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ISSN 1984-4212 - Ano IX - n o 33 - jul a set 2016 - R$ 25,00 Cárneos Espaço para expansão Cárneos Espaço para expansão Entrevista ANVISA tem nova estrutura Entrevista ANVISA tem nova estrutura Cobertura da FiSA Expositores em destaque Cobertura da FiSA Expositores em destaque 9

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ISSN 1984-4212 - Ano IX - no 33 - jul a set 2016 - R$ 25,00

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Comitȇ Editorial-Técnico-Cient�fico

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A retomada do crescimento de um país é movida por algumas variáveis e uma delas é a confiança. Aqueles que frequentam feiras de negócios puderam perceber a diferença de postura de expositores e visitantes dos eventos que ocorreram, em 2015, para as feiras reali-zadas em 2016. Um dos ingredientes dessa diferença é, justamente, a confiança em tempos melhores. A vigésima edição Food ingredients South America, que aconteceu em agosto, foi uma amostra de que a confiança volta ao mercado brasileiro. Expositores atendendo mui-tos potenciais clientes e corredores do salão de exposição repletos de visitantes são aspectos que refletem expectativas positivas e que o setor de alimentos e bebidas pode voltar a receber investimentos e a apostas em inovação. A Revista It - Ingredientes e Tecnologias regis-trou o ambiente otimista em matéria de cobertura da FiSA, incluindo a seção de Expositores em Destaque .

Um dos órgãos mais importantes para que venham inovações para o mercado é a ANVISA, que passou por reestruturação interna no início deste ano para dar agilidade às suas avaliações de produ-tos. Para falar sobre essa novidade, entrevistamos Thalita Antony de Souza Lima, Gerente-Geral de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Um dos setores importantes da economia brasileira, o de carnes e derivados, desponta como tendo futuro promissor. A abundante produção brasileira de carnes in natura, proporciona condições para que os fabricantes de cárneos possam diversificar e atender vários perfis de consumidores. Nossa matéria de capa aborda essa vertente do mercado.

Conheça também nesta edição, as novidades do setor de óleos, que emprega, cada vez mais, novas tecnologias e investe em novas unidades fabris para levar produtos versáteis e saudáveis para as in-dústrias e consumidores.

Essas e outras informações da dinâmica do mercado de ingre-dientes e das indústrias de alimentos estão à espera de sua leitura nas próximas páginas.

Boa Leitura

Luiz SouzaDiretor-Editor

rezado Leitor,

Editorial

9A revista It - Ingredientes e Tecnologias é uma publicação trimestral sobre

pesquisa e desenvolvimento na indústria de alimentos e bebidas da Setembro Editora

Ano IX, n. 33 - jul/2016 a set/2016

Diretor-Editor Luiz Souza

[email protected]

RedaçãoJuçara Pivaro

[email protected] Editora e Colaboradores ([email protected])

ColaboraçãoJuçara Pivaro, Maurício Sérgio Esteller, Marcelo Machado, Rafael de Araújo Borges

Projeto Gráfico e DiagramaçãoFábio Ruiz

Capadreamstime.com

PublicidadeLuiz Souza

[email protected]

AtendimentoAna Carolina Senna de Souza

[email protected]

SETEMBRO EDITORA

R. Manoel Maria Castanho, 87 - Portal do Morumbi CEP 05639-150, São Paulo, SP, Brasil

Tels: (11) 3739-4385/ 99969-5718

Outra publicaçãoO Anuário Brasileiro de Ingredientes é uma edição especial da Revista It-Ingredientes

e Tecnologia. Com periodicidade anual, é uma fonte de consulta e de pesquisa aos profissionais das indústrias de alimentos e de bebidas

Assinatura Anual4 edições trimestrais - R$120,00 - pagamento por Boleto Bancário

Exemplar AvulsoR$25,00

Anuário Brasileiro de Ingredientesedição especial - R$50,00

Para assinarwww.revistait.com.br

Tel e fax: (11) 3739-4385

Adalberto Luiz Faria de AlmeidaEngenheiro de alimentos e profissional contratado da Plury Química

Airton VialtaEspecialista em genética de microorganismos, pesquisador científico do Ital

Alfredo Luiz Barcelos FerreiraQuímico, mestre-cervejeiro da Schincariol

Ary BucioneEngenheiro de alimentos, gerente de sweeteners da Danisco Culturas para a América do Sul

Denise C. P. JardimPesquisadora científica e coordenadora do Centro de Tecnologia de Cereias e Chocolate (Cereal Chocotec) do Ital

Ellen Almeida LopesFarmacêutica bioquímica, mestre em Ciência dos Alimentos, diretora da Food Design Sistemas de Gestão de Qualidade dos Alimentos

Fábio HasegawaEngenheiro e Mestre em Tecnologia de Alimentos, gerente da Silliker Brasil.

Grace Maria WilleDoutora em Tecnologia dos Alimentos e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Maria Cecília F. ToledoProfessora Doutora da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Múcio M. FurtadoTécnico em laticínios, bioquímico, doutor em ciências de alimentos e consultor técnico da Danisco

Murilo Hadad PiresPHd em Ciência dos Alimentos e Gerente de Projetos da Globalfood

Ricardo SzusterEngenheiro de Alimentos, atua no segmento de food service da Unilever

Valdomiro ValleGerente técnico da Solae

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Entrevista Thalita Antony de Souza Lima fala da reestruturação da ANVISA para o setor de alimentos06

Mercado em Movimento Ações e investimentos das empresas de ingredientes18

Matéria de capaCárneos – Indústrias apostam em diversificar categorias22

Cobertura de eventoFiSA 2016 – Novidades das empresas de ingredientes apresentadas na feiraExpositores em Destaque32

TendênciasLançamento de superfoods cresce, globalmente, 202% entre 2011 e 201556

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58EventoMercoagro 2016 - Evento com sucesso em negócios

Agropalma..................................2ª Capa

Bureau de Soluções Técnicas...............21

Döhler.....................................................9

DSM-Fortitech............................4ª Capa

Duas Rodas...........................................5 FiSouth America 2017.........................35

GNT...............................................16 e 17

Livro Nova Legislação de Produtos LácteosLivro Requeijão Cremoso e Outros Queijos Fundidos.....................65

Nexira...................................................13

Química Anastácio...............................39

Tovani...................................................41

Univar..........................................3ª Capa

Vogler....................................................43

Óleos e gordura Inovações para o segmento 28

Produtos & Marcas Lançamentos e inovações das indústrias para o consumidor12

Anunciante

s desta ediç

ãoSumário

Ingredientes & AplicaçõesInovações em insumos para as indústrias de alimentos e bebidas• Beneo - Saúde digestiva com fibras• Sensient - Lança suco vegetal SupraRedTM

• Mane - Aromas Essenciais• DSM - O papel dos micronutrientes

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Thalita Antony de Souza Lima

Graduada em Nutrição pela Universidade de Brasília (UnB).Ingressou na ANVISA em 2005, sendo lotada na Gerência-Geral de Alimentos. Em 2006, especiali-zou-se em Qualidade em Alimentos pela Universidade de Brasília (UnB) e em Regulação e Vigilân-cia Sanitária pela FIOCRUZ/DF, em 2007. Exerceu a função de Assistente da Gerência de Inspeção e Controle de Riscos de Alimentos de 2010 a 2014, quando coordenou o projeto das Redes de Comunicação de Riscos de Alimentos, sendo ponto focal de redes internacionais importantes, como a Rede de Autoridades em Inocuidade de Alimentos (INFOSAN/OMS) e a Rede de Alerta Rápido para Alimentos e Rações da Comuni-dade Europeia (RASFF). Participou da elaboração de marcos regulatórios relevantes para a área de alimentos, como os regu-lamentos de Recolhimento de Alimentos e de Categorização dos Serviços de Alimentação.Foi Gerente-Substituta da Gerência de Inspeção e Controle de Risco Sanitário de 2013 a 2014 e exerceu o cargo de Assessora da Superintendência de Correlatos e Alimentos de setembro de 2014 a dezembro de 2015, quando foi nomeada Gerente-Geral de Alimentos.

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Por Juçara Pivaro

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ANVISA está com nova estrutura

A área de alimentos do órgão passou por um processo de reestruturação de diretorias e gerências e as mudanças devem trazer mais celeridade para avaliações de alimentos e bebidas. Thalita Antony de Souza Lima, Gerente-Geral de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária fala da nova estrutura formatada no início de 2016.

Revista It - Ingredientes e Tecnologias - Quais as principais mudanças que ocorreram na es-trutura da ANVISA para o setor de alimentos e bebidas?Thalita Antony de Souza Lima - As mudanças ocorreram a partir do dia 3 de fevereiro deste ano, quando passou a vigorar o novo Regimento Interno da ANVISA (RDC n.61). O órgão man-teve sua estrutura básica, com cinco Diretorias e os objetos técnicos distribuídos em Gerências--Gerais, Gerências e Coordenações, que voltam a responder diretamente a uma Diretoria. Porém, houve uma mudança importante: a separação das atividades de pré-mercado das atividades de pós-mercado. A Gerência Geral de Alimentos (GGALI) sob supervisão da Diretoria de Auto-rização e Registros Sanitários (DIARE), manteve como principais objetos de trabalho as ativida-des de pré-mercado de alimentos, incluindo re-gistro, avaliação de segurança e eficácia, pós-re-gistro e regulamentação. Na estrutura da GGALI estão: Coordenação de Instrução e Análise de Recursos de Alimentos (COREA), Gerência de Avaliação de Risco e Eficácia (GEARE), Gerên-cia de Registro de Alimentos (GEREG) e Gerên-cia de Pós Registo de Alimentos (GEPRA). As atividades de pós-mercado, incluindo inspeção, fiscalização e monitoramento saíram das atribui-ções da GGALI e passaram a ser exercidas pela Gerência de Inspeção e Fiscalização de Alimen-tos da Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GIALI/GGFIS). Para implantação da nova estrutura, a GGALI vem passando por uma revisão de processos de trabalho.

It - Para as indústrias de alimentos e seus in-gredientes haverá alterações nos processos de avaliação de ingredientes ou produtos finais na ANVISA? Thalita Antony de Souza Lima - A intenção e tendência para os próximos anos é focar em avaliação de risco e eficácia. Para isso, a GE-ARE, área de novos ingredientes e aditivos vem buscando mecanismos para garantir uma avaliação mais célere e racional. A criação de formulários padronizados internos, aplicados no momento da análise pelos técnicos, visa a harmonização dos procedimentos e redução da subjetividade da análise.Outra mudança importante será a implemen-tação de procedimentos regulatórios de atuali-zação periódica das listas positivas da legisla-ção sanitária. Essa alteração será implementada principalmente para as petições de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, re-conhecendo o importante papel das inovações tecnologias no mercado de alimentos.Com a nova estrutura e formato foi possível analisarmos grande parte do passivo de peti-ções de inclusão e extensão de uso de aditivos que aguardavam análise desde 2009.

“Com a nova estrutura e formato foi possível ana-lisarmos grande parte do passivo de petições de in-clusão e extensão de uso de aditivos que aguarda-vam análise desde 2009.”

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Outra mudança que está por vir é regulamenta-ção da categoria de Suplementos Alimentares. Este tema está na Agenda Regulatória vigente da Anvisa e a GGALI trabalha para conclui-la até outubro de 2016, a minuta que seguirá para Consulta Pública. Com essa norma, será per-mitida uma combinação maior de ingredien-tes e substâncias, as quais estarão organizadas em listas positivas, que indicam que já houve comprovação da segurança de uso para aquela finalidade e especificação. Depois da Consulta Pública, será publicado o regulamento final.Na nova estrutura, avaliação de aditivos e coadju-vantes incluirá a avaliação de exposição, ou seja, o quanto a população brasileira está ingerindo um determinado ingrediente, pois a quantidade que uma pessoa consome precisa estar dentro do limite máximo considerado seguro.Ao adotar essa forma, é possível verificar se o aditivo ou ingrediente pode fazer parte de ou-tras categorias. É necessário analisar se não há extrapolação de uso pelos consumidores de de-terminados aditivos aplicados em muitas cate-gorias. Pode ser que, em futuro próximo, seja necessário reavaliar alguns aditivos.

It - Quais processos de avaliação ganharão maior agilidade com o novo formato de gestão?Thalita Antony de Souza Lima - Os processos referentes a aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnologia e novos ingredientes tendem a ganhar mais agilidade agora. A intenção é que Gerência de Avaliação de Risco e Eficácia tenha listas positivas, onde já constam produtos apro-vados. Dessa forma, não há necessidade de re-avaliar e refazer um trabalho já realizado ante-riormente. Isso só vai ocorrer se o produto vier com pedido de uma alegação diferente ou uma finalidade de uso e especificações diferentes das que já foram avaliadas pela área.

It - Com o aumento de novos ingredientes que incorporam novos aditivos e/ou novas tecno-logias, quais as dificuldades da ANVISA para avaliar possíveis comprometimentos para a saúde do consumidor quando aplicados em produtos finais?Thalita Antony de Souza Lima - A inovação tecnológica sempre traz desafios para a equi-pe técnica. A indústria sempre está a frente em pesquisas e desenvolvimentos. É natural que seja dessa maneira e a dificuldade para órgãos avaliadores ocorre no mundo inteiro. É desafia-dor entender riscos possíveis e, por segurança, recorremos a estudos científicos e uma de nos-sas grandes referência é o Codex Alimentarius, do qual somos parceiros. Procuramos também levantar o histórico de novas soluções para ali-mentos, pesquisamos estudos , regulamentos internacionais etc.Há ainda outra preocupação, como a produção de alimentos envolve a área de comércio, há ne-cessidade de aprovações coerentes e convergen-tes com a regulação internacional.

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“Os processos referentes a aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnolo-gia e novos ingredientes tendem a ganhar mais agilidade agora.”

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It - As categorias de alimentos e bebidas fun-cionais tendem a crescer com consumidores buscando benefícios na prevenção de doenças. Quais são os principais critérios da ANVISA para liberar a alegação de produto funcional para os fabricantes?Thalita Antony de Souza Lima - Primeiramen-te, há necessidade de comprovação de eficácia na funcionalidade alegada e, para isso, é preciso verificar também em quais produtos serão utili-zadas. Os regulamentos atuais já indicam a ne-cessidade que os alimentos que veiculam essas alegações sigam as diretrizes da Política de Ali-mentação e Nutrição do Ministério da Saúde. Não faz sentido, por exemplo, usar funcionali-dade em produtos com muito açúcar e gordura, estimulando o consumo desses alimentos.As solicitações devem seguir a regulamentação e apresentar estudos clínicos que comprovem benefícios à saúde do consumidor.

It - A questão da rotulagem ainda deve passar por mudanças, a exemplo do que ocorreu com os produtos considerados possivelmente alergê-nicos, como leite? Em caso de haver novas mu-danças a caminho, quais seriam?Thalita Antony de Souza Lima - Alguns pro-cessos regulatórios que envolvem rotulagem de alimentos ainda serão implementados. À se-melhança da questão de alergênicos, a Anvisa irá regulamentar o uso das alegações relativas à presença de lactose. Hoje, o uso da alegação Zero Lactose vem ocorrendo por meio de ju-dicializações, o que traz riscos e insegurança aos consumidores, já que não há regras claras para o uso dessas alegações. Por esse motivo, virá Consulta Pública para a regulamentação das informações do rótulo.A rotulagem nutricional também passará por mudanças e será preciso alinhar com o Merco-sul. A partir de 2017, haverá discussões sobre um novo formato de se divulgar as informações aos consumidores. A intenção é trabalhar em um modelo de rótulo mais atrativo e de maior compreensão para o consumidor, permitindo-o comparar alimentos de uma mesma categoria e de categorias distintas.Atualmente, está em discussão o uso de rotu-lagem frontal para destacar informações nutri-cionais importantes. Existem exemplos de boas soluções para rotulagens no exterior, porém te-remos que adapta-las para o perfil e a cultura da população brasileira.A partir de 2017, a rotulagem deverá ser deba-tida e desenvolvida.

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“A participação em nível qualitativo da indústria é muito importante para que o processo siga com mais agilidade na ANVISA.”

“Hoje, o uso da ale-gação Zero Lactose vem ocorrendo por meio de judicializações, o que traz riscos e insegurança aos consumidores, já que não há regras claras para o uso dessas alegações.”

It - Atualmente, a redução de alguns ingredien-tes nos alimentos vem ganhando destaque por ser necessária, como no caso da redução de só-dio. As empresas de ingredientes estão pesqui-sando e desenvolvendo substitutos para oferecer às indústrias. Qual é o procedimento da AN-VISA diante de tantas novas soluções, muitas delas complexas para avaliar?Thalita Antony de Souza Lima - Apoiamos as estratégias de redução do consumo de sal pela população brasileira. Atualmente, a Anvisa atua, juntamente com o Ministério da Saúde, nos acordos com as indústrias de alimentos, que estabelecem metas de redução de sódio a serem seguidas para diferentes categorias de produtos. Em breve, será iniciada a discussão da redução de açúcar. Essas reduções são sempre desafia-doras, pois é preciso observar com cuidado os substitutos. No caso do açúcar, por exemplo, não é desejável a substituição por edulcorantes (conhecidos popularmente como adoçantes), pois tratam-se de aditivos alimentares, que têm limite diário para uma pessoa ingerir.Além disso, sal e açúcar, além de sabor, po-dem ser utilizados com a função de conser-vantes de alimentos e é complexa a redução e avaliação de substitutos.

It - A ANVISA possui uma estimativa de quais os solicitações são mais frequentes na área de alimentos e bebidas? (Por exemplo, avaliação de funcionalidade em alimentos)Thalita Antony de Souza Lima - Sem dúvida, as maiores demandas vêm para alimentos fun-cionais e inovações tecnológicas, como novos ingredientes, novos alimentos e substâncias bioativas.

It - Como avalia a legislação brasileira para alimentos e bebidas? Há necessidade de adequa-ção de assuntos regulatórios à realidade atual no setor de alimentos? Em caso positivo, expli-que por quais razões é necessário?

Thalita Antony de Souza Lima - Ainda temos normas muito antigas, que são as mesmas des-de antes da criação a ANVISA. Temos consci-ência que é necessário atualizar, organizar e aprimorar a legislação para o setor. It - Qual o conselho daria para as indústrias que entram com processo de aprovação de ali-mentos na ANVISA?Thalita Antony de Souza Lima - Acredito que ser importante o setor das indústrias de ali-mentos e bebidas enxergar a ANVISA como parceira. A Gerência Geral de Alimentos está aberta para estabelecer essas parcerias, pois são fundamentais para agilizar e qualificar os processos. É importante também que as indústrias, quan-do peticionarem novos processos, solicitarem a regulamentação de determinado assunto, apre-sentarem contribuições em Consultas Públicas, o façam de forma organizada e qualificada com aporte de documentos muito bem fundamen-tados. A participação em nível qualitativo da indústria é muito importante para que o pro-cesso siga com mais agilidade na ANVISA.

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Linha Seara Gourmet chega ao mercado com campanha estrelada por Robert de Niro

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A JBS Foods apresenta a linha Seara Gourmet, com produtos elaborados com ingredientes da mais alta qualidade, em processos cuidadosos, espe-cialmente para entregar ao mais exigente paladar uma experiência sensorial única. Para anunciar a novidade, a marca escolheu Robert de Niro, grande ator norte-americano, produtor, diretor de cinema e fã da alta gastronomia. “Para comunicar esse lançamento, fomos em busca de uma personalidade que, mais do que entendedor da alta gastronomia, fosse apreciador de todo o cuidado que está por trás da boa comida, desde a seleção de ingredientes até a forma de preparo”, comemora Fabiola Menezes, diretora de marketing e Trade Marketing da JBS Foods.

Criada pela WMcCann, a campanha foi filmada na Província de Parma, na Itália, e traz dois filmes. O primeiro filme apresenta o Presunto de Parma Seara Gourmet, uma das estrelas da nova linha. Neste, cenas de uma Salu-meria com fatiadores e mestres parmeiros trabalhando, enquanto o locutor diz: “Província de Parma, Itália. Tem algo nesse lugar, tão especial, que cria o presunto mais famoso do mundo”.

“O lançamento da linha Seara Gourmet atende ao desejo do consumidor que vem aprimorando seu paladar com o acesso ao universo da alta gastro-nomia, que nunca esteve tão presente na vida dos brasileiros como atual-mente, com a popularização dos realities shows gastronômicos e a presença cada vez mais forte de restaurantes e chefs premiados no país”, contextu-aliza Fabiola. A executiva acrescenta que “esse público que busca opções mais sofisticadas para sua mesa vem crescendo e a linha Seara Gourmet traz altíssima qualidade e sabores diferenciados, entregando uma experi-ência sensorial incomparável para os paladares mais exigentes, com carnes nobres, cortes especiais, temperos e aromas surpreendentes”.

Composta por 16 itens, a nova linha traz três grandes destaques: o Pre-sunto de Parma Seara Gourmet, a Costela Suína com Molho Barbecue, e o Hambúrguer Angus. O Presunto de Parma Seara Gourmet é produzido na

região de Parma, na Itália, com os mesmos criteriosos métodos artesanais de mais de 2000 anos, apenas com pernil suíno e sal marinho, sem adição de conservantes e com o mínimo de 14 meses de maturação. O produto tem o selo internacional de Denominação de Origem Protegida (D.O.P), garantindo a qualidade da origem do

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presunto e seu sabor diferenciado, único e leve. A Costela Suína com Molho Barbecue, assim como as encontradas nas melhores steakhouses, é feita com ingredientes selecionados e passa por um criterioso processo de preparo, em que as costelas são marinadas com muito cuidado e, em seguida, embrulhadas manualmente e co-zidas por três horas, resultando em uma carne macia, suculenta e que desmancha na boca. O Hambúrguer Angus é produzido com 100% da carne Angus, raça bovina escocesa e reconhecida por sua altíssima qualidade, maciez, sabor e textura. Com altura quatro vezes maior do que os hambúrgueres tradicionais, o Hambúrguer Angus não tem conservantes artificiais e nem tempero, para que o consumidor possa preparar e temperar ao seu gosto.

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Os amantes do tradicional cafezinho ganharam uma novidade: o café solúvel Graníssimo Gourmet. Há mais de 50 anos, oferecendo cafés de alta qualidade, a Cia Cacique amplia o portfólio proporcio-nando praticidade no preparo da linha Graníssimo, que reúne produtos desenvolvidos com blends diferenciados e sabor equilibrado.

A versão solúvel de Graníssimo resulta em um paladar intenso e com acidez equilibrada. “Que-remos proporcionar uma experiência especial de sabor e praticidade ao nosso consumidor com o café solúvel Graníssimo Gourmet, que é prefeito para o dia a dia”, conta Cristina Salles, gerente de marketing da Café Pelé.

O novo produto é elaborado por meio de um processo de alta tecnologia (freeze-dried), que pre-serva as características originais da matéria-prima, resultando em uma bebida com excelente sabor e aroma. Com a tecnologia freeze-dried, o extrato de café concentrado é seco a frio, retendo por completo o aroma e sabor do mais puro café.

Para completar, o café vem em embalagem exclusiva desenvolvida pela Owens Illinois, a maior fabricante de embalagens de vidro do mundo, que reforça e mantém a qualidade e o blend do produto gourmet.

“Desenvolvemos o vidro para o novo produto com um design diferenciado, que valoriza e mantém as qualidades do produto premium, e que contribui para que a degustação do produto seja sempre prazerosa”, comenta Reinaldo Kühl, gerente de Desen-volvimento de Negócios Food & NAB da Owens Illinois.

O novo produto já está disponível em São Paulo, Rio de Janeiro, na região Sul e ainda nas principais redes de supermercado do país, em embalagens de vidro 100gr e pouch 50gr.

Claybom resgata imagem da ‘menininha nhac’ em nova linha de margarinas cremosas

Café Graníssimo ganha versão solúvel

A Claybom, marca de margarinas da Perdigão, chega aos supermercados de todo o Brasil com nova fórmula, mais cremosa e saborosa, e também com selo inviolável, que ajuda a proteger e conservar melhor o produto. A marca também resgatou a ima-gem da simpática ‘Menininha NHAC’, ícone dos anos 1980, que volta a estampar as embalagens da margarina com um visual mais moderno.

A nova receita especial de Claybom foi testada e aprovada pelo público. “Fizemos diversas pesquisas com consumidores de margarina de diferentes perfis e a nova fórmula de Claybom foi muito bem avaliada por todos, destacando-se pela cre-mosidade” diz André Britto, gerente executivo de Spreads. “O produto ficou muito mais saboroso e cremoso, mas manteve seu preço competitivo. É a escolha certa para o consumidor”, completa.

O retorno da Menininha NHAC à identidade visual da marca também foi comemorado por consumidores fiéis à marca. “A personagem desperta boas lembranças em muitos dos nossos consumidores, que mantêm um vínculo afetivo com Claybom. Ela teve o visual levemente modernizado, po-rém manteve inalterada a identidade que cativou o público e por tantos anos esteve presente na mesa dos brasileiros” completa Britto.

Smart apresenta sal temperado Chimichurri para churrasco

Os temperos, especiarias e variados tipos de sais são utilizados para garantir sabores únicos ao preparo dos alimentos, inclusive para dar aquele toque diferenciado ao churrasco. São inúmeras possibilidades para valorizar a carne bovina, suína, de aves ou peixe quando na grelha, mantendo a harmonia perfeita entre uma alimentação saudável e saborosa.

A marca Smart de especiarias e temperos está sempre inovando. A novidade da vez é o tempero Chimichurri, que deixa a linha de sais temperados para churrasco ainda mais completa. Esse tem-pero, além do uso geral em pratos que contenham carne, também pode ser utilizado em diversas receitas como frituras, pizzas, caldos e até no preparo de massas.

O lançamento, incluindo toda a linha Smart, promete conquistar os consumidores também pela funcionalidade, já que o moedor oferece a opção de entrefino (moer nem grosso e nem fino), o que é indicado para o preparo de churrasco. O uso é simples. Basta salpicar diretamente no alimento.

Os moedores estão disponíveis em oito versões. São elas: Sal Marinho Defumado, Sal Rosa com Ervas, Tempero Chimichurri com Sal Rosa, Sal Rosa com Pimentas, Sal Rosa com Temperos para Frangos, Sal Marinho, Sal Rosa com Temperos para Carnes e Sal Rosa do Himalaia. Estes produtos, que são naturais e possuem alto padrão de qualidade, estão disponíveis em grandes redes de varejo em todo o país.

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A mesma casquinha do wafer tradicional da Bauducco com 2x mais recheio e o sabor inconfundível com flocos crocantes de Ovomaltine – é a novidade que está chegando nos supermercados.

Para comunicar a novidade à imprensa, a Bauducco trouxe o conceito #NãoTemComoDarRuim, que fala sobre a união de duas marcas tão queridas pelo consumidor: Bauducco, sinônimo de qualidade e tradição, e Ovomaltine, com sabor único; que quando se juntam.

Para acompanhar o lançamento, a embalagem de toda linha Maxi também mudou. A nova identidade, muito mais jovem, colorida e ousada, chega às gôndolas para reforçar a diferenciação de suas 3 camadas grossas de recheio e chamar ainda mais a atenção dos adolescentes.

“A Bauducco é líder de mercado na categoria de Wa-fers e a linha Maxi se diferencia pelo exagero de sabor, por isso não podíamos ter escolhido outra marca que não Ovomaltine para lançar conosco uma inovação real-mente diferenciada e deliciosa para os nossos consumi-dores”, diz Vivian Ramirez, gerente de Biscoitos.

A linha Wafer Maxi já possui mais de 6 anos e é com-posta por Wafer Maxi Bauducco Chocolate, Wafer Maxi Bauducco Cookies ‘N’ Creme e, agora, pelo novo Wafer Maxi Bauducco Ovomaltine.

#NãoTemComoDarRuim: Bauducco junta-se à Ovomaltine para lançar Wafer Maxi

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Com tecnologia italiana, Perfetto lança picolé “ondulado” com deliciosa casquinha de chocolate. Criar novos sa-bores e dar novas formas aos sorvetes é uma constante para a Perfetto, que acaba de surpreender com o lançamen-to de Strondo, um picolé extrusado em formato de ondas, como nunca se viu igual por aqui!

O extrusado é um processo de fabri-cação que deixa o sorvete muito mais cremoso e macio. O picolé da Perfetto tem textura incrível e fica ainda mais saboroso com uma casquinha de choco-late, crocante a cada mordida!

Mas, a novidade do Strondo é o seu formato: o picolé, visualmente falando, lembra uma tentadora barra de chocolate gelada, porém cremosa, com muitas ondas e um delicioso sorvete Perfetto por dentro.

Aliás, dar ondas à criatividade da Perfetto foi possível graças a uma tecnologia importada da Itália, cuja máquina tem moldes especiais, que permitem conferir ao produto um formato exclusivo.

Um Strondo de sabor, a novi-dade da Perfetto chega nas versões Clássico (sorvete sabor baunilha e cobertura de chocolate) e Dois Cho-colates (sorvete de chocolate com cobertura de chocolate branco). ´

Os picolés ondulados Strondo da

Perfetto contém 60g e podem ser encontrados nas melhores padarias e lojas de conveniência de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

Perfetto lança Strondo

Nescafé® Dolce Gusto®, anuncia o lançamento da edição especial Catuaí do Cerrado, primeira bebida do portfólio desenvolvida a partir de uma varie-dade específica de café cultivada na região do cerrado mineiro. Os grãos de Catuaí utilizados nestas cápsulas foram selecionados no Concurso Colheita Premiada, promovido por Nescafé® Dolce Gusto® em parceria com a Asso-ciação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). O novo produto será o primeiro exclusivamente brasileiro a integrar a série “cafés especiais”, que é disponi-bilizada na rede global de distribuidores da marca, em todos os países onde a Nestlé está presente.

O lançamento das cápsulas de Catuaí do Cerrado faz parte das iniciativas da Nestlé para a valorização e desenvolvimento da cadeia produtiva dos ca-fés do Brasil. A variedade Catuaí foi criada no Brasil, por meio de pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a partir do cru-zamento entre as variedades Mundo Novo e Caturra.

O lote utilizado na produção das cápsulas foi cultivado na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade mineira de Coromandel (MG). Seu produtor, Flavio Ruiz Pequini, foi o vencedor do Concurso Colheita Premiada, na categoria Arábica via seca (Natural), e concorreu na fase final com outras 12 amostras, de Minas Gerais e Espírito Santo.

As cápsulas de Catuaí do Cerrado foram produzidas na fábrica de Nes-café® Dolce Gusto®, localizada em Montes Claros (MG). Inaugurada em de-zembro do ano passado, com investimento de R$ 220 milhões, a unidade é a primeira fora da Europa com a exclusiva tecnologia para a fabricação de cápsulas Nescafé® Dolce Gusto®.

NESCAFÉ® Dolce Gusto® lança edição especial de cápsulas “Catuaí do Cerrado” para promover café brasileiro

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Em seus dedicados 59 anos de história, a Marilan, marca especialista em biscoitos, sempre ocupou espaço relevante na indústria brasileira. Hoje, reconhecida como a marca de biscoito mais consumida do Brasil e maior fabricante no segmento Maria/Maisena, se mantém entre as 1.000 maiores empresas brasileiras*, subido 86 posições no ranking apenas no último ano. Além disso, a Marilan figura entre as 25 marcas preferidas pelo consumidor, de acordo com o estudo Brand Footprints, realizado pela Kantar World Panel.

Inovadora, Marilan é uma empresa multicategoria que traz lançamentos recorrentes, como o Pit Stop Petisco na categoria Snacks e seg-

mentos de produtos como Cookies e Linha de Saudabilidade – Lev. Boa parte do crescimento da empresa nos últimos anos é decorrente de lançamentos adequados às expectativas do consumidor. Apenas no último ano, os lançamentos foram responsáveis por 41% do crescimento que a empresa registrou em relação ao ano anterior.

Em seu farto e variado portfólio constam mais de 100 itens com produtos crocantes, sequinhos e de sabores marcantes. Entre eles, bis-

coitos salgados, doces, rosquinhas, recheados, wafers, amanteigados, biscoitos especiais, cookies e snacks que formam uma das linhas mais completas em seu segmento com destaque para as marcas Lev, Teens, Pit Stop, Turmix, distribuídos em todo o Brasil e exportados para mais de 50 países, marcando presença em todos os continentes. Com processos modernos e equipamentos automatizados, o parque fabril, localizado em Marília, no estado de São Paulo, conta com 22 linhas de fabricação distribuídas em 53 mil m² de área construída, cuja média de capacidade produtiva é de 200 mil toneladas por ano. Com uma produção que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, são fabricados cerca de 1 milhão e 200 mil pacotes, o que corresponde a 80 milhões de unidades de biscoitos por dia.

Não é à toa, que apesar da crise enfrentada no país, em 2015 a empresa registrou forte crescimento de seu faturamento líquido e melhorias

em suas margens operacionais, demonstrando, assim, eficiente modelo de gestão, forte atuação comercial, constante busca da melhoria de eficiência operacional e estratégia de investimentos.

*Pesquisa realizada pela revista Exame

Balas e gomas de mascar são produtos que estão sempre na bolsa e à mão dos brasileiros. São inúmeros sabores já disponíveis no mer-cado. As empresas Arcor, Docile, Embaré, Ferrero, Mondelez, Peccin e Perfetti Van Melle não deixam de inovar e investir em opções especiais para os amantes desses produtos. A nova aposta do setor é nos sabores inusitados (e deliciosos!), que prometem surpreender e agradar o paladar dos consumidores.

As guloseimas são consumidas geralmente em momentos de descontração: com amigos, para paquerar, relaxar e refrescar o hálito.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), a produção do primeiro bimestre de 2016 foi 0,6% maior do que a do mesmo período em 2015. Em janeiro e fevereiro desse ano, o Brasil produziu 54,8 mil toneladas de balas e gomas de mascar. “O setor se adaptou ao novo cenário, oferecendo produtos de qualidade, com baixo desembolso e atendendo a uma grande demanda”, afirma Getúlio Ursulino Netto, presidente da ABICAB.

Segundo a ABICAB, o consumo per capita brasileiro de Balas e gomas é de 1,7 quilo ao ano. “Os produtos de nossos associados estão dis-

poníveis em mais de 1 milhão de pontos de venda de todo o País, com uma gama cada vez maior de balas e gomas de mascar. Os lançamentos complementam o portfólio das empresas e impulsionam também as vendas do setor”, completa Ursulino Netto.

A linha de espumantes Lunar, produzida pela Famiglia Zanlorenzi, ganhou duas medalhas de prata no 13º Concurso Internacional de Vinhos e Licores VINUS 2016. O evento aconteceu neste mês em Mendonza, na Argentina, e ava-liou rótulos de mais de 145 vinícolas da Bolívia, Brasil, Chile, França, Austrália, Estados Unidos e Argentina. O júri contou com a participação de especialistas de diversos países.

Foram premiados com prata o Lunar Perfetto Espumante Prosecco Brut e o Lunar Oro Espumante Brut Rosé. O concurso integra o Ranking Mundial Wine 2017, criado em 1996, e um dos mais sérios e prestigiados do segmento. Os vi-nhos são escolhidos por degustação às cegas por enólogos, especialistas em vinhos, jornalistas, importadores, compradores, consumidores qualificados, sommeliers e amantes do vinho de mais de 120 países.

Esse resultado é o reconhecimento de um trabalho que mescla inves-timento, alta tecnologia – como o controle de temperatura de fermentação e o sistema de prensagem com controle de atmosfera com nitrogênio, que evita oxidações, preserva aromas, frescor e a tonalidade dos produtos – e zelo com a qualidade dos espumantes elaborados pela Famiglia Zanlorenzi. “A companhia preza pelo cuidado com o processo produtivo ainda no campo, fornecendo o acompanhamento técnico aos fornecedores, dando suporte de manejo em todo o ciclo da videira. Somado a todos os outros pontos, temos ainda o nosso maior diferencial, que são as pessoas que integram uma equipe bem treinada e focada na excelência de todo nosso mix de produtos”, explica Mateus Poggere, gerente industrial da empresa.

Linha Lunar é premiada no Concurso Internacional de Vinhos e Licores VINUS 2016

A Pif Paf Alimentos, uma das 10 maiores empresas brasileiras no setor de processamento de aves, suínos, massas, vegetais, e pescados, pioneira na venda de congelados pelo canal e-commerce, traz mais uma inovação para encantar e facilitar a vida dos seus clientes. Na compra de produtos das marcas Pif Paf, Tial, Ladelli e Pesca Nobre, pelo canal do e-commerce www.comprepifpaf.com.br, além do conforto de receber os produtos em casa, os clientes terão ainda mais uma facilidade. “Pensamos como clientes e utilizando uma das ferramentas de comunicação mais usadas no mundo atual, o WhatsApp, criamos um sistema de mensagens que avisa aos clientes com antecedência o horário da entrega de seus produtos”, destaca o diretor superintendente do Grupo Pif Paf, Luiz Carlos Mendes Costa.

Ele explica que o aplicativo será usado apenas para os clientes que comprarem pelo site, para avisá-los que as compras serão entregues em até 20 minutos. “A ideia é informá-los que os produtos já estão sendo entregues e, se necessário, lembrá-los”, afirma Costa. O novo serviço que teve início este mês gradativamente será estendido para as regiões onde a empresa atua, como, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, São Paulo e Bahia.

Pif Paf alimentos inova e facilita ainda mais o dia-a-dia dos clientes

Setor de Balas&Gomas aposta em sabores surpreendentes e deliciosos

Marilan consolida-se como marca de biscoitos mais consumida no Brasil

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A Ajinomoto® Food Service, divisão da Ajinomoto do Brasil voltada à alimentação fora do lar, será patrocinadora da etapa regional do Bocuse d’Or, concurso de gastro-nomia mais prestigiado do mundo. A competição será realizada durante o Sirha Rio, tradicional feira de negócios voltada a chefs de cozinha e profissionais de hotelaria e food service.

Este ano, o tema das receitas preparadas no Bocuse d’Or será o umami, um dos cinco gostos básicos do paladar humano, que pode ser encontrado em alimentos como tomate, queijo parmesão, carnes vermelhas, peixes, entre outros. Os partici-pantes serão desafiados a criar um prato com esse gosto. A Ajinomoto® Food Service fornecerá o produto AJI-NO-MOTO®, que realça o sabor natural dos alimentos e confere o gosto umami às preparações, além de contribuir para a redução de até 37% no teor de sódio das receitas sem diminuir a aceitação do paladar.

"O Bocuse d’Or é referência internacional da gastronomia e este patrocínio é uma forma de apoiarmos iniciativas que apre-sentam soluções e tendências aos profissionais de mercado dos serviços de alimentação, algo que buscamos diariamente na Ajinomoto", explica Eduardo Bonelli, gerente de marketing de Food Service.

O executivo ainda destaca que a empresa acredita no relacionamento próximo com os profissionais de gastronomia e busca compartilhar experiências, oferecendo suporte e soluções nos maiores desafios. "Este é o segundo ano consecutivo que apoiamos o Sirha Rio e é uma oportunidade de mostrarmos a praticidade e a qualidade oferecidas por nossos produtos, desenvolvidos para satisfazer os mais exigentes dos paladares", completa Bonelli.

O Sirha Rio acontecerá entre os dias 4 e 6 de outubro no Rio de Janeiro. A etapa final do Bocuse d’Or será realizada em 2019 e levará os três melhores representantes da gastronomia latino-americana a Lyon, na França.

O Centro de Memória Bunge está comemorando 22 anos de existência e, para celebrar a data, a instituição destaca um pacote raro de registros do Moinho Santos, no litoral paulista.

Foi em 30 de setembro de 1905, na rua 11 de junho, so-brado de número 2, que a S.A. Moinho Santista foi constitu-ída, com o capital inicial de mil contos de réis. A finalidade do estabelecimento era a moagem de trigo, comércio de farinha e farelos e a fabricação de massas e congêneres.

Em 1907, a primeira unidade moageira, Moinho Santos, é erguida em frente ao armazém 9 do Porto de Santos, na rua Xavier da Silveira, nº 106. O estabelecimento possuía um edifício e nove silos.

Desde sua fundação em 1987, a Aboissa comercializa grãos, fa-relos, óleos vegetais, gorduras e derivados, enfim, matérias - primas para indústrias alimentícias, biodiesel, ração animal, higiene e limpe-za, indústrias químicas, tintas, vernizes e cosméticos.

A empresa trabalha com unidades de negócios especializadas, com conhecimento e foco nos mercados que atuam, agilidade e flexi-bilidade, gestão por resultados, auto-gerenciamento, descentraliza-ção e, aprimoramento constante.

A prestação de serviço é compatível com a necessidade de cada cliente. É realizada através de pesquisa e levantamento de informa-ções pertinentes ao mercado de atuação: avaliação da concorrência, análise de estatísticas por produtos e mercados, abordagem técnica de venda e pós-venda, busca pelos melhores vendedores e compra-dores, monitoramento até a obtenção das metas estabelecidas, envio e controle de amostras, elaboração de contratos em tempo real, informativos semanais específicos de evolução de preços e compor-tamento do mercado e emissão de relatórios.

A Unidade de Negócios Process & Ingredients formada dentro do conceito, é altamente especializada em todos os mercados por se tratarem de produtos base para fabricação e tratamento de quase todos os produtos.

Principal concurso gastronômico do mundo terá fase seletiva no Sirha Rio e o tema será o gosto umami

Centro de Memória Bunge celebra 22 anos com raridades históricas da Baixada Santista

O trigo armazenado nos silos, naquela época, vinha do cais por meio de carro-ças. Posteriormente, o transporte da matéria-prima foi aperfeiçoada, quando cons-truiu-se uma passagem subterrânea por baixo da rua Xavier da Silveira, ligando diretamente o cais com o Moinho. Uma correia instalada no túnel fazia o transporte, à capacidade de 60 toneladas/hora.

O projeto era ambicioso e, no ano seguinte, em 30 de maio de 1908, o diretor--presidente do Moinho Santos, José Puglisi Carbone, anunciou a conclusão da mon-tagem do Moinho B, que aumentava a capacidade da produção do estabelecimento em mais 100 toneladas/dia.

Desde então a história do moinho foi marcada por constantes melhorias tec-nológicas, principalmente

em relação a geração de energia elétrica do local: Ainda em 1908, o Moinho Santos passa a dispor de energia elétrica, através de um dínamo gerador importado da Itália, de 120A. No entanto, foram necessários mais de 20 anos de espera para que os benefícios da iluminação elétrica chegassem a Santos.

Criada em 1955, a Fundação Bunge, entida-de social da Bunge Brasil, atua em diferentes frentes, sempre com o compromisso de valorizar pessoas. Essas ações são colocadas em prática por meio do incentivo à leitura (Semear Leitores), à preservação da memó-ria empresarial (Centro de Memória Bunge), ao voluntariado corporativo (Comuni-dade Educativa), a projetos de desenvolvimento local (Comunidade Integrada) e às ciências, letras e artes (Prêmio Fundação Bunge).

Aboissa Óleos vegetais

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CarnesEspaço para expansão

de derivadosPor Juçara Pivaro

Um setor forte no Brasil, o de carnes, cria condições propícias para desenvolvimento e consumo de produtos processados pelas indústrias, que vão desde os embutidos, passando por novos conceitos de conveniência, praticidade e linhas premium

O setor de carnes é um dos mais fortes na economia brasileira e, além do mercado interno, segundo dados do Ministério da Agricultura, a cada ano, a participa-ção brasileira no comércio internacional vem crescendo, com destaque para a produção de carne bovina, suína e de frango. O órgão aponta que até 2020, a expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá 44,5% do mercado mundial. Já a carne de frango terá 48,1% das exportações mundiais e a participação da carne suína será de 14,2%.

Essas estimativas indicam que o Brasil pode manter posição de primeiro exportador mundial de carnes bo-vina e de frango.

Em palestra apresentada na feira Mercoagro, realiza-da em Chapecó (SC), Ariel Antônio Mendes, diretor de relações internacionais da Associação Brasileira de Pro-teína Animal (ABPA), reforçou que o Brasil é o 4º maior exportador mundial, principalmente, de açúcar, café, la-ranja, soja, carne bovina e de frango.

O setor de carne de frango é liderado pela exportação brasileira, que vende para mais de 150 países. Atualmen-te, os maiores produtores são Brasil, Estados Unidos e China. No Brasil, a atividade gera 3,5% de milhões de empregos diretos e indiretos, com consumo de 43 kg/ha-bitante/ano e 95% da produção é realizada pelo sistema de integração. A produção está concentrada na região sul do País com a liderança do Paraná (35,7%), seguido de Santa Catarina (23,3%) e do Rio Grande do Sul (17,6%). Porém, já há deslocamento da produção para a região Centro-Oeste pela proximidade com os grãos.

Segundo Mendes, a exportação brasileira da carne de frango tem ampliado ao longo dos anos de maneira sustentável, pois em 1970 representava 7% e em 2015 expandiu em 50%, principalmente por ser uma proteí-na barata e fácil de produzir. “Os desafios do setor estão relacionados a manter a competitividade, ampliar as ex-portações e abrir novos mercados”.

No segmento de carne de peru, no Brasil há apenas duas empresas que fazem a industrialização, com produ-ção de 327 mil toneladas, exportação de 133 mil tonela-das e consumo per capita de1kg/habitante/ano no Brasil, mas com perspectivas de crescimento.

A produção mundial de carne suína representa 111,9 milhões de toneladas. O Brasil produz 3,5 milhões de toneladas, sendo que os maiores produtores são Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. O setor também exporta 550 mil toneladas para aproximadamente 70 pa-íses. De acordo com Mendes, os desafios do setor são de tecnificar ainda mais a cadeia produtiva, manter e con-solidar a exportação para China, readequação do mer-cado japonês e abertura de novos mercados, a exemplo

da Coreia, União Europeia, México, Colômbia e Peru.

A produção da carne bovina representa 58 mi-lhões de toneladas/anual. No Brasil, o rebanho é de 209 milhões de cabe-ças, com abate de 39 milhões/tone-ladas e exportação, pr incipalmente, para Rússia, Egito e Europa. Mendes ressaltou as pers-pectivas do setor, como evolução do confinamento, que reflete 5 milhões de cabeça/ano. En-tre os desafios estão melhorar a taxa de desfrute anual, substituir as pastagens degradas, retirar a vacina contra febre aftosa e ampliar o confinamento dos animais.

Mercado de derivadosCom a fartura do insumo in natura, as oportunida-

des de expansão do mercado de derivados de carnes são muitas, abrindo, inclusive, espaço para fornecedores de ingredientes e soluções para o setor.

A evolução da qualidade e variedade de derivados de carne no Brasil pode contribuir para que o país seja, no futuro também um exportador de produtos processados pela indústria.

Para contribuir com soluções para o setor indústrias frigoríficas, especialistas da área acadêmica pesquisam ingredientes para levar ao consumidor produtos alinha-dos com suas expectativas e com as tendências mundiais.

O Instituto de Tecnologia do Alimento (Ital/SP) tem um departamento especial para pesquisas sobre cárne-os, o Centro de Tecnologia da Carne (CTC). Esse de-partamento tem concentrado esforços na capacitação de profissionais para a indústria frigorífica, buscando pre-encher uma lacuna dos cursos tradicionais de gradua-ção tanto de medicina veterinária como engenharia de alimentos, em função da larga experiência de seus pes-quisadores que incluem médico veterinário, engenheiros de alimentos, engenheiro químico e biólogos forman-do uma equipe multidisciplinar voltada a pesquisas em carne e derivados. Alguns projetos contam ainda com o apoio de outros laboratórios do ITAL, além dos alocados no CTC e do centro de embalagem.

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to da busca por soluções em redução de sódio direcio-nadas às necessidades acordadas entre indústria e órgãos regulamentadores para cada segmento”.

Segundo o especialista, dentro do apelo cada vez mais forte por saudabilidade, a Duas Rodas desenvolveu o Na-Less Meat. O produto possui ingredientes que conferem o sabor salgado aos alimentos, oportunizando uma redução de até 50% do teor sódio do produto. A solução da empre-sa pode ser utilizada em substituição ao sal tradicional na formulação, ou em concentrações menores e combinadas à solução para uma redução gradual do sódio em produ-tos cárneos. “Desenvolvemos pesquisas e oferecemos ao mercado alternativas de aditivos que atendam ao conceito natural”, enfatiza Marques Luiz.

Outros ingredientes de alta performance da empresa para a linha de cárneos são os antioxi-dantes naturais, que possuem procura crescente na indústria, em substituição aos antioxidantes sintéticos. Entre as opções, a Duas Rodas oferece os Antioxidantes à base de Extratos Naturais, que trabalham em sinergia, permitindo a ampliação da vida útil do produto, combatendo a oxidação lipídica através do retardo da deterioração, ran-cidez e descoloração. Os Desidratados de Acero-la também têm se destacado como antioxidante natural e acelerador de cura, uma vez que a fruta é rica em vitamina C e apresenta teores conside-ráveis de polifenóis. O ácido ascórbico é reconhe-cido pelo seu poder redutor, atuando como neu-tralizante de espécies reativas de oxigênio e na regeneração da vitamina E. Indicada na aplicação de produtos cárneos em geral, molhos, pescados, entre outros produtos.

Para Marques Luiz, um diferencial importante da Duas Rodas para o mercado é o apoio técnico para de-senvolvimentos de produtos para as indústrias do setor. Ele afirma: “nossa empresa tem ampla expertise em de-senvolvimento de produtos taylor-made, possuindo um time multidisciplinar que estuda e experimenta o mundo para criar formulações personalizadas para seus clientes. Também fornece apoio técnico no desenvolvimento de novos produtos, buscando soluções em colaboração com o cliente. Com quatro fábricas no Brasil e quatro fábricas no exterior, a Duas Rodas conta com mais de 200 pesqui-sadores e especialistas em sabor, que atuam em 7 centros de pesquisa e desenvolvimento e no Innovation Center”.

A empresa possui no seu moderno centro tecnológico a maior infraestrutura em plantas piloto do Brasil, com uma linha completa e as melhores opções para a indús-tria cárnea. Os Condimentos Duas Rodas são blends de especiarias, aromas e outros ingredientes utilizados para conferir aroma e sabor aos produtos cárneos. Eles pro-porcionam diferenciação, diversificação e padronização, criando um produto único. Os aditivos da empresa têm como finalidade retardar as alterações provocadas por micro-organismos, enzimas, reações oxidativas, além de melhorar a aparência, textura e cor dos alimentos cárne-os. A linha é composta por: conservantes, que têm por objetivo preservar, melhorar o sabor, desenvolver a cor e contribuir no processo de cura; antioxidantes, que agem retardando a oxidação lipídica e aumentando a vida útil dos produtos; estabilizantes, que aumentam a capacidade

As pesquisas realizadas, atualmente, no CTC estão di-recionadas ao aumento de segurança microbiológica de produtos cárneos e modificação de produtos tradicionais em benefício à saúde, como a redução de sódio.

A Dra. Ana Lucia da Silva Corrêa Lemos, diretora téc-nica do CTC, informa que: “a indústria deve fortalecer a comunicação com os consumidores ressaltando a sauda-bilidade dos produtos cárneos e desmistificando precon-ceitos infundados. Sem dúvida, a redução do sódio, pre-sente muitas vezes em grande quantidade nos produtos industrializados, deve ser realizada, principalmente, via redução do sal adicionado. Por outro lado, sendo o sal essencial para a elaboração dos produtos cárneos com as características que lhes são inerentes e, tendo em vis-ta sua importância para a segurança microbiológica dos produtos, toda a redução deve ser cuidadosamente ava-liada para não impactar a qualidade microbiológica e a estabilidade do produto durante sua vida útil”.

Atualmente, os derivados de carne são vistos como vi-lões na alimentação, tanto pelo sódio, como pela gordura. Segundo a diretora técnica do CTC, ainda vale acrescen-tar que a imagem dos produtos cárneos como vilões, quer

seja em relação ao teor de gordura e sódio, deve ser com-batida, uma vez que é sabido que não são esses os vilões entre os produtos alimentícios. No caso do sal, o adicio-nado durante o preparo impacta de forma significativa a ingestão de sódio pela população. Quanto à gordura ani-mal, estudos recentes têm revelado que esta não é vilã na alimentação e os novos conceitos devem ser divulgados.

“Penso que a imagem dos produtos cárneos é ruim e não corresponde à realidade. Há alguma margem para redução do sódio via redução do teor de sal adicionado e sem impactar a segurança microbiológica em deter-minadas categorias de produtos cárneos, mas não todas. Devemos lembrar que os produtos mais tradicionais fo-ram desenvolvidos, desde a antiguidade, para permitir o aproveitamento integral da carne dos animais abatidos e, a adição de sal, aliada a processos de fermentação e secagem constituem a essência desses produtos. O uso da refrigera-ção para conservação de boa parte dos produtos cárneos, ainda que uma barreira frágil no nosso país de dimensões continentais e clima quente na maior parte das regiões, propicia a redução dos teores de sal. Por outro lado, em produtos estáveis em temperatura ambiente, qualquer re-dução no teor de sal adicionado requer estudos para que a segurança microbiológica não seja afetada. Mais uma vez, ressalto que os produtos cárneos não são os vilões dentre os alimentos, como é considerado pelo consumidor e re-forçado pela mídia”, afirma a Dra. Ana Lucia.

AlternativasUm grande desafio é reduzir a concentração de sal

no alimento e manter a percepção de sabor salgado que tanto agrada ao consumidor. André Henrique Marques Luiz, especialista em condimentos e aditivos da Duas Rodas, explica: “mas cada categoria de alimentos possui desafios diferentes para a substituição do sal. Em cada projeto de desenvol-vimento é preciso focar a aplicação específica de substituição e trabalhar em sabor, textura e demais características atribuídas à ação do sal no alimen-to. Todos os segmentos da indústria de alimentos têm demonstrado preocu-pação com o teor de sódio em seus produtos e estão interessados em atender ao apelo de saudabilidade, promovendo o crescimen-

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de retenção de água da carne, reduzindo as quebras no cozimento e garantindo uma maior estabilidade; agentes de tex-tura, que contribuem para a retenção de água, gelificação e emulsificação de gorduras, melhorando a fatiabilidade; preparados à base de realçadores de sa-bor, que intensificam as notas aromáti-cas dos condimentos, encobrindo sabo-res indesejáveis; corantes naturais, que intensificam e padronizam a coloração dos produtos cárneos, entre outras solu-ções disponíveis. Os Mixes Duas Rodas são soluções integradas inteligentes para a indústria de alimentos, pois englobam condimentos e aditivos nas medidas precisas para apli-cação no produto final. Apresentam as vantagens de fácil aplicação, redução de riscos de erros na produção, agili-zam o processo e garantem a padronização do produto.

Atualmente, as demandas da empresa estão concen-tradas, principalmente, no desenvolvimento de novos sabores, ingredientes naturais, redução de sódio e solu-ções relacionadas com a retirada de alergênicos da com-posição, favorecendo o conceito clean label, que é uma tendência mundial.

Em outra frente, a diretora do CTC explica:“sem dú-vida produtos de grande volume, tais como salsichas, mortadela, presuntos e linguiças frescais e calabresa re-presentam a maior demanda por pesquisa no instituto. Os principais objetivos têm sido avaliar a segurança e a estabilidade microbiológica desses produtos e investigar as alterações durante a vida útil, quer sejam de ordem físi-ca, química, microbiológica ou sensorial quando se intro-duz alguma modificação na formulação ou no processo”.

InovaçãoOutras empresas de ingredientes oferecem tecnolo-

gias para dar suporte a produtos inovadores das indús-trias, como a Novaprom, que possui quatro linhas de produtos, com três aplicáveis em cárneos: a linha No-vapro, colágeno bovino de alta funcionalidade; a Nova-pro SF, sistemas funcionais a base de colágeno e a linha Ingredientes, composta de conservantes, antioxidantes naturais, carragenas e condimentos.

A linha Novapro é composta por proteínas não alergê-nicas que podem ser aplicadas nos mais diversos produtos cárneos industrializados, como hambúrgueres, linguiças frescais, presuntos e empanados. As principais vantagens são o aporte de proteína animal, redução de exsudação, melhora de textura e suculência após cozimento, aumen-to de rendimento e melhora na fatiabilidade.

A linha Novapro SF é composta por vários sistemas, sendo os principais o Novapro SF B10 para aplicação em bacon, que reduz quebra de cozimento sem formação de bolhas; o Novapro SF C para aplicação em presuntos e apresuntados, melhorando a fatiabilidade e reduzindo a sinérese; o Novapro SF S, para aplicação em produtos emulsionados a fim de melhorar a estabilidade.

A linha Ingredientes, atualmente, tem como princi-pais produtos o Novatex (carragenas), o Novafix (fixa-dores de cor), o Novaphos (fosfatos de alta tecnologia) e os condimentos Novataste para salsichas e linguiças. A linha Ingredientes é a mais nova da Novaprom, que tem buscado diferenciação por meio de parcerias com fornecedores mundiais de ingredientes com alta tecno-logia. Um exemplo são os antioxidantes e conservantes naturais da Prosur, uma empresa espanhola.

Melina Valim, gerente comercial da empresa, fala so-bre suporte técnico oferecida aos fabricantes. “A equi-pe comercial da Novaprom é técnica e formada por seis pessoas. Além disso, temos um time dedicado com

mais seis pessoas no departamento de Pesquisa & De-senvolvimento, que trabalha em conjunto com a equipe comercial. Temos também uma planta piloto com equi-pamentos que simulam praticamente todos os proces-sos de industrializados cárnicos, que analisam textura, viscosidade, pH etc”. A gerente informa também que as maiores demandas por parte das indústrias é aliar ino-vação com um custo acessível. Melina aponta ainda que: “há muito espaço para desenvolvimento de produtos cada vez mais naturais”.

Embalagem e conveniênciaO setor de carnes tem trazido inovações, mas estão

muito relacionadas ao aumento de conveniência para o consumidor, especialmente facilitando o preparo, ade-quando as porções às famílias pequenas. A diretora do CTC ressalva que: “não se deve deixar de lembrar que os produtos cárneos tradicionais já são naturalmente con-venientes e as embalagens só vêm para ampliar as facili-dades para o consumidor”.

O setor de carnes tem trazido inovações, mas estão muito relacionadas ao aumento da conveniência para o consumidor, especialmente facilitando o preparo, ade-quando as porções às famílias pequenas ou econômicas e práticas com maior quantidade. É bom lembrar que os produtos cárneos tradicionais já são naturalmente conve-nientes e as embalagens só vêm para ampliar a praticidade.

As indústrias atentas ao movimento do mercado têm atendido às tendências dos lares brasileiros, a exemplo da Perdigão, que lançou a Linha Assa Fácil em embalagem ta-manho família. A categoria está em expansão e movimen-tou R$ 450 milhões nos últi-mos 12 meses. O lançamento traz três opções de cortes de frango – coxa, sobrecoxa e co-xinha da asa, todos temperados com alho, cebola e ervas.

A decisão de investir e inovar na categoria atende a um desejo do consumidor. De acordo com o público, as embalagens disponíveis no mercado atualmente não atendem o número médio de pessoas em um domicílio brasileiro. “Ao mesmo tempo que, comprar duas emba-lagens fica muito caro, apenas uma não é suficiente para servir toda a família”, explica Fernanda Credidio, gerente executiva de marketing da Perdigão.

Por essa razão, a empresa decidiu investir em emba-lagens maiores de coxa e sobrecoxa de frango, que vem em embalagens de 1,2 Kg, 50% a mais que as versões tra-dicionais disponíveis no mercado e que rendem cinco porções. A nova linha Assa Fácil Perdigão confere pra-ticidade e conveniência no preparo dos cortes de frango. Vai direto do freezer para o forno, sem a necessidade de descongelar ou temperar.

As possibilidades de desenvolvimento de produtos para consumo são muitas e a abundante produção de carnes no Brasil contribui para a diversidade de carnes processadas, que passam pelos embutidos, por linhas que contemplam praticidade, conveniência e até pro-dutos premium. A Friboi, marca da JBS, está entre as empresas que entendeu o leque de possibilidades e, há algum tempo introduziu no mercado a linha Todo Dia, com produtos congelados prontos e, posteriormente, ampliou seu portfólio com linha de carnes diferenciadas e agregou valor aos tradicionais cortes da própria marca, trazendo título de ‘Reserva Friboi’, composto por carnes selecionadas e cortes diferenciados para consumidores mais exigentes.

Mais recentemente, a JBS Foods trouxe a linha Seara Gourmet, com produtos de alta qualidade, que passam por processos cuidadosos. A linha é composta por 16 itens, entre eles, Presunto Parma, Hamburguer Angus e Costela Suína com Molho Barbecue.

Espaço e soluções para inovação não faltam para as indústrias brasileiras expandirem seus mercados aqui e, por que não, no exterior.

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Óleos - Mais tecnologia para mais saúde

Com a necessidade de trazer mais saudabilidade para os produtos industrializados, alguns ingredientes milenares passaram a ganhar notoriedade positiva ou fama de vilões. Entre aqueles que figuram mais constantemente como vilões estão sal, açúcar e gorduras. Os fornecedores de soluções desses ingredientes ou de possíveis substitutos mais saudáveis vêm investindo em pesquisas e desenvolvimentos, a exemplo do que ocorre no setor de óleos e gorduras vegetais.

Por Juçara Pivaro

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Com o suporte de novas tecnologias e pesquisas, muitas novidades têm surgido, tanto em soluções tecnológica, como nutricionais. Inar Castro, professora e doutora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, menciona: “técnicas de interesterificação têm sido utilizadas com objetivo de desenvolver gorduras para finalidades estruturais especificas, isto é, gorduras customizadas capazes de garantir textura, consistência e sabor adequados após o processamento do alimento, oferecendo a qualidade sensorial que o consumidor espera. Nesse aspecto, existe também o desafio de substituir a gordura ‘trans’ por outras opções, sem alterar custo e qualidade. Aqui, novas estratégias de cristalização e novos equipamentos têm sido propostos, mas o desafio ainda é elevado”.

No aspecto nutricional, segundo a pesquisadora, a tendência tem sido a redução de consumo de gorduras saturadas, gorduras trans e gorduras ricas em ácidos graxos Omega 6, aumentando o consumo de gorduras ricas em ácidos graxos Omega 9 (maior teor de ácido oleico) e Omega 3 (maior teor de ácidos eicosapentaenóico – EPA e docosahexaenóico - DHA), acrescenta a pesquisadora. No caso do Omega 9, a limitação é relativa ao custo, uma vez que sua principal fonte dietética seria o azeite de oliva. Já, no caso do Omega 3, as fontes atuais são escassas (óleo de alguns peixes e algas) e o óleo não tem estabilidade, nem mesmo à temperatura ambiente.

Algumas soluções têm sido apontadas. Por exemplo, a modificação genética de várias sementes (GMO) tem possibilitado que estas apresentem maior concentração de Omega 9 (High Oleic) ou mesmo de Omega 3.

Nesse caso, a solução vem através de transgenia. Inar acrescenta: “Existem também sementes ricas em ácido estearidônico (SDA), capaz de ser convertido no organismo humano em EPA e DHA a uma taxa mais elevada ( 25%) que aquela proveniente do ácido alfa-linolênico, presente em maior concentração no óleo de linhaça (<5%). Apesar desses avanços, a manutenção da estabilidade dos óleos com maior proporção de poli-insaturados Omega 3 é muito difícil. Por essa razão, eles têm sido basicamente consumidos através de capsulas em farmácias. Outro desafio tem sido de reduzir os poli-insaturados Omega 6. Hoje, existem opções de óleos “Low Omega 6”, também obtidos por meio de alterações genéticas.

Ainda há controvérsias sobre quais as gorduras mais saudáveis e quais são suas as fontes. A professora da USP esclarece que as pesquisas mais recentes têm apontado que óleos contendo maior proporção de ácidos graxos monoinsaturados (ácido oleico) e poli-insaturados Omega 3 (eicosapentaenoico–EPA e docosahexaenóico-DHA) seriam os mais saudáveis. O azeite extra virgem é o exemplo de óleo que apresenta maior proporção de ácido oleico (71%), porém é muito caro. No Brasil, ainda não temos os óleos chamados de High Oleic, que poderiam ser uma alternativa muito interessante. Nesse caso, o óleo de canola seria

uma opção entre os demais óleos vegetais comercializados em nosso país, porque apresenta um teor de oleico mais elevado que os outros (62%). Em relação aos poli-insaturados Omega 3, a única opção seria o óleo de peixe ou de alga, normalmente comercializados como capsulas em farmácias. As empresas estão d e s e n v o l v e n d o

novos óleos vegetais contendo EPA e DHA, através de modificação genética. Entretanto, essas novas opções ainda não estão disponíveis. Outro problema em relação aos poli-insaturados Omega 3, é que são óleos extremamente susceptíveis a oxidação. Quando oxidados, eles produzem compostos que os pesquisadores ainda não sabem em que condições seriam tóxicos ou benéficos. De qualquer forma, isso não constituiria um risco, visto que quando

oxidados esses compostos apresentam um odor muito forte, inibindo o consumo. Por outro lado, não se sabe ainda se o consumo crônico de óleos contendo ácidos graxos poli-insaturados Omega 3 ou Omega 6 moderadamente oxidados traria algum risco à saúde a longo prazo. O grupo da professora Inar investiga, na USP, exatamente essa questão.

Entre os óleos de origem vegetal não é possível dizer qual é o melhor. O aspecto saudável depende de quanto o consumidor deseja pagar por essa propriedade, do tipo de uso culinário que fará desse óleo, por exemplo, se é para salada ou fritura, de como irá estocá-lo, se será reutilizado, entre outros fatores. De uma forma muito geral e pautando nas considerações já citadas, pode-se recomendar o azeite de oliva e o óleo de canola. As tabelas de composição nutricional apresentam a proporção de cada tipo de gordura dos óleos comestíveis, classificadas de acordo com a saturação.

As pesquisas sobre óleos estão bem avançadas no Brasil em relação a outros países e Inar Castro destaca: “na área de ciência e tecnologia de alimentos, a pesquisa no Brasil está alinhada com os grupos competitivos no exterior. Por exemplo, nosso grupo aqui na FCF/USP (ladaf.com.br) tem pesquisas desenvolvidas em colaboração com instituições nos USA, França e Itália, em trabalhos liderados e financiados por nós. Já, no aspecto nutricional, a dificuldade é muito maior. Trata-se de uma área que demanda recursos financeiros, investimento em tecnologia, infra-estrutura científica e desembaraço burocrático que não dispomos.

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Além disso, em função da crise de gestão que o país atravessa, o pouco que avançamos será rapidamente perdido. Então, nessa área estamos em descompasso com a pesquisa de alto nível realizada no exterior”.

EmpresasGrandes empresas do setor investem em novas

soluções, como a Cargill, que, em 2011, inaugurou seu Centro de Inovação, em Campinas (SP), voltado para desenvolvimento de produtos e aplicações para o setor de alimentos e melhoria de formulações de produtos existentes em parceria com seus clientes. Após cinco anos de atuação, a empresa contabiliza projetos importantes, que visam principalmente, a segurança do alimento e saudabilidade como forma de atender a uma nova e crescente tendência de consumo.

A Cargill oferece às indústrias de alimentos um amplo portfólio de óleos e gorduras vegetais para panificação, frituras, chocolates, confeitos, sorvetes, caldos, sopas, entre outros. A linha de produtos leva óleos de soja, algodão, milho, canola, girassol, girassol alto oleico e complexo palma. Do desenvolvimento de sistemas exclusivos à disponibilização de recursos técnicos e conhecimento internacional, o foco é criar soluções que atendam às expectativas sensoriais, funcionais e nutricionais dos consumidores.

O portfólio de óleos e gorduras da empresa é distribuído em seis categorias que atendem às mais diversas aplicações para o mercado de alimentos: Al Bake para Biscoitos, Recheios de biscoitos, Pães, Bolos e Panetones; Al Conf para Chocolates, Confeitos e Recheios; Al Lette para Sorvetes, Cremes e Lácteos; Al Fry para Frituras e Aspersões; Al Home para Caldos

e Sopas; Al Fases para Nutrição e Saúde; Linha Lévia e Lévia+e saudabilidade para diversas aplicações e Linha Liza para óleos vegetais puros.

SaudabilidadeOs óleos contêm alto teor de insaturados (seja mono

ou poli-insaturados), que possuem efeitos benéficos diversos na saúde, assim, quanto mais insaturados, melhor o perfil nutricional do óleo. Considerando-se os óleos comuns disponíveis para o consumidor, o óleo de canola possui alto teor de monoinsaturados, enquanto os óleos de milho, girassol e soja contêm poli-insaturados. Os poli-insaturados Ômega 3 e 6 são essenciais para o funcionamento do organismo e devem ser adquiridos através da alimentação.

Cristina Fabanello, Comemercial Leader – Food Insdustry da Cargill, destaca: “Para o segmento da indústria, além da questão da saudabilidade, deve-se considerar também o desempenho do óleo ou gordura no processo e produto. Foi pensando em desempenho e saudabilidade que a Cargill desenvolveu o Levia+e, um dos mais relevantes projetos já desenvolvidos pela Cargill, trabalhado no Centro de Inovação e em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A proposta traz pela primeira vez ao Brasil uma gordura com baixo teor de saturados que mantém a estrutura dos alimentos e sabor, além de utilizar matérias-primas amplamente disponíveis no mercado. O Lévia+e é destinado para aplicação em recheios de biscoitos, bolos, sorvetes, recheios de bombons entre outros alimentos”.

A principal inovação do Levia+e é apresentar no máximo 35% de teor de saturados, preservando a

estrutura física do alimento, enquanto no mercado existem diferentes soluções que variam entre 45% a 65% de teores de saturados.

O projeto buscou também se adequar à resolução 54/12 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre rotulagem de produtos alimentícios, com o objetivo de estimular a reformulação e a busca por produtos industrializados mais adequados.

A tecnologia é baseada em uma solução 100% lipídica, cujo desempenho se baseia no fortalecimento da rede cristalina, favorecendo uma rápida cristalização e estabilidade do produto acabado.

O Levia+E é finalista no FI Innovation Awards 2016, concorrendo como ingrediente alimentício mais inovador.

“Para determinadas aplicações deve-se utilizar recursos tecnológicos e várias matérias primas para compor um produto, de forma que ele tenha o desempenho desejado no produto final”, ressalta Cristina.

A saudabilidade agregada aos produtos tem seu preço. Os óleos que mais impactam no custo de produtos finais são aqueles que possuem valor de compra mais alto, como os de Girassol Alto Oleico e Canola. Ambos são óleos especiais e possuem diferenciais: o óleo de Girassol Alto Oleico, por exemplo, tem uma excelente estabilidade e baixo teor de saturados, com aplicação ideal para fritura industrial e biscoitos.

Novo portfólioTecnologias mais avançadas trazem ao setor

de óleos, alternativas mais saudáveis e com custos diferentes. Uma empresa do segmento de óleos, a Agropalma, conhecida pela produção e refino de óleos de palma e palmiste, investiu em nova refinaria em Limeira (SP), que, além de processar os óleos extraídos da palma, passará a produzir outros óleos vegetais, como soja, girassol e canola, incorporando ao também ao seu portfólio, novas soluções para as indústrias de alimentos.

A nova unidade da Agropalma conta com tecnologia de ponta instalada no refino de óleos vegetais e implantou um sistema de fracionamento contínuo de óleo de palma. No mundo, só existem quatro desses sistemas iguais ao instalado na Agropalma.

Marcello Brito, CEO da empresa, afirma: “em Limeira, vamos produzir também outros óleos vegetais, inclusive, forneceremos mixes desses óleos. Essa é uma grande inovação para a companhia. A ideia de mesclar e ‘blendar’ a produção dá muita segurança aos clientes. Antes não justificava utilizarmos óleos de outra origem, pois havia necessidade de trazer do Sul para o Norte. Agora, essa dificuldade não existe mais. Outra novidade da unidade de São Paulo será a planta que permitirá produção de vitamina E”.

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Foto: Agropalma -Plantação de palma na unidade do Pará

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Uma moderna Planta de Aplicação está instalada na refinaria em Limeira e, no local, foram implantadas plantas pilotos para desenvolvimento de produtos para clientes das indústrias de alimentos. O centro conta com plantas e equipamentos para desenvolvimentos para os segmentos de chocolates, sorvetes, panificação, biscoitos, massas, óleos e margarinas, entre outros.

Além de profissionais especialistas da própria empresa, a Agropalma, tem também associações com entidades com Ital, Unicamp (Universidade de Campinas) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para trabalhar em novos desenvolvimentos.

Mais pesquisas e conhecimento, novas tecnologias e desenvolvimentos podem colaborar para que o antigo vilão ganhe outros contornos e que chegue aos produtos finais com mais saudabilidade.

Foto: Agropalma -nova unidade em Limeira, SP

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CoberturaFiSA 2016

Supera expectativasNa edição desta ano, a A Food ingredients South America (FiSA) completou 20 anos de existência

e demonstrou ser um evento consolidado e de referência para o setor de soluções, aditivos e ingredientes para o setor de alimentos e bebidas.

Por Juçara Pivaro

Realizado em São Paulo (SP), no Transamerica Expo Center, mais de 11 mil profissionais qualificados puderam conhecer inovações, tecnologias e serviços do setor de ingredientes e aditivos trazidos por 700 marcas expositoras. “Podemos dizer que, entre os expositores, é praticamente unânime a sensação de que foi um evento muito bem-sucedid e surpreendeu pela qualidade do público visitante e quantidade de projetos nos quais estão interessados. Só a FiSA oferece tantos fornecedores de renome no mercado em um só lugar”, avalia o gerente do evento, Fernando Alonso, da UBM Brazil.

A FiSA também ofereceu aos visitantes atrações paralelas à exposição, como as palestras do Seminar Sessions, sessões de 30 minutos que apresentaram os lançamentos e novas tecnologias do setor, ministradas por líderes de mercado, e o Innovation Tour, composto por visitas guiadas, com passagem pelo espaço New Product Zone, organizado com os maiores destaques em inovação.

A Grade de Conferências Food ingredients recebeu especialistas do mercado, órgãos reguladores e representantes da academia, incluindo Euromonitor

International, Mintel, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Nestlé, Laticínios Tirolez, Ajinomoto, ITAL e BRF, com temas relevantes para essas indústrias como tendências de consumo, segurança alimentar, harmonização de regulamentação, entre outros.

Hélvio Collino, presidente da Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (ABIAM) avaliou que a FiSA é “basicamente, o mais importante encontro para toda América do Sul. É importante, porque congrega um grande número de empresas e visitantes com uma programação de bom nível profissional, facilitando a comunicação. Para a ABIAM, é um evento que traz exposição para a marca e alavanca negócios e tecnologia”.

Mesmo em momento econômico conturbado no Brasil, o evento foi um sucesso reconhecido por expositores e público presente, o que deve motivar mais adesões de expositores e visitações para a próxima edição, em 2017, que já está marcada para acontecer no mesmo pavilhão do Transamerica Expo Center, de 22 a 24 de agosto.

Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, fala do desempenho do evento em 2016 e dos resultados da FiSA, que superou as expectativas em ano de economia turbulenta.

Revista It - Ingredientes e Tecnologias - Na sua avaliação, como foram os resultados da FiSA 2016 em relação à edição anterior?

Jean-François Quentin - Mais uma vez, a Food ingredients South America (FiSA) foi um sucesso e mostrou que é o evento mais importante de negócios e atualização para toda a cadeia de alimentos, ingredientes, bebidas, suplementos e aditivos alimentares da América Latina.

Quando fechamos a edição de 2015, que foi muito elogiada pelos expositores e parceiros, sabíamos que viria um grande desafio pela frente que era manter o padrão em 2016, em meio a toda a atmosfera de recessão causada pela crise política e financeira no Brasil. Trabalhamos para reforçar e buscar novas parcerias, trouxemos novidades tanto na área de exposição quanto nas conferências e o resultado foi que não só conseguimos manter os números mas tivemos um aumento de mais de 5,5% na visitação em 2016.

Orgulhamo-nos dessa trajetória, esta edição foi marcada pelo aniversário de 20 anos da FiSA. São duas décadas aproximando fabricantes de ingredientes,

distribuidores e desenvolvedores de produtos finais em um só lugar. O evento como um todo estava muito completo, com extensa programação e expositores diversos, além da grande sinergia da FiSA com a primeira edição da innovapack, único encontro focado em design, tendências e inovação de embalagem final para a indústria de alimentos e bebidas.

It - A organizadora já tem o feedback dos expositores?

Quais pontos essas empresas ressaltaram sobre o evento? Qual foi o número de visitantes neste ano?

Jean-François Quentin - Todos os anos, escutamos nossos expositores para garantir que suas necessidades sejam atendidas da melhor forma possível. Este ano, recebemos o feedback positivo dos expositores, que nos deixou orgulhosos do trabalho árduo da equipe ao organizar esta edição comemorativa da FiSA. A maior parte dos elogios ficou por conta da visitação e da qualificação profissional do público do evento. Tivemos mais de 11 mil profissionais das indústrias de ingredientes alimentícios, bebidas, suplementos e aditivos visitando a FiSA 2016, que aconteceu paralelamente à innovapack. O nosso compromisso é sempre evoluir e proporcionar uma experiência ainda melhor para 2017.

It - Para formatação de próximas edições, a UBM faz algum tipo de pesquisa junto aos expositores para incorporar novas ações ao evento?

Jean-François Quentin - Como mencionei, escutar nossos expositores é uma das partes mais importantes do nosso trabalho. Fazemos pesquisas não só com os expositores, mas também com os visitantes. Levamos os feedbacks a sério e a UBM é comprometida em propor soluções para uma experiência cada vez mais positiva do nosso expositor e visitante na FiSA. Foi assim que, decidimos incorporar a innovapack à programação, definimos os temas das conferências e atrações paralelas. Todas as nossas ações e estratégias são baseadas nas necessidades do mercado pautadas pelos expositores e visitantes do evento.

It - De que forma e quais aspectos a atual crise econômica no Brasil interferiu no evento? Os reflexos da economia trouxeram mais dificuldades no evento de 2015 ou de 2016?

Jean-François Quentin - Qualquer setor sofre influência pela situação econômica e política do país e com o mercado de feiras de negócios não seria diferente. A crise causa uma retração nos

Jean François Quentin - presidente da UBM Brazil - Foto: UBM FiSA

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investimentos, uma insegurança que faz com que algumas empresas cortem gastos. Porém o papel das nossas feiras é exatamente o de fortalecer o setor e proporcionar às empresas uma otimização de seus investimentos. Observando por esta ótica, o mercado nunca precisou tanto de um evento no formato da FiSA e da innovapack como nos tempos atuais.

Inclusive, esta edição foi maior do que a de 2015 e excedemos os 10,5 mil visitantes do ano anterior, ultrapassando a marca de 11 mil profissionais qualificados, com grande poder de influência e boa parte ligada à área de Pesquisa e Desenvolvimento e Marketing.

Felizmente, o setor de alimentação está passando muito bem por essa fase pessimista que assola a economia nacional e, tanto em 2015 quanto em 2016, demonstrou estar preparado para enfrentá-la. De nossa parte, como organizadores de evento, foi preciso reforçar a criatividade e a proximidade com o mercado para entender as necessidades e trazer soluções para o momento.

It - O público visitante da FiSA 2106 correspondeu às

expectativas da organizadora? Qual o tipo de visitantes que se destacou na edição deste ano? Quantos visitantes estiveram presentes no evento?

Jean-François Quentin - A qualidade da visitação permanece como ponto forte da FiSA. 84% dos visitantes da feira têm participação e influência na decisão de compra de suas empresas. Quase 40% possuem cargos de gerência e acima (CEOS, Diretores, Presidentes, Proprietários, etc). Além disso, tivemos um aumento nos representantes dos segmentos: Produtos Funcionais e Naturais, Aromas, Panificação, Bebidas e Laticínios.

Também temos uma forte participação da América Latina, que este ano representou 59% da visitação internacional.

Tivemos um público qualificado, influente e assertivo, assim como esperávamos e como foram nossas experiências anteriores com o evento.

It - Entre as atrações paralelas, quais se destacaram

em público e em avaliação por parte do público que participou dessas atrações?

Jean-François Quentin - Esta edição as atrações paralelas conquistaram uma força muito grande. Tivemos recorde de público em todas elas. Gostaria de destacar em especial as palestras do Seminar Sessions

(sessões de 30 minutos que apresentaram lançamentos e novas tecnologias do setor), ministradas por líderes de mercado, que tiveram uma procura muito grande do público que manteve o espaço lotado quase todo o tempo. O Innovation Tour, que consistiu em visitas guiadas, e também foi muito procurado, e as Conferências Food ingredients, com temas que englobam os principais assuntos do setor e tiveram suas vagas esgotadas antes do evento começar.

O feedback que tivemos do público referente a estas atrações foi muito positivo. As pessoas veem estas atividades como oportunidade de atualização e conhecimento de mercado. Fora, é claro, do networking e relacionamento que é sempre muito bem prezado num evento como este.

Estamos muito contentes com os resultados transmitidos pelos visitantes e queremos reforçar esse sentimento em 2017. Ampliando e aperfeiçoando todas estas atividades paralelas.

It - Como foi recebida a incorporação da innovapack

como evento paralelo? Jean-François Quentin - Afirmo, seguramente,

que a primeira edição da innovapack foi muito bem recebida tanto pelos expositores quanto pelos visitantes. É um evento desenvolvido para trazer tendências, inovações e design em embalagem final para a indústria de alimentos e bebidas a quem deseja melhorar a percepção da marca junto ao consumidor.

A conexão da innovapack com a FiSA é marcante, pois criou uma nova perspectiva em feiras de negócios para a indústria alimentícia. Além de expor as novidades, empresas puderam receber clientes diretos e prospects. O encontro reuniu fabricantes, fornecedores e distribuidores dessa cadeia com profissionais ligados ao marketing de produto, como diretores e gerentes de marca, engenheiros de alimentos e embalagens, além de pessoas que atuam nos setores comerciais e de trade marketing, design, processos, custos e compras.

Estava faltando um evento como este na América Latina e este foi o sentimento que nossos expositores e visitantes nos transmitiram. Vamos trabalhar firme para manter a innovapack em crescimento e trazê-la cada edição mais forte.

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Os mais inovadores produtos e ingredientes alimentícios de 2016 venceram o Fi Innovation Awards, a principal premiação nacional da indústria do setor. Soluções de 35 empresas foram avaliadas, e concorreram nas categorias Produto Final Mais Inovador, Produto Final Funcional Mais Inovador, Ingrediente Alimentício Mais Inovador e Ingrediente Funcional Mais Inovador. A cerimônia de premiação aconteceu ontem, dia 23 de agosto, às 20h, o primeiro dia da 20ª Food ingredients South America (FiSA). O evento, que acontece no Transamerica Expo Center até o dia 25, é o maior encontro da indústria alimentícia para a América Latina.

Como Produto Funcional Mais Inovador, a

Capsugel, líder mundial na fabricação de cápsulas duras e de soluções inovadoras orais, foi a ganhadora com KRIAM e PREST. O produto, lançado neste ano, é feito à base do óleo Superba Krill. De acordo com a empresa, o óleo de Krill é, por si só, alternativa única na administração de EPA e DHA por ser um fosfolipídeo, permitindo assim maior biodisponibilidade ou absorção dos ácidos graxos. Além disso, ele é envasado pela tecnologia LICAPS, processo exclusivo e patenteado, que isola o nutriente da oxidação (extremamente nocivo à integridade do óleo de Krill), garantindo estabilidade e manutenção de funcionalidade. O produto ainda evita o refluxo indesejado das terapias tradicionais de ômega e proporciona menor odor e gosto residual.

CoberturaFi Innovation Awards

A premiação contempla os mais inovadores ingredientes e produtos alimentícios em quatro categorias. Foram 35 empresas participantes e os prêmios foram para Capsugel, Queijos Cruzília, Proteios e Ingredion.

Na categoria Produto Alimentício Mais Inovador, foi contemplado o Queijo Azul com Nozes e Damasco Santo Casamenteiro, da companhia Queijos Cruzília. “Foi um desenvolvimento desafiador que alia a boa e secular tradição queijeira mineira com tecnologias modernas de produção. Após várias discussões, o Ministério da Agricultura permitiu que o queijo base, um queijo de mofo tipo gorgonzola, pudesse ser chamado por uma denominação brasileira

'Queijo Azul’, de inspiração dinamarquesa, mas com um inovador toque de brasilidade, que lhe permitiu o sobrenome Azul de Minas. Desenvolvemos o processo para que nosso queijo pudesse ter esse percentual maior de creme de leite, além de adicionarmos em camadas e no acabamento, o damasco e as nozes, para suavizar e inovar na textura e no sabor”, diz Luiz Sérgio Medeiros de Almeida, diretor industrial da Queijos Cruzília.

A Proteios Nutrição Funcional, de Ribeirão

Branco (SP), com o Complemento Nutricional Funcional (CNF), fonte de proteína vegetal da planta ora-pro-nobis, foi laureada com o troféu de Ingrediente Alimentício Funcional Mais Inovador. O CNF é utilizado com o objetivo de melhorar o perfil nutricional de produtos alimentícios industrializados que usam matérias-primas abundantes em algumas épocas do ano, mas que são pobres em nutrientes. Além disso, esse ingrediente entra na utilização como espessante de algumas formulações, acrescenta antioxidantes e fibras em produtos finais e torna mais apetitosos sorvetes e doces, graças à contribuição com a cor e a textura em suas massas.

Como Ingrediente Alimentício Mais Inovador, a escolhida foi a Ingredion, que apresentou a marca VitessenceTM Pulse, que oferece farinhas proteicas de diferentes leguminosas. Entre elas, a farinha de grão-de-bico, de lentilha, de ervilha e de fava, todas com alto teor de proteína e fibra, e baixo teor de gordura. Vale dizer que o cultivo das leguminosas dispensa o uso de fertilizantes, já que estas variedades têm a capacidade de produzir o nitrogênio necessário para seu desenvolvimento. VitessenceTM Pulse pode ser utilizada em produtos lácteos, de panificação, massas, molhos e snacks.

Participaram do comitê técnico que selecionou

os vencedores profissionais da indústria alimentícia, entidades de classe, como Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (sbCTA), Bureau Soluções e Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR), e a professora Glaucia Pastore, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os especialistas avaliaram técnica, benefícios nutricionais e funcionais, embalagem, processo produtivo, impacto econômico e sustentabilidade.

Equipe de Queijos Cruzília, ganhador da Categoria Produto Alimentício Mais Inovador- Foto: UBM FiSA

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Destaque

Expositores em destaque

Stand Química Anastácio

Química Anastácio

Qualidade e atendimento personalizado

Completando 75 anos e com uma história de sucesso, a Química Anastácio está entre as maiores distribuidoras de produtos químicos do Brasil, oferecendo uma linha completa de pro-dutos para os diversos segmentos de mercado.

Com atendimento personalizado, qualidade assegurada, suporte técnico especializado, lo-gística customizada às necessidades do cliente e pontualidade nas entregas, a Química Anastá-cio atende a todas as demandas através de seus cinco Centros de Distribuição, laboratórios pró-prios, parque de tanques a granel e linhas de en-vaze em ambiente GMP.

Divisão Nutrição Humana e AnimalA equipe comercial da empresa possui total

interação com a equipe de compras e Inteligên-cia de Mercado, orientando sempre o melhor momento de compra e busca de novas opções

de fornecimento para obter êxito nas negocia-ções com os seus clientes, através de soluções em insumos a um custo cada vez mais compe-titivo e com grande disponibilidade de estoque.

A empresa possui, a força de vendas da Quí-mica Anastácio conta com profissionais qualifi-cados para atendimento.

Categoria de produtosA Química Anastácio possui um portfólio

com mais de 500 produtos para os diversos seg-mentos que atende. Para a divisão de Nutrição Humana e Animal possui as seguintes catego-rias de produtos: Acidulantes; Adoçantes, Agen-tes de Brilho, Agentes de Corpo, Agentes de Fermentação Química, Aminoácidos, Antioxi-dantes, Aromatizantes, Conservantes, Corantes Artificiais, Desmoldantes, Edulcorantes, Emul-sificantes, Energéticos, Espessantes, Estabili-zantes, Fontes de Fibras, Matérias-Primas para Aroma, Nutracêuticos, Umectantes e Proteínas.

LançamentoNa FiSA 2016, lançou a Lactose Mesh 60 para

aplicação em adoçantes de mesa, Sílica e o Mal-tol para apli cação em aromas. A empresa tam-bém reforçou no evento, seu posicionamento com o WPC 80% e WPI 90% do fabricante Milk Specialties para nutrição esportiva.

Os produtos da Química Anastácio podem ser aplicados em aromas, molhos, condimentos, sopas, pães, adoçantes de mesa e ração animal.

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Tovani Benzaquen

Pioneirismo em Inovação Ao iniciar sua atuação no mercado de ingredientes, em 1992, no decorrer das décadas, a Tovani

Benzaquen tornou-se uma das maiores empresas fornecedoras de ingredientes do mercado brasileiro.

A empresa teve como missão introduzir no mercado brasileiro um ingrediente inovador e funcional – o Aspartame da NutraSweet, o em-brião do que, hoje, representa a Tovani Benza-quem no mercado nacional.

Sua primeira sede foi instalada em casa que comportava escritórios, estoque e três funcioná-rios. Com o mercado do aspartame em expansão, novos ingredientes afins, como a polidextrose, passaram a fazer parte do portfólio da empresa.

As barreiras para desenvolvimento do merca-do nacional diet/light foram sempre enfrentadas com perseverança e, em 1996, foi inaugurada a segunda sede da Tovani Benzaquen, ainda em Santana, só que dessa vez, em um edifício onde um andar inteiro pertencia à empresa.

Hoje, com nova sede inaugurada em 2012, a companhia mantém a mesma ideologia da fun-dação - ser uma empresa totalmente brasileira, reconhecida nacional e internacionalmente como pioneira na introdução de ingredientes inovado-res e de alta tecnologia no mercado brasileiro e ter a marca da confiança no trabalho ético e dedi-cado, desenvolvido no mercado nacional.

No início, a Tovani Benzaquen Ingredientes tinha como principais ingredientes os substi-tutos de açúcar e ingredientes de corpo para a formulação de produtos diet e light. Atualmen-te, além dos citados, ampliou o seu portfólio de ingredientes que se alinham às tendências do mercado mundial e nacional, atendendo a vá-rios segmentos da indústria alimentícia brasilei-ra, tais como: panificação, confeitos, sorveteria, laticínios, frigoríficos. Presente, também, nas indústrias de bebidas, farmacêuticas, de suple-mentos e de alimentação animal.

A Tovani Benzaquen Ingredientes tem como parceiros empresas de ingredientes referência em tecnologia no mercado mundial. Possui dez parceiros estratégicos e alguns fazem parte da história da empresa há muitos anos, como Tate & Lyle, Kerry, Finlays, DSM, Gelita, Lactosan, RC Cola, PureCircle, Blanver, Dow, Lonza, Al-zchem, NuTek, entre outras que trazem suporte para atender às tendências e necessidades da in-dústria alimentícia brasileira.

Para atender clientes de forma customizada, a Tovani Benzaquen possui em sua sede labora-tório de aplicação equipado com tecnologias de ponta. Dessa forma, tem competência para dar suporte a toda demanda de projetos e desenvol-vimento de soluções para as indústrias.

Além do atendimento customizado, a empre-sa entrega matéria-prima em embalagem origi-nal do fabricante e, para cada ingrediente, tem quantidade mínima permitida para comerciali-zação. A companhia não trabalha com fraciona-mento de produtos.

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Entre as dificuldades enfrentadas pela Tova-ni Benzaquen está o impacto das diversas crises que o Brasil sofreu e a empresa sempre conse-guiu superá-las por meio de trabalho eficaz e da dedicação da equipe de colaboradores, fazendo com que a empresa se tornasse mais forte frente ao mercado.

O maior desafio para a Tovani Benzaquen é continuar pioneira na entrega de soluções ino-vadoras que ofereçam, às indústrias, benefícios para tornar seus produtos mais saudáveis, mais naturais e com a manutenção do sabor.

Lançamentos na FiSA 2016No evento, a Tovani Benzaquen Ingredientes

divulgou o lançamento do Neo Zero Sódio, um substituto do sal com Zero Sódio para usos di-versos pelo consumidor e com todo o sabor e funcionalidade do sal comum, fabricado com a tecnologia da empresa americana NuTek Food Science. No evento, a empresa lançou também o produto Revitá Pleno® da empresa Hilê, que contém o ingrediente BodybalanceTM, uma ex-clusividade da Gelita, comercializado pela TB.

Foram apresentadas ainda as inovações nas moléculas de Stevia para adoçamento de pro-dutos de forma natural, além dos blends únicos de edulcorantes artificiais e naturais produzidos pela Pampa Creations, que proporcionam redu-ção de custo de formulação, além da diminuição calórica e produtos nutricionalmente mais ba-lanceados, sem prejuízo do sabor original.

Outros destaques foram: o completo portfó-lio de tecnologias em ingredientes funcionais e de fortificação como proteínas, fibras (solúveis e insolúveis), vitaminas e minerais, colágeno hi-drolisado, agentes para fortalecimento da imu-nidade, para saúde cardiovascular, para saúde óssea e muitos outros.

A tendência de ingredientes naturais também foi um ponto forte. Dentre eles, vale ressaltar os extratos de chás solúveis Finlays; extratos ve-getais funcionais em geral (cranberry, laranja amarga, quilaia, cacau etc.); extratos aromáticos naturais da empresa Prova; completa linha de corantes naturais e queijos em pó Lactosan.

Emma Tovani Benzaquen, diretora de marketing, informa: “fomos surpreendidos pelo volume de visitantes que passaram pelo nosso estande. Os três dias de feira foram totalmente proveitosos para toda a equipe, que afirmou estar contente por ter recebido visitas de muitos clientes e potenciais clientes. Muitos contatos foram iniciados, agora vamos acompanhar e aguardar os frutos da semente que plantamos nestes dias”.

Neste ano, participaram do stand da Tovani Benzaquen Ingredientes as empresas: Blanver, Finlays, Gelita, Grap’Sud, Lactosan, Nutek, Pro-va, RC Cola e Tate & Lyle.

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VoglerA Vogler tem por característica fazer da FiSA

um ponto de encontro com clientes e parceiros. “É uma grande oportunidade para acesso ao ex-pertise dos fabricantes de ingredientes”, explica Regis Inácio, gerente de marketing da empresa.

Nesta edição do evento, a Vogler apresen-tou novas parcerias com AAK, Colorquimica, Imerys, Daepyung, Enzyme Innovation, Ander-col, além do fortalecimento de outras, com des-taque Kimica, Arla Foods, Tereos, Tate & Lyle, Basf, Chr Hansen, Gelymar, PB Leiner, Deosen, Evonik, Wacker, CP Kelco, Allied, Z-trim, Hunst-man, Borregard, Akzo, Eastman, entre outras.

A empresa levou para a FiSA , solução de re-dução de sódio com o One Grain® e alternativa natural ao açúcar com Stévia. Foi apresentada também junto com a Wacker, o Cavamax®, uma fibra emulsificante com multifuncionalidade.

No total, a Vogler mostrou 18 protótipos de produtos, entre eles o CupCake Glutén Free , sem açúcar e sem adição de gordura.

Um dos destaques na feira, foi as soluções que envolvem inovadoras, a exemplo de um mar shmallow sem albumina e estável ao calor.

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AAKA participação da AAK

na vigésima edição do FiSA faz parte da estratégia de expansão da empresa no mercado brasileiro. A empresa investiu US$ 58 milhões na inauguração de sua primeira uni-dade de produção e Centro de Inovação para Clientes no Brasil, em junho deste ano na cida-de de Jundiaí (SP).

Com matriz em Malmö, Suécia, a AAK é uma das empresas líderes mundiais na fabricação de óleos e gorduras vegetais especiais para aplica-ção nos mais diversos segmentos. Com mais de 140 anos de experiência em óleos e gorduras, atualmente conta com 19 unidades de produ-ção e instalações de customização, além de es-critórios comerciais em mais de 25 países. Pos-sui presença em mais de 100 países ao redor do mundo, possibilitando alcance global ao mesmo tempo em que são atendidas as necessidades lo-cais de clientes em setores como Bakery, Cho-colate & Confectionery, Dairy & Ice Cream, In-fant Nutrition, Food Service entre outros.Destaque para os produtos apresentados para degustação com clientes e os vários interessa-dos que estiveram no stand da empresa durante os três dias de feira e a exposição das soluções Tropicao e Akopastry, ganhadoras como os ingredientes mais inovadores na última Food Ingredients Europa, em Paris.

ADMProtótipos para mostrar as

possibilidades de aplicação de sua linha de soluções foram leva-dos pela ADM na FiSA 2016. A empresa produz proteínas isoladas, texturizada e concentrada de soja.

Uma das soluções apresentadas foi a proteína texturizada com 50% de proteína, de onde são retirados os açúcares solúveis que geram after taste desagradável. A grande mensagem desse insumo é que pode ser doce ou salgado, abrindo um leque para barras de cereais e snacks. O in-grediente será produzido na nova fábrica e terá baixo custo, além de ser nutritivo e pode entrar na categoria vegana.

Entre os protótipos apresentados pela ADM estão sorvetes zero lactose; bebida proteicas energéticas, além de refrigerantes cola, com 50% menos calorias e guaraná com cor rosa.

Alibra Óleos em pó, bebidas

lácteas proteicas são algu-mas das novidades que a Alibra levou para a FiSA 2016. Em seu stand, a empresa promoveu degustação de produtos desenvolvidos com alguns de seus ingredien-tes, como bebidas lácteas com características que estimulam o consumo tanto gelado quanto aquecido, bebidas proteicas, sorvete sem lactose produzido com proteínas de leite sem processo enzimático, além de outros produtos.

A maior das novidades apresentadas po-rém, ficou por conta dos óleos em pó, que ao encontro da proposta da marca, aliam saúde à praticidade. “Esses produtos são provenientes das mais variadas fontes de óleos vegetais como soja, canola, milho e linhaça e podem ser uti-lizados, inclusive, na indústria nutracêutica e na alimentação enteral. São ótima opção para indústrias que buscam ingredientes que sejam fontes de Ômega 3, Ômega 6 e/ou Ômega 9.” , explica Liliana Couto Bem-Haja, coordenadora de marketing da Alibra.

Para a indústria de sorvetes, produtos com apelo saudável, sem que haja perda de sabor e indulgência, na versão light com textura de su-per premium, sorbet light fonte de fibras e alto teor de proteínas, além de um inovador gela-do sem lactose feito com proteínas de leite sem processo enzimático

“A Alibra se destaca pelo mix de produtos oferecidos e por buscar constantemente opor-tunidades e desafios para atender seus clientes com inovação e seriedade. Esse evento foi uma oportunidade para apresentar aos visitantes nosso extenso portfólio de soluções para laticí-nios, indústrias de sorvetes, panificação, doces, chocolates, sopas, suplementos, nutracêuticos, entre outros, e gerar novos negócios. Além da possibilidade de trocar experiências, que contri-buam para nossa busca constante por inovação em Pesquisa & Desenvolvimento para um mer-cado cada dia mais exigente’’ afirma a coordena-dora de marketing da empresa.

Arla Foods Ingredients

A Arla Foods Ingredients apresentou dois conceitos que atraíram muito visitantes ao seu stand. ‘Como mudar a idade do seu corpo’ com foco na dieta rica em proteína de alta qualidade e cálcio lácteo associados a ati-vidade física, com o objetivo de aumentar e/ou evitar a perda de massa muscular e melhorar a saúde óssea foi um dos conceitos e ‘Uso do soro ácido’, utilizá-lo como matéria-prima na produ-ção de diversos produtos fermentados, cream cheese, bebidas lácteas, entre outros, evitando o descarte e os possíveis riscos ambientais, além da considerável redução no custo do produto final.

A Arla aproveitou o evento para comunicar sobre a inauguração da nova unidade produtora de Whey Hidrolisado, localizada na Dinamar-ca, que terá capacidade para produzir cerca de 4 mil toneladas por ano de proteínas hidrolisadas de alta qualidade do soro de leite e da caseína, criando soluções de ingredientes para produtos de nutrição esportiva, bem como para nutrição infantil e clínica. Em paralelo, divulgou o próxi-mo lançamento de sua fábrica na Argentina, pre-visto para primeiro semestre de 2017, o Whey Hidrolisado exclusivo para nutrição esportiva, que aumenta a velocidade de absorção da proteí-na do soro, que o torna mais eficaz a recuperação muscular. O produto terá os benefícios do Mer-cosul e, com isso, será uma excelente opção para incrementar a qualidade dos suplementos para nutrição esportiva na América do Sul.

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Na FiSA, no dia 24 de setembro, atletas patro-cinados pela Arla Foods Ingredients estiveram no stand da empresa, conversaram sobre seus treinos e ofereceram aos presentes amostras de seu suplemento com Lacprodan® HYDRO.365, que ganharam também uma foto ao lado dos atletas e da Tocha Olímpica que foi conduzi-da na RIO 2016 pelo ultramaratonista Marcio Villar, recordista mundial de corrida em esteira.

BASF A BASF apresentou suas

soluções para o segmento de nutrição humana com sua marca Newtrition™ na FISA 2016.O estilo de vida dos seres humanos mudou muito e, atualmente, o desafio não é mais obter energia e proteína su-ficiente, mas os nutrientes corretos no momento certo. Todas os ingredientes e soluções de saúde da BASF são baseados em evidências científicas sólidas. Elas são desenvolvidas para contribuir com uma vida longa, saudável e ativa

Uma dessas soluções é o Pronova Pure®, linha concentrada de Ômega-3 altamente eficaz. A in-gestão regular desse ingrediente está associada a um menor risco de várias doenças, como as do coração, inflamatórias e cerebrais, entre tantas outras. O produto da BASF é um ômega-3 de óleo de peixe altamente concentrado e purifica-do, sendo uma excelente opção para melhorar a ingestão da substância e para a aplicação em suplementos dietéticos.

Os visitantes da feira também poderão co-nhecer o fitoesterol, apresentado pela linha Ve-gapure®. Os fitoesteróis são compostos naturais encontrados em células de plantas que contri-buem diretamente para combater os altos níveis de colesterol no sangue. Eles são capazes de re-duzir de 6% a 12% os níveis de colesterol LDL no organismo após três semanas de suplemen-tação. Melhorar a ingestão dietética de fitoeste-róis com Vegapure® é uma maneira natural de reduzir o colesterol LDL elevado no sangue.

Outro ingrediente que apresentado na fei-ra foi a luteína, carotenóide que tem uma im-portante ação na saúde dos olhos, combatendo doenças como catarata e degeneração macular. A luteína está presente em vegetais verdes e folhosos, porém em muitos países o consumo alimentar não atinge os níveis necessários. As-sim, a presença de luteína em suplementos ali-mentares e alimentos funcionais ajuda a fechar essa lacuna. Além disso, a empresa apresentou seu portfólio de produtos Tonalin® CLA - ácido linoleico conjugado - conhecido por facilitar a perda de gordura e o ganho de massa muscular.

“Nosso objetivo é mostrar como uma alimen-tação balanceada e uma suplementação correta podem ajudar os consumidores a seguir uma dieta e estilo de vida saudáveis. Com o tempo, pequenas mudanças no recebimento de nutrien-tes podem fazer uma enorme diferença na redu-ção do risco de doenças como problemas car-diovasculares ou males oculares relacionados à idade. Trata-se de entregar o nutriente certo para as pessoas certas no momento certo. Nosso por-tfólio abrange todos os estágios da vida humana, indo desde a concepção do bebê, passando pela fase adulta até a idade sênior”, afirma Claudio Tacconi, gerente do negócio de Nutrição Huma-na da BASF para a América do Sul.

CP KelcoAtender às mega-

tendências do mercado é um dos objetivos da CP Kelco, que levou protótipos de produtos ino-vadores para a FiSA 2016. Entre as novidades, estão bebidas que possibilitam substituir refei-ções - Meal Replacement, que possuem mine-rais vitaminas, antioxidantes, saúde muscular, fibras, proteínas e frutas.

“A ideia é ter algo lúdico prático e convenien-te. Os hidrocolóides da CP Kelco fazem do que

só estabilizar ou suspender. É uma visão holís-tica que visa conferir um corpo sensorial que o consumidor deseja”, explica Marina Boldrini, ge-rente de marketing América Latina da empresa.

Durante o evento, entre outros protótipos, foram apresentadas soluções com ervilha para bebidas com 9% de proteína com edulcoran-te; Summer Breeze, sucos e néctares isotônicos para esportistas, com matcha, gengibre e com hidrocolóides para mascarar o edulcorante; be-bidas ácidas alternativas ao leite, como leite de arroz com pera e com aplicação de gelana.

A empresa demonstrou também soluções para sorvetes e sobremesas, inclusive, algumas destinadas a atletas.

DaxiaSeguindo tendência do mercado, a Daxia está

ampliando seu portfólio de corantes naturais e destacou esses produtos na FiSA. Entre as fontes utilizadas estão: spirulina, vinda da microalga spirulina platensis, que confere cor azul; cúrcu-ma, que traz um amplo espectro de cor amare-la; urucum, com tons de laranja amarelado ao laranja avermelhado; Carbon Black, obtido do processo de queima de vegetais, que possibilita inclusão de tons pretos aos alimentos; cochoni-lha, obtido de partes secas de cochonilha, que confere tons de rosa ao roxo; antocianina, de cascas de uvas de hibiscos com cor roxa, entre outros mais conhecidos, como betacaroteno, urucum e clorofila.

A empresa ainda tem um mix de vegetais que atua como corante e também como nutriente

que, entre outras aplicações, pode ser utiliza-da em lácteos. Ao ser aplicado carrega junto as propriedades dos vegetais, a exemplo da fibra solúvel e vitaminas. Exemplos desses ingre-dientes são os corantes: espinafre, cenoura, be-terraba e tomate.

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DöhlerEntre as inovações levadas

para a FiSA, a Döhler mostrou que vem trabalhando firme em bebidas funcionais e de-senvolveu funcionalidade com novos ingredien-tes, como o extrato do grão de café verde, que pode ser adicionado como uma fonte natural de cafeína. O ingrediente natural pode ser aplicado em energéticos ou bebidas lácteas, por exemplo. Dependendo do conceito solicitado pelo cliente, há ainda a possibilidade de com ele acentuar o sabor do café ou deixá-lo neutro considerando apenas a funcionalidade. Jane Vieira, gerente de marketing da empresa, classifica o ingrediente com bem versátil.

A empresa possui também ômega 3 e 6, pro-venientes do óleo de linhaça, que podem ser aplicados como fonte de ácidos graxos em be-bidas lácteas e iogurtes. Também para essas categorias, além das frutas liofilizadas, a Döh-ler possui produtos que trazem inclusões de fibras, como o Apple Fiber, e células de frutas que fazem a função de fibra natural, eficientes para regular o funcionamento intestinal. Para maior valor agregado aos iogurtes, a empresa tem investido em ricas composições que podem ser adicionadas via over cap, como as próprias frutas liofilizadas, grãos ancestrais, incluindo a novidade sorgo (em forma de grão ou farinha), rico em tanino, com baixo índice glicêmico, sem glúten, sem GMO, 100% natural e rico em mi-nerais, fibra e proteína. Jane ressalta: “é impor-tante destacar que não se trata do mesmo sorgo

utilizado para nutrição animal. É para nutrição humana e é riquíssimo em nutrientes”.

Segundo a gerente de marketing da Döhler, uma das maiores tendências é a de produtos para o café da manhã. “Como as pessoas não têm mui-to tempo para uma alimentação adequada nessa primeira refeição do dia, o segredo é oferecer pro-dutos de rápido consumo, com redução de açú-car e baixo índice glicêmico, que traga nutrição e saciedade saudável. Nesse cenário, um snack em forma de iogurte, tipo o grego com maior teor de proteína e composição rica em grãos e frutas é alternativa de produto interessante”.

Bebidas com proteína concentrada de leite também são apontadas por Jane como outra ten-dência. A empresa possui conceitos desenvolvi-dos que trazem de 16 a 20g de proteína para cada porção de 200 ml de bebida. Uma pessoa que pratica atividade física intensa, geralmente tem que ingerir várias fontes para adquirir alto teor proteico diariamente. Com apenas duas porções desses produtos (400ml), o atleta obtém de 32 a 40g de proteína.

Evonik Entre os destaques

apresentados na FiSA 2016, estão extratos de aromas produzidos pela tecnologia de extração com fluido supercrítico (SFE), utilizando dióxi-do de carbono (CO2) e gerando produtos 100% livres de solventes; e a linha de sílicas pirogê-nicas e precipitadas, que contribuem para um manuseio e uma dosagem fácil e precisa de in-gredientes em pó, pois melhoram a fluidez dos produtos, entre outras vantagens importantes.

A Evonik também anunciou aos visitantes do evento sua nova fábrica no Brasil, inaugurada no último mês de julho, na cidade de America-na (SP), consolidando sua posição de liderança global no mercado de sílicas.

As sílicas precipitadas aqui produzidas, cuja demanda está em forte crescimento, atenderão as indústrias de alimentos, nutrição animal, borracha e agroquímicos, entre outras.

Sílicas contribuem para manuseio e dosagem fácil e precisa para ingredientes em pó. A empre-sa apresentou as sílicas precipitadas SIPERNAT® e sílicas pirogênicas AEROSIL®, que melhoram a produtividade e a qualidade na produção de alimentos em pó, facilitando significativamente todas as etapas de processamento.

“Ingredientes em pó usados em processos industriais costumam ser adicionados por sis-temas de dosagem automatizados. Para a quali-dade dos ingredientes alimentícios, é crucial que a dosagem seja constante e precisa. Um pó sem determinada fluidez ocasionará erros de dosa-gens, resultando em um produto final fora de es-pecificação”, explica Camila Pecerini, gerente de negócios – Sílicas, Evonik Resource Efficiency.

As sílicas precipitadas SIPERNAT® também se destacam por possuírem alta capacidade de ab-sorção. Isto significa que absorvem umidade ou óleo da superfície dos pós e reduzem conside-ravelmente a tendência ao aglomeramento. As-sim, a fluidez dos mesmos é assegurada durante o transporte e o armazenamento. Entre outras vantagens, as sílicas proporcionam: maior pro-dutividade, constância na qualidade, mínima emissão de pó, alta pureza e redução de custos.

Extração de aromas com substâncias puras e naturais

A tecnologia de extração com fluido super-crítico (SFE), utilizando dióxido de carbono (CO2) vem sendo considerada uma técnica atra-tiva, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente e qualidade dos produtos, por ser um processo livre de resíduos e não provocar degra-dação do extrato.

Os extratos aromáticos por SFE-CO2 da Evo-nik permitem um processo 100% natural, seguro, econômico e ambientalmente responsável; geram produtos finais livres de resíduos; permitem con-trole seletivo de processo, melhor rendimento e qualidade e processo totalmente escalonável.

A Evonik oferece um amplo portfólio de ex-tratos de aromas para venda e também dispo-nibiliza o serviço de extração, sendo capaz de responder com flexibilidade às necessidades específicas dos clientes e processar uma ampla gama de produtos, de um quilo a milhares de to-neladas. São seis áreas de aplicação: extração de aroma, descafeinação, desengorduramento, re-moção de pesticidas, fitoextração e esterilização.

GNTFornecedora global de con-

centrados de frutas e vegetais que conferem cor, a GNT levou para a FiSA, a última inovação da companhia - a linha de pós micronizados. A nova linha é ideal para dar co-res naturais e vibrantes a bebidas instantâneas, snacks, doces e salgados, confeitos e temperos, além de coberturas de chocolate e mistas.

Para a produção dos pós micronizados da GNT, são utilizadas apenas frutas, vegetais e plantas comestíveis, com rabanetes, batatas ro-xas, cenouras pretas, cártamo e spirulina. So-mente água e métodos físicos delicados, tais como pressão, corte e filtragem são aplicados a todos os concentrados Exberry®, que, portanto, também são alimentos. Não são adicionados aditivos artificiais, produtos químicos ou sol-ventes orgânicos. Os pós micronizados estão

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disponíveis nas cores amarela, vermelha, rosa, roxa e azul e podem ser misturados a um amplo espectro de tons de cores.

Segundo Frederik Hoeck, diretor da GNT, o pó micronizado é uma nova categoria de ali-mentos que confere cor a alimentos e bebidas. O uso de fontes naturais para dar cor está bem avançado na Europa e Estados Unidos. “Acredi-tamos que no Brasil, dentro de 3 ou cinco anos, o crescimento da demanda por esse tipo de pro-duto deverá crescer significativamente”, acres-centa Hoeck.

IngredionUm linha inédita de in-

gredientes foi apresentada pela Ingredion na FiSA 2016, com o tema principal ‘Experiência Sensorial’, o atributo acompanha a decisão de compra da maioria absoluta dos consumidores. A empresa apostou no princípio ‘os produtos ruins que nos desculpem, mas sabor é fundamental’. Para de-monstrar na prática essa proposta, a Ingredion vários protótipos.

Um dos destaques na feira foi a linha Vites-senceTM Pulse de farinhas de leguminosas com alto teor proteico, que concorreu à Premiação Fi Innovation Awards e foi a vitoriosa na categoria “Ingrediente Alimentício Mais Inovador”.

As farinhas VitessenceTM Pulse possuem alto conteúdo de proteína e fibra e baixo teor de gordura. Possibilitam à indústria levar ao consumidor produtos mais nutritivos, como fonte ou ricos em proteína e fibra – e sem glú-ten. Além disso, a novidade permite substituir

fontes proteicas lado a experiência sensorial, o custo competitivo e o apelo sustentável de sua cadeia produtiva.

Para mostrar o potencial da nova linha de fa rinhas de leguminosas VitessenceTM, os vi-sitantes do stand da Ingredion puderam de-gustar pro tótipos com seu uso com diferen-tes benefícios e proposta de valor, tais como: Crisps Proteicos de Chocolate & Amêndoas, fonte de proteína em um conveniente e sabo-roso snack on-the-go e a Bebida Láctea Bana-na & Aveia, substituição de um terço da base láctea resultando em economia de 10% a 15% no custo da formulação.

“Durante os três dias da FiSA, pudemos com-provar o forte interesse do público na proposta de valor das farinhas proteicas VitessenceTM e acredi tamos que teremos muitos projetos inte-ressantes para dar seguimento no pós-feira”, co-menta Adria na Rached, Diretora de Marketing e Estratégia.

A Ingredion apresentou outras inovações. Na categoria ‘Ingrediente Funcional Mais Ino-vador’ da premiação FiAwards, o amido modi-ficado resistente VersafibeTM 2480 da Ingredion também foi um dos finalistas. O ingrediente é uma fibra insolúvel obtida pela modificação de amido de milho e tem como grande vantagem a performance técnica e o custo competitivo.

KilyosPresente na FiSA, a Ki-

lyos, desponta na área de fortificação com uma das empresas com produtos de alta eficiência em incorporar minerais em alimentos e bebi-das. Como representante da área de nutrição humana da Balchem, que engloba as marcas Al-bion e VitaCholine, a empresa traz, por exem-plo, o Calci K, um complexo de cálcio, fósforo e potássio, que não precipita e não altera sabor e textura do leite. Além disso, o Calci K oferece uma biodisponibilidade similar a do cálcio pro-veniente do próprio leite.

Daniel Decourt Name, diretor de vendas e marketing da Kilyos, ressalta que: “além do cálcio, outros nutrientes como o magnésio, vi-tamina D3 e Vitamina K2-MK7 podem trazer inovação para o mercado de lácteos. A tendên-cia aponta para produtos que contribuam para a saúde óssea e cardiovascular, os quais estes nu-trientes têm papel fundamental. É importante notar que os minerais devem estar na forma de quelatos para que realmente sejam absorvidos e utilizados pelo organismo".

Além da saúde óssea e cardiovascular, há outro mercado potencial e importante para o magnésio. Estudos científicos apontam que a administração de magnésio bisglicinato quela-to Albion em crianças reduz a necessidade de uso de salbutamol além de reduzir considera-velmente as crises asmáticas.

Segundo Name, a compra da Albion pela Balchem abriu novos horizontes. "a colina é

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um nutriente essencial para a saúde hepática, cardiovascular e cognitiva. A sinergia entre os minerais Albion e a VitaCholine, marca de coli-na da Balchem, é enorme e possibilita diversas formulações inovadoras. Além disso, a colina tem a característica de intensificar o sabor do sódio o que permite reduzir em até 30% a uti-lização de sal no alimento quando aplicado em conjunto com este nutriente", complementa o diretor de vendas da Kilyos.

MasterSenseReforçando a atuação no

mercado de alimentos, a MasterSense levou para a Fisa 2016 um menu de degustações com produtos prontos para consu-mo alinhados com às tendências atuais de indul-gência, praticidade e saudabilidade. Apresentou a versatilidade de aplicações com proteínas lác-teas e proteínas de soja e tecnologias em aromas que compõem o portfólio atualmente.

Aplicações como bebidas, barras e pães pro-teicos com o objetivo de fomentar o mercado de alimentos proteicos no Brasil, não só explorando mercado de nutrição esportiva, como também produtos para o mainstream, levando mais pro-teína e saúde para o consumidor em geral.

Segundo Gustavo Assis, diretor de Operações da MasterSense, a FiSA 2016 foi especialmente escolhida para ser palco para o lançamento da nova identidade visual da MasterSense, mais moderna e alinhada com o novo posicionamen-

Stand MasterSenseStand Kylios/Albion

Equipe Ingredion - vencedor do Innovation Awards na categoria “Ingrediente Alimentício Mais Inovador

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to da empresa, que foi reforçada pelo design di-ferenciado do stand. Além disso, apresentamos para o mercado a nova parceria com a multi-nacional americana IFF – International Flavors & Fragrances para a distribuição de aromas em todo o território nacional. “A FiSA, certamente, é a principal feira de negócios do mercado de ingredientes e, mais uma vez, se mostrou como excelente ferramenta para estreitarmos o rela-cionamento com nossos clientes e alavancarmos novos projetos”, Assis complementa.

MCassabA MCassab está entre as em-

presas que levaram alternativas para o segmento de funcionais, inclusive, do se-tor de lácteos. Letícia Lima, executiva de ven-das da Unidade de Nutrição Humana, afirma: “temos parceria com a Basf, que contribui com ingredientes para nossas soluções, como vita-minas, além de ser parceira em eventual adap-tação no desenvolvimento de produtos. Lácteos são muito bons para fortificar ou agregar ingre-dientes funcionais, porque ajudam a mascarar alguns sabores de ingredientes”.

A empresa tem shake com ômega 3 da Basf, produzido a partir de óleo de peixe, que possui como característica sabor acentuado. “Existe o ômega 6, que é retirado de plantas, mas não tem o apelo funcional como o de peixe. A Anvisa só considera ômega 3 como funcional na RDC 54”, explica a executiva de vendas da MCassab.

Além do ômega 3 da Basf, a MCassab utiliza também fitoesteróis e licopeno da empresa.

Para desenvolvimento de produtos, depen-dendo do tempo solicitado pelo cliente, a Basf disponibiliza seus laboratórios para a MCassab e auxilia na aplicação de funcionais.

Para fortificação de produtos, além de vita-minas, a MCassab utiliza minerais da Albion.

Letícia destaca que: “as grandes indústrias têm profissionais com cabeça aberta para ino-vação, porém fabricantes pequenos são mais fechados e têm mais resistência para mudar formulações. Falta atrevimento dos fabricantes em colocar novos ingredientes e tecnologias em seus produtos”.

NovaPromA NovaProm Food Ingre-

dients, unidade de negócio da JBS que oferece soluções em ingredientes e colágeno, marcou presença na FiSA 2016, proporcionando em seu stand degustação de produtos, tais como bebida proteica, bolo de caneca sabor chocola-te, presunto, linguiça com maçã e canela, mini--hambúrguer e maionese com aroma de chur-rasco. Todos os produtos trazem as soluções em colágeno e/ou ingredientes produzidas pela NovaProm.

“Temos evoluído nas tecnologias para de-senvolvimento em soluções de ingredientes e colágeno e em suas aplicações, especialmente no segmento alimentar”, afirma Melina Valim, gerente comercial da NovaProm Food Ingre-dients. “Nossa participação na FISA possibilita

apresentarmos os produtos e soluções ao mer-cado, além de estreitar relacionamento com os nossos parceiros comerciais da América Latina”, completa a gerente.

quantiQ Um amplo portfólio de maté-

rias-primas foi apresentado na FiSA pela quantiQ, distribuidora de produtos químicos. Com uma extensa lista de produtos e soluções de alta per formance, a em-presa tem como grande diferen cial o atendimen-to personalizado e apoio técnico especializado, oferecendo infraestrutura labora torial e logística completa para seus clientes.

No stand da empresa, o público pode confe-rir parte do portfólio de matérias-primas, en tre elas, produtos da Ajinomoto, maior fabri cante de aminoácidos do mundo e fornecedora global de insumos para a indústria alimentícia. Por meio da parceria firmada em 2013, a quan tiQ trouxe ao mercado nacional a linha com pleta de ami-noácidos para aplicação alimen tícia e em suple-mentos nutricionais, além de outros ativos, como o Advantame, realçador de sabores 20 mil vezes mais doce que o açúcar e com dulçor prolongado, muito utilizado na produção de bebidas, lácteos e gomas de mas car, pois possibilita a redução de açúcar e pro longamento do sabor.

Entre outros aditivos, a empresa também le-vou, a linha de agentes reológicos da CP Kelco, que oferece soluções completas para garantir a estabilidade e textura desejada.

Rhodia Com o distribuidor In-

dukern, a Rhodia promoveu a linha de sílicas precipitadas Tixosil® para aplicações alimenta-res. O produto é utilizado como agente de flui-dez e antiaglomerante na fabricação de bebidas em pó, temperos, açúcar, adoçantes, produtos desidratados em processo de spray dryer, ovo em pó, na indústria de aromas e no processa-mento do sal. Fabricado no Brasil, o produto é disponível em grades padrão e como sílica com tecnologia Micropearl (micropérolas).

Junto com o distribuidor Plury, a empresa di-vulgou a linha de produtos Rhovanil®, a única vanilina do mercado obtida por meio de uma cadeia de fabricação totalmente controlada, limpa e integrada em um único site. É utilizada na produção de chocolates, pães, bolos, doces e outros produtos de confeitaria. Outro produto em destaque será Rhodiarome®, que é referên-cia de mercado para etilvanilina no segmento de aromas e fragrâncias.

Em parceria com a IMCD Brasil, foram apresentadas as linhas de produtos Govanil™ e Vanifolia™, aromas de baunilha dedicados aos mercados de nutrição, chocolate, panificação, bebidas instantâneas, entre outros.

O reforço da participação da Rhodia nesse mercado é um dos objetivos centrais do grupo de trabalho denominado Food Group LATAM, criado recentemente pelo Grupo Solvay e que abrange as áreas de negócios da empresa com participação industrial e comercial voltadas à indústria alimentícia.

Além das áreas de Sílica e Aroma Perfor-mance, participam do Food Ingredients Group as áreas de negócios Coatis, que produz e co-mercializa bicarbonato de amônio empregado em biscoitos e bolachas; Novecare, produtora de ésteres de alta pureza com as linhas Dhaytan e Dhaykol para aplicações diversas em panifi-cação, margarinas, sorvetes, cremes vegetais, carboidratos, shortening, branqueador para be-bidas, coberturas para sobremesas, fermento

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Destaque

seco, chocolates, ecompounds, dentre outras, e a unidade de negócios Soda Ash e Derivados, que oferece o bicarbonato de sódio, marca Bi-car® Food, o cloreto de cálcio sob a marca Caso® Food, e o carbonato de sódio IPH. Esses pro-dutos são aplicados em biscoitos, bolos para in-crementar o cozimento; em bebidas energéticas e efervescentes. São utilizados também na pro-dução de queijos, para acelerar a coagulação do leite e a firmeza do coalho, e em produtos lácte-os e bebidas para adicionar cálcio.

Roha A Roha, empresa indiana,

que atua em 30 países, desde os anos 90, no Brasil, atua na produção de corantes naturais e sintéticos. “Com a preferência da maior parte dos fabricantes por corantes sintéticos antigamente, a empresa não explorava muito a categoria natural, porém com a atual tendência de busca por produtos cada vez mais naturais, estamos mostrando nossa li-nha Futurals que, inclusive, possibilita aplicação em produtos com clean lable”, explica Ricardo de Andrade Regolão, gerente da empresa.

Os produtos da Roha disponíveis na linha na-tural são: urucum, antocianinas, vermelho be-terraba, betacarotenos, cataxantina, carvão ve-getal, caramelo, clorofila/complexo com cobre, cochonilha/carmim; óxido de ferro, luteína, li-copeno, páprica, riboflavina, dióxido de titânio e cúrcuma.

R&S BlumosPlataforma de bebidas, linha

de ingredientes naturais e proteínas de origem vegetal e toda produção sustentável de insumos foram alguns dos destaques da R&S Blumos na FiSA 2016. Uma dos lançamentos da empresa na feira foi a proteína da lentilha d’água, que possui alto valor nutricional, além de ômegas 3 e 6 vegetal. Toda água utilizada no plantio des-sa lentilha é reutilizada e o gasto energético é o mais baixo para produção de proteína.

A empresa divulgou também sua linha de edulcorantes naturais, fibras solúveis e de ma-tcha, além de sua linha de grãos ancestrais para indústria de bebidas.

A participação da R & S Blumos na feira mar-cou o início de um novo ciclo para a empresa que, buscando entregar soluções cada vez mais adequadas ao mercado, mostrou novas soluções em proteínas alternativas, grãos ancestrais ger-minados, novas tecnologias naturais para redu-ção de calorias e diversos ingredientes naturais para substituição de aditivos artificiais em ali-mentos e bebidas. A empresa aproveitou a oca-sião para também apresentar seus parceiros, multinacionais Eurogerm, So Pure e Lucid líde-res de mercado do segmento onde atuam.

A R&S Blumos deve inaugurar em breve sua nova fábrica com capacidade de produção de até 1.000 toneladas ao mês de produtos Allergy Friendly . A unidade contará com moderna e completa planta piloto utilizada para o desen-volvimento de protótipos que possibilitarão oferecer a seus clientes não só ingredientes, mas também serviços e soluções inovadoras, a em-presa prevê dobrar seu faturamento até 2020.

Sweetmix Produtos obtidos de fontes

naturais para redução de açúcar e gordura, fibra prebióticas e ten-dências de misturas de nutrientes foram apre-sentados pela Sweetmix na FiSA 2016. Os lança-mentos da empresa estão alinhados à tendência de mercado com apelo clean lable.

Os ingredientes e soluções da Sweetmix podem ser aplicados em diversas categorias, tais como produtos para alimentação esportiva, bebidas lác-teas, shakes, confeitos, panificações, entre outros.

A empresa observou e percebeu mudança constante no comportamento do consumidor, atrelado ao ritmo de vida e composição fami-liar. Pensando nessas mudanças seus produtos trazem soluções para atender esses clientes cada vez mais exigentes.

Na avaliação da Sweetmix, foi um grande sucesso a participação nesta edição da FiSA. “Hoje, é uma das feiras mais importantes do se-tor, no Brasil, e atrai muitas pessoas da América Latina também. Foi uma grande oportunidade para apresentarmos tecnologia e soluções do mercado de alimentos”, enfatiza Gicélia Ferrei-ra, coordenadora de vendas da empresa.

Tate & LyleDurante a FiSA,

a Tate & Lyle apresentou ingredientes inovado-res que possibilitam qualidades extraordinárias aos alimentos. Fornecedora global de ingredien-tes e soluções para as indústrias de alimentos e bebidas, a Tate & Lyle levou para o evento um portfólio better-for-you, ou seja, de produtos mais saudáveis e funcionais.

A equipe de aplicações da Tate & Lyle desen-volveu cardápio especialmente para o evento, utilizando ingredientes especiais que asseguram ótimo sabor aos alimentos, ao mesmo tempo que aumentam os benefícios nutricionais, enri-quecendo o teor de fibras e reduzindo açúcar e calorias. Os protótipos incluem versões inova-doras de sucessos de público, como uma bebida achocolatada e biscoitos de chocolate com calo-rias reduzidas, doces e petiscos.

“O objetivo foi surpreender e deliciar os visi-tantes com os protótipos feitos com ingredientes

que oferecem benefícios à saúde, sem sacrificar o sabor ideal e a textura que os consumidores esperam. Acreditamos que nossas soluções dão à indústria a oportunidade de enriquecer a vida dos consumidores através de uma comida co-tidiana que pode ser extraordinária”, explicou Enrique Reyes, vice-presidente para a América do Sul da Tate & Lyle.

De acordo com pesquisa de 2015, encomen-dada pela empresa e efetuada pela Qualtrics, 67% dos consumidores brasileiros estão evitan-do açúcar, e 60% procuram adicionar fibras em suas dietas. Entretanto, o sabor continua sendo fator crucial quando se decidem por um produ-to. Por isso, fabricantes precisam de um número amplo de ingredientes better-for-you que aten-dam às demandas de nutrição, saúde e bem-es-tar, e que asseguram um bom sabor.

Para atender a essa procura, a Tate & Lyle ofe-receu biscoito com açúcar reduzido feito com a Fibra Solúvel Promitor®, que ajuda a manter uma boa textura mesmo com baixos níveis de açúcar no produto, oferecendo, diversos benefícios à saúde, como a manutenção da flora do sistema digestivo (bactérias benéficas ao corpo). Além disso, diferente de outras fibras no mercado, Pro-mitor® tem excelente tolerância digestória.

A Tate & Lyle também ofereceu duas bebidas feitas com açúcar aliado ao Tasteva® Stevia Swe-etener com zero caloria: um néctar de uva com redução de açúcar de 30% e uma bebida de cho-colate com 44% menos açúcar. Em ambas as bebi-das, a combinação de sacarose e Tasteva®criaram combinação única, que aprimora o dulçor e eli-mina o retrogosto amargo frequentemente asso-ciado a ingredientes à base de estévia.

A Fibra Solúvel Promitor® também é aplicada ao néctar de uva, para manter a boa palatabi-lidade de uma bebida completamente adoçada com açúcar, tornando-se, ao mesmo tempo, uma boa fonte de fibras.

Stand Sweetmix

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Lançamento de superfoods cresce, globalmente, 202%

entre 2011 e 2015

Superfoods são frequentemente comercializadas como resposta para nossos problemas de saúde e, agora, pes-quisa da Mintel destaca a popularidade desses alimen-tos nutritivos embalados. A ferramenta GNPD (Banco Global de Dados de Novos Produto), da Mintel, revela que entre 2011 e 2015 houve um aumento de 202%, em nível mundial, no número de novos produtos alimenta-res e bebidas lançados contendo os termos "superfood", "superfruit" ou "supergrain".

E parece que a popularidade desse tipo de alimento está longe de chegar ao fim. Somente em 2015, por exem-plo, houve um aumento de 36% no número de produtos alimentícios e bebidas lançados globalmente que trouxe-ram em suas embalagens os termos "superfood", "super-fruit" ou "supergrain". Em 2015, os EUA foram o palco para o maior número de "super" lançamentos de alimen-tos e bebidas (30%), seguidos pela Austrália (10%), Ale-manha (7%), Reino Unido (6%) e Canadá (6%).

Essa onda de lançamentos vem como um resultado da forte demanda dos consumidores por produtos alta-mente nutritivos. Hoje, mais de sete em cada 10 consu-midores na França (72%), Alemanha (71%), Itália (73%) e Espanha (72%) concorda que os benefícios de alimen-tos naturais, por exemplo de frutas e legumes, estimulam

a saúde, e eles são preferíveis aos benefícios adicionais de alimentos funcionais.

Além disso, a pesquisa revela que as superfoods se espalharam para além das categorias alimentícias e de bebida. De fato, enquanto 43% dos produtos lançados com as palavras "superfood", "superfruit" ou "supergrain", em suas embalagens, estavam na categoria de alimentos, entre 2011 e 2015, e 11% fazia parte da categoria de be-bidas, três em 10 produtos (30%) foram encontrados no segmento de beleza e cuidados pessoais, enquanto 12% estavam na categoria de saúde e higiene e 4% faziam par-te da categoria de itens para animais de estimação.

"A popularidade dos produtos 'super' é evidente e vi-mos fabricantes de alimentos e bebidas em nível mun-dial aproveitando dessa demanda por ingredientes ricos nutricionalmente. Mas as superfoods não são encontra-das apenas nos segmentos alimentícios e de bebida, elas estão surgindo também nas categorias de beleza, saúde e higiene e de itens para animais de estimação, como re-sultado do fato de os consumidores de hoje estarem se tornando muito mais conscientes do que usam ou con-somem", afirma Stephanie Mattucci, analista global de Ciência dos Alimentos, da Mintel.

Em particular, a tendência para uma dieta livre de trigo resultou em um número crescente de produtos lançados contendo "supergrains" ou grãos antigos. E en-quanto a quinoa e o trigo mourisco se tornaram nomes conhecidos nos últimos anos, é a chia que tem registrado o maior aumento em popularidade. Entre 2014 e 2015, houve um aumento de 70% no percentual de produtos alimentares e bebidas lançados contendo chia, enquanto que a percentagem de produtos alimentares e de bebi-das, contendo teff aumentou 31%. Enquanto isso, o per-centual de produtos alimentares e de bebidas, contendo quinoa cresceu 27%.

"O desejo por alternativas mais saudáveis, e menos refinadas, ao trigo tem alimentado a redescoberta de grãos antigos. São grãos saborosos e ricos em nutrientes que começaram a mudar a percepção negativa em rela-ção a alguns carbohidratos, alavancando seu perfil nutri-cional. Esses grãos antigos oferecem uma alternativa ao trigo, mas também vêm junto com componentes funcio-nais e nutricionais, fornecendo novos sabores e texturas”, complementa Stephanie.

Juntamente com uma intensa campanha de lança-mentos, há também um forte interesse do consumidor em grãos antigos. Por exemplo, 30% dos consumido-res de massa do Reino Unido dizem que a massa feita com grãos antigos, como quinoa, é mais saudável do que a massa comum. Além do mais, o uso desses grãos é alto, com dois em cada cinco (41%) dos consumidores norte-americanos tendo consumido cereais à base de grãos antigos.

"Embora o número de produtos que contenham grãos antigos tenha aumentado, ao mesmo tempo podemos ver a popularidade de germinação de grãos antigos. O proces-so antigo, acidental de brotação, onde os grãos integrais são embebidos e deixados a germinar tem sido largamen-te substituida por técnicas de processamento modernos. Mas houve um retorno a essa prática antiga, com práticas controlada de "brotamento" sendo introduzidas, já que a vantagem nutritiva de grãos germinados está sendo reco-nhecida. E o grão antigo quinoa está liderando o retorno de grãos germinados", ressalta Stephanie.

E enquanto os grãos antigos têm sido o centro das atenções desde o ano passado, e com a ONU anuncian-do 2016 como o ano dos pulses (sementes secas), eles também têm recebido atenção especial. Nos últimos dois anos, a percentagem de produtos alimentares e bebidas lançada com ervilha verde cresceu 126%, enquanto a percentagem de produtos alimentares e de bebidas con-tendo lentilhas coral cresceu 62% e a percentagem de produtos alimentares e bebidas contendo ervilhas ama-relas aumentou em 21%.

"Os pulses podem ser usados para adicionar uma variedade de benefícios naturais a saúde em produtos alimentares e bebidas. Além disso, os pulsos saudáveis são parte de uma alimentação básica em muitas cozinhas étnicas, oferecendo aos fabricantes uma oportunidade para a inovação de produtos, investindo no consumidor de comida étnica em busca de conveniência", destaca a analista da Mintel.

A pesquisa Mintel revela que as super sementes tam-bém têm visto um aumento no seu uso. Nos últimos dois anos, a percentagem de produtos alimentares e de bebi-das, contendo sementes de chia aumentou 70%, enquan-to a percentagem contendo sementes de abóbora cresceu 27% e a percentagem de produtos alimentares e de bebi-das contendo sementes de girassol cresceu em 22%.

"Algumas sementes, incluindo chia e sementes de abóbora, oferecem proteína completa, com todos os nove aminoácidos essenciais nas proporções corretas. No entanto, uma grande quantidade de proteína a par-tir de sementes é incompleta. E a mistura de sementes pode ajudar a melhorar a qualidade da proteína” acres-centa Stephanie.

Pensando no futuro, parece que a cúrcuma, conhe-cida por seus benefícios anti-inflamatórios, possui pro-priedades anti-envelhecimento e pode se tornar a próxi-mo superfood a se popularizar.

"A cúrcuma tem potencial como um ingrediente para suplementos e produtos alimentares e bebidas funcio-nais, particularmente dentro de produtos voltados para a população sênior, que está em crescimento. Além disso, ela pode ser usada em produtos anti-envelhecimento no segmento de beleza. E embora atualmente o ingrediente seja usado em muitos lançamentos cosméticos, as folhas apresentam grande potencial nutricional", conclui a ana-lista global de Ciência dos Alimentos, da Mintel.

Grãos de chia

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Com um montante de negócios fechados, agendados ou prospectados da ordem de 160 milhões de dólares, encerrou no dia 16 de setembro, em Chapecó (SC), a décima primeira edição da Mercoagro (Feira Internacional de Negócios, Processamento e In-dustrialização da Carne). O número de visitantes-compradores chegou a 20 mil. Classi-ficada como a maior do setor na América Latina, a feira foi organizada pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) no Parque de Exposições Tancredo Neves, na maior cidade do grande oeste catarinense.

“Foi a melhor edição de toda a série histórica”, comemorou o presidente da feira Ben-to Zanoni. Para ele, as empresas de processamento da carne sabem que a feira tornou-se o grande ponto de encontro do setor para troca de experiências e gestão, abertura de mercado, lançamento de novos produtos, apresentação dos avanços em robotização e automação industrial, além da transmissão de conhecimentos com seminários cientí-ficos. “É um evento essencial na preparação de pessoas para compreender e atender os novos desafios, conquistar novos mercados e manter os atuais”, complementou Zanoni.

“A confiança está voltando lentamente ao mercado e, novamente, o agronegócio e a agroindústria vão puxar a retomada do crescimento”, assinalou o presidente da ACIC, Josias Mascarello. Destacou que em um ano em que a crise econômica assola vastas áreas da atividade, a Mercoagro apresenta-se com vitalidade ímpar. “Não apenas porque todos os espaços se esgotaram, mas, essencialmente, porque esse evento traduz a ação, o dinamismo e o arrojo de uma das maiores e mais complexas cadeias produtivas da

economia brasileira, com a pre-sença dos principais atores do mercado”, realçou Mascarello.

Para o coordenador operacio-nal Nadir Cervelin, “a feira con-firmou sua vocação como celei-ro de bons negócios do setor”.

Como reflexo dos resultados positivos, 80% dos expositores renovaram pedido para expor na 12ª edição, em setembro de 2018, de acordo com levanta-mento da Enterprise, empresa

Evento

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contratada para comercializar os espaços aos expositores.

A feira reuniu 200 expositores que representaram 650 marcas e recebeu visitantes da Alemanha, Argentina, Áustria, Austrália, Bolívia, Chile, Colômbia, Espa-nha, Estados Unidos, Holanda, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Rússia, Canadá e China.

Durante a Mercoagro, empre-sas fornecedoras dos mais diver-sos setores da indústria mundial da carne apresentaram suas inovações, entre eles refrigeração, automação industrial, ingredientes e aditivos, embalagens, transporte e armazenagem, equipamentos e aces-sórios. Também participaram da exposição fabricantes de máquinas, equipamentos, im-plementos, insumos e instalações para todas as etapas do processo industrial, desde o abate até o embalamento, congelamento, higiene, segurança e análise de processos.

A Mercoagro foi realizada no centro de uma região com mais de 600 pequenas, mé-dias e grandes indústrias frigoríficas de abate e processamento de aves, suínos e bovinos. Nessa área frutifica uma malha de indústrias de bens de produção que oferecem 100% das máquinas e equipamentos necessários para construção e instalação de unidades fri-goríficas. Chapecó é um dos principais polos tecnológicos de industrialização de carnes do planeta, situada em uma região com grande concentração de frigoríficos.

Programação científica Uma extensa programação paralela de eventos técnicos e científicos apresentou novi-

dades e tendências do mercado mundial de carnes. Fizeram parte da programação: o 11º Seminário Internacional de Industrialização da Carne, o Salão de Inovação, a Clínica Tecnológica e o Laboratório Experimental, coordenados pelo Senai, o Painel de Opor-tunidades e a Sessão de Negócios, organizados pelo Sebrae/SC.

A novidade deste ano foi a Mercoshow (palestras técnicas, comerciais e conhecimen-tos inovadores para visitantes) e a integração com o projeto “Encadeamento Produtivo Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite”.

A feira contou com o apoio institucional do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Associa-ção Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), do Centro de Tecnologia de Carnes do ITAL, da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne do Estado de Mato Grosso do Sul (Assocarnes), Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV/SIPARGS), Mi-nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instituto Nacional de Me-trologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Comerc Energia, Núcleo Oeste de Médicos Veterinários (Nucleovet), entre outras instituições.

Mercoagro 2016

Evento encerra com mais de US$ 160 milhões em negócios

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Pesquisa com consumidores salienta a importância da saúde digestiva e do

controle de peso na alimentação diária

Ingred

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es & Aplicações

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Os resultados da pesquisa com consumidores, encomendada pelo fabricante líder de ingredientes funcionais BENEO, mostram que os consumidores procuram ativamente alimentos e bebidas que melho-rem a saúde digestiva e ajudem no controle do peso. A pesquisa signi-ficativa foi realizada com 2000 consumidores do Brasil e do México1.

Os consumidores procuram produtos alimentares com benefícios para a saúde

Os resultados do estudo mostraram que os consumidores de ambos os países têm muito interesse em produtos alimentares que proporcionem benefícios para a saúde em longo prazo: 65% no Brasil e 61% no México focam em soluções que promovam um peso saudá-vel. E inclusive, 78% e 74% dos entrevistados no México e no Brasil, respectivamente, disseram que procuram ativamente alimentos que possam melhorar a saúde digestiva.

Quando questionados sobre quais ingredientes eles associam mais a estes benefícios para a saúde, a fibra dietética ficou no pri-meiro lugar. Mais de 4 de 5 consumidores relacionam a fibra à saúde digestiva (88% no México e 82% no Brasil). Do mesmo modo, 77% dos participantes do México e 70% do Brasil associam a fibra ao controle do peso.

Tudo naturalAo analisar os resultados, fica claro que o natural é também um

aspecto importante. 92% e 83% dos entrevistados no México e no Brasil, respectivamente, responderam que os 'produtos naturais são melhores'. A preferência por 'tudo natural' também se refletiu no fato de que os consumidores procuram produtos que ajudem a saúde di-gestiva de forma natural.

Aplicações atraentes para sustentar a saúde digestivaJá que a saúde digestiva é um benefício importante para os con-

sumidores, testou-se o que é mais atrativo em determinadas apli-cações. Aproximadamente 2 de 3 consumidores de ambos os países consideram que os cereais do café da manhã são mais atraentes para transmitir os benefícios da saúde digestiva. Mas também as barras de cereais, iogurte e inclusive a água e suco de frutas eram interessan-tes para mais da metade2.

Limitar e acrescentar para alcançar o equilíbrioOs consumidores se preocupam com o que comem. Como o con-

trole do peso é uma das principais preocupações, não é surpresa que tentem limitar as gorduras e o açúcar de sua dieta para consumir 'extras' como as fibras. 47% e 66% dos entrevistados no México e no Brasil, respectivamente, tentam restringir ou evitar as gorduras. Quase a metade nos dois países tenta restringir ou evitar o açúcar (42% no México e 49% no Brasil). Ao mesmo tempo, um grande número de consumidores tenta procurar ativamente fibras em sua alimentação (87% no México e 80% no Brasil). Os resultados destacam que os con-sumidores preferem focar nos 'extras positivos' como as fibras do que procurar ingredientes indesejados ao tomar uma decisão de compra.

Dra. Monica Montani, Area Sales Manager BENEO Latinoamerica: "Estes resultados claramente evidenciam que os consumidores es-tão procurando ativamente produtos para sua alimentação diária que ofereçam benefícios para a saúde em longo prazo. Também mostram o grande interesse dos consumidores na fibra como ingrediente com valor agregado versátil. Com a inulina e a oligofrutose, a BENEO oferece fibras prebióticas comprovadas que ajudam o consumidor em seu pro-pósito de melhorar o sistema digestivo e promover um peso saudável".

As fibras de raiz de chicória da BENEO, inulina e oligofrutose Oraf-ti®, pertencem às poucas fibras que são consideradas prebióticos confirmados. Com relação à saúde digestiva, as fibras prebióticas têm um papel importante. Sua fermentação estimula o movimento intestinal de uma forma natural e moderada. Além disso, mais de 150 estudos científicos de alta qualidade confirmam seu efeito benéfico no controle do peso, controle do açúcar no sangue e saúde óssea. Devido a suas características técnicas, são altamente indicados para reduzir o conteúdo de açúcar e gorduras dos produtos e, ao mesmo tempo, enriquecer os produtos com fibra enquanto mantêm a textura e o sabor.

Para obter mais informações sobre o BENEO e seus ingredientes, visite: www.beneo.com e www.beneonews.com

1 Pesquisa com consumidores encomendada pela BENEO no Brasil e no México sobre a percepção da fibra. A pesquisa foi realizada em 2013, pela empresa de pesquisas com consumidores Health Focus International.2 México: Cereais do café da manhã: 73%, barras de cereal: 72%, suco: 62%, água: 61% e iogurte: 59%; Brasil: Cereais do café da manhã: 66%, barras de cereal: 64%, água: 59%, suco: 59%, iogurte: 53%

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Sensient® Colors lança Vermelho Natural super estável ao calor

Novo suco vegetal SupraRedTM promove Vermelho intenso e marcante

Sensient® Colors, uma divisão da Sensient Technologies (NYSE:SXT), hoje anuncia o maior avanço em performance de coran-tes naturais. Por muitos anos, produtores de alimentos se frustaram por não ter uma cor vermelha realmente estável ao calor para pro-dutos de pH neutro que sofrem alguma etapa de aquecimento. O novo SupraRedTM da Sensient, aliado a uma nova tecnologia em corantes naturais, vai permitir que marcas entreguem a demanda crescente do consumidor por corantes naturais de origem vegetal sem sacrificar o brilho da cor.

“Fechar a lacuna entre corantes sintéticos e corantes de fontes naturais é uma prioridade estratégica na Sensient. Nós estamos em-penhados em fornecer, à indústria de alimentos e bebidas, soluções que lhes permitam concluir a conversão para cores naturais sem comprometer outras características do produto” relatou Michael Ge-rathy, Presidente da Sensient Colors LLC.

Muitos produtos de panificação, derivados de cereais ou snacks geralmente estão na faixa de pH de 5-7, enquanto a etapa de aqueci-mento na produção pode aumentar ainda mais esse nível. O aumento do pH provoca a alteração de cor para roxo ao usar antocianinas ver-melhas. Beterraba seria a opção ideal, porém é propenso ao escure-cimento durante o processo térmico. O novo suco vegetal SupraRedTM proporciona uma estabilidade ao aquecimento antes inatingível.

“Este avanço tecnológico em cores naturais significa que os fa-bricantes de alimentos poderão fornecer aos consumidores alimentos extrusados ou assados com a cor vibrante do Red Velvet tão espera-da, usando corantes naturais. Além disso, o SupraRedTM normalmente

é aplicado em baixa dosagem, o que pode reduzir custo aplicado e fornecer outras vantagens únicas” explicou David Gebhardt, Diretor Técnico da Sensient Food Colors.

A nova tecnologia empregada no SupraRedTM é livre de quaisquer solventes químicos e usa apenas suco vegetal para rotulagem simples dos ingredientes. As aplicações ideais incluem produtos extrusados, cereiais prontos para consumo, snacks fritos como batata chips, e outros produtos que passam por alguma etapa de aquecimento mes-mo no consumidor final. Além disso, o SupraRedTM oferece vantagens significativas para aplicações do segmento de lácteos como bebidas UHT e confeitos.

A Sensient Colors traz vida aos produtos, adicionando prazer visual às aplicações de alimentos e bebidas no mundo. Oferecendo inovações inigualáveis em corantes e tecnologias proprietárias, Sen-sient Food Colors aplica expertise em corantes que define a indústria, aumentando o valor das marcas através de apelo sensorial e desem-penho premium. A Sensient Technologies Corporation é líder global em fabricação e comercialização de corantes, aromas e fragrâncias. Sensient emprega tecnologias avançadas em suas instalações ao redor do mundo para desenvolver especialidades em sistemas para alimentos e bebidas, sistemas cosméticos e farmacêuticos, tintas de impressão e tintas especiais e corantes, e outras especialidades e químicos finos. Os clientes da empresa incluem os principais fabri-cantes internacionais que representam a maioria das marcas mais conhecidas do mundo. Sensient tem sede em Milwaukee, Wisconsin.

Sensient Technologies Brasil LtdaAvenida Benedito Quina da Silva, 545 - Pólo Industrial Multivias - Jundiaí – SP11 3109-5000 - www.sensient.com.br - [email protected]

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ManeAromas essenciais

Especialistas em aromas, desde 1871, a MANE traz ex-pertise, criatividade, inovação e serviço aprimorado

para as indústrias de alimentos e bebidas

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A MANE, empresa de aromas e fragrâncias de origem francesa, foi fundada, em 1871, por Victor Mane em Bar-Sur-Loup, no Sul da Fran-ça. Iniciou suas atividades como uma pequena destilaria de plantas e flores. De origem familiar, a empresa passou por modernizações, ganhou notoriedade, aumentou sua capacidade de produção, além de incorporar departamento de pesquisa & desenvolvimento e laborató-rios analíticos, passando a diversificar sua gama de aromas para a indústria de alimentos, além de fortalecer sua globalização, criando subsidiárias.

A empresa chegou ao Brasil, em 1953, e identificou no país grande potencial e muitas oportunidades para serem exploradas, com grande diversidade de cultura e consumidores, abrindo muito espaço para inovações.

Atualmente, a MANE possui 25 plantas de fabricação e 43 Centros de Pesquisa e Desenvolvimento em 32 países, distribuídos nas regiões Américas, Ásia e EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e 5000 colabo-radores ao redor do mundo.

No Brasil, em São Paulo, está localizado o Centro Criativo e, no Rio de Janeiro, está localizada a planta de fabricação de aromas.

O Centro Criativo foi inaugurado em julho de 2015, no E-Business Park, espaço que permitiu maior aproximação e fidelização de seus clientes. O customer intimacy é um ponto determinante para a MANE entender ainda melhor as necessidades dos clientes, além de aumen-tar a assertividade dos projetos e excelência no atendimento. Um produto desenvolvido a quatro mãos permite colocar o que a empresa tem de melhor e, em conjunto com o melhor do cliente, é possível atingir resultado excepcional.

Outro grande passo foi dado com o investimento de uma nova fábrica, com inauguração prevista para 2018, completamente nova e desenhada, assim como o Centro Criativo, que permitirá ser ain-da mais assertivos e ágeis nas soluções para os fabricantes. A nova fábrica será implantada em Jundiaí (SP), região que proporcionará atendimento superior e agregará valor à cadeia da empresa e nível de serviços aos clientes globais e locais.

“Sobretudo, teremos incremento na produtividade, aumentare-mos nossas tecnologias e nossa capacidade de abastecimento. Es-taremos preparados e com expectativas muitos positivas para as ne-cessidades do mercado brasileiro dos próximos 20 anos”, esclarece Renaud Milliard, diretor Divisão Aromas.

Produtos A MANE atua em todas as categorias de produto: lácteos, chocola-

tes & guloseimas, bebidas, panificação e salgados. A empresa investe continuamente em programas de pesquisa para entregar eficientes tecnologias e soluções de ponta que garantam a melhor performance ao produto final.

“Constantemente, monitoramos as movimentações do mercado, como é o caso da categoria de salgados, focada em snacks, pratos prontos, caldos e cubos e condimentos, com um olhar especial à redu-ção de sódio e tecnologias que possam contribuir com a melhoria da performance dos produtos finais; a categoria de bebidas, com enorme potencial para inovações com apelo saudável e funcional e a categoria de guloseimas e chocolates, que sempre traz inovações e conceitos fun para um público dinâmico que busca produtos “fora da caixa”, destaca Renaud.

A empresa conta com 3 plataformas de inovação tecnológica N-CAPTURE®, sistemas de encapsulamento; SENSE CAPTURE®, solu-ções que promovem e potencializam sensações e PURE CAPTURE®, soluções naturais em sistemas de aromatização, que conferem alto desempenho ao produto final atendendo de forma inovadora e eficaz nossos clientes.

A MANE foi umas das pioneiras no trabalho com a baunilha, ter este ingrediente como um dos primeiros pilares da empresa, nos pro-porcionou a consistência para termos uma cadeia de abastecimentos sólida e sustentável no mercado global.

A baunilha é uma das especiarias mais utilizadas no mundo e um dos principais sabores utilizados na indústria alimentícia, principal-mente nas categorias de sorvetes e achocolatados. As favas da MANE

são cultivadas em Madagascar por meio de uma parceria estratégica, que a empresa tem há mais de 15 anos na região. Todos os parâmetros que garantem uma produção de qualidade são controlados durante o ciclo de vida da orquídea: plantio, polinização manual, seleção das vagens de acordo com o estágio de maturação, cura e colheita.

Parcerias com órgãos responsáveis certificados, assegura a éti-ca e sustentabilidade dos trabalhadores e da área de cultivo que nos proporcionam esta incrível especiaria.

Dia-a-Dia e PlanosEm seu Centro Criativo, a empresa possui laboratórios para desen-

volvimento para cada categoria de produto e oferece suporte e acom-panhamento de aromistas para desenvolvimentos de seus clientes.

Todos os projetos são em conjunto com os clientes, e o suporte na fase de desenvolvimento é fundamental para garantir que o progresso em todas as etapas seja positivo. Neste processo, as equipes de ma-rketing, sensorial, comercial, criação e pesquisa & desenvolvimento trabalham na mesma sintonia.

Entre os planos da MANE está a continuidade do crescimento acima da média do mercado. Renaud acrescenta: “em momentos de grandes desafios que vivemos atualmente, criatividade, inovação e o serviço fazem toda diferença. Temos tudo, e agora podemos obter oportunidades únicas, tirar proveito das nossas fortalezas e nos con-

solidarmos. Historicamente, a MANE sempre teve grande êxito nesses momentos e conseguimos crescer e nos posicionarmos em várias regiões do mundo”.

Está no DNA da empresa uma sólida base para atender as deman-das atuais e a empresa transferiu toda sua expertise global para o mercado brasileiro, a MANE possui estrutura state-of-the-art em bus-ca constante de diferenciais, desta forma asseguramos consistência, assertividade e a sustentabilidade nos negócios.

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Professor de Envelhecimento Saudável, University Medical Center Groningen - Nutrition Science & Advocacy - DSM Nutritional Products

O papel dos micronutrientes para uma vida saudável

Dr. Manfred Eggersdorfer

ResumoOs micronutrientes são essenciais para a manutenção da saúde

e da vida. A ligação entre ingestão suficiente e saúde a longo prazo, cognição, desenvolvimento saudável da infância à vida adulta e en-velhecimento saudável é cada vez mais corroborada pela ciência e organizações de saúde. O aumento da expectativa de vida nem sempre está associado a uma vida saudável. Existe um risco maior de de-senvolvimento de doenças não transmissíveis, que são o motivo mais importante para problemas de saúde e mortes na sociedade moderna. A nutrição é um dos fatores de estilo de vida modificáveis que estão relacionados ao envelhecimento saudável. Pesquisas sobre o consu-mo de alimentos e exercícios de mapeamento da nutrição revelaram que as populações de muitos países em todo o mundo apresentam níveis inadequados de micronutrientes. Enfrentar esse problema pode ocorrer em níveis diferentes: defendendo níveis de ingestão adequados na população em geral (prevenção geral), aconselhando o aumento dos níveis de ingestão para os grupos de risco, por exemplo,

mulheres grávidas e recém-nascidos (prevenção indicada) e aconse-lhando o aumento dos níveis de ingestão para aqueles em situação de risco genético para determinadas doenças (prevenção relacionada a doenças). Simultaneamente, é importante assegurar que os níveis de consumo de energia, que atualmente superam os níveis recomenda-dos em muitos países, sejam apropriados para o sexo, idade e estilo de vida. Novos desenvolvimentos nas aplicações móveis permitem que o público em geral avalie a sua saúde e são um primeiro passo para capacitar e incentivar o público a participar ativamente na criação de uma vida mais saudável. Para facilitar ainda mais esse cenário e focar melhor o problema da insuficiência ou deficiência de micronutrientes, os esforços atuais e futuros devem incluir a colaboração entre cien-tistas, indústria e autoridades de saúde.

Palavras-chave: micronutrientes; vitamina D; envelhecimento saudável; autoridades de saúde; orientações nutricionais; benefícios para a saúde; dieta.

IntroduçãoOs micronutrientes são essenciais para a manutenção da saúde

e da vida. A expectativa de vida na maioria dos países continua au-mentando; uma análise recente da expectativa de vida entre 1990 e 2010 mostra um aumento de dois anos na expectativa de vida a cada década (Kirkwood, 2008). No entanto, uma vida mais longa nem sem-pre significa uma vida saudável; 50% dos anos adicionais foram de saúde debilitada em função de um aumento das doenças crônicas não transmissíveis, que são, de longe, o principal motivo para os proble-mas de saúde e mortes atualmente (Salomon et al., 2012). Na verdade, os cinco principais fatores de risco para doenças em muitos países da América Latina englobam o estilo de vida e doenças não trans-missíveis: fumar, riscos alimentares, pressão arterial elevada, alto índice de massa corporal e sedentarismo (Institute for Health Metrics and Evaluation, 2010). É surpreendente que três dos cinco principais fatores de risco estação associados com nutrição. Mais especifica-mente, esses três fatores de risco podem estar relacionados com os micronutrientes, que são as vitaminas e minerais essenciais para a vida e saúde ideais.

Os micronutrientes só podem ser absorvidos por meio de uma dieta adequada e são necessários para o crescimento, desempenho diário das funções, saúde, e para prevenir o surgimento de doenças. Há evidências de que os fatores de estilo de vida, incluindo a nutrição, têm efeitos significativos na saúde e bem-estar. No entanto, cada vez mais as evidências de pesquisas de consumo de alimentos sugerem que a ingestão de micronutrientes em muitos países não atinge os níveis recomendados (Troesch, Hoeft, McBurney, Eggersdorfer, & We-ber, 2012). As razões para isso incluem mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares, com um aumento do número de pessoas que comem fora e aumento da ingestão de alimentos processados (Cohen, 2008). Uma vez que a ingestão insuficiente de micronutrientes não resulta em consequências imediatas para uma pessoa, o impacto e efeitos de longo prazo sobre a saúde e bem-estar são muitas vezes negligenciados. Visando identificar, desenvolver e implementar solu-ções nutricionais que promovam uma vida saudável, é fundamental entender o papel dos micronutrientes no processo.

O papel da nutrição, que antes tinha foco em saciar a fome, foi modificado para a manutenção de dietas saudáveis, em função de uma série de mudanças ao longo das últimas décadas. A demogra-fia foi alterada com o envelhecimento da população e urbanização, enquanto uma população de baixa renda crescente caracteriza as mudanças socioeconômicas. Novos conhecimentos científicos come-çaram a definir o papel da nutrição e dos micronutrientes em relação à saúde e bem-estar. É importante reconhecer que a nutrição é um dos muitos fatores relacionados à genética e estilo de vida que com-põem a trajetória do envelhecimento – a trajetória segundo a qual o envelhecimento ocorrerá em um indivíduo. No entanto, a nutrição desempenha um papel essencial na vida diária e é, portanto, um dos

fatores relacionados ao estilo de vida mais importantes que precisam ser abordados em relação à saúde. Além disso, estudos reportaram que a desnutrição intrauterina até os 24 meses – a chamada janela dos 1.000 dias – possui efeitos prejudiciais para o desenvolvimento cognitivo e saúde física posteriores (Bryce et al, 2008), destacando a importância de uma boa nutrição desde o início da vida.

A teoria da triagem (Ames, 2006) diferencia três status de micro-nutrientes: deficiente, insuficiente e ótimo. Apenas o status de inges-tão ótima de micronutrientes, no qual todos os micronutrientes estão presentes em concentrações ideais, oferece saúde, bem-estar e vi-talidade a longo prazo. As deficiências de micronutrientes resultam em doenças como o escorbuto, no caso de deficiência de vitamina C, defeitos no tubo neural, como consequência da insuficiência de folato, ou cegueira como resultado da deficiência de vitamina A. Apesar da grande disponibilidade de alimentos, as doenças relacionadas à defi-ciência de nutrientes ainda ocorrem atualmente. As consequências da ingestão insuficiente de micronutrientes são mais difíceis de definir, pois podem surgir muito mais tarde durante a vida. A insuficiência de micronutrientes geralmente leva a um aumento do risco de doenças não transmissíveis.

Em um nível biológico, geralmente podemos dizer que os micro-nutrientes interagem com fatores de estresse oxidativo, metabólico e inflamatório associados com a idade e, portanto, desempenham um papel fundamental na determinação do impacto de longo prazo dos fatores de estresse relacionados ao envelhecimento (van Ommen et al., 2008). A ingestão abaixo do ideal de micronutrientes afeta o efeito dos fatores de estresse relacionados ao envelhecimento, o que pode resultar em danos às proteínas celulares ou genes com consequên-cias para a vida saudável.

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Prevenção geralResultados de pesquisas recentes de consumo de alimentes nos

Países Baixos, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos mostram de-ficiências claras na ingestão de micronutrientes nos quatro países (Troesch et al., 2012). Embora até cerca de 25% da população geral desses países tenha apresentando uma ingestão insuficiente de tiami-na, riboflavina, niacina e vitaminas B6 e B12, mais de 50% da popula-ção em geral não consome uma quantidade suficiente de ácido fólico e vitaminas A, D, E e C. Os dados disponíveis para países da América Latina indicam uma ingestão inadequada de vitaminas para a popula-ção geral; no entanto, um maior número de estudos representativos da população é necessário.

A vitamina D atualmente é um tema de destaque em relação ao envelhecimento saudável. O Institute of Medicine (IOM) nos EUA, re-comenda um consumo de 50 nmol/L ou mais para a população em geral, enquanto que outras organizações, incluindo a International Osteoporosis Foundation (IOF) e a Endocrine Society recomendam uma ingestão mais elevada de pelo menos 75 nmol/L. Infelizmente, o consumo de vitamina D da população de muitos países não atinge os níveis ideais recomendados (Hilger et al., 2014). O consumo de vi-tamina D da população geral em alguns países varia entre 50 e 75 nmol/L, sendo que em outras nem sequer chega a 50 nmol/L. Curiosamente, nenhum país da América Latina atingiu o nível dese-jável de 75 nmol/L, conforme recomendado pela Endocrine Society.

O mapeamento do consumo de vitamina D mundialmente deixou claro que a ingestão insuficiente de micronutrientes não está limitada a um único país (Brouwer-Brolsma et al., 2013). Além disso, trata-se de um problema global (Holick et al., 2012) que exige colaboração em uma escala mundial. Portanto, esforços conjuntos contínuos são rea-lizados para fornecer mais evidências sobre o benefício dos micronu-trientes para a saúde e bem-estar. Atualmente, programas baseados em evidências da fortificação de alimentos com vitamina D para a po-pulação em geral estão em vigor para identificar a deficiência de vita-mina D (Holick et al., 2011). As evidências disponíveis também sugerem que a idade e o gênero podem afetar a ingestão de micronutrientes, uma vez que os homens geralmente apresentam maior ingestão de micronutrientes do que as mulheres, e a menor ingestão de muitos micronutrientes aparentemente surgiu próximo da adolescência (van Rossum et al., 2011). No caso da vitamina D, os níveis de ingestão ainda dependem da exposição à luz solar e compleição (Health Council of the Netherlands, 2012). Esses dados são importantes para focar grupos de risco específicos.

Prevenção indicadaInstitutos de nutrição e saúde pública de alguns países indicam o

aumento da ingestão (além das recomendações nutricionais) de de-terminados micronutrientes em grupos de risco, como mulheres que desejam engravidar ou gestantes, e idosos. O aumento da ingestão de ácido fólico é recomendado em mulheres (na fase pré-gestacional para ajudar no desenvolvimento do feto) (Obican, Finnell, Mills, Shaw, & Scialli, 2010). A ingestão de micronutrientes pré-natal (incluindo fer-ro e ácido fólico) e suplementação alimentar precoce também foram reportados como reduzindo a mortalidade infantil nas comunidades pobres de Bangladesh (Persson et al., 2012). Além disso, estudos su-gerem que a ingestão de vitamina D pelas mães durante a gravidez reduz os problemas respiratórios em crianças de três anos (Camargo et al., 2007). Além disso, os especialistas recomendam a ingestão de níveis suficientes de vitamina D pelas mulheres grávidas para diminuir o risco de baixo peso no nascimento e ataques epilépticos em recém--nascidos (Health Council of the Netherlands, 2012). A suplementação de vitamina D também é recomendada para crianças pequenas (7,5-10mg/dia adicionais) para reduzir o risco de raquitismo e para idosos com mais de 70 anos (10-20mg/dia adicionais) para reduzir o risco de fraturas ósseas (Health Council of the Netherlands, 2012).

Estudos recentes sobre o papel dos micronutrientes na preven-ção de doenças levaram a resultados promissores.

Um estudo duplo-cego randomizado (Lappe, Travers-Gustafson, Davies, Recker, & Heaney, 2007) demonstrou que a ingestão de 1400-1500mg de cálcio e 1100 UI de vitamina D3 por dia reduziu o risco de câncer em comparação com o placebo. Diversos outros estudos humanos também constataram que níveis mais elevados de vitamina D podem reduzir o risco de diabetes, esclerose múltipla, doenças car-diovasculares e câncer colo-retal (Touvier et al., 2011).

Uma maior ingestão de vitamina E tem sido benéfica no caso de Doença de Alzheimer, contribuindo de forma significativa para apro-ximadamente 36 milhões de pessoas no mundo que sofrem de de-mência. Além disso, a Doença de Alzheimer é a quarta principal causa de morte nos países industrializados e sua incidência deve elevar drasticamente conforme a expectativa de vida da população continua aumentando, tornando essa doença um problema global crescente. A ingestão recomendada de vitamina E é de 15 mg por dia para a popu-lação em geral. No entanto, Dysken et al. (Dysken et al., 2014) reporta-ram que uma dose diária de 2000 mg de vitamina E retarda o avanço da Doença de Alzheimer leve ou moderada. É importante ressaltar que o estudo também demonstrou que a ingestão de 2000 mg de vitamina E era segura. Portanto, este aumento da ingestão de vitamina E pode ser justificado para aqueles em situação de risco de desenvolver a Doença de Alzheimer, ou que já apresentam essa doença em um nível leve ou moderado. Esta constatação não apenas é altamente relevante para as pessoas afetadas, como também é importante para os siste-mas de saúde, uma vez que não existem soluções farmacológicas em vigor para a Doença de Alzheimer no momento.

Prevenção relacionada com a genéticaEmbora os estudos mencionados acima descrevam resultados

importantes, pesquisas adicionais são necessárias antes que os ins-titutos de saúde pública considerem que há provas suficientes para fazer recomendações claras para grupos de risco específicos. Na verdade, criar recomendações gerais é ainda mais complicado em função do papel da genética e tendência para uma medicina e nutrição personalizadas. É cada vez mais importante entender melhor o papel da genética no risco de doenças, visando adaptar as orientações nu-tricionais para atender perfis de risco específicos. A nutrigenômica é o campo de pesquisa que investiga a interação entre nutrição e genes. A nutrição pode diminuir o risco de doenças (genéticas) ou ajudar no desenvolvimento saudável (Virmani, Pinto, Binienda, & Ali, 2013). Por exemplo, a alta ingestão de nutrientes com propriedades antio-xidantes vem demonstrando reduzir o risco de degeneração macular relacionada à idade em pessoas com risco genético (Ho et al., 2011). Da mesma forma, pacientes diabéticos com o genótipo haptoglobina 2-2 – relacionado a um maior risco de eventos cardiovasculares – pode diminuir seu risco de eventos cardíacos ao aumentar a ingestão de vitamina E para até 400 mg, devido à função antioxidante do nutriente (Costacou, Ferrell, & Orchard, 2008; Milman et al., 2008).

Isto possui grande relevância, uma vez que 40% da população nas sociedades ocidentais é afetada pelo polimorfismo e visto que a prevalência de diabetes está crescendo. No entanto, os genes também têm um efeito sobre como as pessoas respondem aos alimentos. A fe-nilcetonúria (PKU) é uma doença genética na qual o corpo é incapaz de processar a fenilalanina, que está presente na maioria dos alimentos que contêm proteínas.

Níveis excessivamente elevados de fenilalanina estão associados a lesões cerebrais. Portanto, os indivíduos que sofrem de fenilcetonú-ria necessitam de dietas específicas (National Institute of Child Health and Human Development, 2014). Uma doença metabólica genética mais comum é a intolerância à lactose, onde o corpo não produz lactase suficiente para digerir açúcares naturais em produtos lácteos. A in-tolerância à lactose pode impedir que as pessoas consumam cálcio suficiente por meio da sua dieta e uma suplementação adequada pode ser necessária (Heaney, 2013).

Indo um pouco além, o consumo de frutas, verduras e proteínas é algo moderadamente hereditário (Martin, Lee, Couch, Morrison, & Woo, 2011). Além disso, o consumo de frutas e verduras possui efeitos genéticos subjacentes no IMC na idade adulta, o que sugere que há uma correlação genética entre esses fatores. Apesar de mais pes-quisas sobre a correlação genética entre a ingestão de alimentos e resultados de saúde serem necessárias, estes resultados fornecem informações importantes para direcionar as intervenções específicas relacionadas com o excesso de peso e insuficiência de nutrientes.

Informando e educando as pessoasPor último, mas certamente não menos importante, cada indivíduo

é responsável por manter a sua saúde da melhor maneira possível. Oferecer a melhor educação e informação é essencial para atingir esse objetivo. O público deve ser informado sobre os benefícios dos níveis de ingestão adequada de micronutrientes.

Além da educação passiva da população em geral, a tecnologia moderna permite o uso de ferramentas de saúde eletrônica (e-health) para avaliar ativamente e fornecer feedback sobre a saúde pessoal. Por exemplo, aplicativos de telefones celulares atualmente são ampla-mente utilizados para monitorar temas de saúde ao medir o número de passos diários, padrões de sono, período de descanso e até mesmo a pressão arterial. Além disso, eles permitem fácil acesso a informa-ções importantes, como as necessidades diárias de energia e teores de nutrientes dos alimentos.

Uma vez que os novos desenvolvimentos nessa área estão avan-çando rapidamente, é uma possibilidade real que aplicativos conec-tando essas medidas ao genoma pessoal e polimorfismos de nucleo-tídeo único (SNPs) podem não estar muito distantes. A vantagem das ferramentas descritas é que elas fornecem um feedback personaliza-do e o indivíduo pode seguir e acompanhar os requisitos nutricionais de acordo com o seu estilo de vida. As informações fornecerão orien-tações sobre o corpo, atividades e, em última análise, uma pontua-ção de saúde personalizada. As informações podem ser usadas para orientação pessoal e contribuir para um estilo de vida saudável e ativo das pessoas e das sociedades. Conforme destacado anteriormente, as recomendações nutricionais podem variar de acordo com fatores de risco pessoal e características da população.

Portanto, é importante que os resultados sejam interpretados de maneira profissional, de maneira que esses aplicativos possam ser utilizados de forma responsável.

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Iniciativas em andamentoConforme mencionado anteriormente, a colaboração interna-

cional é necessária para enfrentar a insuficiência ou deficiência de micronutrientes, com o foco do papel da nutrição sendo modificado para o envelhecimento saudável. O Estudo Do-Health é um ensaio clínico multicêntrico randomizado com 2.150 idosos da Alemanha, Áustria, Suíça, França e Portugal, que envolve parceiros de 10 uni-versidades para investigar o papel da vitamina D e ácidos graxos poli-insaturados (ômega 3) na melhoria do envelhecimento saudável (DO-HEALTH, 2014). Além disso, o ensaio analisa como a implementa-ção de programas de prevenção de doenças eficazes e amplamente aplicáveis pode reduzir os custos de saúde. Os indivíduos envolvidos recebem uma suplementação com 2000 UI de vitamina D ou uma suplementação com 1000 mg de ômega 3, ou uma combinação desses dois produtos. Além disso, os participantes devem complementar a suplementação com exercícios diários. A inscrição para o estudo foi concluída em vários centros participantes e os resultados finais são esperados em três anos.

As pesquisas de saúde atuais também tendem para o tratamento personalizados. A Food4Me (food4me.org, 2014), que inclui 25 parcei-ros de universidades e da indústria, tem como objetivo determinar a viabilidade da nutrição personalizada e gerar orientações sobre as melhores práticas com base em descobertas científicas. Prevê-se que os resultados desses estudos, quando comunicados amplamente, devem incentivar os consumidores e governos a agir e observar o consumo de dietas balanceadas, complementadas com suplementos, quando necessário.

Densidade energética dos nutrientesÉ importante não apenas abordar a ingestão adequada de micro-

nutrientes, como também assegurar a combinação com um consumo energético adequado. Na Holanda, a recomendação é um consumo energético de 2.500 kcal/dia para homens fisicamente ativos e 2.000 kcal/dia para mulheres (Voedingscentrum, 2011). No entanto, o consu-mo diário de energia é muito maior em todo o mundo – incluindo gru-pos populacionais na América Latina – variando entre 2850 e 3666 kcal/dia (Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, 2014). Este consumo energético excessivo, combinado com um comportamento preponderantemente sedentário, resulta em várias doenças, como obesidade e diabetes (Hu, Li, Colditz, Willett, & Man-son, 2003). Autoridades em nutrição recomendam uma dieta variada composta por alimentos provenientes de cereais, verduras e legu-mes, frutas, laticínios e outros alimentos proteicos para assegurar a ingestão adequada de macro e micronutrientes (Voedingscentrum, 2011). No entanto, conforme discutido anteriormente, a insuficiência de nutrientes é muito comum em todo o mundo. Há uma oportuni-dade para o setor de alimentos desempenhar um papel importante no fornecimento de produtos nutritivos e de baixas calorias a preços acessíveis, que reflitam melhor as necessidades alimentares dos es-tilos de vida atuais.

A implementação de produtos com um equilíbrio adequado de nu-trientes e energia oferece benefícios para o indivíduo e sociedade, con-forme o fardo do sobrepeso e obesidade aumenta em muitos países.In

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ConclusãoEm resumo, a vida saudável é um investimento por toda a vida.

Ele começa com a janela dos 1.000 dias e exige hábitos responsáveis, incluindo a prática regular de exercícios e alimentação adequada ao longo de toda a vida. Os novos conhecimentos científicos oferecerão oportunidades para o envelhecimento saudável. Atualmente, os es-forços da ciência se concentram na nutrição personalizada como um novo método para enfrentar a insuficiência e deficiência de micronu-trientes. Embora o genoma seja fixo e determinado pelos pais, existem diversos fatores que são modificáveis, incluindo a nutrição. Seguir as recomendações alimentares podem contribuir para um esti-lo de vida saudável, mas isso não é suficiente: é de extrema im-portância que os cientistas, a indústria e as autoridades de saúde colaborem para educar e se comunicar com o público em geral para facilitar as mudanças comportamentais reais que promovem uma vida saudável.

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