exictos uma nova empresa com 20 anos de experiência

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N74 REVISTA ANGOLA-PORTUGAL NEGÓCIOS Julho 2011 • Nº 87 Vida Empresarial A Exictos é uma nova empresa, para quem a experiência e posição con- quistada nos últimos 20 anos pela Promosoft no sector bancário dos principais mercados africanos de língua por- tuguesa constitui agora uma importante ala- vanca para o lançamento de novas áreas de negócio. A mudança foi ditada pela entrada da Ifogest - Consultoria e Investimentos, S.A. no capital social da Promosoft há sensivelmente dois anos. Desde então, a empresa delineou, e implementou, um novo plano estratégico, as- sente em três factores chave: diversificação, inovação e internacionalização. hoje, a empresa cresceu, diversificou as áre- as de negócio, criou novos serviços dirigidos para novos sectores de actividade para lá do bancário, está a criar novas estruturas nos mercados alvo e tem uma postura muito dife- rente do que tinha há escassos 24 meses. luís Sant’Ana Pereira, presidente do Conselho Exe- cutivo, é o arquitecto da mudança. “os novos accionistas entenderam que uma empresa com o passado da Promosoft poderia ser mais do que uma software house, poderia ser um player mais participativo e presente, uma re- ferência do ponto de vista da consultoria de sistemas de informação e das tecnologias de informação”, refere luís Sant’Ana Pereira. Afinal, esta é uma questão cada vez mais crucial para o negócio presente e futuro das empresas e que vai muito para além de for- necer hardware ou software, para se centrar em questões como o redesenho de processos, a definição de novos modelos de negócio e a adequação das aplicações informáticas a esses modelos, entre outros. “Para os novos accionistas da Promosoft houve uma clara percepção das oportunidades de negócio que havia por explorar, aliada à experiência e ao posicionamento que a empresa tinha conquis- tado nas últimas duas décadas em mercados como Angola, Moçambique ou Cabo Verde. Aliás, a primeira linha de orientação do novo plano estratégico reconhece a necessidade de evoluir para um modelo que privilegie os ser- viços nas áreas das tecnologias de informação e dos sistemas de informação sem, com isso, minimizar ou ‘beliscar’ o modelo de negócio tradicional. o licenciament o do software deve- rá funcionar, isso sim, como uma alavanca ao desenvolvimento dos serviços de consultoria”, explica o responsável. outra das novas linhas de orientação da em- presa está associada à necessidade de maior diversificação quer das indústrias quer dos serviços na área das tecnologias da informa- ção, a qual passou a estar incluída no modelo operacional da empresa. “Significa que dei- xámos de ser uma empresa única e exclusi- vamente vocacionada para o sector bancário para passar a estar disponível com recursos e conhecimentos nas indústrias e nos secto- A Promosoft agora é Exictos. Mais do que uma designação, a empresa apresenta-se com uma nova estratégia, novos serviços dirigidos a um leque variado de sectores de actividade, muito para além do sector bancário. África continua a ser o mercado de eleição. T ManUELa soUsa GUErrEiro | F BrUno Barata uma nova empresa com 20 anos de experiência Exictos

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EXICTOS uma nova empresa com 20 anos de experiência

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N74 revista angola-portugal negócios Julho 2011 • Nº 87

Vida Empresarial

a exictos é uma nova empresa, para quem a experiência e posição con-quistada nos últimos 20 anos pela Promosoft no sector bancário dos

principais mercados africanos de língua por-tuguesa constitui agora uma importante ala-vanca para o lançamento de novas áreas de negócio. A mudança foi ditada pela entrada da Ifogest - Consultoria e Investimentos, S.A. no capital social da Promosoft há sensivelmente dois anos. Desde então, a empresa delineou, e implementou, um novo plano estratégico, as-sente em três factores chave: diversificação, inovação e internacionalização. hoje, a empresa cresceu, diversificou as áre-as de negócio, criou novos serviços dirigidos para novos sectores de actividade para lá do bancário, está a criar novas estruturas nos mercados alvo e tem uma postura muito dife-rente do que tinha há escassos 24 meses. luís Sant’Ana Pereira, presidente do Conselho Exe-

cutivo, é o arquitecto da mudança. “os novos accionistas entenderam que uma empresa com o passado da Promosoft poderia ser mais do que uma software house, poderia ser um player mais participativo e presente, uma re-ferência do ponto de vista da consultoria de sistemas de informação e das tecnologias de informação”, refere luís Sant’Ana Pereira. Afinal, esta é uma questão cada vez mais crucial para o negócio presente e futuro das empresas e que vai muito para além de for-necer hardware ou software, para se centrar em questões como o redesenho de processos, a definição de novos modelos de negócio e a adequação das aplicações informáticas a esses modelos, entre outros. “Para os novos accionistas da Promosoft houve uma clara percepção das oportunidades de negócio que havia por explorar, aliada à experiência e ao posicionamento que a empresa tinha conquis-tado nas últimas duas décadas em mercados

como Angola, Moçambique ou Cabo Verde. Aliás, a primeira linha de orientação do novo plano estratégico reconhece a necessidade de evoluir para um modelo que privilegie os ser-viços nas áreas das tecnologias de informação e dos sistemas de informação sem, com isso, minimizar ou ‘beliscar’ o modelo de negócio tradicional. o licenciamento do software deve-rá funcionar, isso sim, como uma alavanca ao desenvolvimento dos serviços de consultoria”, explica o responsável. outra das novas linhas de orientação da em-presa está associada à necessidade de maior diversificação quer das indústrias quer dos serviços na área das tecnologias da informa-ção, a qual passou a estar incluída no modelo operacional da empresa. “Significa que dei-xámos de ser uma empresa única e exclusi-vamente vocacionada para o sector bancário para passar a estar disponível com recursos e conhecimentos nas indústrias e nos secto-

A Promosoft agora é Exictos. Mais do que uma designação, a empresa apresenta-se com uma nova estratégia, novos serviços dirigidos a um leque variado de sectores de actividade, muito para além do sector bancário. África continua a ser o mercado de eleição.

T ManUELa soUsa GUErrEiro | F BrUno Barata

uma nova empresa com 20 anos de experiência

exictos

75Nrevista angola-portugal negócios Julho 2011 • Nº 87

Vida Empresarial

res de actividade que acreditamos serem os pilares do desenvolvimento económico e so-cial dos mercados onde estamos presentes, designadamente: governo e saúde, comércio, turismo, seguros, telecomunicações, defesa e segurança nacional, utilities e, claro, banca”, continua luís Sant’Ana Pereira. A par da maior diversificação, a empresa tem vindo a reforçar a aposta na evolução contí-nua das plataformas de software, no sentido que estas possam continuar a acompanhar as tendências tecnológicas e as necessidades dos mercados bancários locais, quer mesmo crian-do novas soluções para outras indústrias onde a empresa se está a posicionar. “Esta é uma forma não só de defender uma posição que conquistámos como pode gerar novos negó-cios. os mercados onde actuamos são, contra-riamente ao que se possa imaginar, mais com-plexos, têm um grau de exigência bastante elevado e são muito sofisticados. E este é um factor a ter em conta”, sublinha o presidente do Conselho Executivo da Exictos. Este novo posicionamento foi acompanhado de um forte investimento quer na estruturação das equipas da empresa quer na contratação de novos recursos. “Em dois anos duplicámos o número de colaboradores, reforçamos sig-nificativamente a nossa ‘fábrica’ de software e estruturámos as equipas no sentido de con-seguirem prestar serviços de consultoria e de desenvolvimento de sistemas de informação, alinhados com aquilo que são as necessidades de mercado, ou seja, desenho de processos, adequação de sistemas de informação, inte-gração de sistemas de informação, recorrendo a tecnologias reconhecidas internacionalmen-te como SAP, Microsoft Navigem, Dynamics, entre outras, independentemente de estas se interligarem ou não com o nosso software”, refere luís Sant’Ana Pereira.

oFerta gLobaL • Consultoriarealização de projectos de consultoria em sistemas de informação. Desenho de modelos de negócio. optimização de processos e organizações. Definição de arquitecturas de aplicações e de siste-mas de informação. • TecnologiaDesenvolvimento e integração de sis-temas de informação alinhados com os modelos de negócio dos clientes. insta-lação e configuração de infra-estruturas tecnológicas de suporte às necessidades empresariais. • Outsourcing prestação de serviços de outsourcing re-lacionados com sistemas de informação. • Softwareconstrução de software para o sector bancário e disponibilização de third par-ty platforms para todos os sectores de actividade. • Education ServicesDesenho, realização e implementação de soluções de formação.

aPosta em ÁFriCa Para o presidente executivo da Exictos, a re-gião da África Subsaariana faz parte do DNA da empresa. A região representa já quase 90% da facturação da empresa, com destaque para o mercado angolano (60%). Esta continuará a ser, por isso, uma região estratégica para a empresa que quer reforçar a sua presença nos países onde já está presente e estender a sua influência a outros países da zona. “Queremos ter uma presença efectiva e não de mero entreposto comercial nestes mercados e isso significa criar empresas locais, dotadas de quadros locais, com todas as competências para dar resposta às solicitações e às necessi-dades dos clientes”. Assim, estão em fase de constituição a Exictos Angola e a Exictos Mo-çambique, e a 1 de Junho foi criada a Exictos Cabo Verde. A estratégia do grupo contempla ainda a abertura de escritórios de represen-tação na Guiné, em São Tomé e Príncipe e em Timor leste. Em Angola a empresa tem ainda uma participação na Promosoft Angola, enti-dade que continua a deter os direitos de repre-sentação do software para o sector bancário no país.Nesta estratégia de expansão, Moçambique funcionará como um hub para os mercados da região, posição facilitada pela existência de uma lei de imigração menos restritiva. Dois anos decorridos sobre o arranque da nova estratégia, os resultados são já visíveis. “Em Angola continuamos com uma posição dominante no sector bancário mas temos vindo a diversificar a nossa presença noutros sectores. Fizemos a implementação do siste-ma de informação da rede de hipermercados

Kero, estamos na área das telecomunicações, na administração pública, entre outros. De uma forma geral, 50% dos nossos resultados globais actuais são já decorrentes da estraté-gia que definimos, o que é significativo e nos satisfaz, tendo em conta os fortes investimen-tos que temos vindo a realizar”, sublinha luís Sant’Ana Pereira. #

“em angoLa ContinUamos Com Uma Posição Dominante no seCtor banCÁrio mas temos VinDo a DiVersiFiCar a nossa Presença noUtros seCtores”