europa

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Europa A Europa é, por convenção, um dos seis continentes do mundo. Compreendendo a península ocidental da Eurásia, a Europa geralmente divide-se da Ásia a leste pelo divisor de águas dos montes Urais,o rio Ural,o mar Cáspio,o Cáucaso, * [1] eo mar Negro a sudeste. * [2] A Europa é limitada pelo oceano Glacial Ártico e ou- tros corpos de água no norte, pelo oceano Atlântico a oeste, pelo mar Mediterrâneo ao sul, e pelo mar Negro e por vias navegáveis interligadas ao sudeste. No entanto, as fronteiras para a Europa, um conceito que remonta à Antiguidade clássica, são um tanto arbitrárias, visto que o termoEuropapode referir-se a uma distinção cultural e política ou geográfica. A Europa é o segundo menor continente em superfície do mundo, cobrindo cerca de 10 180 000 km² ou 2% da superfície da Terra e cerca de 6,8% da área acima do nível do mar. Dos cerca de 50 países da Europa, a Rússia é o maior tanto em área quanto em população (sendo que a Rússia se estende por dois continentes, a Europa e a Ásia) e o Vaticano é o menor. A Europa é o quarto continente mais populoso do mundo, após a Ásia e a(s) América(s), com uma população de 731 mi- lhões, cerca de 11% da população mundial. No entanto, de acordo com a Organização das Nações Unidas (esti- mativa média), o peso europeu pode cair para cerca de 7% em 2050. * [3] Em 1900, a população europeia repre- sentava 25% da população mundial. * [4] A Europa, nomeadamente a Grécia Antiga, é considerada o berço da cultura ocidental. * [5] Tendo desempenhado um papel preponderante na cena mundial a partir do sé- culo XVI, especialmente após o início do colonialismo. Entre os séculos XVI e XX, as nações europeias contro- laram em vários momentos as Américas, a maior parte da África, a Oceânia e grande parte da Ásia. Ambas as guerras mundiais foram em grande parte centradas na Europa, sendo considerado como o principal fator para um declínio do domínio Europa Ocidental na política e economia mundial a partir de meados do século XX, com os Estados Unidos ea União Soviética ganhando maior protagonismo. * [6] Durante a Guerra Fria, a Eu- ropa estava dividida ao longo do Cortina de Ferro entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a oeste, eo Pacto de Varsóvia, a leste. A vontade de evitar ou- tra guerra acelerou o processo de integração europeia e levou à formação do Conselho Europeu e da União Eu- ropeia na Europa Ocidental, os quais, desde a queda do Muro de Berlim e do fim da União Soviética em 1991, têm vindo a expandir-se para o leste. 1 Definição O mapa medieval T e O, de 1472, mostrando a divisão do mundo em 3 continentes, atribuídos aos três filhos de Noé O uso do termoEuropadesenvolveu-se gradualmente ao longo da história. * [7] * [8] Na antiguidade, o historia- dor grego Heródoto provavelmente em referência a ma- pas de Hecateo de Mileto embora sem o nomear expli- citamente, descreve o mundo como tendo sido dividido em três continentes, sendo eles a Europa, a Ásia e a Líbia (África), com o Nilo eo rio Fasis formando de suas fron- teiras, embora também afirme que alguns consideravam o rio Don, em vez do Phasis, como a fronteira entre Eu- ropa e Ásia. * [9] Flavius Josephus eo Livro dos Jubi- leus descrevem os continentes como as terras dadas por Noé aos seus três filhos, sendo a Europa definida entre as Colunas de Hércules no Estreito de Gibraltar, separando- a da África, e o rio Don, separando-o da Ásia. * [10] A definição cultural da Europa como terras da cristandade latina consolidou-se no século VIII, sig- nificando um novo local cultural criado através da confluência de tradições germânicas e da cultura cristã- latina, definidas em parte, em contraste com o Islão e Império Bizantino, e limitado a norte pela Ibéria, Ilhas Britânicas, França, Alemanha ocidental cristianizada,e as regiões alpinas do norte e no centro da Itália. * [11] Esta divisão, tanto geográfica como cultural, foi utilizada até a Baixa Idade Média, quando foi desafiada pela Era dos descobrimentos. * [12] * [13] O problema da redefinição da Europa, finalmente foi resolvido em 1730 quando, 1

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Page 1: Europa

Europa

A Europa é, por convenção, um dos seis continentesdo mundo. Compreendendo a península ocidental daEurásia, a Europa geralmente divide-se da Ásia a lestepelo divisor de águas dos montes Urais, o rio Ural, omar Cáspio, o Cáucaso,*[1] e o mar Negro a sudeste.*[2]A Europa é limitada pelo oceano Glacial Ártico e ou-tros corpos de água no norte, pelo oceano Atlântico aoeste, pelo mar Mediterrâneo ao sul, e pelo mar Negro epor vias navegáveis interligadas ao sudeste. No entanto,as fronteiras para a Europa, um conceito que remonta àAntiguidade clássica, são um tanto arbitrárias, visto que otermo“Europa”pode referir-se a uma distinção culturale política ou geográfica.A Europa é o segundo menor continente em superfíciedo mundo, cobrindo cerca de 10 180 000 km² ou 2%da superfície da Terra e cerca de 6,8% da área acimado nível do mar. Dos cerca de 50 países da Europa, aRússia é o maior tanto em área quanto em população(sendo que a Rússia se estende por dois continentes, aEuropa e a Ásia) e o Vaticano é o menor. A Europaé o quarto continente mais populoso do mundo, após aÁsia e a(s) América(s), com uma população de 731 mi-lhões, cerca de 11% da população mundial. No entanto,de acordo com a Organização das Nações Unidas (esti-mativa média), o peso europeu pode cair para cerca de7% em 2050.*[3] Em 1900, a população europeia repre-sentava 25% da população mundial.*[4]A Europa, nomeadamente a Grécia Antiga, é consideradao berço da cultura ocidental.*[5] Tendo desempenhadoum papel preponderante na cena mundial a partir do sé-culo XVI, especialmente após o início do colonialismo.Entre os séculos XVI e XX, as nações europeias contro-laram em vários momentos as Américas, a maior parteda África, a Oceânia e grande parte da Ásia. Ambasas guerras mundiais foram em grande parte centradas naEuropa, sendo considerado como o principal fator paraum declínio do domínio Europa Ocidental na políticae economia mundial a partir de meados do século XX,com os Estados Unidos e a União Soviética ganhandomaior protagonismo.*[6] Durante a Guerra Fria, a Eu-ropa estava dividida ao longo do Cortina de Ferro entrea Organização do Tratado do Atlântico Norte, a oeste,e o Pacto de Varsóvia, a leste. A vontade de evitar ou-tra guerra acelerou o processo de integração europeia elevou à formação do Conselho Europeu e da União Eu-ropeia na Europa Ocidental, os quais, desde a queda doMuro de Berlim e do fim da União Soviética em 1991,têm vindo a expandir-se para o leste.

1 Definição

Omapa medieval T e O, de 1472, mostrando a divisão do mundoem 3 continentes, atribuídos aos três filhos de Noé

O uso do termo“Europa”desenvolveu-se gradualmenteao longo da história.*[7]*[8] Na antiguidade, o historia-dor grego Heródoto provavelmente em referência a ma-pas de Hecateo de Mileto embora sem o nomear expli-citamente, descreve o mundo como tendo sido divididoem três continentes, sendo eles a Europa, a Ásia e a Líbia(África), com o Nilo e o rio Fasis formando de suas fron-teiras, embora também afirme que alguns consideravamo rio Don, em vez do Phasis, como a fronteira entre Eu-ropa e Ásia.*[9] Flavius Josephus e o Livro dos Jubi-leus descrevem os continentes como as terras dadas porNoé aos seus três filhos, sendo a Europa definida entre asColunas de Hércules no Estreito de Gibraltar, separando-a da África, e o rio Don, separando-o da Ásia.*[10]A definição cultural da Europa como terras dacristandade latina consolidou-se no século VIII, sig-nificando um novo local cultural criado através daconfluência de tradições germânicas e da cultura cristã-latina, definidas em parte, em contraste com o Islão eImpério Bizantino, e limitado a norte pela Ibéria, IlhasBritânicas, França, Alemanha ocidental cristianizada, eas regiões alpinas do norte e no centro da Itália.*[11] Estadivisão, tanto geográfica como cultural, foi utilizada atéa Baixa Idade Média, quando foi desafiada pela Era dosdescobrimentos.*[12]*[13] O problema da redefiniçãoda Europa, finalmente foi resolvido em 1730 quando,

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Page 2: Europa

2 1 DEFINIÇÃO

em vez de canais, o geógrafo e cartógrafo sueco vonStrahlenberg propôs os Montes Urais como a fronteiramais importante do leste, uma sugestão que foi aceita naRússia e em toda a Europa.*[14]A Europa está agora em geral, definida pelos geógrafos,como a península ocidental da Eurásia, com seus limi-tes marcados por grandes massas de água para o norte,oeste e sul; limites da Europa para o Extremo Orientesão normalmente tomadas para os Urais, o rio Ural, e oMar Cáspio, a sudeste, as montanhas do Cáucaso, o MarNegro e nas vias que ligam o Mar Negro ao Mar Medi-terrâneo.*[15]Às vezes, a palavra “Europa”é utilizada de formageopoliticamente limitada*[16] para se referir apenasà União Europeia ou, ainda mais exclusiva, a um nú-cleo cultural definido. Por outro lado, o Conselho daEuropa tem 47 países membros, e apenas 28 estados-membros estão na UE.*[17] Além disso, pessoas que vi-vem em áreas insulares, como a Irlanda, o Reino Unido,no Atlântico Norte e Mediterrâneo e ilhas também naEscandinávia podem rotineiramente se referir a parte“continental”ou ao“continente”da Europa ou simples-mente como“o continente”.*[18]Mapa da Europa, mostrando as fronteiras geográficas mais uti-lizadas*[19](legenda: azul = países transcontinentais• verde = países histo-ricamente europeus, mas fora das fronteiras europeias).

Alb.And.ÁustriaArméniaAzer.BielorrússiaBélgicaBósniaBulgáriaCroáciaChipreRep.ChecaDinamarcaEstóniaFinlândiaFrançaAlemanhaGeórgiaGréciaGronelândia (Din.)HungriaIslândia

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IrlandaItáliaS. Mar.CazaquistãoKos.LetóniaLiec.LituâniaLux.Mac.MaltaMoldáviaMon.Mont.P. BaixosNoruegaSvalbard (Nor.)PolóniaPortugalRoméniaRússiaSérviaEslováquiaEslovéniaEspanhaSuéciaSuíçaTurquiaUcrâniaReinoUnidoFaroé (Din.)Vat.

MarAdriáticoOceano ÁrticoMarEgeuMar de BarentsGolfo deBiscaiaMarNegroMar deAzovMarCáspioMarCeltaMar da GronelândiaBaía de BaffinGolfo deCádizMarLígureMar Mediterrâneo

OceanoAtlânticoNorteMar doNorteMar daNoruegaEstreito de Gibraltar

2 Etimologia

Enlèvement d'Europe de Nöel-Nicolas Coypel, c. 1726

Na mitologia grega, Europa era uma princesa fenícia queZeus sequestrou depois de assumir a forma de um tourobranco deslumbrante. Ele a levou para a ilha de Creta,onde ela deu à luz Minos, Radamanto e Sarpedão. ParaHomero, Europa (em grego: Εὐρώπη, Eurṓpē) era umarainha mitológica de Creta e não uma designação geográ-fica. Mais tarde, o termo Europa foi usado para se referirao centro-norte da Grécia, e em 500 a.C., seu significadofoi estendido para as terras ao norte.O nome Europa é de etimologia incerta.*[20] Uma teo-ria sugere que a palavra é derivada do grego εὐρύς (eu-rus), que significa“largo, amplo”*[21] e ὤψ/ὠπ-/ὀπτ-(ōps/ōp-/opt-) significa“olho, rosto, semblante”,*[22]portanto Eurṓpē seria algo como “ampla contempla-ção”. Amplo era um epíteto da própria Terra na religiãoprotoindo-europeia.*[23] Outra teoria sugere que o termoé baseado em uma palavra semita como o mesmo signifi-

Page 4: Europa

4 3 HISTÓRIA

cado do acadiano erebu, algo como“para ir para baixo,pôr-se”(cf. Ocidente),*[24] um cognato do fenício ereb“noite; oeste”e do árabe doMagreb, do hebraicoma'ariv(ver Érebo, PIE *h1regʷos,“escuridão”). No entanto, M.L. West afirma que“fonologicamente, a correspondên-cia entre o nome de Europa e qualquer forma da palavrasemítica é muito pobre”.*[25]As principais línguas do mundo mais usam palavras deri-vadas de“Europa”para se referir ao“continente”(penín-sula). O chinês, por exemplo, usa a palavra Ōuzhōu (歐洲); este termo também é usado para se referir à UniãoEuropeia nas relações diplomáticas em língua japonesa,apesar do termo katakana ( , Yōroppa*?) sermais comumente usado. No entanto, em algumas lín-guas turcas, o nome originalmente persa Frangistan (terrados francos) é usado casualmente para se referir à grandeparte da Europa, além de nomes oficiais, como Avrupaou Evropa.*[26]

3 História

3.1 Pré-história

Sol sobre o Stonehenge, no Reino Unido, durante o solstício deinverno

Os Homo erectus e os Neanderthalis habitavam a Eu-ropa bem antes do surgimento dos humanos modernos,os Homo sapiens.*[27] Os ossos dos primeiros europeusforam achados em Dmanisi, Geórgia, e datados de 1,8milhões de anos.*[28] O primeiro aparecimento do povoanatomicamente moderno na Europa é datado de 35 000a.C.*[29] Evidências de assentamentos permanentes da-tam do 7º milénio/milênio a.C. na Bulgária, Roménia eGrécia.*[29] O período neolítico chegou na Europa cen-tral no 6º milénio a.C. e em partes da Europa Setentrionalno 5º e 4º milénio a.C. A civilização Tripiliana (5508-2750 a.C.) foi a primeira grande civilização da Europa euma das primeiras do mundo; era localizada na Ucrâniamoderna e também na Moldávia e Roménia. Foi pro-vavelmente mais antiga que os Sumérios no Oriente Pró-ximo, e tinha cidades com 15 000 habitantes que cobriam450 hectares.*[30]

Começando no Neolítico, tem-se a civilização deCamunni no Val Camonica, Itália, que deixou mais de350 000 petróglifos, o maior sítio arqueológico da Eu-ropa.Também conhecido como Idade do Cobre, o Calcolíticoeuropeu foi um tempo de mudanças e confusão. O fatomais relevante foi a infiltração e invasão de imensas par-tes do território por povos originários da Ásia Central,considerado pelos principais historiadores como sendo osoriginais indo-europeus, mas há ainda diversas teorias emdebate. Outro fenómeno foi a expansão do Megalitismoe o aparecimento da primeira significante estratificaçãoeconómica e, relacionado a isso, as primeiras monarquiasconhecidas da região dos Balcãs.*[27] A primeira civili-zação bem conhecida da Europa foi as dos Minoicos dailha de Creta e depois os Micenas em adjacentes partesda Grécia, no começo do 2º milénio a.C.*[27]Embora o uso do ferro fosse de conhecimento dos povosegeus por volta de 1 100 a.C., não chegou à Europa Cen-tral antes de 800 a.C., levando ao início da Cultura deHallstatt, uma evolução da Idade do Ferro (que até entãose encontrava na Cultura dos Campos de Urnas). Pro-vavelmente como subproduto desta superioridade tecno-lógica, pouco depois os indo-europeus consolidam clara-mente suas posições na Itália e na península Ibérica, pe-netrando profundamente naquelas penínsulas (Roma foifundada em 753 a.C.

3.2 Antiguidade clássica

O templo grego de Apolo, em Pesto, Itália

Os gregos e romanos deixaram um legado na Europa queé evidente nos pensamentos, leis, mentes e línguas actu-ais. A Grécia Antiga foi uma união de cidades-estado,na qual uma primitiva forma de democracia se desenvol-veu. Atenas foi sua cidade mais poderosa e desenvolvida,e um berço de ensinamento nos tempos de Péricles. Fó-runs de cidadãos aconteciam e o policiamento do estadodeu ordem ao aparecimento dos mais notáveis filósofosclássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Como reido Reino Grego da Macedónia, as campanhas militaresde Alexandre o Grande espalharam a cultura helénica atéàs nascentes do rio Indo.

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3.3 Idade Média 5

Império Romano na sua extensão máxima

Mas a República Romana, alicerçada pela vitória sobreCartago nas Guerras Púnicas, estava crescendo na região.A sabedoria grega passada às instituições romanas, as-sim como a própria Atenas foi absorvida sob a bandeirado senado e do povo de Roma. Os romanos expandi-ram seu império desde a Arábia até a Bretanha. Em44 a.C. quando atingiu o seu ápice, seu líder, Júlio Cé-sar foi morto sob suspeitas de estar corrompendo a repú-blica para se tornar um ditador. Na sucessão, Otavianousurpou as raízes do poder e dissolveu o senado romano.Quando proclamou o renascimento da república ele, defacto, transferiu o poder do senado romano quando repú-blica para um império, o Império Romano.

3.3 Idade Média

Fronteiras da Europa em 450

Quando o Imperador Constantino reconquistou Romasob a bandeira da Cruz em 312, ele rapidamente editou oÉdito de Milão em 313, declarando legal o cristianismono Império Romano. Além disso, Constantino mudouoficialmente a capital do império, Roma, para a colóniagrega de Bizâncio, que ele renomeou para Constantinopla(“Cidade de Constantino”). Em 395, Teodósio, que tor-nou o cristianismo religião oficial do Império Romano,iria ser o último imperador a comandar o Império Ro-mano em toda a sua unidade, sendo depois o impériodividido em duas partes: O Império Romano do Oci-

dente, centrado em Ravena, e o Império Romano do Ori-ente (depois referido como Império Bizantino) centradoem Constantinopla. A parte ocidental foi seguidamenteatacada por tribos nómadas germânicas, e em 476 final-mente caiu sob a invasão dos Hérulos comandados porOdoacro.

I} pede ajuda a Carlos Magno, rei dos Francos, contra a invasãode 772

A autoridade romana no Oeste entrou em colapso e asprovíncias ocidentais logo tornaram-se pedaços de rei-nos germânicos. Entretanto, a cidade de Roma, sob ocomando da Igreja Católica Romana permaneceu comoum centro de ensino, e fez muito para preservar o pensa-mento clássico romano na Europa Ocidental.*[27] Nessemeio-tempo, o imperador romano em Constantinopla,Justiniano I, conseguiu com sucesso, montar toda a leiromana no Corpus Juris Civilis (529–534). Por todo oséculo VI, o Império Romano do Oriente esteve envol-vido numa série de conflitos sangrentos, primeiro contrao Império Sassânida, depois contra o Califado Rashidun.Em 650, as províncias do Egito, Palestina e Síria foramperdidas para forças muçulmanas.Na Europa Ocidental, uma estrutura política surgia: novácuo do poder deixado pelo colapso de Roma, hierar-quias locais foram construídas sob a união das pessoasnas terras que eram trabalhadas. Dízimos eram pagosao senhor da terra e este senhor devia tributos ao prín-cipe regional. Os dízimos eram usados para financiar oestado e as guerras. Esse foi o sistema feudal, no qual no-vos príncipes e reis apareceram, no qual o maior deles foio líder Franco Carlos Magno. Em 800, Carlos Magno,após as suas grandes conquistas territoriais, foi coroadoImperador dos Romanos (“Imperator Romanorum”)pelo Papa Leão III, afirmando efectivamente o seu poderna Europa Ocidental. O reinado de Carlos Magno mar-cou o começo dum novo império germânico no oeste, oSacro Império Romano. Para além das suas fronteirasnovas forças estavam crescendo. O Principado de Kievestava delimitando o seu território, a Grande Morávia es-tava crescendo, enquanto os anglos e os saxões estavamconfirmando as suas fronteiras.

Page 6: Europa

6 3 HISTÓRIA

3.4 Idade Moderna

3.4.1 Renascimento e Reforma

A Escola de Atenas por Rafael Sanzio; os contemporâneos, comoMichelangelo e Leonardo da Vinci (centro) são retratados comoeruditos clássicos

O Renascimento foi um movimento cultural que afectouprofundamente a vida intelectual europeia no seu períodopré-moderno. Começando em Itália, e espalhando-se denorte a oeste, o renascimento durou aproximadamente250 anos e a sua influência afectou a literatura, filosofia,arte, política, ciência, história, religião entre outros as-pectos de indagação intelectual.*[27]O italiano Francesco Petrarca (Francesco di Petracco), su-posto primeiro legítimo humanista, escreveu na décadade 1330:“Estou vivo agora, ainda que eu prefira ter nas-cido noutro tempo”. Ele era um entusiasta da antiguidaderomana e grega. Nos séculos XV e XVI, o contínuo entu-siasmo pela antiguidade clássica foi reforçado pela ideiade que a cultura herdada estava se dissipando e de que ha-via um conjunto de ideias e atitudes com que seria pos-sível reconstruí-la. Matteo Palmieri escreveu em 1430:“Agora, com certeza, todo espírito pensante deve agrade-cer a Deus, porque a ele foi permitido nascer numa novaera”. O Renascimento fez nascer uma nova era em queaprender era muito importante.Importantes precedentes políticos aconteceram neste pe-ríodo. O político Nicolau Maquiavel escreveu“O Prín-cipe”que influenciou o posterior absolutismo e a políticapragmática. Também foram importantes os diversos lí-deres que governaram estados e usaram a arte da Renas-cença como sinal de seus poderes.Durante esse período, a corrupção da Igreja Católica le-vou a uma dura reação, na Reforma Protestante.*[27] Eela ganhou muitos seguidores, especialmente entre prín-cipes e reis buscando um estado forte para acabar com ainfluência da igreja católica. Figuras como Martinho Lu-tero começaram a surgir, assim também como João Cal-vino com o seu Calvinismo que teve influência em mui-tos países e o rei Henrique VIII da Inglaterra que rompeucom a igreja católica e fundou a Igreja Anglicana. Essasdivisões religiosas trouxeram uma onda de guerras ins-piradas e conduzidas religiosamente, mas também pela

As 95 Teses do monge alemão Martinho Lutero que quebrarama autocracia papal

ambição dos monarcas na Europa Ocidental que se tor-navam cada vez mais centralizadas e poderosas.A reforma protestante também levou a um forte mo-vimento reformista na igreja católica chamado Contra-Reforma, que tinha como objectivo reduzir a corrup-ção, assim como aumentar e fortalecer o dogma católico.Um importante grupo da igreja católica que surgiu nessaépoca foram os Jesuítas, que ajudaram a manter a EuropaOriental na linha católica de pensamento. Mesmo assim,a igreja católica foi fortemente enfraquecida pela reformae, grande parte do continente não estava mais sob sua in-fluência e os reis nos países que continuaram no catoli-cismo começaram a anexar as terras da igreja para os seuspróprios domínios.

3.4.2 A Era dos Descobrimentos

Réplica de caravela, utilizada a partir de meados do século XVna exploração oceânica

As numerosas guerras não impediram que os novosestados explorassem e conquistassem largas porçõesdo mundo, particularmente na Ásia (Sibéria)*[31] e arecém-descoberta América.*[32] No século XV, Portugalliderou a exploração geográfica, seguido pela Espanha no

Page 7: Europa

3.4 Idade Moderna 7

começo no século XVI. Eles foram os primeiros estadosa fundar colónias/colônias na América e estações de trocanas costas da África e da Ásia, porém logo foram segui-dos pela França, Inglaterra e Holanda. Em 1552, o czarRusso Ivan, o Terrível conquistou os dois maiores canatostártaros, Casã e Astracã, e a viagem de Yermak em 1580,que levou a anexação da Sibéria pela Rússia.A expansão colonial prosseguiu-se nos anos seguintes(mesmo com alguns empecilhos, como a RevoluçãoAmericana e as guerras pela independência em muitascolónias americanas). A Espanha controlou parte daAmérica doNorte e grande parte daAmérica Central e doSul, as Caraíbas/o Caribe e Filipinas.;*[33] Portugal teveem suas mãos o Brasil e a maior parte dos territórios cos-teiros emÁfrica e na Ásia (Índia e pequenos territórios naChina etc);*[34] Os britânicos comandavam a Austrália,Nova Zelândia, maior parte da Índia e grande parte daÁfrica e América doNorte;*[35] a França comandou par-tes do Canadá e da Índia (porém quase tudo foi perdidopara os britânicos em 1763), a Indochina, grandes terrasna África e Caribe; a Holanda ganhou as Índias Orientais(hoje Indonésia) e algumas ilhas nas Caraíbas/no Caribe;países como Alemanha, Bélgica, Itália e Rússia conquis-taram colónias posteriormente.Essa expansão ajudou a economia dos países que a fize-ram. O comércio prosperou, por causa da menor estabi-lidade entre os impérios. No final do século XVI, a prataamericana era responsável por 1/5 de todo o comércio daEspanha.*[36] Os países europeus travaram guerras queforam pagas através do dinheiro conseguido com a explo-ração das colónias/colônias. No entanto, os lucros com otráfico de escravos e as plantações das Índias Ocidentais,a mais rentável das colônias britânicas naquele momento,representavam apenas 5% de toda a economia do ImpérioBritânico no final do século XVIII, tempo da RevoluçãoIndustrial.

3.4.3 Iluminismo

A batalha de Nördlingen na Guerra dos Trinta Anos

A partir do início deste período, o capitalismo substituíao feudalismo como principal forma de organização eco-nómica, ao menos no oeste da Europa. A expansão dasfronteiras coloniais resultou numa Revolução Comercial.Nota-se no período o crescimento da ciência moderna e aaplicação de suas descobertas em melhorias tecnológicas,

que culminaram com a revolução Industrial. Descobertasibéricas do Novo Mundo, que começaram com a jornadade Cristóvão Colombo ao oeste com a busca de uma rotafácil para as Índias Orientais em 1492, foram logo adap-tadas por explorações inglesas e francesas na América doNorte. Novas formas de comércio e a expansão dos hori-zontes fizeram necessária uma mudança no direito inter-nacional.A reforma protestante produziu efeitos profundos na uni-dade europeia. Não apenas dividindo as nações umadas outras pela sua orientação religiosa, mas alguns es-tados foram afectados internamente por lutas religiosas,fortemente encorajadas por seus inimigos externos. AFrança viveu essa situação no século XVI com uma sé-rie de conflitos, como as guerras religiosas na França,que culminaram no triunfo da Dinastia Bourbon. A In-glaterra preveniu-se desse facto/fato com a consolida-ção sob a Rainha Elizabeth do moderado Anglicanismo.Quase toda a parte da atual Alemanha estava divididaem inúmeros estados sob o comando teórico do SacroImpério Romano Germânico, que também estava divi-dido dentro do próprio governo. A única exceção a issoera a Comunidade Polaco-Lituana, uma união criada pelaUnião de Lublin, expressando uma grande tolerância reli-giosa. Esse embate religioso aconteceu até à Guerra dosTrinta Anos quando o nacionalismo substituiu a religiãocomo principal motor dos conflitos na europa.*[37]

Mapa da Europa em 1648 após o Tratado de Vestfália. A áreaem cinza representa os estados alemães do Sacro Império

A Guerra dos Trinta Anos aconteceu entre 1618 e1648,*[38] principalmente no território da atual Alema-nha, e envolveu as principais potências europeias. Co-meçou como um conflito religioso entre Protestantes eCatólicos no Sacro Império Romano Germânico, e gra-dualmente desenvolveu-se numa guerra geral, envolvendoboa parte da europa, por razões não necessariamente li-gadas à religião.*[39] O maior impacto da guerra, na qualexércitos de mercenários foram largamente utilizados, foia devastação de regiões inteiras na busca do exército ini-migo. Episódios como a disseminação da fome e dasdoenças devastaram a população dos estados germânicose, em menor grau, dos Países Baixos e da Itália, onde le-

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8 3 HISTÓRIA

varam à falência muito dos poderes regionais envolvidos.Entre um quarto e um terço da população alemã pere-ceu por causas diretamente ligadas à guerra ou ainda dedoenças e miséria causadas pelo conflito armado.*[40] Aguerra durou trinta anos, mas os conflitos que ela deu iní-cio ainda continuaram sem solução por muito tempo.Depois da Paz de Vestfália, que permitiu aos paí-ses que eles escolhessem a sua orientação religiosa, oAbsolutismo tornou-se o padrão do continente, enquantoa Inglaterra caminhava rumo ao liberalismo com aGuerraCivil Inglesa e a Revolução Gloriosa.*[41] Os confli-tos militares na europa não acabaram, mas tiveram me-nos impacto na vida dos seus cidadãos. No noroeste, oIluminismo deu a base filosófica para um novo ponto devista na sociedade, e a contínua difusão da literatura foipossível com a invenção da prensa, criando novas formasde avanço do pensamento humano. Ainda, nesse seg-mento, a Comunidade Polaco-Lituana foi uma exceção,com a sua quase democrática "liberdade dourada".A Europa Oriental era uma arena de conflito dispu-tada pela Suécia, Comunidade Polaco-Lituana e ImpérioOtomano. Nesse período observou-se um gradual de-clínio destes três poderes que foram eventualmentesubstituídos pelas novas monarquias absolutistas, Rús-sia, Prússia e Áustria.*[42] Na virada para o séculoXIX, eles tornaram-se as novas potências, dividindo aPolónia entre si, com Suécia e Turquia perdendo terri-tórios substanciais para a Rússia e a Áustria respetiva-mente/respectivamente. Uma grande parte de judeus po-lacos/poloneses emigrou para a Europa Ocidental, fun-dando comunidades judaicas em lugares de onde foramexpulsos durante a Idade Média.

3.5 Idade Contemporânea

3.5.1 Revoluções políticas

A Tomada da Bastilha, durante a Revolução Francesa em 1789

A intervenção francesa na Guerra de Independência dosEUA levou o estado francês à falência.*[43] Depois de di-versas tentativas falhas de uma reforma financeira, Luis

XVI foi forçado a reavivar a Assembleia dos Estados Ge-rais, um corpo representativo do país feito pelas três clas-ses do estado: o clero, os nobres e o povo. Os membrosdos Estados-Gerais reuniram-se no Palácio de Versalhesem maio de 1789, mas o debate e a forma de votaçãoque seria usada criaram um impasse. Veio junho, e oterceiro estado, associado a membros dos dois outros es-tados, declarou-se uma Assembleia Nacional e prometeunão se dissolver até que França tivesse uma constituiçãoe criasse, em julho, uma Assembleia Nacional Consti-tuinte. No mesmo tempo, os parisienses revoltaram-se,celebremente derrubando a prisão da Bastilha em 14 dejulho de 1789.*[43]Nesse tempo, a assembleia criou uma monarquia consti-tucional, e nos dois anos que se passaram várias leis foramcriadas como a Declaração dos direitos do Homem e doCidadão, a abolição do feudalismo e uma mudança fun-damental das relações entre a França e Roma.*[43] Noinício, o rei continuou no trono ao longo dessas mudan-ças e gozou de uma popularidade razoável com o povo,mas a anti-realeza crescia com o perigo de uma invasãoestrangeira. Então o rei, sem poderes, decidiu fugir com asua família, mas ele foi reconhecido de volta a Paris. Em12 de janeiro de 1793, sendo condenada a sua traição, elefoi executado.Em 20 de setembro de 1792, a convenção nacional aboliua monarquia e declarou a França uma república.*[43] De-vido à iminência das guerras, a convenção nacional criouo Comitê de Salvação Pública controlado por MaximilienRobespierre do Partido dos Jacobinos, para atuar comoexecutivo do país. Sob Robespierre o comitê iniciavao Reino do terror, no qual cerca de 40 000 pessoas fo-ram executadas em Paris, na maioria nobres, apesar de,frequentemente, faltarem evidências. Por todo o país,insurreições contra-revolução foram brutalmente repri-midas. O regime foi posto abaixo no golpe de 9 Termidor(27 de Julho de 1794) e Robespierre foi executado. O re-gime que se seguiu acabou com o Terror e afrouxou amaioria das regras extremas de Robespierre.*[43]

A batalha deWaterloo, onde Napoleão foi derrotado pelo Duquede Wellington em 1815

Napoleão Bonaparte foi o general francês que mais ob-teve sucesso nas guerras da Revolução, tendo conquis-tado grandes porções da península Itálica e forçado osaustríacos à paz. Em 1799, retornou do Egito e em18 de Brumário (9 de Novembro) subjugou o governo,substituindo-o pelo seu Consulado, do qual tornou-se

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3.5 Idade Contemporânea 9

o primeiro Cônsul.*[44] Em 2 de Dezembro de 1804,depois duma tentativa de assassinato, ele coroou-seimperador. Em 1805, Napoleão planeou invadir a Grã-Bretanha, mas a recém-criada aliança entre britânicos,russos e austríacos (Terceira Coalizão) forçou-o a dire-cionar a atenção para o continente, quando ao mesmotempo ele tinha falhado em desviar a Armada SuperiorBritânica para longe do Canal da Mancha, ocasionandouma decisiva derrota francesa na batalha de Trafalgarem 21 de outubro, e colocando um fim às suas esperan-ças de invadir a Grã-Bretanha. Em 2 de dezembro de1805, Napoleão derrotou o exército austro-russo, nume-ricamente superior, em Austerlitz, forçando a Áustria de-sistir da coalizão e levando à fragmentação do Sacro Im-pério Romano Germânico.*[44] Em 1806, a Quarta coa-lizão foi formada; em 14 de Outubro Napoleão derrotouos prussianos na Batalha de Jena-Auerstedt, marchandoatravés da Alemanha e derrotando os russos em 14 dejunho de 1807 em Friedland. Os Tratados de Tilsit divi-diram a Europa entre França e Rússia e criaram oDucadode Varsóvia.*[44]Em 12 de junho de 1812, Napoleão invadiu a Rússia coma sua Grande Armée de aproximadamente 700 000 solda-dos.*[44] Após as vitórias em Smolensk e Borodino, Na-poleão ocupou Moscovo, apenas para encontrá-la quei-mada pelo exército russo em retirada. Assim, ele foi for-çado a bater com seu exército em retirada. Na volta oseu exército foi arrasado pelos cossacos e sofreu de do-enças, fome e com o rigoroso inverno russo. Apenas 20000 soldados sobreviveram a essa campanha.*[44] Em1813, começou o declínio de Napoleão, sendo derrotadopelo Exército das Sete Nações na Batalha de Leipzig emoutubro de 1813. Ele foi forçado a abdicar depois daCampanha dos Seis Dias e a ocupação de Paris. Sob oTratado de Fontainebleau ele foi exilado na Ilha de Elba.Retornou à França em 1 de março de 1815 e convocouum exército leal, mas foi compreensivelmente derrotadopor forças britânicas e prussianas na Batalha de Waterlooem 18 de junho de 1815.*[44]

3.5.2 A formação das nações e dos impérios

Depois da derrota da revolucionária França, outras gran-des forças tentaram restaurar a situação existente antesde 1789. Em 1815, no Congresso de Viena, as maioresforças da Europa organizaram-se para produzir um pa-cífico equilíbrio de poder entre os impérios depois dasGuerrras Napoleónicas (embora estivessem ocorrendomovimentos internos revolucionários) sob o sistema deMatternich.*[45] Entretanto, os seus esforços foram in-capazes de parar a propagação de movimentos revolu-cionários: a classe média foi profundamente influenci-ada pelos ideais de democracia da Revolução Francesa, arevolução Industrial trouxe importantes mudanças sócio-económicas/econômicas, as classes baixas começarama ser influenciadas pelas ideias socialistas, comunistase anarquistas (especialmente unidas por Karl Marx no

Populares apoiando a Revolução de 1848 em Berlim

Manifesto Comunista),*[46] e a preferência dos novos ca-pitalistas era o liberalismo.

Em1815, as fronteiras da Europa foram refeitas, quando as suasraízes já haviam sido sacudidas pelos exércitos de Napoleão

Uma nova onda de instabilidade veio da formação de di-versos movimentos nacionalistas (na Alemanha, Itália,Polônia, etc.), buscando uma unidade nacional e/ou li-beração do domínio estrangeiro. Como resultado, o pe-ríodo entre 1815 e 1871 foi palco de um grande númerode conflitos e guerras de independência. Napoleão III, so-brinho de Napoleão I, retornou do exílio na Inglaterra em1848 para ser eleito pelo parlamento francês, como o en-tão“Presidente-Príncipe”e num golpe de estado eleger-se imperador, aprovado depois pela grande maioria doeleitorado francês. Ele ajudou na unificação da Itália lu-tando contra o Império Austríaco*[47] e lutou a Guerrada Crimeia com a Inglaterra e o Império Otomano con-tra a Rússia. Seu império ruiu depois duma infame der-rota para a Prússia, na qual ele foi capturado. A Françaentão se tornou uma fraca república que recusava-se anegociar e foi derrotada pela Prússia em poucos meses.Em Versalhes, o Rei Guilherme I da Prússia foi procla-mado Imperador da Alemanha e a Alemanha modernanasceu.*[48] Mesmo que a maioria dos revolucionáriostenha sido derrotada, muitos estados europeus tornaram-

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10 3 HISTÓRIA

se monarquias constitucionais, e em 1871 Alemanha eItália se desenvolveram em estados-nação. Foi no sé-culo XIX também que se observou o Império Britânicoemergir como o primeiro poder global do mundo devido,em grande parte, à Revolução Industrial e a vitória nasGuerras Napoleónicas.*[49]A paz iria apenas durar até que o Império Otomano decli-nasse suficientemente para se tornar alvo de outros.*[50]Isso incitou a Guerra da Crimeia em 1854,*[51] e come-çou um tenso período de pequenos conflitos entre as na-ções dominantes da Europa que deram o primeiro passopara a posterior Primeira Guerra Mundial. Isso mudouuma terceira vez com o fim de várias guerras que trans-formaram o Reino da Sardenha e o Reino da Prússia nasnações da Itália e da Alemanha, mudando significativa-mente o balanço do poder na Europa. A partir de 1870,a hegemonia Bismarquiana na Europa pôs a França emuma situação crítica.*[52] Ela devagar reconstruiu suasrelações internacionais, buscando alianças com a Grã-Bretanha e Rússia, para controlar o crescente poder daAlemanha sobre a Europa. Desse modo, dois lados opos-tos se formaram na Europa, incrementando suas forçasmilitares e suas alianças ano a ano.*[53]

3.5.3 Revolução Industrial

A Revolução Industrial iniciou-se na Grã-Bretanha

A Revolução Industrial foi um período compreendidoentre o fim do século XVIII e o começo do sé-culo XIX, no qual ocorreram grandes mudanças naagricultura, manufatura e transporte e foi produzido umprofundo efeito socioeconómico/socioeconômico e cul-tural na Grã-Bretanha, que posteriormente se espalhoupor toda a Europa, América do Norte, e depois paratodo o mundo, num processo que ainda continua: aIndustrialização. Na parte final dos anos de 1700 aeconomia baseada na força manual no Reino da Grã-Bretanha começou a ser substituída por outra domi-nada pela indústria e pelas máquinas. Começou com amecanização das indústrias têxteis, o desenvolvimento detécnicas avançadas de produção de ferro e o aumento do

uso de carvão refinado. A expansão do comércio foi pos-sibilitada com a introdução de canais, rodovias e auto-estradas. A introdução das máquinas a vapor (abasteci-das primeiramente com carvão) e maquinaria bruta (prin-cipalmente na manufatura têxtil) deram a base para gran-des aumentos na capacidade produtiva inglesa.*[54] Odesenvolvimento de máquinas de ferramentas nas duasprimeiras décadas do século XIX facilitou a produção demais máquinas para serem utilizadas noutras indústrias.Durante o século XIX, a industrialização se alastrou peloresto da Europa Ocidental e América do Norte, afetandoposteriormente grande parte do mundo.

3.5.4 Guerras mundiais

0 500 KM

Spanish MoroccoMorocco (Fr) Algeria (Fr) Tunisia (Fr)

FRANCE

SPAIN

PORTUGAL

ATLANTIC OCEAN

Mediterranean Sea

UNITED KINGDOMNorth Sea

BalticSea

ITALY

AUSTRIA–HUNGARY

GERMAN EMPIRE

Slovenians

Italians

Croats

Serbs

Dalmatia

Sarajevo

Romanians

Ukrainians

PolesSlovaks

Czechs

RUSSIA

Black SeaROMANIA

BULGARIA

OTTOMAN EMPIREGREECE

ALBANIA

MONTENEGRO

SERBIA

Central Powers

Triple Entente

Slavic allies of Russia

Military alliancesin 1914

minority groups inAustria–Hungary

Alianças militares europeias no início da Primeira Guerra Mun-dial

Depois da relativa paz na maior parte do século XIX,a rivalidade entre as potências europeias explodiu em1914, quando a Primeira Guerra Mundial começou.Mais de 60 milhões de soldados europeus foram mo-bilizados entre 1914 e 1918.*[55] De um lado estavamAlemanha, Áustria-Hungria, o Império Otomano e aBulgária (Poderes Centrais/Tríplice Aliança), enquantoque no outro lado estavam a Sérvia e a Tríplice Entente– a elástica coligação entre França, Reino Unido e Rús-sia, que ganhou a participação da Itália em 1915 e dosEstados Unidos em 1917. Embora a Rússia tenha sidoderrotada em 1917 (a guerra foi uma das maiores causasda Revolução Russa, levando à formação da comunistaUnião Soviética), a Entente finalmente prevaleceu no ou-tono de 1918.No Tratado de Versalhes (1919) os vencedores impu-seram severas condições à Alemanha e aos novos es-tados reconhecidos (tais como Polónia, Checoslováquia,Hungria, Áustria, Jugoslávia, Finlândia, Estónia, Letónia,Lituânia) criados na Europa Central a partir dos extin-tos impérios Alemão, Austro-Húngaro e Russo, suposta-mente na base da auto-definição. A maioria desses paísesentraria em guerras locais, sendo a maior delas a GuerraPolaco-Soviética (1919–1921). Nas décadas seguintes, omedo do comunismo e a Grande Depressão (1929–1943)levaram grupos extremistas nacionalistas ̶sob a cate-goria do fascismo ̶na Itália (1922), Alemanha (1933),

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3.5 Idade Contemporânea 11

Espanha (depois da guerra civil, terminada em 1939) eem outros países como a Hungria.

Hitler e Mussolini formaram o Pacto do Eixo e dominaram amaior parte da Europa na fase inicial da Segunda Guerra Mun-dial

Depois de aliar-se com a Itália de Mussolini no Pacto deAço e assinar o pacto de não-agressão com aUnião Sovié-tica, o ditador alemão Adolf Hitler começou a SegundaGuerra Mundial em 1 de Setembro de 1939 invadindoa Polónia, depois de uma expansão militar ocorrida nofinal da década de 1930. Após sucessos iniciais (princi-palmente a conquista do oeste da Polónia/Polônia, grandeparte da Escandinávia, França e os Balcãs antes de 1941),as forças do Eixo começaram a enfraquecer-se em 1941.Os principais oponentes ideológicos de Hitler eram oscomunistas da Rússia, mas por causa da falha alemã emderrotar o Reino Unido e das falhas italianas no norte daÁfrica e no Mediterrâneo, as forças do Eixo se resumi-ram à Europa Ocidental, Escandinávia, além de ataquesa África. O ataque feito posteriormente à União Soviética(que junto com a Alemanha dividiu a Europa central em1939-1940) não foi feito com a força necessária. Apesarde um sucesso inicial, o exército alemão foi parado pertode Moscovo em dezembro de 1941.Apenas no ano seguinte é que o avanço alemão seria pa-rado e eles começariam a sofrer uma série de derrotas,como por exemplo, nas batalhas de Stalingrado e Kursk.Nesse ínterim, o Japão (aliado de Alemanha e Itália desdesetembro de 1940) atacou os britânicos no Sudeste Asiá-tico e os Estados Unidos no Havaí em 7 de Dezembrode 1941; a Alemanha então completou a sua expansãodeclarando guerra aos Estados Unidos. A guerra aumen-

tou a tensão entre o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) eos Aliados (Reino Unido, União Soviética e os EstadosUnidos). As forças Aliadas venceram no norte da Áfricae invadiram a Itália em 1943, e a ocupada França em1944. Na primavera de 1945, a Alemanha foi invadidapelo leste pela União Soviética e pelo oeste pelos Alia-dos; Hitler cometeu suicídio e a Alemanha se rendeu nocomeço de maio acabando com a guerra na Europa.O período foi marcado também por um industrializado eplaneado genocídio de mais de 11 milhões de pessoas, in-cluindo a maioria dos judeus da Europa e ciganos, assimcomo milhões de polacos e eslavos soviéticos. O sistemasoviético de trabalho forçado, as expulsões da populaçãoda União Soviética e a grande fome da Ucrânia tiveramsemelhante carga de mortes. Durante e depois da guerra,milhões de civis foram afetados pelas forçadas transfe-rências da população.

3.5.5 Guerra Fria

Alemães em pé em cima do Muro de Berlim em 1989. O murocomeçaria a ser destruído no dia seguinte

A Primeira e especialmente a Segunda Guerra Mun-dial acabaram com a preponderante posição da EuropaOcidental. O mapa do continente foi redesenhado naConferência de Yalta*[56] e dividido se tornou a princi-pal zona de contenção naGuerra Fria entre dois blocos, ospaíses ocidentais e o bloco Oriental. Os Estados Unidose a Europa Ocidental (Reino Unido, França, Itália, PaísesBaixos, Alemanha Ocidental, etc.) estabeleceram a ali-ança da OTAN como proteção contra uma possível inva-são soviética.*[57] Depois, a União Soviética e o LesteEuropeu (Polónia, Checoslováquia, Hungria, Roménia,Bulgária e Alemanha Oriental) estabeleceram o Pacto deVarsóvia como proteção contra uma possível invasão dosEstados Unidos.*[58]Na mesma época, a Europa Ocidental lentamente co-meçou um processo de integração política e econó-mica/econômica,*[59] desejando um continente unidoe integrado para prevenir outra guerra. Esse processoresultou naturalmente no desenvolvimento de organiza-

Page 12: Europa

12 4 GEOGRAFIA

ções como a União Europeia*[59] e o Conselho da Eu-ropa.*[60] O movimento Solidarność que aconteceu nadécada de 1980 enfraqueceu o governo comunista naPolônia, foi o começo do fim do domínio comunista naEuropa Oriental e o declínio da União Soviética.*[61] Olíder soviético Mikhail Gorbachev instituiu a Perestroikae a Glasnost, que enfraqueceram oficialmente a influên-cia soviética na Europa Oriental.*[61] Os governos quedavam suporte aos soviéticos entraram em colapso e aAlemanha Ocidental anexou a Oriental em 1990. Em1991, a própria União Soviética ruiu, dividindo-se em15 estados, com a Rússia tomando o lugar da União So-viética no Conselho de Segurança da ONU. Entretanto,a separação mais violenta aconteceu na Jugoslávia, nosBálcãs. Quatro (Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegó-vina e Macedónia/Macedônia) das seis repúblicas jugos-lavas declararam independência e para a maioria delasuma violenta guerra se seguiu, em algumas partes até1995. Em 2006, Montenegro se separou e declarou inde-pendência, seguido por Kosovo, formalmente uma pro-víncia autónoma/autônoma da Sérvia, em 2008, e desca-racterizando completamente o antigo mapa da Jugoslá-via/Iugoslávia. Na era pós-guerra fria, OTAN e a UniãoEuropeia foram gradualmente admitindo a maioria dosantigos estados membros do Pacto de Varsóvia.*[59]

3.5.6 Reunificação e integração

Bandeira europeia, símbolo da reunificação do continente e deorganizações como a União Europeia e o Conselho da Europa

Em 1992, o Tratado de Maastricht foi assinado pelosentão membros da União Europeia. Isso transformouo “Projeto Europeu”de ser uma comunidade econó-mica/econômica com certos aspectos políticos, numaunião com uma intensa cooperação e prosperidade base-ada numa união de soberanias nacionais.*[59] Em 1985,o Acordo de Schengen criou uma área sem fronteiras esem controle de passaporte entre os estados que o assina-ram.*[62]Uma moeda comum para a maioria dos estados mem-bros da União Europeia, o euro, foi estabelecida eletro-nicamente em 1999,*[63] oficialmente partilhando todasas moedas de cada participante com os outros. A nova

moeda foi posta em circulação em 2002 e as velhas fo-ram retiradas dos mercados.*[63] Apenas três países dosquinze estados membros decidiram não aderir ao euro(Reino Unido, Dinamarca e Suécia). Em 2004, a UE deuordem à sua maior expansão, admitindo 10 novos mem-bros (oito dos quais antigos estados comunistas). Outrosdois ingressaram no grupo em 2007, num total de 27 na-ções.Um tratado estabelecendo uma constituição para a UE foiassinado em Roma em 2004, com a intenção de substituirtodos os antigos tratados com apenas um só documento.Entretanto, a sua ratificação nunca foi feita devido à rejei-ção de franceses e holandeses, via referendo. Em 2007,concordou-se em substituir aquela proposta com um novotratado reformado, o Tratado de Lisboa, que iria entrarcomo uma emenda em vez de substituir os tratados exis-tentes.*[64] Esse tratado foi assinado em 13 de dezembrode 2007 e entraria em vigor em janeiro de 2009, se rati-ficado até essa data. Isso daria à União Europeia seu pri-meiro presidente e ministro de relações exteriores.*[64]Os Balcãs são a parte da Europa que mais deseja aderir àUnião Europeia, com a Croácia notadamente esperandoser aceite antes de 2010.*[65]*[66]

4 Geografia

Imagem de satélite do continente europeu

Fisiograficamente, a Europa é o componente noroesteda maior massa de terra do planeta, conhecida como aEurásia, ou Eurafrásia: a Ásia ocupa a maior parte lestedessa porção de terra contínua e todos partilham uma pla-taforma continental comum. A fronteira oriental da Eu-ropa agora é comumente definida pelos montes Urais, naRússia.*[15] O geógrafo do século I d.C. Estrabão, con-siderava o rio Don“Tanais”como o limite para o marNegro,*[67] como diziam as primeiras fontes judaicas.A fronteira sudeste com a Ásia não é universalmente de-finida, sendo que o rio Ural, ou, alternativamente, o rio

Page 13: Europa

4.2 Hidrografia 13

Emba servem mais comummente como limites possíveis.O limite continua até ao mar Cáspio, a crista das mon-tanhas do Cáucaso, ou, alternativamente, o rio Kura noCáucaso, e o mar Negro, Bósforo, o mar de Mármara,o estreito de Dardanelos, o mar Egeu concluem o limitecom a Ásia. O mar Mediterrâneo ao sul separa a Europada África. A fronteira ocidental é o oceano Atlântico, aIslândia, embora mais perto da Gronelândia (América doNorte) do que da Europa continental, são geralmente in-cluídos na Europa.Por causa das diferenças sócio-políticas e culturais, exis-tem várias descrições de fronteira da Europa, sendo queem algumas fontes alguns territórios não estão incluí-dos na Europa, enquanto outras fontes incluem-nos. Porexemplo, os geógrafos da Rússia e de outros países pós-soviéticos geralmente incluem os Urais na Europa, in-cluindo o Cáucaso na Ásia. Da mesma forma, o Chipre émais próximo da Anatólia (ou Ásia Menor), mas é mui-tas vezes considerado parte da Europa e atualmente é umestado membro da UE. Além disso, Malta já foi conside-rado uma ilha da África ao longo de vários séculos.*[68]

4.1 Relevo

Monte Elbrus, o ponto mais alto da Rússia e de toda a Europa

O relevo europeu mostra grande variação dentro de áreasrelativamente pequenas. As regiões do sul são mais mon-tanhosas, enquanto se move a norte o terreno desce dosaltos Alpes, Pirenéus e Cárpatos, através de planaltosmontanhosos, baixas planícies do norte, que são vastasa leste.*[69] Esta planície estendida é conhecida como aGrande Planície Europeia, e em seu coração encontra-sea Planície do Norte da Alemanha.*[70] Um arco de terrasaltas, também existe ao longo da costa norte-ocidental,que começa na parte ocidental da ilha da Grã-Bretanhae da Irlanda, e continua ao longo da montanhosa coluna,com fiordes cortados, da Noruega.*[71]Esta descrição é simplificada. Sub-regiões como apenínsula Ibérica e a península Itálica contêm suas pró-prias características complexas, como faz a própria Eu-ropa Central continental, onde o relevo contém muitos

planaltos, vales de rios e bacias que complicam a tendên-cia geral. Sub-regiões como a Islândia, a Grã-Bretanha ea Irlanda são casos especiais. A primeira é uma terra in-dependente no oceano do norte, que é considerada comoparte da Europa, enquanto as outras duas são zonas demontanha que outrora foram parte do continente até onível do mar cortá-las da massa de terra principal.

4.2 Hidrografia

Rio Oder, Estetino, Polónia

O continente apresenta uma complexa rede hidrográ-fica, com grandes rios como o Volga, na Rússia, e oDanúbio, que atravessa territórios (ou delimita frontei-ras) da Alemanha, Áustria, República Checa, Croácia,Hungria, Sérvia, Romênia, Bulgária e Ucrânia. O rioVolga é o maior rio da Europa. Começa no Lago Ládogae atravessa no sentido norte-sul a região oeste da Rússiaaté desaguar no mar Cáspio.*[72]Entre os lagos europeus destacam-se o mar Cáspio, loca-lizado na divisa com a Ásia e que possui 371 mil km²; eo lago Ládoga, na Federação Russa, este último o maiorlocalizado totalmente no continente, com 17 700 km² deárea. Outros lagos extensos são o Onega, o Vänern, oSaimaa, o Vättern, entre outros.*[73]

4.3 Clima

A Europa encontra-se principalmente nas zonas de climatemperado, sendo submetido a correntes de ventos dooeste.O clima é mais ameno em comparação com outras áreasda mesma latitude de todo o mundo devido à influênciada Corrente do Golfo.*[74] A Corrente do Golfo é o ape-lido de“aquecimento central da Europa”, porque torna oclima da Europa mais quente e mais húmido do que seriade outra maneira. A Corrente do Golfo não só leva águaquente à costa da Europa, mas também aquece os ven-tos que sopram de oeste em todo o continente do OceanoAtlântico.Portanto, a temperatura média durante todo o ano deNápoles, é de 16 °C (60,8 °F), enquanto ela fica a apenas

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14 5 DEMOGRAFIA

Mapa climático da Europa de acordo com a classificação climá-tica de Köppen-Geiger

12 °C (53,6 °F), em Nova York, que é quase na mesmalatitude. Berlim, na Alemanha; Calgary, no Canadá, eIrkutsk, na parte asiática da Rússia, estão em torno damesma latitude, as temperaturas de janeiro, em Berlim,são em média em torno de 8 °C (15 °F), mais elevadasdo que aquelas registradas em Calgary, e são quase 22 °C(40 °F) mais elevadas do que as temperaturas médias emIrkutsk.*[74]

5 Demografia

1% +0,5% – 1% 0% – 0,5%

-0,5% – 0%-1% – -0,5%

Crescimento populacional e declínio por toda a Europa.*[75]

Desde o Renascimento, a Europa teve uma grande in-fluência na cultura, economia e movimentos sociais nomundo. As invenções mais significativas tiveram ori-gem nomundo ocidental, principalmente na Europa e nosEstados Unidos.*[76] Algumas questões atuais e passa-das na demografia europeia incluíram emigração religi-osa, relações raciais, imigração econômica, a taxa de na-talidade decrescente e o envelhecimento da população.Em alguns países, como a Irlanda e a Polónia, o acessoao aborto é atualmente limitado. No passado, tais res-trições e também as restrições sobre o controle artificialda natalidade eram comuns em toda a Europa. O abortocontinua sendo ilegal na ilha deMalta, onde o catolicismo

Imagem de satélite da Europa à noite

é a religião do Estado. Além disso, três países europeus(Países Baixos, Bélgica e Suíça) e a Comunidade Autó-noma da Andaluzia (Espanha)*[77]*[78] têm permitidouma forma limitada de eutanásia voluntária para doentesterminais.Em 2005, a população da Europa era estimada em 731milhões de acordo com as Nações Unidas,*[3] que é umpouco mais do que um nono da população mundial. Umséculo antes, a Europa tinha quase um quarto da popula-ção mundial. A população da Europa cresceu no séculoXX passado, mas nas outras regiões do mundo (especi-almente na África e na Ásia), a população tem crescidomuitomais rapidamente.*[3] Dentre os continentes, a Eu-ropa tem uma densidade populacional relativamente alta,perdendo apenas para a Ásia. O país mais densamentepovoado da Europa são os Países Baixos, terceiro no ran-king mundial após a Coreia do Sul e Bangladesh. Pan ePfeil (2004) contam 87 distintos“povos da Europa”, dosquais 33 formam a maioria da população em pelo menosum Estado soberano, enquanto os 54 restantes constituemminorias étnicas.*[79]Segundo a projeção de população da ONU, a popula-ção da Europa pode cair para cerca de 7% da populaçãomundial até 2050, ou 653 milhões de pessoas (variantemédia, 556 a 777 milhões em baixa e alta variante, res-petivamente/respectivamente).*[3] Neste contexto, exis-tem disparidades significativas entre regiões em relaçãoàs taxas de fertilidade. O número médio de filhos por mu-lher em idade reprodutiva é de 1,52.*[80] De acordo comalgumas fontes,*[81] essa taxa é maior entre os europeusmuçulmanos. A ONU prevê que o declínio contínuo dapopulação de vastas áreas da Europa Oriental.*[82] A po-pulação da Rússia está diminuindo em pelo menos 700mil pessoas a cada ano.*[83] O país tem hoje 13 mil al-deias desabitadas.*[84]A Europa é o lar do maior número de migrantes de to-das as regiões do mundo, em 70.6 milhões de pessoas,segundo um relatório da OIM.*[85] Em 2005, a UE teveum ganho líquido global de imigração de 1,8 milhão depessoas, apesar de ter uma das maiores densidades po-

Page 15: Europa

5.2 Religião 15

pulacionais do mundo. Isso representou quase 85% docrescimento populacional total da Europa.*[86] A UniãoEuropeia pretende abrir centros de emprego para traba-lhadores migrantes legais da África.*[87]*[88]Emigração da Europa começou com os colonos espanhóisno século XVI, e com colonos franceses e ingleses no sé-culo XVII.*[89] Mas os números mantiveram-se relati-vamente pequenas até ondas de emigração em massa noséculo XIX, quando milhões de famílias pobres, deixa-ram a Europa.*[90]Hoje, uma grande população de ascendência europeia éencontrada em todos os continentes. A ascendência euro-peia predomina na América do Norte e, em menor grau,na América do Sul (principalmente na Argentina, Chile,Uruguai e Centro-Sul do Brasil). Além disso, a Austráliae a Nova Zelândia têm grandes populações de descen-dentes europeus. A África não tem países de maioria dedescendentes de europeus, mas há minorias significativas,como a dos brancos Sul-Africanos. Na Ásia, as popu-lações descendentes de europeus (mais especificamenterussos) predominam no Ásia Setentrional.

5.1 Línguas

As línguas europeias pertencem principalmente a trêsgrupos de Línguas indo-europeias: as línguas români-cas, derivadas do latim do Império Romano, as línguasgermânicas, cujos ancestrais vieram de língua do sul daEscandinávia, e as línguas eslavas.*[91] Apesar de ter amaioria de seu vocabulário descendente de línguas româ-nicas, o idioma Inglês é classificado como uma língua ger-mânica.As línguas românicas são faladas principalmente no su-doeste da Europa, bem como na Roménia e na Moldávia.As línguas germânicas são faladas no noroeste da Europae algumas partes da Europa Central. As línguas eslavassão faladas na Europa Central, Oriental e sudeste da Eu-ropa.*[91]Muitas outras línguas fora dos três grupos principais gru-pos existem na Europa. Outras línguas indo-europeiasincluem o grupo do Báltico (ie, Letã e Lituana), o grupoCéltico (ie, Irlandês, Gaélico Escocês, Manês, Galês,Córnico e Bretão),*[91] Grego, Albanês, e Arménio.Um grupo diferente de línguas urálicas são o Estónio,Finlandês e Húngaro, falado nos respetivos/respectivospaíses, bem como em partes da Roménia, Rússia, Sérviae Eslováquia.Outras línguas não indo-europeias são o maltês (aúnica língua oficial semita da UE), o Basco, Geórgio,Azerbaijão, Turco no leste da Trácia Oriental e as línguasdas nações minoritárias na Rússia.O multilinguismo e a proteção das línguas regionais e mi-noritárias são objetivos políticos reconhecidos na Europade hoje. A Convenção para a Proteção das Minorias Na-cionais e a Carta Europeia das Línguas Regionais ou Mi-

noritárias do Conselho da Europa estabelecem um quadrojurídico para os direitos linguísticos na Europa.

5.2 Religião

Historicamente, a religião na Europa tem tido uma grandeinfluência na arte, cultura, filosofia e direito europeu. Areligião maioritária na Europa é o cristianismo praticadopor católicos, ortodoxos orientais e protestantes.Na sequência, é o Islão, concentrado principalmenteno sudeste (Bósnia e Herzegovina, Albânia, Kosovo,Cazaquistão, Chipre do Norte, Turquia e Azerbaijão), eo Budismo Tibetano encontrado em Kalmykia. As ou-tras religiões, incluindo o Judaísmo e o Hinduísmo, sãoreligiões minoritárias.A Europa é um continente relativamente secular e temo maior número e proporção de pessoas sem religião,agnósticas e ateias no mundo ocidental, com um númeroparticularmente elevado de pessoas que se autodescre-vem como não-religiosas na República Checa, Estónia,Suécia, Alemanha (Oeste) e França.*[92]

6 Política

6.1 União Europeia

Uma união constituída por mais de uma dezena de países,que fazem transações comerciais utilizando uma mo-eda única - Euro - e cujos interesses são representadospor instituições comuns. Essa nova Europa começoua ganhar corpo em dezembro de 1991, quando os 12países-membros daUnião Europeia concluíram o Tratadode Maastricht, que objetivava a união política, econó-mica/econômica e monetária dos participantes, sem fe-char espaço para novas adesões.*[93]Através desse acordo, Alemanha, Bélgica, Dinamarca,Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo,Países Baixos, Portugal e Reino Unido iniciaram a cami-nhada da integração europeia. Áustria, Finlândia e Suéciasão uns dos mais novos membros e vários outros paísesjá entraram com seu pedido de adesão.*[93]A reunião na cidade neerlandensa de Maastricht - que,em dezembro de 1991, consolidou a formação da UniãoEuropeia - representou um capítulo de várias etapas, cujasiniciativas pioneiras surgiram logo após a SegundaGuerraMundial.*[94]

• Benelux (België/Belgique, Nederland eLuxembourg) - Países-membros: Bélgica, PaísesBaixos e Luxemburgo.Foi a primeira organização (1948) e tornou-semodelo e estímulo para as demais. Visava aodesenvolvimento econômico dos três países-membros e à ampliação do comércio entre

Page 16: Europa

16 6 POLÍTICA

eles.*[94]

• CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço)- Países-membros: os integrantes do Benelux emais Alemanha, Dinamarca, França, Reino Unidoe Itália.*[94]Primeira entidade que, já em 1951, reunia vence-dores e vencidos da Segunda Guerra Mundial, aCECA tinha como objetivo principais a livre cir-culação de ferro, carvão, aço e outros minerais nointerior da comunidade. Através da redução dosgastos com transportes e das tarifas alfandegárias,facilitava-se o escoamento daqueles produtos, essen-ciais à industrialização.*[94]

• AELC (Associação Europeia de Livre Comércio) -Países-membros: Islândia, Liechtenstein, Noruega eSuíça (países da Europa Ocidental).*[94]Criada em 1960, a AELC objetivava a elimi-nação de tarifas internacionais sobre produtossindustrializados e negociação de acordos bilateraissobre produtos agrícolas. Era prevista a unificaçãoda AELC com a União Europeia a partir de 1995,mas a Islândia, a Noruega e a Suíça decidiram ficarde fora. A união dos dois blocos receberia o nomede Espaço Econômico Europeu ou Área EconômicaEuropeia.*[94]

A Comunidade Económica Europeia (CEE) ou MercadoComum Europeu (MCE) foi o embrião da atualUnião Europeia (UE). Seus países membros são:Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha,Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo,Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.*[94]Quando de sua formação, em 1957, a entidade era cons-tituída apenas por Alemanha, Bélgica, França, Itália, Lu-xemburgo e Países Baixos. Em 1973, ingressaram a Di-namarca, a Irlanda e o Reino Unido; em 1981, a Grécia,e em 1986, Espanha e Portugal. Em 1995, a chamadaEuropa dos Doze cresceu ainda mais, ganhando a adesãode Áustria, Finlândia e Suécia.*[95]A partir de 1994, os países-membros da ComunidadeEconómica Europeia, que adotou então o nome de UniãoEuropeia, se integrariam para formar um mercado único,em que seriam abolidos os sistemas alfandegários e asdiferentes taxas de impostos, além das restrições aocomércio, serviços e à circulação de capitais. Isso signifi-caria, entre outras coisas, que os habitantes da União Eu-ropeia teriam trânsito livre em todos os países-membros,inclusive para trabalho; os impostos seriam aos poucosunificados e haveria livre acesso às mercadorias e serviçosde todos os países-membros dentro da comunidade.*[95]Desde 1995, para facilitar a circulação de pessoas poralguns países da União Europeia, entrou em vigor umacordo entre Portugal, Espanha, França, Bélgica, Paí-ses Baixos, Luxemburgo e Alemanha para eliminar asbarreiras alfandegárias e a obrigação da apresentação dopassaporte entre esses países. Essa área recebeu o nome

de Espaço Schengen, tirado da cidade luxemburguesaonde o acordo foi assinado.*[95]No sentido da integração económica/econômica, outropasso importante seria a utilização de uma moeda co-mum. O ECU (European Currency Unity ou UnidadeMonetária Europeia) circula, desde 1993, como padrãoem operações financeiras e, apesar da discordância dealguns membros, pretendeu-se que, gradualmente, elefosse adotado nas operações cotidianas até 1999, quandoo euro entrou em vigor como moeda escritural e comomoeda oficial desde 2002.*[95]Todos os países que integram a União Europeiaapresentam economia desenvolvida, ainda que exis-tam diferenças extraordinárias entre eles, como en-tre Irlanda e Alemanha, por exemplo, ou Grécia eDinamarca. A meta, no entanto, é reduzir esses con-trastes, tornando a comunidade cada vez mais homogé-nea/homógena/homogênea.*[96]Apesar das metas em comum, há divergências entre ospaíses-membros da União Europeia e são frequentes osatritos e necessários os ajustes para garantir a execuçãode tais metas. O ano de 1994 foi de provas para a integri-dade da União Europeia, já que ocorreram, nos países,plebiscitos para ratificar seus objetivos e confirmar ounão a adesão à União. Na Dinamarca e no Reino Unido,as opiniões estavam muito divididas, mas o apoio à co-munidade prevaleceu. Na Noruega, entretanto, sua po-pulação decidiu não ingressar na União Europeia, apesarda solicitação de adesão feita anteriormente.*[96]

6.2 Outras organizações

Os países europeus ocidentais estão vinculados a impor-tantes organizações que agregam países de outros conti-nentes, como a OTAN e a OCDE.*[97]A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN),criada em 1949, tem caráter militar. Além de países eu-ropeus, inclui outros dois banhados pelo oceano AtlânticoNorte: Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo funda-mental é a cooperação militar e a defesa de seus mem-bros, no caso de agressâo internacional.*[97]Com o fim da Guerra Fria, o papel da OTAN tem estadoem segundo plano. A aliança assumiu um caráter pre-ponderantemente político em 1990, desenvolvendo o pa-pel de resolver crises localizadas. Vários países do LesteEuropeu solicitaram o ingresso à OTAN.*[97]A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvol-vimento Económico) foi estabelecida em 1961 para pro-mover bem-estar econômico e social entre seus membrose harmonizar a qualidade de vida nos países em desenvol-vimento. Além de 18 países europeus, engloba tambémAustrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia e Estados Uni-dos.*[97]

Page 17: Europa

7.1 Regiões 17

7 Subdivisões

A Europa, de acordo com a definição mais aceita, é mostradaem verde (países, por vezes associados com a cultura europeia,em azul escuro, partes de estados asiáticos e europeus em azulclaro)

1

2

3

MÔNACO

ANDORRA

4

5 6*

7

SUÍÇA

ÁUSTRIA

ALEMANHAPOLÔNIA

FRANÇA

REP.

CHECA

HUNGRIAROMÊNIA

ITÁLIA

ESPANHA

PORT

UG

AL

BÉLGICA

PAÍSES BAIXOS(HOLANDA)

REINO UNIDODA GRÃ-BRETANHA

E IRLANDA DO NORTE

NO

RU

EGA

SU

ÉC

IA

FINLÂ

ND

IA

CROÁCIA SÉRVIA

ALB

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IA

GRÉ

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BULGÁRIA

UCRÂNIA

CRIMEIA(Disputada entre Rússia e Ucrânia)

MOLDOVA

BELARUS

LITUÂNIA

LETÔNIA

ESTÔNIA

DINAMARCA

GEÓRGIAAZERBAIJÃO

ARMÊNIA

ESLOVÁQUIA

BÓSNIA-HERZEGOVINA

VATICANO

1 - LUXEMBURGO2 - LIECHTENSTEIN3 - SAN MARINO4 - ESLOVÊNIA5 - MONTENEGRO6 - KOSOVO (Reivindicado pela Sérvia)7 - MACEDÔNIA (F.Y.R.O.M.)

MALTA

ISLÂNDIA

ILHAS FÉROE(Dinamarca) RÚSSIA

KALININGRADO(Rússia)

REPÚBLICADA IRLANDA

O C E A N O

A T L Â N T I C O

MAR DONORTE

MAR MEDITERRÂNEO

MARNEGRO

O C E A N O Á R T I C O

Divisão política da Europa

De acordo com definições diferentes, os territórios po-dem ser sujeitos a várias categorizações. Os 27 EstadosMembros da União Europeia são altamente integradoseconomicamente e politicamente, a própria União Euro-peia faz parte da geografia política da Europa. A tabelaabaixo mostra o esquema de sub-regiões geográficas uti-lizado pela Organização das Nações Unidas,*[98] ao ladodo grupo regional publicado no CIA World Factbook.Dentro dos referidos Estados existem várias regiões, des-frutando de ampla autonomia, bem como de vários paísesindependentes de facto com reconhecimento internacio-nal limitado ou reconhecido, nenhum deles é membro daONU:

7.1 Regiões

De acordo com os pontos de vista espacial e económico,podemos dividir o continente em: Europa Ocidental,Europa Setentrional, Europa Centro-Oriental e EuropaMeridional. Sendo:

Divisão contemporânea da Europa por regiões de acordo comas Nações Unidas (a definição da ONU para Europa Ocidentalestão marcadas em azul claro):.Europa setentrionalEuropa ocidentalLeste EuropeuEuropa meridional

Grupos regionais de acordo com o The World Factbook

União Europeia e seus países candidatos

• Europa Ocidental: região que abrange alguns doschamados países atlânticos, ou seja, banhados pelo

Page 18: Europa

18 8 ECONOMIA

Nações do Conselho da Europa

Mapa mostrandos os países membros da União Europeia e daOTAN

Grupos regionais de Europa

oceano Atlântico (Reino Unido, Irlanda e França);os que mantêm relação direta com o Atlântico atra-vés do mar do Norte: Países Baixos, Bélgica eAlemanha; e os países sem saída para o mar, masque estão direta ou indiretamente vinculados ao Oci-dente (Áustria, Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein).

• Europa Setentrional: região que engloba aNoruega e a Suécia, localizadas na península Es-candinava, além da Finlândia, Islândia e Dinamarca;abrange também a Estônia, Letônia e Lituânia, que

a partir de 1990 se tornaram independentes da entãoUnião Soviética. A inclusão desses países na regiãojustifica-se por motivos económicos e pela sua pro-ximidade étnica e cultural com os finlandeses.

• Europa Centro-Oriental: É formada pelo con-junto dos antigos países socialistas do Leste -Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria,Roménia, Bulgária, Albânia, Sérvia, Montenegro,Kosovo, Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegovinae Macedónia - e pelas repúblicas que constituíama antiga União Soviética, em sua parte europeia:Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, Arménia,Azerbaijão e a Rússia Europeia.

• Europa Meridional: região que, também chamadade mediterrânea, compreende os países situados nosul do continente, quase todos banhados pelo marMediterrâneo: Portugal, Espanha, Itália, Grécia eTurquia europeia, além de vários micro-estados -Vaticano, San Marino, Mónaco, Malta e Andorra.

8 Economia

As nações europeias segundo o seu PIB (nominal) per capita em2002

Como um continente, a economia da Europa é atualmentea maior do planeta e é a região mais rica como medidopor ativos sob gestão, com mais de 32,7 trilhões de dó-lares em relação ao 27,1 trilhões de dólares da Américado Norte.*[100] Tal como acontece com outros continen-tes, a Europa tem uma grande variação da riqueza en-tre os seus países. Os países mais ricos tendem a estarno Ocidente, enquanto algumas das economias do Lesteainda estão emergindo do colapso da União Soviética eda Iugoslávia.A União Europeia, um organismo intergovernamentalcomposto por 27 estados europeus, compreende o maiorespaço económico/econômico único no mundo. Atual-mente, para 16 países da UE, o euro é a moeda comum.Cinco países europeus classificam-se entre as dez maioreseconomias nacionais do mundo por PIB (PPC). Issoinclui (classificação de acordo com a CIA): Alemanha(5), Reino Unido (6), Rússia (7), França (8) e Itália(10).*[101]

Page 19: Europa

8.3 1991-2013: O crescimento da UE 19

8.1 Pré−1945: crescimento industrial

O capitalismo tem sido dominante no mundo ociden-tal desde o fim do feudalismo.*[102] Da Grã-Bretanha,que gradualmente se espalhou pela Europa.*[103] ARevolução Industrial começou na Europa, mais concreta-mente ao Reino Unido no final do século XVIII,*[104] eno século XIX impulsionou a industrialização da Europaocidental. Economias foram interrompidas pela PrimeiraGuerra Mundial, mas até o início da Segunda GuerraMundial já tinham se recuperado e estavam tendo quecompetir com a crescente força económica dos EstadosUnidos. A Segunda Guerra Mundial, novamente, danifi-cados muito as indústrias europeias.

8.2 1945-1990: A Guerra Fria

Queda do Muro de Berlim em 1989

]Após a Segunda Guerra Mundial, a economia do ReinoUnido estava em estado de ruína,*[105] e continuou a so-frer um relativo declínio econômico nas décadas seguin-tes.*[106] A Itália também estava em má condição eco-nómica/econômica, mas recuperou um elevado nível decrescimento na década de 1950. A Alemanha Ocidentalrecuperou-se rapidamente e dobrou a produção de níveispré-guerra na década de 1950.*[107] A França tambémorganizou um retorno notável a um crescimento rápido ea modernização e, mais tarde a Espanha, sob a liderançade Franco, também recuperou-se, e a nação obteve umenorme crescimento econômico sem precedentes no iní-cio da década de 1960, em que é chamado de milagreespanhol.*[108] A maioria dos estados da Europa Ori-ental ficou sob o controle da URSS e, portanto, erammembros do Conselho para Assistência Econômica Mú-tua (COMECON).*[109]Os estados que mantiveram um sistema de livre mercadoforam agraciados com uma grande quantidade de ajudados Estados Unidos ao abrigo do Plano Marshall.*[110]Os Estados ocidentais mudaram para ligar as suas eco-nomias em conjunto, fornecendo a base para a UE e o

aumento do comércio transfronteiriço. Isso ajudou-os adesfrutar de uma rápida melhora de suas economias, en-quanto os estados da COMECON estavam lutando emgrande parte devido ao custo da Guerra Fria. Até 1990,a Comunidade Europeia foi ampliado de 6 para 12 mem-bros fundadores. A ênfase na ressurreição da economiada Alemanha Ocidental levou a ultrapassagem do ReinoUnido como a maior economia da Europa.

8.3 1991-2013: O crescimento da UE

Notas do euro, a moeda da Zona Euro

Com a queda do comunismo na Europa Oriental, em1991, os estados do Leste tiveram de se adaptar a umsistema de mercado livre. Havia vários graus de sucessocom os países centro-europeus, como Polónia, Hungriae Eslovénia, que se adaptaram razoavelmente rápido, en-quanto estados do Leste como a Ucrânia e a Rússia, estãolevando muito mais tempo. A Europa Ocidental ajudoua Europa Oriental, formando laços ao nível da economia.Após o Leste e o Oeste da Alemanha se reunirem em1990, a economia da Alemanha Ocidental, apoiou a re-construção da infra-estrutura da Alemanha Oriental. AJugoslávia mostrou um atraso maior, sendo devastadapela guerra e em 2003 ainda havia muitas tropas de pazda e da OTAN no Kosovo, na República da Macedónia,na Bósnia e Herzegovina, sendo apenas a Eslovénia queconseguiu fazer algum progresso real.Na mudança do milênio, a União Europeia dominou aeconomia da Europa, que inclui os cinco maiores eco-nomias europeias da época a Alemanha, Reino Unido,França, Itália e Espanha. Em 1999, 12 dos 15 membrosda UE aderiram à Zona Euro substituindo suas antigasmoedas nacionais pelo euro comum. Os três que optarampor permanecer fora da zona euro foramReino Unido Di-namarca e Suécia.

Page 20: Europa

20 11 REFERÊNCIAS

8.4 2008-2009: Recessão

A Zona Euro entrou em sua primeira recessão oficialno terceiro trimestre de 2008, os números oficiais con-firmados em janeiro de 2009.*[111] A crise econômicado final dos anos 2000, que teve início nos Estados Uni-dos, propagou-se de forma rápida para a Europa e afetougrande parte da região.*[112] A taxa de desemprego ofi-cial nos 16 países que usam o euro subiu para 9,5% emmaio de 2009.*[113] Os jovens trabalhadores da Europatêm sido especialmente atingidos.*[114] No primeiro tri-mestre de 2009, a taxa de desemprego na UE-27 parapessoas entre 15-24 anos foi de 18,3%.*[115]

9 Cultura

Camp Nou, o maior estádio de futebol do continente

A cultura europeia pode ser melhor descrita como umasérie de culturas sobrepostas e que envolve questõesde Ocidente contra Oriente e Cristianismo contra Islão.Existem várias linhas de ruptura culturais através do con-tinente e movimentos culturais inovadores discordam unsdos outros. Assim, uma“cultura comum europeia”ou“valores comuns europeus”, é algo cuja definição é maiscomplexa do que parece.

9.1 Desporto

Na Europa pratica-se uma considerável quantidade demodalidades desportivas. O desporto mais popular é ofutebol, representado pela UEFA. O torneio mais im-portante de seleções é o Campeonato Europeu de Fute-bol, enquanto que o de clubes é a Liga dos Campeões daUEFA. Em relação ao Campeonato do Mundo de Fute-bol, em dez edições países europeus sediaram o evento, eem dez seleções de países europeus venceram o torneio.

10 Ver também

• Lista de países europeus por Índice de Desenvolvi-mento Humano

• Século Europeu

• Euroesfera

• Geopolítica da Europa

11 Referências

[1] Encyclopaedia Britannica Online Encyclopaedia 2009.“Europe”. Visitado em 21 August 2009.

[2] National Geographic Atlas of theWorld. 7th ed. Washing-ton, DC: National Geographic, 1999. ISBN 0-7922-7528-4“Europe”(pp. 68-9);“Asia”(pp. 90-1):“Acommonly accepted division between Asia and Europe ...is formed by the Ural Mountains, Ural River, Caspian Sea,Caucasus Mountains, and the Black Sea with its outlets,the Bosporus and Dardanelles.”

[3] World Population Prospects: The 2006 Revision Popula-tion Database UN̶Department of Economic and SocialAffairs. Visitado em 10 June 2008.

[4] World Population Growth, 1950–2050. Population Refe-rence Bureau.

[5] Lewis & Wigen 1997

[6] National Geographic, 534.

[7] Lewis, Martin W.. (1997). “The myth of continents:a critique of metageography”. University of CaliforniaPress.

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[9] Herodotus, 4:45

[10] Franxman, ThomasW.. Genesis and the Jewish antiquitiesof Flavius Josephus. [S.l.]: Pontificium Institutum Bibli-cum, 1979. 101–102 p. ISBN 8876533354

[11] Norman F. Cantor, The Civilization of the Middle Ages,1993, ""Culture and Society in the First Europe”,pp185ff.

[12] Lewis & Wigen 1997, p. 23–25

[13] Europe: A History, by Norman Davies, p. 8

[14] Lewis & Wigen 1997, p. 27–28

[15] Microsoft Encarta Online Encyclopaedia 2007.“Europe”. Visitado em 27 December 2007. Cópia arquivada em 31October 2009.

Page 21: Europa

21

[16] See, e.g., Merje Kuus, 'Europe's eastern expansion andthe reinscription of otherness in East-Central Europe' Pro-gress in Human Geography, Vol. 28, No. 4, 472–489(2004), József Böröcz, 'Goodness Is Elsewhere: The Ruleof European Difference', Comparative Studies in Societyand History, 110–36, 2006, or Attila Melegh, On the East-West Slope: Globalisation, nationalism, racism and dis-courses on Central and Eastern Europe, Budapest: CentralEuropean University Press, 2006.

[17] About the Council of Europe Council of Europe. Visitadoem 9 June 2008.

[18] Europe̶Noun Princeton University. Visitado em 9 June2008.

[19] The map shows one of the most commonly accepted de-lineations of the geographical boundaries of Europe, asused by National Geographic and Encyclopedia Britan-nica. Whether countries are considered in Europe or Asiacan vary in sources, for example in the classification of theWorld Factbook or that of the BBC.

[20] Teorias menores, tais como a de que Europa' é decorrentede εὐρώς (gen:Εὐρῶτος), ou“molde”, não são discutidasna seção

[21] εὐρύς, Henry George Liddell, Robert Scott, A Greek-English Lexicon, on Perseus

[22] ὤψ, Henry George Liddell, Robert Scott,AGreek-EnglishLexicon, on Perseus

[23] M. L. West. Indo-European poetry and myth. Oxford[Oxfordshire]: Oxford University Press, 2007. 178–179p. ISBN 0-19-928075-4

[24] Etymonline: European. Visitado em 10 de setembro de2006.

[25] M. L. West. The east face of Helicon: west Asiatic ele-ments in Greek poetry andmyth. Oxford: Clarendon Press,1997. p. 451. ISBN 0-19-815221-3

[26] Davidson, Roderic H.. (1960). “Where is theMiddle East?". Foreign Affairs 38 (4): 665–675.DOI:10.2307/20029452.

[27] Gilberto Cotrim. História Global: Brasil e Geral. 8ª ed.São Paulo, SP: Saraiva, 2007. 605 p. ISBN 978-85-02-5256-7

[28] New Fossils Offer Glimpse of Human Ancestors (eminglês) (19). Visitado em 21/10/2008.

[29] Jaime Pinsky. As primeiras civilizações. São Paulo: Atual,1994. 98 p. Volumes vol. vol. Volume. ISBN 85-7056-532-1

[30] The cucuteni culture (em inglês). Visitado em 21/10/08.

[31] Projeto Sibéria. Visitado em 19/10/08.

[32] A Conquista do Novo Mundo. Visitado em 19/10/08.

[33] História do Império Espanhol ̶FCSH. Visitado em19/10/08.

[34] Império Colonial Português. Visitado em 19/10/08.

[35] Império Inglês - História do Império Inglês. Visitado em19/10/08.

[36] A Conquista das Américas.

[37] LESSA, 2005, p. 19.

[38] LESSA, 2005, p. 20.

[39]

[40] Alemanha – A Guerra dos {{subst:Usuário:Rjclaudio/AWB/Temp5|30}} Anos – A Paz de Vestfália.

[41] LESSA, 2005, p. 30.

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[45] Ordem e desordem no mundo (em português) (19/10/08).

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[50] O Império Otomano. Visitado em 19/10/08.

[51] Guerra da Crimeia. Visitado em 19/10/08.

[52] Século XIX. Visitado em 19/10/08.

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[54] Business and Economics. Leading Issues in EconomicDevelopment, Oxford University Press US. ISBN 0-19-511589-9 (em inglês)

[55] O tratado de Versalhes e as suas consequências.

[56] A Conferência de Yalta. Visitado em 25/10/08.

[57] OTAN. Visitado em 25/10/08.

[58] Pacto de Varsóvia. Visitado em 25/10/08.

[59] União Europeia - O que é, países membros, mapa, etc.Visitado em 25/10/08.

[60] Europa - O Conselho Europeu. Visitado em 25/10/08.

[61] Ascensão e declínio de Superpotências. Visitado em25/10/08.

[62] Uma Europa sem fronteiras.

[63] Euro - definição, saiba o que é Euro, imagem, etc. Visi-tado em 25/10/08.

[64] Tratado de Lisboa. Visitado em 25/10/08.

Page 22: Europa

22 11 REFERÊNCIAS

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[66] Croácia mais perto da União Europeia (em português).Visitado em 25/10/08.

[67] Strabo Geography 11.1

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13 Ligações externas• Conselho Europeu

• União Europeia

• Europa no The World Factbook

• The Columbia Gazetteer of the World OnlineColumbia University Press

Page 24: Europa

24 14 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

14 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem

14.1 Texto• Europa Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa?oldid=41406417 Contribuidores: Andre Engels, JoaoMiranda, Jorge, Robbot, Cdang,

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14.2 Imagens• Ficheiro:95Thesen.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/81/95Thesen.jpg Licença: Public domain Contribui-

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