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  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    2 FASE XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DIREITO PENAL

    EXERCCIOS 01 A 09

    EXERCCIO 01 BLOCO DE QUESTES 01

    Questo 1

    Pedro, 30 anos de idade, casado, foi condenado pena de 10 (dez) anos de

    recluso, em regime inicialmente fechado, pela prtica do crime A, previsto

    na Lei n. 0001/10, pena est fixada no mnimo legal cominada pelo tipo

    penal. No curso da instruo processual sobreveio a Lei n. 0002/11, que

    elevou a pena-base do crime para 12 (doze) anos de recluso. Aps o trnsito

    em julgado da sentena condenatria, a qual manteve a pena fixada, entrou

    em vigor a Lei n 0003/12, que reduziu a pena mnima para 8 (oito) anos de

    recluso. Posteriormente, no dia 24/04/2013 entrou em vigor a Lei n.

    0004/13, a qual excluiu referido delito do ordenamento legal. Atento ao caso

    narrado acima e com base somente nos dados que a questo dispe e

    considerando que Pedro est cumprindo pena em regime fechado

    atualmente, responda fundamentadamente:

    A) Qual lei deve ser aplicada no caso de Pedro e por qu? Qual a autoridade

    judiciria competente para aplic-la? Fundamente.

    B) Qual(is) a(s) consequncia(s) jurdica(s) que decorre(m), ao processo, se

    for aplicada a lei indicada no item a?

    Discursiva Direito Penal Questo 01

    Quesito avaliado Faixa de Valores

    Atendimento ao Quesito

    Item a - Ser aplicada a Lei n. 0004/13, conforme Artigo 2 do CP, (0,25) e Artigo 5,

    XL, CRFB, (0,25) pelo juiz da execuo penal, s. 611, STF (0,25).

    0,75

    Item b - Extino da punibilidade, conforme

    Artigo 107, III, do CP (0,25) e cessao dos efeitos penais da sentena Artigo 2, parte final, CP (0,25).

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 1

    Questo 2

    Adalberto, investigador de polcia, durante suas frias, resolveu treinar tiros

    em sua chcara, localizada no interior de So Paulo. Para tanto, procurou um

    local afastado e deserto, prximo a uma mata. Verificando que no lugar no

    havia ningum e imaginando que estava sozinho, ao disparar a arma em

    direo de uma rvore, acaba, sem querer, acertando Arthur, bilogo, que

    estava escorado atrs da rvore, aps se perder na mata. O investigador de

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    polcia foi denunciado pelo delito previsto no artigo 129, 1, II, do CP.

    Recebida a denncia, o juiz determinou a citao do acusado, a qual se

    efetivou em 10/08/2015. Atento ao caso narrado acima e com base somente

    nos dados que a questo dispe, responda fundamentadamente:

    A) Procurado por Adalberto, no dia 11/08/2015, qual a medida judicial cabvel

    ao caso, diferente do habeas corpus? Fundamente sua resposta.

    B) Qual a principal tese que o advogado de Adalberto poder desenvolver na

    pea processual indicada no item a? Justifique sua resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 02

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item a - Resposta acusao Artigos 396 e 396-A, do CPP (0,25).

    0,25

    Item b - Erro de tipo inevitvel - Artigo 20 do CP - (0,75) e consequentemente

    Absolvio sumria - Artigo 397, III, do CPP (0,25).

    1,00

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 2

    Questo 3

    Alice, depois de ser convencida por duas amigas, resolve comemorar

    antecipadamente seu aniversrio de 18 anos em uma badalada casa noturna

    de So Paulo. Era sbado, por volta das 22h, do dia 12 de outubro, quando

    chegaram ao local. Passava das 2h da manh quando Alice se envolve em

    uma briga e, munida de uma garrafa de cerveja, com um golpe certeiro,

    atinge a cabea da vtima. A vtima socorrida, mas acaba por falecer no

    mesmo dia. No dia 14 de outubro, dia do seu aniversrio, Alice se apresenta

    espontaneamente na delegacia prxima de sua residncia.

    A) Alice poder ser considerada imputvel e sofrer o processo criminal?

    Justifique.

    B) Responder de alguma forma? Justifique.

    Discursiva Direito Penal Questo 03

    Quesito avaliado Faixa de Valores

    Atendimento ao Quesito

    Item a - No poder ser considerada

    imputvel, vez que nosso ordenamento adota a teoria da atividade, pois no momento da ao ou omisso era menor de idade (0,50),

    conforme Art. 4 do CP (0,25).

    0,75

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    Item b - Responder por ato infracional, nos termos do art. 103 da Lei 8.069/90 - Estatuto

    da Criana e do Adolescente (0,50).

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 3

    Questo 4

    Vinicius e Pacheco so amigos de longa data e estudam na mesma Faculdade.

    No dia 15 de julho de 2015, durante o intervalo, Pacheco, inconformado com

    o trmino do seu relacionamento amoroso com Barnab e com o incio de

    namoro deste com Vinicius, resolve agredir Vinicius com socos e pontaps,

    causando-lhe leses corporais de natureza leve. O ofendido comparece

    Delegacia de Polcia onde formalizado um termo circunstanciado,

    encaminhado imediatamente ao Juizado Especial Criminal. Recebidos os

    autos foi designada audincia preliminar. Considerando as informaes do

    caso e que Pacheco primrio, bem como foi beneficiado com a transao

    penal no dia 19 de julho de 2010, aps cometer uma contraveno penal de

    vias de fato, responda fundamentadamente:

    A) No caso narrado, cabvel a transao penal, caso o agente no aceite a

    composio cvel dos danos? Justifique e fundamente sua resposta?

    B) Considerando que o agente no cumpra eventual composio cvel dos

    danos homologada pelo juiz e inconformado com esta postura a vtima

    proponha nova ao penal, na qualidade de advogado de Vinicius, possvel

    a adoo de alguma medida judicial caso a ao venha a ser recebida pelo

    Juiz? Se sim, qual? O que poderia ser alegado em sua defesa? Fundamente e

    Justifique sua resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 04

    Quesito avaliado Faixa de Valores

    Atendimento ao Quesito

    Item a - No, pois no transcorreu o prazo de 5 anos Artigo 76, 2, II, da Lei n. 9.099/95. (0,50)

    0,50

    Item b - No cabe nenhum recurso, mas a parte poder impetrar Habeas Corpus. Poder

    ser alegado que como o acordo foi homologado acarreta a renncia ao direito de queixa (Artigo 74, pargrafo nico da Lei n.

    9.099/95) e consequentemente a extino da punibilidade, nos termos do artigo 107, V, do

    CP. (0,75)

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 4

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    EXERCCIO 02 PEA 01

    Viriato, nascido em 21 de setembro de 1940, brasileiro, casado, pai de 2

    (dois) filhos, condenado pena de 3 (trs) anos e 8 (oito) meses de recluso,

    em regime aberto, pena esta convertida em restritivas de direitos, por

    sentena penal transitada em julgado no dia 21/01/2014, foi denunciado nos

    termos do artigo 12 da Lei n. 10.826/03, em concurso material com o artigo

    180, caput, do CP.

    Narra a exordial acusatria, que no dia 18 de fevereiro de 2011, por volta

    das 11h, os policiais militares da cidade de Jamari/RO, receberam denncia

    annima informando que Viriato estaria mantendo no interior de sua

    residncia e sob sua guarda, arma de fogo, acessrio e munio de uso

    permitido, em desacordo com determinao legal ou regulamentar. Por esta

    razo, sem qualquer mandado de busca e apreenso, dirigiram-se at a Rua

    das Laranjeiras, 1001, na cidade de Jamari/RO e l encontram um revlver

    da marca Taurus, calibre 38, n ABCD1234, 10 projteis intactos do mesmo

    calibre. Descobriram ainda, um relgio cuco que havia sido subtrado de

    Marilia no 16/02/2011, avaliado em R$ 25,00 (vinte e cinco reais), consoante

    auto de avaliao da fl. 23/IP.

    No sendo encontrado no local das apreenses e aps descobrir que Viriato

    morava em Cerejeiras/RO, o delegado expediu carta precatria para ouvi-lo.

    Em seu depoimento, Viriato informou que mudou-se para Cerejeiras h mais

    de 2 (dois) anos e quem atualmente reside em Jamari/RO sua ex-mulher,

    Andreia, com quem manteve relao por 4 (quatro) anos. Com o trmino do

    casamento, ocorrido por causa das excessivas desavenas amorosas, ela

    jurou que tentaria de qualquer forma prejudic-lo. Na mesma oportunidade

    apresentou cpia do contrato de locao e do comprovante de residncia que

    atestam o quanto alegado em sua oitiva.

    O juiz da Vara Criminal competente para apreciar o feito recebeu a denncia

    em 05/03/2015 (quinta-feira), determinando a citao do ru a qual foi

    efetivada no dia 03/04/2015 (sexta-feira).

    Diante da hiptese, redija, na qualidade de advogado constitudo pelo

    acusado, a pea processual, privativa de advogado, pertinente defesa de

    seu cliente, datando-a no ltimo dia do prazo. Em seu texto, no crie fatos

    novos, inclua fundamentao legal e jurdica, explore as teses defensivas.

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    Discursiva - Direito Penal Pea 01

    Quesito avaliado

    Faixa

    De

    Valores

    Atendimen

    to ao

    Quesito

    Item 01 - Endereamento correto: Excelentssimo Senhor

    Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca

    de Jamari/RO

    0,25

    Item 02 - Pea: Resposta a Acusao. Fundamentos

    legais: arts. 396 e 396-A CPP 0,25

    Item 03 - Extino da Punibilidade pela Prescrio.

    Fundamentos legais: arts. 107, IV 109, inciso IV e 115,

    todos do CP.

    1,00

    Item 04 - Atipicidade material / Princpio da

    Insignificncia Crime de Receptao Absolvio

    Sumria Fundamento legal: Art. 397, III, CPP

    0,75

    Item 05 - Atipicidade fato narrado no constitui o crime

    do artigo 12 da Lei n. 10.826/03 - Absolvio Sumria

    Fundamento legal:

    Art. 397, III, CPP.

    1,25

    Item 5.1 Negativa de Autoria Absolvio Sumria

    art. 397, CPP 0,40

    Item 06 - Pedidos: (0,10 cada)

    - extino da punibilidade art.107, IV, CP, 109, IV e

    115, ambos do CP;

    - absolvio sumria art.397, III, CPP Art. 180, CP

    atipicidade princpio da insignificncia;

    - absolvio sumria art.397, III, CPP Artigo 12 Lei

    n. 10.826/03 Fato narrado no constitui crime

    - absolvio art. 397, CPP - negativa de autoria e

    - Oitiva das testemunhas.

    0,50

    Item 07. Rol de Testemunhas 0,20

    Item 08. Prazo: 15/04/2015 0,20

    Item 09. Estrutura correta (diviso das partes / indicao

    de local data, assinatura) 0,20

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Pea 01

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    EXERCCIO 03 BLOCO DE QUESTES 02

    Questo 1

    O delegado de polcia da cidade de Regenerao/PI recebeu uma denncia

    annima, em 05/08/2015, de que Carlos Alberto, juntamente com outras

    pessoas, pretendiam realizar um roubo a um hipermercado no dia

    09/08/2015. Assim, na iminncia da ocorrncia do delito e como no

    dispunha de nenhum outro elemento, determinou que o investigador de

    polcia, Tho, interceptasse a linha telefnica de Carlos Alberto. Contudo, o

    contedo de uma das conversas mantida entre Carlos Alberto e um

    interlocutor, revelou que Samuel inocente de um delito de latrocnio do qual

    est sendo processado perante a Vara Criminal de Regenerao/PI. Com base

    somente nas informaes do enunciado, responda fundamentadamente:

    A) Correta a atitude do delegado de polcia? Por qu? Fundamente e justifique

    sua resposta.

    B) A prova obtida em decorrncia da interceptao telefnica poder ser

    usada na ao penal movida contra Samuel? Fundamente e justifique a sua

    resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 01

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) No, ausncia de deciso judicial Art. 3,

    da Lei n. 9.296/96 (0,25) e ausncia de

    indcios da autoria ou participao em

    infrao penal Art. 2, II, da Lei n.

    9.296/96 (0,25);

    0,50

    b) Sim, por fora do princpio da

    proporcionalidade, a prova ilcita poder ser

    admitida em favor do ru (0,75).

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 1

    Questo 2

    Wagner, professor de educao fsica, foi preso em flagrante aps ser

    surpreendido por policiais vendendo anabolizantes, alm de outros produtos

    cuja venda proibida por causar dependncia fsica, aos seus alunos. Foi

    conduzido pelos policiais e apresentado a autoridade policial. Dulce, sua

    namorada, assim que tomou conhecimento dos fatos, imediatamente se

    dirigiu delegacia de polcia, onde foi recebida pelo delegado que estava de

    planto. Aps relatar os fatos ocorridos, o delegado props a Dulce que,

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    mediante o pagamento de R$ 20.000,00, liberaria Wagner, visto que ainda

    no tinha procedido lavratura da priso em flagrante. O agente de polcia

    Sandoval, que havia sido designado por seu chefe para temporariamente

    trabalhar naquela delegacia, ouviu toda a conversa e optou por sair do local

    para no presenciar aquela situao constrangedora e injusta, visto no

    concordar com a atitude do delegado. O pagamento foi efetuado e Wagner

    foi liberado. Diante da situao hipottica responda:

    A) Qual(is) crime(s) pode(m) ser atribudo(s) ao delegado de polcia?

    Justifique.

    B) Qual(is) crime(s) pode(m) ser atribudo(s) ao agente de polcia Sandoval?

    Justifique.

    Discursiva Direito Penal Questo 02

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) O delegado de polcia cometeu o crime de

    corrupo passiva, art. 317, 1, CP;

    0,75

    b) Agente policial Sandoval cometeu o crime

    de prevaricao, art. 319, CP.

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 2

    Questo 3

    Gepeto, brasileiro, vivo, aposentado e pensionista, nascido em 15/12/36,

    caminhava pela Avenida Paulista quando tropea e cai. Na queda, bate a

    cabea bruscamente no solo e lesiona gravemente sua perna direita. Logo

    atrs de Gepeto, vinha Alcides que caminhava apressadamente, mas a tudo

    assistiu. Alcides simula no ter visto o ocorrido e deixa de socorre Gepeto,

    pois seu pensamento lhe recorda que, mais uma vez, na mesma semana, se

    parasse, chegaria atraso em seu trabalho. Com os pensamentos envoltos

    sobre a atitude desumana que tomara, deixa o local rapidamente sem prestar

    assistncia ou acionar a autoridade pblica, na expectativa de que outrem o

    socorresse. Por falta de imediato socorro, Gepeto morte ainda no local. Diante

    da situao hipottica responda:

    A) Qual(is) crime(s) pode(m) ser atribudo(s) ao Alcides? Justifique.

    B) Qual o procedimento aplicvel e suas peculiaridades e a natureza da ao

    penal? Justifique.

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    Discursiva Direito Penal Questo 03

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Alcides praticou o crime de omisso de

    socorro com a pena majorada pelo resultado

    morte, art. 97, pargrafo nico, da Lei n.

    11.741/03 (Estatuto do Idoso);

    0,50

    b) Procedimento sumarssimo, art. 94 (0,25),

    exceto as medidas despenalizadoras (0,25),

    ao penal pblica incondicionada, art. 95

    (0,25), todos da Lei n. 11.741/03.

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 3

    Questo 4

    Severino, por ter sido vtima de 3 roubos recentemente e assustado com o

    aumento da criminalidade no bairro em que reside, decide levar em sua

    cintura uma arma de brinquedo. Dentro do nibus quando se deslocava para

    sua casa aps um longo dia de trabalho foi preso em flagrante por transportar

    a arma de brinquedo. Diante do caso narrado e considerando que o juiz

    converteu a priso em flagrante em priso preventiva, responda de forma

    fundamentada e justificada:

    A) Qual a medida judicial cabvel, exceto o Habeas Corpus, apta a reverter

    a priso do Severino? O que poderia ser alegado em sua defesa? Justifique e

    fundamente sua resposta.

    B) Se ao invs de ser uma arma de brinquedo, Severino levasse uma arma

    de fogo com a numerao raspada, poderia o magistrado indeferir a liberdade

    provisria do agente aplicando como fundamento o artigo 21 da Lei

    10.826/03?

    Discursiva Direito Penal Questo 04

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item a - Relaxamento da priso, pois a

    priso ilegal Artigo 5, LXV, da CF. (0,50).

    O artigo 26 da Lei 10.826/03 veda a

    fabricao, a venda, a comercializao e a

    importao de brinquedos, rplicas e

    simulacros de armas de fogo. O transporte

    no configura um crime. (0,50)

    1,00

    Item b - No, STF declarou inconstitucional

    este dispositivo. (0,25)

    0,25

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    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 4

    EXERCCIO 04 PEA 02

    Tlio, primrio, bons antecedentes, residncia fixa, desempregado desde

    2012, foi denunciado pela prtica dos delitos tipificados nos artigos 157 2,

    I, do Cdigo Penal e art. 16, pargrafo nico, IV, da Lei n 10.826/03, em

    concurso material. Aduz a denncia que no dia 17/02/2015, por volta das

    15h, o acusado teria supostamente subtrado R$ 200,00 (duzentos) de

    Antnio, utilizando-se de um revlver, com a numerao raspada, para a

    prtica do ato. O Juiz da 2 Vara Criminal de Grandes Rios/PR recebeu a

    denncia, em 28/02/2015 e determinou a citao do acusado, o qual por

    meio de advogado constitudo, apresentou resposta acusao. No sendo

    caso de absolvio sumria, o juiz designou audincia de instruo, debates

    e julgamento para o dia 04/04/2015, s 14h.

    No dia da audincia, o acusado comunicou ao juiz que o seu defensor no

    poderia comparecer ao ato, uma vez que estava internado em estado grave,

    em razo de acidente automobilstico sofrido no dia anterior audincia.

    Ante a inexistncia de defensor dativo para atuao na comarca e da

    proximidade de suas frias, o magistrado realizou a audincia, uma vez que,

    conforme consignado em ata, a simples presena do Promotor de Justia e

    do Juiz era suficiente para sua realizao.

    Assim, procedeu-se primeiramente a oitiva da vtima que confirmou os fatos

    e afirmou que no viu o rosto do autor do crime, pois estava encoberto e, por

    isso, no tinha condies de reconhec-lo. Aps, ouviu-se a testemunha da

    acusao, o policial militar, o qual declarou que em patrulha de rotina pela

    localidade ouviu a vtima gritando que acabara de ser roubada. Como nas

    proximidades havia uma pessoa correndo, presumiu que seria ela a autora

    do delito por conta de suas vestes, condizentes com as descritas pela vtima,

    empreendendo a diligncia e capturando o acusado.

    J as testemunhas da defesa afirmaram a situao de penria do ru, bem

    como a fragilidade da sade de sua filha, portadora de doena grave e

    incurvel, a qual necessitava de uso de medicao contnua e de alto custo e

    que o Estado havia, h poucos dias cortado o fornecimento dos

    medicamentos.

    Por fim, em seu interrogatrio, o acusado confessou, com detalhes, a prtica

    delituosa e afirmou que o dinheiro seria utilizado na compra de remdios para

    sua filha de apenas 3 (trs) anos, pois, mesmo com a concesso de liminar,

    o Estado no voltou a fornecer os medicamentos. Afirmou, ainda, diante

    desta situao e da negativa de diversas formas de crdito (emprstimo

    pessoal, cheque especial, saque no carto de crdito, emprstimo com

    parentes e amigos, etc), bem como vendo sua filha sofrer com a ausncia do

    medicamento, num ato de desespero, praticou o delito.

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    Na fase do 402 CPP, o Ministrio Pblico requereu a realizao de exame

    pericial na arma apreendida. Com a juntada do laudo, a acusao postulou

    pela condenao do acusado nos termos da denncia. A defesa foi intimada

    no dia 28/07/2015 (tera-feira).

    Considerando a situao hipottica apresentada e com base somente nos

    dados apresentados pelo enunciado, voc na qualidade de advogado (a)

    dever adotar a medida judicial cabvel, protocolando-a no ltima dia do

    prazo.

    Discursiva Direito Penal - Pea

    Quesito Avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item 1 - Endereamento: Excelentssimo

    Senhor Doutor Juiz de Direito da 2 Vara

    Criminal da Comarca de Grandes Rios PR.

    0,20

    Item 2 - Pea: Memoriais art. 404, nico

    do CPP.

    0,20

    Item 3 - Preliminares: Item 3.1)

    Desenvolvimento jurdico acerca da nulidade

    da audincia pela ausncia de defensor -

    arts. 261 e 564, III, c, ambos do CPP e

    smula 523 do STF.

    0,50

    Item 3.2 - Desenvolvimento jurdico acerca

    da nulidade do interrogatrio do ru art.

    185 do CPP - por violao aos princpios do

    contraditrio e da ampla defesa, art. 5,

    inciso LV da Constituio Federal.

    0,50

    Item 4 - Mrito: 4.1) Absolvio do delito do

    art. 16, pargrafo nico, IV, da Lei n

    10.826/03 - o fato no constitui infrao

    penal autnoma princpio da consuno

    artigo 386, III, do CPP.

    0,75

    Item 4.2) Estado de Necessidade, arts. 23, I

    e 24, CP Absolvio com fundamento no

    artigo 386, VI, do CPP

    0,50

    Item 5. Teses Subsidirias: 5.1) Aplicao da

    atenuante prevista no art. 65, III, a, CP;

    0,25

    5.2); Aplica da atenuante pela confisso

    espontnea, art. 65, III, d, CP;

    0,25

    5.3) Fixao da pena no mnimo legal art.

    59 do CP - e regime menos gravoso art. 33,

    3, do CP - ou semiaberto art. 33, 1,

    b, do CP.

    0,25

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    Item 6 - Pedidos: (0,15 cada)

    6.1 - Nulidade pela ausncia de defensor,

    564, III, c, CPP;

    6.2 - Nulidade do interrogatrio do ru ;

    6.3 - Absolvio com fundamento no art.

    386, III, CPP;

    6.4 - Absolvio com fundamento no art.

    386, VI, CPP;

    6.5 - Atenuante motivo de relevante valor

    moral, art. 65, III, a, CP;

    6.6 - - Atenuante pela confisso espontnea,

    art. 65, III, d, CP;

    6.7 Fixao da pena no mnimo legal art. 59

    do CP e

    6.8 - Fixao de regime menos gravoso art.

    33, 3, do CP - ou semiaberto art. 33, 1,

    b, do CP.

    1,20

    Item 7 - Prazo: 03/08/2015 0,20

    Item 8 - Estrutura correta (diviso das partes

    / indicao de local, assinatura)

    0,20

    RESULTADO

    EXERCCIO 05 BLOCO DE QUESTES 03

    Questo 1

    Joo Alexandrino, conhecido comerciante da cidade, estava sendo

    investigado pela autoridade policial do 11 Distrito Policial da comarca de

    Niteri- RJ em razo da prtica do delito de tentativa de furto qualificado pelo

    concurso de pessoas, ocorrido no dia 10/01/2015, por volta das 22h.

    Narra o inqurito policial que, Maria Helena, vtima do fato, na data

    supramencionada foi assaltada por um indivduo de estatura mediana, com

    cabelos escuros e utilizando bon, quando saia da faculdade. Informou a

    vtima que o agente tentou subtrair o veculo Corsa/GM, de cor verde, placa

    ABC 1234/RJ, que lhe pertencia. Disse, ainda, que ele s no alcanou xito

    na empreitada criminosa por motivos alheios a sua vontade, visto que fora

    impedido de conclu-la pelos policiais militares que estavam em

    patrulhamento na regio.

    No dia 25/02/2015, Joo Alexandrino foi convocado para que se fizesse

    presente naquela delegacia de polcia e assim o fez, imediata e

    espontaneamente, a fim de se submeter a reconhecimento formal. Na

    ocasio, negou a autoria do delito, relatando que, no horrio do crime, estava

    em casa, dormindo.

    Por sua vez, a vtima Maria Helena e a testemunha Agnes, que no dia do

    crime iria pegar uma carona com a vtima, inicialmente no reconheceram

    Joo Alexandrino como autor do delito. Porm, aps insistncia dos policiais

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    a vtima assinou o auto de reconhecimento, declarando que Joo Alexandrino

    era a pessoa que, no dia 10/01/2015, havia tentado furtar o seu veculo,

    conforme orientao dos agentes de polcia. Diante disso, o delegado autuou

    Joo Alexandrino em flagrante delito e recolheu-o priso. Foi entregue a

    Joo Alexandrino a nota de culpa, e, em seguida, foram feitas as

    comunicaes de praxe. Joo Alexandrino no primrio, porm possui

    residncia e emprego fixos. Como advogado contratado para a defesa de Joo

    Alexandrino responda fundamentadamente:

    1) Qual pea privativa de advogado deve ser apresentada para liberdade de

    Joo Alexandrino?

    2) Quais as principais teses defensivas a serem abordadas?

    Discursiva Direito Penal Questo 01

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Relaxamento de priso em flagrante, art.

    5., LXV, CRFB e art. 310, I, CPP.

    0,25

    b) Desenvolvimento acerca da ilicitude da

    priso em flagrante (0,25); apresentao

    espontnea impeditiva da priso em flagrante

    (0,25); inexistncia de situao flagrancial

    (0,25); reconhecimento em desacordo com a

    legislao aplicvel(0,25).

    1,00

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 1

    Questo 2

    Camila, Samara e Joana so blogueiras com reputao admirvel no meio de

    dicas para sade e beleza. Cada qual possui o seu blog, de forma independe

    e autnoma. Ocorre que Samara ao tomar conhecimento da traio de seu

    namorado Lucas com Camila, passa a proferir em seu blog diversos

    comentrios relativos honra de Camila, destacando-se o seguinte trecho:

    biscate, vagabunda. No bastasse a divulgao em seu blog, pela rede

    mundial de computadores, Samara divulga os fatos junto a redes sociais.

    Compadecida pela situao de Samara, Joana decide divulgar uma nota

    pblica em seu blog com o seguinte teor: Sempre soube que Camila era

    vagabunda. No passa de uma biscate.

    Ofendida, Camila procura um advogado que consegue uma liminar para

    excluir os comentrios da internet. Todavia, tal medida s fora conseguida

    uma semana aps as informaes terem se propagado em grande proporo.

    Em referida deciso liminar, foi determinada multa no valor de R$ 5.000,00

    por dia de descumprimento.

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    Pelos fatos narrados, Camila formulou uma queixa-crime em face de Joana e

    Samara. No curso da ao penal, porm, Joana procurou Camila para pedir

    desculpas pelos seus atos e teceu nota pblica de retratao, razo pela qual

    Camila expressamente concedeu perdo do ofendido em seu favor, sendo

    esse prontamente aceito e, consequentemente, extinta a punibilidade de

    Joana. Samara pratica o mesmo ato, pedindo desculpas, contudo Camila se

    recusa a aceit-la e conceder o perdo. Considerando apenas as informaes

    narradas, responda aos itens a seguir.

    A) Qual o crime praticado, em tese, por Joana e Samara?

    B) Que argumento poder ser formulado pelo advogado de Samara para

    evitar sua punio?

    Discursiva Direito Penal Questo 02

    Quesito avaliado

    Faixa

    de

    Valores

    Atendimen

    to ao

    Quesito

    a) Crime de injria, art. 140 (0,25), com a causa

    de aumento (ampla divulgao), do art. 141, III,

    (0,25) ambos do CP;

    0,50

    b) Extenso do perdo do ofendido art. 106, I, CP

    e/ou art. 51 do CPP (0,50) e a extino da

    punibilidade, 107, V, do CP. (0,25)

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 2

    Questo 3

    Marta e Paolo, viviam em uma conturbada unio estvel desde o ano de 2010.

    Aps separarem-se, no ltimo dia 20, em ato de impulso e violenta emoo

    ocasionada pela reao de ver Marta circundo com roupas curtas na

    academia, Paolo desfere lhe um tapa, causando leso corporal leve em sua

    companheira.

    Marta, desolada, procura as autoridades policiais e registra ocorrncia em

    face da leso sofrida. Passados alguns meses, Marta acha melhor esquecer o

    fato e decide, ento, voltar atrs da representao prestada. Nesse sentido e

    com base na legislao e jurisprudncia dos Tribunais Superiores, responda

    fundamentadamente:

    A) Pode haver aplicao de pena consistente exclusivamente em prestao

    pecuniria?

    B) Qual a natureza jurdica da ao penal em razo da leso corporal na

    situao acima descrita?

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    Discursiva Direito Penal Questo 03

    Quesito avaliado

    Faixa

    de

    Valores

    Atendimen

    to ao

    Quesito

    a) No, o artigo 17 da Lei 11.340/06 veda a

    prestao pecuniria;

    0,25

    b) Ao penal pblica incondicionada, pouco

    importando a extenso desta, ADI n. 4424.

    1,00

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 3

    Questo 4

    Em 15/12/2012, ocorreu em toda regio norte do pas forte estiagem,

    ocasionando situao de calamidade pblica pela falta de chuva. As reservas

    de gua dos Estados afetados alcanaram nveis baixos, faltando inclusive

    gua potvel para a populao. Em virtude do perodo anormal, foi editada

    lei penal tipificando a conduta de uso desnecessrio de gua. Passados um

    ano, a estiagem acabou com a chegada das chuvas, normalizando por

    completo o abastecimento da gua da regio afetada, ocasionando na

    autorrevogao da lei que tipificou como crime a conduta de uso

    desnecessrio de gua. Em 20/12/2012, Adalberto Junqueira foi flagrado

    lavando seu carro e responsabilizado criminalmente por tal conduta com

    fundamento na mencionada lei. Em 16/12/2013 a ao penal est em fase

    de instruo e designada audincia de instruo e julgamento. Diante do

    caso hipottico, responda:

    A) Diante da situao de anormalidade apresentada pelo enunciado, a

    mencionada lei penal recebe qual denominao? Fundamente.

    B) O advogado de Adalberto prepara petio pedindo a extino da

    punibilidade, tendo em vista que sua conduta deixou de ser crime com o

    trmino do perodo de estiagem e a autorrevogao da lei. Seu pedido possui

    amparo legal? Fundamente.

    Discursiva Direito Penal Questo 04

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Lei penal excepcional, art. 3, CP; 0,75

    b) No, a lei excepcional possui ultratividade,

    art. 3, CP.

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 4

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    EXERCCIO 06 PEA 03

    Em 23/05/2015, Roberto, brasileiro, casado, com 30 anos de idade, jornalista

    da Gazeta Cidade Vale publicou matria afirmando que o deputado federal

    Fernando, casado, com 68 anos de idade, foi responsvel pela negativao

    do municpio de Condeba/BA, em virtude da desaprovao das contas

    municipais de 2001/2004, poca em que era prefeito, o que impediu a

    localidade de celebrar diversos convnios com entidades, de obter recursos e

    investir na melhoria da cidade. A informao foi amplamente divulgada por

    meio impresso e apresentada em programa televisivo, bem como no blog

    pessoal do jornalista na Internet, com o firme propsito de ofender a honra

    do deputado. Fora interpelado judicialmente e se recusou a dar explicaes

    acerca das ofensas, mantendo-se inerte.

    Mesmo sem saber se as informaes eram verdadeiras, o jornalista Roberto,

    afirmou em meios de comunicaes distintos que o ex-prefeito havia

    'roubado' a cidade, pois tinha se apropriado, indevidamente, de R$ 3 milhes

    pertencentes aos cofres pblico" e que "j teria gasto parte da fortuna

    'roubada' com festas, bebidas, drogas e prostitutas". Tal afirmao foi

    proferida durante o programa de televiso Hora da Vez, em 05/6/2015, s

    21h30min, no canal de televiso Passa Longe e publicado em blog, na

    Internet, em 06/06/2015. Prosseguindo a empreitada ofensiva, o jornalista

    disse, em 04/7/2015, em seu blog pessoal na Internet, que Fernando no

    tinha condies de gerir a cidade porque "um jumento, de capacidade

    intelectual inferior de um rato". Entre os documentos coletados pelo cliente

    encontram-se a gravao, em DVD, do programa de televiso, com o dia e

    horrio em que foi veiculado, bem como a edio do jornal impresso em que

    foi difundida a matria sobre o assunto, alm de cpias de pginas e registros

    extrados da Internet, com as ofensas perpetradas pelo jornalista.

    Fernando tomou conhecimento da autoria e dos fatos no dia 05/07/2015,

    tendo todos eles ocorrido na cidade de Condeba/BA, sede da emissora e da

    editora, alm de domiclio do envolvido.

    Em face dessa situao hipottica, na condio de advogado(a) contratado(a)

    por Fernando redija a pea processual que atenda aos interesses de seu

    cliente, considerando recebida a pasta de atendimento do cliente

    devidamente instruda, com todos os documentos pertinentes, suficientes e

    necessrios, procurao com poderes especiais e testemunhas.

    Discursiva Direito Penal - Pea

    Quesito Avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item 1 - Endereamento: Excelentssimo

    Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara

    Criminal da Comarca de Condeba/BA

    0,25

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    Item 2 - Pea e fundamento: Queixa Crime

    Indicao correta do dispositivo legal que

    embasa a queixa-crime: art. 41 do CPP OU

    art. 100, 2, do CP OU o art. 30, do CPP OU

    art. 145 do CP.

    0,25

    Item 3 - Indicao da qualificao do

    querelante e do querelado.

    0,25

    Item 4 - Existncia de Procurao com

    poderes especiais de acordo com o art. 44 do

    CPP em anexo ou meno acerca de sua

    existncia no corpo da qualificao.

    0,25

    Item 5 A exposio dos fatos criminosos

    (0,75 cada):

    5.1) Difamao art. 139 do CP cumulada

    com as causas de aumento de pena previstas

    nos inciso III e IV, do art. 141 CP;

    5.2) Calnia art. 138 do CP cumulada

    com as causas de aumento de pena previstas

    nos incisos III e IV, do art. 141 CP;

    5.3) Injria art. 140 do CP cumulada com

    a causa de aumento de pena prevista no art.

    141, III do CP e

    5.4) Tudo em concurso material (artigo 69 do

    CP).

    3,00

    Item 6 Pedidos (0,10 cada):

    6.1) Recebimento e processamento da

    presente ao;

    6.2) Citao do querelado para apresentar

    defesa;

    6.3) Condenao do querelado nas penas dos

    artigos desenvolvidos na tese;

    6.4) Fixao do valor mnimo de indenizao

    art. 387, IV, do CPP;

    6.5) Condenao dos querelados nas custas

    e demais despesas do processo e

    6.6) Notificao das testemunhas arroladas.

    0,60

    Item 7 - Rol de testemunhas 0,20

    Item 8 - Estrutura correta (diviso das partes

    / indicao de local, assinatura)

    0,20

    RESULTADO

    EXERCCIO 07 PEA 04

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    Joo dos Santos foi preso em flagrante em 13 de maio de 2015 por ter,

    supostamente, infringido o artigo 33, Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas). O

    flagranciado foi parado em uma blitz policial e, em revista no seu automvel,

    constatou-se a existncia de uma poro de substncia. Feito o laudo de

    constatao preliminar, verificou-se tratar-se de 10 gramas de maconha.

    O d. Juzo da 2 Vara Criminal de Muzambinho/MG converteu a priso em

    flagrante em preventiva, sob o argumento de ser considervel a quantidade

    de droga encontrada no veculo do flagranciado, bem como em razo da

    gravidade e hediondez do crime e da garantia para a instruo criminal.

    A famlia do preso procura o seu auxlio na qualidade de advogado,

    informando que Joo, ora recolhido no Centro de Deteno Provisria de

    Muzambinho/MG primrio, possuidor de bons antecedentes, com residncia

    fixa e trabalho. Elabore a pea processual pertinente, privativa de advogado.

    Discursiva Direito Penal Pea 04

    Quesito Avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    1. Endereamento correto da pea:

    Excelentssimo Senhor Doutor Juiz de Direito

    da 2 Vara Criminal de Muzambinho/MG

    0,25

    2. Pea: Liberdade Provisria Indicao

    correta do dispositivo legal que fundamenta a

    pea - art. 5, inciso LXVI, da Constituio

    Federal e artigo 310, III, e 321 ambos do CPP

    0,75

    3. Desenvolvimento jurdico acerca da

    inexistncia dos requisitos do art. 312 do CPP

    1,00

    4. Desenvolvimento jurdico acerca da

    inconstitucionalidade da vedao da liberdade

    provisria no trfico de drogas.

    1,00

    5. Aplicao das medidas cautelares diversas

    da priso (artigos 282 e 319, ambos do CPP)

    1,00

    6. Pedido:

    - Concesso da liberdade provisria sem

    fiana (0,25)

    - Expedio do alvar de soltura (0,25);

    - Alternativamente, caso o magistrado no

    entenda cabvel a liberdade provisria sem

    fiana, que sejam aplicadas medidas

    cautelares diversa da priso (0,25);

    0,75

    7. Estrutura correta (diviso das partes /

    indicao de local, assinatura)

    0,25

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Pea 4

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    EXERCCIO 08 PEA 05

    No dia 10 de julho de 2015, a fim de comemorar seu aniversrio de 21 anos

    e o carro que ganhou de presente, Ana Elisa ingeriu 1 litro de saqu em sua

    residncia. Aps a ingesto da bebida alcolica, Ana Elisa pegou seu

    automvel e passou a conduzi-lo ao longo da avenida que tangencia sua

    propriedade. Aps percorrer cerca de dois quilmetros na avenida

    absolutamente deserta, Ana Elisa foi surpreendida por uma equipe da Polcia

    Militar que l estava a fim de procurar uma mulher foragida do presdio da

    localidade.

    Abordada pelos policiais, Ana Elisa desceu de seu veculo de forma trpega e

    exalando forte odor de lcool, foi coagida pelos policiais militares a realizar o

    teste do bafmetro.

    Realizado o teste, verificou-se que Ana Elisa tinha concentrao de lcool de

    0,2 miligrama de lcool por litro de ar alveolar, e, por esta razo, os policiais

    a conduziram ao Distrito Policial, onde foi lavrado Auto de Priso em Flagrante

    pela prtica do crime previsto no artigo 306, 1, I, do Cdigo de Trnsito

    Brasileiro.

    Trs dias aps a lavratura do Auto de Priso em Flagrante, em razo de Ana

    Elisa ter permanecido encarcerada no Distrito Policial, voc procurado pelos

    familiares da presa, os quais protestaram porque no conseguiram v-la e

    de que o delegado no comunicara o fato ao juzo competente nem

    Defensoria Pblica.

    Com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser

    inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado (a) de Ana

    Elisa, redija a pea cabvel, privativa de advogado.

    Discursiva Direito Penal Pea 05

    Quesito Avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item 1 - Endereamento: Excelentssimo

    Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara

    Criminal da Comarca de __

    0,25

    Item 2 - Pea: Relaxamento da Priso - art.

    5, LXV, da CF e art. 310, I, do CPP

    0,50

    Item 3 - Desenvolvimento jurdico acerca da

    atipicidade do fato Quantidade inferior ao

    cominado pelo 1, I, do artigo 306, da Lei

    n.9.503, de lcool por litro de ar alveolar.

    1,00

    Item 4 - Desenvolvimento jurdico acerca da

    nulidade do auto de priso em flagrante por

    violao ao direito a no produzir prova

    contra si [art. 5, LXIII, da CF OU art. 8, 2,

    1,00

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    g do Decreto 678/92 (Pacto de San Jos da

    Costa Rica)]

    Item 5 - Desenvolvimento jurdico acerca da

    nulidade do auto de priso em flagrante em

    razo da colheita forada do exame de teor

    alcolico e consequente ilicitude da prova

    [art. 5, LVI, OU art. 157 do CPP]

    1,00

    Item 6 - Desenvolvimento jurdico acerca da

    nulidade do auto de priso em flagrante por

    no comunicao imediata da priso e de

    onde se encontra o preso s autoridades

    competentes - art. 306, caput do CPP

    (0,25) e violao exigncia de

    encaminhando dos autos autoridade

    judiciria e defensoria pblica dentro de 24

    horas, nos termos do art. 306, 1, do CPP

    OU art. 5, LXII, da CRFB (0,25).

    0,50

    Item 7 - Pedidos: Pedido de relaxamento de

    priso em flagrante e expedio de alvar de

    soltura.

    0,50

    Item 8 - Estrutura correta (diviso das partes

    / indicao de local, assinatura)

    0,25

    RESULTADO

    EXERCCIO 09 PEA 6

    Luciano de Lima, personalidade influente da pequena cidadezinha de

    Adamantina, em So Paulo, na manh do dia 20 de maio de 2015, ao abrir o

    jornal de sua cidade Nosso Lugar, deparou-se com a coluna semanal do

    jornalista Rubens Oliveira. No pequeno texto, Rubens, conhecido por sua

    ironia, falava sobre uma figura marcante da cidade que, alm de assassinar

    a lngua portuguesa por onde passa, tambm assassino confesso de

    inmeros coelhos comprados na Granja Pio Forte, todos utilizados para

    servir suas sempre mal sucedidas festas.

    Ao ler, Luciano concluiu rapidamente que o colunista se referia a ele.

    Inconformado com a possvel repercusso da publicao consultou seu

    advogado e, no dia 27 de maio, distribuiu queixa-crime, imputando a Rubens

    as infraes descritas nos artigos 138, 139 e 140 do Cdigo Penal. Alegava,

    em sntese, que o jornalista ofendeu sua honra diante de toda a cidade.

    O Juiz da Vara Criminal de Adamantina/SP realizou a audincia de conciliao

    no dia 19 de junho, mas esta restou infrutfera. Na mesma oportunidade,

    intimou o querelante para que complementasse as custas, as quais haviam

    sido recolhidas em valor inferior ao exigido.

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    Apesar dos argumentos de defesa trazidos pelo querelado, o juiz a quo

    recebeu a queixa-crime. O querelante, por sua vez, apesar de devidamente

    intimado, deixou de complementar o valor das custas, no mais se

    manifestando nos autos nos 30 dias seguintes.

    Considerando a situao hipottica acima apresentada, redija, na qualidade

    de advogado constitudo por Rubens Oliveira, a pea processual adequada

    defesa de seu cliente. Em seu texto, no crie fatos novos, explore as teses

    jurdicas cabveis, endereando o documento autoridade competente.

    Discursiva Direito Penal Pea 6

    Quesito Avaliado Faixa

    de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    1 Endereamento correto: Excelentssimo

    Senhor Doutor Desembargador Presidente do

    Egrgio Tribunal de Justia do Estado de So

    Paulo (0,50).

    0,50

    2 Pea: Habeas Corpus (0,50) com

    fundamento nos artigos 5, inciso LXVIII, CF e

    647 e seguintes do CPP (0,50).

    1,00

    3 Teses

    3.1. Falta de justa causa (fato atpico) (artigo

    648, I do CPP) (1,00)

    3.2. Extino da punibilidade (perempo)

    (artigo 107, IV do CP e artigo 648, VII do CPP)

    (1,00).

    2,00

    4 Pedidos:

    4.1. Requerer prestao das informaes

    pela autoridade coatora (0,20); oitiva da

    Procuradoria de Justia, como custos legis

    (0,20); a concesso da ordem (0,20) para

    declarar da extino da punibilidade do fato

    imputado na ao penal (0,20); Trancamento

    da ao penal (atipicidade a conduta) (0,20).

    1,00

    5 Estrutura correta (diviso das partes,

    indicao de local, data, assinatura e demais

    formalidades inerentes estrutura da pea em

    anlise) conforme art. 654 do CPP (0,50)

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva Direito Penal Pea 6

    EXERCCIO 10 BLOCO DE QUESTES 04

    Questo 1

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    Sebastio Gomes, casado com a Dra. Geisy Carla, mdica ativa na Santa Casa

    de So Paulo, ao mesmo tempo, relaciona-se com Giselda Arruda, tambm

    mdica atuante em hospital renomado da mesma cidade. Aps 20 anos de

    casados, Sebastio resolve divorciar-se de Geisy, relatando a ela a

    convivncia de 10 anos ao lado de Giselda. Transtornada com a descoberta,

    Geisy resolve mata-lo, motivo pelo qual efetua o disparo de arma de fogo,

    por 04 (quatro) vezes, contra a peito e a cabea de Sebastio. No entanto,

    em seguida aos disparos, Geisy coloca Sebastio dentro do veculo e o conduz

    ao hospital mais prximo, local de trabalho de Giselda Arruda. Em razo do

    pouco tempo decorrido entre a conduta e a chegada ao hospital, os mdicos

    de planto, inclusive Giselda, conseguem salvar a vida de Sebastio.

    Sebastio sofreu perigo de morte (ou vida), atestado pelos mdicos

    responsveis, recuperando-se e recebendo alta mdica aps trs semanas de

    internao.

    Com base nas informaes trazidas pelo problema, responda:

    1) Geisy Carla responde por algum crime, se sim, qual? Fundamente sua

    resposta.

    2) Qual a tese defensvel poderia ser alegada pelo advogado de Geisy?

    Justifique e fundamente.

    Discursiva Direito Penal Questo 01

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Sim, responder por crime de leso corporal

    grave (0,25), previsto no artigo 129, 1,

    Inciso II, do CP (0,25);

    0,50

    b) Arrependimento Eficaz (0,50), com base no

    artigo 15, segunda parte, do CP (0,25).

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 1

    Questo 2

    Jos Augusto devia a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) ao seu primo

    Gusmo Toledo e vinha se recusando a efetuar o pagamento, vencido desde

    agosto de 2014. Sabedor de que no receberia o valor pelos meios amistosos,

    vez que esgotadas as tentativas de recebimento, Gusmo decide obter o valor

    que lhe devido de qualquer maneira. Ao tomar conhecimento de que Jos

    Augusto sacaria no banco uma quantia superior ao seu crdito, para

    pagamento de funcionrios, Gusmo fica a espera e ao encontr-lo retira-lhe

    das mos uma maleta puxando-a com fora. A fivela pontiaguda da maleta

    causa leso leve na mo de Jos. Aps o embate, Gusmo abre a maleta de

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    Jos, podendo constatar que ele levava consigo R$ 7.000,00 (sete mil reais),

    e se apropria de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), deixando a maleta e o restante

    do dinheiro em poder de Jos.

    A) Diante da situao acima descrita, responda, fundamentadamente se

    Gusmo praticou algum crime? Se sim, qual a tipificao legal?

    B) Em caso afirmativo, h incidncia de concurso de crimes? Se sim, qual

    modalidade e quais crimes? Indique a tipificao legal;

    Discursiva Direito Penal Questo 2

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    A) Gusmo praticou o crime de exerccio

    arbitrrio das prprias razes, art. 345 do CP

    e leso corporal leve, art. 129, caput do CP

    (0,75)

    0,75

    B) Sim, haver concurso formal perfeito, art.

    70 do CP (0,50)

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo

    2

    Questo 3

    Francisco, lavrador, atualmente com 49 anos, vive com sua mulher e mais

    dois filhos em um pequeno povoado, de difcil acesso, localizado no interior

    de Gias, conforme fatos relatados atravs do disque-denuncia por pessoa

    que preferiu no se identificar. A denuncia annima indica que os filhos so

    menores de idade e que a suposta mulher na verdade sua filha, cuja me

    abandora ainda criana. O denunciante concluiu dizendo que a mulher

    aparenta possuir aproximadamente 15 anos de idade. A autoridade policial

    constatou que os fato relatados na denuncia annima procedem e que Maria,

    atualmente com 17 anos, mulher e filha de Francisco, e que as duas criana

    so frutos desta relao. O Delegado de Polcia relatou o inqurito policial e

    imputou a Francisco o crime de estupro, majorado em , diante da

    ascendncia do autor, conforme art. 213 e 226, II, ambos do Cdigo Penal.

    Francisco confessou os fatos e se diz arrependido do crime que cometeu.

    Maria afirma ser feliz, que o autor bom pai e que nada falta aos seus filhos.

    A denncia foi recebida e o ru citado pessoalmante.

    A) Indique, na qualidade de advogado, a pea processual cabvel,

    mencionando o(s) dispositivo(s) legal(is) correspondentes.

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    B) Qual a principal tese que o advogado poder desenvolver na pea

    processual indicada no item a? Indique o fundamento legal do pedido e

    justifique a resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 03

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Resposta escrita acusao (0,25), com

    fundamento nos 396 e 396-A do CPP(0,25).

    0,50

    b) b) fato atpico (0,25) - No h subsuno

    do fato concreto norma jurdica (0,25) -

    absolvio, art. 397, III, CPP (0,25).

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 3

    Questo 4

    Adalberto Cruz foi Juiz da Vara Criminal da Comarca de Nova Vencia, Esprito

    Santo, durante muitos anos e, hoje, encontra-se como titular da Vara do Jri

    da mesma Comarca. Quando atuava na Vara Criminal, o Juiz Adalberto

    absolveu sumariamente Joo Pereira e, no dia 18 de abril de 2013, o mesmo

    Joo Pereira cometeu crime de homicdio doloso contra a sua ex-mulher e

    tambm foi absolvido sumariamente. Diante da situao hipottica,

    responda:

    A) Quais so as hipteses que ensejam a absolvio sumria no procedimento

    comum (ordinrio e sumrio) e seu fundamento legal? Exemplifique cada

    uma.

    B) Quais so as hipteses que ensejam a absolvio sumria no procedimento

    do jri e seu fundamento legal? Exemplifique cada uma.

    Discursiva Direito Penal Questo 04

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimen

    to ao

    Quesito

    A) I - a existncia manifesta de causa excludente

    da ilicitude do fato; II - a existncia manifesta de

    causa excludente da culpabilidade do agente, salvo

    inimputabilidade; III - que o fato narrado

    evidentemente no constitui crime; IV - extinta a

    punibilidade do agente (0,25), conforme art. 397,

    CPP (0,25).

    0,50

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    B) I provada a inexistncia do fato; II provado

    no ser ele autor ou partcipe do fato; III o fato

    no constituir infrao penal; IV demonstrada

    causa de iseno de pena ou de excluso do crime,

    exceto inimputabilidade, salvo quando esta for a

    nica tese defensiva (0,50), conforme art. 415,

    CPP (0,25).

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 4

    EXERCCIO 11 PEA 07

    Diego, 64 anos de idade, casado, mecnico, honrado, respeitado por todos

    na cidade onde reside, primrio e de bons antecedentes, foi preso em

    flagrante delito na data de 30 de janeiro de 2015, por volta das 20:00h, por

    Rodolfo, agente da Polcia Federal no Estado de Amazonas. Na data dos fatos,

    Diego estava na festa paroquial quando Fernando, seu desafeto desde a

    infncia, chegou e comeou a proferir palavras de baixo calo, atingindo sua

    honra, bem como de seus familiares.

    No calor da discusso, Fernando deu um tapa em seu rosto e diante do fato

    presenciado por toda a cidade, no mesmo instante, com inteno de ferir,

    Diego arremessou uma pedra em direo a Fernando, mas como o mesmo se

    esquivou, a pedra acabou atingindo Patax, ndio da tribo Korubo, vindo a

    falecer minutos aps em decorrncia do ato praticado por Diego.

    Conduzido at a Delegacia da Polcia Federal, foi lavrado o termo de priso

    em flagrante e encaminhado para o Ministrio Pblico Federal que ofereceu

    denncia nos termos do artigo 121, 2, II, do Cdigo Penal. O juiz da 1

    Vara Federal Criminal e do Jri da Subseo Judiciria de Tabatinga/AM,

    recebeu a denncia, determinou a citao do ru para apresentar resposta

    acusao.

    No sendo hiptese de absolvio sumria, o juiz designou audincia de

    instruo, debates e julgamento, oportunidade que foram ouvidas as

    testemunhas arroladas pela acusao e pela defesa, nesta ordem, e ao final,

    o interrogatrio do ru. No havendo diligncias, o juiz concedeu prazo

    sucessivo para apresentao dos memoriais e ao final, em deciso proferida

    em 12/08/2015 (quarta-feira), pronunciou Diego nos termos da denncia,

    por haver prova da materialidade delitiva e da existncia de indcios

    suficientes de autoria.

    Com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser

    inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de Diego,

    redija a pea cabvel, exclusiva de advogado, capaz de reverter a deciso do

    juiz de primeiro grau, questionando eventuais ilegalidades, alegando para

    tanto toda a matria de direito pertinente ao caso.

    Date a pea com o ltimo dia do prazo legal, considerando a intimao da

    deciso no dia 17 de agosto de 2015 (segunda-feira).

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    Discursiva Direito Penal Pea 07

    Quesito Avaliado Faixa de

    Valores

    Atendiment

    o ao

    Quesito

    Item 1 - Endereamento da pea de interposio:

    Excelentssimo Senhor Juiz da 1 Vara Federal Criminal

    e do Jri da Subseo Judiciria de Tabatinga/AM

    0,25

    Item 2 - Pea: Recurso em Sentido Estrito (art. 581,

    inciso IV do CPP)

    0,25

    Item 3 - Pedido de reconsiderao: do juiz de 1 grau

    e indicao da norma (art. 589 do CPP)

    0,25

    Item 4 - Endereamento da pea de Razes: Tribunal

    Regional Federal da 1 Regio ou Tribunal Regional

    Federal da ____ Regio

    0,25

    Item 5 - Preliminar: Nulidade por Incompetncia da

    Justia Federal art. 564, I, do CPP Competncia da

    Justia Estadual Smula 140 STJ.

    1,00

    Item 6 - Tese de Mrito: Desclassificao para leso

    corporal seguida de morte art. 129, 3, CP

    1,00

    Item 7 - Pedido (0,25 cada):

    7.1) Conhecimento e provimento do recurso;

    7.2) Declarao da nulidade e remessa para a Justia

    Estadual;

    7.3) Desclassificao do delito de homicdio qualificado

    para o delito de leso corporal seguida de morte e

    7.4) Remessa para o Juzo singular nos termos do art.

    419 CPP

    1,00

    Item 8 - Data: 24 de agosto de 2015 0,50

    Item 9 - Estrutura correta: (diviso das partes,

    indicao de local, data, assinatura e demais

    formalidades inerentes estrutura da pea em anlise)

    0,50

    RESULTADO

    EXERCCIO 12 PEA 08

    Marcos Silva, brasileiro, solteiro, nascido em 23/04/1992, residente e

    domiciliado em So Paulo/SP, foi denunciado pelo Ministrio Pblico como

    incurso no artigo 157, pargrafo 2, incisos I, II, V do CP c/c art. 244-B, do

    ECA, por ter subtrado, no dia 17/05/2011, em conjunto com o adolescente

    I.A., para si ou para outrem, mediante violncia e grave ameaa exercida

    com emprego de arma de fogo, R$ 52,00 (cinquenta e dois) reais em espcie

    e um celular modelo H, avaliado em R$ 600,00 da vtima Ccero Santos,

    mantido com restrio de liberdade durante a ao da dupla. A denncia foi

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    recebida em 18 de setembro de 2012, pelo juiz da 1 Vara Criminal da

    Comarca da Capital de So Paulo, tendo sido o ru citado e apresentado no

    prazo legal a resposta acusao. A acusao arrolou como testemunha os

    policiais Joo e Maria. O acusado no arrolou testemunhas.

    O laudo pericial da arma foi juntado tendo sido constada sua potencialidade

    lesiva. Alm disso, foi juntada a folha de antecedentes criminais do ru, na

    qual consta condenao anterior por uma contraveno penal, cujo trnsito

    em julgado ocorreu em 08/01/2008.

    Na audincia de instruo, debates e julgamento realizada em 18/02/2015

    (quarta-feira), o magistrado ouviu a vtima Ccero que relatou os fatos,

    descrevendo que duas pessoas anunciaram o assalto; que tomaram o

    volante do carro; que foi colocado no banco de trs; que seus bolsos foram

    vasculhados e foram encontrados dinheiro e celular; que fora retirado do

    veculo; que foi deixado amarrado por um tempo e que ouvira o veculo

    deixando o local em direo via. Declarou ainda que no foi possvel ver o

    rosto de um dos agentes, mas na delegacia reconheceu, com certeza, o

    menor I. A. como um dos autores do delito.

    Aps, colheu o depoimento das testemunhas da acusao Joo e Maria que

    tomaram conhecimento dos fatos pela vtima, pois no mesmo dia foram

    acionados acerca de um roubo; que chegando ao local encontraram a vtima,

    Ccero dos Santos, ferido e assustado. Em diligencia pela regio,

    apreenderam o menor I.A. e Marcos que estavam prximos ao local onde fora

    abandonado o veculo, verificando, aps revista pessoal, que Marcos portava

    um celular idntico ao da vtima e R$ 250,00.

    Procedido o reconhecimento de pessoas, nos termos do artigo 226 e ss. do

    CPP, a vtima no conseguiu reconhecer nenhuma das pessoas ali expostas

    como autoras do delito, dentre elas o acusado.

    Por fim, interrogou-se o ru, o qual exerceu o direito constitucional de

    permanecer calado. Na fase de debates, o representante do Ministrio Pblico

    pugnou pela condenao do ru nos exatos termos da denncia. A defesa,

    dentre outros pedidos, postulou pela absolvio.

    Ao final da audincia de instruo, debates e julgamento o juiz condenou

    Marcos a pena de 8 (oito) anos de recluso e 20 (vinte) dias-multa, em

    regime inicial fechado, pelo delito previsto no artigo 157, 2, I, II e V, do CP

    e para o delito do artigo 244-B do ECA, aplicou a pena de 1 (um) ano e 3

    (trs) meses de recluso.

    Para a fixao da pena o magistrado procedeu da seguinte forma: fixou a

    pena-base do roubo em 4 (quatro) anos, acrescido de mais 1/3, na segunda

    fase da fixao da pena, pela reincidncia e mais 1/2 por estar presente 3

    (trs) causas de aumento de pena (uso de arma, concurso de pessoas e

    restrio de liberdade da vtima). Quanto corrupo de menores, foi fixada

    a pena mnima de 1 (um) ano de recluso, acrescido de 1/3 pela reincidncia

    do acusado. Aplicando-se a regra do concurso material, com base no artigo

    69, do CP, o total da pena ficou em 9 (nove) anos e 3 (trs ) meses de

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    recluso, em regime inicial fechado e mais 20 dias-multa. A acusao no

    recorreu, mas a defesa, em audincia, assinou o termo de apelao.

    Com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser

    inferidas pelo caso concreto acima, redija a pea cabvel, privativa de

    advogado, sustentando as teses jurdicas pertinentes, datando-a no ltimo

    dia do prazo.

    Discursiva Direito Penal Pea 08

    Quesito Avaliado Faixa

    de

    Valor

    es

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1. Endereamento correto da petio de juntada:

    Excelentssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1

    Vara Criminal da Comarca da Capital de So Paulo

    0,25

    2. Pea: Apelao - Indicao correta do dispositivo

    legal que fundamenta a pea - art. 600 do CPP

    0,25

    3. Razes: Egrgio Tribunal de Justia do Estado de

    So Paulo

    0,25

    4. Preliminar: Extino da Punibilidade pela

    Prescrio do crime descrito no art. 244-B do ECA

    arts. 107, IV c.c. 110, caput, 109, V, e 115, todos do

    Cdigo Penal

    1,00

    5.Mrito: Desenvolvimento jurdico acerca da falta de

    provas para a condenao absolvio art. 386,

    inciso VII, do CPP

    1,00

    6. Teses Subsidirias:

    Reduo da pena aplicao da causa de aumento

    no mnimo legal Smula 443 do STJ

    0,50

    7. Reduo da Pena: afastamento da reicindncia -

    art. 63, CP

    0,25

    8. Reduo da Pena: reconhecimento da atenuante

    da menoridade art. 65, I, CP

    0,25

    9. Regime inicial semiaberto, art. 33, 2, b, do CP 0,25

    10. Pedidos: (0, 10 cada)

    - Conhecimento e provimento do recurso;

    - Extino da punibilidade pela prescrio art. 107,

    IV, CP;

    - Absolvio art.386, inciso VII, do CPP;

    - reduo da pena causa de aumento

    - reduo da pena afastamento da reincidncia

    - reduo da pena atenuante menoridade

    - regime semiaberto

    0,70

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    10. Prazo: 26/02/2015 (quinta-feira) 0,15

    11. Estrutura correta (diviso das partes / indicao

    de local, assinatura)

    0,15

    RESULTADO

    Nota na Discursiva Direito Penal Pea 08

    EXERCCIO 13 BLOCO DE QUESTES 05

    Questo 1

    Joo, com 20 anos de idade, foi condenado por sentena publicada em 04 de

    maro de 2013, a pena de 1 ano e 3 meses de recluso, mais multa, por

    crime de estelionato praticado em 04 de fevereiro de 2012. A deciso

    transitou em julgado para o Ministrio Pblico em 25 de maro de 2013. Em

    07 de maio de 2015, o Tribunal de Justia proferiu o julgamento do recurso

    da defesa.

    A) Ao julgar o recurso de apelao do acusado, o Tribunal de Justia deve

    reconhece qual espcie de prescrio? Justifique e fundamente sua resposta.

    B) Qual a natureza jurdica da deciso que reconhece a prescrio? Justifique

    e fundamente sua resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 01

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Aplica-se ao caso a prescrio da pretenso

    punitiva intercorrente ou superveniente, art.

    110, 1, CP.

    0,75

    b) A deciso que reconhece a prescrio tem

    natureza jurdica de causa de extino da

    punibilidade, art. 107, IV, do CP.

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 1

    Questo 2

    Ticio foi julgado pelo Tribunal do Jri em razo da prtica de um crime doloso

    contra a vida. No momento dos debates em plenrio, o Promotor de Justic a

    procedeu leitura para os jurados de alguns trechos do acordo que manteve

    a sentenca de pronncia contra o ru. O advogado que estava na defesa do

    ru impugnou essa conduta e pediu que constasse em ata este fato, nos

    seguintes termos: senhores jurados, no sou eu que afirmo ser o ru

    culpado, na sentena de pronncia, o Dr. Sicrano, juiz de direito, que estudou

    muito e passou em concurso extremamente difcil, reconheceu que havia

    indcios de que o ru aqui presente praticou um homicdio, e esse tambm

    o entendimento dos desembargadores do Tribunal, alm de ser um homem

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    perigoso, conforme documento que passo a ler.... Sabe-se que na mesma

    sesso plenria, o juiz-presidente determinou que o ru fosse algemado. O

    advogado de defesa tambm impugnou a determinao, sob a alegao de

    que o ru foi denunciado por homicdio doloso, com pena reduzida em razo

    do relevante valor moral de sua conduta, pois cometera homicdio eutansico,

    e que, alm do mais, portador de necessidades especiais (cadeirante),

    tambm consignado em ata aps indeferimento do pleito. O acusado foi

    condenado.

    A) A conduta do Promotor, impugnada pelo Advogado de defesa, proibida

    pelo ordenamento jurdico? Fundamente.

    B) No presente caso, lcito o uso de algemas no ru em sesso plenria?

    Justifique e fundamente.

    Discursiva Direito Penal Questo 2

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Sim, sob pela de nulidade, conforme art.

    478, I, CPP;

    0,75

    b) No, o ru no preenche os requisitos

    autorizadores do uso de algemas (0,25), art.

    474, 3, CPP (0,25) e smula vinculante n.

    11, STF (0,25).

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo

    2

    Questo 3

    Maria foi denunciada, por, supostamente, ter prestado declarao falsa as

    autoridades fazendrias, aps a correspondente consolidao do dbito fiscal

    na esfera administrativa, mediante deciso transitada em julgado.

    Condenada na ao penal, Maria, interps apelao na qual suscitou a

    ausncia de justa causa para a ao penal, sob o fundamento de que o dbito

    se encontrava "sub judice", em razo do ajuizamento de ao anulatria,

    circunstncia que, segundo o seu argumento, impossibilitaria o exame da

    questo na esfera criminal. Com base na situao hipottica apresentada,

    responda:

    A) Maria praticou conduta tpica, ilcita e culpvel? Fundamente.

    B) Suposto ser ilcita a conduta cometida por Maria, a ao anulatria de

    dbito fiscal obsta o exame da questo na esfera criminal? Fundamente.

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    Discursiva Direito Penal Questo 03

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    a) Sim, previsto no art. 1, I, da Lei n.

    8137/90;

    0,50

    b) A ao anulatria no obsta a ao penal,

    pois as esferas cvel e criminal so

    independentes.

    0,75

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 3

    Questo 4

    No dia 4 de fevereiro de 1992 Aroldo estuprou Alcides, sua companheira. Os

    fatos foram investigados, provas perciais e testemunhais foram produzidas,

    o inqurito policial foi relatado e a autoridade policial concluiu pela

    materialidade do crime de estupro e certeza da autoria. A denncia foi

    recebida pelo juiz da 10 Vara Criminal no dia 4 de janeiro de 1994 e a

    instruo criminal seguiu sem qualquer irregularidade culminando com sua

    condenao em 15 de julho de 1995 a 6 anos de recluso, em regime

    fechado, cujo trnsito foi certificado nos autos em julgado 22 de julho de

    1995. No dia 22 de julho de 1995 foi encaminhado Penitncia de Segurana

    Mxima e, durante uma rebelio, fugiu em 15 de agosto de 1995. Aroldo

    tido pela justia como foragido, tendo sido recapturado aps uma operao

    militar de rotina no Estdio do Pacaembu, em 7 de maio de 2015.

    A) A punibilidade est extinta pela ocorrncia da prescrio da pretenso

    propriamente dita, retroativa ou intercorrente? Justifique.

    B) A punibilidade est extinta pela ocorrncia da prescrio da pretenso

    executria? Justifique.

    Discursiva Direito Penal Questo 04

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimen

    to ao

    Quesito

    a) No, por no preencher os artigos 109, 111,I,

    110, 1, todos do CP;

    0,25

    b) Sim, conforme artigos 109, III, 110, caput, 112,

    II, e 113, todos do CP.

    1,00

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 4

    EXERCCIO 14 BLOCO DE QUESTES 06

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    Questo 1

    Clovis e Astolfo foram processados por manterem em depsito no interior de

    sua residncia, 50 pedras de crack, com o fim de entregar a consumo ou

    fornecer, ainda que gratuitamente, sem autorizao e em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar. No curso do processo, a defesa de Clovis

    requereu a realizao de exame pericial e por laudo acostado nas fls. 450/460

    dos autos, constatou-se que em razo de dependncia alcolica, Clovis

    portador de psicopatia traumtica aguda, e que era, ao tempo da ao,

    inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-

    se de acordo com esse entendimento. Mesmo assim, o juiz condenou ambos

    os rus pelo delito previsto no artigo 33 da Lei n. 11.343/06. Considerando

    que o advogado dos rus foi intimado da sentena em 25/06/2015, responda

    fundamentadamente:

    A) Qual a medida judicial cabvel possvel de reverter a deciso? Qual a

    principal tese de defesa a ser arguida em relao ao ru Clovis? Justifique e

    fundamente a sua resposta.

    B) Poder a mesma tese ser alegada em favor de Astolfo? Justifique e

    fundamente sua resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 01

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item a - Recurso de Apelao, com

    fundamento no artigo 593, I, do CPP (0,25).

    Causa excludente da culpabilidade, por

    inimputabilidade, proveniente de doena

    mental, com fundamento no artigo 26, caput,

    CP (0,50).

    0,75

    Item b - No, pois no se comunica as

    circunstncias e as condies de carter

    pessoal, salvo quando elementares do crime

    Artigo 30 do CP. (0,50).

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 1

    Questo 2

    Cleber foi denunciado pelo delito previsto no art. 121, 2, inc. II, Cdigo

    Penal, pois no dia 23/09/2010 teria matado seu amigo, Pedro, durante uma

    discusso sobre a desclassificao do seu time de futebol da Libertadores. A

    denncia foi recebida e, no decorrer da instruo processual, a defesa

    requereu exame de insanidade mental do acusado. Juntado o laudo de

    referido exame, comprovou-se que Cleber, ao tempo da ao, em razo de

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    retardamento mental, era inteiramente incapaz de entender o carter ilcito

    do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Nos debates,

    a defesa apresentou outras teses defensivas e requereu a absolvio sumria

    do acusado, com fundamento no artigo 415, IV, do CPP. Com base somente

    nas informaes que o enunciado disponha, responda de forma

    fundamentada e justificada:

    A) Poder o Juiz absolver sumariamente o acusado? Justifique sua resposta.

    B) Qual a providencia a ser adotada pelo Juiz, caso constate que a doena

    mental sobreveio infrao penal? Fundamente sua resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 02

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item a - No poder absolver sumariamente

    o acusado porque no foi a nica tese arguida

    pela defesa Artigo 415, pargrafo nico, do

    CPP. (0,75)

    0,75

    Item b - Suspenso do Processo, Art. 152,

    CPP.

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 2

    Questo 3

    No dia 04/08/2015, Bianca, primria, sem antecedentes, caminhava pela rua

    aps sair do seu trabalho e encontrou, numa esquina, um celular identificado

    e totalmente desbloqueado. Sem conseguir localizar e manter contato com o

    dono do referido aparelho, Bianca, em 18/08/2015, dirigiu-se at o distrito

    policial para entregar o referido aparelho. Diante dos fatos narrados, o

    delegado instaurou inqurito policial e indiciou a acusada pelo delito de

    apropriao de coisa achada. Remetido os autos para o Ministrio Pblico o

    mesmo a denunciou pelo delito mencionado. Com base somente nos dados

    fornecidos pelo enunciado, responda:

    A) Poderia o Ministrio Pblico ter denunciado Bianca pelo delito mencionado

    no enunciado? Justifique e fundamente sua resposta.

    B) Se Bianca se apoderasse do celular que encontrava-se no interior de um

    estabelecimento particular e era procurado no mesmo momento pelo seu

    proprietrio, tambm incorreria no delito mencionado no enunciado?

    Fundamente e justifique sua resposta.

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    Discursiva Direito Penal Questo 03

    Quesito avaliado Faixa de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    Item a - No, porque o objeto foi entregue

    antes do decurso do prazo de 15 dias e o

    delito no se consumou, tornando-se o fato

    atpico Artigo 169, II, do CP (0,75).

    0,75

    Item b - No, Bianca comete o crime de furto

    Artigo 155 do CP (0,50).

    0,50

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 3

    Questo 4

    Feliciano, 23 anos, primrios, bons antecedentes, querendo comprar um tnis

    importado e sem conseguir guardar a quantia suficiente, resolveu falsificar o

    carto de crdito de seu amigo Tlio, fazendo constar dados falsos, de modo

    a facilitar futuras fraudes. Finalizada a fraude e antes mesmo de usar o

    carto, o mesmo foi apreendido pela autoridade policial em uma blitz de

    rotina. O delegado registrou a ocorrncia e encaminhou os autos para o

    Ministrio Pblico, o qual ofereceu denncia nos termos do artigo 297, 2

    do CP, pois o carto equipara-se, para fins penais, falsificao de nota

    promissria e de cheque, ttulos de crdito equiparados a documento pblico.

    Recebida a denncia, o ru foi citado o qual apresentou resposta acusao

    dentro do prazo legal. No sendo hiptese de absolvio sumria, foi

    designada audincia de instruo e julgamento respeitado o disposto no

    artigo 400 do CPP. Finalizada, o Ministrio Pblico requereu a condenao do

    acusado nos termos da denncia. Considerando somente os elementos

    fornecidos pelo caso concreto, responda fundamentadamente:

    A) Qual a pea processual cabvel? O que poderia ser alegado em sua defesa?

    Justifique e fundamente sua resposta.

    B) Considerando que Feliciano, utilizando-se de um carto de crdito clonado,

    realiza a compra do tnis, obtendo-se assim, a vantagem ilcita, est conduta

    tpica se amolda ao delito do artigo 297, 2 do CP? Se sim, por qu? Se no,

    qual o delito se enquadra? Consumado ou tentado? Fundamente e justifique

    sua resposta.

    Discursiva Direito Penal Questo 04

    Quesito avaliado

    Faixa

    de

    Valore

    s

    Atendimen

    to ao

    Quesito

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    Item a - Memoriais, artigo 403, 3 do CPP (0,25).

    Desclassificao para o delito do artigo 298,

    pargrafo nico, CP (0,25); aplicao da

    suspenso condicional do processo, artigo 89, da

    Lei n. 9.099/95 (0,25); Teses subsidirias: 1)

    fixao da pena-base no mnimo legal (art. 59 do

    CP); 2) regime aberto (art. 33, 2, c, do CP); 3)

    substituio da pena privativa de liberdade por

    restritiva de direito (art. 44 do CP) e a 4)

    suspenso condicional da pena (art. 77 do CP)

    (0,25)

    1,00

    Item b - No, configura o delito de estelionato

    (artigo 171 do CP), consumado, diante da

    obteno de vantagem ilcita e do prejuzo alheio

    (0,25)

    0,25

    RESULTADO

    Nota na Discursiva - Direito Penal Questo 4

    EXERCCIO 15 PEA 09

    Marisa Albuquerque, durante os ltimos 10 anos, sem a ajuda de irmos e

    familiares, cuidou de sua me portadora de seria doena degenerativa. As

    despesas mensais de Marisa eram custodiadas por seu salrio e pelo auxlio

    doena pago sua me pela Previdncia Social.

    Aps o falecimento da me, Marisa, objetivando cumprir com as despesas

    funerrias, alm de outras dvidas decorrentes de remdios e constantes

    consultas mdicas, continuou recebendo, fraudulentamente, todos os meses,

    o mencionado benefcio.

    Por medo da consequncia de sua conduta, antes de iniciado o procedimento

    administrativo, espontaneamente Marisa procurou a Previdncia Social e

    efetuou o pagamento do valor sacado devidamente atualizado.

    Conforme levantamento realizado pela Previdncia Social os saques

    realizados por Marisa totalizaram a somatria de R$ 25.000,00.

    Regularmente processada, Marisa foi condenada ao cumprimento de uma

    pena de 2 anos de recluso e multa, pelo cometimento do crime previsto no

    art. 171, 3, do Cdigo Penal (estelionato com pena majorada) em regime

    aberto, tendo em vista o registro de uma condenao pelo cometimento de

    furto e receptao, cuja penas foram integramente cumpridas no ano de

    1996.

    A defesa de Marisa Albuquerque interps recurso de apelao contra a

    sentena de mrito que teve seu provimento negado, por maioria de votos,

    pela 1 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio.

    Sabe-se que restou vencido o voto que acolhia a i) reduo da pena de 1/3 a

    2/3, proveniente da aplicao do artigo 16 do Cdigo Penal (arrependimento

    posterior) e ii) a substituio da pena privativa de liberdade, em regime

    aberto, por pena restritiva de direitos.

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    O acrdo foi publicado em 07 de agosto de 2015 (sexta-feira). Como

    advogado contratado, adote a medida cabvel objetivando defender os

    interesses de Marisa datando-a no ltimo dia do prazo.

    Discursiva Direito Penal Pea 09

    Quesito Avaliado Faixa de

    Valores

    Atendime

    nto ao

    Quesito

    1. Excelentssimo Senhor Doutor Desembargador

    Relator do Recurso de Apelao n. ..., da ... 1

    Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio.

    0

    0,25

    2. Razes endereadas ao Tribunal Regional Federal

    da 4 Regio

    0

    0,25

    3. Embargos Infringentes com fundamento no art.

    609, pargrafo nico CPP

    0

    0,25

    4. Arrependimento posterior, conforme artigo 16 do

    Cdigo Penal.

    1

    1,50

    5. Substituio da pena privativa de liberdade por

    restritiva de direitos, conforme art. 44 do Cdigo

    Penal.

    1

    1,50

    6. Pedido: Conhecimento e provimento do recurso,

    acolhimento do voto vencido.

    0

    0,50

    7. Prazo: 19/08/2015 (quarta-feira) 0

    0,50

    Estrutura Correta (diviso das partes / indicao de

    local, assinatura)

    0

    0,25

    EXERCCIO 16 PEA 10

    Robson Ferreira, brasileiro, casado, empresrio, foi denunciado como incurso

    no artigo 121, pargrafo 2, incisos I, III e IV, c.c. o artigo 29, todos do

    Cdigo Penal, por ter, supostamente, sido o autor intelectual da morte de

    Gustavo Amaro.

    Ao fim da judicium accusationis, o ru foi pronunciado nos exatos termos da

    exordial acusatria e submetido ao Conselho de Sentena, ocasio na qual,

    afastada a qualificadora prevista no art. 121, 2, I, foi condenado a pena de

    15 (quinze) anos e 8 (oito) meses de recluso, a ser cumprida em regime

    integralmente fechado.

    Irresignada, somente a defesa de Robson Ferreira interps recurso de

    apelao, com fundamento no art. 593, III, a, do Cdigo de Processo Penal,

    o qual foi provido, anulando-se o julgamento anterior.

    Em novo julgamento perante o Jri Popular, Robson foi condenado outra vez,

    nos exatos termos da pronncia, sendo-lhe imposta a reprimenda de 17

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    (dezessete) anos de recluso, em regime integralmente fechado, cujo

    trnsito em julgado para as partes ocorreu em 29 de janeiro de 2015.

    Procurado pela famlia de Robson, adote a medida judicial, privativa de

    advogado, cabvel situao hipottica apresentada.

    Discursiva Direito Penal Pea 10

    Quesito Avaliado Faixa

    de

    Valores

    Atendimento

    ao Quesito

    1 - Endereamento da pea de interposio -

    Tribunal de Justia Excelentssimo Senhor

    Doutor Desembargador Presidente do Egrgio

    Tribunal de Justia do Estado de ___

    0,50

    2 - Indicao dos dispositivos legais que

    fundamentam a Reviso Criminal art. 621, I, do

    CPP

    0,50

    3 - Violao ao princpio da vedao a

    reformatio in pejus indireta, no tocante

    dosimetria da pena artigo 617 CPP

    1,50

    4 - Vedao de cumprimento da pena em

    regime integralmente fechado, conforme art.

    2, 1, da Lei 8.072/90

    1,50

    5 - Pedidos: Procedncia da ao nos termos

    do artigo 626 do CPP; fixao da pena nos

    moldes do primeiro julgamento e cumprimento

    da pena em regime inicial fechado

    0,75

    6 - Estrutura correta (diviso das partes /

    indicao de local, assinatura)

    0,25

    RESULTADO

    Nota na Discursiva Direito Penal Pea 10

    EXERCCIO 17 PEA 11

    Aderbal Horta, brasileiro, solteiro, nascido em 28/08/1990, em Amparo/SP,

    residente na rua Homem de Melo, 512, Perdizes, So Paulo-SP, foi preso em

    flagrante delito no dia 12/05/2015.

    Em 27/07/2015 foi denunciado como incurso nas sanes previstas nos

    artigos 16, pargrafo nico, VI, e art. 18, ambos da Lei 10.826/2003, de

    acordo com o disposto no art. 69 do Cdigo Penal.

    Requerida a liberdade provisria do acusado, aps manifestao contrria do

    Parquet, o pleito restou indeferido pelo juiz, mesmo reconhecendo a sua

    primariedade e seus bons antecedentes, sob a justificativa de ser impossvel

    seu acolhimento, pois os crimes imputados a Aderbal Horta so

    extremamente graves e a prova indiciria apresentada at o momento,

  • Segunda Fase OAB XVII EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno

    indicam que, provavelmente, o acusado um soldado do trfico, s sendo

    possvel a apurao com a exatido devida durante a instruo criminal. Na

    mesma oportunidade converteu a priso em flagrante em preventiva,

    invocando os mesmos argumentos anteriormente expostos.

    Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal competente,

    sendo a ordem denegada adotando como razo de decidir os argumentos

    apresentados pelo juzo a quo, invocando ainda o disposto no artigo 21 da

    Lei 10.826/2003. Considerando a situao hipottica apresentada e que voc

    foi intimado de referida deciso denegatria no dia 24/08/2015 (segunda-

    feira), adote a medida judicial cabvel, protocolando-a no ltimo dia do prazo.

    Discursiva Direito Penal Pea 11

    Quesito Avaliado Faixa

    de

    Valore

    s

    Atendiment

    o ao

    Quesito

    1 Endereamento correto da petio de

    interposio (Tribunal Regional Federal da ...

    Regio) (0,25)

    0,25

    2 - Indicao correta dos dispositivos legais que

    do ensejo ao Recurso Ordinrio em Habeas

    Corpus art. 105, II, a da CF (0,25) e art. 30 da

    Lei 8.038/90 (0,25)

    0,50

    3 - Endereamento correto das razes: Superior

    Tribunal de Justia (0,25)

    0,25

    4 - Desenvolvimento jurdico acerca da

    possibilidade da liberdade provisria em face da

    inconstitucionalidade do artigo 21 da Lei n.

    10.826/03. (1,00)

    1,00

    5 - Desenvolvimento jurdico acerca da

    manifestao inidnea: priso cautelar deve ser

    decretada com base no caso concreto, no

    podendo ser fundamentada em presunes do

    julgador nem n