horizonte, FEPMVZ Editora, 2001, p. 83-94.

MCDOWELL, L.R. minerais na alimentação humana e animal. San Diego: Academic Press, p.524, 1992.