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Informativo da Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Pres. Prudente(SP) UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista Ano VII - nº 17 - 1º semestre de 2006 A iniciação científica é uma das práticas acadêmicas mais gratifi- cantes para o corpo docente e discente da universidade, afirma a doutora Maria Vacelli Quintilio, coordenadora da Comissão de Pesquisa da Faclepp. “Os alunos exercitam a responsabilidade, desenvolvem melhor a oratória, a produção textual e a auto-estima. Isso sem contar que aguça a visão e o entendimento de fatos sociais, a construção de uma visão crítica e humanística”, explica a coordenadora. Ciente disso, a Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp) realiza o VII Simpósio de Iniciação Científica com o objetivo de incentivar e divulgar a pesquisa no campo universitário. O evento será realizado entre os dias 22 e 26 de maio e visa debater o papel da informação e o uso das novas tecnologias no desenvolvimento da pesquisa. Haverá palestras, 26 minicursos, comunicações orais, além de apresentações artísticas (confira a programação na página 03). Em 2005, o Simpósio de Iniciação Científica teve participação efetiva de docentes e acadêmicos da Unoeste e de outras instituições públicas e particulares. Foram apresentados 51 trabalhos de pesquisa, con- tribuindo para que o evento se fortaleça cada vez mais como referência no meio universitário de toda região. Os interessados em participar podem se inscrever entre os dias 8 a 19 de maio, na Faclepp, Bloco H, das 19 às 21 horas. Para alunos de graduação da Unoeste o investimento será de R$ 15, já para os alunos de pós-graduação da Unoeste e graduação de outras instituições, o valor será R$ 20 e para demais interessados R$ 30. Outra opção é fazer as inscrições mediante o depósito na conta 400 3069, do Banco Real, agência 1299. O comprovante deve ser encaminhado, com a ficha de inscrição em anexo, para a direção da Faclepp na Rua José Bongiovani, 700, Cidade Universitária, CEP 19050-680. Serviço - Mais informações pelo site www.unoeste.br. VII Simpósio de Iniciação Científica da Faclepp ocorre entre os dias 22 e 26 de maio no Campus I Evento consolida pesquisa no meio acadêmico Acadêmicos Marks William dos Santos e Caroline Pinheiro (foto), do primeiro termo de Letras estarão interpretando Haikais através da téc- nica Butoh, na Feira das Vocações da Unoeste, entre outras atrações. Confira na página 11. Comissão de Pesquisa da Faclepp - organizadora do VII SIC Arte na Feira

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Page 1: Evento consolida pesquisa no meio acadêmicoSe você respondeu o primeiro, se enganou. Apesar do (político) brasileiro ser bom de dis-curso, está se tornando cada vez mais fácil

Informativo da Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Pres. Prudente(SP)

UNOESTE - Universidade do Oeste PaulistaAno VII - nº 17 - 1º semestre de 2006

A iniciação científica é uma das práticas acadêmicas mais gratifi-cantes para o corpo docente e discente da universidade, afirma a

doutora Maria Vacelli Quintilio, coordenadora da Comissão de Pesquisa da Faclepp. “Os alunos exercitam a responsabilidade, desenvolvem melhor a oratória, a produção textual e a auto-estima. Isso sem contar que aguça a visão e o entendimento de fatos sociais, a construção de uma visão crítica e humanística”, explica a coordenadora.

Ciente disso, a Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp) realiza o VII Simpósio de Iniciação Científica com o objetivo de incentivar e divulgar a pesquisa no campo universitário.

O evento será realizado entre os dias 22 e 26 de maio e visa debater o papel da informação e o uso das novas tecnologias no desenvolvimento da pesquisa. Haverá palestras, 26 minicursos, comunicações orais, além de apresentações artísticas (confira a programação na página 03).

Em 2005, o Simpósio de Iniciação Científica teve participação efetiva de docentes e acadêmicos da Unoeste e de outras instituições públicas e particulares. Foram apresentados 51 trabalhos de pesquisa, con-tribuindo para que o evento se fortaleça cada vez mais como referência no meio universitário de toda região.

Os interessados em participar podem se inscrever entre os dias 8 a 19 de maio, na Faclepp, Bloco H, das 19 às 21 horas. Para alunos de graduação da Unoeste o investimento será de R$ 15, já para os alunos de pós-graduação da Unoeste e graduação de outras instituições, o valor será R$ 20 e para demais interessados R$ 30. Outra opção é fazer as inscrições mediante o depósito na conta 400 3069, do Banco Real, agência 1299. O comprovante deve ser encaminhado, com a ficha de inscrição em anexo, para a direção da Faclepp na Rua José Bongiovani, 700, Cidade Universitária, CEP 19050-680. Serviço - Mais informações pelo site www.unoeste.br.

VII Simpósio de Iniciação Científica da Faclepp

ocorre entre os dias 22 e 26 de maio no Campus I

Evento consolida pesquisa no meio

acadêmico

Acadêmicos Marks William dos Santos e Caroline Pinheiro (foto), do primeiro termo de Letras estarão interpretando Haikais através da téc-nica Butoh, na Feira das Vocações da Unoeste, entre outras atrações. Confira na página 11.

Comissão de Pesquisa da Faclepp - organizadora do VII SIC

Arte na Feira

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02 - Artigo

O discurso e o decurso

Caderno FACLEPPOrgão informativo das atividades acadêmico-cien-tíficas e de extensão da FACLEPP – Faculdade de

Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (SP)

UNOESTE – Universidade do Oeste Paulista.http://www.unoeste.br - (18) 3229-1098

Direção da FACLEPP – Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente:

Profa. Me. Sônia Maria Pelegrini

Coordenação da Comissão de Pesquisas da FACLEPP:

Profa. Dra. Maria Salete Vaceli Quintilio

Redação, fotos e edição de textos do “Caderno FACLEPP”:

Jornalista Me. Leodete Gazoni FerreiraRegistro MTb – 29.051

Projeto e diagramação:Débora André Registro MTb 29.050 – Urbanos

Freelancer

Colaboradores:Membros da Comissão de Pesquisa, Coordenadores

das Faculdades e professores da FACLEPP

Impressão:Gráfica Oeste Notícias

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Expediente

Responda rápido!

Em se tratando de

inclusão de portadores

de deficiência, o que é

mais fácil fazer: um dis-

curso ou uma lei?

Se você respondeu o

primeiro, se enganou.

Apesar do (político)

brasileiro ser bom de dis-

curso, está se tornando

cada vez mais fácil fazer

uma lei.

O caro leitor desse

artigo pode estar achando

a coisa meio invertida, infelizmente é mais ou

menos assim que funcionam determinados

mecanismos em nosso país.

“O que define a pessoa portadora de necessi-

dades especiais não é a falta de um membro

nem a visão, ou audições reduzidas. O que

caracteriza a pessoa portadora de deficiên-

cia...”, ou portador de necessidades especiais,

como queiram, aliás, prefiro este termo, “... é

a dificuldade de se relacionar, de se integrar

na sociedade. O grau de dificuldade para inte-

gração é que determinará quem é ou não por-

tador de deficiência”. Essa afirmação faz parte

da tese de doutorado do Dr. Luiz Alberto Davi

Araújo na PUC/SP em 1992.

Desde a Constituição de 1988, passando por

várias leis, lei 1048, 1098 até o decreto 5.296

de 4 de dezembro de 2004, que dá ao portador

de necessidades especiais direito à “igualdade”

(empreguei as aspas porque ninguém é igual a

ninguém, principalmente aqui no Brasil). Dire-

ito à saúde (que saúde?), ao trabalho (piada), ao

transporte, à vida familiar, à educação, à elimi-

nação de barreiras arquitetônicas, à aposenta-

doria, ao lazer (ufah!), aos concursos, à isenção

de impostos...Nossa! Quantos direitos! Quantas

leis! Ah, ia me esquecendo da lei federal 10.784

de 2001 que regulamenta a entrada de cães-

guia em transporte público e de algumas mais

nesse sentido, que regulamenta a entrada em

Sobre a inclusão do portador de necessidades especiais

locais públicos.

Bem, voltando à per-

gunta do início da nossa

conversa, dá pra ver

que fazer leis é tão fácil

quanto fazer um bom

discurso, principalmente

em se tratando de alguns

fatores relevantes como:

ano eleitoral, o assunto

estar na mídia, como

foi o caso de novelas

globais, campanha da

fraternidade, aí fica tudo

mais fácil, tudo vira lei.

Mas é lógico que fazer um bom discurso

também não é difícil. Feita essa afirmação nos

resta outra pergunta, o que é difícil então pra

essa tal inclusão acontecer?

Essa pergunta o doutor já respondeu lá em

1992, na sua dissertação.

Para essa integração, essa relação ou essa

inclusão acontecer, depende de uma paridade

entre o discurso e a legislação. Tem que haver

desprendimento cultural e o esquecimento de

alguns dogmas que todos trazem do berço.

O portador de necessidades especiais (ou

portador de deficiência como queiram) que

na Antiguidade era visto como demônio, que

na Idade Média, como aberração, e no tempo

atual (acreditem!) virou santo, precisa somente

ser tratado como qualquer outra pessoa. Sem

assistencialismo, mas oportunidade, sem

aversão, mas simpatia, sem compaixão, mas

interação. Ninguém se lembra que Lorde Byron,

o grande poeta, tinha uma deficiência, ou que

o presidente dos EUA Roosevelt também por-

tava uma deficiência.

Dito isso, é relevante somente afirmar que ser

diferente é perfeitamente normal. Ser normal é

ser diferente.

Edílson José é vice-presidente do CONDES

e formando do 6º termo de Letras

A História brasileira e o calendário oficial escolar sempre comemoraram o dia em que a princesa Isabel assinou a “Lei Áurea” como data magna para a população negra e afro-descendente. Por anos divulgou-se esta assi-natura como o ato heróico da redentora de uma raça. Entretanto, vale conhecer e refletir sobre as razões da “perda de importância, por pressão dos movimentos negros, das comemorações do Treze de Maio (data ofi-cial da abolição da escravidão no Brasil) e os porquês da substituição pelo 20 de novem-bro (que comemora o verdadeiro heroísmo de Zumbi dos Palmares). Precedida por fugas em massa, organizações de quilombos, lutas abolicionistas e pelo derrame de muito sangue inocente – (chagas que a História oficial insiste em mascarar) a Lei de 13 de Maio apenas reconheceu (sem outra opção) formalmente o direito à liberdade de um povo que, na grande maioria é responsável pela construção deste país chamado Brasil.

13 de Maio Reflexão

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Simpósio Científico - 03

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04 - Pedagogia

O curso de Pedagogia da UNOESTE, já no seu 34º aniversário de implantação, nunca deixou de acompanhar as discussões sobre a formação de professo-

res ao longo dos tempos. As discussões sobre as “demoradas” diretrizes para o curso de Pedagogia foram pauta, na última década, de fóruns e congressos na área da Educação. Em função dessas inquietações, nos últimos cinco anos já foram realizadas alterações no projeto para atender à demanda educacional. Na última alteração no que tange à política de inclusão, foi acrescentado ao curso a disciplina de Educação Inclusiva. Além disso, os projetos de extensão da FACLEPP, desenvolvidos pelo curso de Pedagogia, criam oportunidades para que os pedagogos possam planejar espaços educativos em outras áreas. Atualmente, está sendo gestado um projeto de acompanhamento pedagógico à pediatria do Hospital Universitário, e ainda há estudos para que outro projeto seja elaborado, tendo como fim a prestação de serviços junto ao atendimento de fisioterapia da Universidade.

O que muda no curso de Pedagogia e na atuação do Pedagogo?

A partir de agora o curso de Pedagogia passa das 2.800 horas para 3.200 de efetivo trabalho acadêmico e habilita para o magistério na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, além das matérias pedagó-gicas do curso Normal de Nível Médio e de cursos da Educação Profissional, incluindo o desenvolvimento de competências para as atividades da gestão democrática escolar.

O relator do parecer no Conselho Nacional de Educação, Antônio Carlos Caruzo Ronca, afirmou que “com esta proposta resgatamos a figura do pedagogo enquanto professor”. Lembra ainda que o tema vem sendo discutido há 25 anos e que, na sua concepção, não há chance de alguém atuar em qualquer nível numa escola se não tiver formação ou experiência como professor, pois, “é a docência que dá ao educador a visão do todo, indispensável para exercer o cargo de diretor ou supervisor.”

A Faclepp, preocupada com a demanda da sociedade observa o que diz o parecer, “as atividades docentes também compreendem a participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino englobando: planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação e de projetos e experiências edu-cativas nas escolas, bem como a produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares”. Ela providencia para que os seus alunos possam atuar como profissionais competentes, desenvolvendo todas as habilidades necessárias para transformar a escola em um espaço que construa sabe-res, quebre paradigmas cristalizados e ganhe poderes para melhorar o ser humano.

A formação de profissionais de Educação para a administração, plane-jamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a Educação Básica, será oferecida em Curso de Graduação em Pedagogia ou em nível de Pós-Graduação, a critério da Instituição de Ensino.

Portanto, o novo parecer indica a tão esperada abertura no campo de atuação do pedagogo, visto que os setores não escolares, solicitam cada

Curso de Pedagogia estará em consonância

com as novas diretrizes no próximo semestre

vez mais pela figura deste para planejar e executar projetos voltados para Educação continuada e formação de pessoas. Esta é uma exigência da atual sociedade que reconheceu no processo educativo uma forma de desenvolvimento e mudança de atitudes para a melhoria da qualidade de vida.

O que muda na formação de licenciados de outras áreas?

Além da preocupação com a formação do pedagogo, o novo parecer traz também a preocupação com os demais licenciados, prevendo que estes possam ter oportunidade de aprofundamento da formação, baseada no princípio da gestão democrática, ao longo de sua vida profissional. De acordo com o parecer “não mais cabe, como outrora (Lei 5.540/1968), conceber a formação para as funções supracitadas como privativa dos licenciados em Pedagogia”. Assim o “conselho já aprovou e designou comissão para emitir parecer sobre diretrizes para a formação de pro-fissionais da educação.” O parecer prevê mudanças na formação dos demais licenciados, de forma a oferecer oportunidades de formação para a gestão democrática, já no curso de Formação inicial, bem como em nível de Pós-Graduação.

O que a Faclepp/Unoeste oferecerá?

Atendendo à nova legislação, já no 2º semestre letivo de 2006, será implantado o Novo Curso de Pedagogia para a formação de docentes que atuarão na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, a partir das experiências de sucesso com formação de professores e ges-tores na Faclepp. A nova matriz curricular está sendo analisada e estará disponível aos novos ingressantes.

Além da experiência, corpo docente titulado e capacitado, a Faclepp/Unoeste oferece uma infra-estrutura nota A, incluindo biblioteca atua-lizada em livros (cerca de 10 mil exemplares, só para o curso de Peda-gogia), CDs-Rom e periódicos, além da pesquisa e extensão em plena expansão e acessível a todos os alunos. É importante lembrar que, ao longo destes 34 anos, a Faculdade de Ciências, Letras e Educação esteve sempre sintonizada com as necessidades do mercado de trabalho, seja pela via de participação em congressos e eventos da área de formação de professores, seja pela via da pesquisa e extensão, seja pela via da seleção e capacitação de seus professores com atuação no Ensino Fundamental e Médio, o que aliado às pesquisas, apontam a dimensão das necessidades advindas da Educação Básica.

É tudo isto que constitui o diferencial da Faclepp/Unoeste!Imaginar o profissional de educação como ser pensante e transformador,

oferecer diversas oportunidades e infra-estrutura adequada para que o futuro professor possa começar a refletir sobre a sua atuação profissio-nal em seu curso de Formação Inicial, vislumbrando as possibilidades e potencialidades profissionais, pessoais e sociais são os princípios que norteiam a equipe do Curso de Pedagogia da Faclepp/Unoeste.

*Sônia Maria Pelegrini

*Pedagoga, mestre em Educação e diretora da Faclepp

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Ensino da Matemática - 05

Matemática sem complicação

No ensino da matemática destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em relacionar

observações do mundo real com representações (gráficos, tabelas, figuras), outro consiste em relacionar essas representações com princípios e conceitos matemáticos”. Com base nessa afirmação no volume 3 dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), alunos do 5º termo de Pedagogia da Faclepp, aceitaram o desafio de elaborar materiais instru-cionais para auxiliar no aprendizado de conceitos matemáticos.

Orientados pela professora mestre Maria José Arenales Arantes, com 38 anos de experiência no ensino da Matemática e titular da disciplina de Metodologias no Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries, a proposta dos trabalhos é utilizar meios visuais para que os alunos aprendam e entendam a disciplina, considerada uma das grandes vilãs da escola, e não apenas decorem ou repitam o que viram em sala de aula.

De acordo com a orientadora, o resultado foi surpreendente pela qualidade dos trabalhos e, principalmente, por alguns deles já estarem sendo colocados em prática e comprovando com sucesso a aquisição do conhecimento lógico-matemático, conforme o relato das experiências das acadêmicas. Dois deles serão descritos para exemplificar as mudanças de atitude em sala de aula.Cartaz Aniversariantes do Ano

A acadêmica Kely Alves de Souza aplicou o cartaz na EMEFEI Dona Juventina Zago de Oliveira na cidade de Iepê. Segundo ela, após utilizar o método com seus alunos a escola inteira adotou o mesmo pro-cedimento.

“Foi uma experiência muito legal. Explorei as cores, os conceitos maior e menor, a quantidade de nomes em cada mês, o empate, a escrita do nome e a tentativa de leitura dos meses. No final do exercício as crianças me pediram gráfi-cos individuais em sulfite para que colorissem e guardassem a data de aniversário de cada coleguinha. Percebi o quanto a atividade foi prazerosa e eficaz.Cartaz de Valor de Lugar

A experiência da acadêmica Silvia Helena Kfouri Bonini foi no seu consultório de Fonoaudiologia com duas crianças, uma portadora de deficiência auditiva e disléxica e a outra também com dislexia porém de grau moderado a severo.

Em ambos os casos, as crianças tinham proble-

mas com seqüências numéricas e na construção do conceito de números. A acadêmica adotou o Cartaz de Valor de Lugar para trabalhar o conceito de ordem. “O material fica disponível para as crianças executarem as atividades e ainda servem de recurso visual, já que elas têm dificuldade de memorizar. Para o conceito de inclusão, utilizei o material dourado.”

A acadêmica explica que houve um progresso significativo na identificação dos números e na construção dos conceitos dos números. “As atividades tem ajudado muito nas operações matemáticas e o melhor de tudo, na auto-estima das crianças.”

Para a professora Maria José esses e outros materiais facilitadores realmente são eficazes. “O que precisamos atentar é o recurso correto e respeitar o ‘tempo’ de cada criança. O mais importante é elaborar situações para que os alunos precisem comparar, organizar, seriar e classificar. E só assim conseguirão desenvol-ver o raciocínio lógico-matemático”, finaliza a educadora.

Metodologias de ensino auxiliam na aprendizagem da disciplina mais temida pelos alunos; professores

se preparam para um ensino eficiente

Modelos de contadores criados pelos alunos

Mostra de cartazes produzidos pelos alunos

Alunas do curso com as professoras Maria Inês Macca e Maria José Arenales (orientadora dos trabalhos)

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20 - Projetos de Extensão

Um novo projeto de extensão vai unir a pedia-tria do Hospital Universitário Dr. Domingos

Leonardo Cerávolo (HU) e os universitários dos cursos de Educação Artística, Pedagogia, Letras e Matemática da Faclepp.

Nada de curativos ou injeções, pois os acadêmicos têm o objetivo de colaborar no desenvolvimento geral das crianças através de iniciativas diferenciadas, como pintura, jogos lúdicos e contar histórias infan-tis. Os alunos voluntários terão um espaço criativo e adequado para as atividades com os pequenos pacientes

“Este projeto busca a socialização, o entreteni-mento e a educação no período de internação das crianças na pediatria do HU. Para os acadêmicos é mais uma oportunidade de atuação no mercado do

Parceria com HU beneficiará Pediatria

Aatuação da Faclepp tem gerado bons resultados para os jovens da Fundação Mirim. Através do projeto de extensão Pré-Vestibular, acadêmicos ministram

aulas preparatórias nas áreas de exatas e humanas, aos sábados à tarde. A atividade destinada aos mirins formados no curso de capacitação da

entidade e que já estão inseridos no mercado de trabalho tem como objetivo reforçar os conhecimentos obtidos no ensino médio, como um curso pre-paratório para o vestibular. O projeto começou em 2005 e teve 120 alunos, desses 25 foram aprovados em processos seletivos.

Segundo a gerente técnico da Fundação Mirim, Janaina Lopes Cantero, cerca de 80 pessoas já se inscreveram para participar das aulas este ano. Para 2006, as ações serão incrementadas com uma novidade. O projeto Nossa Língua Portuguesa será implantado na grade curricular do curso de formação dos mirins com a finalidade de aprimorar os conhecimentos nas áreas de Redação, Literatura e Gramática. Ao

Projeto Pré-Vestibular continua em 2006

Professores da Faclepp discutem projeto com representantes da Pediatria do HU

Alunos voluntários recebem orientação para atuar no projeto A voluntária Marta Guiseline falando aos jovens da Fundação Mirim

todo, serão 150 alunos participando das aulas esse ano. Ambos os projetos visam a formação integral dos mirins e envolvem acadê-

micos de diversos cursos da Faclepp nessa ação voluntária. “O trabalho com os adolescentes proporciona aos acadêmicos, vivenciar o cotidiano da carreira escolhida”, afirma a diretora da Faclepp, Sônia Maria Pelegrini.

Os coordenadores do curso Pré-Vestibular são os professores mestre Wilson Luiz Pretti e doutora Maria Helena Pereira de Oliveira. Os alunos voluntários são Amauri Acantara Silva, Gilberto Ângelo Capeletti, Renato José Paulino, Kesley Grediaga Alexandre, Raphael Cardoso Avila, Ana Paula G. Lourenção, Rozemeire da Silva, Joice Xavier, Shirley Latanzi, Mercedes Gonzaga Costa e Graziella Placa Orosco de Souza. Já o Projeto Nossa Língua Portuguesa, coordenado pela mestra Édima de Souza Mattos conta com os acadêmicos Marta Regina Guiseline de Souza, Ana Paula Poleto, Joice Xavier Cano, Indigreide Santos Vicente.

trabalho”, comenta a diretora da Faclepp, Sônia Maria Pelegrini.

Segundo a gerente de ensino, pesquisa e extensão do HU, Maria Nilda de Barros Barreto, a humaniza-ção é o fator que levou o hospital a firmar parceria com a Faclepp. “Esse trabalho ameniza o impacto da internação e torna o tratamento mais suave, pois a criança participa de atividades educativas e lúdicas com acadêmicos preparados para lidar com essa situação”, afirma.

De acordo com Maria Nilda, é importante para o hospital escola integrar diferentes áreas profis-sionais. “A multidisciplinaridade contribui para uma abordagem holística, mais ampla, do cliente e não apenas focada no tratamento específico da doença”, conclui.

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06 - Aula inaugural

Em tempo, o Caderno Faclepp faz um registro da Aula Inaugural deste semestre letivo de 2006, no Teatro Universitário César Cava, quando os

novos alunos e os veteranos foram recepcionados pelos professores, coorde-nadores dos cursos de graduação e direção da Faclepp.

Na ocasião os coordenadores dos cursos, Alba Lucena Gandia (História), Luciane Cachefo (Letras), Maria Inês Macca (Pedagogia), Vilma Pereira Zanin (Educação Artística), Maria Helena Pereira de Oliveira (Geografia), Wagner Camarini Alves (Física), Patrícia Alexandra Antunes (Química), Denise Di Giovanni Lamberti (Matemática) e Aparecida Carmem Terazaki (Ciências Biológicas) informaram sobre toda a infra-estrutura material, tecnológica, bibliográfica e docente dos respectivos cursos, bem como a estrutura física e humana consolidada pela Unoeste e pela Faclepp em mais de três décadas de Ensino Superior. Os coordenadores enfatizaram o alto nível do corpo docente, dos diferentes setores e recursos disponí-veis para a formação de seu alunado, as opções de esporte, lazer, teatro, coral, as vantagens dos cursos com relação à qualificação profissional e às respectivas áreas de atuação no mercado.

Sobre informes da graduação em História, Alba Lucena destacou a impor-tância da implantação da disciplina de Cultura Afro-brasileira que, através de uma bibliografia cuidadosamente selecionada, rediscute a trajetória histórica, os valores, a multiplicidade e a real identidade cultural da população afro-brasileira. Luciane Cachefo acrescentou que, priorizando as devidas especi-ficidades, este conteúdo também passa a ser trabalhado na nova grade de Letras, através da disciplina Literatura Afro-brasileira, promovendo o resgate e a importante produção de escritores negros e afro-descendentes. Outro destaque do evento ficou para a proposta de implantação da modalidade de bacharelado no curso de Ciências Biológicas que, desde 1973, oferece licen-ciatura com direito à docência e atuação em diversas áreas. Entre as novas disciplinas que serão oferecidas para o curso de bacharel, estão Manejo de Animais Silvestres, Bioética e Biosegurança, Legislação, Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA/RIMA) e Educação Ambiental. A coordenadora do curso de Biologia, Aparecida Carmem Terazaki, informou que a nova grade já encontra-se na reitoria da Unoeste aguardando parecer favorável. (Leia matéria completa nesta edição).

Ao discorrer sobre a qualidade do ensino oferecido aos acadêmicos, a coor-

Aula inaugural informa e humaniza

denadora de Pedagogia da Faclepp, Maria Inês Macca destacou o alto nível e a experiência de uma instituição que nestes 34 anos tem formado tantas gerações de profissionais que se destacam em concursos públicos, bem como no mercado de trabalho nacional e internacional.

Macca comentou sobre as exigências do contexto atual onde “ser otimista é pouco – é preciso tentar realizar o que se almeja, é necessário sempre buscar diferentes saídas”. Ressaltou que “Educar é estar permanentemente em processo de experimentação, com atenção crítica frente às conseqüên-cias, reconhecendo sempre que nem todas as práticas são eficazes neste processo que exige disponibilidade, compromisso, coragem, paciência e confiança. A pedagoga citou como exemplo o impressionante espetáculo “Milágrimas”, de Ivaldo Bertazzo, apresentado por adolescentes da peri-feria da cidade de São Paulo. Observou que este produtor não teve receio de exigir o máximo dos jovens, de cobrar deles a responsabilidade com o compromisso assumido. Falou também sobre o documentário “Marcha dos Pingüins” onde fica como exemplo a obstinação de uma espécie e a superação de obstáculos aparentemente intransponíveis.

Neste sentido, a diretora da Faclepp, Sônia Maria Pelegrini enfocou a missão da universidade de educar, produzir, sistematizar e socializar os saberes filosó-fico, científico, artístico e tecnológico, formando profissionais comprometidos com a práxis exigida pela sociedade e promovendo o humanismo, a justiça social e a cidadania. Pelegrini destacou o trabalho interdisciplinar desenvol-vido pela Faclepp, a reformulação dos projetos pedagógicos dos cursos de licenciatura, a atualização do acervo bibliográfico, a expressiva participação de todos nos projetos de pesquisa/extensão da Faclepp e a relevante parti-cipação dos alunos na avaliação institucional que forneceu dados essenciais para o crescimento do processo educacional da Faculdade.

Para encerrar a Aula Inaugural com muita arte, a exemplo do semestre pas-sado, os presentes assistiram ao espetáculo “Em cada canto um Brasil”, com a participação de acadêmicos do Curso de Educação Artística e do Curso Superior de Tecnologia em Música da Unoeste, dirigido pelos maestros Valter e Kátia Trevisan. A seguir, inúmeras outras apresentações artísticas, coordenadas pelo coreógrafo Emerson Euzébio com apoio da professora Aliete Gianelli Sylla traduziram o clima de confraternização e alegria com que a Faclepp recebe seu corpo discente.

A professora Maria Inês Macca falando aos acadêmicos

Acadêmicos presentes na aula inaugural

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Pós-Graduação - 07

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08 - Cursos de Julho

Os cursos de capacitação/extensão universitária somam 30 horas e são oferecidos a alunos e docentes das redes municipal e estadual em diversas áreas

Vêm aí os cursos de Inverno / 2006

Alguns cursos oferecem parte teórica e prática

A exemplo dos anos anteriores, a Faclepp estará oferecendo para as férias de Julho uma vasta programação de cursos de extensão universitária em dife-

rentes áreas, todos com carga horária de 30 horas. Os cursos serão ministrados na primeira terceira semana do mês visando atender alunos, docentes das redes municipal e estadual que optam por fazer mais de um curso. Nas férias do ano passado, mais de 600 professores participaram dos cursos de capacitação oferecidos por mestres e doutores da Faculdade. Para este ano, em sua sexta edição, a direção e a coordenação de extensão da Faclepp espera contar uma participação ainda mais expressiva da comunidade acadêmica. A temática deste ano é a contrução de conceitos e habilidades necessárias à docência no Ensino Fundamental e Médio.

Estão confirmados os seguintes temas: de 3 a 7 de julho (noturno) “Maté-ria e energia”, “Orientação sexual nas escolas de Ensino Fundamental”, “O professor reflexivo e sua prática pedagógica”, “Construção de conceitos matemáticos“ e “Metodologia de Arte (1ª/4ª séries). Na semana de 17 a 21 (diurno) “Teatro de Fantoches” O que é Cor? A abordagem objetiva e subjetiva no ensino e aprendizagem”, “Aplicação dos conceitos históricos em sala de aula”, “Construção de conceitos matemáticos com materiais instrucionais (1ª/4ª séries)” e “A história e os verbos”. Na mesma semana (noturno), serão oferecidos “A história e os verbos”, “Teatro de Fantoches”, “Meios de expressão no ensino da arte”, “Conceitos fundamentais de Química aplicada ao ensino fundamental” e “Formação de conceitos matemáticos: avaliação-métodos alternativos”.

O programa completo poderá ser acessado no site www.unoeste.br, a partir de 12 de junho. Vagas limitadas. Inscrições na diretoria da Faclepp, no Bloco H.

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Mural Faclepp - 09

Durante o ano, são realizadas várias confraternizações entre os professores da Faclepp.

O sexto termo de letras vai deixar saudades. Galera

animada e companheira, todos os meses comemoram

aniversários dos colegas e dos professores. Sem contar

as inúmeras outras confraternizações ..., entretanto,

alegria não quer dizer falta de compromisso nos estudos.

Esse é o recado da turma.

A direção e todo o corpo docente da Faclepp registra

neste espaço as boas-vindas aos novos professores

que a partir deste ano passaram a integrar a equipe da

Faclepp. São eles: Sônia Maria Moreno Molina (doutora

em Lingüística pela Unesp), Gustavo Maia Souza

(pós-doutor em Fisiologia Vegetal pela USP), Tatiana

Dantas de Oliveira(mestre em Arte / Comunicação pela

Unesp), Gelise Soares Alfena (mestre em Lingüística

pela Unesp) e Marli de Oliveira Rodrigues (mestranda

em Educação pela Unoeste).

Boas-vindas

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10 - Mural Faclepp

A professora do curso de História da Faclepp, Érica de Campos Vicentini, participou do II Simpósio Internacional sobre Religiões, Religiosidades e Cul-tura, realizado em abril na cidade de Dourados (MS).

A docente abordou o tema “Implan-tação de um Centro de Memória da Música Religiosa”, parte do seu projeto de doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Uni-versidade de São Paulo), sob a orientação da professora Dra. Ana Maria de Almeida Camargo.

O trabalho foi apresentado no simpó-sio temático sobre Religião, Cultura e Política, que buscou promover um

Professora participa de simpósio no MSintercâmbio intelectual entre diversos pesquisadores cujos trabalhos têm como preocupação conceitual e de pesquisa a religião e suas relações com a cultura e a política contemporâneas nos séculos 19 e 20.

Em outubro de 2005, a professora também esteve presente no VI Congresso de Arquivologia do Mercosul – Arquivos: o saber e o fazer, promovido em Campos do Jordão (SP). Segundo Érica, sua apre-sentação teve resultado muito positivo: “Meu trabalho foi um dos poucos no congresso a relacionar música e arqui-vos. Houve uma boa repercussão dele, além de aproveitar a ocasião para trocar informações”, comenta.

O artigo de mestrado (vol. 16, nº 6b, p. 1372, 2006) do professor Marcos Alberto Zocoler foi aceito para publicação no mais importante periódico de química nacional. O Journal of the Brazilian Chemical Society (JBCS) é uma publicação de veiculação internacional editado pela Sociedade Brasileira de Química.

Formado em Farmácia pela Unesp de Araraquara em 1988, defendeu seu mestrado em Química, em 2004, na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Hoje cursa o doutorado também na UEM. O professor Marcos faz parte do corpo docente da Faclepp desde 1991.

Publicação de artigo em revista científica

Resumo do ArtigoEste trabalho descreve um procedimento

rápido e eficiente para a separação e iden-tificação de alcalóides indólicos do extrato etanólico de Tabernaemontana fuchsiaefolia (Apocynaceae). As frações alcaloídicas obti-das dos extratos etanólicos (das folhas, das cascas do caule e das cascas das raízes) foram fracionadas e analisadas por cro-matografia em camada delgada (CCD) e por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG-EM). Foram identificados os alcalóides indólicos ibogamina, coronaridina, pseudoindoxil ibogaina, hidroxiindolenina voacangina, pseudoindoxil voacangina, tabernan-tina, catarantina, voacangina, 19-oxo-voacangina, 10-hidroxicoronaridina, afinisina, 16-epi-afinina, voachalotina, ibogalina e conofaringina.

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Mural Faclepp - 11

Sétima arte na universidade A rotina acadêmica na Unoeste conta com um

diferencial: o Cine Clube. Seja para relaxar ou para aprimorar os conhecimentos, os estudantes tem à disposição um amplo acervo de filmes, desde clássicos do cinema, como Tomates Verdes Fritos, passando por diversas produções nacionais, entre outros estilos. Destaque para os alunos da Faclepp que figuram entre os universitários que mais utilizam este serviço. Para agendar a locação entre em contato com o Departa-mento de Cultura, através do 3229-1063.

O Coral da Unoeste surgiu de uma parceria entre a Faclepp e a Pró-Reitoria de Extensão da universidade em maio de 2005. Atualmente, compõem o projeto 30 integrantes, entre professores, acadêmicos e população em geral.

De acordo com a coordenadora da atividade, profes-sora Afife Salim Sarquis Fazzano, inicialmente a idéia era formar um Coral voltado à terceira idade. “Devido à grande procura de pessoas mais jovens, decidimos formar um grupo eclético”, comenta. Hoje, os inte-grantes têm idade entre 18 e 60 anos.

A professora da Faclepp e regente do Coral da Unoeste, Kátia Calil Trevisan, comemora o sucesso do projeto. “No início, contávamos com 10 pes-soas e em pouco tempo conseguimos triplicar esse número, o que demonstra o crescente interesse das pessoas pelo Coral”, afirma.

Além da expressiva participação, os integrantes comprovam a cada dia seu talento. Segundo Kátia, o primeiro desafio de realizar uma apresentação pública ocorreu com apenas dois meses de ensaio.

Para desenvolver e aprimorar sua performance, o Coral da Unoeste ensaia todas as sextas-feiras em sala do bloco A, no campus I da universidade.

Os alunos participantes receberão certificado de atividades acadêmicas complementares. O maior número de vagas é para vozes masculinas. Serviço – Interessados em participar podem se inscrever na diretoria da Faclepp. Mais informações pelo (18) 3229-1098.

Ensaios do Coral da Unoeste

são realizados todas as

sextas-feiras; interessados

em participar podem se inscrever

na diretoria da Faclepp

“Cantar é mover o dom”

Mais uma vez a Faclepp marca presença na Feira das Vocações da Unoeste, de 15 a 18 de maio, no Salão do Limoeiro, campus II da universidade. O evento organizado pelo Departamento de Marketing da Unoeste chega a 5ª edição e tem como objetivo auxiliar na escolha profissional dos jovens.

O estande da Faclepp promete atrair a atenção dos participantes com as apresentações e experiências promovidas pelos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, Educação Artística, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia e Química.

Este ano, os acadêmicos do 5º termo de Letras, apresentarão diversos trabalhos sob orientação professora de Literatura Afro Brasileira, Leodete

Faclepp marca presença na Feira das Vocações

Corpo e mente em sintoniaA Unoeste Cia da Dança é mais uma opção artís-

tica e cultural para nossos acadêmicos. Segundo a professora Dulce Cintra, para participar da Cia basta ter interesse em dançar e se dedicar aos ensaios. A próxima apresentação do grupo será no Enac (Encontro das Artes do Corpo), dia 10 de maio, no Teatro Procópio Ferreira, às 20h. Mais informações sobre a Cia de Dança e outras ativi-dades físicas disponíveis aos alunos podem ser obtidas através do telefone (18) 3229-1137.

Gazoni Ferreira. Os clips mostram produções de escritores negros que não constam do cânone literário brasileiro.

Outro destaque da Feira será a performance teatral minimalista, inspirada na técnica do Butoh, realizada pelos alunos do 1º e 2º termos de Letras, sob a supervisão do professor Antonio Fernando Cazula, dentro da disciplina de Teoria da Literatura. Os alunos estarão interpretando poemas Haikais de escritores orientais e produções próprias.

A Feira das Vocações cresce a cada edição, abrindo caminho para que os jovens possam conhecer as diferentes opções profissionais e os cursos que melhor preparam para o ingresso no mercado de trabalho.

Apresentações de Haikais pelos alunos Marks W. Santos e Caroline Pinheiro têm supervisão do professor de Teoria da Literatura, Me. Fernando Cazula

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14 - Artigo

Neste artigo pretende-se formular algumas provocações que contribuam para a refle-

xão sobre o cenário e/ou ambiente da forma-ção formal de indivíduos, entendendo-se esta formalidade como os processos de ensino e aprendizagem que se consolidam nas redes de ensino públicas ou privadas. Para tanto, parte-se da premissa de que a educação não deve se resumir somente aos bancos escolares, à rela-ção professor-aluno-escola. É necessário conti-nuar as discussões de maneira mais ampla do termo “educação” e este “entendimento” exige a discussão da ética da responsabilidade.

A educação ocorre num mundo cada vez mais globalizado, onde muitas vezes há a perda da identidade do cidadão local em prol de um “cidadão global”, talvez já mais homogêneo em atitudes, notadamente aquelas ligadas ao consumo de produtos veiculados pela mídia, em especial a televisiva e, em segundo plano a virtual, o que exige sérias reflexões sobre a questão do envolvimento ético e das responsa-bilidades de cada um.

Nestes termos, deve ser repensada a questão de valores inerentes à responsabilidade indivi-dual e coletiva. No que concerne ao problema das responsabilidades, temos nas redes educa-cionais as duas faces que envolvem o tema: a responsabilidade coletiva e a responsabilidade individual. Sobre responsabilidade coletiva, pode-se destacar o papel da equipe escolar (funcionários, professores e gestores) que, como entes orgânicos, devem estar imbuídos

Educação, ética e responsabilidades

*Marcos Lupércio Ramos

*Mestre em Educação pela Unesp de MaríliaProfessor de Sociologia e Antropologia na Faclepp/Unoeste.

do ideal da construção de mecanismos favo-ráveis ao objetivo maior da educação formal pública atual no Brasil: a formação para a cidadania e quiçá para o mercado de trabalho, sendo que, no que concerne à cidadania, esta pressupõe a construção de valores éticos. O que seria um cidadão sem ética? Em relação às responsabilidades individuais, podemos destacar o papel de cada um para a Educa-ção. E o que é “cada um”? São aqueles que, direta ou indiretamente estão ligados a ela, quer seja a educação formal (proporcionada pela escola), quer sejam as informais (as que acontecem nas múltiplas formas de relações que o indivíduo estabelece nos diferentes ambientes com que e nos quais convive). Desta maneira, a responsabilidade individual envolve os papéis desempenhados pelo fun-cionário da escola, o (a) professor (a), o (a) aluno (a), os pais, etc.

Há falhas nesta possível linha de “respon-sabilidades individuais”. Muitas vezes os “papéis” não estão sendo exercidos com o devido compromisso: quer seja o do aluno (co-partícipe) - participação que deve ser a mais ativa e crítica possível, o compromisso da paternidade/maternidade, envolvendo aspectos importantes para a educação dos filhos e o compromisso do educador - cada vez mais menosprezado e/ou desacreditado (muitas vezes pela própria categoria) nesta sociedade dita “moderna e globalizada”. Não seria a Educação a base de uma sociedade que se considera justa?

Muitas reflexões poderiam ser feitas aqui, mas este espaço talvez não seja suficiente, porém deseja-se fechar esta breve reflexão sobre o tema da “responsabilidade de cada um” para o processo educacional de nossas crianças com um dos aspectos deste processo onde vem ocorrendo crescente inversão de valores: o da atuação e/ou participação dos pais no universo da educação de seus filhos. Para tanto, buscamos a contribuição de Cláu-dio de Moura Castro, que em 16 de março de 2005 publicou na Revista “Veja”, um interes-sante artigo sobre esta questão. Nele, Castro elencou dez – digamos - “conselhos” para a atuação dos pais em relação à educação de seus filhos, conforme transcreve-se abaixo com pequenas adaptações ao texto original:Em casa:1. Conversas freqüentes com os filhos, suge-

rindo que estabeleçam metas pessoais para a própria educação;2. Acompanhamento minucioso do boletim escolar, pois desta forma pode-se detectar falhas na trajetória escolar dos filhos;3. Promover leituras em voz alta em casa, ou seja, trazer o hábito de leitura para o seu lar. Não há bom aluno que não seja bom leitor;4. Criar ambientes adequados para seus filhos estudarem em casa, o silêncio é uma das exi-gências;5. Administrar o tempo dos filhos em “frente à TV”, para não haver prejuízos às horas que devem ser dedicadas aos estudos;Na escola:6. Acompanhar os mecanismos de promoção à educação formal, por exemplo: o professor passa atividades para serem desenvolvidas em casa?;7. Procurar conhecer: como se aprende na escola, como se avalia, como se reprova ou aprova-se, quais são as normas disciplinares, enfim, conhecer a escola pedagogicamente e fisicamente;8. Acompanhar, também outros aspectos da escola, como as faltas e atrasos de professores, as greves e seus reflexos na educação formal dos filhos;9. Cobrar da escola o cumprimento de suas obrigações básicas em relação às finalidades da educação formal perante o que se prescreve, por exemplo, na Constituição Federal e, não só cobrar, estar disposto a contribuir para a melhoria do processo quando perceber que este não está sendo bem encaminhado. É a participação direta no processo, a co-responsabilidade, talvez;10. Apoiar os professores dedicados com palavras e atitudes, pois os professores devem ser prestigiados. Ser professor é uma missão e esta deve ter o seu devido reconhecimento. Com relação aos professores que apresentam dificuldades, estes devem ser questionados insistentemente e, claro, ajudados e/ou apoia-dos para superarem suas dificuldades.

Enfim, “se os pais seguirem este decálogo, as conseqüências serão mais benéficas do que qualquer plano de educação gerado “de cima para baixo” e patrocinado pelos governos. Estarão assumindo a sua parcela de responsa-bilidade constante na educação de seus filhos e contribuindo para que os outros elementos pertinentes ao processo também cumpram com sua parte. É comportamento ético, responsável e compromissado em prol da Educação.

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12 - Qualidade de Ensino

Além de ter ficado em 27º lugar no ranking nacional do Enen elaborado

pelo jornal Folha de S. Paulo, Prudente está entre as oito primeiras colocadas do Estado. Para garantir esses resultados, a cidade conta com um trunfo: a participação efetiva da Faclepp - Faculdade de Ciências, Letras e Educação da Unoeste na formação dos professores do ensino médio de suas escolas há quase 34 anos.

Tradicional, a Faclepp foi a primeira fac-uldade instituída pela Apec (Associação Prudentina de Educação e Cultura), man-tenedora da Unoeste. Os primeiros cursos autorizados pelo MEC foram Letras, Estudos Sociais e Pedagogia. Hoje, a Fac-uldade oferece ao todo nove cursos de licenciatura: ciências biológicas, educação artística, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química. “De mãos dadas, cada curso, colabora para a formação de um profissional capaz de interpretar o mundo por meio de sua vocação, tornando-o não só um profissional habilitado como consciente de seu papel como cidadão responsável pela construção de uma nova sociedade”, argumenta a diretora da Faclepp, Sônia Pelegrini.Outro diferencial destacado pela profes-sora Sônia é o corpo docente da Faclepp. “Formado em sua maioria por mestres e doutores, nosso corpo docente é um grupo édia, os profissionais que o compõem atuam na Unoeste há pelo menos 10 anos. Isso assegura a seriedade e a qualidade do trabalho desenvolvido por esta equipe”, ressalta.

Participação da Faclepp garante bons resultados

na avaliação do ensino médio do interior de SPPrudente é a 27ª colocada no ranking

nacional do Enen; em São Paulo

está entre as oito primeiras

Texto: Juliana Gomes WruckFotos: Ector Gervasoni

“Formado em sua maioria por

mestres e doutores, nosso corpo

docente é um grupo sólido, em

média, os profissionais que o

compõem atuam na Unoeste

há pelo menos 10 anos.”

Sonia Maria Pelegrini,

diretora da Faclepp

Coordenadores dos cursos da Faclepp

“Foi através da arte que se chegou a história. Por meio dela, é que o homem satisfaz sua necessidade de interpretar o mundo além das palavras. Formamos aqui o professor para o magistério, habilitado a alfabetizar através da arte”Vilma Pereira Martins Zanin, coordenadora do curso de Educação Artística

“Pela história o homem toma consciência de sua função trans-formadora no mundo. Ninguém transforma aquilo que não conhece; se ele não conhece sua condição não enfrenta a realidade. Aqui, a prioridade é a formação da cidada-nia, para a construção de uma nova sociedade como profissional crítico, atuante e consciente”.Alba Lucena Gandia,coordenadora do curso de História

“A pedagogia forma o profes-sor e o gestor. E, o professor é o grande gestor do processo de ensino e aprendizagem, sendo modelo de referência a seus alunos com relação à postura, como leitor e como usuário da escrita. Queremos que este profissional tenha a capacidade de planejar situações de apren-dizagem desafiadoras fazendo com que todos os alunos tenham sucesso em suas aprendiza-gens”Maria Inês de Figueiredo Macca, coordenadora de Pedagogia

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Boas-Vindas - 13

Participação da Faclepp garante bons resultados

na avaliação do ensino médio do interior de SP

“Buscamos formar o profissional sólido e generalista nos diver-sos campos e desper-tar o interesse para a constante atualiza-ção para que possa entender seu papel como agente modifi-cador da sociedade”Patrícia Alexandra Antunes, coordena-dora do curso de Química

Um novo ciclo se inicia nos cursos de

licenciatura em Matemática, Química

e Letras da Faclepp com a mudança dos

coordenadores. Os outros seis cursos

que completam a faculdade, História,

Geografia, Física, Educação Artística e

Ciências Biológicas, permanecem com a

mesma equipe.

Assume o curso de Matemática, a

docente Denise Di Giovanni Lamberti,

mestre em educação pela Unoeste. Letras

passa a ser coordenado pela docente

Luciana Cachefo Ribeiro, que também

é mestre em educação pela Unoeste.

Já no curso de Química, a coordenação

mudou para a docente Patrícia Alexandra

Antunes, doutora em Química pela Univer-

sidade de São Paulo (USP).

Atualmente, a Faclepp está sob a direção

da mestra Sônia Maria Pelegrini e tem

como objetivo formar professores qualifi-

cados para o mercado de trabalho. Nessa

missão, a Faclepp possui um aspecto

importante, pois conta com o conheci-

mento elevado dos seus profissionais

mestres e doutores.

Com os novos coordenadores, a expec-

tativa é manter o sucesso na gestão

acadêmica obtida ao longo dos 34 anos

de existência da Faclepp. Assim, a direção

deseja boas-vindas e muita sorte aos

profissionais nessa empreitada.

Alguns cursos da Faclepp têm novos

coordenadores

Cursos de Química, Matemática e

Letras passam por mudanças; expectativa é de muito sucesso na

gestão acadêmica

Coordenadores dos cursos da Faclepp

“Em Letras, o graduando aprendea conhecer o mundo pela expressão das palavras, no contexto das relações humanistas e culturais. Tudo é vol-tado para a formação do professor”Luc iane Cachefo Ribeiro, coordena-dora do curso de Letras

“A matemática está presente na maioria das profissões e nosso objetivo é preparar o profissional para o dia-a-dia, nas mais diversas atividades”Denise Di Giovani Lamberti, coordena-dora do curso de Matemática

“A profissão de biólogo está entre as 10 mais procuradas do século 21 devido ao grande leque de opções que a car-reira vem conquistando nos últimos anos. Essa formação prepara um professor formador de opinião em sua área, um defensor de idéias inovadoras, um disseminador de valores, enfim, um dos alicerces da consolidação da cidadania”Aparecida Carmem Ticcianelli Terazake – coordenadora do curso de Ciências Biológicas

“Associado a outras ciências, o curso de geografia forma o profissional para com-petências sociais e políticas que trabalhe com uma visão global. Além disso, que tenha conhecimento do espaço e, principalmente, que trabalhe a relação homem-natureza e sua importância”Maria Helena Pereira de Oliveira – coordenadora do curso de Geografia

“Há 30 anos, o curso de física, que estuda os fenômenos da natureza e é a base para as novas tecnologias, forma professores atendendo as necessidades reais do mercado com o objetivo de atingir as competências e habilidades das diretrizes curriculares”Vagner Camarini, coordenador do curso de Física

Conheça os novos coordenadores

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Artigo - 15

Este texto destina-se a todos os profissionais da educação que compreendem a necessidade e a

importância de ensinar. Ao mesmo tempo, não se pretende apresentar uma proposta ortodoxa sobre o que o docente deve saber. São apenas angústias para serem compartilhadas, sem a pretensão de resolver algo e de criar um maior interesse pelo estudo sobre as obras de Piaget e Vygotsky.

Todo o ato de ensinar deve estar fundamentado no que esta ação causa como reação. Isto, além de ser uma concepção das leis da Física, também deve ser compreendida como um alto grau de respons-abilidade, o que no caso, alguns autores chamam de responsabilidade ou papel social (ZABALA, 1999).

Se ensinar é a nossa meta e isto está ligado dire-tamente ao fato de possibilitar uma transformação no modo de pensar de outros seres humanos, é evidente que devemos conhecer mais sobre o pro-cesso ensino-aprendizagem. Apesar de parecer, de certa forma, simples, o ato de ensinar alguém requer conhecimentos aprofundados sobre a psicologia e a pedagogia dos indivíduos.

Assim sendo, pretende-se destacar aqui a significa-tiva importância dos pesquisadores Jean Piaget e Lev Vygotsky. Estes estudiosos do século XX deram impor-tantes contribuições para a Educação e que até hoje são percebidas nos ambientes escolares em qualquer nível de ensino. É interessante conhecermos suas teorias e concepções sobre a construção do saber.

Jean Piaget (1896 - 1980), suíço de Genebra, foi graduado em Biologia e começou nesta área a pes-quisar sobre o funcionamento da aprendizagem. A partir de estudos sobre caramujos, ele queria saber como estes moluscos sabiam que tinham que comer. De certa forma, uma pergunta muito estra-nha, mas segundo os relatos foi isto que o motivou para se questionar, depois dos moluscos, como o ser humano aprendia. Inicialmente ele começou a investigar seus próprios filhos, fazendo algumas atividades e exercícios que poderiam gerar enten-dimentos sobre o ato de aprender e a construção do raciocínio. Seu conhecimento como biólogo era limitante para se aprofundar nestas questões, por isto foi buscar na psicologia respostas mais claras e entendimentos mais específicos para responder suas dúvidas e entender o que se passava na mente de indivíduos tão pequenos. Piaget chamou o ser humano de sujeito epistêmico, ou seja, indepen-dente da sua origem todo o ser humano tinha um caminhar comum no processo de aprendizagem. E esta aprendizagem inicia desde o nascimento e prossegue durante toda vida. Para isto, ele organizou o raciocínio em períodos bem distintos, chamados: sensório-motor, operações concretas e raciocínio lógico-formal. Em outras palavras, a inteligência é construída a partir de atos concretos, chegando até ao abstrato. Esta é sua linha de pensamento. Inde-

Professor(a), leia mais sobre Piaget e Vygotsky!pendente do que se aprende, tudo é estabelecido por este sistema de aprendizagem. Piaget também fala que o raciocínio não é uma linha paralela estática, para ele isto acontece de forma irregular. São os chamados processos de acomodação e assimilação. Ou seja, para aprendermos temos que provocar dúvidas, gerar uma “insegurança” no que sabemos para buscarmos mais. Somente ao criar tais condições é que o ser humano irá ao encontro de novas respostas para o seu conhecimento. Mesmo que Piaget sempre afirmasse que não era educador e que não tinha conhecimento aprofundado sobre esta área, ele deu uma grande contribuição para o entendimento da construção do saber.

Lev Semenovich Vygotsky (1896 - 1934), nasceu

na Rússia e se formou em Psicologia, durante a efervescência dos debates e estudos marxistas. Logo, toda sua pesquisa sobre a psicologia da aprendizagem recebeu uma alta dose da teoria do materialismo histórico-dialético. Um fato que chama a atenção neste estudioso é que seus poucos anos de vida não limitaram sua significativa produção intelectual. Existem mais de duzentos manuscritos científicos que ele desenvolveu, prin-cipalmente, nos últimos anos de vida. Até hoje, estudiosos sobre este autor, de várias universi-dades do mundo, buscam compreender melhor suas teorias e métodos sobre o processo de apren-dizagem, dada a complexidade de seu raciocínio.

Para Vygotsky, o ser humano é entendido como um ser essencialmente social. A formação de grupos sociais são vitais para a construção do indivíduo. Tudo o que sabemos e que aprendemos é produto de nosso conhecimento histórico e social. Com base neste pensamento, é que a teoria deste russo se fundamenta, ou seja, todos os seres humanos são resultado de uma construção histórico-social e nossa aprendizagem é perpassada por este processo. O ato de aprender que compreende os pontos - situação-problema – são interligados pelo estímulo ou uso de um signo. Este signo é que permite a construção do saber. As sociedades sempre utilizaram uma lingua-gem simbólica para representar algo e isto refere-se diretamente ao processo de ensino-aprendizagem. Dentro deste sistema, é que se pode encontrar e compreender a chamada Zona de Desenvolvimento Proximal (conceito-chave para a teoria vygotskyana), que significa o intervalo do raciocínio humano, entre o que um indivíduo sabe fazer sozinho e o que é necessário que outra pessoa o oriente na resolução de um determinado problema. Ao mesmo tempo, Vygotsky nos alerta para o seguinte ponto: que aprendizado não é desenvolvimento, ou seja, dizer que uma criança aprendeu não significa diretamente dizer que a criança desenvolveu o raciocínio – este processo é bem mais amplo do que isto – mais complexo.

Dentro dessas estruturas dialéticas, onde as questões do materialismo-histórico estão presente, é que Vygotsky estabelece sua teoria da aprendiza-gem. Para este pesquisador, o ato de aprender de cada indivíduo se baseia paralelamente à construção histórico-social da humanidade. É como se víssemos o todo em uma única parte.

Para não concluir, espera-se que este texto tenha aguçado o interesse de profissionais da Educação no sentido de conhecer mais e estudar com maior profun-didade estes dois autores que modificaram significati-vamente a compreensão do ato de ensinar e aprender. Deixo, assim, algumas indicações interessantes para começar este estudo. Boa leitura professor!

LIMA, Lauro de Oliveira. Por que Piaget?: a educação pela

inteligência. Petrópolis: Vozes, 1998.

PIAGET, Jean. O raciocínio na criança. Rio de Janeiro, Record,

1967.

________ & INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São

Paulo: Difusão Européia do Livro,

1968.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsk: uma perspectiva histórico-

cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 2001.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente:

o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores.

6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimen-

tais em aula. Porto Alegre: Artmed, 1999.

*Denis Richter

*Mestre em Geografia e professor de Metodologia de Ensino na Faclepp/Unoeste

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16 - Curso de Extensão

O DNA tem fornecido a base do processo evolu-cionário, gerando milhões de diferentes formas

de vida, que têm ocupado a Terra desde a existência dos primeiros organismos vivos, há cerca de três a quatro bilhões de anos. A trajetória do código genético começou a mudar extraordinariamente no ano de 1990, com a instalação de um consórcio internacional de pesquisadores, formado pelos Estados Unidos, Europa e Japão.

O Projeto, denominado Genoma Humano, tem por objetivo mapear todos os genes da espécie humana até o ano de 2005. Em 2000, os cientistas do pro-jeto e a empresa privada Celera (EUA) mapearam 97% do código genético humano. Em 2003, o consórcio internacional anunciou oficialmente a conclusão do seqüenciamento dos 3 bilhões de bases do DNA da espécie humana.

Apesar dos inúmeros benefícios do projeto, os críticos, no entanto, alertavam para o perigo do uso indevido das informações, como por exemplo, a análise do perfil genético em processos seletivos trabalhistas impedindo a contratação de candidatos com predisposição genética para certas doenças, como o câncer. Eugenia e clonagem humana são outras duas preocupações manifestadas em relação

A genética humana na era do DNA

ao conhecimento do genoma.A área Forense também se beneficiou

dessas descobertas, pois passou-se a utilizar testes de DNA para identificação humana em casos criminais, estudos de paternidade e formação de Banco de Dados Civil de DNA.

Por meio de técnicas de biologia molecular é possível identificar precocemente deter-minadas doenças como câncer, obesidade, diabetes, doenças auto-imunes e hiperten-são. Todo esse avanço científico requer a capacitação de pesquisadores e profissionais para atuar nesse campo.

Atentos a essa demanda, a Faclepp realizou nos dias 31 de março e 1º de abril, um curso de extensão de Biologia Molecular Aplicada ao Diagnóstico, com o apoio da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC-SP) e do Laboratório do Instituto Adolpho Lutz de Presidente Prudente.

O curso foi ministrado pelo renomado professor doutor Mário Hiroyuki Hirata, pro-fessor titular do departamento de Análises Clínicas e Toxicologia e da disciplina de Bioquímica Clínica, ambas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo). Professor Hirata é mestre e doutor pela FCF–USP, e pós-doutorado pela Food and Drugs Administration nos Estados Unidos e Kyoto University, no Japão.

De acordo com a professora mestranda em Biologia Molecular pela USP, Ana Messas, responsável pelo evento, a Faclepp quer ir mais longe e estuda a implantação do curso de especialização em Biologia Molecular. “Alunos da Faclepp e de outros cursos da Saúde, além de profissionais de diferentes áreas demonstraram tanto interesse pelo aprimoramento nessa área que já estamos preparando mais dois cursos com pal-estrantes de renome como o primeiro. O curso de especialização está sendo ideal-izado para atender aos profissionais.”

Professor doutor Mário Hiroyuki Hirata, titular da Universidade de São Paulo

Alunos durante o primeiro curso de extensão na área de Biologia Molecular

A professora Ana Messas é a farmacêu-tica-bioquímica responsável pelo Depar-tamento de Citogenética do Laboratório de Genética da Unoeste. Conforme ela explica a Unoeste pode tornar-se referên-cia no segmento de diagnóstico devido ao incentivo a pesquisas e aprimoramento, além de contar com uma infra-estrutura completa.

Para entender o que tudo isso significa a professora explica que o laboratório já realiza serviço de diagnóstico de sín-dromes genéticas através da avaliação dos cariótipos no que se refere a classificação, tamanho e forma. Também executa o diagnóstico das síndromes gênicas, que através de ferramentas da Biologia Molecu-lar, caracteriza doenças como H.I.V., doen-ças metabólicas e genes responsáveis por resistência bacteriana.

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Produção Acadêmica - 17

As contradições na Era da Comunicação

Atualmente, os meios de comunicação estão cada vez mais rápidos, tornando as informações cada vez mais acessíveis. Contudo, discute-se a validade das informações veiculadas nos meios de comunicação, posto que muitas vezes estas provêm de fontes não confiáveis, tais como aquelas noticiadas em sites da internet. Ainda assim, a rapidez, a facilidade de acesso e a difusão da notícia com alcance praticamente universal, tornam os meios de comunicação fundamentais em uma sociedade que vive em constantes mudanças.

Sueli Lemes Lopes Montanari

Comunicação é um veículo de cultura e linguagem de grande alcance, mas centralizada aos interesses e a atenção de todos no geral. É a ampliação do conhecimento da Língua Portuguesa, nos mais diversos meios de interação. Temos acesso a todos os tipos, como jornais, revistas, televisão, telefones e principalmente a internet. Um item importante e preocupante é a diminuição do hábito de leitura dos jovens por jornais e livros. Eles estão mais interes-sados em jogos na internet, reportagens sobre estilo de vida, signos, novelas, notícias locais, etc.

Luciana Cláudia Mestrinelli Gomes

Com o avanço das diferentes formas de informação, na educação, cultura e lazer, torna-se necessário conceituar alguns direitos e deveres por parte de quem a transmite e por parte de quem a recebe. A informação é o elemento essencial dos meios de comunicação que tem a possibilidade de tratá-la, organizá-la, até mesmo manipulá-la e transportá-la de um ponto a outro modifi-cando padrões e comportamentos, influindo decisivamente na conscientização do indivíduo que, de acordo com seu preparo intelectual, pode melhorar ou piorar sua estrutura psicológica ao longo do tempo.

Rosângela Fátima de Souza

A televisão, por ser o meio de comunicação de mais fácil acesso, é o que melhor consegue persuadir e impor padrões e opiniões. Além disso, tem como aliada a ignorância de muitas pessoas em relação a outros meios de comunica-ção. Mesmo não tendo acesso aos meios mais caros, como a internet e a tevê por assinatura, a maioria tem outros meios como o rádio e os jornais, mas não costuma utilizar. Aqueles que conseguem aproveitá-los de forma adequada são capazes de distinguir o que absorver e o que descartar de cada um deles.

Raquel Tiemi Masuda Mareco

Para falar sobre os meios de comunicação é preciso fazer uma análise crítica das relações e divergências existentes, na qual nem tudo é tão belo quanto se mostra e o feio não se mostra por completo. É preciso muita leitura e feeling para filtrar as informações que veiculam nos meios de comunicação de forma que se possa corroborar com a realidade.

Janaina da Cruz Garcia

Atualmente as crianças vêem televisão em excesso, se encantam com os programas de tevê criados especialmente para elas. A televisão é o primeiro e maior contato das pessoas com o mundo externo, transforma conhecimentos

Neste espaço, destaque para a seleção de 10 trabalhos produzidos pelos alunos do 1º termo de Letras da Faclepp, sob a orientação do professor Antônio Fernando Cazula. Os textos

atendem à disciplina de Prática de Leitura e Redação, tendo como título “As contradições na Era da Comunicação”. Vale a pena conferir o conteúdo crítico das opiniões da turma.

em linguagem, informação e comunicação. Em menos de cinco minutos o telespectador já terá “viajado” pelo mundo e estado em contato com difer-entes formas de linguagem. Portanto, um excelente meio de educação para as crianças, desde que utilizado com esse fim.

Míriam de Brito Rafael O Brasil vem sofrendo uma mudança positiva quanto à tecnologia: há poucos

anos, a revolução digital alcançou nosso sistema de telefonia e em poucos meses será a vez da televisão. É pena que nem todos terão o prazer de desfrutar de tal tecnologia. Este mês, a Anatel deveria ter implantado em nosso país um novo sistema de cobrança da telefonia por minutos, ao invés do atual sistema de pulsos, o que elevaria consideravelmente os valores das contas telefônicas. Sob protesto quanto à má elaboração do protocolo da nova cobrança, a Anatel adiou a data de tal implantação. Mas ela virá, mais cedo ou mais tarde. O certo é de que nada nos vale a tecnologia, se esta é vendida peso de ouro.

Ana Carolina Borro

Estamos vivendo na Era da Comunicação e muito temos ouvido falar a res-peito dos avanços tecnológicos e dos benefícios que tais serviços trazem ao mundo globalizado. Entretanto, a Fundação Getúlio Vargas, juntamente com outras entidades, divulgou o resultado de uma pesquisa onde constata que apenas 12% dos brasileiros têm computador em suas residências e pouco mais de 8% encontram-se conectados à internet. Tal resultado demonstra que, apesar de muito se falar, a inclusão digital ainda está bem distante da realidade da maioria da população de nosso país.

Deyna V. S. Polidório

Os meios de comunicação são essencialmente importantes, assumem um papel central na atividade econômica e na vida social, como por exemplo, a internet que permite estar em contato direto com o mundo, é a lógica do tempo real da informação. Mas ao mesmo tempo esses meios de comunicação nos proporcionam insegurança, porque na maioria das vezes pessoas confiam em fazer suas transações bancárias pela internet e seus cartões de crédito acabam sendo clonados. Esse tipo de crime está aumentando e a tendência é crescer ainda mais. Infelizmente os bancos não têm tido os cuidados necessários para dificultar esses golpes.

Suzana Branco Gimenez

A imprensa é hoje um dos meios mais utilizados para fornecer informações à população, tanto na parte escrita, como jornais, revistas e internet, quanto na parte falada, sendo a televisão e o rádio duas das mais importantes. Infe-lizmente as contradições encontradas nessa área comunicativa são várias, como ocultação ou distorção de informações. Geralmente esses meios se dedicam à “banalidades” como moda, vida de artistas, etc.

Seria essencial que a maior parte dos meios de comunicação se dedicasse aos interesses da população transmitindo uma informação clara e objetiva, como prestar esclarecimentos aos cidadãos sobre exatamente o que é feito com a arrecadação de impostos.

Caroline Lopes dos Santos Pinheiro

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18 - Artigo

A água é considerada um recurso natural inexau rível e constantemente reciclável através do ciclo

hidrológico, mas sua quantidade é variável no tempo e no espaço. Através dos séculos, os diferentes usos da água pelo homem aumentaram excessivamente, resultando em degradação ambiental e poluição. A deterioração das fontes hídricas está relacionada com o crescimento e a diversificação de atividades agrí-colas, aumento da urbanização e intensificação de atividades humanas nas bacias hidrográficas. O uso intenso, sem os devidos cuidados, coloca em risco a disponibilidade deste precioso recurso e gera pro-blemas de escassez em muitas regiões. O problema atual e futuro da falta de água na maioria dos países está mais ligado à qualidade do que à quantidade disponível. A água existe, porém encontra-se cada vez mais comprometida em função do mau uso e da gestão inadequada deste recurso.

Precisamente, por causa do crescimento da popu-lação e da constante industrialização, os cursos d’água normalmente são contaminados por despe-jos humanos e industriais, que constituem um dos maiores problemas da civilização moderna.

Esses despejos estão resultando no comprometi-mento do equilíbrio ecológico do ambiente, conta-minando as águas superficiais como metais pesados, bactérias patogênicas, intoxicando e levando à morte os seres vivos em toda cadeia alimentar.

Alguns cuidados poderiam muitas vezes evitar a degradação ecológica de cursos de águas doces, como a dosagem da quantidade de matéria orgânica que é jogada no rio, em função do seu tamanho e sua capacidade de aeração.

As inúmeras alterações causadas nos ecossistemas aquáticos no decorrer dos últimos anos no Brasil têm causado uma preocupação crescente da população e das autoridades ambientais. Essa situação fez com que o governo federal adotasse a Política Nacional dos Recursos Hídricos, cujo objetivo é manter os ecossistemas aquáticos sustentáveis e preservar a diversidade genética.

Os diversos ambientes aquáticos podem ter um número significativo de valores ambientais, ou seja, de usos, incluindo o suprimento de água potável, a irrigação, a recreação e a própria proteção desses ecossistemas, os quais precisam ser medidos e/ou avaliados para determinar como devem ser prote-gidos.

Pesquisas demonstram que a constante degradação dos recursos hídricos tem se tornado uma preocu-pação constante nos meios científicos, visto que a água de boa qualidade é indispensável à manutenção da vida.

Os diversos cursos d’água, localizados em áreas urbanas, geralmente são utilizados como verdadeiros “esgotos a céu aberto”, recebendo os dejetos indus-

triais e domésticos sem tratamento e com isso provocando a degradação dos recursos hídri-cos, inviabilizando sua reutilização imediata.

Segundo o Relatório WWF os sistemas aquá-ticos estão sendo destruídos a uma velocidade maior do que os terrestres, comprometendo a qualidade da água e os estoques de peixes. A qualidade dos ecossistemas de água doce, caiu 45% desde 1970, enquanto que os ecossiste-mas marinhos tiveram perda de 35%.

Neste contexto, o Depósito de Lixo Urbano, (DLU), gera graves mudanças locais, como ruído, odores e modificação da paisagem. Além dessas mudanças, as chuvas podem contri-buir para que esses DLU sofram situações de transbordamento, promovendo uma poluição relativamente duradoura nos solos e nas águas subterrâneas.

Um dos temas mais importantes, atualmente, da política ambiental, é a implantação da gestão do lixo doméstico e assemelhado, como já acontece nos países desenvolvidos. Para tanto, profundas mudanças deverão ocorrer nos hábitos domésticos, na comunidade e na cultura popular.

No Brasil a maior parte do lixo é jogada nos cursos d’água, direta ou indiretamente. Muitas cidades estão localizadas às margens dos rios, o que contribui para que esses resíduos sejam carreados para os cursos d’ água pelo vento e enxurradas que lavam ruas pavimentadas.

De acordo com estudos realizados, as gale-rias pluviais normalmente também descar-regam suas águas em áreas de mananciais. Esse tipo de ação praticada pelo homem e por órgãos públicos, modifica e prejudica as áreas receptoras de lixo. As prefeituras, por exem-plo, adicionam os resíduos inadequadamente em lixões geralmente próximo de rios que ao longo do tempo, recebem os vários tipos de poluentes produzidos pelo lixo, prejudicando diretamente o ambiente.

O que assistimos todos os anos repetida-mente, nos grandes centros urbanos é resul-tado do descaso por parte dos órgãos compe-tentes e, também, pela falta de consciência da população que contribui para que esse quadro caótico de tragédias, provocadas pelas águas pluviais continue.

Essa prática inadequada de descartar o lixo em qualquer lugar, especialmente nas ruas das cidades, somadas as adversidades climáticas, muitas das vezes, também pro-vocadas pela ação do homem, vem somar ao quadro desolador de tragédias como

destruição de casas, carros, lojas, etc. e tudo o que o homem construir para se abrigar na busca de “conforto”. O que víamos antes, era sempre os menos favorecidos na mira das águas que desciam os morros não encontrando barreiras pela frente... pois a vegetação não existe mais!

Falta por parte do ser humano, respeito pela natu-reza, respeito por si mesmo! Quando o homem vai perceber que a natureza não precisa dele para existir? Que ela, apesar de todas as agressões é capaz de se recuperar? Recuperação essa que o próprio homem não assistirá!

O fato de não ser um cidadão das grandes metró-poles não nos isenta da responsabilidade de refletir sobre o que os habitantes de cidades de menor porte estão fazendo para reduzir a produção de lixo e como estão descartando esse lixo!

Será que temos que esperar somente datas come-morativas para lembrar que a água está a caminho da extinção? Que os animais estão sendo mortos indiscriminadamente? Que as florestas continuam sendo devastadas? Que os rios continuam sendo poluídos? Que o solo e o ar recebem a cada dia uma insuportável carga de poluentes - conseqü-ências do avanço tecnológico e da ganância do ser humano.

O que você está fazendo para mudar isso?

REBOUÇAS, A.C. Panorama da água doce no Brasil. In: Rebouças, A.C. Panoramas da degradação do ar, da água doce e da terra no Brasil. São Paulo: IEA/USP, 1997. 150p.

WWF. Relatório Planeta Vivo. Informativo Mensal AFAM TEC News, ano 1,4 ed.abril. 1999.3p (Site www.ambienteglobal.com.br)

ZUCCARI, M.L.; LEOPOLDO, P.R. Caracterização físico-química do Ribeirão Lavapés (Botucatu – SP). Energ. Agric., v.8 n.4, Botucatu, 1993.

Água: o líquido vital!

*Maria Helena Pereira de Oliveira

*Doutora em Geografia e Meio Ambiente pela Unesp/Pres. Prudente Professora de Climatologia e Coordenadora do Curso de Geografia da Faclepp/Unoeste

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Entrevista - 19

Yes, nós temos LatimNuma época de mudanças velozes e incríveis em

todos as áreas do conhecimento humano, quando os idiomas “modernos” como o inglês, francês, espa-nhol são altamente valorizados, principalmente nas universidades, os acadêmicos e mesmo os próprios colegas de magistério ainda insistem na mesma tecla com o mestre Antonio Garrio Campioni: por que manter na grade curricular do Curso de Letras o “velho e superado” Latim? Depois de presenciar (e também participar) de tantas brincadeiras com o nosso “amado mestre” sobre esta disciplina, o Caderno Faclepp, registra nesta entrevista um bate-papo no estilo revanche, que certamente não deixa margem para nenhuma piadinha sobre a “santa mama latina”.

Caderno Faclepp - Depois de tantos séculos de um notório processo de “esgarçamento” dessa língua pelas sociedades modernas, por que ainda ensinar Latim na faculdade?

Garrio - Pra início de conversa, se você olhar com atenção, todas as normas científicas diariamente utilizadas pelos pesquisadores em todo o mundo preservam os verbetes em sua forma latina original, como por exemplo et al, et alli, passim, op cit, apud, e tantas outras expressões. É uma linguagem, uma simbologia universal, o que nos dá uma idéia da necessidade de se estudar o Latim.

Caderno Faclepp – Devido às nossas heranças lingüísticas e culturais, nós brasileiros temos a impressão que o Latim é uma língua morta, familiar apenas para os povos das Américas e da Europa central. Isso se confirma?

Garrio – Creio que essa idéia “deturpada” tem a ver com este processo de desvalorização das identida-des e da própria história, promovido pelo mundo globalizado e pelas sociedades pós-modernas. Somente para exemplificar, conforme pesquisas atuais, em países avançados como a Alemanha, 740 mil jovens do Ensino Médio estudam o Latim. Lá, em termos de interesse, o idioma de Cícero só perde para o inglês e o francês, ocupando o terceiro lugar entre as línguas mais estudadas e esse “fenô-meno” continua crescendo. Segundo o presidente da Associação Alemã de Filologia, Hartmut Loos, é precisamente a tentativa de entender as próprias raízes e de encontrar uma identidade européia comum que dita esse renascimento latino.

Caderno Faclepp – Então explica melhor pra gente sobre esta questão das raízes.

Garrio – Voltando às origens européias, o fenô-meno reporta à época em que o império de César se estendia da Gália, no noroeste, à Ásia Menor, no sudeste do continente. O Latim era a língua mater no tempo em que a cultura romana, depois da grega, foi decisiva para a moderna civilização européia. Assim sendo, nenhuma matéria se presta tão bem quanto o Latim para entender as raízes européias comuns e, conseqüentemente da Língua Portuguesa. É importante observar que o ensinamento do Latim vai muito além do treinamento gramatical, ele acrescenta na formação da bagagem cultural e do caráter do aluno.

Caderno Faclepp – Existe um consenso quase geral de que é difícil estudar Latim. O que você nos diz sobre essa dificuldade?

Garrio - De fato, no pas-sado o ensino da Língua Latina fazia associações com a idéia do desagradá-vel, das noites sem dormir, decoração de tabelas, declinações... Hoje não, com métodos modernos de ensino percebemos maior facilidade e o conseqüente interesse por parte dos alunos. Atualmente a habilidade de discutir e ana-lisar conteúdos é mais valorizada que a de decorar formas. O paladino das línguas clássicas na Alema-nha, Günther Jauch compara esse aprendizado a uma interessante viagem: “Latim é como pegar o caminho mais longo. Se quero chegar de A a B da forma mais rápida, tomo a auto-estrada. Porém a beleza está nas paradas pelo meio do caminho, em

passar pelas cidadezinhas...”

Caderno Faclepp – Então para finalizar, dá pra gente uma carona num desses percursos da viagem cultural desse passado que nos conduz ao “cordão umbilical” da civilização ocidental. Garrio - Vamos lá: quando realizamos um negócio

– poucos sabem que vem do negotium, a negação do otium (repouso) e que foi ganhando o sentido de transação no século XIII na Península Ibé-rica; xingar alguém de corno, vem de cornu – do Latim (chifre); genu (joelho), flex (flexão) e orio (lugar), daí o termo genuflexório; macer – magro / macérrimo; guerra – bellicum, portanto mate-riais bélicos (de guerra), acus (agulha) – acupuntura; vender – em Latim vendere, o mesmo sentido dado a prostituere (expor à venda); Banco – vem de “banca” – mesa dos agio-tas medievais nos mercados italianos, um parentesco que

os bancos atuais relevam; empresa – do Latim prehensa (segurar com força, emprender); preço – do Latim pre-tium (nomear valor de um produto ou mesmo de uma pessoa); trabalho – até o século VI o verbo tripaliare significava torturar, depois tripalium passou a ser usado para nomear a forma de amarrar animais ao jugo. Enfim, as raízes são tão profundas que nos proporcionam verdadeiramente uma viagem fantástica, tanto para fortalecer conhecimentos necessários, quanto para o prazer em resgatar nossas próprias origens.

Antonio Garrio: paixão pelo Latim

“O Latim nos dá subsídios para entendermos melhor o Português e com sua riqueza amplia os nossos conhecimentos.” Janaina Cruz Garcia, 1º termo de Letras

“É importante observar que

o ensinamento do Latim vai

muito além do treinamento

gramatical, ele acrescenta no

conhecimento, na bagagem

cultural e até na formação

do caráter do aluno.”

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Geral - 21

Presença Africana III

O Curso de Ciências Biológicas da Faclepp, em sua modalidade

de licenciatura, tem por objetivo formar docentes para as atividades, áreas de estudos e disciplinas do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior relacionadas à pesquisa, através de um currículo abrangente e integrado. Ele é o único curso atualmente que possibi-lita ao graduando lecionar Ciências no Ensino Fundamental, esclarece a coordenadora mestre Aparecida Carmem Terazaki (foto).

Além da docência, o licenciado tem direito de atuar nos seguintes campos: pesquisa (elaboração, coor-denação e execução de projetos); prestação de serviços à comunidade – (aplicação dos resultados das pes-quisas biológicas, auxiliando princi-palmente na preservação da biodi-versidade); consultoria de empresas nas áreas da Saúde, Meio Ambiente, Educação Ambiental, Microbiologia, Engenharia Genética, Biologia Mari-nha, Controle de Pragas, Vetores, além daqueles decorrentes da sua formação. Pode ainda elaborar laudos sobre o impacto no ambiente de obras e fábricas tendo seu campo de trabalho bastante ampliado com o emprego da Biotecnologia. O formando nesse curso tem direito ao registro profissional de biólogo junto ao Conselho Regional de Bio-logia (CRBio) que garante o exercício pleno da profissão. De acordo com Terazaki, a atividade de biólogo atualmente está entre as dez mais procuradas, dado ao grande leque de opções que a carreira vem con-quistando nos últimos anos.

Bacharelado Tendo observado uma relevante procura pelo bacharelado por ingressantes e mesmo concluin-tes que não pretendem atuar no magistério, a Faclepp pretende oferecer esta nova modalidade para o primeiro semestre de 2007. Com a colaboração da direção da Facul-dade e de professores especializa-

Ciências Biológicas terá bacharelado

A Faclepp/Unoeste estará sediando no campus universitário I, mais um Curso de Extensão sobre “A Presença Africana na Cultura Brasileira” - este

ano em sua terceira edição. O curso visa a formação continuada do professor através de metodologias e estratégias de acordo com a Lei 10.639/03, cujos conteúdos já estão sendo trabalhados nas grades curriculares dos cursos de licenciatura em História, Letras e Educação Artística da Faclepp. Em síntese, o curso objetiva capacitar docentes das redes pública e privada para ministrar aulas referentes à temática História e Cultura Afro-brasileira, desenvolvendo metodologias para aplicação em sala de aula dos conteúdos propostos pelo Ministério de Educação através da referida Lei.

De acordo com as professoras Édima de Souza Mattos, Alba Lucena e Érica Vicentini – organizadoras do evento na Faculdade, são oferecidas 120 vagas e acontecerá no mês de agosto. O programa do curso abrange palestras de professores da USP – Universidade de São Paulo e da Faclepp que atuam com as disciplinas ligadas ao tema, montagem de painéis, atividades presenciais, júri simulado e debates. Durante o curso serão enfocados os seguintes temas:

“Desconstruindo mitos: uma nova visão sobre a África Negra a partir da desconstrução da visão eurocêntrica” – por Antônio Carlos Malachias, mestre em Geografia Humana pela USP e professor da Universidade Federal de São Carlos;

“Encontro de culturas: Brasil multicultural/formação de quilombos” – por Sandra Regina Nascimento Santos, doutora em Ciências da Comunicação pela USP e professora na ECA/USP;

“A imagem dos negros na mídia: relação entre História, Educação e Comuni-cação” – por Rosangela Malachias, doutora em Ciências da Comunicação pela USP e professora da Universidade Federal de São Carlos;

“História da Arte Brasileira: a presença de elementos africanos na produção plástica dos artistas Ruben Valentim, Aguinaldo Santos e Mestre Didi” – por Dilma de Melo Silva e Maria Cecília Calaça, ambas doutoras em Ciências da Comunicação pela USP e professoras da ECA/USP;

“O direito de ser negro neste Brasil: estudo comparativo da formação do povo brasileiro e das políticas públicas desenvolvidas no Brasil sob a ótica do Direito” – por Eunice Prudente, doutora em Direito pela USP e professora de Direito da USP.

Mais informações e inscrições junto a diretoria da Faclepp, Bloco H – fone 3229-1098 ou pelo site www.unoeste.br.

Em sua terceira edição, curso atende solicitações de docentes da rede

dos, a coordenação do curso elabo-rou criteriosamente uma grade cur-ricular para o bacharelado. Entre as novas disciplinas estão: Manejo de Animais Silvestres; Bioética e Bios-segurança, Legislação EIA/RIMA e Educação Ambiental. A referida grade curricular já encontra-se em fase de avaliação e aprovação junto à reitoria da Unoeste. A proposta da alteração curricular consta de um tronco comum para licenciatura e bacharelado em 4 semestres e no 5o semestre o acadêmico opta por uma das modalidades para con-cluir o curso em 6 semestres numa modalidade ou 8 semestres se o graduando optar por completar as duas modalidades.

Bacharelado oferecerá novas

disciplinas como Manejo de

Animais Silvestres, Bioética e

Biosegurança, Legislação

EIA/RIMA e Educação

Ambiental

Doutora Dilma de Melo Silva e equipe da USP: presença garantida

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22 - Fique por Dentro

A Rede de Bibliotecas Unoeste periodicamente faz campanhas de preser-vação ao acervo da instituição. De acordo com as bibliotecárias, “infel-

izmente, alguns estudantes têm o hábito de danificar os livros sem a noção do que estão fazendo. Outros ainda, agem de forma intencional e arrancam páginas, rabiscam, recortam e mutilam as obras”.

O objetivo dessas campanhas é “chamar a atenção dos alunos para o problema, que é bastante grave e prejudica o ensino”, afirma a bibliotecária Jakeline Ortega. Segundo ela, com os recursos utilizados para a restaura-ção de livros daria para adquirir novos exemplares. “Com isso, quem sai perdendo é o próprio estudante”, conclui.

Durante as campanhas são colocadas em exposição uma grande quanti-dade de obras danificadas pelos alunos. Há livros sem capa, com rabiscos, desenhos e até frases ofensivas. Em alguns casos, a selvageria é tanta que impede que o livro volte a ser utilizado. “O estudante ainda não se con-scientizou de que o acervo está à disposição dele por todo o tempo que estiver na universidade e até mesmo depois”, acrescenta a bibliotecária Mara Lúcia Magalhães.

Segundo as bibliotecárias, muitos alunos ainda não se conscientizaram que, ao danificar um livro, quem sai perdendo é ele mesmo. Há casos em que capítulos inteiros são retirados das obras. É devido a fatos como esses que a bibliotecária Jakeline ressalta a importância da preservação: “Cuidar bem dos livros e revistas da biblioteca equivale a preservar o saber”. Profissional que lida com informação

Quando se fala em bibliotecário, logo se pensa em um profissional atrás de um balcão, que atende a pedidos de consulta de livros e indica leituras em biblio-tecas, museus, arquivos e centros de documentação e informação. No entanto, o trabalho do profissional vai muito além do atendimento direto ao público. Ele lida com a avalanche de informações geradas diariamente em todas as áreas do conhecimento, e hoje é visto como o “profissional da informação”.

Campanha de preservação de acervo

Aluna observa resultado de mau uso do acervo bibliográfico

“O bibliotecário atual é o elo entre o usuário e a informação”, afirma a diretora da Rede de Bibliotecas Unoeste, Cecília Guarnieri Denari. Segundo ela, o campo de trabalho é amplo e abrange tudo aquilo que se relacione com a recepção e o tratamento de informações.

O avanço científico e tecnológico das últimas décadas fez crescer a demanda por profissionais capazes de organizar, armazenar, recuperar e transmitir infor-mações relevantes. É o que acrescenta a bibliotecária da Unidade de Informação 1 da Unoeste, Regina Rita Liberati Silingovschi. “Em todo o mundo, poucas pessoas vêem a informação como recurso estratégico para o desenvolvimento econômico e social”, diz.A profissão - Segundo a bibliotecária da Unidade de Informação 3, Ana Maria Coneglian, seja qual for o destino do profissional e a tecnologia com a qual trabalha, o importante é que ele esteja consciente de seu papel. “O bibliotecário deve contribuir, através do acesso à informação, para que todos adquiram mais educação e conhecimento, ajudando na construção de uma sociedade cada vez mais justa e igualitária”, afirma.

O mercado de trabalho nunca esteve tão aberto ao profissional bibliotecário. Porém, recomenda a bibliotecária da Unidade de Informação 2 do HU Adriana Maria Evaristo Martinez, “o profissional que deseja se destacar em seu campo de atuação é aquele que se atualiza constantemente e não fica atrás desta nova realidade na qual a informação se renova a cada segundo.

Além disso, “é importante ter boa formação cultural, facilidade de comunicação, ser flexível e possuir capacidade de adaptação”, diz Adriana. Para se tornar um bibliotecário, ou “profissional da informação”, é preciso cursar faculdade de biblio-teconomia, oferecida em 37 instituições no país, a grande maioria pública.

Hoje, existem cerca de 20 mil profissionais no Brasil, pouco mais de 6.000 somente no Estado de São Paulo. Atualizada depois de 20 anos, a nova CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), do Ministério do Trabalho e Emprego, traçou o perfil da profissão e a classificou como “profissional da informação”.

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Fique por Dentro - 23

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Unoeste

Através do acordo de cooperação técnica com o Ibict (Instituto Brasileiro de Infor-

mação em Ciência e Tecnologia), do Ministério de Ciência e Tecnologia, a Unoeste implantou a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD). O projeto possibilita a inclusão de dissertações de alunos cujos mestrados são recomendados pela Capes. Na Unoeste são eles: Mestrado em Educação, Mestrado em Agronomia e mais recentemente o Mestrado em Ciência Animal.

A implantação da Biblioteca Digital na Uno-este iniciou-se pelas dissertações defendidas a partir de 2005 e para isso os alunos preci-sam seguir algumas normas aprovadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós–Graduação para que sua dissertação seja publicada na BDTD/Unoeste. O sistema está pronto e aguarda as próximas produções científicas para serem publicadas.

O objetivo desse trabalho é divulgar a pro-dução científica publicada na universidade, bem como estimular a publicação continuada de dissertações em meio eletrônico e, ainda, facilitar o acesso a programas e projetos inter-nacionais e nacionais de pesquisa.

Essa implantação é um trabalho conjunto da Rede de Bibliotecas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e a Coordenadoria de Web da Unoeste.

Dissertações dos alunos de cursos de mestrado aprovados pelas CAPES estarão disponíveis em sistema nacional e internacional

Veja no site da Unoeste: http://www.unoeste.br/site/biblioteca/bdtd/

Veja abaixo a apresentação do Projeto reali-zado pela doutora Zizi Trevisan - pró-reitora de pós-graduação, pesquisa e extensão da Unoeste e grande incentivadora do desenvol-vimento desse projeto na instituição.

Apresentação do Projeto BDTDDivulgar a própria produção científica,

estimular a publicação continuada de teses e dissertações em meio eletrônico e estar a par dos programas e projetos internacio-nais e nacionais de pesquisa constituem os objetivos centrais do Acordo de Cooperação Técnica firmado pela Unoeste com o Insti-tuto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia IBICT, do Ministério de Ciência e Tecnologia.

A partir desse acordo, a participação da nossa Universidade na implementação e manutenção da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD (Projeto de iniciativa do IBICT) objetiva impulsionar o intercâmbio interinstitucional e retroalimentar os campos investigativos dos nossos pesquisadores.

Aderindo à Biblioteca Digital de Teses e Dis-sertações – BDTD, a Unoeste promove uma maior visibilidade da sua produção científica

Equipe responsável pela implantação do Projeto BDTD/Unoeste:

Cecília Guarnieri DenariDiretora da Rede de Bibliotecas

Regina Rita Liberati Silingovschi Bibliotecária Chefe da Unidade de Informação 1 – Campus I Coordenação do Projeto BDTD / UNOESTE

Adriana Maria Evaristo Martinez de Oliveira Bibliotecária Chefe da Unidade de Infor-mação 2 – HU

Ana Maria Coneglian Bibliotecária Chefe da Unidade de Informação 3 – Campus II

Jakeline Margareth de Queiróz OrtegaBibliotecária de Referência – Unidade de Informação 1 – Campus I

Mara Lúcia Magalhães Bibliotecária de Referência – Unidade de Informação 3 – Campus II

Eduardo Henrique Rizo Coordenador de WEB

João Carlos Rodrigues Chaves Analista de Sistema Web

Idalina de Oliveira Lima Seole Secretária - Mestrado em Educação

Keid Ribeiro Kruger Secretária – Mestrado em Agronomia

e tecnológica, possibilitando o acesso direto a seus dados em níveis nacional e internacional. Esta iniciativa da Unoeste é moderna e relevante, transformando a sua produção interna em fonte diária de consultas.

Assim, implantando este Acordo de Coopera-ção Técnica com o IBICT – e criando uma estru-tura moderna de disseminação digital da sua pesquisa – a Unoeste compartilha da visão global de que a soberania e o progresso de uma nação dependem dos avanços científicos e tecnológi-cos, frutos da dedicação acadêmica à Ciência.

Salas de multímidia atendem os alunos no uso das novas tecnologias

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24 - Formatura Faclepp

Novas turmas colam grau em junho

No próximo mês de junho, a Faclepp coloca no mercado de trabalho cerca de 400 novos profissionais capacitados para atuar em diferentes áreas do conhecimento humano.

Os cursos de Ciências Biológicas, Letras e Pedagogia da Faclepp se uniram para realizar as festividades especiais de formatura. As comemo-rações têm início com a Missa de Ação de Graças, no dia 28 de junho, às 19h30, na Nossa Senhora Mãe da Igreja, o Seminário. A cerimônia da colação de grau acontece no dia 29, às 19h30, no Ginásio de Esportes da universidade. No dia 1º de julho, às 21h, será realizado o Jantar Dançante, na Torre de Cristal. O curso de Letras escolheu para nome de turma, o professor Paulo Célio Benício (in memorian). Para nomear a turma de Pedagogia, a escolhida foi a docente Maria Inês Macca. Já Ciências Biológicas inovou com a denominação Panthera onca.

Nas fotos acima, você confere flashes de algumas turmas de formandos da Faclepp. Na ordem, Ciências Biológicas, Letras e Pedagogia.