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INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO European University Association Avaliação Institucional Fevereiro 2010

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA

RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO

European University Association

Avaliação Institucional

Fevereiro 2010

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

I

ÍNDICE GERAL ÍNDICE GERAL I

ÍNDICE DE ANEXOS II

ÍNDICE DE FIGURAS II

ÍNDICE DE QUADROS III

LISTA DE ABREVIATURAS III

SUMÁRIO EXECUTIVO IV

1. NOTA INTRODUTÓRIA 1

2. CONTEXTUALIZAÇÃO INSTITUCIONAL E NACIONAL

2.1 RESUMO HISTÓRICO 2

2.2 ORGANIZAÇÃO INTERNA DO IPBEJA 2

2.3 ENQUADRAMENTO DO IPBEJA NO DISTRITO 3

2.4 SISTEMA EDUCATIVO EM PORTUGAL 4

2.5 ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL 4

2.6 ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO 4

2.7 ESTUDANTES, PESSOAL DOCENTE, NÃO DOCENTE E CARGOS DIRIGENTES 5

2.8 SITUAÇÃO ACTUAL DO MERCADO DE TRABALHO REGIONAL E NACIONAL 7

2.9 AUTONOMIA 8

3. SECÇÃO I – NORMAS E VALORES

3.1 OPERACIONALIZAÇÃO DA MISSÃO 8

3.2 GOVERNO E GESTÃO 10

3.3 PERFIL ACADÉMICO 11

3.4 POSICIONAMENTO LOCAL E REGIONAL 15

4. SECÇÃO II – ORGANIZAÇÃO E ACTIVIDADES

4.1 PRÁTICAS DE GESTÃO 16

4.2 FINANCIAMENTO 18

4.3 ESTRUTURAS (EQUIPAMENTOS E LABORATÓRIOS) 19

4.4 RECURSOS HUMANOS 20

4.5 SERVIÇOS DE APOIO A ESTUDANTES 20

4.6 LIGAÇÃO À COMUNIDADE 22

4.7 INTERNACIONALIZAÇÃO 23

5. SECÇÃO III – PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO E QUALIDADE 24

6. SECÇÃO IV – ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA E CAPACIDADE DE MUDANÇA 27

7. SECÇÃO V – DINÂMICA DE I&D E POTENCIAL TECNOLÓGICO 29

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 31

ANEXOS

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

II

ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo 1 – Criação do IPBeja e Unidades Orgânicas Anexo 2 – Organograma Anexo 3 – Localização do IPBeja Anexo 4 – Concelhos constituintes do Distrito de Beja Anexo 5 – Mapas das Universidades e Politécnicos, públicos e privados, de Portugal Anexo 6 – Distribuição dos alunos por género, segundo a Unidade Orgânica, 2008/2009 Anexo 7 – N.º de alunos matriculados, segundo a Região Anexo 8 – N.º de alunos nos últimos cinco anos lectivos, por Unidade Orgânica Anexo 9 – Vagas, colocações e taxas de ocupação, por oferta formativa 1ºciclo Anexo 10 – Evolução do pessoal docente Anexo 11 – Evolução do pessoal não docente Anexo 12 – Habilitações literárias do pessoal não docente Anexo 13 – Cargos dirigentes, segundo as habilitações literárias e género Anexo 14 – Empregabilidade dos diplomados Anexo 15 – Ensino e emprego, Jornal “i” Anexo 16 – Desemprego por NUTS II Anexo 17 – Mapa Estratégico Anexo 18 – Cursos de formação inicial (1º Ciclo) Anexo 19 – Mestrados Anexo 20 – Pós-Graduações Anexo 21 – Cursos de Especialização Tecnológica Anexo 22 – Cursos de Curta Duração Anexo 23 – Projectos e Parceiros Anexo 24 – Proveniência geográfica dos alunos Anexo 25 – Níveis de escolaridade da população residente (2004) Anexo 26 – Orçamento executado por fonte de financiamento (2004/2008) Anexo 27 – Orçamento 2009, Receita/Despesa – Dotação Inicial Aprovada Anexo 28 – Pessoal docente em formação Anexo 29 – Dados dos Serviços de Acção Social do IPBeja Anexo 30 – Organograma SAS Anexo 31 – N.º de consultas do GAPP, (evolução) Anexo 32 – N.º de actividades desenvolvidas pelo GAAD, 2008 Anexo 33 – Mobilidade ERASMUS (alunos) Anexo 34 – Mobilidade ERASMUS (docentes) Anexo 35 – Instituições parceiras ERASMUS Anexo 36 – Mobilidade Vasco da Gama Anexo 37 – Cursos avaliados pela ADISPOR

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Operacionalização da Missão 9 Figura 2 – Serviços Centrais do IPBeja 10

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

III

ÍNDICE DE QUADROS Quadro n.º 1 – Alunos matriculados, segundo a modalidade formativa,

por Unidade Orgânica (2008/2009) 5 Quadro n.º 2 – Docentes, segundo a categoria profissional, 2009 6 Quadro n.º 3 – Pessoal não docente, segundo a categoria profissional 7 Quadro n.º 4 – Orçamento de Funcionamento e Investimentos do Plano, 2009 18 Quadro n.º 5 – Orçamento SAS 21

LISTA DE ABREVIATURAS ACOS – Associação de Criadores de Ovinos do Sul AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral CEBAL – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-alimentar do Baixo Alentejo e Litoral CET – Curso de Especialização Tecnológica COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio CAQ – Conselho para Avaliação e Qualidade CTC – Centro de Transferência de Conhecimentos ECTS – Sistema Europeu de Acumulação e Transferência de Créditos EDAB – Empresa para o Desenvolvimento do Aeroporto de Beja EDIA – Empresas de Desenvolvimento de Infra-estruturas do Alqueva, S.A. ESA – Escola Superior Agrária ESDIME – Agência para o Desenvolvimento Local do Alentejo Sudoeste ESE – Escola Superior de Educação ESS – Escola Superior de Saúde ESTIG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão GAPP – Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico GAAD – Gabinete de Apoio à Actividade Desportiva GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional INE – Instituto Nacional de Estatística IPBeja – Instituto Politécnico de Beja LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia MCTES – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior NERBE – Núcleo Empresarial da Região de Beja NUTS – Nomenclaturas das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa PCTA – Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento PRN – Plano Rodoviário Nacional QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional RESIALENTEJO, E.I.M. – Tratamento e Valorização de Resíduos RJIES – Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior SAS – Serviços de Acção Social SOMICOR – Sociedade Mineira de Neves – Corvo, S.A. SPDE – Serviço de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico QUAR – Quadro de Avaliação e Responsabilização ULSBA – Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo VAB – Valor Acrescentado Bruto ZIPIPB – Zona de Influência Próxima do Instituto Politécnico de Beja

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

IV

DECLARAÇÃO Eu, Vito de Jesus Carioca, Presidente do Instituto Politécnico de Beja, declaro que segui o processo de Auto-avaliação Institucional e li o presente relatório de Auto-avaliação. Em nome do Instituto, aceito a responsabilidade por ambos.

SUMÁRIO EXECUTIVO

“(…)Dos parâmetros da avaliação da qualidade, determinadas pelo RJIES, transparece a realidade incontornável e inadiável de que, só as instituições assentes nos pilares de consistente e constante qualificação docente e discente, da produção técnico-científica ajustada aos desafios das sociedades, da política de aproximação à comunidade num espírito de serviço, da sinergia e permuta de esforços e experiências, podem ser instituições atractivas e marcadas pela qualidade(…)”

(Carioca, Vito 2008)

Entendendo a avaliação como um momento de reflexão partilhada, componente fundamental de um processo de planeamento e de uma gestão estratégica que visa a optimização dos recursos e (re) orientação da acção, considerou o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) importante a adesão ao Programa de Avaliação Institucional desenvolvido pela European University Association – EUA. Este processo de avaliação surge num contexto de transição que marca a vida do IPBeja, resultante dos novos Estatutos e da obrigatória reestruturação interna, de alterações impostas por um novo enquadramento gestionário e, ainda, tendo em base os novos desafios impostos ao Ensino Superior em que se salienta a necessária aposta na qualificação do corpo docente, na obrigatoriedade de actualização da oferta educativa e na premissa que as instituições de ensino devem ser importantes pólos de investigação e desenvolvimento local. Actualmente, o IPBeja encontra-se a elaborar um Plano Estratégico de Desenvolvimento para o quadriénio 2010-2013, que visa redefinir, numa lógica participada, a missão do Instituto e os valores e que contribuam para a orientação da estratégia de gestão a seguir, que prospective e contratualize a mudança e que, dessa forma, permita ao Instituto enfrentar os novos desafios do sistema social e do enquadramento europeu. O caminho a seguir, e a equacionar no referido Plano Estratégico, visa a assumpção da excelência, a inovação, a competência, a qualidade e a internacionalização como valores fundamentais, e aspira, simultaneamente, a conseguir colocar em prática as opções e as acções adequadas à transformação do IPBeja numa organização mais ágil e mais comprometida, através de, entre outros aspectos: do desenvolvimento científico, com a transferência de conhecimento; da criação de “valor acrescentado” ao nível de “novos” produtos, “novos” serviços, “novos” recursos humanos; e da consolidação do potencial da oferta formativa, profundamente comprometido com as necessidades e características da Região. Deste modo, o presente relatório apresenta uma estrutura que contempla a caracterização da Instituição e sua contextualização no território e, posteriormente, subdivide-se em cinco secções, designadamente: Normas e Valores, Organização e Actividades, Práticas de Avaliação e Qualidade, Orientação Estratégica e Capacidade de Mudança e Dinâmica de I&D e Potencial Tecnológico. Pretende-se com esta reflexão salientar a capacidade e o potencial que caracteriza esta Instituição e, simultaneamente, aspirar a um contexto de inovação na actuação futura de todos os que contribuem para a acção do IPBeja.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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1. NOTA INTRODUTÓRIA Na medida em que o processo de Auto-avaliação Institucional assume como objectivo principal desenvolver uma reflexão profunda e participada sobre o Instituto, de modo a ser possível traçar o “estado de arte” que evidencie a sua evolução, apresente as suas práticas, identifique as potencialidades e determine as fragilidades e os obstáculos que persistem e que, necessariamente, devem ser ultrapassados, emerge o presente relatório que de forma breve pretendeu efectuar uma síntese descritiva e analítica da realidade do IPBeja quanto ao seu passado, presente e futuro. Com vista à sua execução, a estratégia metodológica delineada considerou, num primeiro momento, os vários documentos, que a médio prazo, contribuíram para definir a missão do Instituto, nomeadamente:

o Plano Estratégico de Desenvolvimento – PED – que abarcou o período de 2002/20061;

a Avaliação Prospectiva do Plano Estratégico de Desenvolvimento 2002-20062;

o Programa de candidatura da actual Presidência do IPBeja, realizado a partir dos documentos anteriormente mencionados e outros, e com base numa reflexão participada sobre a missão, valores e os vectores de actuação para o futuro.

Outra fase da estratégia foi a constituição de vários grupos de trabalho, nomeadamente:

Steering Committee, grupo composto por várias individualidades, com importância ao nível da gestão e coordenação da actividade do IPBeja nos seus diversos níveis. Teve como funções a promoção da reflexão institucional interna (discussão e validação de processos de análise SWOT), a produção de contributos imprescindíveis para a elaboração, a discussão e respectiva validação do relatório final, disponibilizando-o a toda a comunidade académica. Deste grupo, fizeram parte constituinte:

Presidência do Politécnico;

Directores das Unidades Orgânicas;

Administradora do IPBeja;

Administrador dos Serviços de Acção Social;

Presidente do Conselho para Avaliação e Qualidade;

Pró-presidente dos Serviços de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico;

Pró-presidente do Gabinete de Qualidade, Avaliação e Procedimentos;

Representante do pessoal não docente;

Representante dos alunos no Conselho para Avaliação e Qualidade;

Provedor do estudante.

Grupo de Redacção, teve como funções recolher e organizar informação, construir os instrumentos utilizados na discussão interna (matriz base SWOT), dinamizar os momentos de observação e respectiva análise de informação. Foi, também, responsável pela apresentação ao Steering Committee de forma periódica, dos aspectos cruciais para o incremento da reflexão, bem como de versões preliminares do relatório, executado com base nas linhas orientadoras facultadas pela EUA e pelos contributos obtidos nos vários momentos de reunião e discussão. Compuseram o mesmo:

João Leal;

Sandra Saúde;

Luís Domingues;

Sandra Lopes;

Carla Nunes.

1 CESO, 2006.

2 ImproveConsult. Quartenaire Portuguesa, 2008.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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No decurso do processo de Auto-avaliação, que resulta no presente relatório, surgiram alguns constrangimentos decorrentes do processo de transição imposto pela aplicação dos novos Estatutos e pela eleição do actual Presidente do Instituto. A dinâmica emergente do presente contexto de transição, obrigou a uma reestruturação interna – surgimento de novos serviços (fusões), criação de diferentes órgãos, alteração de modos de gestão e coordenação, entre outros –, o que impôs mudanças profundas ao nível dos contextos e práticas de actuação que ainda se encontram em maturação e não completamente consolidadas.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO INSTITUCIONAL E NACIONAL 2.1 RESUMO HISTÓRICO

O Instituto, Instituição Pública de Ensino Superior Politécnico, foi criado pelo Decreto-lei n.º 513-T/79 de 26 de Dezembro

3. Por via do Despacho 171/MEC/87 de 17 de Julho, surge a

nomeação do 1º Presidente da Comissão Instaladora do IPBeja. A tomada de posse foi a 7 de Agosto de 1987, data que coincidiu com a entrada em funcionamento do Instituto, integrando-o a Escola Superior de Educação e a Escola Superior Agrária (já existentes). Todavia, as necessidades de formação a nível superior na área da tecnologia e da gestão, por exemplo, sentidas com maior incidência em determinadas regiões do país, e as reivindicações da comunidade económica e empresarial, justificaram o alargamento da área de actividade do Instituto. Foi então criada a Escola Superior de Tecnologia e de Gestão (ESTIG), iniciando as suas actividades lectivas em 1995. Mais recentemente, no ano de 2002, a Escola Superior de Enfermagem – presentemente Escola Superior de Saúde – foi também integrada neste Instituto.

2.2 ORGANIZAÇÃO INTERNA DO IPBEJA

Face ao novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES)4, o IPBeja procedeu

à alteração dos seus Estatutos, por via do Despacho normativo n.º 47/2008, encontrando-se, actualmente, numa fase de mudança e reorganização Institucional, uma vez que daí resultaram novas formas de organização e gestão. Assim, o IPBeja integra:

Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação5:

Escola Superior Agrária – ESA – ministra actualmente formação nas áreas da Agricultura, Silvicultura e Pescas, Ciências da Vida, Protecção do Ambiente e das Indústrias Transformadoras;

Escola Superior de Educação – ESE – cuja oferta formativa actual incide nas áreas da Formação de Professores/Formadores e Ciências da Educação, Serviços Sociais, Serviços Pessoais, Ciências Sociais e do Comportamento e Artes;

Escola Superior de Tecnologia e Gestão – ESTIG – apresenta oferta formativa nas áreas da Engenharia e Técnicas Afins, Arquitectura e Construção, Ciências Empresariais, Serviços de Segurança e Serviços Pessoais;

Escola Superior de Saúde – ESS – que integrou recentemente o IPBeja, dispondo de oferta formativa na área da Saúde

6.

3 Tal Diploma regulamenta também o regime de instalação dos estabelecimentos de Ensino Superior Politécnico, a

definição do seu prazo de vigência, que se inicia com a tomada de posse das respectivas Comissões Instaladoras e as suas competências. 4 Lei n.º62/2007, de 10 de Setembro.

5 Anexo 1 – Criação do IPBeja e Unidades Orgânicas.

6 De acordo com os códigos da Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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Unidades Orgânicas de Apoio à Formação e ao Desenvolvimento: Biblioteca; Museu Botânico; Centro de Transferência de Conhecimento – CTC.

Unidade Funcional:

Serviços de Acção Social – SAS. O Instituto dispõe também de outros serviços com o propósito de prestar apoio técnico ou administrativo permanente, necessário ao seu bom funcionamento como de toda a sua estrutura organizativa

7.

2.3 ENQUADRAMENTO DO IPBEJA NO DISTRITO

O Campus do IPBeja situa-se na cidade de Beja

8, Região do Alentejo (NUT II), integrando a

sub-região Baixo Alentejo (NUT III), da qual a cidade é capital do Distrito. Estamos perante o maior Distrito do país, formado por 14 concelhos

9, que totalizam uma área de 10 225 Km². O

mesmo é limitado a norte pelo Distrito de Évora (Alentejo Central), a leste por Espanha, a sul pelo Distrito de Faro e a noroeste pelo Distrito de Setúbal (Alentejo Litoral). O Distrito insere-se na Região Alentejo, dispondo esta última, segundo as estimativas do INE

10,

de uma população residente de 535 507 habitantes, o que face aos dados registados nos Censos de 2001 corresponde a um decréscimo de 28 026 habitantes (-5,2%). Constatamos que o Alentejo evidencia um decréscimo populacional em todas as sub-regiões (NUT III), sendo mais expressivo no Alto e Baixo Alentejo. Também a densidade populacional nas quatro sub-regiões é, em 2008, uma das mais baixas a nível nacional, correspondendo a uma média de 19 hab/km

2, com ligeiras diferenças ao nível do Alentejo Central (23,4 hab/km

2).

No que se refere ao tecido empresarial da Região, esta caracteriza-se, tal como na generalidade do país, por empresas de micro dimensão. No Baixo Alentejo, as micro-empresas apresentam um maior peso, estando acima da média regional. Contudo, todas as sub-regiões (NUT III), apresentam uma demografia empresarial consideravelmente turbulenta, que pode ser explicada pela alteração a nível de dimensão na estrutura das empresas, acima de tudo no reforço das micro e pequenas empresas. De 1996 a 2004, verificou-se uma dinâmica empresarial bastante elevada na criação de novas empresas no Alentejo. Com efeito, empresas nos sectores da indústria extractiva (Sines) e da construção (Alqueva), duplicaram nesse período, e outros sectores, como a indústria transformadora, comércio, alojamento, restauração, alugueres e serviços também foram alvo de criação de novas empresas. No que respeita, ao pessoal ao serviço nas empresas da Região Alentejo, o aumento não é tão significativo, facto que pode ser explicado pelo reforço das micro empresas. Todavia, de um modo geral, as estatísticas das empresas relativas ao período em referência revelam um aumento na sua criação, pessoal ao serviço, custos com pessoal e volume de negócios (Plano Regional de Inovação do Alentejo, 2005). De salientar que neste Distrito encontram-se sediadas importantes Empresas Públicas, como a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva SA. – e a EDAB – Empresa para o Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A. – (concelho de Beja), e a maior empresa extractiva do território nacional, Somincor, (concelho de Castro Verde), a ter em consideração no desenvolvimento de uma acção estratégica do IPBeja, não só no eventual estabelecimento de parcerias como ao nível da oferta formativa.

7 Anexo 2 – Organograma.

8 Anexo 3 – Localização do IPBeja.

9 Anexo 4 – Concelhos constituintes do Distrito de Beja.

10 Dados referentes a 2008, cálculos efectuados a partir do portal www.ine.pt em 30 de Julho de 2008 – última

actualização dos dados feita em 20 de Novembro de 2009.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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2.4 SISTEMA EDUCATIVO EM PORTUGAL

De forma breve, importa expor os níveis em que o sistema de ensino português está estruturado, designadamente:

Ensino Pré-escolar – não obrigatório e tendo como público-alvo crianças dos 3 aos 6 anos;

Ensino Básico – constituindo a escolaridade mínima obrigatória e gratuita, encontra-se organizado em 1º Ciclo (4 anos de escolaridade), 2º Ciclo (2 anos de escolaridade) 3º Ciclo (3 anos de escolaridade) e integrando, a partir de 2009

11, o Ensino Secundário (3 anos de

escolaridade);

Ensino Superior – compreendendo os subsistemas Politécnico e Universitário.

2.5 ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL

Em matéria de Ensino Superior, este organiza-se num sistema binário, constituído pelo Ensino Universitário e pelo Ensino Politécnico, cada um com objectivos distintos que se traduzem em planos e concepções curriculares particulares. O ensino universitário deve “orientar-se para a oferta de formações científicas sólidas, juntando esforços e competências de unidades de ensino e investigação”, e o ensino politécnico deve “concentrar-se especialmente em formações vocacionais e em formações técnicas avançadas, orientadas profissionalmente”

12.

No que se refere à sua natureza, as Instituições de Ensino Superior podem ser públicas ou privadas

13.

A este propósito, importa frisar o Programa do XVII Governo Português onde “um dos objectivos essenciais da política para o ensino superior, no período de 2005-2009, é garantir a qualificação dos portugueses no espaço europeu, concretizando o Processo de Bolonha oportunidade única para incentivar a frequência do ensino superior, melhorar a qualidade e a relevância das formações oferecidas, fomentar a mobilidade dos estudantes e diplomados e a internacionalização das nossas formações…”

14. O mesmo documento materializa as alterações

à Lei de Bases do Sistema Educativo relativas ao novo modelo de organização do Ensino Superior. O Processo de Bolonha estrutura o Ensino Superior em três ciclos de formação – onde o 1º conduz ao grau de licenciado, o 2º ao grau de mestre e o 3º ao grau de doutor – que são objecto de uma acreditação prévia. Qualquer dos ciclos são constituídos, tendo por base, o Sistema Europeu de Acumulação e Transferência de Créditos (ECTS), que beneficia a comparação dos cursos em termos europeus e a integração dos mesmos e das Instituições no espaço europeu de educação terciária. Este Processo pretende ainda dar ênfase a um ensino baseado no desenvolvimento de competências, na promoção da mobilidade e da competitividade profissional em prol de um sistema regido pela transmissão de conhecimentos. A aprendizagem ao longo da vida é outro aspecto pertinente a merecer atenção, criando-se condições de acesso ao ensino superior susceptíveis de captar cidadãos com mais de 23 anos, que abandonaram o sistema de ensino sem terminar as aspirações desejadas, ou para públicos que optaram por um percurso profissionalizante não superior, como por exemplo os Cursos de Especialização Tecnológica – CET.

2.6 ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO Em Portugal, o Ensino Superior Politécnico está instituído desde 1986

15. A organização e

atribuições destas Instituições encontram-se regulamentadas pelo Estatuto e Autonomia dos Estabelecimentos de Ensino Superior Politécnico

16. De acordo com esta Lei, os Institutos

11

Lei n.º 85/2009, de 27 de Agosto. 12

Decreto-Lei 62/2007 de 10 de Setembro, Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. 13

Anexo 5 – Mapas das Universidades e Politécnicos públicos e privados de Portugal. 14

Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março, Regime Jurídico dos Graus e Diplomas do Ensino Superior. 15

Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro, Lei de Bases do Sistema Educativo. 16

Lei n.º 54/90, de 5 de Setembro, Estatuto e Autonomia dos Estabelecimentos de Ensino Superior Politécnico.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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Politécnicos, com um forte carácter regional, tinham a possibilidade de conferir o grau de Bacharel. Concomitantemente, desde 1998, os Institutos podem conceder o grau de licenciado, algo que anteriormente só o faziam em relação às Licenciaturas em ensino, e desde 2005, com a segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo

17, o grau de Mestre.

Segundo o RJIES, já citado, os Politécnicos devem integrar, um mínimo de duas escolas de áreas científicas diferentes, que podem dispor de órgãos de auto-governo e de autonomia de gestão, tendo em conta os seus Estatutos. A oferta formativa que têm ao dispor dos cidadãos vai ao encontro das necessidades sentidas no território nacional, mas pretende, sobretudo, dar resposta às carências e exigências do seu meio envolvente. Acrescente-se que o número de licenciados no ensino superior duplicou ao longo da última década, processo de expansão que derivou, sobretudo, do aumento do ensino superior politécnico nos anos 80 e 90, crescendo a um ritmo superior ao ensino universitário, representando no ano de 2001, quase 42% da totalidade dos estudantes

18. No entanto, a

situação actual vivenciada pelas Instituições de Ensino Superior, especialmente, pelos Politécnicos, encontra-se numa fase transitória, requerendo grande capacidade de mudança e adaptação. O contexto de mudança é, essencialmente, consequente do que atrás foi mencionado: o Processo de Bolonha e as alterações ao quadro legislativo e regulamentar.

2.7 ESTUDANTES, PESSOAL DOCENTE, NÃO DOCENTE E CARGOS DIRIGENTES

Alunos

No ano lectivo 2008/2009, os alunos matriculados, distribuíram-se do seguinte modo: Quadro n.º 1 – Alunos matriculados, segundo a modalidade formativa, por Unidade Orgânica (2008/2009)

Unidade Orgânica

Formação Inicial

Pós-graduações

Mestrados CET TOTAL

ESA 575 - 50 153 778

ESE 704 47 19 - 770

ESTIG 1 117 30 - 44 1 191

ESS 359 - - - 359

TOTAL 2 755 77 69 197 3 098

Fonte: Serviços Académicos do IPBeja a 15.12.09

Da totalidade de alunos matriculados no ano lectivo em análise, 2008/2009, observou-se uma predominância de estudantes do género feminino (correspondente a 55,4% do total)

19.

Considerando a evolução do número de alunos matriculados na Região Alentejo, entre os anos lectivos 1999/2000 e 2000/2001, verificou-se um aumento (passaram de 19.708 a 21.500 alunos), todavia, nos anos lectivos seguintes observou-se um decréscimo dos mesmos, que se fez sentir praticamente em todas as outras Regiões do país

20. A par da tendência nacional de

diminuição de alunos nas Instituições de Ensino Superior, o IPBeja registou no último ano lectivo, uma quebra face aos 4 anos transactos

21, no que concerne aos alunos matriculados.

Em termos de taxa de ocupação22

, no actual ano lectivo de 2009/2010 e no ano lectivo anterior, o IPBeja numa 1ªfase de colocações, situa-se a par de outros Politécnicos localizados no

17

Lei n.º 49/2005, de 30 de Agosto. 18

Tertiary Education in Portugal – Background Report prepared to support the international assessment of the Portuguese system of tertiary education, April 2006, Ministry of science, Technology and Higher Education, p. 14. 19

Anexo 6 – Distribuição dos alunos por género, segundo a Unidade Orgânica, 2008/2009. 20

Anexo 7 – N.º de alunos matriculados, segundo a Região. 21

Anexo 8 – N.º de Alunos nos últimos cinco anos lectivos, por Unidade Orgânica. 22

Anexo 9 – Vagas, colocações e taxas de ocupação, por oferta formativa 1ºciclo.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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interior do país, como é o caso do IPGuarda, do IPBragança, do IPTomar e ainda do IPPortalegre. Na análise da capacidade de captação de novos alunos, encontramos duas variáveis explicativas, nomeadamente: (1) a predominância da capacidade de atracção do Ensino Superior Universitário, em detrimento do Ensino Superior Politécnico – 43% do total de alunos colocados no Ensino Superior Politécnico (nos dois últimos anos lectivos) e 67% no Ensino Superior Universitário (GPEARI, 2009); (2) a localização territorial das Instituições aliadas às suas condições de interioridade – no caso específico do IPBeja, acresce o facto da sua área territorial de influência directa para captação de alunos, Alentejo (NUT II), se encontrar demograficamente envelhecida e regressiva

23.

Pessoal Docente

Quanto ao pessoal docente, o quadro que abaixo se apresenta, ilustra a distribuição do mesmo por categoria profissional:

Quadro n.º2 – Docentes, segundo a categoria profissional, 2009

Categoria Profissional Docentes (Valores

Absolutos) %

Assistente 1º Triénio 4 1,7

Assistente 2º Triénio 8 3,4

Assistente Convidado (tempo parcial) 30 12,8

Equip. Assistente 1º Triénio 23 9,8

Equip. Assistente 2º Triénio 47 20,1

Professor Adjunto 85 36,3

Equip. Professor Adjunto 16 6,8

Prof. Coord. sem Agregação 11 4,7

Professor Adjunto Convidado (tempo parcial) 7 3,0

Professor Requisitado 3 1,3

Total 234 100,0

Fonte: Serviço de Recursos Humanos do IPBeja, Mapa de recursos humanos a 15.12.2009

Refira-se, desde já, que no mês homólogo do ano transacto (Dezembro de 2008), o total de docentes era superior (240)

24. Procedendo a uma análise por categoria, concluímos que existe

uma percentagem elevada de docentes na situação de Equiparados (36,7% do total) um pouco inferior ao peso relativo de docentes de carreira (46,1%), sendo que destes, 41,0% são professores adjuntos ou coordenadores. De registar ainda que, atendendo à natureza e especificidade de algumas unidades curriculares, foi necessário a contratação de professores convidados (12,8%) para que as mesmas pudessem ser asseguradas com a qualidade exigida. As percentagens apresentadas em cada uma das situações não são concordantes com os imperativos legalmente estabelecidos, onde é referido que os professores de carreira devem “ (…) representar, pelo menos, 70% do número de docentes de cada instituição de ensino superior” e o número de docentes convidados (especialistas) “deve representar, pelo menos, 20% do número de docentes de cada instituição de ensino superior”

25.

Quanto às habilitações e de acordo com a mesma fonte, os docentes, repartem-se do seguinte modo: 14,5% possuem Doutoramento, 53,7% são Mestres e 30,8% possuem Licenciatura. Um docente, possui o grau de Bacharelato, e outro o 12ºano (este último considerado Especialista, na área das Artes). Ressalta a necessidade de investir na qualificação do corpo docente para adequar o número de Doutorados de acordo com imperativos legais subjacentes aos novos diplomas que regulam o Ensino Superior.

23

Em 1991 o Índice de Envelhecimento na Região Alentejo correspondia a 111 contra 68 no país e em 2007 a 184,5 idosos por cada 100 jovens. No país este índice é de 113,6. (INE, estimativas provisórias da população residente, 2007). 24

Anexo 10 – Evolução do pessoal docente IPBeja. 25

Decreto-Lei 207/2009, de 31 de Agosto, Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Politécnico, art.º 30.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

7

Pessoal Não Docente

Importa também focar a atenção no pessoal não docente26

, pelo que o quadro que a seguir se apresenta respeita ao mesmo.

Quadro n.º 3 – Pessoal não docente, segundo a categoria profissional

Categoria Profissional Total %

Assistente Operacional 57 32,9

Assistente Técnico 64 37,0

Coordenador Técnico 2 1,2

Encarregado Operacional 1 0,6

Especialista de Informática. (G. 1 N.1) 2 1,2

Especialista de Informática (G. 1 N.2) 1 0,6

Especialista de Informática (G. 2 N.1) 3 1,7

Técnico de Informática Adjunto – (N.1) 1 0,6

Técnico de Informática (G.1 N.1) 1 0,6

Técnico de Informática (G.1 N.2) 1 0,6

Técnico de Informática (G.2 N.1) 4 2,3

Técnico Superior 36 20,8

Total 173 100,0

Fonte: Serviço de Recursos Humanos do IPBeja, Mapa de recursos humanos a 15.12.2009

A maioria deste pessoal encontra-se na categoria profissional de Assistentes Técnicos (37,0%), Assistentes Operacionais (32,9%), e Técnicos Superiores (20,8%). No que se refere às habilitações literárias, concluímos que, do total, 173, 28,9% detêm Licenciatura, 22,0% o 3º Ciclo e 19,1% o Ensino Secundário

27. Na representação por género, observamos que entre o

pessoal não docente, 68,8% são mulheres e 31,2% homens.

Cargos Dirigentes

O Instituto dispõe de vários elementos com ocupação de cargos dirigentes, mais concretamente: um Presidente, dois Vice-presidentes, dois Administradores – um referente ao IPBeja e outro aos Serviços de Acção Social do Instituto –, quatro Directores das Unidades Orgânicas, quatro Sub-directores dessas mesmas Unidades e três Pró-presidentes

28.

2.8 SITUAÇÃO ACTUAL DO MERCADO DE TRABALHO REGIONAL E NACIONAL No actual contexto de crise económica e financeira, internacional e nacional em que nos situamos, e tendo em conta a elevada mutação observada no mercado de trabalho, regista-se, em Portugal, um agravamento do desemprego que condiciona o bem-estar e a qualidade de vida de toda a população, independentemente do seu grau de escolaridade. De acordo com os dados de Junho de 2009

29, Portugal totalizava 472 873 indivíduos

desempregados – mais 90 375 do que em Junho de 200830

–, dos quais 37 692 detinham habilitação superior. Destes últimos inscritos nos Centros de Emprego, 36% diplomaram-se no ensino politécnico e 64% no ensino universitário, dados que revelam uma maior contribuição do ensino universitário para as inscrições nos Centros de Emprego

31.

Uma análise ao número de desemprego entre os diplomados nos diferentes cursos, permite-nos concluir que em alguns casos, existe uma coincidência entre a procura do curso pelos candidatos (1ª e 2ª fase de candidaturas) e a procura de profissionais nessa área de formação, por exemplo: o caso de Enfermagem, Turismo, Artes Plásticas e Multimédia e Desporto. No entanto, outros cursos onde a procura diminuiu, continuam a evidenciar níveis satisfatórios de

26

Anexo 11 – Evolução do pessoal não docente IPBeja. 27

Anexo 12 – Habilitações literárias do pessoal não docente. 28

Anexo 13 – Cargos Dirigentes, segundo as habilitações literárias e género. 29

GPEARI, A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior, relatório V, Junho de 2009. 30

GPEARI, A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior, relatório III, Junho de 2008. 31

GPEARI, A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior, relatório V, Junho de 2009.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

8

obtenção de emprego pelos diplomados, como seja o caso de Animação Sociocultural, Engenharia Alimentar ou Engenharia Civil

32. Necessariamente, estes dados teriam de ser

conjugados com outros indicadores que permitissem concluir com maior rigor sobre a empregabilidade associada a cada caso e orientassem na redefinição da oferta formativa assim como a melhoria da adequação dos planos formativos às necessidades do mercado. Realçando a publicação sobre Ensino e Emprego, editada a 11 de Dezembro de 2009, pelo Jornal “i”

33, o IPBeja surge em 2º lugar num top das cinco taxas mais baixas de desemprego

(3%). Os cálculos efectuados tiveram como base os anos lectivos entre 2005 a 2008, e os cursos com desempregados, sendo a fonte considerada o IEFP e o GPEARI. Relativamente à tendência regional, esta espelha a imagem do país, onde o aumento do desemprego teve lugar em todas as regiões. O Alentejo não foi excepção, registando-se, em 2009, 30 597 desempregados (destes, 7% detêm habilitações superiores)

34. Aliás, a Região

tem apresentado valores elevados quanto a este fenómeno, fixando no 1º trimestre de 2009, uma das taxas de desemprego mais elevados, 10,2%

35. Traçando ainda um olhar pela taxa

média de actividade, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, dados de 2006, verifica-se que a Região apresentava uma taxa mais baixa (57,5%) que a média nacional (62,5%).

2.9 AUTONOMIA Nos termos e para os efeitos previstos na Lei 62/2007, de 10 de Setembro, e de acordo com os seus Estatutos (despacho normativo n.º47/2008, de 2 de Setembro), o IPBeja é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia estatutária, pedagógica, científica, cultural, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar. No âmbito da autonomia administrativa pode emitir regulamentos, praticar actos administrativos e celebrar contratos. Quanto à autonomia financeira, gera de forma livre os seus recursos, conforme critérios por si estabelecidos, incluindo as verbas anuais que lhe são atribuídas no Orçamento de Estado. Para além da autonomia administrativa e financeira, o Instituto dispõe ainda de autonomia patrimonial, administrando bens do domínio público ou privado do Estado ou de outra colectividade territorial que lhes tenham sido cedidas pelo seu titular, nas condições previstas na lei e protocolos estabelecidos com as mesmas entidades. Por último, importa ter presente que as Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação, dispõem de autonomia administrativa, e são dirigidas pelo Director da Unidade Orgânica.

3. SECÇÃO I – NORMAS E VALORES

3.1 OPERACIONALIZAÇÃO DA MISSÃO No contexto do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior e de todas as alterações normativas e procedimentos pedagógicos que surgiram ultimamente, o IPBeja e as Unidades Orgânicas, além das actividades normais que desenvolvem, terão de repensar as práticas desenvolvidas até ao presente. Esta mudança de atitude, já expressa nos Estatutos, exige grande rigor nos procedimentos a adoptar do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Conforme consideração do Presidente do Instituto “a excelência tem que ser procurada não só pelo valor acrescentado quantitativo mas também, e fundamentalmente, pela diferença, pela qualidade, pela especialização” (Carioca, 2008). Inerente à sua missão e valores, apresentam-se de forma esquemática vectores e objectivos estratégicos que constam do programa de acção da nova presidência do IPBeja para os próximos cinco anos – 2009-2013. Constituem as bases em que deve assentar a actuação do Instituto, com vista à sua sustentabilidade presente e futura:

32

Anexo 14 – Empregabilidade dos Diplomados. 33

Anexo 15 – Ensino e Emprego, Jornal “i”. 34

Anexo 16 – Desemprego por NUTS II. 35

INE – Estatísticas do Emprego – 1º Trimestre 2009.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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MISSÃO

VALORES

VISÃO

Figura 1 – Operacionalização da Missão

Produção e difusão do conhecimento, criação, transmissão

da cultura e do saber de natureza profissional, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental, numa

perspectiva de aprendizagem ao longo da vida

“Excelência e inovação no saber e no

aprender a fazer profundamente comprometidas com as perspectivas de desenvolvimento do contexto envolvente” QUAR 2008/2010 IPBeja

- Excelência na Acção - Inovação - Internacionalização - Credibilidade - Competência

Vectores Estratégicos Objectivos Estratégicos

V 1. Estrutura Organizacional

V 2. Funcionamento/Dinâmica Organizacional

V 3. Recursos Humanos

V 4. Relações com a

Comunidade

V 5. Dinâmicas para o Desenvolvimento Territorial

- Consolidar a organização e gestão - Melhorar o sistema de comunicação interno

- Diversificação e aumento das fontes de financiamento - Melhorar a dinâmica de funcionamento interno - Promover o desenvolvimento e a organização da investigação aplicada - Qualificar as instalações do IPBeja - Desenvolver/enriquecer a oferta formativa - Enriquecer os processos de acompanhamento de estudantes e ex-estudantes

- Qualificação contínua do pessoal docente - Qualificação contínua do pessoal não docente

- Consolidar a imagem local, regional e nacional do IPBeja - Consolidação dos laços de cooperação externa (internacionalização)

- Desenvolver processos de investigação-acção em territórios/clusters - Promover a articulação efectiva investigação-empregabilidade

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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Os vectores e os objectivos estratégicos sairão reforçados e complementados com o desenvolvimento e concretização do Plano Estratégico que se encontra em desenvolvimento. De acordo com Olve et al., (1999) “a visão de uma organização, entendida como situação futura desejada tem como propósito orientar, controlar e estimular uma organização inteira a conseguir esse fim no futuro”. Atendendo à articulação das quatro perspectivas do Balanced Scorecard e a sua ligação à estratégica, elaborou-se um Mapa Estratégico

36. Este tem como

propósito, possibilitar uma visão clara e global da Instituição, através da representação gráfica das relações de causa e efeito entre os elementos da estratégia. Tais relações de causa e efeito, pretendem evidenciar o modo como os resultados financeiros da organização, estão condicionados pela satisfação dos clientes, cujas preferências evoluem com o contexto, e são asseguradas pela capacidade de inovação da organização (Le Gall, 2005).

3.2 GOVERNO E GESTÃO Foi no decurso de 2008 que se implementaram parte significativa das alterações introduzidas pela publicação e entrada em vigor da lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro

37

À luz da mesma, foram publicados a 2 de Setembro de 2008 pelo Despacho Normativo n.º 47/2008, os novos Estatutos do Instituto Politécnico de Beja, e desde aí foram efectuadas as diligências possíveis no sentido de garantir a uniformização e a criação de serviços e procedimentos previstos. Outro aspecto que importa enfatizar prende-se com a mudança de Presidência do IPBeja, em Abril de 2009, como ponto de viragem no processo de Governação e Gestão. Nos Institutos Politécnicos o governo é exercido pelo Conselho Geral, Presidente e pelo Conselho de Gestão, podendo existir outros de natureza consultiva. Tal facto, acontece no IPBeja, sendo o Presidente o órgão superior de governo e representação externa do Instituto, e portanto, o órgão de condução da sua política. É coadjuvado por dois Vice-Presidentes e por Pró-Presidentes para o desenvolvimento e implementação de tarefas e funções. Nesta conjuntura de adaptação e mudança, deu-se prevalência a um novo modelo de organização interna baseado numa lógica de racionalização de recursos existentes, enquanto reforço da identidade do Instituto. As Unidades Orgânicas, além da Direcção, passaram apenas a estar dotadas de uma estrutura com competência Técnico-Científico e Pedagógica por cada curso ministrado (Comissão Técnico-científica e Pedagógica do curso). Os órgãos destas Unidades dependem dos órgãos centrais quando está em causa a tomada de decisões. Procedeu-se, portanto, à centralização dos Serviços Administrativos e Financeiros, deslocando Recursos Humanos das Escolas e dos Serviços Centrais, afectando-os à actual realidade organizacional, instalando a nova estrutura de serviços em vários edifícios do campus do Instituto. Por consequência destas alterações, novos serviços e gabinetes foram criados, e outros ainda se encontram em fase de reestruturação.

Figura 2 – Serviços Centrais do IPBeja

38

36

Anexo 17 – Mapa Estratégico. 37

Diploma que definiu o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior. 38

De acordo com os Estatutos do Instituto.

- Serviços Jurídicos; - Serviços de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico; - Serviços Financeiros; - Serviços Académicos; - Serviços de Recursos Humanos; - Serviços de Tecnologias de Informação; - Serviços Técnicos;

- Secretariado da Presidência; - Serviços de Expediente, Arquivo e Reprografia; - Gabinete da Imagem e Comunicação; - Gabinete de Inserção na Vida Activa; - Gabinete de Mobilidade e Cooperação; - Gabinete de Qualidade, Avaliação e Procedimentos.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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Este modelo centralizado difere do modelo referente aos antigos Estatutos. Se, anteriormente à publicação dos novos Estatutos, cada Unidade Orgânica, usufruía de meios próprios (administrativos e financeiros) quanto ao seu funcionamento, e esses meios e modelos organizacionais diferiam de Escola para Escola, com a entrada em vigor do diploma supra-citado valorizou-se a união, isto é, o Instituto Politécnico de Beja como um todo. Serviços que se desdobravam nas quatros Escolas constituem agora serviços centrais do Instituto, estando em fase de conclusão a Departamentalização ao nível do corpo docente.

3.3 PERFIL ACADÉMICO É um facto que o Processo de Bolonha introduziu uma mudança de paradigma no sistema de ensino superior europeu. Em 2004, criou-se no IPBeja, o Grupo Dinamizador da Implementação do Processo de Bolonha – actualmente Comissão de Acompanhamento da Implementação do Processo de Bolonha –, com o intuito de desenvolver linhas de orientação e acções que visassem introduzir nas diferentes Unidades Orgânicas e Serviços, as mudanças necessárias ao desenvolvimento de uma maior harmonização entre os sistemas educativos do espaço europeu, proposta pelo Processo em referência. Concluiu-se até 2007/2008 a reformulação dos planos de estudos dos cursos do IPBeja tendo presente as várias competências específicas e genéricas que o estudante tem de adquirir e desenvolver com sucesso para cada uma das ofertas formativas. Atendendo a cada curso, as competências específicas foram adoptadas a partir de fontes diversificadas, nomeadamente: documentos relativos aos procedimentos provenientes das organizações profissionais; relatório ENQA; documentos orientadores de grupos de trabalhos nacionais criados ao nível do ensino superior por áreas formativas e aos contributos de especialistas que exercem funções profissionais nas áreas de formação. Em cada curso, foram delineados objectivos educacionais de cada unidade curricular a partir do perfil de competências que lhe está associado. A estruturação dos cursos obedece actualmente, a uma lógica de organização semestral: os da área da Saúde têm uma duração de 8 semestres lectivos; os restantes têm uma duração normal de 6 semestres. À excepção do curso de Engenharia Agronómica, em todos os outros está contemplada pelo menos uma unidade curricular de Estágio, que aponta para uma carga de trabalho do estudante variável – entre 8 e 27 créditos. Entenda-se que, para o Instituto, para além da oferta formativa, outros vectores de investimento como a internacionalização, a investigação e desenvolvimento – I&D –, e a garantia de qualidade, constituem condições-chave para o desenvolvimento regional, nacional e internacional no contexto da globalização e implementação do Processo de Bolonha.

Oferta Formativa IPBeja

A oferta formativa deste Instituto integra cursos de 1º e 2ºciclo (todos adaptados a Bolonha), Cursos de Especialização Tecnológica – CET – e outras formações que não conferem grau académico e que se destinam, sobretudo, a dar resposta a necessidades formativas sentidas na comunidade (quer através de diagnóstico realizado pelos Departamentos/Unidades Orgânicas, quer por solicitação de Entidades Externas). A generalidade das ofertas formativas de 1ºciclo integram a componente prática (estágio), que se revela de extrema importância ao promover a partilha de saberes entre o mundo académico e o mundo profissional. Tais estágios, que emergem como pontes de intercâmbio de conhecimento, facilitam por um lado a integração profissional dos diplomados e potenciam a sua empregabilidade, e por outro lado, constituem uma mais-valia para as Entidades acolhedoras, que recebem indivíduos detentores de conhecimento especializado de carácter pragmático, rentabilizando este Know-how quer para a promoção da inovação, como para a própria sustentação das mesmas. A monitorização dos estágios por parte dos docentes caracteriza-se pela supervisão e pelo acompanhamento regular de toda a actividade dos alunos, existindo momentos de observação e reunião entre o docente coordenador do estágio e o responsável por este na Entidade

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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acolhedora. Para além dos estágios, deve realçar-se a existência de Unidades Curriculares, como as Oficinas e o Ensino Clínico que permitem aos alunos, o estabelecimento de contactos e o conhecimento do mercado de trabalho que futuramente os poderá acolher. O Instituto procura também, dar resposta a diferentes perfis de alunos, sendo que em alguns casos como, por exemplo, as ofertas formativas em Engenharia Informática e Engenharia Civil funcionam em regime diurno e pós-laboral e Gestão de Empresas, em regime diurno e nocturno.

Cursos Formação Inicial (1º Ciclo)

Ao longo dos trinta anos de existência deste Instituto, os cursos têm sofrido alterações que se devem a diversos factores, como a procura de oferta formativa e as necessidades do meio envolvente, assim como pelas adaptações impostas pelo Processo de Bolonha. No ano lectivo de 2008/2009, o IPBeja integrou 17 ofertas formativas de 1º ciclo

39. Todavia, outras ofertas

formativas que advinham de anos lectivos anteriores, tiveram continuidade nesse ano, como é o caso de Engenharia Agro-Florestal e Engenharia Agropecuária. De acordo com a nova realidade estatutária, a coordenação pedagógica e científica de um curso de Licenciatura cabe ao coordenador de curso (professor de carreira ou a um docente equiparado a professor a tempo integral), eleito pelos docentes que leccionam unidades curriculares no respectivo curso e por um estudante de cada ano curricular do mesmo. O professor eleito deverá designar um docente por cada um dos anos do curso em que obrigatoriamente leccione e os alunos deverão nomear um representante por cada ano curricular, formando-se assim a Comissão Técnico-científica e Pedagógica do curso.

Mestrados

Desde 2005, com a alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo, os Institutos Politécnicos podem conferir o grau de Mestre, pelo que antes disso este Instituto estabeleceu várias parcerias com Universidades, de forma à disponibilização, por parte destas, dos seus cursos de Mestrado nas instalações do IPBeja. Estas parcerias assumem relevância quer na captação de novos alunos que, embora matriculados na Instituição parceira, desenvolvem o seu percurso académico neste Instituto, contribuindo para o seu desenvolvimento, como no aumento da sua promoção e visibilidade. Denote-se que foi no ano lectivo 2007/2008 que surgiram as primeiras ofertas formativas respeitantes a Mestrados exclusivos do Instituto, sendo que, em 2008/2009 realizaram-se oito

40. Dessa totalidade, três ofertas são

exclusivamente do IPBeja e as restantes, cinco, são realizadas em parceria com Instituições Universitárias, tendo sido preferencialmente estabelecidas com a Universidade do Algarve e com a Universidade Lusíada. Estrategicamente, pretende-se fomentar este tipo de oferta formativa, paralelamente ao desenvolvimento de projectos de investigação que possam enquadrar e rentabilizar o trabalho efectuado pelos alunos, contribuindo para a qualificação da formação do IPBeja.

Pós-Graduações No âmbito desta oferta formativa, desenvolveram-se em 2008/2009, duas Pós-Graduações, uma na ESE (“Formação Especializada em Comunicação Educacional e Gestão da Informação – Bibliotecas Escolares”) e outra na ESTIG (“Técnico Superior em Segurança e Higiene no Trabalho”). A par destas, nos últimos dois anos lectivos realizaram-se mais 3 formações

41.

Outras Formações

O objectivo de captação de novos públicos para formação, de modo a ir ao encontro do desígnio nacional de aumentar os níveis de qualificação da população, assume relevância estratégica para este Instituto, uma vez que pode operar como base potencial no que respeita ao fornecimento de alunos para formação inicial.

39

Anexo 18 – Cursos de formação inicial (1ºCiclo). 40

Anexo 19 – Mestrados. 41

Anexo 20 – Pós-graduações.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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Desde o ano lectivo 2005/2006 que os Cursos de Especialização Tecnológica

42 – CET – se

desenvolvem no IPBeja, iniciando esta aposta estratégica a Escola Superior Agrária – ESA – com 43 alunos. A ESTIG seguiu o seu exemplo no ano lectivo 2007/2008 e finalmente a Escola Superior de Educação – ESE – em 2009/2010. Por outro lado, também os cursos de curta duração

43 são desenvolvidos no Instituto e considerados como uma vertente importante de

intervenção, dando resposta às necessidades de formação contínua e da formação ao longo da vida da comunidade envolvente.

Investigação A investigação em Portugal é, essencialmente, desenvolvida em Instituições Académicas, através de cursos de Pós-Graduação que conduzem ao grau de Mestre e Doutor. Os Politécnicos só há relativamente poucos anos viram concedidas essas atribuições (com a possibilidade de concessão do grau académico de Mestre, prevista na última alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo). O facto da investigação nunca ter sido considerada como estruturante no Ensino Politécnico pelas sucessivas tutelas, condicionou a sua extensão. No IPBeja não existem unidades de investigação acreditadas e muita da actividade de investigação, desenvolve-se no âmbito de projectos de Mestrado e Doutoramento dos seus docentes, efectuados em Universidades, ficando aí registadas as investigações realizadas, aumentando o seu potencial tecnológico. Com o objectivo de apoiar os docentes nestas condições, surgiu o Gabinete de Apoio à Investigação, enquanto estrutura que fomenta a investigação. Este é responsável pela dinamização, acompanhamento e execução de projectos de âmbito nacional e internacional. Pretende fornecer consultadoria e apoio técnico na concepção e candidatura a projectos, divulgação de oportunidades de financiamento e formação, bem como apoio a nível metodológico e de análise de resultados. Refira-se que o Gabinete funciona em estreita articulação com o Gabinete de Projectos. Já este é a estrutura técnica responsável pela mediação entre as entidades financiadoras, os coordenadores de projecto e os Serviços Financeiros do Instituto, bem como Serviços não Financeiros, cuja informação a fornecer tenha, ou possa ter, impacto financeiro, ainda que indirecto. Neste seguimento, é relevante focar, em termos globais, a dinâmica de I&D

44 e de prestação

de serviços do IPBeja, registada nos últimos 5 anos45

– de 2004 a 2009 – e que se encontra consubstanciada em:

72 projectos de I&D co-financiados, 35 por programas e fundos nacionais e 37 por programas e fundos comunitários;

45 projectos de I&D não co-financiados desenvolvidos ao abrigo da rede alargada de protocolos estabelecidos com entidades regionais e nacionais;

Prestação de serviços à comunidade correspondente a um valor global de 1.950.669€; Apoio e intervenção comunitária diversificada desenvolvida ao abrigo de protocolos de

cooperação, na sua maioria com entidades regionais; 234 docentes/investigadores envolvidos em projectos de I&D, 84 dos quais integrados

em redes e parcerias internacionais; 58 projectos de I&D em que o IPBeja assumiu a coordenação científica, 12 dos quais

de âmbito internacional; 615 contratos de parceria efectuados com empresas, organismos públicos e privados,

órgãos da Administração Pública central, regional e local, Associações de Desenvolvimento, Cooperativas, Organizações Não Governamentais, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Institutos Politécnicos, Universidades, entre outras entidades, nacionais e não nacionais, na sua maioria, do espaço territorial da União Europeia, dos PALOP e da América Latina.

42

Anexo 21 – Cursos de Especialização Tecnológica. 43

Anexo 22 – Cursos de Curta Duração. 44

Não foram tidos em linha de conta os projectos de I&D desenvolvidos pelos docentes do IPBeja no âmbito dos seus cursos de mestrado ou doutoramento. 45

IPBeja – Investigação e Desenvolvimento (I&D): estado de arte e objectivos estratégicos e operacionais, Beja, 2009.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

14

144 artigos/relatórios científicos produzidos em regime de primeira autoria ou de

segunda ou mais co-autoria tendo por base os resultados alcançados nos projectos desenvolvidos;

52 participações com comunicação em Congressos/Seminários/Conferências e Encontros Científicos tendo por base os resultados alcançados nos projectos desenvolvidos;

4 estágios curriculares e 2 estágios profissionais integrados e apoiados no âmbito dos projectos de I&D desenvolvidos;

Foram candidatados a co-financiamento durante o 1º semestre de 2009 (para desenvolvimento previsível nos próximos 2/3 anos):

24 projectos de I&D tendo por base, na sua maioria, redes regionais, nacionais e internacionais, estruturadas na lógica das Estratégias de Eficiência Colectiva

46. Pelos objectivos definidos, pelo impacto previsível, pela tipologia

de parceiros que envolve e pelo investimento/custo global envolvido destacam-se:

Observatório do Turismo no Alentejo – proposta apresentada ao QREN sob coordenação do IPBeja;

Nuevas fórmulas de comercialización on line de servicios turísticos: subsunción en los formatos legales y distribución de responsabilidad – proposta apresentada em regime de parceria ao Plano Nacional de I+D+I 2008-2011 de Espanha;

G-AOC - produção de Cartografia Aeronáutica de Obstruções, com recurso à tecnologia de Radar – proposta apresentada à ESA (Agência Espacial Europeia) sob a coordenação da ANA – Aeroportos de Navegação Aérea;

EGOBS - Gobierno Electrónico – proposta apresentada em regime de parceria ao CYTED - Programa Iberoamericano de Ciencia e Tecnologia para o Desenvolvimento.

7.181.713,53€ de custo global estimado para o desenvolvimento dos projectos, sendo que 4.921.894,02€ são propostos para co-financiamento.

Em 2009, o IPBeja participa em 13 redes de investigação e de troca de experiências na qualidade de coordenador ou de parceiro. Os projectos e respectivos parceiros por áreas são identificados em Anexo

47.

Por ter plena consciência da importância do desenvolvimento da investigação e de projectos de intervenção comunitária, dirigidos para a produção de novos conhecimentos e novas soluções para os actuais problemas, promoveu-se a criação do Centro de Estudos e Desenvolvimento do Instituto Politécnico de Beja – Vasco da Gama

48, infra-estrutura de I&D. O Centro pretende

cumprir os objectivos propostos na sua constituição, orientados para o fornecimento do suporte necessário à promoção do desenvolvimento e à organização da investigação aplicada ao nível do IPBeja, tendo em vista o desenvolvimento de actividades de prestação de serviços,

46

“Uma Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC) é um conjunto coerente e estrategicamente justificado de iniciativas, integradas num Programa de Acção, que visem a inovação, a qualificação ou a modernização de um agregado de empresas com uma implantação espacial de expressão nacional, regional ou local, que fomentem, de forma estruturada, a emergência de economias de aglomeração através, nomeadamente, da cooperação e do funcionamento em rede entre as empresas e entre estas e outros actores relevantes para o desenvolvimento dos sectores a que pertencem e dos territórios em que se localizam. As EEC podem assumir quatro tipologias previstas no QREN, visando, cada uma delas, estimular o surgimento de iniciativas de promoção da competitividade, coerentes e estrategicamente justificadas, integradas num programa de acção: a) Pólos de Competitividade e Tecnologia (PCT) b) Outros Clusters c) Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE) d) Acções de Regeneração e Desenvolvimento Urbanos (ARDU)”

in http://www.qren.pt/item3.php?lang=0&id_channel=34&id_page=381 consultado em 5 de Novembro de 2009. 47

Anexo 23 – Projectos e parceiros. 48

Criação a 15 de Março de 2005, Instituição sem fins lucrativos que reveste a forma de Associação.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

15

formação contínua e de actualização, desenvolvimento de actividades de investigação e desenvolvimento experimental

49.

Para a concretização dos seus objectivos, o Centro de Estudos e Desenvolvimento do IPBeja – Vasco da Gama, necessita de um elemento fundamental, isto é, da articulação e estabelecimento de relações próximas com a comunidade envolvente, por via do desenvolvimento de projectos de investigação conjuntos e da prestação de serviços especializados. As linhas de acção de 2008 focalizaram-se em torno de: reforço da oferta formativa em áreas de carência regional, consolidação da organização e gestão, promoção do desenvolvimento e da organização da investigação aplicada, promoção da ligação à região e melhoramento da visibilidade do Vasco da Gama e do IPBeja na Região. Decorrentes das linhas de acção definidas para o Centro de Estudos, foram ainda desenvolvidas actividades, projectos e prestações de serviços: Desenvolvimento da Agenda 21 Local em Ferreira do Alentejo, Produtor de Eventos Culturais, Designer de Comunicação do Gabinete de Relações Externas do Instituto Politécnico de Beja, Levantamento do potencial tecnológico do IPBeja, Boletim do IPBeja, entre outras

50.

Também o Centro de Transferência de Conhecimento do Instituto Politécnico de Beja – CTC-IPBeja – criado em 2009, por via da extinção das Oficinas de Transferência de Conhecimento (OTIC), e para dar continuidade a estas –, é uma estrutura relevante quanto ao fomento da I&D, na medida em que a transferência de tecnologia consiste num processo de intercâmbio de conhecimento e tecnologia, neste caso, entre o IPBeja e a comunidade regional e nacional.

3.4 POSICIONAMENTO LOCAL E REGIONAL

No Distrito, mais concretamente na cidade de Beja, já estiveram localizados o Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Beja, a Universidade Moderna e o Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa, ambos de carácter particular. O encerramento destes, teve como consequência directa a vinda de candidatos para o IPBeja, constituindo, portanto, o único Instituto do Distrito, de natureza pública, com um peso importante quer para o aumento das qualificações dessa mesma população, quer para o próprio desenvolvimento sustentado da Região. Uma análise ao indicador proveniência geográfica dos alunos, que ingressaram neste Instituto em 2008/2009, demonstra a importância deste no contexto do seu posicionamento, já que em todas as Unidades Orgânicas prevalecem alunos oriundos do Distrito onde se insere, mas também de outros pontos do país como é o caso de Setúbal, Évora, Faro e Lisboa que apresentam algum relevo na captação de alunos, extravasando a dimensão distrital

51.

Por conseguinte, torna-se pertinente realçar que o IPBeja actua na Região Alentejo. Embora no PED 2002-2006 se tenha assumido as sub-regiões do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (NUTS III) como Zona de Influência Próxima do Instituto Politécnico de Beja – ZIPIPB –, a superação de uma lógica fechada deve ser ultrapassada, considerando uma visão macro-geográfica, de diálogo e de trabalho conjunto com os agentes e actores, de natureza pública ou privada, dos vários sectores de actividade, para que em rede, exista de facto um contributo para o desenvolvimento sustentado quer da Região Alentejo quer do País

52.

No que se refere à tendência demográfica da Região onde o Instituto está inserido – que se caracteriza por um processo de regressão demográfica e de duplo envelhecimento –, esta torna-se preocupante quanto à captação de formandos, principalmente ao nível da formação inicial. Ainda na lógica regional, a população apresenta também baixas qualificações

53, factor

condicionante ao seu próprio desenvolvimento – apesar de uma evolução dos níveis de escolarização, em 2001, no Alentejo, a taxa de Analfabetismo da população rondava os 17%,

49

Resumo das actividades desenvolvidas pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento do IPBeja – Vasco da Gama. 50

Relatório de Actividades do Centro de Estudos e Desenvolvimento do IPBeja – Vasco da Gama 2008. 51

Anexo 24 – Proveniência geográfica dos alunos. 52

Carioca, Vito (2008), Programa de Acção – Da Candidatura à Presidência do Instituto Politécnico de Beja, Beja. 53

Anexo 25 – Níveis de escolaridade da população residente (2004).

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

16

valor muito acima da média nacional (9%)

54. Atento a esta realidade, o IPBeja procura

proporcionar uma oferta formativa adequada às necessidades manifestadas, representando assim uma mais-valia para a Região. Relativamente aos perfis de especialização, no Alentejo predomina o sector terciário (com um VAB per capita, de 57% face a 70% do valor nacional), seguido pelo sector secundário onde a sua expressão é superior à nacional (27% e 25%, respectivamente) e por fim o sector primário, que embora na Região ocupe a terceira posição, apresenta um VAB significativo face aos valores de Portugal (16% perante 4%)

55. Ao verificar os mesmos perfis de especialização para

a sub-região do Baixo Alentejo, de acordo com a mesma fonte, prevalece o sector terciário (68%), depois surge o primário (17%) e por último o secundário (15%). Tal fundamenta a vertente de ensino na área da agricultura por parte deste Instituto, não só enquanto fornecedor de competências de formação (inicial, pós-graduada e especializada), imprescindíveis ao funcionamento do tecido produtivo regional, mas também enquanto fornecedor de “Saber Fazer” especializado ao nível da investigação/experimentação e do fornecimento de serviços. Devem destacar-se também algumas potencialidades que se irão repercutir na promoção da iniciativa empresarial e económica da Região e na criação de emprego qualificado, tais como:

potencialidades intrínsecas à Região – patrimoniais, culturais, geomorfológicas e ambientais;

potencialidades decorrentes da concretização de grandes investimentos como o: grande lago do Alqueva, projecto de Sines, transformação da base aérea de Beja, instalação de projectos de investimento produtivo, como o pólo mineiro em Castro Verde, Energia Solar Fotovoltaica de Brinches-Serpa, rede Ecos e empreendimentos de biocombustível em Sines;

Inclusão da Região na Rede nacional de plataformas logísticas; Boas condições geográficas que propiciam oportunidades de investimento em Agro-

indústria.

4. SECÇÃO II – ORGANIZAÇÃO E ACTIVIDADES

4.1 PRÁTICAS DE GESTÃO Referindo novamente os Estatutos, compete ao Instituto a gestão do pessoal docente e não docente, a gestão administrativa e financeira, o planeamento global e o apoio técnico, cabendo-lhe a coordenação de actividades das Unidades que o integram, numa perspectiva de racionalização e optimização dos recursos. Por conseguinte, o quadro de pessoal docente é único para todo o Instituto, sem afectação por Unidades Orgânicas. Como foi mencionado anteriormente, o Presidente é o órgão máximo de Governo do IPBeja, sendo eleito pelo Conselho Geral. A duração do seu mandato é de quatro anos, podendo renovar-se uma vez. São órgãos do IPBeja:

Conselho Geral; Presidente; Conselho de Gestão; Conselho Técnico-Científico; Conselho Pedagógico; Conselho Coordenador da Actividade Académica; Conselho para Avaliação e Qualidade; Provedor do Estudante.

54

INE, Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2006. 55

INE, Retrato Territorial de Portugal, 2005.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

17

Ao Conselho Geral, representado por professores e investigadores, estudantes, personalidades externas e representante do pessoal não docente, compete aprovar as linhas gerais de orientação da Instituição em termos científicos, pedagógicos, financeiros e patrimoniais, criar, transformar ou extinguir unidades orgânicas, aprovar as propostas de orçamento, fixar as propinas devidas pelos estudantes, e aprovar planos estratégicos e planos de actividades. Por seu lado, ao Conselho de Gestão, composto por cinco elementos, nomeadamente, pelo Presidente do Instituto, pelos Vice-Presidentes, pelo Administrador do IPBeja e pelo Administrador dos Serviços de Acção Social, cabe a gestão administrativa, patrimonial e financeira, bem como a gestão dos recursos humanos, sem prejuízo das competências próprias do Presidente, sendo-lhe aplicável a legislação em vigor para os organismos públicos dotados de autonomia administrativa. É este Conselho que fixa taxas e emolumentos, devendo também fixar um fundo de maneio por Unidade Orgânica de Ensino e Investigação. Pode ainda delegar nos órgãos próprios das Unidades Orgânicas e nos Dirigentes dos serviços as competências que considere adequadas a uma gestão mais eficiente. Antes da aprovação dos novos Estatutos, cada uma das Escolas tinha uma conta gerência, no entanto, com a sua publicação foi encerrada. O Conselho de Gestão, nomeado a 6 de Janeiro de 2009 assumiu então a condução da gestão administrativa, patrimonial e financeira da Instituição. Já ao Conselho Técnico-Científico compete a apreciação dos planos de actividades científicas das Unidades Orgânicas, a distribuição do serviço docente, a pronunciação acerca da criação de ciclos de estudo e a aprovação de planos de estudos dos ciclos de estudo ministrados. Ao Conselho Pedagógico compete a pronunciação sobre as orientações pedagógicas e métodos de ensino e avaliação, a promoção da realização de inquéritos periódicos ao desempenho pedagógico das Unidades Orgânicas ou da Instituição e a sua análise e divulgação. No que concerne ao Conselho Coordenador da Actividade Académica, este órgão é responsável pela coordenação de toda a actividade académica do IPBeja, analisando, reflectindo e emitindo pareceres sobre matérias da sua competência. Integram-no o Presidente do IPBeja, os Directores das Unidades Orgânicas e Directores dos Departamentos existentes. Dada a fase de transição em que se encontra o Instituto, este órgão ainda não está constituído, na medida em que ainda não estão completamente formalizados os departamentos que o integram. Tem por competências a elaboração de propostas estratégicas no âmbito das ofertas formativas, a criação de cursos graduados, não graduados e pós-graduados bem como a formação ao longo da vida, além das propostas no domínio da investigação científica, propostas de critérios gerais de recrutamento de pessoal docente, propostas de critérios gerais de distribuição do serviço docente das Escolas com o objectivo de garantir um melhor aproveitamento dos recursos humanos. Contemplando o quadro do Sistema Nacional de Acreditação e Avaliação, as competências do Conselho para Avaliação e Qualidade prendem-se com a coordenação de todo o processo de auto-avaliação do desempenho do Instituto e de todas as entidades, serviços e pessoas compreendidas na sua organização institucional, a elaboração de um plano plurianual das áreas funcionais que devem ser avaliadas no Instituto e nas suas Unidades Orgânicas; a proposta de critérios de avaliação a aplicar; a análise do resultado das avaliações efectuadas, a elaboração de relatórios de apreciação e proposta de medidas de correcção que considere adequadas ao bom desempenho e imagem da Instituição. Numa lógica de envolvência dos estudantes nas práticas de gestão institucionais, surge outro órgão, designadamente, o Provedor do Estudante – representado actualmente por um aluno, cuja funções iniciaram-se a 29 de Abril de 2009 –, que desenvolve a sua actividade em articulação com as Associações de Estudantes, com o Conselho Pedagógico, com as Comissões Técnico-Científicas e Pedagógicas de cada curso e com as Unidades Orgânicas. Ressalve-se o papel de relevância assumido pelo Administrador do IPBeja, no apoio à gestão corrente do Instituto, na elaboração da proposta de orçamento e do plano de actividades e na elaboração do relatório de actividades e contas.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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4.2 FINANCIAMENTO

A análise ao financiamento deverá ter como referência o ano de 2009, que teve por base o definido nos Estatutos do IPBeja, os quais provocaram grande rotura com o passado, permitindo uma maior racionalização de custos, através da reorganização dos serviços, correspondendo a uma gestão efectuada no âmbito do RJIES. O ano de 2008 representou um ano de transição, em que a partir de Setembro as Unidades Orgânicas deixaram de ter autonomia financeira. Com a perda desta autonomia por parte destas Unidades, que anteriormente possuíam orçamento próprio

56, passou a existir um Orçamento único para o

IPBeja. O funcionamento das Unidades tenderá, naturalmente, para o equilíbrio através da unificação de Serviços, existência de órgãos comuns e uniformização dos principais procedimentos (critérios de distribuição de serviço docente, apoios concedidos). Actualmente, com a aplicação da actual Lei de financiamento

57, transitou-se de um modelo

construtivo para um modelo distributivo. O Orçamento do Estado passou a ser fixado, à priori, em função dos objectivos/disponibilidades do Ministério, ao contrário do que acontecia anteriormente, em que se calculavam os orçamentos das várias Instituições, efectivando-se de seguida a transferência de uma certa percentagem, em função das disponibilidades orçamentais. Assim, passou a dividir-se o orçamento a transferir pelo Ministério, pelo total de “alunos elegíveis” de todo o Ensino Superior Público, obtendo-se uma dotação mínima base por aluno que multiplicada pelo número de “alunos elegíveis” de cada Instituição, passou a corresponder ao orçamento a transferir. Acrescente-se que, a formação avançada ministrada ao longo dos últimos três anos no Ensino Politécnico, não foi financiada, ao contrário do que aconteceu com a formação avançada ministrada nas Universidades. De forma sintética, o cálculo do financiamento do Estado considera uma fórmula baseada no número de estudantes, que difere consoante as áreas de estudo e qualificação do pessoal docente. Assim, o quadro que se segue sintetiza a informação sobre a distribuição do Orçamento de Funcionamento do IPBeja (Anexo 27).

Quadro n.º 4 – Orçamento de Funcionamento e Investimentos do Plano, 2009

Fonte: Serviços Financeiros do IPBeja, Dezembro de 2009

56

Anexo 26 – Orçamento executado por fonte de financiamento (2004/2008). 57

Lei de enquadramento orçamental, n.º 48/2004, de 24 de Agosto.

Orçamento de Funcionamento Montante

Programa 12 – “Ensino Superior” / Medida 2 – “Ensino Superior - Politécnicos Fonte de Financiamento: 311 ”Estado (RG) não afectas a projectos co-financiados” Transferência correntes

11.184.269€

Fonte de Financiamento: 510 “Auto-financiamento (RP)” 3.143.060€ Fonte de Financiamento 462 “FEAGA” Transferência correntes

150.000€

Programa 2 – “Investigação Científica e Tecnológica e Inovação” – Medida 1 – “Formação e Qualificação para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação” Fonte de Financiamento: 311 “Estado (RG) não afectas a projectos co-financiados” Transferências correntes

590.000€

Investimentos do Plano Montante

Programa 12 – “Ensino Superior” / Medida 2 – “Ensino Superior - Politécnicos

Fonte de Financiamento: 312 ”Estado (RG) afectas a projectos co-financiados”

Transferência de capital 600.000€

Fonte de Financiamento: 413 “Feder – PO Valorização do Território”

Transferências correntes 36.619 €

Transferências de capital 581.250€

617.869€

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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No que concerne aos principais mecanismos de controlo do Orçamento, este cinge-se ao cumprimento rigoroso do estipulado no art.º 42 da Lei de Enquadramento Orçamental. O processo reside na cabimentação prévia de todas as despesas fixas (contratos com pessoas individuais e colectivas), no cabimento prévio de despesas previsíveis, apesar do montante ser incerto (ex: luz, água, electricidade) e no controlo rigoroso da execução orçamental através dos centros de custo. Em termos de constrangimentos, referentes ao orçamento e considerando que a fórmula actual não permite qualquer planeamento, a melhor solução passaria pela elaboração de um plano estratégico, acompanhado do respectivo processo de implementação, desagregado ao nível dos programas, orçamentos e procedimentos plurianuais, que constituísse a base de negociação com o ministério para a celebração de um contrato programa.

4.3 ESTRUTURAS (EQUIPAMENTOS E LABORATÓRIOS)

O IPBeja dispõe de várias infraestruturas integradas nas quatro unidades orgânicas. A ESA, integra as seguintes estruturas destinadas à investigação e desenvolvimento (I&D), e apoio à actividade lectiva:

Centro de Experimentação Agrícola (CEA); Centro Hortofrutícola; Centro de Ciência e Tecnologia de Alimentos; Laboratório de Análise de Terras; Laboratório de Análises de Sementes e Matérias-primas Vegetais; Laboratório de Morfologia e Sanidade Animal; Laboratório de Nutrição e Alimentação Animal; Laboratório de Sanidade Vegetal; Sala de Sistemas de Informação Geográfica (SIG); Unidade de Investigação em Protecção do Ambiente; Herdade do Outeiro; Herdade do Almocreve; Herdade das Rascas; Quinta da

Saúde.

Ao nível da ESE, esta integra 7 estruturas: Laboratório de Arte e Comunicação Multimédia; Laboratório de Actividade Física e Saúde; Laboratório de Matemática; Laboratório de Línguas; Centro de Formação de Professores da Escola Superior de Educação de Beja; Centro de Estudos Sociais e Patrimoniais; Núcleo de Apoio ao Ensino de Inglês;

No que respeita à ESTIG, são 9 as estruturas destinadas à investigação e desenvolvimento (I&D), bem como a apoiar a actividade lectiva:

Laboratório de Física e Circuitos Eléctricos; Laboratório de Solos; Laboratório de Protecção Civil e Segurança; Laboratório de Sistemas de Informação Geográfica; Laboratório de Sistemas de Informação e Interactividade; Laboratório de Hidráulica; Laboratório de Materiais; Laboratório de Redes e Computação Ubíqua; Núcleo Apoio à Propriedade Intelectual.

Por sua vez, a Escola Superior de Saúde integra:

Laboratório de Práticas de Enfermagem; Sala de Demonstrações.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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4.4 RECURSOS HUMANOS Pessoal Docente Um dos objectivos estratégicos, deste Instituto, incide na qualificação contínua do pessoal docente. Tal, deverá ser alcançado através, do incentivo à realização de Doutoramentos, Mestrados, especializações e curtas formações especializadas. Igualmente, pretende incentivar-se a participação em encontros de reflexão científica, na elaboração de artigos científicos, no incentivo ao nível do desenvolvimento de competências da língua inglesa, das tecnologias de informação e comunicação e de plataformas de ensino-aprendizagem à distância. Em 2008, 99 docentes do Instituto (46%), encontravam-se em processos de formação, 88 em Doutoramento e 11 em Mestrados

58. Esta realidade prende-se com o imposto

nos imperativos legais, nomeadamente no RJIES (artigo 49), em matéria de corpo docente, “no conjunto dos docentes e investigadores que desenvolvam actividade docente ou de investigação, a qualquer título, na Instituição, pelo menos 15% devem ser doutores em regime de tempo integral e, para além destes, pelo menos 35% devem ser detentores do título de especialista, os quais poderão igualmente ser detentores do grau de doutor”.

Pessoal Não Docente

Outro objectivo estratégico, inerente aos Recursos Humanos, visa precisamente a qualificação contínua do pessoal não docente. Considerando todos os elementos que integram o Instituto como imprescindíveis a um eficaz e eficiente funcionamento, pretende-se promover competências ao nível da língua inglesa, das tecnologias de informação e comunicação, bem como de outras áreas concretas face ao enquadramento profissional. A promoção de processos de avaliação de desempenho, permitindo diagnosticar necessidades de formação, tal como a criação de espaços de diálogo e reflexão de boas práticas, no que se refere à gestão e administração dos vários serviços, constitui formas de actuação que conduzem à qualificação do pessoal não docente.

4.5 SERVIÇOS DE APOIO AOS ESTUDANTES

Para apoio à actividade académica, o Instituto dispõe de Unidades Funcionais, já mencionadas atrás: Serviços de Acção Social. Os SAS pretendem dar resposta às necessidades dos estudantes no decurso da sua vida académica apoiando-os através da prestação serviços e de apoios sociais directos (Bolsas de Estudo e Auxílios de Emergência) e de apoios sociais indirectos (acesso a alimentação, alojamento, serviços de saúde, actividades desportivas e culturais e outros apoios educativos), tendo vindo a registar melhorias qualitativas no apoio prestado pelo IPBeja

59. De acordo com a Lei, os SAS visam favorecer o acesso ao ensino

superior e a prática de uma frequência bem sucedida, com discriminação positiva dos estudantes economicamente carenciados com adequado aproveitamento escolar, garantindo que nenhum estudante é excluído do sistema de ensino superior por incapacidade financeira

60.

Além de usufruírem de autonomia financeira, que se concretiza pela autonomia orçamental e autonomia de tesouraria, os SAS possuem serviços administrativos próprios, sem prejuízo de poder partilhar serviços do Instituto com vista à racionalização de recursos humanos e financeiros

61. Os SAS, no âmbito da sua autonomia possuem orçamento próprio composto por:

Orçamento de Estado (Plafond atribuído pela tutela) e Orçamento de Receitas Próprias.

58

Anexo 28 – Pessoal docente em formação. 59

Anexo 29 – Dados dos Serviços de Acção Social IPBeja. 60

RJIES, artigo 20º. 61

Anexo 30 – Organograma do SAS.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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Quadro n.º5 – Orçamento SAS

Orçamento de Funcionamento Montante

Programa 15 – “Acção Social Escolar” / Medida 2 – “Acção Social no ensino Superior”

Fonte de Financiamento: 311 ”Estado (RG) não afectas a projectos co-financiados”

Transferência correntes (plafond atribuído) Transferência correntes (reforço orçamental 2009) Total

426.217€ 95 130€

521 347€

Fonte de Financiamento: 411 “Feder – QCA III”

Transferências de capital 943 €

Fonte de Financiamento: 510 “Auto-financiamento (RP)” 513.496€

Fonte: Serviços de Acção Social do IPBeja, Dezembro de 2009

Inerente aos serviços de apoio aos estudantes, estão:

Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico – GAPP –, após fase experimental em 2000, no ano seguinte iniciou funções de carácter definitivo. Desenvolve consultas de avaliação e aconselhamento psicológico, aconselhamento alimentar, aconselhamento vocacional/profissional, apoio pedagógico e apoio à sexualidade

62. Desenvolve também,

acções de sensibilização e formação no âmbito da prevenção de comportamentos de risco e promoção da saúde. Envolve-se ainda em actividades e projectos de investigação – o projecto stopdrogas.net é disso exemplo. O trabalho foi realizado pelo IPBeja em parceria com a Universidade de Huelva, com financiamento comunitário (INTEREG 3 A);

Gabinete de Apoio à Actividade Desportiva – GAAD –, criado em 2003 com o intuito de dinamizar a prática das actividades físicas e desportivas junto de toda a comunidade escolar do IPBeja, tem contribuído para “um espírito do IPBeja”, fomentando o sentimento de pertença e identificação com a Instituição e a promoção de hábitos saudáveis fundamentais para o bem-estar do dia-a-dia

63.

No âmbito do Programa Rede Social, desenvolvido pela Câmara Municipal de Beja, o GAPP representa os Serviços de Acção Social do IPBeja. O Programa tem como objectivo a erradicação/atenuação dos fenómenos de pobreza e exclusão social, sendo que através do estabelecimento de parcerias com os vários actores/entidades locais e regionais, pretende-se fomentar a reflexão e um planeamento concertado e participado que colmate obstáculos ao desenvolvimento social local e favoreça as suas potencialidades. Esta parceria, desde 2003, contribui para a realização dos diagnósticos sociais e desenvolvimento de actividades na área da promoção da saúde, articuladas com outras Instituições associadas à Rede Social de Beja. Destaque para a Biblioteca, que assume importância, enquanto serviço de apoio aos estudantes, pois organiza, trata, preserva, torna acessível e difunde os recursos informativos nos diversos suportes, proporcionando serviços de qualidade, de forma a satisfazer as expectativas no apoio à aprendizagem, à investigação e à formação contínua, bem como na contribuição activa para uma cidadania plena e responsável. Deve enfatizar-se também a criação do Gabinete de Inserção na Vida Activa, bem como o trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Mobilidade e Cooperação do Instituto no apoio aos estudantes. O primeiro, ao tentar estabelecer meios de interacção entre o mundo académico e o mundo profissional e o segundo, na promoção da mobilidade de estudantes, proporcionando um acompanhamento/esclarecimento de todo o processo, e concedendo aos alunos várias ferramentas e instrumentos de apoio, cruciais para uma melhor “gestão” desse processo.

62

Anexo 31 – Número de consultas do GAPP (evolução). 63

Anexo 32 – Actividades desenvolvidas pelo GAAD, 2008.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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4.6 LIGAÇÃO À COMUNIDADE O Instituto participa em actividades de ligação à sociedade, nomeadamente de difusão e transferência de conhecimentos, bem como de valorização económica do conhecimento científico. Funcionando sob a dependência directa e orientação da Presidência do Politécnico, salientam-se algumas das acções levadas a efeito pela OTIC, actual CTC-IPBeja, entre Abril de 2006 a Junho de 2009:

Genéricas – onde se conta com a constituição do Gabinete de Empreendedorismo, o estabelecimento de um protocolo com a Universidade do Algarve para colaboração na área das patentes de produtos e serviços; Integração no sítio Web OTIC da BTEC

Estudos – levantamento das necessidades empresariais e institucionais do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (publicado na forma de livro), levantamento do potencial tecnológico e de conhecimento do IPBeja (publicado na forma de livro), estudo ADD-Form Adequação da oferta formativa superior às necessidades dos agentes empregadores (no espaço rural), estudo online-Job - detecção de oportunidades de emprego nas empresas utilizadoras de novas tecnologias de informação e comunicação (no espaço rural);

Empreendedorismo – implementação do concurso FINICIA em Beja, apresentação do estudo "Identificação e Localização de Centros de Concentração Empresarial no Espaço Alqueva" em Beja, participação no 5º Concurso POLIEMPREENDE, concurso projecto FIRME - Factores de Influência Relevantes na Motivação para o Empreendedorismo, 2º Seminário Educação, Empreendedorismo e Inovação, em Beja, apoio tutorial aos projectos do Poliemprende V;

Divulgação – 1º Encontro Regional da OTIC - Brokerage Event, Workshop "Conversas com Empreendedores", Seminário "Da Ideia ao Negócio";

Para Empresas – aplicação informática de suporte à decisão e gestão para a empresa RTS, sítio Web de comércio electrónico e-Coop, para a Cooperativa de Consumo proletário Alentejano, programa informático para a gestão dos recursos humanos da Cooperativa de Consumo Proletário Alentejano, desenvolvimento de propostas gráficas e navegacionais para uma plataforma Web para a Associação de Municípios do Baixo Alentejo.

Dada a pertinência da envolvência com a comunidade, o IPBeja, “instituição ao serviço da sociedade, destinada à produção e difusão do conhecimento, criação, transmissão e difusão da cultura e do saber de natureza profissional”

64, pela nova Presidência e numa lógica de

cumprimento das suas atribuições e diferentes áreas de actuação, assumiu como programas estruturantes: o IPBeja CASA (Criação de Alternativas Sociais para o Alentejo), e o IPBeja Cultura. O programa IPBeja CASA, pretende consolidar a participação do Instituto na construção do desenvolvimento local e regional, através da organização e colaboração de/em projectos de desenvolvimento, que atenuem ou reduzam as desigualdades sociais. Pretende-se assim, conhecer, de modo fundamentado, as problemáticas sociais da Região, identificar problemas e áreas de intervenção prioritárias na comunidade e no IPBeja, de forma a encontrar respostas sociais sustentáveis. Noutro sentido, e como ao longo dos últimos anos, o Instituto tem revelado a capacidade de dinamizar eventos de relevância, em termos científicos e culturais que importa projectar na Região, em articulação com Instituições que tenham responsabilidades na programação e dinamização cultural, surge o IPBeja Cultura. Outra estrutura de apoio e ligação quer à comunidade IPBeja, como à comunidade exterior é o Museu Botânico, que tem como objectivos conservar, estudar e divulgar objectos e conhecimentos provenientes de recolhas e estudos, de botânica económica e de etnobotânica, desenvolvidos em Portugal e no estrangeiro. Através do estudo de objectos manufacturados a partir de plantas, de matérias-primas vegetais e de objectos naturais, o visitante deste Museu pode redescobrir o engenho do Homem e o poder criativo da Natureza.

64

Estatutos IPBeja, secção I, art.º 2.

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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4.7 INTERNACIONALIZAÇÃO O aumento de visibilidade, nacional e internacional, é importante no que se refere quer à divulgação da actividade académica como à captação de alunos. A criação do Gabinete de Mobilidade e Cooperação, assume como missão principal a promoção da cooperação internacional e a mobilidade de estudantes e docentes. As suas competências incidem na coordenação de programas e mobilidade, ERASMUS, Leonardo Da Vinci e Vasco da Gama, como no acompanhamento do estabelecimento de acordos de cooperação, de âmbito científico ou técnico, com entidades nacionais ou estrangeiras. Em 2008/2009, além de se consolidar a tendência de aumento anual do número de alunos em mobilidade

65, 48 enviados e 50 recebidos, desenvolveram-se ferramentas de promoção da

qualidade desta, nomeadamente: a criação do Guia Informativo ECTS, em versão bilingue e disponível on-line; o suplemento ao diploma, o regulamento relativo à mobilidade durante a formação Procedimentos para o Reconhecimento Académico dos Créditos Obtidos pelo Aluno em Processos de Mobilidade, também disponível on-line. Quanto aos docentes em mobilidade, estes seguem a mesma tendência de evolução dos alunos, sendo que no mesmo ano lectivo foram enviados 22 e recebidos 42

66.

Através da página Web do Gabinete de Mobilidade e Cooperação, no site do IPBeja

67,

colocaram-se informações úteis e actualizadas para alunos e docentes em mobilidade, reforçando assim a promoção da mobilidade ERASMUS junto da comunidade académica do Instituto e dos parceiros europeus. No mesmo ano lectivo o Instituto contou com 75 Instituições parceiras pertencentes a diversos países

68.

Por seu turno, também é valorizada a mobilidade nacional, por via do Programa Vasco da Gama

69 que se concretiza a nível do Ensino Politécnico nacional. Tais programas representam

a possibilidade efectiva de cooperar em contexto nacional e internacional, na medida em que potenciam o desenvolvimento de um quadro institucional de promoção quanto ao envio e recepção de alunos e docentes. A aposta no fortalecimento das relações de trabalho, junto e com a comunidade nacional e internacional, não se preconiza somente ao nível da mobilidade ERASMUS. Neste sentido, importa focar algumas acções/actividades, dinamizadas pelo Gabinete de Apoio à Investigação, que incrementam a visibilidade do Instituto:

Eventos científicos – Visitas de Estudo para especialistas em educação e formação (antigas ARION), promovidas no âmbito do Programa De Aprendizagem ao Longo da Vida, sob a coordenação do CEDEFOP. Denote-se que no ano de 2008, de 15 a 19 de Setembro, realizou-se um evento em Beja, com professores oriundos da Europa, cuja incidência temática recaiu sobre “Promoting intercultural dialogue for local development”, e o ano de 2009, de 16 a 20 de Março, também em Beja, foi levado a cabo novo evento, incidindo desta vez em “Early English Learning: challenges and good practices”;

Protocolo com a TID – Teachers International Professional Development. O TID possibilita aos professores, partilhar a experiência de boas práticas educacionais em diferentes

países, através de visitas de estudos temáticas e de curto prazo. Refira-se que em Abril de 2009, Beja recebeu professores do Reino Unido para uma visita neste âmbito.

Cooperação contínua com a Universidade de Ensino à distância de Madrid, que se estabelece há alguns anos e culmina a título de exemplo na elaboração de propostas a programas internacionais ou na realização de encontros e partilha de saberes.

Recente Protocolo (Dezembro de 2009), com Szolnok University College da Hungria, onde através dos vários contactos estabelecidos entre ambas as Instituições, foram identificadas várias possibilidades de colaboração e de trabalho conjunto, principalmente,

65

Anexo 33 – Mobilidade ERASMUS (alunos). 66

Anexo 34 – Mobilidade ERASMUS (docentes). 67

www.ipbeja.pt. 68

Anexo 35 – Instituições Parceiras ERASMUS. 69

Anexo 36 – Mobilidade Vasco da Gama.

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nos domínios do desenvolvimento de planos de estudo conjuntos de formação inicial e contínua, do intercâmbio de alunos e docentes no âmbito do Programa ERASMUS e da concepção de projectos de investigação e desenvolvimento em áreas de interesse comum como a Animação Patrimonial, o Turismo, a Agricultura, a Gestão de Empresas, entre outras.

De referir ainda a existência de outros protocolos de colaboração e participação em redes de I&D estabelecidos por docentes e estruturas de investigação no âmbito do trabalho desenvolvido e/ou em apoio aos cursos.

5. SECÇÃO III – PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO E QUALIDADE

Até à presente data, este Instituto participou em vários processos de avaliação, quer por necessidade organizativa, quer face às exigências impostas pela tutela, mais recentemente, o novo Regime Jurídico da Avaliação no Ensino Superior (RJAES) em vigor desde Agosto de 2007

70. No âmbito do anterior sistema de avaliação, algumas destas iniciativas foram

desenvolvidas de acordo com determinações da Associação dos Institutos Superiores Politécnicos Portugueses – ADISPOR – por via de protocolo com o Ministério da Educação. O processo incluía a elaboração de um relatório de auto-avaliação relativo a cada um dos cursos ministrados, com a participação de toda a comunidade educativa e envolvente (professores, pessoal não docente, alunos, antigos alunos e entidades empregadoras) através do preenchimento de questionários construídos para o efeito. Este relatório era, numa fase inicial, submetido à apreciação de uma equipa de avaliadores externos nomeada pela ADISPOR. Após a análise do mesmo, e numa segunda fase, essa equipa visitava a Escola e procedia à realização de entrevistas semi-estruturadas, com representantes de todos os corpos, como preconizado no guião, disponibilizado pela ADISPOR. A Instituição (Escola) tinha o direito ao contraditório sobre o relatório final de avaliação elaborado pela equipa de avaliação externa, sendo ambos publicados no site da ADISPOR, a nível interno também o debate era fomentado nos órgãos próprios e alargado a toda a comunidade educativa. De 2000 a 2005 foram avaliados 19 cursos

71. Estes momentos de avaliação que incidiam,

essencialmente, nos cursos ministrados, tiveram fim em 2006, já que no despacho n.º 484/2006, de 9 de Janeiro, “é imperativo que todo o nosso sistema do ensino superior, público e privado, universitário e politécnico, seja avaliado internacionalmente de forma independente, transparente e exigente”.

Atendendo novamente ao RJAES, este determina que a avaliação da qualidade do desempenho dos estabelecimentos em causa, seja realizada através da avaliação de vários parâmetros, que incidem sobre a intervenção e os resultados produzidos, e que irá traduzir-se na avaliação do grau de cumprimento da sua missão.

Os princípios da avaliação da qualidade requerem a obrigatoriedade e periodicidade, a intervenção participada de docentes, estudantes e entidades externas, a existência de um sistema de avaliação externa, a internacionalização, a participação das entidades avaliadas nos processos de avaliação externa e a recorribilidade das decisões. Por sua vez, os resultados produzidos fundamentam, necessariamente, as decisões acerca da acreditação dos estabelecimentos e dos seus ciclos de estudos. O regime jurídico foi complementado com a criação da Agência de Avaliação e Acreditação da Qualidade no Ensino Superior – Decreto-Lei n.º 369/2007, de 5 de Novembro.

Neste novo contexto, o IPBeja pretende implementar um modelo de gestão da qualidade, de acordo com duas linhas principais: (a) o “Standards and Guidelines for Quality Assurance in the

70

Lei n.º 38/2007, de 16 de Agosto de 2007. 71

Anexo 37 – Cursos avaliados pela ADISPOR.

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European Higher Education Area” (emanado pela European Association for Quality Assurance in Higher Education (ENQA), Bergen, 2005) e (b) as normas ISO 9001- 2008. Através do primeiro, pretende-se adoptar a todo o Instituto as directrizes derivadas deste documento e, com o segundo, aproveitar os modelos reconhecidos internacionalmente, como a principal metodologia de apoio à nova estrutura organizacional, decorrente das alterações estatutárias. O sistema de garantia e gestão de qualidade proposto procura ainda conter e articular duas dimensões complementares: avaliação e acreditação. De forma sucinta, o “Standars and Guidelines for Quality Assurance in the European Higher Education Area” está organizado em três capítulos, relativos, respectivamente, à avaliação interna, à avaliação externa e às agências de avaliação. No que se refere à avaliação interna, são definidas sete normas que se podem sistematizar em três grupos diferentes de preocupações: (i) a institucionalização da avaliação interna, (ii) os procedimentos da avaliação e (iii) o tratamento da informação. Será ainda de referir que a avaliação deverá intervir a três níveis: Institucional, numa visão global do Instituto; Organizacional, ou das várias entidades integrantes do Instituto, como sejam os Cursos, os Departamentos, os Serviços; e Individual ou ao nível do trabalhador. Denote-se que a institucionalização da avaliação interna está patente nos novos Estatutos pela criação do Conselho para Avaliação e Qualidade, como entidade reguladora e de planeamento estratégico Institucional para a qualidade e do Gabinete de Qualidade, Avaliação e Procedimentos, como estrutura operacional. O Conselho para Avaliação e Qualidade, cujos membros tomaram posse a 12 de Junho de 2009 é formado para além da Presidência do Instituto, pelos Directores das suas Unidades Orgânicas, o responsável pelo Gabinete de Qualidade, Avaliação e Procedimentos, o representante do pessoal não docente, dois representantes dos alunos e também por quatro personalidades externas ao Instituto, de reconhecida competência em áreas de actuação do IPBeja. Para além de coordenar todo o processo de auto-avaliação do desempenho do Instituto e das suas Unidades Orgânicas, destacam-se de entre as suas competências, a elaboração de um plano plurianual das áreas funcionais que devem ser avaliadas, análise dos resultados das avaliações efectuadas e apresentação de propostas de medidas de correcção que considerem adequadas. Após a tomada de posse, efectuou até ao momento 2 reuniões tendo sido na primeira aprovado o regulamento do órgão e também apresentado e aprovado o plano plurianual de actividades para o quadriénio 2009-2013 e na segunda analisada a proposta deste relatório de avaliação externa (EUA) e ainda os relatórios de avaliação dos Cursos de formação inicial, ministrados no Instituto. A nível Institucional, definiram-se como principais estratégias a compilação e divulgação, tanto interna como para a comunidade, de uma caracterização do Instituto e sua evolução longitudinal, de trabalhos desenvolvidos etc. Esta abordagem conduz não só à divulgação externa como potencia a componente de monitorização da Instituição como um todo fomentando a reflexão da sua realidade.

Por outro lado, a adequação dos cursos aos princípios de Bolonha conduziu a uma maior preocupação na caracterização e desenvolvimento de competências como modelo estruturante dos cursos e a interligação destes com as unidades curriculares subjacente nos planos de estudos. Ainda neste contexto, foi constituída uma Comissão de Acompanhamento da Implementação do Processo de Bolonha, cuja principal preocupação tem sido a identificação dos principais modelos de ensino adoptados no Instituto, fomentar a sensibilização para metodologias activas (não rompendo de forma radical com o passado), bem como a sua monitorização pela elaboração de um relatório anual de acompanhamento do processo, publicitado anualmente na Internet. Ainda ao nível Institucional, salienta-se que está a ser elaborado um Plano Estratégico para o Instituto pelo Serviço de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico. A sua referência neste contexto não advém da sua elaboração mas sim do carácter pragmático que se pretende incluir

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no mesmo pela definição de métricas ou indicadores específicos e mensuráveis passíveis de monitorizar e, consequentemente, de avaliar estrategicamente a Instituição. No plano Organizacional (ou das várias estruturas integrantes do Instituto) o principal enfoque foi dado aos Cursos e aos Serviços. Relativamente aos primeiros, o sistema interno de garantia e gestão de qualidade adoptado desenvolve-se em várias etapas. Semestralmente, são disponibilizados, pelo Gabinete de Qualidade, Avaliação e Procedimentos, às comissões técnico-científicas e pedagógicas dos cursos (presididas pelos seus coordenadores), relatórios de dados quantitativos, relativos aos seus cursos e que irão servir de base à elaboração de um relatório final que deverá estar concluído, até ao final do mês de Dezembro de cada ano civil. Desse relatório constará também uma análise de dados igualmente quantitativa, obtida através de questionários de opinião/satisfação de alunos e docentes relativa ao Curso e Unidades Curriculares. Esta análise quantitativa será complementada por uma análise qualitativa resultante de recolha de dados obtidos através de entrevistas em painel a docentes e alunos, com o objectivo de serem diagnosticados os factores multicausais dos resultados obtidos. A esta informação juntar-se-á a obtida junto de antigos alunos e entidades empregadoras sobre a adequação da formação obtida à realidade do mercado de trabalho. Após a análise reflexiva efectuada sobre as conclusões obtidas, a comissão completará o relatório, apresentando propostas de medidas correctivas a serem adoptadas e remetê-lo-á para o Conselho Técnico-Científico, o Conselho Pedagógico, o Conselho para Avaliação e Qualidade e o Conselho Geral para que, cada qual, conheça, reflicta e possa actuar no âmbito das suas competências, dando cumprimento ao estabelecido no artigo 68º dos actuais Estatutos do Instituto. Este momento de trabalho iniciou-se no ano lectivo de 2009/2010.

Salienta-se que cada unidade curricular possui um Guia, elaborado no início de cada semestre e divulgado aos alunos no início das aulas, onde se apresenta, de forma clara e explícita, toda a informação necessária, para o aluno, relativa ao programa, momentos de avaliação e o seu peso na nota final, obrigatoriedade de presença, trabalhos práticos a realizar, etc. No que respeita aos Serviços, a reorganização interna decorrente dos Estatutos, através da unificação dos mesmos, permite utilizar os mesmos princípios (ciclo PDCA) mas baseados num standard (ISO – 9001), com o objectivo de normalizar as práticas antes instituídas por cada um dos serviços, clarificando simultaneamente os procedimentos funcionais da Instituição. Neste âmbito, estão em conclusão os Manuais de Procedimentos dos Serviços de Recursos Humanos, Serviço de Aprovisionamento, Ingresso por maiores de 23 anos e Ingresso por transferência; aprovado o Manual de Procedimentos do Gabinete de Projectos e em fase inicial os Manuais de Procedimentos dos Serviços Académicos e Financeiros. O principal objectivo desta metodologia é fomentar a qualidade organizacional da Instituição e, não sendo a razão da sua existência, pretende-se (num prazo de 3 anos) obter uma certificação externa dos serviços como métrica e o reconhecimento do trabalho realizado. Por último, e na componente individual ou do trabalhador, distinguem-se duas situações: (i) docentes e (ii) não docentes. No que concerne aos primeiros, a metodologia utilizada decorre directamente das indicações emanadas pelo CCISP

72, a 17 de Novembro de 2009. Na sua essência, a avaliação é anual,

baseia-se em três vertentes (científica, pedagógica e organizacional) e a metodologia consiste em: (1) Os docentes compilam a informação do trabalho desenvolvido ao longo do ano e a mesma é enviada para uma Comissão designada para o efeito; (2) A Comissão, com base na informação recebida, e outra que solicite, atribui uma classificação e preenche uma grelha predefinida. Relativamente ao pessoal não docente, a metodologia decorre da legislação em vigor para a função pública – SIADAP

73 –, consistindo essencialmente em: (1) No início do ano são

definidos e contratualizados os objectivos individuais de cada trabalhador; (2) Sob a forma de reuniões regulares, compete ao avaliador a análise e discussão do cumprimento desses

72

Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos – CCISP. 73

Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, estabelece o Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública.

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objectivos sendo, sempre que necessário, alteráveis os mesmos; (3) O avaliador, com base nos critérios predefinidos, preenche uma grelha e remete-a, para validação, para a comissão de avaliação do Instituto.

6. SECÇÃO IV – ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA E CAPACIDADE DE MUDANÇA No âmbito da proposta da EUA, e igualmente enquadrado no processo de desenvolvimento do Plano Estratégico do IPBeja, procedeu-se a uma reflexão conjunta e partilhada acerca do ambiente externo e interno do Instituto. A metodologia adoptada, partiu de uma matriz de base construída tendo em consideração os documentos orientadores já referidos

74, e pretendeu

evidenciar as suas ameaças, oportunidades (ambiente externo), pontos fracos e fortes (ambiente interno) que contribuirão para a definição da visão e da gestão estratégica a adoptar, numa perspectiva futura (SWOT). A reflexão foi desenvolvida em torno dos eixos que compõem a matriz, tendo sido realizada em várias etapas, envolvendo grupos de trabalho diferenciados, e seguindo uma metodologia acordada entre Conselho para Avaliação e Qualidade e os Serviços de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico. A matriz SWOT final resultou da incorporação dos contributos remetidos pelos vários intervenientes, sendo depois avalizada por uma equipa de consultores externos (no âmbito da elaboração do Plano Estratégico) e, por fim, aferida e aprovada pelo Steering Committee. Em termos de ambiente interno, foram identificados os principais pontos fortes e fracos caracterizadores da Instituição, que se encontram organizados de acordo com várias categorias. No que respeita ao ambiente externo, que tem como objectivo a identificação das principais oportunidades e ameaças, que se colocam perante a Instituição, considerámos 5 dimensões (Politico-Legal, Económica, Sociocultural, Tecnológica e Ambiental). Esta análise é importante ao permitir verificar a influência do meio envolvente (Território, Região Alentejo) e identificar sinais de mudança que possam constituir oportunidades e ameaças. SWOT

74

Enquadramento metodológico (SWOT) – SPDE e CAQ.

PONTOS FRACOS CATEGORIAS

- Visão de Escola e não de Instituto. Cultura Institucional

- Produção científica dos docentes; - Número de doutorados em algumas áreas científicas; - Competências em línguas estrangeiras de vários docentes.

Recursos Humanos

- Inexistência de um observatório e estruturas de apoio à inserção profissional; - Apoio e promoção de projectos desenvolvidos pelos alunos; - Preparação cultural e científica dos estudantes.

Alunos

- Insuficiente autonomia dos coordenadores de serviços; - Fraca comunicação interna e articulação entre os serviços; - Funcionamento de alguns serviços (fruto da alteração estatutária); - Acessibilidade aos dados de caracterização do IPBeja; - Dificuldade de adaptação à nova estrutura organizacional.

Organização Interna

- Peso excessivo das despesas com pessoal no orçamento da Instituição;

Recursos Financeiros

- Ligação com o tecido empresarial da Região; - Escassa internacionalização e disseminação de actividades de I&D.

Relação com o ambiente Externo

- Diminuta divulgação das actividades e projectos desenvolvidos; - Imagem e comunicação do IPBeja junto do mercado-alvo e dos stakeholders.

Imagem e Comunicação

- Poucos espaços de trabalho/estudo para alunos; - Carência de equipamento laboratorial, informático e outro relacionado com a Exploração Agrícola.

Equipamentos

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PONTOS FORTES CATEGORIAS

- Versatilidade e experiência do corpo docente; - Recursos Humanos com elevado empenhamento na Instituição.

Recursos Humanos

- Empregabilidade dos diplomados (2º lugar entre as Instituições de Ensino Superior; com melhores níveis de empregabilidade); - Envolvimento dos estudantes em vários órgãos de gestão institucional; - Espírito académico dos Estudantes; - Relacionamento entre professores e alunos.

Alunos

- Reestruturação interna decorrente dos Estatutos, permitindo maior racionalização dos recursos humanos e materiais do IPBeja.

Organização Interna

- Autonomia administrativa, financeira e patrimonial do IPBeja. Gestão Financeira

- Oferta formativa adequada às necessidades da Região com forte componente profissionalizante; - Prestação de serviços à comunidade através de unidades de I&D existentes em cada Unidade Orgânica e no Centro Vasco da Gama; - Projectos em parceria com Instituições de Ensino Superior e Não Superior, Nacionais e Internacionais, Administração Central e Local e outras Entidades.

Relação com o Ambiente Externo

OPORTUNIDADES DIMENSÃO

- Melhoria das habilitações literárias e qualificações profissionais da comunidade; Sociocultural

- Desenvolvimento do turismo sustentável associado à natureza, cultura e tradições. - Rentabilização dos perfis formativos e criação de unidades de e-learning e b-

learning associadas à receptividade na educação a distância;

- Necessidades crescentes de formação ao longo da vida.

- Potenciar parcerias de cooperação institucional nacional e internacional; - Necessidades de Formação dos recursos humanos dos PALOP.

- Valorização de áreas relativas às energias alternativas; Tecnológica

- Investimentos relevantes em infra-estruturas ambientais (centrais fotovoltaicas, barragens);

- Inovação associada ao regadio; - Investimento público e privado na aeronáutica e na área bio/agro alimentar.

- Fundos disponibilizados pelo QREN; Económica

- Posicionamento estratégico do IPBeja nos corredores Lisboa-Madrid, Lisboa-Algarve, Centro-Algarve; - Impacto sócio-económico dos investimentos previstos relacionados com o Porto de

Sines, Aeroporto de Beja e do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e

reorganização dos serviços de saúde da ULSBA;

- Reorganização do potencial de prestação de serviços, consultoria e de criação de

oportunidades de negócio.

- Novos diplomas legais enquadradores do Ensino Superior em Portugal (RJIES e

Estatuto da Carreira Docente);

Político-legal

AMEAÇAS DIMENSÃO - Agudização da retracção do financiamento público; - Limitações orçamentais; - Rede viária incompleta e deficitária rede de transportes públicos;

Político-legal

- Aumento de risco de pobreza e exclusão social; - Regressão demográfica sobretudo ao nível da população jovem

Sociocultural

- Baixa taxa de população com formação superior e elevada taxa de analfabetismo;

- Envelhecimento populacional e desertificação das zonas rurais e de interior; - Imagem Social do Ensino Superior Politécnico

- Dimensão produtiva da Região Alentejo; Económica

- Concorrência dos mercados externos nos produtos agro-alimentares;

- Dificuldade de regeneração do tecido empresarial;

- Debilidade do tecido económico regional;

- Deficientes redes de distribuição dos produtos regionais;

- Dinâmica empresarial e do mercado de trabalho;

- Nível elevado de desemprego.

- Erosão do solo e desertificação e alterações climáticas. Ambiental

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AMEAÇAS DIMENSÃO - Reduzida afectação de recursos para I&D; - Fraca articulação entre ensino superior e meio empresarial; - Baixo contributo de projectos de investigação para a inovação do tecido produtivo.

Tecnológica

Fontes: INE, PROT Diagnóstico Regional (2007), o Plano Regional de Inovação do Alentejo (2005), Estudo dos

Impactes Previsíveis do Projecto de Fins Múltiplos do Alqueva na Configuração dos Recursos Humanos do Alentejo

(2009), Programa de Acção da Candidatura à Presidência do Instituto Politécnico de Beja (2009), Relatório Final:

Avaliação Prospectiva do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Instituto Politécnico de Beja (2008).

7. SECÇÃO V – DINÂMICA DE I&D E POTENCIAL TECNOLÓGICO Refira-se que, a investigação é hoje reconhecida como uma das estratégias fundamentais para o desenvolvimento e sustentabilidade do Instituto, sendo assumida pela sua presidência como uma das prioridades. Refere o seu Presidente que “…a investigação e a inovação constituem elementos essenciais na construção e consolidação da identidade do Ensino Politécnico perante os desafios da competitividade, da globalização, da internacionalização e da sociedade do conhecimento”

75. Como ainda não existe uma política de investigação do Instituto que

reflicta a nova realidade estatutária, onde se prevê uma gestão financeira, científica e estratégica integrada para as 4 Unidades Orgânicas, os Serviços de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico, por incumbência da Presidência, iniciou em Abril de 2009 a dinamização do processo de definição das linhas de Investigação e Desenvolvimento Científico, para o período de 2009-2013. Concomitantemente, por efeito de uma aposta firme na valorização dos processos de desenvolvimento do potencial tecnológico do Instituto e da Região, o IPBeja assumiu-se como co-signatário do consórcio promotor do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo – PCTA – a implementar em Beja, Évora, Portalegre e Santarém até 2013.

Ao abrigo dos Sistemas de Incentivo disponíveis no Eixo 1 do IN Alentejo – QREN, de apoio à implementação de Parques de Ciência e Tecnologia e de Incubadoras de Empresas e ao desenvolvimento de Infra-estruturas Científicas e Tecnológicas, foi submetida uma candidatura conjunta com a Universidade de Évora, o Instituto Politécnico de Santarém, o Instituto Politécnico de Portalegre, as Câmaras Municipais de Beja, Évora, Portalegre, Santarém, Nisa e Elvas e Instituições pertencentes ao sistema científico e tecnológico nacional, situados na Região NUTS II. A candidatura tem como objectivo fundamental a implementação de um Parque multipolar de Ciência e Tecnologia no Alentejo (PCTA), assumindo-se o IPBeja como promotor do Pólo de Beja, em parceria com a Câmara Municipal de Beja, o COTR, o LNEG, o Parque Tecnológico de Moura, o NERBE/AEBAL e o CEBAL, entre outras entidades que se associarão futuramente.

As acções previstas para o Pólo de Beja, e mais especificamente, para o Instituto Politécnico de Beja, compreendem os seguintes Centros

76:

A. Centro de Agricultura, Tecnologia Alimentar e Ambiente, em parceria com COTR, EDIA,

ACOS, Câmara Municipal de Beja, NERBE/AEBAL e IEFP com valorização das acções de experimentação, de demonstração e de prestação de serviços nas áreas da hortifruticultura, do regadio, da análise de sementes e matérias-primas vegetais, da Ciência e Tecnologia de Alimentos, das Tecnologias do Ambiente.

Este Centro deverá revelar-se como uma estrutura de desenvolvimento regional, assumindo o papel estratégico da agricultura e de apoio aos processos da sua transformação, tendo em conta as exigências ambientais. A sua localização em Beja permitirá:

reforçar a capacidade das infra-estruturas de I&D existentes numa Região com pouca tradição na promoção de actividades económicas baseadas em alta tecnologia;

75

Carioca, 2007:12. 76

IPBeja – Investigação e Desenvolvimento (I&D): estado de arte e objectivos estratégicos e operacionais, Beja,2009.

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desenvolver investigação científica, de forma a valorizar todos os potenciais da agricultura

de regadio e da agro-indústria decorrente do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva;

incrementar a eficácia produtiva das explorações agro-pecuárias, em particular as integradas em sistemas agro-silvopastoris e sistemas florestais multifuncionais;

apoiar de forma estreita, rápida e económica as empresas da região, relativamente às suas necessidades de I&D, certificação, qualidade e segurança;

promover a preservação, valorização e monitorização ambiental, assim como a utilização sustentável dos recursos.

B. Centro de Sistemas Computacionais e Criatividade Multimédia – CeSCriM –, que em

parceira com Câmaras Municipais do Distrito de Beja, promotores culturais, empresas do ramo da hotelaria e restauração, agências de turismo, empresas que promovam ofertas de lazer e aventura, comércio local, produtores e artesãos locais, associações de desenvolvimento local, órgãos da Administração Pública, escolas e organismos de apoio social, EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA, ATEVA - Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo, REGI - Planeamento e Desenvolvimento Regional, RESIALENTEJO E.I.M., SinesTecnopolo, entre outros, se propõe a:

Contribuir, por via do desenvolvimento de produtos e serviços na área da engenharia informática, da computação ubíqua, dos sistemas interactivos e dos conteúdos e plataformas multimédia, para a melhoria do potencial tecnológico e competitivo do tecido empresarial;

Desenvolver soluções tecnológicas inovadoras em benefício do desenvolvimento de fileiras estratégicas da economia nacional: turismo, agricultura, acessibilidades, património, entre outras;

Conceber, testar e aplicar a aplicabilidade das tecnologias da informação a diversas áreas da sociedade em benefício da qualidade de vida das populações, nomeadamente ao nível dos serviços e processos geridos pela Administração Pública, ou dos sistemas interactivos em benefício de pessoas com necessidades especiais;

Desenvolvimento de produtos de base tecnológica e em suporte multimédia, de valorização e de promoção do património e das manifestações culturais.

Contribuir para o incremento de conteúdos mediatizados em Língua Portuguesa, nomeadamente na sua adaptação tecnológica a multi-plataformas.

As unidades operacionais do Centro de Sistemas Computacionais e Criatividade Multimédia serão: 1. O Laboratório de Artes e comunicação Multimédia – Lab-ACM; 2. O Laboratório de Animação Territorial – Lab-AT; 3. O Laboratório de Redes e Computação Ubíqua – Lab-UbiNet; 4. O Laboratório de Sistemas de Informação e Interactividade – Lab-SII;

C. Valência no IPBeja dos Laboratórios de Investigação no Desporto e de Saúde e Desporto, sob coordenação do Instituto Politécnico de Santarém.

Para a implementação do Pólo de Beja do PCTA, está prevista a dotação de estruturas de apoio ao Pólo, nomeadamente, bar, cafetaria, auditório, salas de demonstração, Front Office do PCTA e incubadora de ideias e de empresas de base tecnológica. O Pólo de Beja, com um valor de investimento global previsto de 12.553.883,31€, dos quais 6.882.271, 25€ para o IPBeja (na base de uma taxa média de co-financiamento QREN de 53,1%), estima-se que esteja em plena actividade a partir de 2012. Reforçar-se-á, então, o potencial, os recursos e as valências da Região nas áreas da interactividade com e entre empresas, do ensino, da investigação, do desenvolvimento e da experimentação de novos produtos e serviços, bem como, do estímulo ao empreendedorismo de base tecnológica. Refira-se ainda que para dar resposta a uma das responsabilidades do Instituto, nomeadamente, o assegurar as condições e os meios necessários e adequados à publicação

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Relatório de Auto-Avaliação Institucional

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coerente de resultados originados pelo trabalho de docentes, investigadores e alunos, de comunicações apresentadas em reuniões e encontros realizados no Instituto, surge um programa estruturante assumido pela Presidência: o IPBeja Editorial. Pretende-se com este, a criação e consolidação de uma linha editorial permanente, protagonizando a reformulação, a inovação e actualização da produção impressa do Instituto. Com vista à sua sustentabilidade e tendo plena consciência das suas debilidades, este Instituto, pretende posicionar-se quanto ao seu futuro, de modo a tornar a sua acção mais competitiva. Deste modo, o objectivo desta actuação visa sobretudo contribuir para a qualificação dos docentes e do ensino ministrado, conferindo alterações ao nível da produção científica desenvolvida no Instituto. Pretende-se que a dinâmica de investigação não esteja somente centrada nos objectivos individuais de obtenção de graus académicos pelos docentes, mas possam ser dinamizados projectos e redes de investigação que envolvam alunos, de vários ciclos, fomentando o estabelecimento de parcerias em várias áreas do saber, que permitam a transferência efectiva de conhecimento do IPBeja para a comunidade. No fundo, trata-se de destacar e apostar em áreas do saber onde já existe realmente investigação desenvolvida, por vezes de forma individualizada e circunstancial, sem, terem sido, em muitos casos, criadas as sinergias entre docentes, gabinetes e departamentos, necessárias à sua prossecução, sendo obrigatório proceder-se a uma rentabilização do esforço desse trabalho. Por outro lado, visa-se que possa advir desta dinâmica o enriquecimento do ciclo virtuoso da inovação (inovação de práticas, de saberes, de conhecimentos, de propostas formativas) que contribua para um posicionamento mais competitivo dos nossos diplomados no mercado de trabalho e, igualmente, contribua para a consolidação do papel económico e social do IPBeja. Perspectiva-se a operacionalização destas mudanças estratégicas, para que o IPBeja se possa afirmar como uma Instituição de referência nas comunidades educativa e científica dos espaços Bolonha, Ibero-Americano, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e, outras redes nacionais de investigação.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por tudo o que atrás foi exposto, deve enfatizar-se a nova realidade estatutária e o actual enquadramento legal do Ensino Superior como factores de mudança, condicionantes de toda a actuação e organização deste Instituto. Práticas passadas terão de ser repensadas e alteradas em prol destes factores, em prol da racionalização de recursos, da eficiência, da eficácia e da qualidade institucional. A necessidade e exigência de diferenciação, de formar mais e melhor é um compromisso que se pretende assumir e toda a comunidade do Instituto deve sentir-se envolvida nele. A qualificação quer de docentes como não docentes será determinante para este propósito. Já as unidades ou centros de I&D devem ser estimuladas para a concepção e desenvolvimento de projectos, que funcionem como atractivas e inovadoras plataformas de trabalho para docentes e alunos, e de ligação à comunidade. Temos presente o momento de transição em que nos encontramos e as mais-valias que podem emergir desse contexto, assim como as limitações, as incertezas, os riscos e os ajustamentos que são necessários desenvolver para os minimizar. A delineação e sustentação de novas formas de acção e concertação de toda a actividade Institucional serão reforçadas e clarificadas com o Plano Estratégico de Desenvolvimento para 2010-2013, que se encontra em vias de conclusão. É pois fundamental monitorizar práticas, perspectivando uma lógica de melhoramento e aperfeiçoamento das mesmas. Consideramos, igualmente, que o Programa de Avaliação da EUA, e outros que estão a ser implementados actualmente, contribuirão para fortalecer o processo de gestão e permitirão desenvolver com maior rigor, os eixos prioritários de intervenção futura do IPBeja. É neste sentido que uma cultura de qualidade se consolidará.