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EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL DO SETOR DE ÁGUA EM SÃO PAULO Edson Giriboni Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos

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EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL DO SETOR DE ÁGUA EM SÃO PAULO

Edson GiriboniSecretário de Saneamento e Recursos Hídricos

Companhia de Saneamento do Estado deSão Paulo

Departamento de Águas e EnergiaElétrica

Companhia e Departamento Autônomo vinculados

Coordenadorias TécnicasSaneamento Recursos Hídricos

Gabinete

do Secretario

Organização da Secretaria de Saneamento e Recursos Hidricos

Principais desafios de São Paulo em Recursos Hídricos e Saneamento Garantir o suprimento hídrico e desenvolvimento

sustentavel nas regiões metropolitanas

Superar conflitos pelo uso da agua

Universalizar os serviços de saneamento até 2020

Mitigar os eventos criticos (secas e inundacoes)em cenário de mudancas climaticas

Trocar experiências com outros governos, gestores e especialistas é obrigatório para melhorar soluções e

encurtar caminhos.

4,88,1

14,3

22,2

29,334,5

39,5

1,4

5,45,9

1,82,6

4,5

1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010p

Milhões de habitantes

Crescimento populacional elevado

Desigualdade social imensa

42%

35%12%

9%2%

Até 3 SM

Mais de 3 a 10 SM

Mais de 10 SM

Sem rendimento

Sem declaraçãoFontes: IBGE e Fundação Seade (projeção populacional 2010)

5363

8089 93 93 94

2011 7 7

44

637

47

56

1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010p

Urbana

Rural

Urbanização aceleradaSão Paulo – urbanização, população e renda

RMSP e Bacia Hidrográfica do Alto TietêRMSP (8.000 km2):

20 milhões de habitantes(50 % da população estadual)vivem em 3,2% do território

do Estado.

Evolução da Mancha UrbanaRegião Metropolitana S. Paulo

-

5

10

15

20

25

1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040

Milhões de hab.

Projeção Seade 2009

1949: 2,5 milhões de hab.

1949

-

5

10

15

20

25

1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040

Milhões de hab.

Projeção Seade 2009

1962: 5,3 milhões de hab.

1962

-

5

10

15

20

25

1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040

Milhões de hab.

Projeção Seade 2009

1974: 9,3 milhões de hab.

1974

-

5

10

15

20

25

1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040

Milhões de hab.

Projeção Seade 2009

1985: 13,7 milhões de hab.

1985

-

5

10

15

20

25

1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040

Milhões de hab.Projeção Seade 2009

1997: 16,8 milhões de hab.

1997

-

5

10

15

20

25

1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040

Milhões de hab.

Projeção Seade 2009

2002: 18,3 milhões de hab.

2002

A ESTRUTURAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOSISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

Cenário dos anos 1970

Escassez hídrica

Poluição e acidentes ambientais

Setor elétrico forte em relação aos demaissetores usuários

Decisões centralizadas no Estado

Rio Piracicaba(manancial RMSP,na estiagem)

Rio Tietê (Poluição)

Represa Billings (Poluição)

ASPECTOS INSTITUCIONAIS E FINANCEIROS DO USO MÚLTIPLO DOS RECURSOS HÍDRICOS(*) (São Paulo e Brasil)

1ª. Fase: Burocrática (até anos 70/80) Poder concentrado na autoridade pública Grande número de leis e regulamentos, baixa fiscalização

2ª. Fase: Econômico-Financeira (anos 80) Apoio de instrumentos financeiros para induzir/forçar o cumprimento das leis Subsídios aos setores elétricos e de saneamento

3ª. Fase: Integração participativa (implementação progressiva a partir dos anos 90) Inclui aspectos aspectos positivos das fases anteriores Importância ao planejamento, metas e programação executiva de investimentos Decisões multilaterais (participação dos usuários e sociedade) Aplicação dos instrumentos de gestão (plano; outorgas; cobrança pelo uso da água;

sistemas de informações e enquadramento)

(*) – Adaptado de “Plano Nacional de Recursos Hídricos, Doc. Preliminar, DNAEE, Janeiro/1985”

1982:Eleições diretaspara Governadores dos Estados

Praça da Sé, São Paulo

1984:Movimento popular por eleições diretas para Presidente da República

Anos 1980 – Redemocratização do país e os recursos hídricos

1988

1989

Constituições Estaduais: grande influência(estabelecidos novos conceitos para a gestão)

- Sistemas de Gerenciamento- Planejamento por bacia hidrográfica- Decisões compartilhadas (Estado,

municípios e sociedade civil)- Descentralização administrativa- Cobrança pelo uso da água- Vetados lançamentos sem tratamento (S. Paulo)

Constituição Federal: pouca influência, mas garantida criação de Sistema Nacional de gerenciamento

Papel do setor de recursos hídricosnos processos constituinte

DEFINE OS INVESTIMENTOS

DEFINE A PARTICIPAÇÃO DO ESTADO + MUNICÍPIOS + USUÁRIOS + SOC. CIVIL

SUPORTE FINANCEIRO À POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS FONTES:- COMPENS. FINANCEIRA-COBRANÇA PELO USO

MEC

ANIS

MO

S

D

E

IMPL

ANTA

ÇÃO

PLANOS:-ESTADUAL-DE BACIAS

SISTEMA DE GESTÃO

FUNDO

Lei 7663/91 - Política Estadual de Recursos Hídricos

CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

CRH

COMITÊS DE BACIAS

PLANO ESTADUAL

PERH

FUNDO ESTADUAL DERECURSOS HÍDRICOS

FEHIDRO

PLANOS DEBACIAS

AGÊNCIAS DE BACIAS

SUPORTE FIN.

Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos

Comitê da Baciado Alto Tietê(36 municípios)

Composição:18 repres. Municípios18 repres. Estado18 repres. Soc.Civil

5 Subcomitês

Gestão Rec. Hídricos:• Aprovar Plano Bacia• Propor cobrança• Enquadrar corpos d’água• Indicar investimentos

Política Estadual de Recursos HídricosAplicações do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO

Empreendimentos apoiados: - estudos, projetos, serviços e obras (Planos de Rec. Hídricos)- 5.000 projetos de 1994 a 2012: R$ 600 milhões- média de 300 projetos/ano (Municípios, Soc. Civil e Estado)

Investimentos: R$ 60 mihões/ano (Compensação financeira da geração hidrelétrica)R$ 25 milhões/2012 e R$ 150 milhões/2015 (Cobrança pelo uso da água)

Decisões para aplicação: Comitês de Bacias ouConselho Estadual de

Recursos Hídricos

A água ganhou maior relevância naagenda política

Funcionamento pleno do ConselhoEstadual e de 21 Comitês de Bacias

Planos de Recursos Hídricos e por bacia

elaborados periodicamente

60.000 usos da água outorgados

Reunião de Comitê de Bacia Hidrográfica

Gestão de recursos hídricos em São Paulo: alguns avanços

Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos

FORMULAÇÃO DA POLÍTICA

IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA

ADMINSTRAÇÃO DIRETAPODER

OUTORGANTEENTIDADE DA

BACIA

NÍVEL NACIONAL

LEI DE 1997

CONSELHO

NACIONAL

MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE

AGÊNCIA NACIONAL DE

ÁGUAS

COMITÊS DE BACIAS

AGÊNCIA DA BACIA

AGÊNCIA DA BACIA

NÍVEL ESTADUAL-SP

LEI DE 1991

SECRETARIA DO ESTADO

ENTIDADES ESTADUAIS

CONSELHO

ESTADUAL

COMITÊS DE BACIA

O DESAFIO DO SUPRIMENTO HÍDRICO DA MACROMETRÓPOLE PAULISTA

SITUAÇÃO DOS USOS DA ÁGUA EM

RELAÇÃO À VAZÃO MÍNIMA NATURAL

MUITO CRÍTICA (RMSP)

CRÍTICA (10 Regiões)

ATENÇÃO (1 Região)

BOA (7 Regiões)

MUITO BOA (3 Regiões)

RMSP• Demanda de água: 432% da

vazão mínima natural• Importação de água de bacia

hidrográfica vizinha (crítica)

22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos

2 %

180 Municípios

População75% do Est. SP16% do Brasil

Área21% do Est. de SP

0,6% do Brasil

A Macrometrópole Paulista

PIB77% do Est. de SP

23% do Brasil

Macrometrópole - demanda de água (2008-2035)(Incremento de 6,3 milhões de habitantes)

Cenários das Demandas (2008-2035)(Tendencial; de Crescimento Econômico; e de Gestão da Demanda)

32 m3/s

13 m3/s

60 m3/s

no Manancial Km DesnívelImpacto

ambientalDesvantagens

1 Juquiá 38 340 m Baixo a Médio Prejuízos energéticos à CBA; Custo de bombeamento elevado

2 Jaguari 16 190 m Baixo a Médio Discussão política complexa; Conflito de interesses com RJ

3 Jurumirim 175 590 m Baixo Muito distante; Custo elevado; Custo de bombeamento elevado

21

3

PRINCIPAISAPROVEITAMENTOS

COGITADOS NO PLANO DA

MACROMETRÓPOLE PAULISTA

3

2

1

A EVOLUÇÃO DO SETOR DE SANEAMENTO E OSDESAFIOS DA UNIVERSALIZAÇÃO

Lei Federal 8.987/1995:

Lei das Concessões

Lei Federal 11.445/2007:

Política Nacional do Saneamento

Lei Estadual 1.025/2007: Criação da

ARSESP

Constituição Federal 1988

Art. 21, 23,25, 30,175, 200

BNH/PLANASA

Lei 2291/86: Extingue o

BNH

Lei Federal 11.107/2005:

consórcios públicos e

convênios de cooperação

Lei 7750/1992 Política

Estadual de Saneamento

1967Criação do BNH

Saneamento (Brasil e São Paulo): principais marcos legais

Contrato de concessão

Auto-regulação

Financiamentos oficiaisFoco em obrasMonopólio naturalÁgua como bem livre

Contrato de programa

Regulação externa

Financiamentos de mercadoFoco nos clientes e metasMercado competitivoEscassez de recursos hídricos

1970 - 2006Lei do Saneamento e Lei de criação da ARSESP

São Paulo:Principais mudanças com o novo marco regulatório

AGÊNCIA

• Modicidade Tarifária

• Qualidade do serviço

Consumidores/Sociedade

Prestadores de serviço

Fonte: ANEEL

A Agência deve contar com servidores com suficiente experiência para entender os três pontos de vista:

• Remuneração adequada• Cumprimento dos contratos

• Regras claras e estáveis

• Controle da Inflação

• Universalização

Governo

• Modicidade Tarifária

• Qualidade do serviço

Ação do Reguladorda prestação de serviços

Metas para 2020100% cobertura do abastecimento de água100% de cobertura com coleta de esgoto100 % de tratamento do esgoto coletado

Investimentos

R$ 20,2 bilhões

Planejamento do Estado de São Paulo para a universalização do saneamento (2011 – 2020)

645municipalities

Agentes Municípios População (milhões de habitantes)

Investimentos (R$ bilhões)

Sabesp 363 25,3 16,3

Sistemas municipais e Companhias

Privadas282 16,0 3,3

Governo Estadual (subsidios

especialmente para municípios abaixo de 50.000 habitantes)

220 3,4 0,6

PRINCIPAIS PROGRAMAS DE SANEAMENTOEM ANDAMENTO

Programas do Governo do Estado (foco baixa renda e

pequenos municípios) SANEBASE – apoio a

municípios autônomosPLANOS MUNICIPAIS DE

SANEAMENTO

ÁGUA É VIDA (Saneamento comunidades rurais)

SE LIGA NA REDE (Subsídio para conexão população baixa renda)

ÁGUA LIMPA (220 municípios autônomos) desde 2005

Programas de Redução de Perdas, Reuso e Uso Racional

Interior– água e esgotos(Vale Paraíba, PCJ…)

Programa Onda LimpaBaixada Santista (JBIC)

Programa Água no Litoral

Programa Onda LimpaLitoral Norte

Sistemas Regionais - Litoral e Interior

PMA - Abastecimento de Água Projeto Tietê (I) (II) (III) Programa Mananciais

ProgramaCórrego Limpo

Região Metropolitana de São Paulo - RMSP

Programas Estruturantes (Sabesp)(Garantia de Recursos e Continuidade)

1. Cantareira (33 m3/s)

2. Alto Tietê (15 m3/s)

3. Rio Claro

4. Rio Grande

5. Guarapiranga/Billings(14 m3/s)

6. Alto Cotia

7. Baixo Cotia

8. Rib. Estiva

2 37

86

Capacidade Produção Mananciais da RMSP (72,8 m3/s)(produção média em 2012: 69,1 m3/s – taxa de 95%)

Tietê III - Implantação de coletores tronco nos fundos de vales(desafios técnicos, sociais, e habitacionais)

Coleta : + 1,5 milhão de pessoas

Tratamento: + 3,0 milhões de pessoas

Atendimento dos municípios periféricos

Tietê 3 - Principais resultados esperados:Obras dependem de conciliar:- Drenagem- Viário- Energia ... etc- Autorizações (Municipais,

Estaduais e da União)

O CONTROLE

DE INUNDAÇÕES

NA RMSP

AÇÕES ESTRUTURAIS IMPRESCINDÍVEIS(ALTO CUSTO)

MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS(DESAFIOS: CULTURAIS, DE INTEGRAÇÃO

INTERSETORIAL , INTERGOVERNAMENTAL ...)

Obras e Serviços para aumento ou manutenção da capacidade de escoamento

Canalizações:• altos investimentos para aprofundamento Rio Tietê• dificuldades para ampliações• planejamento p/ não transferir inundações.

Desassoreamento (1.000.000 m3/ano ~ R$ 100 milhões)

• Serviço permanente: (região de alta densidadedemográfica e baixas declividades)

• Rio Tietê: 66 km de extensão dos serviços

Construção de 30 piscinões na RMSP

Em construção + 8 piscinões

Volume retenção atual: 5,1 milhões de m³

Investimento 1995/2010: R$ 300 milhões

Em preparação PPP para + 7 piscinões e oper. 20 anos

Construção de Reservatórios de Retenção conforme o 1º Plano

Diretor de Macrodrenagem

Monitoramento hidrometeorológico e sistema de alerta a inundações

Radar Metereológico: Ponte Nova: em operação desde final anos 80

2012: Novo equipamento será adquirido

Rede telemétrica:

Dados de chuva e vazão “on line”

Salas de Situação(São Paulo, Piracicaba, Taubaté e Registro)

Informações para Defesa Civil , Entidades e População

5 anos(2011-2016)

3 anos(2016-2018)

3 anos(2018-2020)

Recuperação e preservação das várzeas

Adaptação às mudançasclimáticas

Criação de áreas de lazer, esportes e cultura em áreade população carente

Desafio : reassentar 7.000 familias(1ª. etapa)

Parque Várzeas do Tietê (75 km)

US$ 200 milhões

Plano Diretor de Macrodrenagemdo Alto Tietê – PDMAT3 (DAEE)

Contrato: agosto/2011Prazo: janeiro/2013Investimento: R$ 10,8 milhões

Objetivo: Diagnóstico integrado Revisão das propostas do PDMAT 2 Medidas para controle de vazões Redução de danos Maior integração de atores

% de municípios da BAT com legislações sobre os temas:

0.010.020.030.040.050.060.070.080.0

48.738.5

2.6

74.4

46.235.9

59.0

30.8

2.6

AÇÕES NÃO ESTRUTURAIS – ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

Enfoque integrado dos problemas estruturais e de gestão da drenagem

Construção de ferramenta de avaliação de risco e vulnerabilidade da

bacia em eventos extremos

Busca de soluções consensuais

Superação da fragmentação institucional, gerencial e do processo decisório

Organização das ações com capacidade de solução:

• Medidas Não Estruturais (depende fortemente dos municípios)

• Medidas Estruturais (depende do Estado e em menor parte dos municípios)

DESAFIOS DO PDMAT -3

Muito obrigado !!!

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