evolução das psicoterapias breves psicodinâmicas
TRANSCRIPT
Evolução das Evolução das psicoterapias breves psicoterapias breves psicodinâmicaspsicodinâmicas
Aspectos introdutóriosAspectos introdutóriosCronologicamente, podemos representar a
evolução do campo das psicoterapias breves a partir de três estágios:
1.Estágio psicanalítico: Freud, Ferenczi, Rank2.Estágio intermediário: Alexander e French3.Estágio psicodinâmico breve: Balint, Malan,
Gillieron dentre outros;Cabe ressaltar que os dois primeiros
estágios são precursores das PBs. Somente o terceiro estágio pode ser considerado representante deste tipo de técnica;
O conceito de psicoterapia O conceito de psicoterapia breve psicodinâmicabreve psicodinâmicaDesignam modalidades de
intervenção derivadas da psicanálise que tem por objetivo levar o paciente a desenvolver insights sobre os motivos inconscientes de seus sintomas;
Constituiu-se como uma alternativa para as situações nas quais a psicanálise não podia ser aplicada;
Corresponde às psicoterapias de orientação psicanalítica aplicada a situações específicas, enfatizando questões focais;
Os trabalhos que marcam o estágio psicodinâmico breve se caracterizam por:
Maior atividade do terapeuta buscando atendimento de pessoas em crise;
Trabalho centrado em um foco; Respeito aos princípios psicanalíticos de
associação livre, neutralidade e reconstrução do sintoma subjacente ao foco;
Seguindo o desenvolvimento do campo, houve uma ampliação dos limites das psicoterapias breves psicodinâmicas;
O campo das psicoterapias breves psicodinâmicas pode ser divido em três distintas gerações:
1.A primeira geração e o modelo pulsional;
2.A segunda geração e o modelo relacional;
3.A terceira geração e o modelo integrativo;
A primeira geração e o A primeira geração e o modelo pulsional/estruturalmodelo pulsional/estruturalPauta-se na concepção de que o
comportamento humano é determinado por pulsões sexuais e agressivas com quatro atributos: fonte, objetivo, força e objeto;
O sistema opera segundo o princípio do prazer, sendo que o objetivo é a redução da tensão, gratificação da pulsão e minimização do desprazer;
De acordo com este modelo, as intervenções do analista devem focalizar:
As manifestações de reedição de conflitos cujos componentes intrapsíquicos são os desejos inaceitáveis ou ameaçadores;
Antecipação do perigo ou ansiedade associada à consciência da expressão do desejo;
As defesas contra este desejo;
A idéia é a de que o sintoma corresponde à expressão secundária de conflito intrapsíquico, cuja origem se encontra nas primeiras relações objetais;
A explicitação pelo terapeuta dos mecanismos de defesa, das ansiedades e dos desejos, revividos na situação terapêutica pela ação da transferência, cria condições necessárias para o insight, resultando no desaparecimento dos sintomas;
Segunda geração e o modelo Segunda geração e o modelo relacionalrelacionalCoincidiu com a grande popularização
das psicoterapias na década de 70 e 80: houve a necessidade de flexibilização dos procedimentos adotados e da redefinição dos objetivos a serem alcançados;
A investigação empírica e técnicas com referencial teórico operacionalizado ganharam destaque: desenvolvimento de manuais de tratamento que forneciam os princípios teóricos e técnicos;
Importância dos manuais residia na busca por homogeneidade nas práticas dos terapeutas. Era importante também durante a formação de novos terapeutas;
A intervenção psicoterápica visa levar o paciente a adquirir uma compreensão em profundidade dos modos defensivos e das ansiedades que permeiam suas relações com os outros e consigo próprio, a partir da tomada de consciência das representações internalizadas destas relações;
Nesta geração, ao contrário do que acontecia na anterior, não há uma preocupação em demarcar as diferenças técnicas entre a psicanálise e as psicoterapias breves. Há apenas diferenças quanto aos objetivos perseguidos;
Exemplo de técnica:método de formulação de plano (identificação das intenções do paciente em relação à sua melhora, como acha que pode realizá-la)
Terceira geração e o modelo Terceira geração e o modelo integrativointegrativoEnvolvem técnicas psicoterápicas que
diferem das gerações anteriores, pois se utilizam de concepções de diferentes vertentes da psicanálise ou ainda combinam aspectos teórico/técnicos de outras abordagens;
Este modelo teórico integrativo vem ganhando força atualmente em função da maior abertura dos psicoterapeutas;
A perspectiva integrativa apresenta-se constituída por três grandes direções: da integração teórica, dos fatores comuns e do ecletismo técnico;
1.Integração teórica: integração de constructos de abordagens diferentes, ampliando as perspectivas técnicas e o escopo de indicação das psicoterapias. Ex: psicodinâmicas cíclicas- fornece base teórica fundada coerentemente em conceitos psicodinâmicos, comportamentais e sistêmicos;
2. Orientação dos fatores comuns: tentativa de se priorizar aqueles elementos comuns às diferentes formas de psicoterapias e que podem contribuir para os resultados observados;
Alguns fatores são reconhecidos como comuns: a empatia do terapeuta, a possibilidade do paciente compartilhar com alguém seu sofrimento, clima de confiança e intimidade, estabelecimento de aliança terapêutica positiva;
Ex: experiência emocional corretiva – criação de condições para a reexposição do paciente a circunstâncias mais favoráveis do que aquelas vividas em situações pregressas, oferecendo condições para uma experiência emocional capaz de modificar o padrão anterior de respostas disfuncionais;
3. ecletismo técnico: utiliza as técnicas que tenham se mostrado mais adequadas para o tipo de população atendida. O objetivo é pragmático, os resultados são mais importantes do que a coerência epistemológica;
Ex: psicoterapia de emergência – terapia realizada em 5 sessões e tem a função de fazer o sujeito reaprender certas funções importantes a fim de modificar a estrutura de sua personalidade;
Observações Observações Do ponto de vista acadêmico, o ecletismo
é usualmente condenado. Porém, na prática a maioria dos terapeutas é guiada também por suas intuições, ajustando suas intervenções ao que julgamos ser necessidade do paciente naquele momento;
Cada um de nós , ao longo da formação prática tradicional, vai formulando e reformulando a maneira de compreender o processo terapêutico o que se reflete diretamente na maneira pela qual conduzimos os processos terapêuticos;
As psicoterapias breves no As psicoterapias breves no BrasilBrasilNo Brasil, os modelos operantes são o
relacional e o integrativo;Representantes da técnica do modelo
relacional: UFRGS, trabalha-se com a técnica intitulada Psicoterapia de Orientação Analítica;
Representantes da técnica do modelo integrativo: Knobel – psicanalista kleiniano que sugere uma conduta mais flexível ao terapeuta para facilitar as elaborações cognitivas não regressivas e atransferenciais do paciente;