exercício físico e música: uma relação expressiva · -fisico e musica uma relacao...

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Exercício físico e música: uma relação expressiva Discente em formação do curso de Licenciatura Plena em Educação Física , da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Campus Jequié Mônica Oliveira Silva dos Santos [email protected] (Brasil) Resumo Através de estudos cientificos já se tem comprovado a importância da prática regular de exercícios físicos na vida de um indivíduo; Um programa de exercício físico pode , a depender dos objetivos, promover o emagrecimento, a flexibilidade, a agilidade ou melhoria da aptidão cardiorepiratória, sendo assim, passa a influênciar potencialmente a vida do sujeito, seu estado de ânimo, seu bem estar. Neste contexto, a música que é um bem comum da humanidade, possui aspectos semelhantes, tendo por virtude também influênciar o estado psicofisiológico do ser humano. Sendo assim, a pesquisa vem com o objetivo de investigar a interação entre dois elementos a música e o exercício físico, capazes de modificar ou influênciar o estado físico e comportamental do homen, consequentemente, contribuindo assim para alterar a percepção de determinadas sensações humanas. Conhecer os processos psicofsiológicos que permeiam esta interação é o caminho que esta pesquisa científica ultilizou para explicar a relação expressiva da música no exercicío. Para isso, foi aplicado um experimento com 10 pessoas com idade entre 18 a 30 anos, sendo elas 5 homens e 5 mulheres, aonde estas pessoas participaram de 4 sessões de caminhada, em que foram ouvindo músicas populares de Rock Roll, outra de Axé Music, outra de Dance e também uma sessão não ouvindo nada . A metodologia utilizada foi pesquisa exploratória de abordagem qualitativa e a amostragem foi não-probabilística. Os resultados da análise dos dados permitiram afirmar que a música possui de fato uma grande expressividade durante o exercício físico, podendo assim afetar o rendimento, freqüência cardíaca e a motivação dos praticantes. Através da pesquisa, a conclusão confirma os achados da literatura e inclui o rendimento físico como fator cujos resultados, também são afetados pela música. Unitermos: Exercícios físicos. Caminhada. Motivação. Música. Rendimento. Abstract Scientific studies has already shown the importance of regular practice of physical exercises to people in general; A program of physical exercise may, depending on the goals, to promote weight loss, flexibility, agility or the heart and lung capabilities improvement, and thus, it becomes a potentially influence in the physical exercise practitioneries life, them state of mind and welfare. In this context, the music that is a common of humanity, has similar properties, by the way, also influences psycho and physiological aspects of human beings. Therefore, this work is aiming to investigate the interaction between two elements: music and physical exercises, both are capable to change or influencing the physical state and behavior of humans, thus helping to change the perception of some human feelings. Occurs know the psycho and physiological processes that permeate how this interaction this is the way that scientific research used to explain the expressive relationship of the music in the physical exercises. For this, an experiment was applied with 10 people aged 18 to 30 years, and they 5 men and 5 women, in which, these people participated in 4 sessions of walking, they were listening to Rock’n Roll music, one of Axe Music , another of Dance and also a session not listening to anything. The methodology used was exploratory research in a qualitative approach and was non-probability sampling. The results of the analysis of data to clarify that music has in fact a great expressiveness during the exercise, and may well affect the performance, heart rate and motivation of participants. Through research, the conclusion confirms the findings of literature and includes the physical performance as a factor whose results, are also affected by the music. Keywords: Physical exercises. Hiking. Motivation. Music. Yield. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 122 - Julio de 2008 Introdução Durante vivências pessoais em academias, pode observar que há sempre nelas a presença de músicas, o que ajudava a estabelecer o ritmo dos exercícios dos praticantes e a distraí-los, contudo todas as pessoas ouviam as mesmas músicas, mas nem todas as pessoas tinham o mesmo gosto, sendo assim, nesta situação em específico, a música quando era desagradável ao gosto pessoal de algum indivíduo ao invés de ajudá-lo, atrapalhava o desempenho físico dele. Partindo deste pressuposto, nasceu a hipótese de que a música tem uma relação muito forte com o estado psicofisiológico do sujeito, tendo assim, uma relação direta com o seu rendimento na prática do exercício físico. A partir desta hipótese foi formulado o seguinte questionamento: Qual a relação da música no exercício físico? Para averiguar esta hipótese e responder a este questionamento que foi criado o projeto de pesquisa desta monografia, que vem a esclarecer qual a importância da música durante o exercício físico, através de um estudo da literatura existente e uma pesquisa no campo, onde dez indivíduos foram submetidos a quatro sessões de caminhada. Com os dados fornecidos pela pesquisa e pelos achados da literatura, foi possível responder cientificamente como Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Año 13, Nº 122, Julio de 2008. http://www.efdeportes.com/efd122/exercicio-fisico-e-musica-uma-relacao-expressiva.htm

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Exercício físico e música: uma relação expressiva

Discente em formação do curso de Licenciatura Plena

em Educação Física , da Universidade Estadual do

Sudoeste da Bahia ­ UESB, Campus Jequié

Mônica Oliveira Silva dos Santos [email protected]

(Brasil)

Resumo

Através de estudos cientificos já se tem comprovado a importância da prática regular de exercícios físicos na vida de um indivíduo; Um programa de exercício

físico pode , a depender dos objetivos, promover o emagrecimento, a flexibilidade, a agilidade ou melhoria da aptidão cardiorepiratória, sendo assim, passa a

influênciar potencialmente a vida do sujeito, seu estado de ânimo, seu bem estar. Neste contexto, a música que é um bem comum da humanidade, possui aspectos

semelhantes, tendo por virtude também influênciar o estado psicofisiológico do ser humano. Sendo assim, a pesquisa vem com o objetivo de investigar a interação

entre dois elementos a música e o exercício físico, capazes de modificar ou influênciar o estado físico e comportamental do homen, consequentemente, contribuindo

assim para alterar a percepção de determinadas sensações humanas. Conhecer os processos psicofsiológicos que permeiam esta interação é o caminho que esta

pesquisa científica ultilizou para explicar a relação expressiva da música no exercicío. Para isso, foi aplicado um experimento com 10 pessoas com idade entre 18 a 30

anos, sendo elas 5 homens e 5 mulheres, aonde estas pessoas participaram de 4 sessões de caminhada, em que foram ouvindo músicas populares de Rock Roll, outra

de Axé Music, outra de Dance e também uma sessão não ouvindo nada . A metodologia utilizada foi pesquisa exploratória de abordagem qualitativa e a amostragem foi

não­probabilística. Os resultados da análise dos dados permitiram afirmar que a música possui de fato uma grande expressividade durante o exercício físico, podendo

assim afetar o rendimento, freqüência cardíaca e a motivação dos praticantes. Através da pesquisa, a conclusão confirma os achados da literatura e inclui o

rendimento físico como fator cujos resultados, também são afetados pela música.

Unitermos: Exercícios físicos. Caminhada. Motivação. Música. Rendimento.

Abstract

Scientific studies has already shown the importance of regular practice of physical exercises to people in general; A program of physical exercise may,

depending on the goals, to promote weight loss, flexibility, agility or the heart and lung capabilities improvement, and thus, it becomes a potentially influence in the

physical exercise practitioneries life, them state of mind and welfare. In this context, the music that is a common of humanity, has similar properties, by the way, also

influences psycho and physiological aspects of human beings. Therefore, this work is aiming to investigate the interaction between two elements: music and physical

exercises, both are capable to change or influencing the physical state and behavior of humans, thus helping to change the perception of some human feelings.

Occurs know the psycho and physiological processes that permeate how this interaction this is the way that scientific research used to explain the expressive

relationship of the music in the physical exercises. For this, an experiment was applied with 10 people aged 18 to 30 years, and they 5 men and 5 women, in which,

these people participated in 4 sessions of walking, they were listening to Rock’n Roll music, one of Axe Music , another of Dance and also a session not listening to

anything. The methodology used was exploratory research in a qualitative approach and was non­probability sampling. The results of the analysis of data to clarify

that music has in fact a great expressiveness during the exercise, and may well affect the performance, heart rate and motivation of participants. Through research,

the conclusion confirms the findings of literature and includes the physical performance as a factor whose results, are also affected by the music.

Keywords: Physical exercises. Hiking. Motivation. Music. Yield.

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital ­ Buenos Aires ­ Año 13 ­ N° 122 ­ Julio de 2008

Introdução

Durante vivências pessoais em academias, pode observar que há sempre nelas a presença de músicas, o que

ajudava a estabelecer o ritmo dos exercícios dos praticantes e a distraí­los, contudo todas as pessoas ouviam as

mesmas músicas, mas nem todas as pessoas tinham o mesmo gosto, sendo assim, nesta situação em específico, a

música quando era desagradável ao gosto pessoal de algum indivíduo ao invés de ajudá­lo, atrapalhava o desempenho

físico dele. Partindo deste pressuposto, nasceu a hipótese de que a música tem uma relação muito forte com o estado

psicofisiológico do sujeito, tendo assim, uma relação direta com o seu rendimento na prática do exercício físico. A

partir desta hipótese foi formulado o seguinte questionamento: Qual a relação da música no exercício físico?

Para averiguar esta hipótese e responder a este questionamento que foi criado o projeto de pesquisa desta

monografia, que vem a esclarecer qual a importância da música durante o exercício físico, através de um estudo da

literatura existente e uma pesquisa no campo, onde dez indivíduos foram submetidos a quatro sessões de caminhada.

Com os dados fornecidos pela pesquisa e pelos achados da literatura, foi possível responder cientificamente como

Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Año 13, Nº 122, Julio de 2008. http://www.efdeportes.com/efd122/exercicio-fisico-e-musica-uma-relacao-expressiva.htm

se processa essas alterações psicofisiológicas (as alterações estudadas foram rendimento, motivação e frequência

cardíaca), que são de fato significativas. Além disso, através da pesquisa foi possível descobrir que o rendimento

também é um dos fatores afetados pela música, pois a literatura pesquisada só faz referência a freqüência cardíaca

dos praticantes, o humor e o estado de motivação como fatores afetados pela música durante o exercício físico.

Desta forma, o estudo aponta que a música de fato tem expressividade durante o exercício físico, aonde a palavra

expressividade e utilizada no sentido de importante e/ou significativa, podendo causar alterações físicas e psicológicas,

que vão implicar no desempenho dos indivíduos que utilizam música para a prática de caminhadas.

De forma conclusiva, a metodologia utilizada foi pesquisa de campo, exploratória, qualitativa, transversal de

amostragem não probabilística por critério de acessibilidade (GIL, 1996).

1. Revisão de literatura

A influência da música no exercício físico

Não é difícil perceber o quanto a música está lincada ao exercício físico, basta ir a uma academia, clube ou algum

outro espaço em que as pessoas estejam se exercitando, que é visível a olho nu muitas delas utilizando aparelhos

sonoros para estabelecer o ritmo de seu exercício ou simplesmente dístrai­los durante ele.

Em diversos exercícios físicos o aspecto da dor, do cansaço e dá monotonia estão presentes, como por exemplo,

pedalar uma bicicleta ergométrica dentro de uma academia, se não houver um elemento que distraia o indivíduo

durante este exercício ele pode ser extremamente enfadonho, principalmente por ser repetitivo, eis que nasce então a

necessidade de escutar música como um elemento capaz também de distrair o indivíduo.Observamos que durante um

jogo de basquete, voleibol ou futebol, muito raramente se ver algum jogador escutando música, isto porque estes

esportes não são repetitivos, não está se falando aqui dá preparação física ou do treinamento, mas do jogo em si,

pois, por mais que ele tenha movimentos estereotipados próprios de cada desporto, o jogo requer que a atenção do

individuo esteja voltada para ele, pois ele possui uma constante mudança de movimentação, comportamento e

estratégia. O que não acontece, ao correr em uma pista, fazer ginástica localizada, musculação e entre outros

exercícios que possuem a repetição mecânica como elemento principal, é neles que a percepção de dor fica mais

nítida, pois a atenção do individuo fica focada em suas próprias sensações de cansaço e dor, sendo assim necessário

um elemento capaz de desvincular a atenção da pessoa para outro estímulo que seja mais prazeroso, e neste

momento que a música durante o exercício físico ganha significância e contorno.

Sobre isto Valin afirma que:

De acordo com Tame (1984), a música pode afetar a energia muscular, elevar ou diminuir os

batimentos cardíacos, influenciar na digestão. Csikszentmihalyi (1192) afirma que uma das funções da

música é dirigir a atenção do ouvinte para padrões adequados a um determinado estado de ânimo, além

de afastar o tédio e a ansiedade. A música nas atividades é utilizada no sentido de motivar a

continuidade dos exercícios físicos ou de distrair o praticante de estímulos não prazerosos como

cansaço, dor ou até tenção psicológica. (VALIN, 2007).

Além disso, Todres afirma que:

Os efeitos da música na redução da dor se explicam pela teoria do portal do controle da dor. A

música age como um estímulo em competição com a dor, distrai o paciente e desvia sua atenção da dor,

modulando, desta forma, o estímulo doloroso. Estudos de imagem do cérebro mostraram atividade nos

contornos auditivos, no córtex auditivo e no sistema límbico em resposta a música. Mostrou­se que a

música é capaz de baixar níveis elevados de estresse e que certos tipos de música, tais como a música

meditativa ou clássica lenta, reduzem os marcadores neuro­hormonais de estresse. (TODRES, 2007).

Contudo, a música não serve somente para distrair um individuo, mais também para estabelecer o ritmo de sua

atividade física. Isto é fácil de ser visualizado na dança, onde a música institui o grau de movimentação corpórea, mas

a música também faz isto em exercícios de repetição mecânica, pois a pessoa pode acelerar ou diminuir sua

movimentação a depender do ritmo musical. Isto é muito comum em exercícios como o “step” que geralmente

presente em academias de ginástica utilizam a música como o marca passo do seu movimento, é a música que

estabelece o seu ritmo.

Sobre isto Martins afirma que:

Mais uma vez a presença da música durante o exercício poderia ser considerada relevante, fazendo

com que a prática deste seja facilitada pelos ritmos que a música provê, já que o próprio organismo

trabalha sobre seus ritmos específicos. Ou seja, o organismo está familiarizado com o ritmo, tendo em

vista que ele mesmo tem os seus. Consequentemente, se o exercício for “guiado” por um ritmo musical,

o organismo “entenderá está informação, deixando­se levar pela música, facilitando assim a execução

do movimento. (MARTINS, 1996, p.19).

Se a música estabelece o ritmo do exercício físico, consequentemente ela vai influenciar no rendimento do indivíduo,

pois quanto mais estimulado pela música ele estiver mais ele tenderá a ter um melhor desempenho, além disso, ele

terá sua percepção de dor e cansaço desvinculada, o que o ajudara também a ter um melhor desempenho físico. Tudo

isto, é explicado através da teoria da Percepção Seletiva de Broadbent (1958) e a teoria da Atenção Restrita de

Hernandez Peon(1961), ambos citados por Martins(1996) em “A influência da música na atividade física”, onde estes

teóricos afirmam que:

[...] o sistema nervoso pode somente atender a estímulos ambientais limitados­a qualquer momento

enquanto omite outro estímulo desagradável e extrínseco. Assim, a habilidade de um indivíduo resistir

em uma tarefa física baseada em um estímulo auditivo agradável pode ser explicada através do bloqueio

de uma transmissão sensorial em um “caminho” para facilitar a transmissão de atividade elétrica em

outro “caminho” eferente. (MARTINS, 1996, p.18).

Sobre isto Martins ainda afirma que:

[...] tem explicado o processo de atenção seletiva pela limitada capacidade de processamento de

informações do sistema nervoso central. De acordo com estas explicações, a sugestão de que a

percepção do indivíduo de um estímulo auditivo agradável predominaria sobre a atenção individual de

outro estímulo menos agradável associado com esforço físico, parece plausível. (MARTINS, 1996, p.19).

È interessante ressaltar que não é só a música que causa está alteração na percepção da dor, o próprio organismo

humano trabalha neste aspecto, pois durante o exercício físico o cérebro, a glândula pituitária e outros tecidos

produzem uma série de endorfinas que causam euforia e reduzem a sensação de dor (MARTINS, 2007). Contudo, esta

alteração na percepção da dor é muito mais forte na presença de música com a ação da percepção seletiva do

sistema nervoso central.

Desde então, foi visto o efeito positivo da música, mais ela pode ter um efeito negativo também, ouvir uma música

dissonante aos ouvidos pode além de causar irritação, fazer com que a percepção seletiva do indivíduo seja voltada

para dor e para o cansaço ao invés de estar voltado para a música, já que naquele momento a música está sendo um

estímulo desagradável.

Sobre isto Oliveira afirma que “Segundo Radocy e Boyle (1979) algumas músicas podem se relaxantes, outras

podem fazer o indivíduo ser sentir mais feliz, outras podem causar frustação, agitação, entre outras manifestações.”

(OLIVEIRA, 2006).

Também sobre isto Martins afirma que:

Enquanto a música é um estímulo agradável o sistema nervoso tende a priorizá­la bloqueando outros

estímulos como o da dor ou do cansaço, a partir do momento em que a música deixa de ser um estímulo

agradável, o sistema nervoso tende a vincular sua atenção a outro estímulo ambiental. (MARTINS, 1996,

p.19).

Diante deste levantamento bibliográfico, foi efetuada uma pesquisa de campo que tem os seguintes procedimentos

metodológicos.

2. Descrição de procedimentos

Foi realizado um experimento com 10 pessoas com idade entre 18 a 30 anos, sendo elas 5 homens e 5 mulheres,

na tentativa de melhor compreender e ou confirmar os achados na literatura pesquisada, afim de conceber também

maior cientificidade a pesquisa.

Antes de começar o experimento estas pessoas assinaram um documento de consentimento em participar da

pesquisa, onde continha os horários de realização da mesma, possibilitando então que a pesquisa se enquadre nos

parâmetros legais pré­estabelecidos para a realização de pesquisas cientificas dentro do âmbito universitário.

Este sujeitos participaram de 4 sessões de caminhada aonde uma foi ouvindo músicas populares de Rock Roll, outra

de Axé Music, outra de Dance e também uma sessão não ouvindo nada. Eles responderam a um questionário de

estado de humor, antes e depois de cada sessão de caminhada e foi averiguada sua freqüência cardíaca também

antes e depois de cada sessão.O espaço utilizado foi à quadra poli esportiva da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia (40m X 20m) aonde eles caminharam por 30 minutos ao som ou não, a depender da sessão, de um

microssistem com caixa amplificada. Em cada sessão de caminhada foi mensurada a distância percorrida por cada

indivíduo, este dado foi importante para avaliação posterior do rendimento individual.

Terminado todas estas 4 sessões, foi respondido dois últimos questionários pelos participantes, aonde eles

informarão suas preferências musicais e o seu nível de atividade física. A partir daí foi tabulados os dados e

comparados às respostas com o rendimento individual de cada um.

O questionário de nível de atividade física foi o IPAQ ­ Questionário Internacional de Atividade Física (BARROS &

NAHAS, 2003) e o questionário de humor foi a Escala de Motivação (MARTINS,1996).

Para deixar mais claro os caminhos percorridos para atingir o objetivo específico que é averiguação das possíveis

alterações psicofisiológicas, os participantes tiveram seus dados psicológicos averiguados através do questionário de

motivação de Martins (1996), é importante ressaltar que este questionário não dá conta de todos os fenômenos

psicológicos, portanto, este pesquisa quanto aos fatores psicológicos ficou limitada aos dados colhidos pelo

questionário de Martins (1996); já os dados fisiológicos foram averiguados atravéz do questionário da IPAQ, aferição

da freqüência cardíaca e a distância percorrida.Quanto ao corte essa pesquisa foi transversal, com duração de duas

semanas consecutivas para as atividades de caminhada, com amostragem qualitativa e não probabilística por

acessibilidade, em relação aos procedimentos técnicos ela foi pesquisa de campo exploratória, (GIL, 1996), assim

foram coletados os dados referentes às possíveis alterações psicofisiológicas.

3. Apresentação, análise e interpretação dos dados

Neste momento, e em primeira estância, serão apresentados os dados referentes as alterações fisiológica, ou seja,

o rendimento dos indivíduos participantes da pesquisa, obtidos através do questionário da IPAQ, aferição da freqüência

cardíaca e a distância percorrida.

O questionário da IPAQ, serviu para fornecer dados referentes à condição fisiológica das pessoas que participaram

da pesquisa, permitindo assim uma melhor visualização do perfil da amostra. Através deste questionário, obteve­se o

dado de que todos os participantes (10 sujeitos), através dos critérios da IPAQ, são “MUITO ATIVOS”, realizando

suficientemente, para esta classificação, em tempo e freqüência atividades físicas vigorosas e moderadas.

A tabela abaixo mostra à distância percorrida pela amostra, os indivíduos participantes da pesquisa, em metros,

sendo que esta mensuração foi possível porque os participantes caminharam na linha de 40 m X 20m da quadra poli

esportiva da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus de Jequié.

Tabela 01

Amostra

Axé

Rock

Dance

Sem

Música

1 2.048 2.110 2.144 2.153

2 2.175 2.436 2.548 2.496

3 2.554 2.503 2.368 2.390

4 2.554 2.567 2.375 2.389

5 2.898 2.570 2.144 2.153

6 2.845 2.945 2.548 2.710

7 2.899 2.557 2.624 3.085

8 2.178 3.195 2.375 2.265

9 2.170 1.963 2.024 2.153

10 2.678 2.555 2.368 2.665

Média 2.500 2.540 2.352 2.446

DP 332,8 353,6 196,2 302,8 DP: Desvio Padrão

Gráfico 01

Observando o gráfico acima referente à tabela 01, é possível visualizar que a sessão sem música não foi à sessão

de caminhada com menor desempenho, tendo este lugar sido ocupado pela sessão de dance, isto pode ser facilmente

explicado se comparado com as respostas do questionário de preferência musical, onde foram obtidos os seguintes

dados:

foi:

Quando questionado qual estilo musical mais gosta de ouvir durante a prática de exercícios físicos, a preferência

Rock : 50%

Axé: 30%

Dance: 10%

Gosta de ouvir música durante a prática de exercícios físicos, mas não gosta de nenhum dos estilos musicais

acima: 10%

Observamos que a preferência musical obedece ao ranking de desempenho físico, gráfico da distância percorrida,

onde o dance ocupa a última posição na preferência de estilo musical a ser ouvido durante a prática de exercícios

físicos.

Martins (1996) afirma que quando a música deixa de ser um estímulo agradável o sistema nervoso voltará sua

atenção para outro estímulo ambiental. Como a sessão de dance foi a menos preferida, isto a poderia ter equiparado

a sessão sem música, voltando sua atenção para outros estímulos ambientais, mas o que acontece e que quando a

música é dissonante aos ouvidos isto pode causar irritação e desconforto, o que a diferencia da sessão sem música,

demonstrando que quando a música não é consonânte aos ouvidos, ela vai ser um fator de rendimento negativo maior

do que fazer exercícios físicos na ausência de música.

Desta forma, provando que a música, quando ela é agradável, e tem haver com o gosto pessoal do praticante para

a situação especifica, ela é capaz de proporcionar efeitos positivos durante o exercício, como o aumento do

rendimento, quando isto não acontece, e a música é desagradável ao ouvinte durante seu exercício físico, ela vai

proporcionar alterações fisiológicas negativas, que se efetua na perda de rendimento. Provando que, é melhor para o

desempenho físico não ouvir música durante o exercício físico do que ouvir músicas desagradáveis, mais se a música

for agradável vai ser melhor para o rendimento do que não ouvir música.

Quanto às modificações da freqüência cardíaca da amostra, a tabela abaixo mostra o percentual de alteração da

freqüência cardíaca (FC) realizado com os dados comparados de antes do início da caminhada e logo após o término

da mesma, ou seja, mostra a porcentagem de aumento ou diminuição da freqüência cardíaca após cada sessão de

caminhada. Para cada indivíduo foi calculado sua freqüência cardíaca máxima baseado em sua idade (220 – idade) e a

freqüência cardíaca foi aferida no tempo de 15 segundos (BARROS & NAHAS, 2003).

Tabela 02

Amostra

Fcmax

Axé %

Rock %

Dance %

Sem

Música%

1 197 29 6 4 ­2

2 197 2 7 6 2

3 199 28 ­6 6 12

4 196 12,2 22,2 4 0

5 196 ­2 8,2 ­2 0,3

6 196 12,4 16,3 0 16

7 196 0 12,4 18,4 8

8 194 ­2 12,6 2 ­2

9 197 ­2 2 4,5 ­2

10 195 32,8 0 2 6

Média 196,3 11,04 8,07 4,49 3,83

DP 1,3 14,1 8,2 5,51 6,4 FCmax: Freqüência cardíaca máxima em bpm (batimentos por minuto)

DP: Desvio Padrão

OBS: Os números negativos significa que houve uma diminuição da freqüência cardíaca.

Gráfico 02

Tabela 03

Amostra

Axé

Rock

Dance

Sem

Música

1 0 ­1 0 0

2 1 ­1 0 0

O gráfico acima mostra a representação dos valores da tabela 02, evidenciando que a sessão de caminhada sem

música foi a que teve menor alteração da freqüência cardíaca, o que comprova a teoria acima citada de Tame (1984)

in Valin (2007), que afirma que a música é capaz de elevar ou diminuir os batimentos cardíacos, e como as músicas

utilizadas nas sessões de caminhada foram músicas agitadas de ritmo forte, próprias para a prática de exercícios

físicos, fica evidente a maior elevação da freqüência cardíaca em sessões com música do que na sessão sem música.

Quanto à questão da influência da dissonância na alteração da freqüência cardíaca, observa­se que o dance não

ocupa a última posição, tendo esta sido ocupada pela sessão sem música e mantendo o Axé e o Rock nas primeiras

posições, isto acontece porque irritação e desconforto (causado por música dissonante) são elementos que também

aumentam a freqüência cardíaca, além de fatores como alegria, entusiasmo e distração (causado por música

consonante), mostrando que quando a música e dissonante ela não vai aumentar a freqüência cardíaca dos

praticantes tanto quanto a música consonante, até porque o rendimento da música consonante e maior, mas vai ter

um aumento da freqüência cardíaca maior do que a sessão sem música, em função de que sentimentos negativos

(irritação e desconforto), aumentam a freqüência cardíaca.

O que prova que a música de fato, mexe com sistema fisiológico humano sendo capaz de alterar inclusive sua

freqüência cardíaca, e como a freqüência cardíaca é afetada tanto por questões físicas quanto por questões

emocionais, observa­se que a alteração da mesma, faz parte das alterações psicofisiológicas proporcionadas pela

música durante o exercício físico.

Antes de exibir a tabela (anexo) do questionário de Motivação de Martins (1996), que responde a questões de

alteração psicológicas durante a prática de exercícios físicos é importante explicar como ela foi elaborada, que foi

obedecendo ao seguinte critério: Este questionário possui sete “carinhas”, sendo que a carinha central possui uma

expressão neutra, a partir desta carinha, quando se caminha para a direita as carinhas vão ficando cada vez mais

felizes e quando se caminha para a esquerda as carinhas vão ficando cada vez mais tristes ou enraivadas. Sendo

assim, para poder se tabular este dado foi elaborado o seguinte critério, a primeira carinha a direita foi dado o valor 1

(um) a segunda carinha a direita o valor 2 (dois) e a terceira carinha a direita o valor de 3 (três). Agora, a primeira

carinha a esquerda da carinha neutra foi dado o valor de ­1, a segunda carinha a esquerda da carinha neutra o valor

de ­2 e a terceira carinha a esquerda da carinha neutra o valor de ­3. E a carinha neutra foi dado o valor de 0 (zero).

A partir de então, foi elaborado as seguintes tabelas com os respectivos gráficos:

Tabela 03 e gráfico 03, estado de humor antes da caminhada.

3 1 1 0 0

4 1 0 0 ­1

5 2 ­1 ­2 0

6 1 2 0 1

7 1 ­1 1 1

8 1 2 2 0

9 0 ­1 1 0

10 1 ­1 0 0

Média 0,9 ­0,1 0,2 0,1

DP 0,6 1,3 1,0 0,6

DP: Desvio Padrão

Gráfico 03

Tabela 04 e gráfico 04, estado de humor depois da caminhada.

Tabela 04

Amostra

Axé

Rock

Dance

Sem

Mus.

1 0 0 1 1

2 2 0 1 0

3 0 1 1 0

4 1 1 0 0

5 2 0 0 1

6 2 3 1 2

7 1 1 2 2

8 2 3 2 1

9 1 ­1 0 0

10 3 1 0 0

Média 1,4 0,9 0,8 0,7

DP 1,0 1,3 0,8 0,8

DP: Desvio Padrão

Gráfico 04

Na tabela e gráfico 03 pode­se observar que o estado de humor está bem aleatório em cada sessão, até porque ele

foi elabora com o estado de humor da amostra antes de se iniciar o exercício físico ­ caminhada, ouvindo ou não

música. Agora, quando se trata do gráfico e tabela 04 que foi elaborado com o estado de motivação dos participantes

de pesquisa após as sessões de caminha, observa­se claramente que a sessão de caminhada sem música ocupa o

último lugar no ranking demonstrando ser a menos motivante.

Desta forma, provando que á música atravéz da Teoria da Atenção Restrita e do estabelecimento do ritmo da

atividade (MARTINS, 1996) é fator de motivação, porque distraí e porque anima os sujeitos durante sua pratica, e ela

faz isso porque ela afeta o fisiológico (freqüência cardíaca e rendimento) e o psicológico (estado de humor) dos

indivíduos envolvidos em caminhadas com músicas.

Quanto à questão da dissonância no critério motivação, observa­se que o dance continua não ocupa a última

posição, como aconteceu no gráfico elaborado a partir da tabela de alteração da freqüência cardíaca, tendo esta sido

ocupada pela sessão sem música e mantendo de novo o Axé e o Rock nas primeiras posições, isto acontece porque

mesmo a música dissonante causando irritação e desconforto (OLIVEIRA, 2006), a amostra preferiu a presença da

música do que a ausência da música, por que a sessão sem música mesmo não causando irritação e desconforto por

questões de dissonância, foi considerada muito desmotivante pela amostra, preferindo esta assim música dissonante

do que música nenhuma, mesmo que a dissonância cause uma queda do rendimento maior do que sessão sem

música, dado que não era de conhecimento da amostra mas que foi comprovado por esta pesquisa.

4. Conclusões

É importante ressaltar que não houve como ter controle de todas as variáveis da pesquisa, como por exemplo o

estado de humor das pessoas quando chegavam para realizar as sessões, contudo, isso não retirou a cientificidade da

mesma e seu valor no campo de estudo sobre a atividade física.

Através do presente estudo pode­se concluir que:

Música de ritmo forte, próprias para a prática de exercícios físicos, aumentam a freqüência cardíaca dos

praticantes, tendo em vista que a sessão sem música foi a que teve menor aumento da freqüência cardíaca.

A música quando é consonante aos ouvidos, é capaz de aumentar o rendimento dos indivíduos praticantes da

caminhada em comparação ao mesmo exercício realizado sem música, contudo, quando a música é dissonante

aos ouvidos, ela vai ser um fator de rendimento negativo maior do que fazer exercícios físicos – caminhar na

ausência de música.

Caminhar com música é mais motivante do que caminhar sem música.

A relação música e exercício físico possuem expressividade tanto nas questões referentes à motivação, quanto

nas questões referentes ao rendimento.

Esta pesquisa além de confirmar os dados da literatura sobre alterações da motivação e da freqüência cardíaca dos

indivíduos durante o exercício físico, ainda revela um fato novo, que não foi encontrado na literatura pesquisada, a

alteração do rendimento dos indivíduos, mostrando que a música quando consonante aumenta o rendimento em

comparação à caminhada sem música, mas quando dissonante diminui o rendimento também em comparação a

caminhada sem música.

Além disso, os dados apresentados acima podem oferecer efetivamente aos praticantes de exercícios físicos e

treinadores, respaldo científico para a aplicação de músicas durante o exercício físico em busca de uma melhor

performance e/ou de uma maior motivação.

Referências bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação:trabalhos

acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

BARROS, Mauro Virgilio Gomes de & NAHAS, Markus Vinicius. Medidas da Atividade Física – Teoria e Aplicação

em Diversos Grupos Populacionais. Londrina­Paraná: Editora Primeira Edição. Série Tópicos em Atividade Física

e Saúde, 2003.

BARSA, Enciclopédia. Volume 09. São Paulo: Encyclopaedia Britannica Editores LTDA, 1966.

CARVALHO, Yara Maria de. O “Mito” da atividade física e saúde: Editora Hucitec. São Paulo, 1995.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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HOUAISS, Antônio et all. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.

HUIZINGA, Joan. Homo Ludens: Editora Perspectiva, 1999.

MARTINS, C.O. A Influência da Música na Atividade Física. Brasil. Monografia de conclusão de curso,

Florianópolis, (SC): Centro de Desportos, Universidade Federal de Santa Catarina, 1996.

OLIVEIRA, Sandra Regina Garijo de , DEUTSCH, Silvia y VOLP, Catia Mary. Atividade Física, Música e Estados de

Ânimos. Disponível em: http://www.saccom.org.ar. Acesso em 30 mar. 2007.

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TRIVINOS. Augusto N.S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São

Paulo. Ateas, 1982.

VALIN, Priscila Carneiro et al. Redução de Estresse pelo Alongamento: a Preferência Musical Pode

Influenciar?.Universidade Estadual Paulista. Acesso em: www.rc.unesp.br. Acesso em: 31 jul. 2007.

WANKEL, L. M. (1997). The Social Psychology of Physical Activity. Em Curtis, J. E. e Russell, S. J. (Eds.) Physical

Activity in Human Experience ­ Interdisciplinary Perspectives. Canadá: Human Kinetics.

XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Lingua Portuguesa. Brasília: Editora Ediouro, 2001.

Apêndice

1. Quetionário de preferência musical

Durante sua pratica de exercícios físicos, qual destes estilos musicais você mais gosta de ouvir? Assinale apenas

uma alternativa.

( ) Rock Roll

( ) Axé Music

( ) Dance Music

( ) Não gosto de ouvir música durante a prática de exercícios físicos.

( ) Gosto de ouvir música durante a prática de exercícios físicos, mas não gosto de nenhum dos estilos

musicais acima.

2. Seleção musical

2.1. Rock Roll

Legião Urbana – Há Tempos

Legião Urbana – Será

Aerosmith – Fly Away From Here

Aerosmith – I don`t wanna miss a thing

Aerosmith – Pink

Avril Lavigne – Skate Boy

Bon Jovi – Say It Isn`t So

Bowling For Sor Soup – Baby One More Time

Capital Inicial – Natasha

Charlie Brown Jr. – Proibida Pra Mim

Detonautas – Só por Hoje

Evanescence – Bring Me to Life

Los Hermanos – Ana Julia

Ls Jack – O Carla

Michelle Branch and Santana – The Game of Love

Pink – Don`t Let Me Get Me

Queen – A King of Magic

Remy Zero – Save me

Three Days Grace – I hate Everything about you

2.2. Axé Music

Afrodisíaco – Com você não quero só ficar

Asa de Águia – Leva eu

Araketu & Daniela Mercury – Araketu Bom Demais

Asa de Águia – Não tem lua

Axé Tradição – Nega do cabelo duro

Babado Novo – Simplicidade

Banda Beijo – Beijo na boca

Banda Cheiro de Amor – Vem meu amor

Banda Mel – Farao divindade do Egito

Bandamel – Prefixo de verão

Chiclete com Banana – Mimar Você

Chiclete com Banana – Chicleteiro eu chicleteira ela

Daniela Mercury – Mariambê danda

Ivete Sangalo – Abalou

Ivete Sangalo – Chorando se foi

Jamil e uma Noites – É verão

Margarete Menezes – Dandanlunda

Unskamarada – Não me chame

Vixe Mainha – Só papai

2.3. Dance Music

Gabry Ponte – Time to rock

Bamboogie ­ Bamboo

Alice Dj – Better off Alone

Mauricio Manieri – Meu Bem Querer (remix)

Prezioso ­ Tell me Why

Turn Around – Hey, what`s Wrong With You

Sexe, Feat, Junior Flex – Want You

Eifel 65 – Blue

Angel Moon – He is what / want

Ann Lee – Two Times

System F. – Out of the Blue

E­Z Rollers – Tough at the top

Eyes Cream – Fly Away

Natasha Wills – I Don`t Want to Miss a Thing

Free Stylers – Don Stop

Mauro & Martyha Clark – I want to spend my lifetime loving you

Venga Boys – Up & Down

Gigi D`Agostino – Your love

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revista digital · Año 13 · N° 122 | Buenos Aires, Julio 2008

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Año 13, Nº 122, Julio de 2008. http://www.efdeportes.com/efd122/exercicio-fisico-e-musica-uma-relacao-expressiva.htm