evolução da agricultura brasileira

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOASCAMPUS ARAPIRACA DISCILINA: ADMINISTRAO DE AGRONEGCIOS

EVOLUO DO SISTEMA AGRCOLA BRASILEIRO

Prof: Ccero Adriano Vieira dos Santos

FEV/ 2011

ECONOMIA INDGENA

Cultivavam milho que era o abaty e a batata-doce que era a vetiva e o inhame que era c - e o aipim que era a macachera. Era da mandioca que fabricava diferentes farinhas (i): a de guerra, que era a ata; a meio crua, que era a iutinga; faziam papas, que eram mindipir; fazia mingaus e beijus, pipocas e tapiocas.

Cultivavam roados de batata, que comiam assada ou cozida, faziam um vinho: jetiuy. No mato, colhiam o fumo que era o ptym a erva santa e o algodo, que era amani. As plantaes de feijo eram camandatyba. Na selva, alem da caa, colhiam abacaxis e cajs, aras e jenipapos, maracujs e jabuticabas, a banana da terra (pacov) e pitangas e ings.

Grandes nadadores e mergulhadores, pescavam eles o tubaro ipir e o peixe-boi panapan e o dourado (piraju) e a cavala (gurapucu). Quando queriam apanhar muito peixes de vez, faziam uma tapagem no rio

ou num brao de mar, e, tangido o peixe do fundo para a superfcie,lanavam na gua uma poro de timb ou tingui, cujas folhas, antes pisavam. Sabiam conservar a carne ou o peixes: assando-os ao braseiro, sobre uma grelha formada de varas.

DESCOBRIMENTODO BRASIL - 1500De ponta a ponta toda praia... muito ch e muito formosa. Pelo serto nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender os olhos, no poderamos ver seno terra e arvoredos terra que nos parecia muito extensa. At agora no podemos saber se h ouro ou prata nela, ou coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si de muito bons ares fresco e temperados... As guas so muitas; infinitas. Em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, darse- nela tudo.

Na viagem de reconhecimento costa brasileira, realizada em 1501, Amrico Vespcio, vindo em companhia de Andr Gonalves, informou no ter visto cousa de proveito: metais preciosos. Mas vira, certamente, a ibirapitanga: o pau-brasil, que Joo de Barros chamou de pau-de-tingir-panos.

CAPITANIAS HEREDITRIAS - SESMARIAS

CICLO DA CANA DE ACAREm So Vicente, construiu o primeiro engenho e fez as primeiras plantaes de cana-de-acar, a saccharum officianarum de Lineu, originaria da sia. Em longnquas pocas, iniciou o Oriente a fabricao do acar de cana, e a China e a ndia, antes da era crist, conheciam o produto. Da Arbia, foi a planta levada Sria e, depois, Siclia. E Veneza distribuiu acar ao resto da Europa.

1 ENGENHO NO BRASIL O fabrico do acar teve inicio quando Martim Afonso de Souza, de parceria com italianos e flamengos, levantou, em So Vicente, no ano de 1533, o Engenho Governador. Inicio da plantao de cana.

Em toda faixa litornea de Pernambuco ao Rio de Janeiro aclimou-se a cana-de-acar, e, assim, viaram os canaviais ao lado dos engenhos. O trabalho a mo-de-obra coube, inicialmente, ao silvcola. Mas logo os escravos africanos vantajosamente substituram o ndio.

Nos meados do sculo XVI, a produo brasileira superava a da America Espanhol.

Qual a economia de um engenho? Uma clula autosuficiente, dispunha de largas terras onde o senhor era suprema autoridade. Equivalia a um povoado. Contava com centenas de escravos: os de enxada e foice; os da fazenda e os da moenda: barqueiros e cocheiros; oleiros e carreiros; vaqueiros e pescadores. Isso, fora as negras de cozinha que cozinhavam e lavavam, as de copa, as mucamas e os moleques.

E mais: um mestre de acar e um pregador, um barqueiro, um caixeiro, feitores para as roas e um feitor-mor para o engenho. Como todo grande engenho tinha, sempre, capela e havia sempre um capelo-residente. Para a manuteno desses grandes ncleos, as roas

contavam mais de mil ps de mandioca e os canaviaisgalgavam os morros. Para as fornalhas, que ardiam dia e noite, entre sete e oito meses do ano, muita lenha era necessria e muitos carros de bois se tornavam imprescindveis. Para gerir todo esse cabedal, de grande energia e diligncias carecia o proprietrio.

Em coincidncia com a expulso dos flamengos do territrio brasileiro, comearam as Antilhas a produzir

acar. A partir da, o Brasil, a pouco e pouco, foiperdendo a supremacia... Ao iniciar-se o sculo XIX, pode a Europa fabricar o acar da beterraba.

FALNCIA DOS ENGENHOS E APARECIMENTO DAS USINAS

rea plantada em 2006 (ha): 5.577.651

A PECURIAFoi nas regies secas, como as caatingas da Bahia, que, a partir do Maranho, expandiram-se os currais.

Esses currais abasteciam o litoral. Depois, os cercados: oscurrais, onde o gado era introduzido para engorda e reproduo. Dez ou dose homens, ndios e mamelucos, escravos fugidos ou delinqentes formavam o pessoal dessas fazendas de criao. Dirigidos pelo vaqueiro, cada um trabalhava como queria. A esses currais adaptou-se mais do que a qualquer outra atividade, o ndio manso.

O FUMOO fumo, Nicotina tabacum, encontraram os europeus, em estado nativo, na America. O ndio brasileiro, sob o nome de ptym, de onde deriva o pitar, fumar, usava-o largamente. O tabaco enrolado num canudo de palha de milho era a cangora. Fumava-o o paj nas suas prticas mgicas. Da, ser chamado erva santa.

O FUMOO Nos meados do sculo XVII iniciaram-se, no Recncavo Bahiano, as lavouras de tabaco. Terra privilegiada cultura, mostrou-se Cachoeira do Paragua.

Com larga exportao garantida para o Reino, o tabacosuplantou, no Recncavo, as demais culturas. Ao despontar o sculo XVIII, da Bahia para Lisboa saram, anualmente, vinte e cinco mil rolos de fumo. Mais dois mil rolos eram exportados de Alagoas e de Pernambuco.

O FUMO EM APAPIRACAInicia-se por volta de 1880, por iniciativa de produtores descontentes com a agricultura de subsistncia, que tinha o cultivo da mandioca como atividade predominante.A produo do fumo era comercializada entre os moradores da regio, com o passar dos anos a atividade aprimora-se, a utilizao de novas tcnicas de plantio, a adoo do sistema de meeiros.

ContrabandoEmbora qualquer descaminho no Brasil equivalesse amais de cinco anos de degredo em Angola. Quando em Portugal, a pena era maior. Mas os descaminhadores dispunha de larga inventiva: uns mandava tabaco dentro de peas de artilharia e, outros, dentro de caixas de acar cuidadosamente encouradas. Alguns serviam-se de barricas de farinha de mandioca. Esses, de barris de breu, e, aqueles, de barris de melado, com fundo falso. Recorriam a garrafes,

que misturavam entre os de vinho, e, em certas emergncias,o oco das imagens de Santos era abrigo do fumo contrabandeado.

OURONo final do sculo XVII, as exportaes de acar brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste) comearam a diminuir por que a Holanda havia comeado a produzir este produto nas ilhas da Amrica Central. Com preos mais baixos e boa qualidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferncia para o acar holands.

OUROEsta crise no mercado de acar brasileiro, colocou Portugal numa situao de buscar novas fontes de renda. Foi neste contexto que os bandeirantes, no final do sculo XVII, comearam a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Gois e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.

OUROA descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira corrida do ouro, durante todo sculo XVIII. Brasileiros de todas as partes, e at mesmo portugueses, passaram a migrar para as regies aurferas, buscando o enriquecimento rpido.A explorao de minas de ouro dependia de altos investimentos em mo-de-obra (escravos), equipamentos e compra de terrenos. S os grandes proprietrios rurais e grandes comerciantes conseguiam.

CACAUQuando os primeiros colonizadores espanhis chegaram Amrica, o cacau j era cultivado pelos ndios, principalmente os Astecas, no Mxico, e os Maias, na Amrica Central.

CACAU

Em 1746 Antonio Dias Ribeiro, da Bahia, recebeualgumas sementes do grupo Amelonado Forastero-

de um colonizador francs, Luiz Frederico Warneau,do Par, e introduziu o cultivo na Bahia. O primeiro plantio nesse estado foi feito na fazenda Cubculo, s margens do rio Pardo, no atual Municpio de Canavieiras. Em 1752 foram feitos plantios no

Municpio de Ilhus.

CACAU

A partir de 1860, o cacau se converteu em objeto dedesejo de fbricas de chocolate da Europa e dos

Estados Unidos. Praticamente toda a safra eraexportada. As primeiras manufaturas nacionais s apareceram na virada do sculo. justamente nesse momento que a cacauicultura viveu seu pice.

CACAU

No sculo 19, houve um grande fluxo de pessoaspara o Sul da Bahia devido a uma seca muito forte

nos sertes da Bahia e de Sergipe. Os migrantes,pessoas humildes e semi-analfabetas, traziam

primeiro a famlia nuclear, depois os parentes mais distantes. O cacau no conheceu a mo de obra escrava por ser uma cultura pobre, de agricultura

familiar em pequenas glebas.

CACAU

O Brasil ocupou o posto de maior produtormundial at meados da dcada de 1920. No

mesmo perodo, a regio sul da Bahia assistiu a umaverdadeira guerra entre os fazendeiros. poca em que os poderosos coronis descendentes daqueles primeiros humildes desbravadores no mediam esforos e nem violncia para expandir seus negcios mediante a apropriao de plantaes pertencentes a agricultores menos abastados.

CRISE DO CACAU

Como toda commodittie, ele sempre foi refm dotemperamento intempestivo dos mercados

internacionais. O crack da bolsa de Nova York, em1929, representou o primeiro golpe na economia agroexportadora da Bahia. Como medida de socorro, o governo federal autorizou a criao do Instituto de Cacau do Brasil (ICB), uma espcie de cooperativa que ajudava no financiamento e na comercializao das safras.

CACAU

Quase trinta anos depois, uma nova queda brusca na cotao do fruto de ouro da Bahia, motivada pela grande produo internacional, provocou a segunda grave crise no setor. A Ceplac foi criada inicialmente para fazer o alongamento e repactuar as dvidas dos produtores, devido importncia da lavoura para a economia do estado.

CACAUPara piorar a situao, a vassoura de bruxa foi detectada pela primeira vez em 1989, no municpio de Uruuca e manifestou sua capacidade de devastao.Ningum sabe ao certo como a doena que endmica na regio amaznica desembarcou no sul da Bahia.

O CAF

Em 1727 os portugueses compreenderam que a terra do Brasil tinha todas as possibilidades que convinham cafeicultura. Mas infelizmente eles no possuam nem plantas nem gros.

O CAFO governo do Par, envia Palheta, enviou um jovem oficial aGuiana Francesa com a misso de pedir ao governador M. dOrvilliers algumas mudas. M. dOrvilliers seguindo ordens expressas do rei de Frana, no atende o pedido de Palheta. A esposa do governador da Guiana Francesa, no resiste por

muito tempo aos atrativos do jovem tenente e envia-lhe umramo de flores onde, dissimuladas pela folhagem, se encontravam escondidas as sementes a partir das quais

haveria de crescer o poderoso imprio brasileiro do caf umepisdio bem apropriado para a histria deste gro to sedutor.

O CAFDo Par, a cultura passou para o Maranho e, por volta de1760, foi trazida para o Rio de Janeiro por Joo Alberto Castelo Branco, onde se espalhou pela Baixada Fluminense e posteriormente pelo Vale do Paraba. A importncia econmica do caf refletiu-se na sua expanso

geogrfica. No incio, difundiu-se pelo Vale do Paraba (Rio deJaneiro e So Paulo), Sul de Minas e Esprito Santo. Depois, atingiu Campinas, no "Oeste Velho" de So Paulo; dali,

expandiu-se para o chamado "Oeste Novo" (Ribeiro Preto eAraraquara) e passou, mais tarde, para as regies de terra roxa do Norte do Paran e Mato Grosso.

O ALGODONo contexto da economia colonial, o algodo surge como

mais um produto agrcola que se estabeleceu nas bases dotrabalho escravo, da grande propriedade e da monocultura voltada para o mercado externo.

O ALGODOA primeira remessa de algodo para o mercado externo data

de 1760, proveniente do Maranho, totalizando cerca de 651arrobas. Mais tarde, em 1778, a capitania de Pernambuco e a Bahia tambm se tornaram importantes produtoras de

algodo. Em meados do sculo XVIII e incio do sculo XIX, aInglaterra se destacava como o principal mercado consumidor de algodo.

O ALGODOO Brasil se tornou um importante exportador de algodo para o principal consumidor mundial - a Inglaterra.Conforme Furtado, esse avano na produo de algodo no Brasil foi

possvel graas a uma nova conjuntura internacional no final do sculoXVIII. O mercado mundial de produtos tropicais - especialmente o algodo se expandiu devido Guerra de Independncia dos Estados Unidos e logo em seguida a Revoluo Industrial inglesa.

O ALGODOO Maranho foi a principal rea produtora de algodo daColnia nesse perodo. O governo de Pombal, a fim de

manter o privilgio do monoplio do comrcio do algodo,criou em 1756 a Companhia Geral do Comrcio do GroPar e do Maranho; uma empresa altamente capitalizada

que fomentava a produo atravs de recursos financeiros emo de obra escrava.

O ALGODOSegundo Prado Jnior (2006, p.150), o algodo, apesar debranco, tornar preto o Maranho. Nessa mesma corrente, Furtado afirma que a ajuda financeira [da companhia de comrcio] permitiu a importao em grande escala de mo de obra africana, o que mudou completamente a fisionomia tnica da regio.

O ALGODO

rea em 2006: 786.974ha

A SOJA

A SOJAA soja chegou ao Brasil via Estados Unidos, em 1882.Gustavo Dutra, ento professor da Escola de Agronomia da Bahia, realizou os primeiros estudos de avaliao de cultivares introduzidas daquele pas.

Em 1891, testes de adaptao de cultivares semelhantes aosconduzidos por Dutra na Bahia foram realizados no Instituto Agronmico de Campinas, Estado de So Paulo (SP). Assim

como nos EUA, a soja no Brasil dessa poca era estudadamais como cultura forrageira.

A SOJAA partir da dcada de 1960, impulsionada pela poltica de subsdios ao trigo, visando auto-suficincia, que a soja se estabeleceu como cultura economicamente importante para o

Brasil. Nessa dcada, a sua produo multiplicou-se por cinco(passou de 206 mil toneladas, em 1960, para 1,056 milho de toneladas, em 1969) e 98% desse volume era produzido nos

trs estados da Regio Sul, onde prevaleceu a dobradinha,trigo no inverno e soja no vero.

A SOJANas dcadas de 1980 e 1990 repetiu-se, na regio tropical doBrasil, o explosivo crescimento da produo ocorrido nas duas dcadas anteriores na Regio Sul. Em 1970, menos de 2% da produo nacional de soja era colhida no centro-oeste.

Em 1980, esse percentual passou para 20%, em 1990 j erasuperior a 40% e em 2003 est prximo dos 60%. Essa transformao promoveu o Estado do Mato Grosso, de produtor marginal a lder nacional de produo.

Em 2006 a soja a

cultura

brasileira

com maior rea de cultivo.

15.646.980hectares

Fontes:TOURINHO, E. Agricultura na Formao Econmica do Brasil, Rio de Janeiro: Ministrio da Agricultura, 1960.

Google e IBGE.

Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil

Abril/2010

Utilizao da Terrarea de Pastagens (ha)2006 172.333.073

1996

177.700.472

1985

179.188.431

1980

174.499.641

1975

165.652.250

1970 122.335.386

154.138.529

1960

1950 88.141.733

107.633.043

1940 0 20.000.000 40.000.000 60.000.000

80.000.000 100.000.000 120.000.000 140.000.000 160.000.000 180.000.000 200.000.000

Fonte: IBGE

Utilizao da Terrarea de Lavoura (ha)2006 1996 1985 1980 1975 1970 1960 1950 1940 19200

76.697.324 41.794.455 52.147.708 49.104.263 40.001.358 33.983.796 28.712.209 19.095.057 18.835.430 6.642.05710.000.000 20.000.000 30.000.000 40.000.000 50.000.000 60.000.000 70.000.000 80.000.000 90.000.000

Fonte:

Utilizao da Terrarea de Matas e Florestas (ha)2006 1996 1985 1980 1975 1970 1960 1950 1940 19200 20.000.000 40.000.000

99.887.620 94.293.598 88.983.599 88.167.703 70.721.929 57.881.182 57.945.105 55.999.081 49.085.464 48.916.65360.000.000 80.000.000 100.000.000 120.000.000

Fonte: IBGE

rea Total de Estabelecimentos Agropecurios (ha)2006 1996 1985 1980 1975 1970 1960 1950 1940 19200 50.000.000 100.000.000 150.000.000

354.865.534 353.611.246 374.924.929 364.854.421 323.896.082 294.145.466 249.862.142 232.211.106 197.720.247 175.104.675200.000.000 250.000.000 300.000.000 350.000.000 400.000.000

Fonte: IBGE

rea Plantada 2009/2010OUTROS ALGODO CANA-DE-ACAR CAF TRIGO SOJA MILHO TOTAL FEIJO TOTAL ARROZ 4.032,5 2.795,1 12.896,8 2.110,8 2.428,0 23.209,5 1.475,6 817,6 7.531,0

Em Mil Hectares

Total Brasil: 57.296,9

Pessoal ocupado nos estabelecimentos agropecurios20061996

16414728 17930890 23394919 21163735 2034569217582089

1985 1980 1975 1970 1960 19501940

15633985 10996834 11343415 6312323

1920

Fonte: IBGE

AGRONEGCIO BRASILEIRO

ESTABELECIMENTOS RURAIS BRASILEIRO

Os nmeros do estudo afirmam que h aproximadamente 200 milhes de hectares de pastagens no Brasil, sendo que 30% dessas terras estariam degradadas. A rea agrcola total atual brasileira de cerca de 70 milhes de hectares. Portanto, somente com a

recuperao das pastagens degradas para usoagrcola possvel dobrar a rea da agricultura nacional.

A polarizao, em pleno sculo XXI, persiste: de umlado 96 mil estabelecimentos fundirios (78% do total) com menos de 10 hectares (importante: 40 mil com

menos de 1 hectare), mais 5.540 produtores sem rea(4,5%), ocupando um total 226 mil hectares de terra (11% de toda terra agrcola); do outro, as 197 maiores

propriedades com mais de mil hectares (apenas 0,1%do total de estabelecimentos), ocupando 566 mil hectares (27% do total das terras agrcolas).

ALAGOAS: ESTRUTURA AGRRIA (2006)Grupos de rea total (ha)Maior de menos de 1 Produtor sem rea De menos de 10 De menos de 5 De menos de 10 De menos de 100 De menos de 20 De menos de 50 De menos de 100 De menos de 1000 De maisFonte: IBGE (2009)

%Nmero 40.557 5 540 55.234 39.627 15.607 18.773 9.321 6.768 2.684 3.030 197 32,9% 4,5% 44,8% rea 21.330 ----------205.012 95.857 109.155 526.525 131.274 207.251 188.000 789.064 566.429

%1,0% ----------9,5%

Tamanho mdio

32,1%12,7% 15,2% 7,6% 5,5% 2,1% 2,5% 0,1%

4,3%5,2% 25,0% 6,3% 9,9% 8,8% 37,5% 27,0%

ALAGOAS: ESTRUTURA AGRRIA (% dos estabelecimentos e % da rea ocupada por cada segmento) (2006)100-1000 3% 10-100 15% 1000 0%>1000 27%