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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
EM CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO
FATORES ASSOCIADOS À CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM IDOSOS
EVELIN RODRIGUES SIQUEIRA
SÃO PAULO 2017
EVELIN RODRIGUES SIQUEIRA
FATORES ASSOCIADOS À CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM IDOSOS
SÃO PAULO 2017
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós Graduação Stricto Sensu em
Ciências do Envelhecimento da
Universidade São Judas Tadeu como
requisito para á obtenção do
Título de Mestre em Ciências do
Envelhecimento sob orientação do Prof.
Dr. Danilo Bocalini.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da
Universidade São Judas Tadeu
Bibliotecária: Cláudia Silva Salviano Moreira - CRB 8/9237
Siqueira, Evelin Rodrigues
S618f Fatores associados á constipação intestinal em idosos / Evelin Rodrigues
Siqueira. - São Paulo, 2017.
78 f. : il. ; 30 cm.
Orientador: Danilo Sales Bocalini.
Dissertação (mestrado) - Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2017.
1. Constipação intestinal. 2. Idosos. 3. Fatores associados. I. Bocalini, Danilo
Sales. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu em Ciências do Envelhecimento. III. Título
CDD 22 – 305.260981
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
Ao meu DEUS,
e aos meus pais que sempre me incentivaram e sem eles nada seria possível.
AGRADECIMENTOS
Ao professor Danilo Bocalini, meu orientador, agradeço a paciência e atenção no
desenvolvimento desse importante projeto na minha carreira profissional.
Aos meus pais, José e Maria, pelo incentivo e carinho depositado em mim, para não
desistir dessa batalha, amo vocês.
A minha irmã e meu cunhado, Jéssica e Henrique pelo incentivo e apoio.
Ao meu companheiro, Marcelo pela paciência e compreensão nos dias difíceis.
À minha querida prima Valéria Ribeiro que de uma maneira especial contribuiu para
a realização desse projeto.
À minha querida amiga Jaqueline Reis pela força, orações e carinho durante anos.
À querida amiga e colega de profissão Karina Maffei, pelas longas conversas de
incentivo, força e horas de estudo nesses dois anos e meio de Mestrado.
À minha amiga Tatiana Freitas, por toda a amizade desde a época de graduação,
pelo ombro amigo e risadas durante todos esses anos.
Ao colega e professor Junior da educação física que sempre incentivou seguir em
frente nesse curso.
Aos diretores da Clínica Dr. Família que permitiram que esse trabalho fosse
realizado de uma forma tão especial entre os pacientes.
Aos idosos, que gentilmente dedicaram um tempo de suas atividades para participar
desse trabalho.
Aos colegas e professores do Mestrado, pelo convívio agradável e claro pelas trocas
de experiências.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela
concessão da bolsa de Mestrado, sem a qual não seria possível a realização deste
estudo.
E a todos àqueles que, por um lapso não mencionei, mas colaboraram para a
realização desse projeto.
RESUMO SIQUEIRA ER. Fatores associados à constipação intestinal em idosos. [Dissertação
de Mestrado em Ciências do Envelhecimento]. São Paulo: Universidade São Judas
Tadeu; 2017.
A expectativa de vida e o número de idosos têm aumentado nos últimos anos, o avanço
da ciência tem a sua contribuição para o controle e tratamento de diversas doenças que
foram responsáveis pela mortalidade da população no século passado. Os fatores e
causas associados à constipação intestinal em idosos estão relacionadas com a idade,
com maior frequência em mulheres, baixo consumo de fibras, uso de medicamentos e
alteração da microbiota intestinal. A constipação intestinal é definida como um
transtorno por uma dificuldade persistente de evacuar (3 - 4 evacuações por semana)
e/ou uma sensação incompleta e/ou movimentos intestinais infrequentes. Diante dessas
considerações e tendo em vista que a constipação intestinal é um transtorno que pode
impactar a qualidade de vida e saúde do idoso e alguns fatores de risco podem ser
tratados antecipadamente visando à prevenção e o controle de algumas doenças, este
estudo tem o objetivo de verificar os fatores associados e a prevalência de constipação
intestinal em idosos. Este estudo é caracterizado como observacional de análise
transversal e descritiva, que irá investigar a prevalência e os fatores associados á
constipação intestinal em idosos frequentadores da Clínica Dr. Família no município de
São Caetano do Sul no estado de São Paulo. Foram aplicados seguintes questionários:
sócio demográfico, avaliação das práticas alimentares, hábito intestinal, estado
nutricional, estilo de vida, nível de atividade física, e avaliação da qualidade do sono.
Foram avaliados 68 idosos, no qual foi encontrada a prevalência de constipação
intestinal de 39,7%, observou-se uma prevalência maior nas mulheres, ambos os grupos
apresentou excesso de peso, embora os estilo de vida foi avaliado como muito bom, a
prática de atividade física foi adequada em ambos os grupos, porém no grupo de
constipados a recomendação mínima foi significantemente atingida. Por fim, os achados
deste trabalho mostra o impacto negativo da constipação intestinal na saúde dos idosos
e implica no aprimoramento e extensão dos serviços de assistência à saúde que pode
contribuir para a prevenção de sintomas.
Palavras chaves: constipação intestinal, idoso, prevalência, fatores associados.
ABSTRACT
SIQUEIRA ER. Factors associated with intestinal constipation in the elderly.
[Master's Dissertation in the Sciences of Aging]. São Paulo: São Judas Tadeu
University; 2017.
Life expectancy and the number of elderly have increased in recent years, the advance
of science has contributed to the control and treatment of several diseases that were
responsible for population mortality in the last century. The factors and causes
associated with intestinal constipation in the elderly are related to age, more frequently in
women, low fiber intake, use of medications and alteration of the intestinal microbiota.
Intestinal constipation is defined as a disorder due to persistent difficulty in bowel
movements (3-4 bowel movements per week) and / or an incomplete sensation and / or
infrequent bowel movements. Considering these considerations and considering that
intestinal constipation is a disorder that can impact the quality of life and health of the
elderly and some risk factors can be treated in advance to prevent and control some
diseases, this study aims to To verify the associated factors and the prevalence of
intestinal constipation in the elderly. This study is characterized as an observational
cross-sectional and descriptive analysis that will investigate the prevalence and factors
associated with intestinal constipation in elderly patients attending the Dr. Familia Clinic
in the municipality of São Caetano do Sul in the state of São Paulo. The following
questionnaires were applied: demographic partner, dietary habits, intestinal habits,
nutritional status, lifestyle, physical activity level, and sleep quality assessment. A total of
68 elderly subjects were evaluated, in which the prevalence of intestinal constipation of
39.7%, it was observed a higher prevalence in women, both groups were overweight,
although lifestyle was assessed as very good, physical activity practice was adequate in
both groups, including in the constipated group The minimum recommendation was
significantly reached. Finally, the findings of this study show the negative impact of
intestinal constipation on the health of the elderly and implies the improvement and
extension of health care services that can contribute to the prevention of symptoms.
Key words: intestinal constipation, elderly, prevalence, associated factors.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Condições associadas à constipação intestinal 20
Figura 2 - Medicamentos associados à constipação intestinal 25
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Critério de Roma III para diagnóstico de constipação intestinal 21
Quadro 2 - Classificação de índice de massa corporal - IMC 32
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Avaliação da presença ou não de constipação intestinal nos idosos 37
Tabela 2 - Caracterização das variáveis sociodemográficas dos idosos segundo presença ou não de constipação intestinal
38
Tabela 3 - Distribuição da frequência das variáveis de presença ou não de constipação intestinal segundo as condições de saúde dos idosos
40
Tabela 4 - Avaliação dos fatores relacionados segundo presença ou não de constipação intestinal nos idosos
41
Tabela 5 - Distribuição da frequência das variáveis do consumo alimentar dos idosos segundo presença ou não de constipação intestinal
42
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Proporção de critérios de sintomas positivos entre idosos constipados 37
LISTA DE ANEXOS
Anexo I- Termo de consentimento livre e esclarecido 61
Anexo II- Parecer de aprovação do CEP 65
Anexo III- Questionário sociodemográfico 68
Anexo IV- Questionário de avaliação do hábito intestinal e constipação 72
Anexo V- Questionário de avaliação das práticas alimentares 73
Anexo VI- Questionário de avaliação do estilo de vida 74
Anexo VII- Questionário internacional de atividade física (IPAQ) 75
Anexo VII- Questionário da escala de qualidade do sono de Pittsburgh 77
LISTA DE ABREVIATURAS
IBGE Instituto Brasileiro Geografia e Estatística
DCNTS Doenças Crônicas Não Transmissíveis
SNC Sistema Nervoso Central
CI Constipação Intestinal
IMC Índice de massa corpórea
KG Quilogramas
SABE Organização Pan Americana de saúde
VIGITEL Vigilância de Doenças Crônica por Inquérito telefônico
IPAQ Questionário Internacional de Atividade Física Adaptado
PSQI - BR Índice de Qualidade de Sono Pittsburgh - Brasil
SUMÁRIO
1. - Introdução
1.1 - Envelhecimento 17
1.2 - Alterações gastrointestinais no envelhecimento 17
1.3 - Constipação Intestinal 19
1.4 - Fatores associados à constipação intestinal em idosos 23
2. - Justificativa 27
3. - Objetivos 28
3.1 - Objetivo geral 28
3.2 - Objetivos específicos 28
4. - Métodos 29
4.1 - Delineamento do estudo 29
4.2 - Local do estudo 29
4.3 - Amostra 29
4.4 - Coleta de dados 29
4.5 - Critérios de inclusão e exclusão 30
4.6 - Aspectos éticos 30
4.7 - Questionários 31
4.8 - Sociodemográfico 31
4.9 - Hábito intestinal e constipação 31
4.10 - Avaliação antropométrica 32
4.11 - Avaliação das práticas alimentares 32
4.12 - Estilo de vida 33
4.13 - Questionário internacional de atividade física (IPAQ) 35
4.14 - Escala de qualidade do sono de Pittsburgh 35
4.15 - Análise de dados. 36
5. - Resultados 37
6. - Discussão 43
7. - Conclusão 48
REFERÊNCIAS 49
ANEXOS
61
1. Introdução
1.1 Envelhecimento
O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento populacional são
fenômenos sociais, o número de idosos tem aumentado nos últimos anos de forma
rápida e progressiva principalmente nos países em desenvolvimento (CERVATO e
col., 2005). O aumento da população idosa está relacionado ao avanço da ciência,
no qual contribuiu com técnicas terapêuticas mais modernas, para um melhor
controle, diagnóstico e tratamento de diversas doenças que no século passado
foram responsáveis pela mortalidade da população (MATSUDO e col., 2000).
De acordo com a projeção da população brasileira, realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos de 60 anos ou mais
serão maiores que o grupo de crianças com até 14 anos de idade após 2030, a
proporção de idosos apresenta um crescimento acentuado, passando de 13,8%, em
2020, para 33,7%, em 2060, a expectativa de vida deve chegar a 80 anos em 2041
(IBGE, 2013).
Esse fenômeno é conhecido como transição epidemiológica, caracterizada por
mudanças das taxas de mortalidade ocasionadas por doenças infecciosas e
desnutrição, para doenças crônicas não transmissíveis (DCNTS), o que explica o
aumento da sobrevida da população que também está relacionada aos avanços na
medicina (BATISTA FILHO e RISSIN 2003). Por outro lado temos uma ameaça à
saúde e ao desenvolvimento humano com o aumento dessas doenças, o que torna
essencial o funcionamento das políticas públicas e uma estruturação no modelo
assistencial para garantir uma melhor saúde e qualidade de vida no envelhecimento
(SCHMIDT, 2011).
1.2 Alterações gastrointestinais no envelhecimento
Os resultados do envelhecimento são a soma de alterações orgânicas,
psicológicas e funcionais, este processo é considerado heterogêneo entre os idosos,
porém o desenvolvimento de algumas doenças acelera o envelhecimento,
prejudicando o processo mecânico e químico do organismo (CARDOSO, 2009).
O processo do envelhecimento provoca alterações importantes nas funções
metabólicas e fisiológicas no trato gastrointestinal que ocorrem desde a cavidade
bucal, com alterações no paladar, redução na motilidade gástrica, diminuição na
absorção de nutrientes e o aumento de bactérias patogênicas no intestino (BHUTTO
e MORLEY, 2008; MARUCCI e MERCÚRIO, 2005).
O processo de digestão tem início na cavidade bucal, que sofre diversas
alterações como a perda de dentes, diminuição da força de mordida, redução das
papilas gustativas, saliva e ação das enzimas (RAZAK e col., 2014).
As alterações também são encontradas no processo de deglutição, que sofre
com a redução da motilidade do esôfago (SMITH e col., 2006). As alterações no
estômago sofre a redução na produção de enzimas, tempo de esvaziamento
gástrico e diminuição na absorção de nutrientes como a vitamina B12, cálcio e ferro
devido à hipocloridria (KONG e SINGH, 2008).
No intestino é observado o enfraquecimento da parede muscular, atrofia na
mucosa que pode levar a diminuição na absorção de nutrientes, é observada uma
redução na motilidade do intestino grosso e colón no qual são alterações
importantes que favorecem o desenvolvimento da diverticulite e constipação
intestinal (BHUTTO e MORLEY, 2008).
O intestino pode ter de oito a dez metros com superfície total de 400 metros
quadrados, possui uma capacidade para selecionar e absorver nutrientes
necessários para o funcionamento do organismo, seu sistema nervoso é autônomo
conhecido como sistema nervoso entérico, no qual é único órgão que independe do
sistema nervoso central (SNC) para executar suas funções (CARREIRO, 2012).
O intestino delgado apresenta pequenas alterações estruturais no
envelhecimento, porém não são observadas em pesquisas em seres humanos
alterações nas vilosidades, nos enterócitos, nas bordas em escova e nas glândulas
de Brunes (FERRIOLI, 2016; STEEGENGA e col., 2008).
A função absortiva de nutrientes como cálcio e vitamina D é reduzida, porém o
aumento da absorção de lipídios e açúcares pode ser influenciado com o avançar da
idade, no entanto a absorção de aminoácidos pela parede intestinal parece não ser
afetada pelo envelhecimento (DUAN e col., 2006; DROZDOWSKI e col., 2004;
FERRARIS e VINNAKOTA, 1993).
Outra explicação para a menor biodisponibilidade de nutrientes é o aumento do
ph no lúmen intestinal que influencia na diminuição de bifidobactérias probióticas,
contribuindo com a má absorção de minerais (TIIHONEN e col., 2010).
A microbiota intestinal pode ser comprometida com o crescimento de bactérias
pró inflamatórias que aumentam em idade avançada e que pode interferir na
disponibilidade biológica dos nutrientes e no desenvolvimento de processos
inflamatórios, porém os hábitos alimentares, fragilidade e características
demográficas podem influenciar o envelhecimento da microbiota intestinal (BIAGI e
col., 2012; FERRIOLI, 2016).
A baixa motilidade e mobilidade do intestino podem estar diretamente ligadas a
uma diminuição da capacidade de contrair e relaxar dos músculos lisos ou de
alterações na regulação desses movimentos pelos nervos entéricos, embora seja
mais lenta em idosos, essas alterações contribuem com o aumento da prevalência
de constipação; incidência de neoplasias e prevalência de doença diverticular
(BITAR e col., 2011, BHUTTO e MORLEY, 2008).
1.3 Constipação intestinal
A constipação intestinal (CI) também conhecida como obstipação intestinal ou
prisão de ventre, é uma desordem intestinal multifatorial caracterizada como um
sintoma e não uma doença ou um sinal (GAVANSKI e col., 2015; ARCE e col., 2002;
SHAHEEN e col., 2006).
A definição da CI é conhecida como um transtorno por uma dificuldade
persistente de evacuar (3 - 4 evacuações por semana) e/ou uma sensação
incompleta e/ou movimentos intestinais infrequentes (WGO, 2010).
A CI pode ser classificada em dois tipos: a fisiológica ou causal, a fisiológica é
decorrente de causas primárias com alteração orgânica ou funcional, como
disfunções motoras primárias produzidas por miopatia ou neuropatia colônica,
diminuição na atividade do cólon no tônus muscular e transtorno de evacuação
devido á disfunção dos músculos do assoalho pélvico abdominais e reto-anais, o
segundo tipo é a causal ou circunstancial quando decorre de trocas de ambientes,
viagens, sedentarismo, mudanças na dieta e/ou medicamentos (SOUTO, 1999;
LEMBO e CAMILLERI, 2003; WGO, 2010).
A CI é uma condição multifatorial, pode ser originada por causas secundárias
como doenças associadas á distúrbios intestinais do colón, alterações neurológicas,
endócrinas ou metabólicas (ARCE e col., 2002, SHAHEEN e col., 2006, GALVÃO-
ALVES, 2013).
Outras possíveis condições associadas à constipação que também podem
interferir no processo de defecação (Figura 1).
Figura 1 - Condições associadas á constipação intestinal (Adaptado de WGO,
2010).
Sugere se que o esforço para defecar e a consistência do bolo fecal são critérios
importantes para o diagnostico da doença, uma vez que alguns casos não
preenchem a definição e são altamente subjetivas porque difere do individuo, local,
diagnostico utilizado, tempo de transito intestinal, definição médica e as variações
das situações relatadas (SPILLER e col., 2012).
Um dos critérios utilizados para o diagnóstico de CI é o critério de Roma III, o
objetivo da criação desse critério foi para diminuir a subjetividade da definição e
sintomas da constipação, no qual foi adotada como uma importante ferramenta com
critérios mais uniformes para diagnóstico (A DROSSMAN, 2006).
Para ser diagnosticado com CI (Quadro 1) é necessário que haja a presença de
dois ou mais sintomas juntos, com início a 6 meses antes do estabelecimento do
diagnóstico e manutenção a pelo menos três meses (A DROSSMAN,2006, WGO,
2010).
A constipação intestinal é uma das queixas mais comuns na população geral,
responsável por cerca de 2,5 milhões de visitas médicas no ano, considerada um
problema crônico, que atinge diversas pessoas no mundo, principalmente os idosos
com uma prevalência de 20% que vivem na comunidade e 50% em instituições
(SONNENBERG e KOCH, 1989; WGO, 2010).
Um estudo epidemiológico realizado nos Estados Unidos demostrou que a
prevalência de constipação intestinal em adultos é de 27%, sendo mais frequente
em mulheres e pessoas com idade mais avançada (HIGGINS e JOHANSON, 2004),
porém na população idosa a prevalência é de 54% com idade maior de 85 anos
(HAMMOND, 1964).
A prevalência da constipação intestinal em idosos está relacionada à idade,
sendo mais comum em mulheres, baixa renda, moradia urbana, baixo consumo de
fibras, alteração da microbiota intestinal, uso de medicamentos e laxantes (RUBY,
2003; GARRIGUES,2007; SUZUKI e col., 2007; SPERBER 2009; HOLMA e
col.,2010; WERTH e col., 2015).
Quadro 1 - Critérios de Roma III para diagnóstico de constipação intestinal.
Fonte: A Drossman,2006; WGO, 2010; Galvão-Alves, 2013.
a.
b.
c.
d.
e.
f.
Critérios Roma III - Diagnóstico de constipação intestinal
Esforço ao menos em 25% das evacuações;
Fezes ressecadas ou duras ao menos em 25% das evacuações;
Sensação de evacuação incompleta ao menos em 25% das evacuações;
3. Crítério insuficiente para síndrome do intestino irritável.
Os critérios de diagnósticos devem incluir:
Sensação de bloqueio anorretal ao menos em 25% das evacuações;
Manobra manual de facilitação da evacuação ao menos em 25% faz vezes;
Menos de três evacuações por semana;
1. Dois ou mais dos seguintes achados:
2. Fezes amolecidas presentes raramente com o uso de laxantes.
Estudo desenvolvido por Talley e col. (1996), encontrou em idosos entre 65 - 76
anos uma prevalência 31,9%, sendo que 24,4% eram associados por uma causa
secundária que é muito comum em idosos e 20.5% para disfunção no colón que
apresentou uma maior frequência em mulheres.
No Brasil, um estudo de base populacional demonstrou a prevalência de 28,4%
de constipação intestinal na população, com maior frequência nas mulheres do que
em homens, os fatores de risco apresentados foram: idade (maior que 60 anos), cor
da pele (preta / parda) e o menor nível sócio econômico (COLLETE e col., 2010).
Heitor e col. (2013) estudaram 852 idosos e encontrou a taxa de prevalência para
constipação auto-referida de 13,2%, com uma frequência maior em mulheres e em
idosos com menor escolaridade na cidade de Uberaba (MG).
Nersello e col. (2011) avaliou a constipação através do critério de Roma III, no
qual encontrou uma prevalência de 28,8% em idosos de um centro de convivência
de Itajaí (SC).
Herrmann Klaus e col. (2015) encontraram em instituições de longa
permanência Vale do Taquari (RS) a prevalência de 42,5%, os fatores associados
foram à inatividade física, hábito alimentar e ingestão hídrica que foram agravadores
da CI nos idosos.
O tratamento e prevenção da CI devem ser individualizados, no qual não há
regras definidas para uma prescrição padrão, dentre as soluções deve considerar os
hábitos e o estilo de vida de cada indivíduo (MISZPUTEN, 2008).
O consumo de fibras é a primeira recomendação para mudanças nos hábitos
alimentares, o aumento do consumo de frutas, vegetais e grãos integrais devem ser
estimulados, a instrução é para uma dieta rica em fibras de 20 a 30g / dia para o
aumento do volume do bolo fecal (SWEENEY, 1997; SOFFER, 1999; WGO, 2010;
LEMBO e CAMILLERI, 2003).
Outra recomendação importante é a ingestão de líquidos com a indicação de no
mínimo 1500 ml - 2000 ml /dia, a água pode ser substituída por chás e/ou sucos
naturais, porém deve ter o cuidado para escolhas para que estes não provoquem
flatulência, devido ao excesso de açúcar (SWEENEY, 1997; SOFFER, 1999; WGO,
2010).
A prática de exercícios físicos tem influencia na funcionalidade gastrointestinal,
com o aumento de movimentos propulsivos no intestino grosso principalmente após
a realização da atividade física, a sensação de bem estar também está relacionada
a mudanças hormonais que levam a uma menor queixa de dificuldade da evacuação
(COLLETE e col., 2010).
A orientação para o estímulo à disciplina de horário e obediência ao reflexo
intestinal também são estratégias para facilitar a evacuação, consiste em treinar por
estímulos verbais e visuais o funcionamento e coordenação correta dos músculos do
assoalho pélvico e esfíncter anal (BASSOTTI e col., 2004; GALVÃO-ALVES, 2013).
A terapêutica farmacológica pode ser utilizada através da prescrição de fibras
sintéticas como incrementadoras do bolo fecal e estimulantes para defecação como
a metilcelulose e psyllium que aumentam o volume fecal e diminuem a consistência
das fezes, porém existem outros medicamentos laxativos com ação rápida como os
osmóticos, agentes amaciantes, laxantes estimulantes e irritativos com o uso crônico
pode provocar lesões no plexo mioentérico gerando consequências negativas para a
saúde (GALVÃO-ALVES, 2013).
O uso de laxante pode ser indicado para induzir movimentos intestinais, porém o
seu uso deve ser ministrado com cautela e quando houver falha terapêutica no
tratamento dietético, devendo analisar cada caso, pois o tratamento conservador do
uso de fibras é o mais recomendado (PRIETO, 2012; DA CRUZ, 2014).
Os suplementos mais utilizados são os probióticos compostos por Lactobacillus
Acisophillus, Pediococcus pemtosaceus e Bifidobactererium Longum no qual
demonstram resultados positivos na mobilidade e melhora na microbiota intestinal
(AN e col., 2010).
1.4 Fatores associados à constipação nos idosos
O envelhecimento, por si só, não causa a constipação, porém o estilo de vida e o
hábito alimentar são fatores de risco para a elevada incidência de CI na população
idosa, o baixo consumo de fibras e líquidos, o sedentarismo, o uso abusivo de
medicamentos e laxantes estão relacionados à alteração da motilidade e
musculatura da parede intestinal (HOLMA e col., 2014; RODRIGUES e col., 2008;
GOMES, 2010; DE SCHRYVER e col., 2005; JACOB FILHO, 2009).
O avanço da idade provoca diminuição do paladar e visão que influencia de uma
maneira negativa o consumo de alimentos, que está relacionada à diminuição da
sensibilidade das papilas gustativas em relação ao sabor doce e salgado, levando a
ingestão de alimentos ricos em sódio e açúcar, o excesso desse consumo pode
levar ao desenvolvimento das DCNTS como a hipertensão e diabetes, no entanto
uma das formas de tratamento é o uso de medicamentos que podem levar a CI
(SALGADO, 2011).
Os hábitos alimentares estão diretamente associados a CI, o consumo de
alimentos industrializados, altamente refinados e pobres em fibras, são os principais
contribuintes para o desenvolvimento dos sintomas (CERDA, 1996).
Outra explicação para o desenvolvimento de CI é a dos idosos que vivem
sozinhos, normalmente não tem vontade de preparar o próprio alimento que gera em
alto consumo de alimentos industrializados e um baixo consumo de frutas e vegetais
(MS, 2005).
A baixa ingestão de água é comum em idosos, devido o mecanismo de sede
diminuída, o que pode levar o ressecamento nas fezes e diminuição dos movimentos
intestinais (TIIHONEN e col., 2010).
O sedentarismo pode ser um fator para o desenvolvimento da CI, porém ainda
não se sabe os seus efeitos, a prática de atividade física proporciona diversos
benefícios no trato gastrointestinal, como o aumento dos movimentos no intestino
grosso, mudanças hormonais e também a melhora do tônus muscular pélvico
facilitando a expulsão do bolo fecal (COTA e MIRANDA, 2006; D’INCA e col., 2000).
O uso de medicamentos também é um fator associado com a CI (Figura 2),
principalmente em casos de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTS),
demências, depressão, o uso de anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, analgésicos,
antidepressivos pode colaborar com o aumento dos sintomas (RUBY, 2003; NG e
col., 2005; SUZUKI e col., 2007; WERTH e col., 2015).
Figura 2 - Medicamentos associados á constipação intestinal (Adaptado de
WGO, 2010).
O uso excessivo de laxantes está associado com o desenvolvimento de câncer
no colón retal, no qual foram observadas em um importante estudo no Japão, as
mulheres apresentavam maior risco para doença, outros fatores associados com a
doença foram o baixo consumo de vegetais e excesso de peso (WATANABE, 2004).
O sono pode ser um fator associado para desenvolver constipação intestinal nos
idosos, uma vez que apresenta um aumento nos despertares noturnos devido a uma
mudança na arquitetura do sono, com a redução percentual do sono de ondas lentas
e do sono paradoxal (MANSANO e CEOLIM, 2012). As doenças demenciais podem
ter relação com os distúrbios do sono, uso de medicamentos e o desenvolvimento
da constipação intestinal, o que traz como consequência um prejuízo da qualidade
de vida do idoso (PIMENTA e col., 2013). O sono também apresentou influencia na
mobilidade intestinal, porém o estudo alega uma associação secundaria, uma vez
que os fatores relacionados ao sono podem iniciar por outras causas como ciclo
circadiano, tempo de sono, uso de medicamentos e exercícios, o mesmo autor
sugere mais pesquisas sobre esta relação (ONO e col., 2008).
Um estudo realizado no Japão analisou a qualidade do sono em japonesas no
período do climatério, houve alterações, porém o estudo deixou uma lacuna sobre
os possíveis impactos nos idosos, no entanto existe uma forte relação com o uso de
medicamentos (ONO e col., 2008 e SUZUKI e col., 2007).
A constipação intestinal é uma condição grave de saúde que envolve diversos
fatores e que pode impactar na saúde e qualidade de vida dos idosos, no qual exige
a atenção e envolvimento do profissional de saúde nas queixas e sintomas relatados
(LEUNG, 2011).
2. Justificativa
Os estudos de prevalência de constipação intestinal são escassos entre idosos,
embora ela seja uma causa secundária e multifatorial, ainda é prevalente nessa
população.
A importância de mais estudos justifica a necessidade de ampliar mais
conhecimento, podendo oferecer para essa população uma orientação terapêutica
adequada para os sintomas e conscientização das consequências para o
desenvolvimento de outras doenças como: diverticulite de colón, fecalomas,
hemorroídas, fissuras anais e obstrução crônica que podem interferir na saúde do
idoso.
Sabemos que alguns fatores podem influenciar nos sintomas como a baixa
ingestão de líquidos e fibras, o sedentarismo, o estilo de vida, a presença de
doenças crônicas que consequentemente leva a uso de medicamentos, porém são
fatores possíveis de prevenir e controlar através das mudanças dos hábitos
alimentares e prática de exercícios.
Sendo assim, verifica se a necessidade de estudar os fatores associados à
constipação intestinal para garantir uma melhor condição de saúde na população
idosa.
3. Objetivos
3.1 Geral
Investigar a prevalência e fatores associados á constipação intestinal em idosos
frequentadores da Clínica Dr. Família no município de São Caetano do Sul no
estado de São Paulo.
3.2 Específicos
- Identificar o hábito intestinal com o diagnóstico de presença ou não de constipação;
- Avaliar as práticas alimentares, estado nutricional, estilo de vida, atividade física e
qualidade do sono.
4. Métodos
4.1 Delineamento do estudo
Estudo caracterizado como observacional de análise transversal e descritiva,
com 68 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os gêneros, que
frequentam a clínica Dr. Família do município de São Caetano do Sul, São Paulo,
Brasil. O período de coleta de dados ocorreu em sete meses, entre maio de 2016 e
dezembro de 2016.
4.2 Local do estudo
A clínica Dr. Família é uma rede de saúde particular, cujo objetivo é prestar
serviços de atendimento nas diversas especialidades, principalmente para a
população que não possuí convênio médico. A coleta de dados ocorreu na unidade
na cidade de São Caetano do Sul, no qual recebeu moradores das cidades vizinhas
como Ribeirão Pires, Mauá, Santo André, São Caetano do Sul e São Bernardo do
Campo.
4.3 Amostra
A seleção da amostra foi não probabilística intencional, selecionada, por
conveniência, em idosos frequentadores da Clínica Dr. Família no município de São
Caetano do Sul no estado de São Paulo.
4.4 Coletas de dados
Os dados foram levantados pelo responsável da pesquisa, inicialmente foi
realizado um levantamento de dados no sistema do agendamento de consultas da
clínica Dr. Família, foram selecionados idosos que frequentavam a clínica, após a
identificação dos participantes, foram realizados os convites por telefone para
participar da entrevista, explicando os objetivos e os procedimentos. Os idosos
interessados confirmavam a data e horário do agendamento proposto e a
pesquisadora entrava em contato 24h antes para confirmar.
4.5 Critérios de inclusão e exclusão
Os critérios de inclusão foram idosos com idade igual e/ou maior de 60 anos
frequentadores da Clínica Dr. Família. Os critérios de exclusão adotados no estudo
foram idosos que apresentaram dificuldade de compreensão na pesquisa por
alguma doença neuropsiquiátrica exceto depressão, comprometimento cognitivo ou
condições progressivas e debilitantes ou qualquer outra patologia que o
impossibilitou de responder adequadamente os instrumentos propostos.
4.6 Aspectos éticos
Todos os participantes foram informados dos objetivos e procedimentos da
pesquisa, bem como da possibilidade reduzida de riscos na sua participação e da
total isenção de custos de ordem financeira. Todas as informações sobre os riscos e
benéficos dos procedimentos estão detalhadamente descritos no termo de
consentimento livre e esclarecido (ANEXO 1).
O “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (TCLE) foi elaborado a partir da
Resolução nº 466/2012, com explicação menorizada sobre a natureza da pesquisa,
seus objetivos, métodos, benefícios previstos, potenciais riscos e incômodo que
poderiam acarretar e a devida autorização para a participação voluntária com a
assinatura do termo, que assegura os direitos dos sujeitos ao participar de
pesquisas, ficando o idoso sempre livre para não participar.
Os idosos selecionados foram esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa e
todas as etapas realizadas em uma única entrevista, e os que concordaram em
participar, assinou o TCLE. Caso houvesse necessidade, o responsável pelo idoso
participou da entrevista para auxiliar na compreensão da pesquisa. Após a
realização da entrevista, foi identificado algum risco nutricional e alguns pacientes
foram direcionados aos nutricionistas responsáveis do local para um devido
acompanhamento e orientação na clínica Dr. Família.
O estudo foi submetido e aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP-
USJT) por intermédio da plataforma Brasil (ANEXO 2).
4.7 Questionários
A aplicação dos instrumentos foi individualizada, cada entrevista teve duração
aproximada de 60 minutos. Optou-se pela aplicação dos instrumentos em forma de
entrevista para permitir a inclusão dos analfabetos, além de captar instrumentos
preenchidos de forma completa.
Dessa forma foram incluídos os seguintes instrumentos: sócio demográfico,
hábito intestinal, avaliação das práticas alimentares, estado nutricional, estilo de
vida, nível de atividade física e avaliação da qualidade do sono.
4.8 Sociodemográfico
As variáveis sociodemográficas analisadas foram: gênero (masculino e
feminino), cor da pele (branca, preta, parda, amarela e/ou indígena), idade (anos
completos), estado civil (casado, solteiro, separado ou divorciado e viúvo),
escolaridade (ano da escola frequentou), fonte de renda individual (salário mínimo
vigente do ano de 2015), aposentadoria, ocupação por atividade remunerada ou
não, doenças crônicas (ANEXO 3).
4.9 Hábito intestinal e constipação
A constipação intestinal (variável dependente) foi avaliada de acordo com os
critérios de Roma III que compõem-se de seis sintomas: esforço ao evacuar, fezes
endurecidas ou ressecadas, sensação de evacuação incompleta, sensação de
obstrução ou interrupção da evacuação e manobras manuais para facilitar as
evacuações, presentes no mínimo em 25% das evacuações, e menos de três
evacuações por semana (A DROSSMAN,2006, WGO, 2010).
Serão consideradas constipadas aquelas que apresentaram dois ou mais desses
critérios nos últimos três meses. Ainda de acordo com esses critérios, não serão
consideradas constipadas aquelas que referiram perda de fezes aguadas ou
pastosas em pelo menos 25% das evacuações nos últimos três meses. Em relação
à frequência, foram consideradas constipadas aquelas que relataram menos de três
evacuações por semana nos últimos três meses (ANEXO 4).
4.10 Avaliação antropométrica
A avaliação da composição corporal foi realizada pelo responsável da pesquisa e
foi composta por: Massa corporal, estatura e índice de massa corpórea (IMC). As
medidas foram aferidas conforme as técnicas preconizadas por FRISANCHO (1990).
Para aferição da massa corporal (kg), os idosos estavam vestidos com roupas
leves e descalços, foram posicionados de pé sobre o centro da base de uma
balança mecânica antropométrica, da marca Filizola (modelo Personal Line), com
escala 0,1kg, sendo a carga máxima de 150kg.
Para aferição da estatura foi utilizada uma balança mecânica antropométrica,
com estadiômetro, da marca Cardiomed (modelo WCS) com precisão de 0,1 cm.
Nesta medição, os idosos estavam descalços com os pés unidos, em postura ereta,
braços estendidos ao longo do corpo, com o olhar fixo no horizonte.
Para calcular o índice de massa corporal foi utilizada a equação preditiva onde o
peso em quilogramas é dividido pela estatura em metros ao quadrado
(peso/estatura²), e o resultado obtido foi classificado segundo o Estudo Saúde e
Bem-Estar e envelhecimentos (SABE) e a Organização Pan Americana de Saúde
(OPAS, 2002).
Quadro 2 - Classificação de Índice de Massa Corporal - IMC.
CLASSIFICAÇÃO kg/m²
Baixo peso < 23
Peso normal 23 – 27,9
Sobrepeso 28 – 29,9
Obesidade ≥ 30
Fonte: SABE/OPAS, 2002.
4.11 Avaliação das práticas alimentares
Foi aplicado o questionário de avaliação das práticas alimentares (SISVAN,
2008), o instrumento irá identificar com que frequência o entrevistado consumiu
alguns alimentos ou bebidas nos últimos 7 dias, que estão relacionados tanto a uma
alimentação saudável como o consumo diário de feijão, frutas e verduras e com as
práticas pouco recomendadas como o consumo frequente de alimentos fritos,
guloseimas e refrigerantes (ANEXO 5).
O instrumento é semelhante às versões adotadas em pesquisas de
monitoramento de práticas de risco à saúde, como o Levantamento norte-americano
de Comportamentos de Risco entre Jovens (Youth Risk Behavior Survey - YRBS),
realizado pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos
(Center for Disease Control and Prevention - CDC). Também foi considerado o
questionário adotado no VIGITEL (Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico), realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde no Brasil.
4.12 Estilo de vida
Para a avaliação do estilo de vida foi utilizado o questionário estilo de vida
fantástico validado para a população brasileira por RODRIGUEZ-AÑEZ e col.,
(2008). O questionário “Estilo de vida fantástico” é um instrumento genérico que foi
desenvolvido no Departamento de Medicina Familiar da Universidade McMaster, no
Canadá, por Wilson e Ciliska em 1984, com a finalidade de auxiliar os médicos que
trabalham com a prevenção, para que estes possam melhor conhecer e medir o
estilo de vida dos seus pacientes.
O formulário utilizado neste trabalho é o sugerido, em 1998, pela Sociedade
Canadense para a Fisiologia do Exercício e constitui uma parte da bateria de testes
padronizados, denominada Plano Canadense de Avaliação da Atividade Física,
Aptidão e Estilo de Vida. O questionário cobre um amplo leque de questões que têm
uma sutil, mas, poderosa influência na saúde. O levantamento do estilo de vida
complementa a avaliação da aptidão física relacionada à saúde e permite ter uma
visão mais completa do indivíduo.
A origem da palavra “fantástico” vem do acrônimo FANTASTIC que representa
as letras dos nomes dos nove domínios (na língua inglesa) em que estão
distribuídas as 25 questões ou itens:
• F= Family andfriends (família e amigos);
• A = Activity (atividade física);
• N = Nutrition (nutrição);
• T = Tobacco&toxics (cigarro e drogas);
• A = Alcohol (álcool);
• S = Sleep, seatbelts, stress, safe sex (sono, cinto de segurança, estresse e sexo
seguro);
• T = Typeofbehavior (tipo de comportamento; padrão de comportamento A ou B);
• I = Insight (introspecção);
• C = Career (trabalho; satisfação com a profissão).
O questionário “Estilo de vida fantástico” é um instrumento auto administrado
que considera o comportamento dos indivíduos no último mês e cujos resultados
permitem determinar a associação entre o estilo de vida e a saúde. O instrumento
possui 25 questões divididas em nove domínios que são: 1) família e amigos; 2)
atividade física; 3) nutrição; 4) cigarro e drogas; 5) álcool; 6) sono, cinto de
segurança, estresse e sexo seguro; 7) tipo de comportamento; 8) introspecção; 9)
trabalho.
As questões foram dispostas na forma de escala Likert, sendo que 23 questões
possuem cinco alternativas de resposta e duas são dicotômicas. As alternativas
estão dispostas na forma de colunas para facilitar a sua codificação, e a alternativa
da esquerda é sempre a de menor valor ou de menor relação com um estilo de vida
saudável. A codificação das questões é realizada por pontos, da seguinte maneira:
zero para a primeira coluna, 1 para a segunda coluna, 2 para a terceira coluna, 3
para a quarta coluna e 4 para aquinta coluna. As questões que só possuem duas
alternativas pontuam: zero para a primeira coluna e 4 pontos para a última coluna
(ANEXO 6).
A soma de todos os pontos permite chegar a um escore total que classifica os
indivíduos em cinco categorias que são: “Excelente” (85 a 100 pontos), “Muito bom”
(70 a 84 pontos), “Bom” (55 a 69 pontos), “Regular” (35 a 54 pontos) e “Necessita
melhorar” (0 a 34 pontos).
É desejável que os indivíduos atinjam a classificação “Bom”, quanto menor for o
escore, maior será a necessidade de mudança. De maneira geral, os resultados
podem ser interpretados da seguinte maneira: “Excelente” indica que o estilo de vida
proporciona ótima influência para a saúde; “Muito bom” indica que o estilo de vida
proporciona adequada influência para a saúde; “Bom” aponta que o estilo de vida
proporciona muitos benefícios para a saúde; “Regular” significa que o estilo de vida
proporciona algum benefício para a saúde, porém apresenta também riscos;
“Necessita melhorar” indica que estilo de vida apresenta muitos fatores de risco.
4.13 Questionário internacional de atividade física (IPAQ)
O Questionário Internacional de Atividade Física foi aplicado para a avaliação do
nível de atividade física. O IPAQ contém perguntas referentes à frequência semanal
e a duração de cada sessão de atividade física para atividades de intensidade
moderada, vigorosa e caminhada, sendo validado para a realidade brasileira
(MATSUDO e col. 2001) e para a população de idosos (BENEDETTI e col. 2007). O
nível de atividade física foi classificado com base na frequência e duração da
atividade realizada seguindo os seguintes critérios da Organização Mundial de
Saúde, considerando idosas que cumprem a recomendação mínima de 150 minutos
de atividade física semanal e os idosos que não cumprem a recomendação mínima
de 150 minutos de atividade física semanal (NCR), (ANEXO 7).
4.14 Escala de qualidade do sono de Pittsburgh
A escala de qualidade do sono foi avaliada pelo índice de qualidade de sono de
Pittsburgh (PSQI-BR), validado no Brasil (BERTOLAZI e col., 2011), que permite
avaliar a qualidade e os transtornos do sono, no período de um mês anterior à data
de sua aplicação.
Contém 19 questões auto administradas ou aplicadas como entrevista,
agrupadas em sete componentes: 1 - qualidade subjetiva do sono, 2 - latência para
o sono, 3 - duração do sono, 4 - eficiência habitual do sono, 5 - transtornos do sono,
6 - uso de medicamentos para dormir e 7 - disfunção diurna (ANEXO 8).
A pontuação de cada componente varia de zero a três pontos e a pontuação
global, obtida com a soma dos componentes, pode variar de zero a 21 pontos.
Quanto mais elevado o valor obtido pior a avaliação da qualidade do sono, sendo
que o escore global de cinco pontos constitui o ponto de corte que permite distinguir
entre sujeitos com má qualidade do sono e distúrbios do sono e aqueles com sono
de boa qualidade.
4.15 Análise de dados
As variáveis deste presente estudo são de natureza qualitativa - quantitativa.
Para a caracterização da amostra, os dados passaram por um tratamento estatístico
de abordagem descritiva usando recursos de frequência relativa (n), absoluta (%)
para variáveis qualitativas e medidas de tendência central (média) e de dispersão
(desvio padrão) para variáveis quantitativas.
O teste t de student foi utilizado para comparar as médias entre dois grupos ou
o seu correspondente não paramétrico Mann-Whitney. A análise de variância foi
utilizada para a comparação de três ou mais grupos ou o seu correspondente não
paramétrico o Kruskal-Wallis.
O nível de significância adotado foi de 5% e o Programa estatístico para a
análise de todos os dados será o Statistical Package for the Social Sciences SPSS,
versão 21,0, instalado em ambiente Windows.
5. Resultados
No presente estudo foram avaliados 68 idosos, no qual foi encontrada a
prevalência de constipação intestinal de (39,7%), como descrito na tabela 1. Os
idosos classificados com constipação intestinal (CI) apresentaram uma média de
3,85 (±1,3) sintomas de acordo com os critérios de Roma III.
Tabela 1: Avaliação da presença ou não de constipação intestinal nos idosos.
São Caetano do Sul - SP, 2016.
Constipação Intestinal N (%) X±DP
Presença de sintomas 27 39,7 3,85±1,32
Ausência de sintomas 41 60,3 0,15±0,36
X ± DP: media ± desvio padrão
O gráfico 1 descreve a frequência de critérios Roma III utilizados na definição de
CI, os três critérios mais prevalentes foram sensação de evacuação incompleta
(33,8%), sensação de obstrução (29,7%) e esforço evacuatório (26,5%).
Gráfico 1: Proporção de critérios de sintomas positivos entre idosos constipados.
São Caetano do Sul - SP, 2016.
Ao comparar a CI com as características sociodemográficas (Tabela 2),
observou-se um predomínio do sexo feminino (67,7%) da amostra, foi encontrada
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Sensação de evacuação incompleta
Sensação de obstrução
Esforço evacuatório
Fezes endurecidas ou irregulares
Manobras Manuais
>3 evacuações por semana
uma diferença significativa, entre a maior proporção de mulheres idosas com CI
(32,4%) em relação aos homens.
Tabela 2: Caracterização das variáveis sociodemográficas dos idosos segundo
presença ou não de constipação intestinal. São Caetano do Sul-SP, 2016.
Variáveis
Constipação intestinal
Sim Não
N (%) X±DP N (%) X±DP Significância
Sexo
Feminino 22 32,4 63,0 ±5,18 24 35,3 64,0 ±6,61 0,0002*
Masculino 5 7,3 75,80±8,70 17 25,0 64,21±5,32
Faixa etária (em anos)
60 |- 69 20 29,4 61,40±2,19 34 50,0 61,67±2,22
70 |- 79 4 5,9 72,50±2,65 5 7,4 73,4±2,88
80 e mais 3 4,4 82,3±3,21 2 2,9 81,5±0,70
Estado civil
Casado 17 25 61,82±3,17 25 36,8 62,96±5,08
Solteiro 2 2,9 60,50±0,71 2 2,9 60,00±0,00
Divorciado - - - 5 7,4 60,80±1,79
Viúvo 8 11,8 74,13±8,27 9 13,2 69,89±6,90
Cor da pele
Branca 15 22,1 63,67±5,70 24 35,2 63,71±5,80
Parda 9 13,2 67,11±7,94 14 20,5 65,14±6,90
Preta 3 4,4 68,67±15,01 3 4,41 62,00±2,00
Escolaridade (em anos)
0 |- 4 17 25 3,23±1,20 16 23,5 3,56±0,72
5 |- 8 1 1,47 8,0±0,51 5 7,35 6,60±1,51
9 |- 12 7 10,29 10,7±0,75 17 25,0 10,47±0,87
13 e mais 2 2,94 15,0±0,15 3 4,4 16,33±2,30
Renda individual (Salários mínimos)
Sem renda 5 7,35 60,80±1,79 4 5,8 60,00±0,92
Até 1 8 11,7 67,00±8,35 10 14,7 65,80±6,32
>1 a ≤ 3 13 19,1 66,38±1,78 23 33,8 63,78±6,41
>3 1 1,47 62,01±1,50 4 5,8 65,50±4,65
Ocupação de atividade (remunerada ou não)
Aposentado 14 20,5 69,07±8,85 26 38,2 66,19±6,89
Empregado 7 10,29 60,57±0,79 9 13,2 67,50±7,83
Dona de casa 6 8,82 62,33±4,08 6 8,8 61,00±1,67
Sálario mínimo vigente (2016) R$ 788,0
X ± DP: media ± desvio padrão
* indica a comparação com o uso do teste de t de student.
Em relação à faixa etária, em ambos os grupos, idosos com ou sem constipação
intestinal predominou a faixa etária mais jovem (79,4%) da amostra, o percentual de
idosos com 80 anos e mais foi menor (7,3%).
O estado civil apresentou um maior percentual de com ou sem CI no grupo de
casados (61,8%), Em relação à cor da pele, o maior percentual foi para idosos na
cor branca (57,3%), cabe destacar que no grupo de constipados, os idosos na cor
preta apresentaram uma proporção menor (4,4%) quando comparados na cor
branca.
O nível de escolaridade foi baixo em ambos os grupos de idosos (48,5%), o
grupo de constipados apresentaram uma média de 3,23(±1,2) anos.
Em ambos os grupos o maior percentual de idosos são os aposentados (58,7%),
com rendimento entre >1 a <3 salários mínimos (52,9%).
Segundo as condições de saúde (Tabela 3), destaca se a alta frequência de
hipertensão arterial sistêmica em (58,9%) e dislipidemias (47%) nos idosos com ou
sem CI (Tabela 3).
Tabela 3: Distribuição da frequência das variáveis de presença ou não de
constipação intestinal segundo as condições de saúde dos idosos. São Caetano do
Sul-SP, 2016.
Variáveis
Constipação intestinal
Sim Não
N (%) N (%)
Doenças Crônicas Sim 25 36,8 39 57,4
Não 2 2,9 2 2,9
Presença de Doenças Crônicas Hipertensão 15 22,1 25 36,8
Diabetes Mellitus 8 11,8 12 17,6
Dislipidemia 16 23,5 16 23,5
AVC 2 2,9 1 1,5
Doença Cardíaca 3 4,4 5 7,4
Doença Pulmonar 2 2,9 1 1,5
Câncer 1 1,5 0 0
Osteoporose 3 4,4 5 7,4
Doença de Coluna 9 13,2 8 11,8
Artrite / Artrose 7 10,3 6 8,8
Alergia 1 1,5 3 4,4
Rinite /Sinusite 3 4,4 6 8,8
Depressão 2 2,9 8 11,8
Enxaqueca 2 2,29 5 7,4
Em relação ao estado nutricional dos idosos, a média maior encontrada foi de
33,95 (±3,72) kg/m² no grupo de constipados, no entanto observou-se que maior
parte dos idosos estava com excesso de peso (48,5%) em ambos os grupos, (tabela
4).
A tabela 4 também apresenta a classificação do estilo de vida dos idosos, é
observado que entre os 68 entrevistados 49 (72,1%) apresentaram um estilo de vida
muito bom, sendo que 12 (17,7%) bom e somente 7 (10,3%) excelente.
Tabela 4: Avaliação dos fatores relacionados segundo presença ou não de
constipação intestinal nos idosos. São Caetano do Sul-SP, 2016.
Variáveis
Constipação intestinal
Sim Não
N % X±DP N % X±DP Significância
Estado Nutricional
Baixo Peso 2 2,9 21,26±1,53 4 5,9 21,71±0,34
Eutrófico 11 16,2 25,64±1,48 18 16,5 25,68±1,44
Sobrepeso 4 5,9 29,35±0,56 6 8,8 29,05±0,81
Obesidade 10 14,7 33,95±3,72 13 19,1 33,62±4,06
Estilo de vida
Excelente 2 2,9 15,00±0,00 5 7,4 15,20±0,45
Muito Bom 17 25 14,76±1,48 32 47,1 14,50±1,44
Bom 8 11,8 13,25±3,85 4 5,9 13,00±2,16
Regular - - - - - -
Necessita Melhorar - - - - - -
Atividade Física
Cumprem a Recomendação 22 32,4 516,59±305,81 30 44,1 841,63±943,57 0,002*
Não Cumprem a Recomendação 5 7,4 46,00±48,79 11 16,2 83,18±40,70 0,012*
Sono
Má qualidade 27 39,7 18,30±6,84 35 51,5 15,20±5,86
Boa qualidade 0 0 - 6 8,8 2,83±1,60
X ± DP: media ± desvio padrão
* indica a comparação com o uso do teste de t de student.
O hábito de fumar apresentou um baixo percentual nos pesquisados (6,8%),
sendo que (2,9%) foi no grupo de constipados.
Em relação à prática de atividade física foi observada que (76,5%) dos idosos de
ambos os grupos cumprem a recomendação mínima de 150 minutos / semanal,
porém no grupo de constipados a recomendação mínima foi significativamente
atingida apresentando uma média 516,59(±305,81) minutos.
A qualidade do sono em ambos os grupos, todos os idosos apresentaram uma
má qualidade (91,2%), não houve diferenças significativas entre os grupos.
Em relação às práticas alimentares (Tabela 5), ambos os grupos apresentaram a
frequência de consumo adequado das frutas (57,3%) e saladas (55,9%), porém não
houve diferenças significativas entre os grupos. O consumo de água foi inadequado
em ambos os grupos.
Tabela 5: Distribuição da frequência das variáveis do consumo alimentar dos
idosos segundo presença ou não de constipação intestinal. São Caetano do Sul-SP,
2016.
Variáveis Constipação Não Constipação
N % N % Significância
Saladas Adequado 14 20,6 24 35,3
0,592* Não adequado 13 19,1 17 25,0
Verduras / Legumes
Adequado 12 17,6 18 26,5 0,497*
Não adequado 15 22,1 23 33,8
Frutas
Adequado 16 23,5 23 33,8 0,595*
Não adequado 11 16,2 18 26,5
Feijão
Adequado 19 27,9 30 44,1 0,690*
Não adequado 8 11,8 11 16,2
Água
Adequado 8 11,8 10 14,7
Não adequado 19 27,9 31 45,6
* indica a comparação com o uso do teste de t de student.
A ingestão de alimentos específicos como frutas e vegetais foram práticas
utilizadas pelos entrevistados de ambos os grupos, para auxiliar o funcionamento
intestinal, sendo que (23%) referiram usar alguma ajuda através dos alimentos.
O uso de laxantes entre os indivíduos foi referido (1,3%) somente no grupo de
constipados.
6. Discussão
A prevalência de CI encontrada no presente estudo foi de (39,7%), estudos
anteriores realizados no Brasil, feitos em diferentes regiões mostraram uma
prevalência superior variando de (13% a 45%) em idosos (COLLETE e col., 2010;
HEITOR e col. 2013; NERSELLO e col. 2011; HERRMANN KLAUS e col., 2015;
SOUZA e col. 2016).
Um estudo de base populacional realizado no Rio Grande do Sul estimou a
prevalência de CI de (28,4%) em idosos, este é um dos primeiros estudos realizados
com objetivo de investigar a prevalência CI e os sintomas associados a ela
(COLLETE e col., 2010). Outro estudo importante de base populacional, envolvendo
frequentadores idosos de um centro de conveniência em Santa Catarina, encontrou
a prevalência de CI de (28,8%) (NERSELLO e col. 2011).
Em um ambulatório geral localizado em Pernambuco identificou-se uma
prevalência maior de CI de (45%) entre os idosos (SOUZA e col. 2016).
A variação das prevalências de CI em idosos pode ser explicada pela variação do
contexto socioculturais da população e diferentes critérios de diagnóstico adotados
em cada estudo (BRAZ e LESSA, 2011).
Com relação ao número de sintomas positivos de CI, neste estudo foi encontrada
uma média de três sintomas dentre os seis critérios de diagnóstico de Roma III,
enquanto o estudo de Collete e col. (2010) encontrou de dois a três sintomas em sua
amostra.
Os sintomas mais frequentes relatados pelos idosos neste estudo foram
sensação de evacuação incompleta (33,8%), sensação de obstrução (29,7%) e
esforço evacuatório (26,5%) estes dados concordaram com o estudo de Collete e
col. (2010) que também encontrou a sensação de evacuação incompleta e
obstrução anorretal de (85%) em sua amostra, no qual a mulheres demonstraram
mais sintomáticas nesses critérios.
No entanto, Braz e col. (2015) estudaram idosas de um programa de saúde em
Santa Maria (RS) e encontraram dois critérios que mais se destacaram em seu
estudo que foram à sensação de evacuação incompleta (58%), seguida de sensação
de obstrução anorretal (46%) e associaram ao tipo de parto.
A presença de sintomas específicos pode ser importante para diferenciar os
tipos de CI, a sensação de obstrução ou bloqueio anorretal pode sugerir uma
disfunção no assoalho pélvico sendo uma condição fisiopatológica associada
(LOCKE e col., 2000, WGO,2010).
Neste estudo verificou-se que a prevalência de CI foi significativamente maior
nas mulheres (32,4%) quando comparada aos homens, alguns estudos como de
Heitor e col. (2013) e Collete e col. (2010) tem encontrado essa proporção maior em
mulheres idosas. A ocorrência de CI em mulheres pode estar associada à frouxidão
do assoalho pélvico, que pode prejudicar na capacidade dinâmica eficaz na
defecação, porém outros fatores podem estar associados como dieta e estio de vida
(BOURAS e TANGALOS, 2009). Os partos estão associados a repetidos esforços
evacuatórios que também pode ser um fator de enfraquecimento dos músculos
pélvicos podendo ocasionar CI (OLIVEIRA e col., 2005).
Em relação à faixa etária, neste estudo predominou idosos mais jovens com
idade média de 61,40 (±2,19) anos, porém estudos demonstram que o avançar da
idade pode aumentar a prevalência de CI em idosos mais velhos, devido à redução
acentuada dos movimentos intestinais e/ou causas secundárias associadas ao
desenvolvimento de algumas doenças que consequentemente leva ao aumento do
uso de medicamentos (MUGIE e col., 2011).
Para a variável cor da pele, foi encontrada uma maior proporção de indivíduos na
cor branca (57,3%) e não houve diferenças entre os grupos de constipados e não
constipados, no entanto alguns autores encontraram maior prevalência de CI em
indivíduos na cor da pele preta ou parda, porém não existe uma relação biológica ou
causa especifica que explique essa associação (HIGGINS e col., 2004; EVERHART
e col., 1989).
Para a variável escolaridade, a maioria dos idosos apresentaram até 3 anos de
estudo (48,5%), não houve diferença entre os grupos, no entanto alguns autores
afirmam que encontraram maior prevalência de CI em indivíduos com níveis sociais
mais baixos (COLLETE e col., 2010; SUARES e FORD, 2011).
Neste estudo não houve associação entre as doenças crônicas com a CI, entre
as principais morbidades relatadas, a hipertensão arterial foi a mais frequente
(58,9%) nos idosos com e sem CI, sabe-se que o uso de medicamentos anti-
hipertensivos como os diuréticos e os bloqueadores de cálcio pode ocasionar o
desenvolvimento de CI (ANDRE e col., 2000). O controle e tratamento das doenças
crônicas exige prescrição de medicamentos que pode levar a efeitos secundários no
trato gastrointestinal (MORIGUTI e col., 2005).
No entanto, destaca-se que no presente estudo, as doenças foram relatadas,
não havendo um diagnóstico médico de confirmação, o que poderia explicar a
ausência de associação entre as morbidades e a CI.
Em relação ao estado nutricional dos idosos observou-se que em ambos os
grupos, os participantes eram eutróficos (32,7%), apesar da elevada proporção de
idosos serem classificados como obesos (33,8%), de forma que o excesso de peso
atingiu 48,5%. Estes resultados confirmam o cenário atual em que, de acordo com
os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2008/09) a prevalência de
excesso de peso em idosos brasileiros com idade entre 55 a 64 anos e 65 a 74 anos
foi de 60,7% e 56,2%, respectivamente (IBGE, 2010c). Médias maiores no grupo de
CI foram verificadas nos idosos obesos quando comparadas aos eutróficos, porém
não houve diferença estatisticamente significativa. No estudo Talley e col. (1996)
não encontraram associação com IMC e sintomas gastrointestinais, porém Klaus e
col. (2015) encontraram sobrepeso e obesidade na sua amostra com IMC superior a
27 kg/m², porém não encontrou associação com a CI. O aumento do IMC e a
associação com a baixa frequência de movimentos intestinais não estão claros na
literatura, sabe-se que o excesso de peso e CI podem estar associados a hábitos
alimentares inadequados e a falta de atividade física (DUKAS e col., 2003).
Neste estudo, o estilo de vida dos idosos foi avaliado como muito bom (72,1%),
em ambos os grupos, porém encontrou-se (2,9%) de fumantes no grupo de
constipados, no entanto o tabagismo não se mostrou associado a CI, estudos
mostram que CI é mais prevalente em indivíduos que abandonaram o fumo, pois a
nicotina tem efeito adrenérgico que estimula a atividade motora intestinal (DUKAN e
col., 2003).
A recomendação mínima da prática de atividade física foi atingida em idosos com
CI neste estudo, contrariando achados que afirmam que a prevalência de CI esteja
relacionada ao sedentarismo (DANI, 2001; FIGUEROA, 2002). No estudo de Klaus e
col. (2015), não houve associação do resultado do alto sedentarismo com CI em
idosos residentes em instituições de longa permanência. Porém, existe uma relação
positiva explicada com a urgência ao defecar, frequentemente relatado após o
exercício, devido o aumento da motilidade do colón (ANNELLS e KOCH, 2003). No
entanto, a prática de atividade física regular para intervenção da CI é controverso,
estudos que avaliaram a relação entre os fatores não encontraram evidencias
cientificas (RODRIGUEZ e col., 2009).
No entanto, a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos (2009), sugere a
prática de atividade física regular como intervenção para o bom funcionamento do
intestino.
O sono pode ser um fator associado a CI nos idosos, porém ambos os grupos
neste estudo apresentaram uma má qualidade do sono, sabe-se que existe uma
relação secundária, havendo necessidade de mais estudos (ONO e col., 2008).
Quanto aos hábitos alimentares, o consumo de alimentos fontes de fibras como
as frutas e saladas mostrou-se adequados em ambos os grupos, porém esse
resultado é oposto de uma forte tendência na população idosa para o consumo de
alimentos industrializados, principalmente os processados, que leva a perda de
nutrientes e fibras (CLARO e col., 2007).
As frutas e vegetais exercem um papel importante na prevenção de CI, no qual
transportam fibras, fitoquímicos e antioxidantes que são importantes para a proteção
da saúde, estes devem ser presentes no consumo diário do idoso, inclusive para a
manutenção da microbiota intestinal (HERNANDEZ e col., 2011)
A ingestão hídrica foi insuficiente em ambos os grupos, o baixo consumo de água
é um fator preditor para CI em idosos, diversos estudos encontraram a ingestão
hídrica insuficiente (HERRMANN KLAUS e col., 2015; NERSELLO e col. 2011;
HEITOR e col. 2013).
O consumo de água deve ser estimulado em idosos, pelo menos dois litros por
dia, pois o mecanismo de sede pode ser menos eficiente, levando ao um efeito
negativo sobre o balanço hídrico e os movimentos intestinais (TIIHONEN e col.,
2010; HERRMANN KLAUS e col., 2015).
A água cumpre um papel importante no intestino, no qual melhora o peso das
fezes, aumenta reflexos peristálticos e contribuí para a lubrificação do intestino
(MS,2005).
A intervenção educativa realizada por profissionais de saúde é importante e
influencia para que idosos façam mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares,
podendo aumentar o consumo de fibras e água, reduzindo a queixa de CI e o uso de
medicamentos laxativos (CERVATO-MANCUSO e col., 2012).
7. Conclusão
A partir deste estudo, observou-se a prevalência de constipação intestinal em
idosos foi de 39,7%, confirmando que essa condição é prevalente na população
idosa.
Quanto os fatores associados, o sexo feminino apresentou associação positiva
com a CI, e a prática de atividade física foi atingida em idosos constipados embora
o estudo não evidenciou os demais fatores associados, sugere-se novos estudos
com percentual de amostra maior, a fim de tomar medidas preventivas sobre esse
distúrbio na população idosa.
Por fim, os achados deste trabalho mostra o impacto negativo da constipação
intestinal na saúde dos idosos e implica no aprimoramento e extensão dos serviços
de assistência à saúde que pode contribuir para a prevenção de sintomas.
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apresentada à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP. Ribeirão Preto. 2013.
ANEXOS
ANEXO I - TERMO DE CONCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, Evelin Rodrigues Siqueira, portadora do RG: 44.358.702-4, autora do estudo, matriculada no programa de Pós-Graduação Stricto Sensus de Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu em São Paulo - SP, convido vossa senhoria___________________________________________________________________portador(a) do RG:_____________________ e CPF:_______________________ a participar voluntariamente da pesquisa “Fatores associados á constipação intestinal em idosos” de São Paulo - SP, orientado pelo professor Dr. Danilo Sales Bocalini, professor
adjunto do curso Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu.
As informações contidas neste prontuário objetivam firmar acordo entre a autora e o voluntário da pesquisa, autorizando e concordando com sua participação de forma voluntária com pleno conhecimento da natureza dos procedimentos e riscos a que se
submeterá, com a capacidade de livre arbítrio e sem qualquer coação.
Título do Trabalho Descritivo
Fatores associados á constipação intestinal em idosos frequentadores da Clínica Dr. Família nos municípios no grande ABC (São Caetano do sul e São Bernardo do Campo) no estado de São Paulo.
Objetivos
Investigar a prevalência e fatores associados á constipação intestinal em idosos frequentadores da Clínica Dr. Família nos municípios do grande ABC - SP.
Justificativa
O número de idosos cresceu significativamente nos últimos anos e a constipação intestinal é um transtorno que pode impactar a qualidade de vida e saúde do idoso e alguns fatores de risco podem ser tratados antecipadamente visando à prevenção e o controle de algumas doenças, aumentando as perspectivas de acréscimo de qualidade de vida e bem
estar para esta população.
Procedimentos da Pesquisa:
A entrevista será individualizada e terá duração aproximada de 60 minutos. Serão aplicados os instrumentos listados abaixo, visando o levantamento dos dados necessários
para as avaliações:
(1) Sócio demográfico, (2) Avaliação das práticas alimentares, (3) Hábito intestinal, (4) Estado nutricional, (5) Percepção da qualidade de vida, (6) estilo de vida, (7) Nível de
atividade física, (8) Sintomas depressivos e (9) Avaliação da qualidade do sono.
Descrições dos testes
Questionário sócio demográfico
Você é convidado a responder neste questionário perguntas pessoais referentes a gênero (masculino e feminino), cor da pele (branca, preta, parda, amarela e/ou
indígena), idade (anos completos), estado civil (casado, solteiro, separado ou divorciado e viúvo), escolaridade (ano da escola frequentou), fonte de renda individual (salário mínimo vigente do ano de 2015), aposentadoria, ocupação por atividade remunerada ou não, doenças crônicas, fumante ou não.
Avaliação das práticas alimentares
Para avaliação das práticas alimentares será realizado perguntas sobre o consumo de alguns alimentos ou bebidas nos últimos 7 dias, que estão relacionados tanto a uma alimentação saudável como o consumo diário de feijão, frutas e verduras e com as práticas pouco recomendadas como o consumo frequente de alimentos fritos, guloseimas e refrigerantes.
Avaliação do hábito intestinal
O hábito intestinal será avaliada de acordo com três critérios: Roma III, frequência de evacuações por semana e auto avaliação dos sujeitos. Os critérios de Roma III para constipação funcional compõem-se de seis sintomas: esforço ao evacuar, fezes endurecidas ou fragmentadas, sensação de evacuação incompleta, sensação de obstrução ou interrupção da evacuação e manobras manuais para facilitar as evacuações, presentes no
mínimo em 25% das evacuações, e menos de três evacuações por semana.
Avaliação antropométrica
Serão avaliados de acordo com a técnica utilizada anteriormente pelo nosso grupo. A altura será medida utilizando estadiômetro Cardiomed (modelo WCS) com precisão de 0,1 cm. A massa corporal será medida utilizando uma balança Filizola (modelo Personal Line 150) com precisão de 0,1 kg. O índice de massa corporal (IMC, kg/m2) será calculado da
seguinte forma: IMC = massa corporal ÷ (altura x altura).
Qualidade de vida SF-36
O questionário SF-36 será utilizado para avaliar a percepção da qualidade de vida conforme prévios estudos. O instrumento é constituído de uma escala multifatorial constando 36 itens subdivididos em oito domínios: capacidade funcional (CF, 10 itens), aspectos físicos (AF, 4 itens), dor (D, 2 itens), estado geral de saúde (EGS, 5 itens), vitalidade (V, 4 itens), aspectos sociais (AS, 2 itens), aspectos emocionais (AE, 3 itens), saúde mental (SM, 5 itens). Os domínios CF, AF, D e EGS avaliam a saúde física enquanto os domínios V, AS, AE e SM a saúde mental permitindo analisar de forma isolada os aspectos envolvidos. As 36 questões do SF-36 são estruturadas em escalas, com várias possibilidades de pontuação que variam de 1 a 6 variando de intensidade (crescente ou decrescente) conforme a pergunta.
Questionário de Estilo de vida
Para a avaliação do estilo de vida utilizaremos o questionário estilo de vida fantástico validado para a população brasileira. O questionário “Estilo de vida fantástico” é um instrumento genérico com a finalidade de auxiliar os médicos que trabalham com a prevenção, para que estes possam melhor conhecer e medir o estilo de vida dos seus pacientes. O questionário cobre um amplo leque de questões que têm uma sutil, mas,
poderosa influência na saúde.
Atividade física - IPAQ
Você é convidado a responder o Questionário Internacional de Atividade Física versão curta que será aplicado para a avaliação do nível de atividade física conforme prévias publicações. Este questionário contém perguntas referentes à frequência semanal e a duração de caminhada e atividade física cotidiana realizada pelas pessoas, além do tempo dispêndio em atividades realizadas em posição sentada em dias da semana e no final de
semana, tendo como período de referência uma semana típica ou a última semana.
Escala de depressão geriátrica
Você é convidado a responder as perguntas desta escala para a avaliação de sintomas depressivos. A escala é formada por 15 itens e composta por respostas dicotômicas (sim ou não), sua pontuação varia entre 0 e 15 pontos e contempla os seguintes pontos de corte: inferior ou igual a 5 pontos significa indivíduo normal ou sem sintomas depressivos; acima de 5 pontos, indivíduo com sintomas depressivos. Neste estudo, será utilizado o ponto de corte ≥ cinco, como indicativo dos casos de provável depressão ou < cinco sem indício de depressão.
Avaliação da qualidade do sono
A qualidade do sono será avaliada pelo índice de qualidade de sono de Pittsburgh, contém 19 questões auto administradas ou aplicadas como entrevista, agrupadas em sete componentes: 1 - qualidade subjetiva do sono, 2 - latência para o sono, 3 - duração do sono, 4 - eficiência habitual do sono, 5 - transtornos do sono, 6 - uso de medicamentos para dormir e 7 - disfunção diurna. A pontuação de cada componente varia de zero a três pontos e a pontuação global, obtida com a soma dos componentes, pode variar de zero a 21 pontos.
Benefícios e Riscos: Ao participar da pesquisa você saberá como estão suas medidas
antropométricas e as condições de saúde e bem estar. A pesquisa oferece riscos mínimos considerados possíveis nos procedimentos realizados neste projeto, que poderão ser desconforto emocional ao responder os questionários e desconforto físico durante a avaliação da composição corporal. Se for observado comprometimento emocional será encaminhado ao Centro de Psicologia Aplicada (CENPA) da Universidade São Judas Tadeu. E no caso de queda, será realizado um primeiro atendimento no ambulatório da Clínica Dr. Família.
Informações: Você tem garantia que receberá respostas a qualquer pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa. A pesquisadora autora assumirá o compromisso de proporcionar informação atualizada obtida durante o estudo, ainda que esta possa afetar a vontade do indivíduo em continuar participando. Adicionalmente, cabe mencionar que o projeto é de exclusiva ação de pesquisa, sendo assim, as atividades não serão mantidas após o termino do período do projeto.
Retirada do Consentimento: Sua participação é estritamente voluntária e não remunerada
e você terá a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de
participar do estudo.
Aspecto Legal: Este projeto de pesquisa foi elaborado de acordo com as diretrizes e
normas regulamentadas de pesquisa envolvendo seres humanos atendendo à Resolução
n.º 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério de Saúde – Brasília – DF.
Endereço do Comitê de Ética: Este documento está elaborado de acordo com os critérios
do comitê de ética em pesquisa da Universidade São Judas Tadeu, localizado na Rua Taquari, 546. Bairro Mooca. São Paulo-SP. CEP: 03166-000. Tel.: 2799-1944. E-mail:
Garantia do Sigilo: Os resultados desta pesquisa podem ser publicados para informação e
benefício de outros estudos. A sua identidade permanecerá anônima. Assim, como o seu nome não será publicado ou usado sem o seu consentimento.
Formas de Ressarcimento das Despesas decorrentes da Participação na Pesquisa:
Considere sua participação estritamente voluntária, não configurando situação que exija pagamento. Consequentemente, você não receberá qualquer quantia em dinheiro ou em outra forma de pagamento para arcar com despesas de deslocamentos ou para participar da pesquisa.
Local das Entrevistas: Os questionários e escalas, inventário serão aplicados em forma de
entrevista nas unidades do grande ABC na Clínica Dr. Família.
Nome Completo e telefones dos Pesquisadores (Orientador e Aluna) para Contato:
Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini (011) 2799.1638 e Evelin Rodrigues Siqueira (011) 99166.9461.
Consentimento pós-informação:
Eu__________________________________________________________________, após leitura e compreensão deste termo de informação e consentimento, entendo que minha participação é voluntária, e que posso sair a qualquer momento do estudo, sem prejuízo algum. Confirmo que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a execução do trabalho de pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo no meio científico.
Endereço:_____________________________________________________________
Cidade: _____________________________________CEP:__________-__________
Telefone para contato: ( __) ________________
e-mail: ________________________________
ANEXO II – PARECER DE APROVAÇÃO DO COMITE ÉTICA
ANEXO III - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO SOCIODEMAGRÁFICO
Identificação: ________________________ Data da entrevista: ___/___/____
Nome:______________________________________________
Sexo: ( ) M ( ) F
Data de nasc.: _____/______/______ Idade: _____________anos
Bairro de residência: ___________________
UBS de atendimento:___________________
Telefones de contato:_______________________________________________
Anos de escolaridade: ________________(Estudo formal)
Você se encontra:
Empregado ( )
Desempregado ( )
Aposentado ( )
Aposentado por ordem médica ( )
Dona de casa ( )
Estado Civil: __________________
Religião: ____________________ Frequência de prática:_____________
Consumo de medicamentos:______________________ antidepressivos
______________________ outros
Renda familiar mensal: R$______________________
Renda individual mensal: R$____________________
Você praticava atividade física na infância? Sim ( ) Não ( )
O que?
________________________________________________________________
Você fazia as aulas de educação física na escola? Sim ( ) Não ( )
Suas brincadeiras favoritas eram ? Ao ar livre ( ) dentro de casa ( )
Pode-se dizer que você teve uma infância e adolescência ativa? Sim ( ) Não ( )
Com quantos anos parou de fazer atividade física ? _______________________
Quanto tempo em média você dorme durante a noite? _______________________
Você dorme no período da manhã ? Sim ( ) Não ( ) - Quanto tempo? __________
Você dorme no período da tarde ? Sim ( ) Não ( ) - Quanto tempo ? __________
Quanto tempo em média você fica sentado por dia?_________________________
Você tem o hábito de tomar água durante o dia? Sim( ) Não ( )
Quantos copos de água em média você toma durante o dia? __________________
Você faz uso contínuo de medicamentos? Sim( ) Não ( )
Quantos anos você tinha quando começou a utilizar esses medicamentos?________
Quantos remédios você toma por dia? ___________________________________
No último ano você passou a tomar mais remédios?
Sim( ) Não ( ) Quantos? __________________________
Relacione no quadro abaixo o quanto você toma de remédio, pra qual doença e o
quanto custa: Caso você pegue algum no posto de saúde sem custo, escreva P.S.
na coluna quanto custa.
Remédio Pra qual doença Qual dose Quanto custa
Qual é o seu gasto mensal com remédios? R$ ____________________________
Com qual frequência você vai ao médico? _________________________________
Você costuma fazer auto-medicação? Sim( ) Não ( )
Qual o se rendimento em salários ? Valor total ______________________________
Você tem em sua casa Não tem Tem
(quantos)
Televisores em cores
Vídeos cassete / DVD
Rádios
Banheiros
Automóveis
Máquinas de lavar roupa
Empregadas mensalistas
Geladeiras
Freezer (independente ou 2ª porta da
geladeira)
total
Instrução do chefe da família
Analfabeto / até 3ª Série Fundamental ( )
4ª Série Fundamental ( )
Fundamental completo ( )
Médio completo ( )
Superior completo ( )
O seu rendimento total fica em torno de:
_____ por volta de R$ 18.800
_____ por volta de R$ 7.800
_____ por volta de R$ 4.000
_____ por volta de R$ 2.250
_____ por volta de R$ 1350
_____ por volta de R$ 600
ANEXO IV - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO HÁBITO INTESTINAL E
CONSTIPAÇÃO
Escala de Bristol
Observando essa figura como é o seu cocô? TIPO:____________________________
10) Faz uso de algum
alimentoespecífico para o
intestino?
( ) Não ( ) Sim Em caso positivo, qual alimento?
Medicamento Tempo de uso Doença Tratada Dose díaria (nº de comprimidos)
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO HÁBITO INTESTINAL
Intrumento para definição de constipação intestinal baseado no consenso de Roma III ( Nos últimos 3 meses).
CRITÉRIO ROMA III PERGUNTA OPÇÕES DE RESPOSTAS
ESFORÇO EVACUATÓRIO1) Desde de três meses atrás, com que frequencia o (a)
Sr. (a), teve de fazer força ou esforço para evacuar?
( ) Nunca ou raramente
( ) Algumas vezes
( ) Frequentemente
( ) Maior parte das vezes
( ) Sempre
FEZES ENDURECIDAS OU
FRAGMENTADAS
2) Desde de três meses atrás, com que frequencia o (a)
Sr. (a), teve fezes duras, endurecidas ou como se fossem
bolinhas?
( ) Nunca ou raramente
( ) Algumas vezes
( ) Frequentemente
( ) Maior parte das vezes
( ) Sempre
SENSAÇÃO DE OBSTRUÇÃO OU
BLOQUEIO ANORRETAL
SENSAÇÃO DE EVACUAÇÃO
INCOMPLETA
3) Desde de três meses atrás, com que frequencia o (a)
Sr. (a), teve a sensação de evacuação incompleta, ou
seja, mesmo após ter evacuado, permaneceu com
vontade?
4) Desde de três meses atrás, com que frequencia o (a)
Sr. (a), sentiu que as fezes não conseguem passar, que
estão trancadas ou presas no ânus?
( ) Nunca ou raramente
( ) Algumas vezes
( ) Frequentemente
( ) Maior parte das vezes
( ) Sempre
( ) Nunca ou raramente
MANOBRAS MANUAIS PARA
FACILITAR A EVACUAÇÃO
( ) Algumas vezes
( ) Frequentemente
( ) Maior parte das vezes
( ) Sempre
5) Desde de três meses atrás, com que frequencia o (a)
Sr. (a), teve que usar manobras digitais ou apoiar no
assoalho pélvico para ajudar na saída das fezes?
( ) Nunca ou raramente
( ) Algumas vezes
( ) Frequentemente
( ) Maior parte das vezes
( ) Sempre
NÚMERO DE EVACUAÇÕES
SEMANAIS *(Menor que três vezes)
6)Quantas vezes semanais o (a) Sr. (a), costuma evacuar? _______________ vezes / semana
8) Faz uso de laxante? ( ) Não ( ) Sim Em caso positivo, qual tipo?
9) Faz uso de supositório? ( ) Não ( ) Sim Em caso positivo, quanto tempo?
Uso de medicamentos e laxantes
7) Faz uso de medicamento? ( ) Não ( ) Sim Em caso positivo, descreva o tipo, tempode uso e para qual doença tratada.
ANEXO V - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS ALIMENTARES
ANEXO VI - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO ESTILO DE VIDA
FANTÁSTICO
01 Tenho alguém para conversar as
coisas que são importantes para mimqQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
02 Dou e recebo afeto qQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
03 Sou vigorosamente ativo pelo menos
durante 30 minutos por dia
(corrida, bicicleta etc.)
qMenos de 1 vez
por semana
q1-2 vezes
por semana
q3 vezes por
semana
q4 vezes por
semana
q5 ou mais
vezes por
semana
04 Sou moderadamente ativo
(jardinagem, caminhada, trabalho de
casa)
qMenos de 1 vez
por semana
q1-2 vezes
por semana
q3 vezes por
semana
q4 vezes por
semana
q5 ou mais
vezes por
semana
05 Como uma dieta balanceada
(ver explicação)qQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
06 Freqüentemente como em excesso
(1) açúcar, (2) sal, (3) gordura animal
(4) bobagens e salgadinhos
qQuatro itens qTrês itens qDois itens qUm item qNenhum
07 Estou no intervalo de ___ quilos do
meu peso considerado saudávelqMais de 8 kg q8 kg q6 kg q4 kg q2 kg
08 Fumo cigarros qMais de 10 por
dia
q1 a 10 por
dia
qNenhum nos
últimos 6 meses
qNenhum no
ano passado
qNenhum
nos últimos
cinco anos
09 Uso drogas como maconha e cocaína qAlgumas vezes qNunca
10 Abuso de remédios ou exagero qQuase
diariamente
qCom relativa
freqüência
qOcasionalmente qQuase nunca qNunca
11 Ingiro bebidas que contêm cafeína
(café, chá ou “colas”)qMais de 10
vezes por dia
q7 a 10 vezes
por dia
q3 a 6 vezes por
dia
q1 a 2 vezes
por dia
qNunca
12 Minha ingestão média por semana de
álcool é: ___ doses (ver explicação)qMais de 20 q13 a 20 q11 a 12 q8 a 10 q0 a 7
13 Bebo mais de quatro doses em uma
ocasiãoqQuase
diariamente
qCom relativa
freqüência
qOcasionalmente qQuase nunca qNunca
14 Dirijo após beber qAlgumas vezes qNunca
15 Durmo bem e me sinto descansado qQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
16 Uso cinto de segurança qNunca qRaramente qAlgumas vezes qA maioria
das vezes
Sempre
17 Sou capaz de lidar com o estresse do
meu dia-a-diaqQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
18 Relaxo e desfruto do meu tempo de
lazerqQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
19 Pratico sexo seguro (ver explicação) qQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
20 Aparento estar com pressa qQuase sempre qCom relativa
freqüência
qAlgumas vezes qRaramente qQuase
nunca
21 Sinto-me com raiva e hostil qQuase sempre qCom relativa
freqüência
qAlgumas vezes qRaramente qQuase
nunca
22 Penso de forma positiva e otimista qQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
23 Sinto-me tenso e desapontado qQuase sempre qCom relativa
freqüência
qAlgumas vezes qRaramente qQuase
nunca
24 Sinto-me triste e deprimido qQuase sempre qCom relativa
freqüência
qAlgumas vezes qRaramente qQuase
nunca
Trabalho
25 Estou satisfeito com meu trabalho ou
funçãoqQuase nunca qRaramente qAlgumas vezes qCom relativa
freqüência
qQuase
sempre
Questionário "Estilo de Vida Fantástico"
Álcool
Sono, cinto de
segurança,
estresse e sexo
seguro
Tipo de
comportamento
Coloque um X na alternativa que melhor descreve o seu comportamento ou situação no mês passado. As explicações às questões que geram dúvidas
encontram-se no final do questionário.
Família e amigos
Atividade
Nutrição
Cigarro e Drogas
Fonte: RODRIGUEZ ANEZ Ciro Romélio; REIS, Rodrigo Siqueira, PETROSKI, Edio Luiz. Versão brasileira do questionário "Estilo de Vida Fantástico": tradução e validação para adultos
jovens. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2008, vol.91, n.2, pp. 102-109. ISSN 0066-782X. doi: 10.1590/S0066-782X2008001400006.
Introspecão
ANEXO VII - QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA (IPAQ)
Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem
como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo
feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que
tão ativos nós somos em relação às pessoas de outros países. As perguntas estão
relacionadas ao tempo que você gasta fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As
perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por
lazer, por esporte, por exercício ou como parte das atividades em casa ou jardim. Suas
respostas são MUITO importantes. Por favor, responda cada questão mesmo que considere
que não seja ativo. Obrigada pela sua participação!
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por
pelo menos 10 minutos contínuos de cada vez.
1a. Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de uma lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício? ________dias por SEMANA ( ) Nenhum 1b. Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou caminhando por dia? Horas: __________ Minutos: _______________ 2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nada, dançar, fazer ginástica aeróbia leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA) Dias_____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? Horas: ____________ Minutos: ______________ 3a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos
Para responder as questões lembre que:
Atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande
esforço físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
Atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço
físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbia, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração. Dias ___________ por SEMANA ( ) Nenhum 3b. Nos dias em que você fez essas atividades por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? Horas: ___________ Minutos: ____________
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no
trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo
sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa, visitando um
amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentado durante
o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.
4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana? _____________ horas ____________minutos
4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana? _____________ horas ____________minutos
ANEXO VIII - QUESTIONÁRIO DA ESCALA DE QUALIDADE DO SONO DE
PITTSBURGH
Instruções para responder o questionário:
As questões a seguir são referentes aos hábitos de sono apenas durante o mês passado.
Suas respostas devem indicar o mais corretamente possível o que aconteceu na maioria dos dias e noites do mês passado.
Por favor, responda a todas as questões.
1) Durante o mês passado, à que horas você foi deitar à noite na maioria das vezes? HORÁRIO DE DEITAR: _____:________
2) Durante o mês passado, quanto tempo (minutos) você demorou para pegar no sono, na maioria das vezes? QUANTOS MINUTOS DEMOROU PARA PEGAR NO SONO: _____________
3) Durante o mês passado, a que horas você acordou de manhã, na maioria das vezes? HORÁRIO DE ACORDAR: _____:________
4) Durante o mês passado, quantas horas de sono por noite você dormiu? (pode ser diferente do número de horas que você ficou na cama) HORAS DE SONO POR NOITE: _______________
Para cada uma das questões seguinte escolha uma única resposta, que você ache mais correta. Por favor, responda a todas as questões.
5) Durante o mês passado, quantas vezes você teve problemas para dormir por causa de:
a) Demorar mais de 30 minutos para pegar no sono
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais b) Acordar no meio da noite ou de manhã muito cedo
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais c) Levantar-se para ir ao banheiro
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais d) Ter dificuldade para respirar
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais e) Tossir ou roncar muito alto
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais f) Sentir muito frio
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais g) Sentir muito calor
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais h)Ter sonhos ruins ou pesadelos
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais i) Sentir dores
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais j) Outra razão, por favor, descreva:____________________________________________ Quantas vezes você teve problemas para dormir por esta razão durante o mês passado?
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais 6) Durante o mês passado, como você classificaria a qualidade do seu sono?
( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Muito ruim ( ) Ruim 7) Durante o mês passado, você tomou algum remédio para dormir, receitado pelo médico, ou indicado por outra pessoa (farmacêutico, amigo, familiar) ou mesmo por sua conta?
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais Qual(is)?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8) Durante o mês passado, se você teve problemas para ficar acordado enquanto estava dirigindo, fazendo suas refeições ou participando de qualquer outra atividade social, quantas vezes isso aconteceu?
( ) nenhuma vez ( ) menos de uma vez por semana
( ) uma ou duas vezes por semana ( ) três vezes por semana ou mais 9) Durante o mês passado, você sentiu indisposição ou falta de entusiasmo para realizar suas atividades diárias?
( ) Nenhuma indisposição nem falta de entusiasmo
( ) Indisposição e falta de entusiasmo pequenas
( ) Indisposição e falta de entusiasmo moderadas
( ) Muita indisposição e falta de entusiasmo
Comentários do entrevistado (se houver): 10) Você cochila?
( ) Não ( ) Sim
Comentários do entrevistado (se houver): Caso Sim – Você cochila intencionalmente, ou seja, pôr que quer?
( ) Não ( ) Sim
Comentários do entrevistado (se houver): Para você, cochilar é ( )Um prazer ( )Uma necessidade ( )Outro - Qual?
Comentários do entrevistado (se houver):
Pontuação do componente:
1:_____; 2: _____ ; 3: _____; 4: ______ 5: _____; 6: _____; 7: _____