exmo. sr. dr. juiz federal da vara cÍvel da … · atividade, atualizado permanentemente,

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EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP. SILVIO CESAR NUNES GUIMARÃES, brasileiro, casado, operador de máquinas, portador do RG n.º 16.350.804 SSP/SP e do CPF n.º 116.833.518-35 , residente e domiciliado na (doc.03) cidade de , SP, na Rua Pedro N. Souza, nº 39, Jardim Terras do Sul - CEP: SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 12.000-000 ( ), vem, por seu patrono adiante firmado , doc.04 (cf. mandato procuratório anexo – doc. 01) com endereço profissional na Rua Marquês do Herval ,391, Sala 03, Cep: 12.280-510, Caçapava/SP, respeitosamente, perante V. Exa., arrimado no art. 201 da Constituição Federal, na Lei n.º 8.213/91 e nos demais diplomas legais que regulam a espécie, propor a presente AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL em desfavor do , INSS (INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL) Agência em Caçapava/SP, localizada na Avenida Brasil, n° 45, Vila Antonio Augusto, Cep: 12.287-020, por intermédio do representante legal deste, nesta cidade de , para o que expõe e requer: Caçapava Num. 433395 - Pág. 1 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GERSON ALVARENGA http://pje1ga.trf3.jus.br:8080/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16120809171970700000000414411 Número do documento: 16120809171970700000000414411 SILVIO CESAR NUNES GUIMARÃES , 16.350.804 SSP/SP e do CPF n.º 116.833.518-35 na Rua Pedro N. Souza, nº 39, Jardim Terras do Sul - CEP: 12.000-000 ( Rua Marquês do Herval ,391, Sala 03, Cep: 12.280-510, Caçapava/SP, Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GERSON ALVARENGA Num. 433395 - Pág. 1 http://pje1ga.trf3.jus.br:8080/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16120809171970700000000414411 Número do documento: 16120809171970700000000414411

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EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DA COMARCA DESÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP.

SILVIO CESAR NUNES GUIMARÃES, brasileiro, casado, operador de máquinas,portador do RG n.º 16.350.804 SSP/SP e do CPF n.º 116.833.518-35 , residente e domiciliado na(doc.03)cidade de , SP, na Rua Pedro N. Souza, nº 39, Jardim Terras do Sul - CEP:SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 12.000-000 ( ), vem, por seu patrono adiante firmado ,doc.04 (cf. mandato procuratório anexo – doc. 01)com endereço profissional na Rua Marquês do Herval ,391, Sala 03, Cep: 12.280-510, Caçapava/SP,respeitosamente, perante V. Exa., arrimado no art. 201 da Constituição Federal, na Lei n.º 8.213/91 e nosdemais diplomas legais que regulam a espécie, propor a presente

AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

em desfavor do ,INSS (INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL) Agência em Caçapava/SP, localizada na Avenida Brasil, n° 45, Vila Antonio Augusto, Cep: 12.287-020, por intermédio

do representante legal deste, nesta cidade de , para o que expõe e requer:Caçapava

Num. 433395 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GERSON ALVARENGA

http://pje1ga.trf3.jus.br:8080/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16120809171970700000000414411

Número do documento: 16120809171970700000000414411

SILVIO CESAR NUNES GUIMARÃES,portador do RG n.º 16.350.804 SSP/SP e do CPF n.º 116.833.518-35

, SP, na Rua Pedro N. Souza, nº 39, Jardim Terras do Sul - CEP:12.000-000 (com endereço profissional na Rua Marquês do Herval ,391, Sala 03, Cep: 12.280-510, Caçapava/SP,

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PEDIDO INICIAL:

Com o intuito de colaborar com a celeridade processual e com o objetivo de que aAudiência de Instrução e Julgamento não seja convertida em diligência, a Parte Autora vem requerer aVossa Excelência, que aceite a juntada de cópia integral do Processo Administrativo, a fim de se agilizar ainstrução e garantir-se, efetivamente, o legítimo direito de ação e de defesa deste. ( )docs. 05 a 45

PRELIMINARMENTE - (Da dispensa da apresentação do Laudo TécnicoPericial juntamente com o Perfil Profissiografico Previdenciário - PPP):

Com relação a apresentação do Laudo Técnico Pericial, trata-se de um documentocom caráter pericial, de iniciativa da empresa, com a finalidade de propiciar elementos ao INSS paracaracterizar ou não a presença dos agentes nocivos à saúde ou a integridade física do trabalhador.

Já o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) trata-se de documento de caráterindividual que registra as atividades laborativas do empregado, retratando a trajetória deste na empresa, osriscos de contato e exposição aos agentes ambientais agressivos e os períodos correspondentes a cadaatividade, atualizado permanentemente, e sendo certo que será composto com base no LTCAT (LaudoTécnico de Condições Ambientais de Trabalho), ou seja, o referido Laudo é que dá supedâneo ao PPP.

Com efeito, conclui-se que o PPP elaborado com base no laudo técnico pericialsupre à apresentação do Laudo, uma vez que consigna as suas conclusões técnicas.

Ademais, o próprio INSS não exige à apresentação do Laudo Técnico em seuprocedimento administrativo de solicitação de Aposentadoria Especial.

Valem citar, exemplificativamente, os excertos legais e jurisprudenciais a seguir:

Decreto 4032/01:

Art. 68...§ 2º- A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivosserá feita mediante formulário denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário, naforma estabelecida pelo INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base emlaudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ouengenheiro de segurança do trabalho.

Lei 8.213/91:

Art. 58....§1º -A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivosserá feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro

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Social- INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico decondições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro desegurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista.

Tribunal Regional da 3ª Região (Apelação Cível – 1207248 – Processo:200703990285769 – UF: SP – Órgão Julgador: DÉCIMA TURMA – Data da Decisão:13/11/2007 – Documento: TRF300138457:

O perfil profissiografico previdenciário – PPP, elaborado com base em laudotécnico pericial, a ser mantido pela empresa nos termos da lei 9032/95 supre ajuntada aos autos do laudo, pois consigna detalhadamente as suas conclusões.

Assim, se este Laudo Pericial não foi apresentado pelo INSS quando dajuntada do processo administrativo a estes autos, requer que Vossa Excelência viabilize umadiligência prévia para que a empresa, que será citada e qualificada “ ”, forneça a este d. juízo oin finereferido Laudo, se julgar necessário.

1 - :DOS FATOS E FUNDAMENTOS

1.a – DO PEDIDO ADMINISTRATIVO DE CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL:

O autor(a) é segurado(a) da autarquia securitária-ré, na qualidade de empregado(a),especialmente porque , auxiliarexercente de atividades prejudiciais à sua saúde ou integridade físicade produção, e operador de produção, conforme constam nos contratos de trabalho consignados em sua(s)CTPS n.º 69313, série 00090.ª ( ) e o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário e Afins (docs.10/25

).docs.32/33

Histórico do pedido administrativo

Aos , o instituto securitário ora requerido negou ao Autor o pedido18 de outubro de 2016de benefício de n.º relativo à sua Aposentadoria Especial, considerando seu tempo de46/175.703.900-4serviço como sendo insuficiente para tanto, de tempo especial não forampois alguns períodosreconhecidos pela perícia médica do INSS, conforme documentos em anexo .(doc. 45)

Sendo certo que apuração final do tempo especial reconhecido pelo Instituto-réu até (Data de Entrada do Requerimento – DER), foi de ( ).30/05/2016 22 anos 10 meses e 18 dias docs. 40/41

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CTPS n.º 69313, série 00090.ª (

46/175.703.900-446/175.703.900-446/175.703.900-446/175.703.900-446/175.703.900-446/175.703.900-446/175.703.900-4

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Assim, na arena extrajudicial, a Autarquia-ré fez vistas grossas as provas documentaisapresentadas pelo segurado, ora Autor, ou nem mesmo deu vistas ao referido pedido de aposentação.

Portanto, o Autor tendo receio da ineficácia e imprestabilidade do provimento final naesfera administrativa, vem pleitear junto ao judiciário, por ser o meio mais rápido e justo de fazer valer o seudireito.

2 - DO DIREITO:

Desconsiderar como especial o período compreendido de 11/10/2001 a 31/12/2003

mesmo tendo o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário ( ) nos moldes(docs. 40/41), docs.32/33previstos na legislação em vigor, é fazer tábula rasa dos regramentos constitucionais e legais a respeito dasefetivas atividades profissionais do(a) Autor(a) sob condições especiais, que deviam e devem serconsideradas prejudiciais à sua saúde e, por conseqüência, à sua integridade física.

2.a – Da Aposentadoria Especial

A priori cumpre mencionar que o requisito principal para a concessão daAposentadoria Especial consiste nos anos em que a pessoa laborou em área considerada insalubre ou, emcondições especiais que prejudiquem sua saúde e a integridade durante os períodos previstos no art. 57 daLei nº 8.213/91:

Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigidanesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais queprejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vintee cinco) anos, conforme dispuser a lei.

A doutrina atual e a jurisprudência têm se posicionado no sentido de que a lista deatividades especiais (perigosas, insalubres ou penosas) previstas ao longo dos anos, nos anexos dalegislação previdenciária não é taxativa, e sim, exemplificativa.

Assim, se o segurado comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos, aindaque não descritos nos regulamentos, terá reconhecido o tempo de serviço/contribuição especial.

Vale ressaltar também que a caracterização e a comprovação do tempo sobcondições especiais obedecem ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, a teordo artigo 70 § 1º, do Decreto nº 3.048/99, com redação trazida pelo Decreto nº 4.827/2003, :in verbis

“A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condiçõesespeciais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestaçãodo serviço”.

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Nesse sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

Previdenciário e processual civil. Dissídio jurisprudencial não comprovado.Tempo de serviço exercido em condições especiais. Incidência da lei vigente nomomento da prestação. Decretos 53.831/64 e 83.080/79. Rol exemplificativo.Comprovação do exercício de forma habitual e permanente. Desnecessidade.

(...). 2. Em observância ao princípio do tempus regit actum, deve ser aplicada alegislação vigente no momento da prestação do serviço em condições especiais.

3. O rol de categorias profissionais danosas previsto nos Decretos 53.831/64 e83.080/79 é meramente exemplificativo, podendo ser também considerada especial aatividade comprovadamente exposta a agentes nocivos, mesmo que não conste noregulamento. Precedentes do STJ.

5. No caso, incide a redação original do art.57 da Lei 8.213/91, que impõe parareconhecimento do direito à majoração na contagem do tempo de serviço que anocividade do trabalho seja permanente, o que ocorre na presente hipótese, uma vezque restou devidamente comprovado que o recorrente estava em contato direto comagentes nocivos no desempenho de suas atividades mensais de vistoria em coletas eacondicionamentos de efluente.( RESP 977.400/RS – Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho – STJ – 5ª T., un. - DJ

).05.11.2007

No que tange a lista de atividades perigosas, insalubres ou penosas, Maria HelenaCarreira Alvim Ribeiro esclarece:

“A conclusão é no sentido de que a exposição regular do segurado à possibilidade deum evento, de um acidente tipo, que, em ocorrendo, já traz como conseqüência oinfortúnio, é suficiente para configuração como especial do tempo de serviço.

O Anexo IV do Decreto 2.172/97 traz nota explicativa, admitindo a extensão da listagemdos titulares.

Atualmente, constam no Anexo IV do Decreto 3.048/99 a relação dos agentes nocivosquímicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou àintegridade física e o tempo de exposição considerado para fins de concessão deaposentadoria especial.

Examinando o posicionamento da doutrina nos reportamos ao entendimento de CarlosAlberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, que sobre a matéria admitem queessa relação não pode ser considerada exaustiva, mas enumerativa, sustentando quesegundo a Súmula 198 do extinto Tribunal de Recursos, é devida a aposentadoriaespecial se a perícia judicial constatar que a atividade exercida pelo segurado é

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” (inperigosa, insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em regulamento“APOSENTADORIA ESPECIAL”, Editora Juruá, Paraná, 3ª edição, 2008, p. 235.).(Grifoe Negrito nosso).

2.b – Análise da evolução histórica-legal da Aposentadoria Especial voltadapara exposição ao agente nocivo :RUÍDO

Primeiramente, é importante observar que a dinâmica da legislação previdenciária

impõe uma breve exposição sobre as sucessivas leis que disciplinaram o critério para reconhecimento daaposentadoria especial com o efetivo reconhecimento do tempo especial.

A aposentadoria especial foi instituída pelo art. 31 da Lei nº 3.807, de 26 de agostode 1960, que dispõe sobre a Lei Orgânica da Previdência Social, tratou da aposentadoria especial em facedo exercício de atividades penosas, insalubres e perigosas:

“Art. 31 . A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando nomínimo 50 (cinqüenta) anos de idade e 15 (quinze) anos de contribuições, tenhatrabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos pelo menos,conforme a atividade profissional, em serviços que, para esse efeito, forem

Decreto do Poder Executivo”.considerados penosos, insalubres ou perigosos, por(grifei).

O Decreto nº 53.831, de 25 de março de 1964, ao regulamentar o art. 31 da Lei nº3.807/60, , :verbis

“ . A Aposentadoria Especial, a que se refere o art. 31 da lei n. 3.807, de 26 deArt. 1ºagosto de 1960, será concedida ao segurado que exerça ou tenha exercido atividadeprofissional em serviços considerados insalubres, perigosos ou penosos nos termosdeste decreto.

Art. 2º. Para os efeitos da concessão da Aposentadoria Especial serão consideradosserviços insalubres, perigosos ou penosos, os constantes do Quadro anexo, em que seestabelece também a correspondência com os prazos referidos no art. 31 da citada lei.”

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O quadro anexo do Decreto 53.831/64, no que concerne à ruído, está assimconfigurado:

Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64

Campo de AplicaçãoServiços e Atividades

Profissionais

ClassificaçãoTempo de

Trabalho mínimo

Ruído

Operações em locaiscom ruído excessivos

capazes de ser nocivosà saúde

Trabalhares sujeitos aosefeitos de ruídos

industriais excessivos–caldeireiros,

operadores de máquinaspneumáticas, de

motores- turbinas e outros.

Insalubre 25 anos

O Decreto nº 63.230, de 12 de setembro de 1968, também contemplou a relação deatividades exercidas em condições especiais:

“ . A aposentadoria especial de que trata o artigo 31 da Lei n. 3.807, de 26 deArt. 1ºagosto de 1960, com a alteração introduzida pelo artigo 1º da Lei n. 5.440-A, de 23 demaio de 1968, será devida ao segurado que haja prestado no mínimo cento e oitentacontribuições mensais e tenha, conforme a atividade, pelo menos, quinze, vinte ouvinte e cinco anos de trabalho em serviços considerados penosos, insalubres ouperigosos nos termos deste Decreto.

Art. 2º. Serão consideradas penosas, insalubres ou perigosas as atividades arroladasnos Quadros anexos, nºs. I e II, nos quais se fixa, igualmente, o tempo de trabalhomínimo necessário, com relação a cada uma delas, para a aquisição do direito aobenefício“.

O quadro anexo ao Decreto nº 63.230, a título exemplificativo, traz a baila algumasatividades insalubres em relação à exposição a ruído acima do limite abarcado pela lei, está assimconfigurado:

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Quadro Anexo ao Decreto 63.230/68

CÓDIGOCampo de Aplicação

Atividade profissionalTempo de

Trabalho mínimo

1.1.5 Ruído -Calderaria;

-Trabalho em usinasgeradoras de eletricidade;

-Operações com maquinaspneumáticas;

-Trabalhos em cabines deprova de motores de avião

25 anos

O Decreto 83.080/79 contemplou igualmente as atividades, cujo indivíduo é expostoa ruído como atividade especial:

“Art. 60 . A aposentadoria especial é devida ao segurado que, contando no mínimo 60(sessenta) contribuições mensais, tenha trabalhado em atividades profissionaisperigosas, insalubres ou penosas, desde que:

I- a atividade conste dos quadros que acompanham este Regulamento, como Anexos Ie II;

II- o tempo de trabalho, conforme os mencionados quadros, seja no mínimo de 15(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos.”

Quadro Anexo ao Decreto 83.080/79

CÓDIGOCampo de Aplicação

Atividade profissionalTempo de

Trabalho mínimo

1.1.5 Ruído 25 anos

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-Calderaria (atividadesdiscriminadas no código 2.5.2do Anexo II).;

-Trabalho em usinasgeradoras de eletricidade;

-Trabalhos com exposiçãopermanente a ruído acimade 90 db.

-Operações com maquinaspneumáticas;

-Trabalhos em cabines deprova de motores de avião

Por sua vez, a Lei 8.213/91, que trata dos benefícios da Previdência Social, naredação original do art. 57, dispunha sobre aposentadoria especial nos seguintes termos:

“Art. 57 . A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigidanesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais queprejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quine), 20 (vinte) ou 25 (vintee cinco) anos, conforme dispuser a lei“.

Posteriormente, a Lei 9.032/95 alterou, dentre outros, a redação do § 3º do art. 57da Lei 8.213/91, passando a exigir a comprovação da efetiva nocividade da atividade realizada de formapermanente, in verbis:

“ - A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovaçãoArt. 57 - § 3ºpelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, do tempo detrabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais queprejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado“.

Assim, os Decretos 357/91 e 611/92, que vieram a regulamentar a Lei 8.213/91,ratificaram para efeito de concessão das aposentadorias especiais, o Anexo 53.831/64 e os Anexos I e II doDecreto 83.080/79, que somente foram revogados em 05 de março de 1997, data da edição do Decreto2.172/97.

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Por sua vez, o Decreto 2.172/97 aprovou o novo Regulamento dos Benefícios daPrevidência Social – RBPS, estabelecendo em seu anexo IV, em atenção a determinação constante da MPn° 1.523/96, posteriormente convertida na Lei n° 9.528/97, a relação dos agentes nocivos consideradospara fins de concessão da aposentadoria especial.

Releva observar que no período de 29 de abril de 1995 (data da publicação da Lein° 9.032, de 1995) até 5 de março de 1997 (data do Decreto n° 2.172, de 1997), permaneceu em vigor arelação dos agentes nocivos constantes do Anexo I do Decreto n° 83.080, de 1979, bem como parte doQuadro anexo ao Decreto n° 53.831, de 1964.

Por fim, o Decreto n° 3.048/99 em seu Anexo IV, classificou como insalubre asatividade em que o indivíduo é submetido a ruído acima do limite permitido em lei, o qual dependerá dacomprovação do trabalho elencado no código 2.0.1, alínea “a”, in verbis:

Quadro Anexo ao Decreto 3.048/99

CÓDIGO

Agente Nocivo

tempo mínimo de serviço

2.0.1 a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN)superiores a 85 dB(A).

25 anos

Aliás, nesse sentido e o entendimento autárquico sobre o assunto, já foi formalizadopela Instrução Normativa IN-99, em seus artigos 160 e seguintes (atualmente vige a , a qual segue asIN-77mesmas diretrizes):

Art. 160. A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, de 28 de, o trabalhador que estiver exposto, de modo permanente, não ocasionalabril de 1995

nem intermitente, a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridadefísica, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, terá direito à concessão deaposentadoria especial nos termos do , observada aart. 57 da Lei nº 8.213, de 1991carência exigida.

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2.c – Análise e Decisão Técnica para o Reconhecimento da AtividadeExercida sob Condições Especiais realizada pelo INSS no Processo Administrativo.

Antes de adentrarmos nos tópicos subseqüentes, vale demonstrar , oin verbisrelatório conclusivo apresentado pelo Instituto-réu, do enquadramento e não enquadramento das atividadesespeciais em que a Parte autora fez jus naquele processo administrativo ( ):docs.30/31

PERÍODO ENQUADRADO:

EMPRESA PERÍODO AGENTE

NOCIVO

CÓDIGO

ANEXO

DOC. OBS

JOHNSON 01/04/1991

10/10/2001

RUÍDO 201 36

JOHNSON 01/01/2004

30/05/2016

RUÍDO 201 36

Com efeito, conclui-se que os períodos laborados pela parte autora de 01/04/1991 a já fora(m) devidamente reconhecido(s) como especial pelo INSS,10/10/2001 e 01/01/2004 a 30/05/2016

não havendo então, mais necessidade de lide com relação ao(s) citado(s) período(s).

PERÍODOS NÃO ENQUADRADOS:

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EMPRESA PERÍODO AGENTE

NOCIVO

DOC. OBS.

JOHNSON 11/10/2001

31/12/2003

RUÍDO 36/37 Uso de EPI eficaz, eatendimento aosrequisitos das NR. 06 e09 DO MTE..

Assim, passemos a analisar e replicar, nos tópicos seguintes, o não enquadramentopelo INSS, como atividade especial, o(s) período(s) laborado(s) pela parte autora compreendido(s) de 11/10/2001 a 31/12/2003.

2.d – Análise dos requisitos necessários para o reconhecimento da atividadeexercida sob condições especiais.

Conforme elucidado anteriormente a caracterização e a comprovação do tempo sobcondições especiais obedecem ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço, a teordo artigo 70 § 1º, do Decreto nº 3.048/99, com redação trazida pelo Decreto nº 4.827/2003, : in verbis “Acaracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto nalegislação em vigor na época da prestação do serviço”.

Nessa linha de raciocínio, a nova regra determinante do enquadramento daatividade, por exposição a ruído, introduzida pelo artigo 57, § 3º da Lei 8.213/91 (com redação dada pelaLei 9.032/95), somente obteve plena eficácia e aplicabilidade em 06/03/97, com a regulamentação advindacom o Decreto nº 2.172/97, pois até então vigiam as regras de legislação anterior (Anexos do Decreto nº83.080/79 e do Decreto nº 53.831/64).

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2.e - As atividades exercidas pela Parte Autora, até o advento do Decreto nº4.882/03 (18/11/2003), bastava o limite de ruído acima de 80 decibéis e/ou que fosse consideradapenosa, insalubre ou perigosa.

Tendo em vista as disposições do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003,que passou a considerar como atividade especial a exposição a ruído superior a 85 decibéis, vale discorreracerca do reconhecimento como especial da atividade submetida a ruído.

A primeira normatização acerca do nível de ruído considerado como prejudicial àsaúde do trabalhador, e, portanto, previsto como atividade especial, ocorreu com o Decreto n. 53.831/64, oqual dispunha no código 1.1.6 do Anexo, a exigência de exposição a ruído acima de 80 decibéis. Com oadvento do Decreto n. 83.080, de 24 de janeiro de 1979, o nível de ruído passou a ser de 90 decibéis.

Entretanto, a jurisprudência pacificou-se no sentido de que o nível de ruído a serconsiderado até a edição do Decreto n. 2.172, de 05 de março de 1997, é de 80 decibéis, eis que o Decreton. 357, de 07 de dezembro de 1991, bem como o Decreto n. 611, de 21 de julho de 1992, incorporou aoordenamento jurídico os anexos dos Decretos n. 53.831/64 e n.83.080, de 25 de janeiro de 1979, o queimpõe a interpretação mais favorável ao trabalhador (AC n. 1048509, SP, 9ª Turma, DJU 17/08/2006, rel.Desembargadora Federal Marisa Santos, Tribunal Regional Federal da 3ª Região; REsp 720082, 5ª Turma,DJU 10/04/2006, rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça).

Registro, ademais, que esse posicionamento foi adotado pelo próprio INSS quandoeditou as Instruções Normativas n. 57, de 10/10/2001, e seguintes (n. 70, de 10/05/2005; n. 95, de07/10/2003; n. 70, de 10/05/2005; n. 99, de 05/12/2003; n. 118, de 14 de abril de 2005; n. 11, 20/09/2006).

Com o advento do Decreto n. 2.172, de 06 de março de 1997, passou-se a exigir aexposição a ruído superior a 90 decibéis, harmonizando-se a jurisprudência ao fixar o nível de ruídosegundo o Decreto em regência, interpretação transcrita nas instruções normativas supramencionadas.

Entretanto, sobreveio o Decreto n. 4.882, de 18/11/2003, o qual fixou novo nível deruído, de 85 decibéis, para que a atividade seja enquadrada como especial. Funda-se a alteração legislativa“na classificação dos agentes nocivos e os limites de tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista,bem como a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat

.”Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO

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A Norma de Higiene Ocupacional n. 01 da FUNDACENTRO, publicada em 2001,com fundamento em conceitos e parâmetros técnicos- científicos modernos prevê que: “Os critérios dereferência que embasa os limites de exposição diária adotados para ruído contínuo ou intermitentecorresponde a uma dose de 100% para exposição de 8 horas ao nível de ruído de 85 dB(A).”

A referência do Decreto n. 4.882, de 18/11/2003 às normas da FUNDACENTROpara fixação do nível de ruído a ser considerado para enquadramento da atividade como especial revela anecessidade de se buscar um critério técnico-científico, que identifique no mundo fenomênico os agentesagressivos que tornam o exercício da atividade mais penoso, insalubre ou perigoso, de forma que ficajustificada a aposentadoria em tempo mais exíguo.

De forma que não é dado ao legislador mudar as situações de enquadramento daatividade como especial com fundamento em política governamental, que vise o ajustamento das contasdos cofres previdenciários, em detrimento de trabalhos oficiais que identifiquem o limite de exposiçãoocupacional diário ao ruído.

Isso porque a eleição de níveis de ruídos diferenciados desprovidos de estudostécnico-cientifícos em períodos de tempo próximos resvala no princípio constitucional da igualdade, queautoriza tratamento diferenciado apenas para situações idênticas, quando fundado em elementodiferenciador plausível.

Celso Antônio Bandeira de Mello, em sua obra Conteúdo Jurídico do Princípio da, 3ª edição atualizada, São Paulo, Editora Malheiros, 1995, p. 10, ensina que: Igualdade “o alcance do

princípio não se restringe a nivelar os cidadãos diante da norma legal posta, mas que a própria lei não pode ser editada em desconformidade com a isonomia”. E contínua, na página 42, asseverando que “a lei não

pode atribuir efeitos valorativos, ou depreciativos, a critério especificador, em desconformidade oucontradição com os valores transfundidos no sistema constitucional ou nos padrões ético-sociais acolhidosneste ordenamento.”

Assim, quando a Carta Maior no artigo 202, já na redação original, previa aaposentadoria especial ao trabalhador sujeito a labor sob “condições especiais, que prejudiquem a saúde

(grifo nosso), proteção mantida também com as alterações definidas em lei”ou a integridade física,introduzidas pela Emenda Constitucional n. 20/98 (§ 1º do artigo 201), deu um parâmetro concreto queautoriza a diferenciação legislativa, de forma que o legislador se utilize um critério desigualador (submissãoa determinado nível de ruído) para a desigualdade de tratamento (aposentadoria especial oureconhecimento do tempo de serviço como especial). O nível de ruído a ser considerado deve corresponderconcretamente à situação constitucional de prejuízo a saúde ou a integridade física.

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É claro que se a norma está alicerçada em regulamento técnico que sofrealterações ao longo do tempo em seus resultados em decorrência do aprimoramento tecnológico deaferição do agente agressivo, que justifique a revisão do estudo, o princípio da igualdade permaneceintacto, eis que em dado momento existia um elemento diferenciador plausível para diferença de tratamentopela norma, no caso o estudo técnico-científico. Mesmo porque a dinâmica da vida, dos progressoscientíficos e tecnológicos deve refletir no Direito, por meio da dialética de complementariedade de norma. Éde se ver que o Direito deve refletir momentos de vida.

Todavia a definição legislativa das condições especiais que prejudiquem a saúdeou a integridade física do trabalhador sem critério objetivo que assimile com rigor técnico as condições dotrabalhador, definindo ora uma situação ora outra como critério para qualificar a atividade, de forma que emdado momento o trabalhador esteja na situação de proteção e em outra não, não encontra amparoconstitucional.

Assim, considerar que até 05 março de 1997 o trabalhador exposto a ruído de80 decibéis desempenhava atividade especial, e que depois de 06 de março de 1997 até 18novembro de 2003 apenas a exposição a ruído de 90 decibéis qualificava a atividade, com reduçãodepois desse período para 85 decibéis, criou uma situação de desigualdade em desconformidadecom o preceito constitucional, uma vez que a situação concreta de exposição ao agente agressivoruído é apenas uma.

A Norma de Higiene Ocupacional n. 01 da FUNDACENTRO substitui as Normas deHigiene do Trabalho ns. 6, 7 e 9, todas de 1985, sendo que esta última ao disciplinar a avaliação daexposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente através de dosímetros reportam-se à PortariaMtb/GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978 e à norma regulamentadora nº. 15 também do Ministério doTrabalho, prevê que em uma jornada de 8 (oito) horas a exposição não pode ser superior a 85 decibéis.

Assim, a fixação do ruído em 90 decibéis no período de 05 de março de 1997 a18 de novembro de 2003 é inconstitucional, devendo, portanto, ser desconsiderada para aqualificação do agente agressivo ruído para enquadramento da atividade como especial.

De outro lado não é dado ao Judiciário a possibilidade de legislar e eleger novosparâmetros. Pode, entretanto, reconhecer que o Decreto n. 2.172, de 05 de março de 1997, extrapolou opreceito legal e constitucional, afastando a sua aplicabilidade ao caso concreto.

De sorte que remanescem as previsões dos Decretos ns. 53.831/64 e83.080/79, por força do Decreto n. 357, de 07 de dezembro de 1991, com a interpretação maisfavorável ao trabalhador, como acima mencionado, ou seja, no nível de 80 decibéis de ruído até 18

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, quando o Decreto n. 4.882, trouxe a previsão de novo nível de ruído a serde novembro de 2003considerado, em 85 decibéis, fundado em estudo técnico-científico, que define o conceitoconstitucional de prejuízo a saúde e a integridade física.

No caso sob apreço, constata-se que, conforme documentação trazida em anexo, ( ) é imperioso reconhecer como especial osPPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário docs.32/33

seguintes períodos:

• 11/10/2001 a 31/12/2003 – JOHNSON & JOHNSON INDUSTRIAL LTDA –Conforme consta do formulário PPP acostado(s) aos presentes autos durantetodo o período laborado junto a referida empresa a Parte Autora fora expostaa ao(s) nível(is) de ruído 91,0; 85,0; 91,0; 90,0; 92,4; 98,7; 93,0; 92,9; 90,9 e

vale ressaltar, outrossim, que dentro de todo92,0 dB(A), respectivamente,lapso temporal desempenhou a mesma função e, no mesmo local, situaçãoque de já enseja que o mesmo esteve exposto pelo mesmo nível deper siruído (docs.32/33).

No caso em tela, forçoso é reconhecer que a autarquia-ré ignorou a aplicação daSubseção IV, Da Aposentadoria Especial, da Lei n.º 8.213/91, descartando, assim, desde o art. 64 usqueart. 70, do Decreto n.º 3.048/99, que trazem a tabela de conversão de tempo de serviço de atividadecomum para especial ou vice-versa.

Para a adequada e fácil análise de todo o efetivo tempo de serviço do autor até30/05/2016, data de entrada do requerimento (DER), observado a natureza de suas atividades laborativassujeitas ao Regime Geral da Previdência Social, pede-se vênia para a apresentação do demonstrativoseguinte:

1- ESTA CONTAGEM É PARA A CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL COMA – (ARTIGO 57 DA LEI 8.213/91)DER EM 30/05/2016 :

Empregadoradmissão saídaanomêsdia

AtividadeconversãoINSS

JOHNSON 01/04/199110/10/2001

10a6m especial

10a 6mreconheceu

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10d 10d

JOHNSON 11/10/200131/12/20032a2m19d

especial2a 2m19d

Ñreconheceu

JOHNSON 01/01/200430/05/201612a5m0d

especial12a 5m0d

Ñreconheceu

TOTAL PEDIDO 25a 1m8d

* APLICADO AO CASO

Conforme constam nos contratos de trabalho consignados em suas CTPS n.º 69313, série00090.ª ( ) e o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário e Afins ( ).docs.10/25 docs.32/33

2.f – Análise da descaracterização do enquadramento da atividade especial apartir da Lei nº 9.732/98 e o Uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI).

A Lei n. 9.732, de 11/12/98, imprimiu nova redação ao § 1º do artigo 58 da Lei de Benefícios, ao dispor que: "§ 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informaçãosobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agenteagressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo."

A Instrução Normativa n.º 7, de 13 de janeiro de 2000, ao regular a matéria extrapola a lei para impedir o enquadramento do período de trabalho como especial quando o uso de equipamentos de proteção individual diminua a intensidade do agente agressivo em níveis de tolerânciaestabelecidos na legislação previdenciária em vigor.

No entanto, não merece acolhida a resistência da autarquia previdenciária.

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No que diz respeito ao conteúdo da norma é de se ver que a exigência de que asempresas forneçam aos empregados equipamentos individuais de proteção, com a respectiva menção noslaudos, prestam-se a imprimir maior segurança ao trabalho, impedindo que provoque lesões ao trabalhador,não tendo o condão de afastar a natureza especial da atividade.

Com efeito, a ordem jurídica protege o trabalhador sobretudo ao submetido acondições adversas de trabalho, impondo ao empregador o fornecimento de equipamentos de proteçãoindividuais e coletivos, inclusive, obrigando o seu uso, o que não descaracteriza a qualidade de especial, com obrigatoriedade de pagamento de adicional de trabalho, conforme entendimento sumulado peloTribunal Superior do Trabalho, in verbis: Súmula 289. "O simples fornecimento de aparelho de proteçãopelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidasque conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo doequipamento pelo empregador."

A obrigatoriedade de uso de EPI’s não assegura que na labuta diária do empregadoeste a use constantemente, por diversos fatores como descuido, ausência de fornecimento de equipamentos, desgaste natural do equipamento tornando-o imprestável para o fim a que se destina. Enfim,a exposição existe a despeito do fornecimento do equipamento, pois as condições de trabalho sãoadversas, impondo cuidados constantes aos empregados, sendo essa a situação que a lei quer proteger.

Assim, a menção do uso de equipamento de proteção individual no laudo técnico ouno formulário não desqualifica a natureza da atividade especial.

Nesse sentido, a Turma Nacional de Uniformização pacificou a questão, editando a Súmula nº. 9, com a seguinte redação: “O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda queelimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especialprestado.”

Ademais, restou comprovado cientificamente que o uso de protetor auricular nãoelide a insalubridade provocada por ruídos. O fato de uma empresa oferecer aparelho de proteçãoindividual não significa que, só por isso, estariam neutralizados ou eliminados agentes insalubres, pois seassim fosse, não haveria necessidade de se realizar perícia técnica.

Ressalta-se que o uso ou a existência de EPIs só passou a descaracterizar oenquadramento da atividade exercida pelo Autor como agressiva a partir da edição da Lei 9.732/98(14/12/1998).

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Ademais, mesmo após o advento da citada norma, a simples menção da utilizaçãoe/ou da existência dos EPI’s não tem o condão de, por si só, afastar o reconhecimento da atividadeinsalubre. Conforme alude a súmula 09 do Conselho da Justiça Federal e o julgado da Turma Recursal daSeção Judiciária de Santa Catarina:

*Súmula 09 da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos JuizadosEspeciais Federais:

“O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine ainsalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço

.especial prestado

...................................................................................

PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. ENQUADRAMENTO. RUÍDO. EPI. Para o fimde enquadramento da especialidade da atividade pela exposição ao ruído, necessáriasomente a comprovação do nível de pressão sonora a que o trabalhador estava sujeito.Aplicação da Súmula 09 da Turma de Uniformização Nacional. (Processo nº2003.72.05.055109-3, Relatora Juíza Eliana Paggiarin Marinho, Sessão de19.08.2004)”.

2.g– Do direito ao recebimento das parcelas vencidas desde a data daentrada do requerimento administrativo (DER).

Cumpre assinalar também que o julgamento se deu baseado unicamente nas, caso em que a condenação deve retroagir à data daprovas produzidas no processo administrativo

DER (data do requerimento administrativo), pois era de se esperar a concessão do benefício por ato dopróprio réu.

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Neste sentido, vide a Súmula nº 33 da Turma Nacional de Uniformização deJurisprudência dos Juizados Especiais Federais, :in verbis

“Quando o segurado houver preenchido os requisitos legais para concessão daaposentadoria por tempo de serviço na data do requerimento administrativo, esta seráo termo inicial da concessão do benefício”.

3-DOS PEDIDOS:

DIANTE DO EXPOSTO, requer:

a) a citação e intimação do INSS, na pessoa de seu representante judicial, para responderaos termos da presente ação, , sob pena da ocorrência dosmediante os favores do art. 212 do CPCefeitos da revelia e de confissão quanto à matéria de fato;

b) seja a ação, ao final, , para condenar o INSS a:JULGADA PROCEDENTE

I) reconhecer o tempo de serviço, laborado em condições especiais, nos períodos de 01/04/1991 a10/10/2001 e 01/01/2004 a 30/05/2016(PERÍODO JÁ RECONHECIDO ADMINISTRATIVAMENTE –

docs.36/37) e 11/10/2001 a 31/12/2003, e averbar o tempo especial e conceder APOSENTADORIA nos termos do artigo 57 da Lei 8.213/91, desde a data de entrada do requerimento (ESPECIAL DER –), calculando assim, o valor da RMI (Renda Mensal Inicial) e com base no salário-de-benefício,30/05/2016

pagar as diferenças vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento eacrescidas de juros legais moratórios, incidentes até a data do efetivo pagamento; respeitada a prescrição

qüinqüenal, condenando-se também, às custas processuais e honorários advocatícios no importe de 20%sobre o valor da condenação, nos termos desta Inicial;

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Que o pagamento das parcelas em atraso até a liquidação da sentença, sejamatualizados monetariamente, mais juros de mora e reembolso de despesas, na forma da lei;

Requer, finalmente, seja deferida a utilização de todos os meios de prova em direitoadmitidos, especialmente a juntada dos documentos que acompanham a inicial, oitiva de testemunhas e dorepresentante legal da Autarquia-Requerida sob pena de confissão, perícias, vistorias, e juntada dedocumentos novos;

Que a Autarquia-Requerida efetue devidamente o cálculo da RMI, conformedeterminação deste juízo;

A devolução do pagamento referente às contribuições previdenciárias exatamentedesde a data onde o Segurado-requerente poderia ter sido aposentado, e não o foi, por procedimentoindevido da Autarquia-Requerida, sendo tal a data da DER (Data de Entrada do Requerimento);

Que o Instituto-réu faça chegar aos autos todos os documentos contidos nosprocessos administrativos, comprobatórios da condição em seu poder, por serem originais, se assim foremnecessários ao julgamento da lide;

Sejam deferidos os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita. ( );doc.02

Requer por fim, que as intimações e publicações sejam endereçadas ao Dr. GersonAlvarenga, OAB/SP nº 204.694, o qual tem escritório no endereço – Rua Marquês do Herval, nº 391, sala03, Centro, Caçapava/SP, Cep: 12.281-510.

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Requer por fim, que as intimações e publicações sejam endereçadas ao Dr. GersonAlvarenga, OAB/SP nº 204.694, o qual tem escritório no endereço – Rua Marquês do Herval, nº 391, sala03, Centro, Caçapava/SP, Cep: 12.281-510.

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Atribui-se à causa o valor de R$ 80.383,65 (Oitenta mil, trezentos e oitenta etres reais com sessenta e cinco centavos) para os devidos .efeitos apenas estimativos (docs. 46/60)

Nestes Termos

P. E. Deferimento.

São José dos Campos/SP, 21 de novembro de 2016.

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GERSON ALVARENGA

OAB/SP n.º 204.694

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